Andreia Sofia Silva SociedadePedida “ponderação” no caso dos filhos de TNR nascidos em Macau A 3.ª comissão permanente da Assembleia Legislativa (AL) exige ao Governo “suficiente ponderação e cuidado” no que diz respeito ao caso dos bebés de trabalhadores não residentes (TNR) nascidos em Macau. Este alerta consta no parecer relativo à análise na especialidade do novo regime jurídico do controlo de migração e das autorizações de permanência e residência na RAEM. A nova lei, que revoga e substitui o actual diploma, de 2003, determina que, aquando do nascimento da criança, os pais devem apresentar o passaporte ou “outro documento de viagem” junto do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP). No entanto, a comissão entende que “este novo regime poderá ter grande relevância prática, devendo haver suficiente ponderação e cuidado com estas situações”. No entender de deputados e juristas, deve “procurar assegurar-se que os menores recém-nascidos possam ser autorizados a permanecer na RAEM com os seus progenitores, em benefício dos próprios menores recém-nascidos e também da unidade familiar”. O mesmo parecer dá ainda conta que “não parece ter sido feita uma consulta [para] ouvir a opinião do Conselho dos Magistrados Judiciais, Conselho dos Magistrados do Ministério Público (MP) e da Associação dos Advogados de Macau”. Pode ler-se que “apesar de não parecer ser legalmente obrigatório, há vários aspectos ao longo da proposta de lei que terão impacto em aspectos do processo administrativo, da intervenção do MP e do funcionamento dos tribunais, onde seria sempre recomendável ouvir estas entidades”. A comissão “espera que nenhum destes aspectos, com um potencial impacto sobre o MP ou o funcionamento dos tribunais, tenha uma grande relevância prática e que não haja dificuldades de maior na aplicação da proposta de lei nesta matéria”, acrescenta-se. Possível suspensão Um dos exemplos apresentados no parecer diz respeito aos processos de autorização de residência ainda pendentes nos tribunais, colocando-se a possibilidade de “uma eventual modificação e extinção da instância”. Neste sentido, prevê-se que a Administração, “por ser tipicamente a ‘entidade recorrida’ no recurso contencioso de anulação de acto administrativo”, deve “comunicar ao tribunal quando ocorra uma decisão de reapreciação num processo administrativo relativo a uma autorização de residência.” A comissão frisou ainda os processos “que estejam em fase adiantada de resolução”. “Nestes casos, havendo um acordo entre as partes, poderá ser oportuno proceder à suspensão da instância para se aguardar pela regular conclusão do procedimento administrativo de reapreciação”, mesmo que a proposta de lei não preveja que “as partes possam requerer a suspensão da instância”. Além disso, o próprio tribunal “pode considerar que está perante um motivo justificado para ordenar” essa suspensão.
João Santos Filipe Manchete SociedadeCensos | Recolha de informação arranca sábado Governo vai sortear diariamente 200 cupões de consumo em supermercados no valor de 200 patacas. Só as pessoas que preencherem os questionários online podem participar no sorteio, que implica um investimento de 20 mil patacas Os agentes da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) vão começar a visitar domicílios para recolher informação para os censos a partir de sábado e até 21 de Agosto. Os dados da mega operação para conhecer os habitantes de Macau foram apresentados ontem numa conferência de imprensa da DSEC, liderada pelo director Ieong Meng Chao. Durante quinze dias vão estar no terreno cerca de 2.200 agentes, que vão visitar os domicílios em grupos de dois e recolher as informações através de um tablet. Os agentes utilizam uniformes dos Censos 2021, têm um cartão de identificação própria e pastas cinzentas. Em caso de dúvida, os habitantes das fracções pode ainda digitalizar o código QR das cartas/questionários ou ligar para a linha azul dos Censos, através do número 8809 8809. Sobre as visitas domiciliárias, a DSEC apelou “a todos os cidadãos de Macau que prestem apoio e colaborem com os agentes de censos durante a visita domiciliária e que forneçam informação correcta”. Quem quiser evitar o contacto com os agentes pode ainda preencher os dados através da internet, meio disponível entre os dias 7 e 16 de Agosto. Como forma de incentivar as pessoas a adoptarem o preenchimento online, o Governo está vai realizar sorteios diários, que atribuem aos vencedores 200 patacas num carregamento de MPay ou em cupões de compras de supermercados. São sorteados 200 prémios por dia, 2.000 no total, o que implica um investimento das autoridades de 20 mil patacas. Reforço da segurança Ainda em relação aos procedimentos, nomeadamente informáticos, as autoridades prometeram “reforçar a cibersegurança para proteger os dados” recolhidos, bem como “a confidencialidade das informações fornecidas pelos agregados familiares”. “Os resultados dos Censos são muito importantes para o desenvolvimento de Macau. Os dados não só reflectem a evolução da estrutura demográfica e das respectivas características socioeconómicas, como também são referências relevantes no planeamento do futuro por parte do Governo (…) na definição de políticas nas áreas da educação, habitação, transportes, assistência médica e serviços sociais”, exemplificaram as autoridades. “Além disso, os dados são também essenciais para as instituições privadas decidirem sobre negócios e para os académicos realizarem estudos”, acrescentaram.
João Santos Filipe SociedadeVisita | Escola Hou Kong pediu desculpa A Escola Secundária Hou Kong pediu desculpa pelo incómodo e insegurança gerados na sociedade devido à infecção de Covid-19 trazida pela visita de estudo a Xi’an da instituição. Segundo as declarações à Rádio Macau, a escola informou todos os docentes e alunos que tiveram contacto com o grupo de 30 estudantes que devem apresentar-se nos Serviços de Saúde para testagem, bem como cumprir as medidas necessárias de prevenção da pandemia dos SSM. A Hou Kong comprometeu-se ainda a reunir toda a informação sobre os alunos em causa, e entregar todos os contactos ao Governo. Além disso, comprometeu-se a terminar todas as actividades de grupo, cumprindo as orientações da prevenção da pandemia. Ao canal chinês da Rádio Macau, a Escola não explicou o que levou a actuar tão tarde face à situação, mas disse ir “aprender as lições, continuando a divulgar bem a educação da prevenção da pandemia”. Entre os membros da direcção, consta Chan Hong, deputada e vice-directora da Hou Kong. A legisladora esteve ontem no hemiciclo no âmbito das interpelações orais, mas, segundo o Exmoo, assim que foi declarada a situação de emergência e divulgado o nome da escola aproveitou para deixar a AL e não mais regressar.
João Santos Filipe Manchete SociedadeCovid-19 | Detectados quatro casos positivos locais depois de viagem ao Interior Viagem de “intercâmbio” da Escola Hou Kong resultou em infecção de quatro pessoas em Macau, onde estiveram 10 dias, antes de serem diagnosticadas. Ontem, o Governo declarou Estado de Prevenção Imediata, os esforços foram canalizados para a testagem e os infectados apresentam a variante Delta [dropcap]O[/dropcap] Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus anunciou ontem a detecção de quatro casos de infecção com a variante Delta da covid-19, que estiveram em contacto com a comunidade durante dez dias. A situação foi revelada ontem às 15h30 e o Chefe do Executivo declarou o Estado de Prevenção Imediata. Os infectados são um casal e os respectivos filhos, que habitam no edifício Mei Lin, na Rua de Coelho do Amaral, o que levou as autoridades a deslocarem-se ao local e a criar uma cerca sanitária, para testar moradores. O caso foi detectado depois de o homem de 51 anos, que é motorista nos Serviços de Saúde, e a mulher, de 43 anos e empregada numa loja de fruta, terem feito testes de ácido nucleico, na segunda-feira, em Zhuhai, cujos resultados confirmaram as infecções. O casal conseguiu regressar a Macau, antes do resultado positivo ser conhecido, porque tinham outros testes de ácido nucleico válidos, em vias de expirar. Contudo, não foram os únicos infectados, uma vez que o filho e a filha foram igualmente identificados como casos confirmados. Após a divulgação do contágio, as equipas de desinfecção deslocaram-se ao local de trabalho da mulher e ao mercado dos Três Candeeiros, que foram isolados. O mesmo aconteceu com o Centro de Saúde de Seac Pai Van e o Posto de Saúde de Coloane, onde o homem trabalha. Visita de estudo As autoridades acreditam que uma visita de estudo da Escola Hou Kong, que se deslocou a Xi’an entre 19 e 24 de Julho, está na origem da infecção de Macau. A visita teve como objectivo realizar actividades de intercâmbio. A filha do casal, assim como um grupo de 30 alunos da escola, viajaram nos voos CZ3761, entre Zhuhai e Xi’an, e regressaram no CZ3762, entre Xi’an e Zhuhai, onde estiveram em contacto com dois casos ligados ao surto de da Nanjing. “A filha passou por uma zona de alto risco, uma vez que a 19 de Junho partiu de Zhuhai para Xi’an para participar em actividades de intercâmbio e verificámos que o percurso coincide com os casos conexos a Nanjing e Zhongshan. A filha esteve no mesmo voo que envolveu as pessoas infectadas que partiram de Nanjing para Zhongshan e Zhuhai”, afirmou Alvis Lo, director dos Serviços de Saúde. “Esta é a possibilidade de infecção que achamos mais provável”, acrescentou. A médica Leong Iek Hou foi mais assertiva: “Concluímos que a infecção partiu da filha”, vincou. Leong explicou também que a infectada apresentou sintomas logo no dia 22 de Julho, quando estava em Xi’an com os 30 colegas da escola de Macau. “Apresentou sintomas como tosse, perda de paladar, até que a 27 de Julho finalmente apresentou melhorias”, revelou a médica. Foi com sintomas que a aluna da Escola Hou Kong entrou em Macau, a 25 de Julho, e terá levado a infectar o irmão, que teve sintomas como febre e nariz entupido, a 28 de Julho. Finalmente, a 1 de Agosto, o pai apresentou um quadro clínico que incluiu dores de garganta, assim como a mãe, apesar dos casos só terem sido detectados dois dias depois. Perguntas sem resposta A questão de a filha ter entrado em Macau com sintomas de covid-19, levantou questões sobre a declaração de saúde. Além disso, os voos em causa tinham sido anteriormente referidos pelo Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus como um trajecto de risco, por estarem ligados a duas infecções. Apesar destes aspectos, e de nos voos estarem 30 alunos da escola Hou Kong, a situação de risco dos estudantes também não terá sido comunicada às entidades de saúde para monitorização. Neste cenário, a questão da responsabilização foi levantada na conferência de imprensa sobre a pandemia da covid-19. Como a aluna infectada é menor de idade, levanta-se a possibilidade de a escolar ser responsável por um eventual comportamento negligente. A pergunta ficou sem uma resposta concreta: “No dia 22 de Julho começou a ter tosse, mas os sintomas foram muito ligeiros. Nunca teve febre, mas vamos ver o código de saúde que declarou… As pessoas quando entram em Macau e têm sintomas têm de os declarar correctamente”, afirmou Leong. “Quanto à escola, vamos apurar se a aluna falou com os professores e directores. Quando tivermos informações vamos declarar”, acrescentou. Oito dias em comunidade À hora de fecho do HM ainda não era conhecido na totalidade o percurso dos infectados nos dias em que estiveram em Macau antes do diagnóstico e em livre contacto com a comunidade. As informações preliminares da médica Leong Iok Hou indicam que os infectados, além dos locais de trabalho, frequentaram os restaurantes Federal, entre as 13h e as 14h de 25 de Julho, e Nga Kai, a 27 de Julho, entre as 18h e as 19h30. No dia 26 de Julho, o filho esteve ainda entre as 13h e as 15h na Biblioteca do Jardim Luís de Camões. Por sua vez, o pai foi ainda vários vezes a Zhuhai às compras, e passou pelo menos cinco vezes a fronteira, antes de ser identificado como caso confirmado. Ontem, as autoridades não conseguiram confirmar o número de casos de contacto próximo e de contacto próximo secundário, apesar de a prioridade ser “perseguir os contactos próximos”. Todavia, foi anunciado que três colegas da mãe tinham sido levados para o Hospital Conde São Januário para serem testados e isolados. O mesmo aconteceu com as pessoas que trabalham nos centros de saúde com o homem de 51 anos. Também os 30 colegas da aluna iam ser testados, mas à noite as autoridades só tinham identificado 19, sem que houvesse confirmação de infecções. Contudo, uma das pessoas está em quarentena, depois de ter apresentado sintomas de febre. Cidade dividida por zonas Apesar das dúvidas, Alvis Lo, director dos SSM, deu uma certeza: a cidade vai ser dividida por zonas com cercas sanitárias, tal como já tinha sido anunciado anteriormente pela secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong U. A primeira zona vermelha foi instalada no edifício Mei Lin e prolongada para dois edifícios vizinhos. Estas pessoas não podem sair de casa e são testadas no local. Na mesma rua foram ainda classificados outros edifícios como zona de código de saúde de cor amarela. Já na Rua da Emenda, e até a Rua Horta e Costa, também foram classificados edifícios na zona amarela. Além disso, a secretária diz que está tudo preparado para a eventualidade de fazer testagem da população em massa, uma medida que ontem às 22h ainda não estava decidida. Nas imediações dos prédios assinalados a vermelho, as autoridades perguntaram sobre o paradeiro de membros do agregado familiar que não estavam em casa, para efeitos de testagem, e disponibilizaram alimentos aos afectados. A secretária deixou ainda um apelo à população para ficar na RAEM. “Esperamos que a população de Macau que tenha estado exposta ou em contacto próximo se dirija imediatamente ao hospital e que as pessoas utilizem sempre máscara”, apelou.
Nunu Wu Manchete SociedadeAlegado rapto de bebé leva mãe a procurar ajuda de Wong Kit Cheng [dropcap]N[/dropcap]o domingo à tarde, uma mulher aflita publicou num popular grupo de Facebook uma mensagem a dar conta do alegado rapto do seu filho bebé, pela família do pai. De acordo com o relato, um dia, enquanto não estava em casa, o marido foi a sua casa e levou o bebé de cinco meses. Desesperada, e há dez dias (no domingo) sem saber o paradeiro do filho, resolveu publicar a história num grupo com mais de 27 mil membros, depois de pedir ajuda à Polícia Judiciária, ao Movimento Católico de Apoio à Família e ao Instituto de Acção Social. Além disso, recorreu ao gabinete da deputada Wong Kit Cheng. O HM contactou a deputada e representante da Associação Geral das Mulheres que não comentou o caso, para proteger a privacidade das pessoas em causa. Porém, confirmou ter recebido a senhora, prestado aconselhamento e encaminhado o caso para as entidades competentes. A mulher é uma trabalhadora não-residente, oriunda de Hong Kong, empregada numa loja de animais. Segundo o relato, tanto o marido como os sogros deixaram de atender as chamadas telefónicas ou responder a mensagens no WeChat. Finalmente, o marido terá, alegadamente, respondido de forma breve, dizendo que o bebé estava vivo e bem de saúde. Foi-lhe também negado o pedido de envio de fotografias ou vídeos da criança. Nariz na porta Na semana passada, recebeu uma mensagem do marido a dizer que tinha mandatado um advogado para tratar dos procedimentos do divórcio e de requerer a custódia do filho. Assim sendo, na sexta-feira, dirigiu-se à casa da família do marido e, depois de ouvir barulho que denunciava a presença de pessoas, bateu à porta. Ajudada pela alegada persuasão do porteiro e um agente policial que a acompanharam, finalmente, o sogro abriu a porta. Porém, este ter-se-á escusado a atender à vontade da mãe, que solicitava ver a criança. Segundo a senhora, o sogro terá afirmado pertencer à Polícia Judiciária, estatuto que terá feito com que o agente da polícia que acompanhava a mulher se retirasse. A porta fechou-se de seguida. O HM entrou em contacto com a mulher, mas, até ao fecho da edição, não obteve resposta.
Pedro Arede Manchete SociedadeBernstein | Surtos de covid na China vão afectar receitas de Agosto Após a recuperação de 29 por cento em Julho, relativamente ao mês anterior, as receitas brutas dos casinos de Macau podem vir a ser “negativamente afectadas” em Agosto. Segundo a Bernstein, com os novos surtos activos no Interior da China e mais restrições de viagem, as receitas podem mesmo vir a representar perdas de 60 por cento em relação ao cenário pré-pandemia [dropcap]O[/dropcap]s analistas da Sanford C. Bernstein prevêem que, chegados ao final de Agosto, as receitas brutas dos casinos de Macau possam vir a ser “negativamente afectadas” com o surgimento de novos casos de covid-19 um pouco por toda a China. A previsão surge depois de a Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ) ter revelado que, em Julho, as receitas dos casinos foram de 8,4 mil milhões de patacas (mais 29 por cento em relação a Junho), assumindo-se como o segundo melhor mês do ano, seguido do mês de Maio (10,4 mil milhões de patacas). Isto, tendo em conta que Junho foi, até agora, o pior mês de 2021, com os casinos a contabilizarem receitas de 6,5 mil milhões de patacas, num resultado que coincidiu com a descida no número de visitantes devido a um surto comunitário de covid-19 na província de Guangdong. Para os analistas da Bernstein, Vitaly Umansky, Louis Li e Kelsey Zhu, citados pelo portal GGR Asia, o aumento das receitas dos casinos em Julho ficou a dever-se “à recuperação do número de visitantes” alavancada pelo relaxamento de algumas medidas transfronteiriças no final de Junho e início de Julho, por parte do Governo de Macau. No entanto, a pandemia continuou sem dar tréguas e, na segunda metade de Julho, o surgimento de novos casos no Interior da China levou o Executivo a criar novas restrições de viagem, como a imposição de quarentenas à chegada a Macau ou a obrigatoriedade de apresentar um teste negativo à covid-19 realizado nas 48 horas anteriores, a quem chegue ao aeroporto internacional de Macau vindo da China. Talvez no fim do Verão Lembrando que, à data de ontem, o número de províncias a partir das quais os visitantes têm de fazer quarentena à chegada a Macau subiu para oito, a Bernstein prevê que as melhorias ao nível das receitas brutas de jogo possam acontecer apenas no final do Verão. “Tendo em conta que os casos de covid-19 continuam a espalhar-se pela China e a baixa probabilidade de que a reabertura das viagens entre Macau e Hong Kong possa acontecer em breve, prevemos que as receitas brutas de jogo em Agosto desçam 60 por cento em relação a Agosto de 2019. Esperamos começar a ver melhorias ao nível das receitas brutas de jogo final do Verão, à medida que as restrições de viagem começarem a dissipar-se”, pode ler-se na nota da Bernstein, citada pelo GGR Asia.
Pedro Arede Manchete SociedadeCovid-19 | Autoridades desaconselham viagens à China Com a ameaça da variante Delta à porta, os Serviços de Saúde pediram aos cidadãos para evitar viagens ao Interior da China. A partir de hoje, quem apresentar sinais de febre e queira tomar a vacina pode realizar gratuitamente um teste de ácido nucleico. Possibilidade de aumentar dias de quarentena para quem chega da China não foi descartada [dropcap]C[/dropcap]om a variante Delta a alastrar-se por várias cidades e províncias do Interior da China, os Serviços de Saúde apelaram ontem à população para evitar deslocações ao território. Isto, numa altura em que a taxa de vacinação continua longe do ideal. “Apelamos aos cidadãos que evitem deslocações a cidades e províncias do Interior da China. Se tiverem necessidade de ir, devem ponderar bem a situação epidemiológica [dessas regiões]”, apontou Tai Wa Hou, médico-adjunto da direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário, por ocasião da habitual conferência de imprensa sobre a covid-19. “O teor da cadeia mutante deste vírus [Delta] é muito rápido, tem uma alta capacidade de transmissão e leva mais tempo até acusar negativo. Estamos no Verão, há mais calor e a concentração de pessoas em pontos turísticos é maior. Este surto começou no aeroporto [de Nanjing] e está a espalhar-se por todas as províncias da China. A curto prazo, prevemos que o surto se alastre a outras regiões”, acrescentou. Dada a situação, Tai Wa Hou anunciou que a partir das 9h00 de hoje passam a ser disponibilizados testes de ácido nucleico gratuitos para os interessados em tomar a vacina que apresentem sintomas de febre. O resultado, que não serve para cruzar fronteiras, poderá ser consultado numa nova secção do código de saúde . “Vamos aumentar os testes de despistagem às pessoas que apresentem febre e, por isso, vamos adicionar uma funcionalidade ao código de saúde para aqueles que apresentem o código amarelo ou sintomas de febre. Essas pessoas que tiverem marcação [para tomar a vacina] podem fazer o teste de ácido nucleico a título gratuito no hospital, no terminal do Pac On ou no Fórum. Os resultados não serão apresentados no código de saúde e não podem ser usados para efeitos de passagem fronteiriça”, vincou o responsável. Perigo a aumentar Durante a conferência de imprensa, a médica Leong Iek Hou frisou que a variante Delta oferece ainda muitas incertezas aos profissionais de saúde e que, por isso, a somar ao facto de “apresentar períodos de incubação mais curtos e sintomas mais cedo”, os Serviços de Saúde não descartam aumentar o número de dias das quarentenas para quem chega do Interior da China. Questionado sobre a implementação de incentivos à vacinação e a possibilidade de vir a obrigar funcionários públicos a ser inoculados, Tai Wa Hou referiu que “não há necessidade” de tomar novas medidas, mas que é preciso “aumentar a sensibilização” sobre a segurança e a importância das vacinas. “Se a população for vacinada depois de a variante Delta chegar a Macau, pode ser tarde de mais. Espero que as pessoas fiquem em Macau e possam tomar a vacina o mais rápido possível”, referiu.
João Luz Manchete SociedadeCinema | ‘A Lenda do Grande Prémio de Macau’ nomeado para óscares do automobilismo O filme ‘A Lenda do Grande Prémio de Macau’, de autoria de Sérgio Basto Perez foi nomeado para os International Motor Film Awards 2021 na categoria de melhor filme de evento. A obra produzida pela DST apresenta a história do grande acontecimento desportivo local. Estreia na quinta-feira no Museu do Grande Prémio Um filme sobre o Grande Prémio de Macau foi nomeado para os ‘óscares’ do automobilismo, anunciou a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) na passada sexta-feira. “O filme ‘A Lenda do Grande Prémio de Macau’ (…), produzido pela DST, foi oficialmente seleccionado como uma das seis nomeações na categoria de “Best Event Film” – Melhor Filme de Evento nos ‘International Motor Film Awards 2021’, pode ler-se no comunicado. O filme, do realizador local Sérgio Basto Perez, “apresenta uma viagem pela história do Grande Prémio de Macau, guiada pelas vozes de pilotos de carros e de motos do passado e do presente, com um vislumbre da atmosfera única, carácter e emoção na ocorrência de um fim-de-semana no Grande Prémio de Macau”, acrescentou a DST. O filme foi desenvolvido para ser exibido no Museu do Grande Prémio de Macau, recentemente inaugurado. A estreia está marcada para 5 de Agosto, sendo projectado duas vezes por dia, à excepção de terça-feira, quando o museu está fechado ao público. História singular feita no plural “Nunca esperei ser nomeado para um festival com este prestígio. Ficámos nas nuvens com esta notícia”, afirmou Sérgio Basto Perez numa publicação de Facebook. O realizador local revelou também para aqui chegar foram necessários mais de 17 anos de trabalho, incluindo a exaustiva pesquisa de um vasto arquivo de imagens “do nosso mais prestigiado e amado evento”. Quanto à produção, o autor adianta que foi “desenvolvida como uma demonstração emotiva da singularidade da mais lendário corrida da Ásia, num dos circuitos urbanos com mais história.” Todos os filmes nomeados são elegíveis para as nomeações nos prémios de Realização Técnica, Melhor Fotografia, Melhor Acrobacia, Melhor Som e Melhor Edição, bem como para o “Grand Prix Award”. Os resultados do “International Motor Film Awards 2021” vão ser anunciados em 15 de Setembro, em Londres. A DST salientou que o evento internacional “reconhece os talentos em realização e produção, desde filmes de alta qualidade e anúncios publicitários, até às produções estudantis e independentes” e que “são considerados os óscares do mundo do automobilismo”. O realizador local enalteceu o compromisso e apoio da DST, do Instituto do Desporto, da Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau, da organização e equipa da Federação Internacional do Automóvel. Aproveitou também para agradecer o contributo de condutores e talentos locais do sector audiovisual.
João Santos Filipe Manchete SociedadeCentral de Taishan | Reactor nuclear suspenso para “manutenção” A empresa responsável pela Central Nuclear de Taishan, a 70 quilómetros de Macau, diz que está a fazer “manutenção e investigação dos danos relacionados com o combustível”. A suspensão do reactor nuclear acontece depois de a parceira EDF ter afirmado que se o complexo fosse em França as operações seriam suspensas A empresa estatal China Guangdong Nuclear Power (CGNPC) suspendeu o reactor da Central Nuclear de Taishan para “manutenção e investigação dos danos relacionados com o combustível”. O anúncio foi feito na sexta-feira, através de um comunicado, em que foi abordado o estado da central que fica a cerca de 70 quilómetros de Macau. “Durante o funcionamento da Unidade 1 foi registado um pequeno dano relacionado com o combustível, porém, tudo está dentro dos níveis definidos pelas especificações técnicas, pelo que a unidade pode continuar a operar de forma estável”, assegurou a CGNPC, no mesmo comunicado. A suspensão do reactor levou a empresa Energia de França, proprietária de 30 por cento da Central Nuclear, através da empresa Taishan Nuclear Power Joint Venture (TNPJVC, na sigla inglesa), a considerar que estão a ser adoptados os melhores padrões para reagir a estas situações. “A decisão do operador TNPJVC está em linha com o que a EDF teria feito em França, no que diz respeito aos procedimentos adoptados nas centrais que operam em território francês”, vincou. A eléctrica francesa, controlada pelo Estado Francês, tinha dito no final do mês passado que os problemas registados na Central Nuclear de Taishan teriam levado à suspensão, caso a situação ocorresse em França. O comunicado foi feito numa altura em que a CGNPC ainda não tinha concordado com a suspensão, que aconteceu agora. Situação desvalorizada A Central Nuclear de Taishan fica a cerca de 70 quilómetros de Macau e os problemas mais recentes foram dados a conhecer em Junho, através da CNN. A emissora americana teve acesso a um documento em que a EDF pedia autorização ao Governo dos EUA para transferir tecnologia à CGNPC. A empresa estatal chinesa está na lista negra dos EUA por apropriação de tecnologia para desenvolvimento militar. Após a notificação dos problemas, a CGNPC explicou que houve uma acumulação de crípton e xénon, dois gases inertes, no circuito primário do reactor número da estação. A empresa frisou também que se trata de “fenómeno conhecido, estudado e previsto nos procedimentos operacionais”. Posteriormente, a agência estatal chinesa responsável por supervisionar as centrais nucleares do país, garantiu que os níveis de radioactividade na região estavam normais, apesar de reconhecer os danos sofridos em cinco barras de combustível. Na altura, a situação foi igualmente desvalorizada pelo ministério da Ecologia e do Ambiente da China. “Não há problema de derrame radioactivo para o ambiente”, afirmou o ministério em comunicado, acrescentando que a radiação no reactor aumentou, mas manteve-se dentro dos “níveis permitidos”.
João Santos Filipe Manchete SociedadeJogo | Receitas de Julho atingiram 8,4 mil milhões Até Julho os casinos arrecadaram 57,5 mil milhões de patacas em receitas brutas. Para que a previsão anual do Governo seja alcançada, as receitas dos próximos cinco meses têm de ficar acima de 14,5 mil milhões por mês Em Julho as receitas dos casinos foram de 8,4 mil milhões de patacas, naquele que foi o segundo melhor mês do ano, de acordo com os dados divulgados ontem pela Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ). O montante do mês passado foi apenas superado em Maio, quando os casinos arrecadaram 10,4 mil milhões de patacas. Em relação ao período homólogo do ano passado, os 8,4 mil milhões de patacas representam um crescimento de 528,1 por cento, uma vez que em Julho de 2020 as receitas não tinham ido além de 1,34 mil milhões de patacas. Contudo, os milhões arrecadados estão muito longe do período pré-pandemia covid-19. O valor de Julho deste ano representa apenas um terço (34,2 por cento) das receitas de Julho de 2019, quando os casinos tinham facturado 24,5 mil milhões de patacas. Os números de Julho contrastam com Junho, que foi o pior mês do ano, com as concessionárias a contabilizarem receitas de 6,5 mil milhões de patacas, resultado que coincidiu com a descida do número de visitantes, na sequência de um surto comunitário de covid-19 na província vizinha de Guangdong. Em relação aos primeiros sete meses do ano, os casinos registaram uma subida de 63,9 por cento nas receitas comparativamente a igual período do ano passado, com 57,4 mil milhões de patacas de receitas brutas acumuladas contra 35 mil milhões de patacas no mesmo período de 2020. Previsão mais distante Passados sete meses, os números indicam também que as previsões feitas pelo Governo estão cada vez mais longe de se concretizarem. Segundo as contas feitas no orçamento da RAEM para 2021, as receitas dos casinos devem fixar-se em 130 mil milhões de patacas, previsão que o Executivo tem recusado rever. No entanto, após Julho, os casinos precisam de registar uma média de 14,5 mil milhões de patacas por mês em receitas para alcançar a meta estabelecida. Por um lado, o cenário antevê-se complicado uma vez que nos primeiros sete meses do ano o valor mais elevado foi em Maio, com receitas de 10,4 mil milhões de patacas. Por outro, as restrições de viagem entre Macau e o Interior estão mais “apertadas”. Desde sábado que as pessoas que se desloquem a Macau num voo do Interior precisam de apresentar o resultado negativo de um teste de ácido nucleico com validade inferior a 48 horas.
João Luz Manchete SociedadeVacina | Pessoas com mais de 60 anos isentas de marcação A partir de hoje, quem tiver mais de 60 anos não precisa fazer marcação para ser vacinado contra a covid-19. As autoridades de saúde indicaram que a nível internacional a terceira dose ainda não foi atestada quanto à segurança e eficácia e alargaram as medidas restritivas a locais no Interior que reportaram infecções Basta aparecer. A partir de hoje, as pessoas com mais de 60 anos de idade não precisam fazer marcação prévia para serem vacinas contra a covid-19, basta dirigirem-se ao Centro Hospitalar Conde de São Januário ou aos centros de saúde onde a vacina é administrada. A informação foi prestada pelo médico e director do hospital público Tai Wa Hou, especificando que, como a “grande maioria” das pessoas com mais de 60 anos são “portadoras de doenças crónicas”, as novas medidas permitem aos médicos, durante uma consulta, avaliarem o estado de saúde para facilitar o acesso à vacina. Para tal, será suficiente assinar o termo de consentimento. Tai Wai Hou mencionou também a hipótese de administração da terceira dose da vacina, referindo que “está a ser estudada pelas autoridades de saúde”. O médico referiu que, mesmo que em alguns países e regiões esse passo tenha sido dado, “a maioria das instituições reguladoras da vacina não fez ainda a aprovação oficial” e “em termos internacionais, não existe qualquer relatório científico para suportar a segurança e eficácia da administração da terceira dose”. Alargar quarentenas À medida que vão sendo reportados mais casos de infecção no Interior da China, as autoridades locais alargam o âmbito das medidas restritivas a quem chega a Macau, nomeadamente através da imposição de quarentena. O centro de coordenação de contingência afirmou ontem que, “tendo em consideração a evolução epidemiológica mais actualizada das províncias de Jiangsu, Hunan, Hubei e Henan”, quem tenha saído dos locais especificados pelas autoridades, ou por lá passado num período inferior a 14 dias antes de entrar em Macau, terá de cumprir quarentena obrigatória. O período de observação médica é de “14 dias a contar da data de saída dos locais referidos, não podendo esse período ser inferior a 7 dias”. Os locais que implicam quarentena são o “subdistrito de Gaoliangjian do distrito de Hongze da cidade de Huaian da província de Jiangsu, a vila de Morong Miao da aldeia de Morong do condado de Guzhang e subdistrito de Donghe da cidade de Jishou, subdistrio de Chilingru do distrito de Tianxin da cidade de Changsha e subdistrito de Chengjiao da cidade de Ningxiang da prefeitura autónoma de Xiangxi Tujiazu e Miaozu da província de Hunan. Quanto à província de Hubei, fica sujeito a quarentena quem passou “na aldeia de Yongjiahe do condado de Hongan da cidade de Huanggang. A quarentena é aplicável também a quem chega ou tenha passado pela província de Henan, nomeadamente pelo “subdistrito de Jingguangru e subdistrito de Changjiang do distrito de Erqi da cidade de Zhengzhou. Além disso, os serviços de saúde informaram que até às 16h de sábado tinham sido administradas 509.754 doses da vacina. No total, tinham tomado a segunda dose 226.851 pessoas, correspondendo a uma taxa de vacinação de 35,5 por cento.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeOferta de casas sociais resolve problemas habitacionais, diz Chan Ka Leong Chan Ka Leong, membro do Conselho para os Assuntos de Habitação Pública, defendeu que a actual oferta de habitações sociais vai fazer com que os próximos dez anos sejam “dourados” no que diz respeito à resolução dos problemas de habitação. O responsável falou aos jornalistas à margem de um fórum organizado pelo Centro de Política da Sabedoria Colectiva sobre habitação económica. “Os residentes mais vulneráveis já têm garantias suficientes devido às candidaturas permanentes para as habitações sociais em Mong-Há, Toi San e na zona A dos Novos Aterros, que serão atribuídas gradualmente”, frisou. Sobre a habitação económica, Chan Ka Leong disse que a oferta de fracções está de acordo com a procura, elogiando a acção do Governo, que nos últimos dois anos disponibilizou oito mil casas. O responsável destacou as alterações feitas à lei de habitação económica, que beneficiam agora as famílias mais vulneráveis. “O novo sistema de pontuação tem em conta a estrutura das famílias, tal como a proporção dos residentes permanentes, a duração do período de residência e se há membros vulneráveis na família.” Para Chan Ka Leong, as famílias com três ou quatro pessoas, ou os agregados mais jovens, têm agora uma maior possibilidade de conseguir uma habitação. Quanto às casas para a classe sanduíche, Chan Ka Leong acredita que serão necessárias dez mil fracções, apontando que o Governo já tem terrenos disponíveis. Quanto às críticas sobre os elevados preços de venda das casas económicas, de cinco mil patacas por metro quadrado, o membro do Conselho defendeu que os valores podem ser discutidos. “O mais importante é olhar para o prémio dos terrenos. Se o Governo cobrar totalmente o valor, o custo deve ser aproximadamente duas mil patacas por metro quadrado, e isso pode ser discutido na sociedade. É semelhante ao preço praticado nos edifícios privados, é um preço razoável”, defendeu. Chan Ka Leong admitiu que o valor é um pouco caro, mas deve-se também ao aumento do preço dos materiais de construção.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeCovid-19 | Mais quarentenas e testes para quem vem do Interior da China Desde as 19h de ontem que quem chegar das cidades de Zhangjiajie, em Hunan, e Chengdu, em Sichuan, é obrigado a realizar uma quarentena de 14 dias. Passa também a ser obrigatório, a partir da meia noite de sábado, teste à covid-19 negativo para quem voar das cidades do Interior da China A ocorrência de surtos de covid-19 em vários locais na China está a obrigar as autoridades a apertar as medidas de prevenção. Desde as 19h de ontem que quem viajar das cidades de Zhangjiajie, na província de Hunan, e Chengdu, na província de Sichuan, é obrigado a realizar uma quarentena de 14 dias no território. No entanto, no caso da cidade de Chengdu, apenas estão abrangidos alguns distritos. As medidas, anunciadas ontem em conferência de imprensa do Centro de Coordenação e de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, incluem ainda a cidade de Ruili e o Condado de Longchua, em Yunnan; um bairro residencial em Shenyang, província de Liaoning e diversas zonas e cidades no distrito de Jiangsu, onde se pensa que terá tido início o surto do aeroporto de Nanjing. Além disso, Alvis Lo, director dos Serviços de Saúde de Macau (SSM), referiu que “todas as pessoas que vierem directamente do Interior da China para Macau, através de voos, têm de apresentar antes um teste de ácido nucleico negativo com 48 horas de validade”. Esta medida entra em vigor à meia noite deste sábado, 31 de Julho. No caso da cidade de Zhangjiajie, o surto de covid-19 está associado ao “Espectáculo Maravilhoso Xiangxi”, que teve lugar no passado dia 22. As autoridades sabem que há três excursões de residentes de Macau nesta cidade e também em Chengdu, mas as pessoas não assistiram ao espectáculo. Além disso, 100 pessoas já fizeram o registo no seu código de saúde em como estiveram em Zhangjiajie desde o dia 17 de Julho. Estas terão de fazer quarentena e serem submetidas a três testes de ácido nucleico. Mau entendimento Alvis Lo declarou que actualmente “os lugares considerados de médio e alto risco aumentaram”, enquanto que “os lugares de médio risco passam a incluir toda a cidade e não apenas algumas ruas ou distritos”. O responsável voltou a apelar à vacinação durante as férias de Verão e pediu que as pessoas evitem deslocações ao exterior. Relativamente ao caso de infecção em Zhuhai, mais de 2600 pessoas de Macau registaram nos seus códigos de saúde terem feito o mesmo percurso da pessoa infectada, mas Leong Iek Hou admitiu a ocorrência de falhas neste processo. “Muitas pessoas tiveram um mau entendimento sobre o percurso que tiveram. Entende-se por percurso cruzado estar no mesmo local e à mesma hora que o infectado. Os casos de contacto próximo determinados por Zhuhai não estão em Macau”, frisou. Tai Wa Hou, responsável pelo programa de vacinação, referiu ainda a ocorrência de um “evento adverso grave” associado à vacina da Pfizer/BionTech. “Um rapaz de 17 anos, no dia 27 de Julho, teve problemas cardíacos e foi à urgência dia 28. Fez os testes, incluindo análises ao sangue. Teve alta, saiu do hospital, mas à tarde as dores no coração agravaram-se e voltou de novo ao Centro Hospitalar Conde de São Januário. Concluímos que tinha miocardite. Após um período de descanso deixou de ter dores e está agora numa situação estável.” O rapaz recebeu a segunda dose da vacina esta segunda-feira. “Consideramos que este é um evento adverso grave após a vacinação”, adiantou Tai Wa Hou. Na conferência de imprensa de ontem, foi também referida a situação de residentes de Hong Kong que optam por realizar a quarentena em Macau e não em Shenzhen. Em Junho, foram feitos dez pedidos de consulta, e este mês 21. “Há uma tendência de aumento, mas temos quatro hotéis seleccionados para quarentenas e neste momento o número de quartos é suficiente”, adiantou Lam Tong Hou, representante dos Serviços de Turismo.
João Luz Manchete SociedadeSJM | Grand Lisboa Palace abre hoje portas ao público Chegou o dia da abertura, parcial, do Grand Lisboa Palace. O mega resort da SJM Holdings, que custou cerca de 39 mil milhões dólares de Hong Kong para se erguer no Cotai, vai disponibilizar para já 300 quartos, de um total de 1900, e abrir parte dos restaurantes Após sucessivos adiamentos e muita expectativa acumulada, o Grand Lisboa Palace abre portas hoje, ao meio-dia, marcando a aguardada entrada “em grande” da SJM Holding, Lda no Cotai. O mega-resort entrará em funcionamento de forma faseada, com a abertura hoje de 300 quartos e uma parte da oferta de restauração. Apesar da indicação anterior de que a nova aposta do grupo deveria abrir no final do primeiro semestre deste ano, a notícia da abertura caiu de surpresa. À margem da apresentação da mostra “Harmony of East and West – The Exhibition by Famous Local Artists”, a presidente do conselho de administração da SJM, Daisy Ho, revelou que vão ser disponibilizados 300 quartos, na primeira fase, mas que “os restantes serão colocados ao serviço, de acordo com a procura”. A responsável da operadora afirmou também que a segunda fase da abertura do Grand Lisboa Palace depende da evolução da pandemia. Em termos de ofertas para o paladar, um dos destaques será o Grand Buffet, um sucesso do passado do Grand Lisboa que será relançado oferecendo mais de 600 iguarias. Para os fãs da gastronomia portuguesa, o restaurante Mesa promete ser um local de referência para os sabores lusos. Haverá ainda uma charmosa e típica casa de chá, com a decoração a cargo do conceituado designer de Hong Kong Alan Chan, e para um restaurante tradicional de hotpot de Taiwan. Para quem não dispensa a cozinha italiana e japonesa, o resort irá abrir dois restaurantes liderados por chefs reconhecidos com estrelas Michelin. Em comunicado emitido ontem, o grupo refere que o Grand Lisboa Palace “celebra o encontro do melhor de dois mundos – a essência encantadora do Oriente e do Ocidente. Inspirado nos monumentais edifícios europeus dos períodos neoclássico e belle époque e nos elementos tradicionais chineses, o resort honra o lendário património multicultural de Macau”. “A nossa visão para o Grand Lisboa Palace é que seja um hub gastronómico para amantes da boa mesa de todos os cantos do mundo. Queremos impressionar com experiências gastronómicas inovadoras, criadas por marcas aclamadas e por parceiros de várias partes do mundo”, afirmou Daisy Ho, em comunicado no passado dia 15 de Julho. A construção do Palácio Como havia sido antecipado por Ambrose So, a SJM conseguiu 150 novas mesas de jogos. Já em 2019, o vice-presidente e director-executivo do grupo disse que iria pedir licença para 300 mesas de jogo para o novo resort, mas que esperava obter apenas 150. Até à hora do fecho desta edição, ainda era incerto o número de mesas disponíveis nesta primeira fase de abertura. No total, o Grand Lisboa Palace irá oferecer 1900 quartos e suites, distribuídos por três torres: O Grand Lisboa Palace Hotel, o Palazzo Versace e o hotel com a marca de “Karl Lagerfeld”, o histórico designer da casa Chanel. O mega-resort da SJM tem um custo estimado de 39 mil milhões de dólares de Hong Kong (HKD) e começou a ser construído em Fevereiro de 2014. No início das obras, o grupo estimava que a construção custasse 30 mil milhões de HKD e abrisse ao público em 2017. Recorde-se que a edificação do resort enfrentou severos contratempos, incluindo a devastação causada pelo tufão “Hato” e vários incêndios que levaram a evacuações do estaleiro e a investigações das autoridades policiais.
Hoje Macau SociedadeOcupação média hoteleira cai para 45,3% em Junho A taxa de ocupação média hoteleira em Macau caiu de 62,1% em maio para 43,5% em Junho, uma queda de 16,8 pontos percentuais, anunciou hoje a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Em comunicado, a DSEC explicou a descida com o reforço das medidas de prevenção e controlo da pandemia de covid-19 entre Macau e a província vizinha de Guangdong, no início de Junho. No mês passado, os 116 hotéis e pensões do território, num total de 35 mil quartos, hospedaram 469 mil pessoas, mais 245,9% em comparação com o período homólogo do ano passado, quando as fronteiras estavam praticamente fechadas aos visitantes. No primeiro semestre deste ano, a taxa de ocupação média dos quartos de hóspedes dos hotéis e pensões foi de 50,4%, aumentando 23,2 pontos percentuais relativamente ao semestre do ano anterior. No total, ficaram hospedados 3,3 milhões de pessoas, um crescimento de 84,5%, quando comparado com os primeiros seis meses de 2020. Suspensos no início da pandemia, a emissão dos vistos individuais e de grupo da China para o território foi retomada a 23 de Setembro de 2020. Em Fevereiro, a responsável pela Direcção dos Serviços de Turismo (DST), Maria Helena de Senna Fernandes, estimou que Macau venha a receber este ano entre seis a dez milhões de visitantes, o que traduziria perdas entre 74% e 84% comparativamente aos 39,4 milhões de visitantes registados em 2019.
Andreia Sofia Silva SociedadeJogo | Melco Resorts com perdas líquidas de 185,7 milhões de dólares no 2.º trimestre A operadora de jogo Melco Resorts & Entertainment, com quatro casinos em Macau, teve perdas líquidas de 185,7 milhões de dólares no segundo trimestre do ano, anunciou a empresa. Ainda assim, a perda líquida foi menor do que a registada no mesmo período homólogo de 2020, período em que a pandemia e as restrições fronteiriças atingiam de forma mais acentuada a capital mundial dos casinos. O presidente da empresa, Lawrence Ho, um dos filhos do falecido magnata do jogo Stanley Ho, mostrou-se satisfeito “por ver uma recuperação progressiva dos níveis de negócios durante o segundo trimestre de 2021, apesar dos desafios da pandemia de covid-19 e das restrições fronteiriças, que apesar de relaxadas para a China continental, ainda estão em vigor. No comunicado divulgado hoje, o grupo apresentou receitas operacionais no segundo trimestre de 2021 de 566,4 milhões de dólares, um aumento de aproximadamente 222%. No segundo trimestre de 2021, o grupo apresentou um EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado positivo de 79,1 milhões de dólares.
João Santos Filipe Manchete SociedadeJulgamento do caso conexo ao de Ho Chio Meng vai ser repetido O Tribunal de Segunda Instância (TSI) deu razão ao recurso do Ministério Público (MP) e ordenou a repetição do julgamento do caso conexo ao do ex-Procurador Ho Chio Meng. O Tribunal Judicial de Base (TJB) vai assim voltar a debruçar-se sobre a maior parte dos factos que constam na acusação, segundo apurou o HM. A primeira decisão do caso tinha sido tomada em Agosto de 2017, e, na semana passada, o TSI apresentou o veredicto sobre os diferentes recursos, que implica que a instância inferior volte a decidir sobre os factos imputados aos arguidos que terão ajudado o ex-Procurador a cometer 1.091 crimes. A condenação valeu a Ho uma pena de prisão de 21 anos, que ainda está a cumprir no Estabelecimento Prisional de Coloane. Para o Ministério Público, a decisão é uma primeira vitória e as absolvições de António Lai Kin Ian, ex-chefe do gabinete de Ho Chio Meng, Chan Ka Fai, ex-acessor do MP, e Alex Lam Hou Un, funcionário das empresas que o TUI disse serem lideradas por Ho Chio Meng, são assim anuladas. Os três arguidos arriscam-se agora a serem condenados. Por outro lado, o facto de o TSI ter aceite o recurso do MP levou a que o recurso dos empresários Wong Kuok Wai e Mak Im Tai – donos das empresas que Ho Chio Meng foi acusado de favorecer – nem fosse apreciado. Wong Kuok Wai tinha sido condenado a uma pena de 14 anos de prisão pela prática de 1.147 crimes, entre os quais participação em associação criminosa, participação económica em negócio e branqueamento de capitais agravado. Por sua vez, Mak Im Tai tinha sido condenado com uma pena de prisão de 12 anos de prisão por 1.147 crimes, semelhantes aos de Wong Kuok Wai. Ambos estão a cumprir pena na Prisão de Coloane, mas as condenações podem ser agravadas. Outros afectados Também os arguidos Ho Chio Shun, irmão de Ho Chio Meng, que tinha sido condenado a 13 anos de prisão, e Lei Kuan Pun, condenado a 12 anos de prisão, voltam a ver os seus casos analisados. A decisão do TSI recusou igualmente o recurso de Lei. Segundo o HM apurou, as únicas condenadas que não vão ter os seus casos “reabertos” são Chao Sio Fun, esposa de Ho, e Wang Xiandi, amante do ex-Procurador. Chao tinha sido condenada a 2 anos de prisão, com pena suspensa, por dois crimes de inexactidão dos elementos de declaração de rendimentos e um crime de riqueza injustificada, e vai ter de devolver a riqueza injustificada. Wang não apresentou qualquer recurso, e fica com a pena de prisão de seis anos em vigor, pelos crimes de burla de valor considerado elevado. Porém, a amante encontra-se em parte incerta pelo que não deverá cumprir a pena.
João Santos Filipe Manchete SociedadeFinanças | Hasta Pública rendeu à RAEM 2,89 milhões Relógio da marca Girard Perregaux foi a venda mais cara e fez entrar nos cofres da RAEM 421 mil patacas, depois de ter sido colocado no leilão com um preço de licitação de 191,67 mil patacas. A hasta contou ainda com a venda de carros de bombeiros, gruas e um Porsche Cayenne Os Serviços de Finanças realizaram ontem uma hasta pública para vender carros, sucata e jóias tendo arrecadado 2,89 milhões de patacas, em menos de três horas. Entre os bens vendidos, constava um camião dos bombeiros, um Porsche Cayenne de 2010, uma grua e vários relógios e jóias. O leilão contou com cerca de 50 participantes e o produto que mais rendeu aos cofres da RAEM foi um relógio da marca suíça Girard Perregaux. O produto de luxou começou a ser licitado por 191,67 mil patacas, e depois de um leilão com muitos participantes acabou por ser vendido por 421 mil patacas. A segunda venda mais proveitosa foi um lote de ferro velho com 613 motociclos, vendidos, depois de serem amontoados, por 314 mil patacas. Entre os veículos que faziam parte do lote constam motos da marca Yamaha, Honda, Suzuki ou Kymco, e nenhuma pode voltar a circular nas estradas da RAEM. Tauqeer, residente local, foi um dos participantes no leilão e também levou um dos lotes de sucata para casa. Ao HM, explicou que vai utilizar os materiais adquiridos como passatempo. “Durante a pandemia não há muito para fazer. Como trabalho numa sucata acho que vou conseguir reciclar o lote que comprei, também como uma forma de passar tempo”, afirmou. “Sei que comprei lixo, mas vou ter algo para fazer. Quando receber o lote vou perceber melhor o que comprei e ver se há possibilidade de vender parte dos materiais”, acrescentou. Sobre a possibilidade de obter lucro com a compra, Tauqeer mostrou-se reticente: “Diria que há uma hipótese de 50/50 de obter lucro. Depende muito do que estiver no lote. O objectivo é mesmo passar tempo, se conseguir obter lucro, melhor”, concluiu. O investidor anónimo O lote em que constavam duas viaturas dos bombeiros foi vendido por 180 mil patacas. Os carros não vão poder voltar à estrada. O mesmo acontece com o Porsche Cayenne de 2010, que fez parte de um lote com outras 20 viaturas, vendido por 111.600 patacas. No entanto, foram as joias que atraíram a maior atenção e o maior número de participantes nos leilões. Foi o caso de Kong, residente com 38 anos que tentou obter um dos relógios. Ao HM, Kong confessou não ter conseguido o objectivo, uma vez que os preços subiram depressa de mais e ele apenas pretendia guardar um dos relógios de luxo, que afirmou admirar particularmente. A participação no leilão foi feita com um grupo de amigos. Também uma outra residente, uma mulher com cerca de 30 anos, saiu do leilão frustrada. Apesar de não querer ser identificada, a residente explicou ao HM que o objectivo da participação passava por comprar os bens a um preço acessível e depois vendê-los para obter lucro. Apesar de não trabalhar para nenhuma loja de penhores ou no negócio de jóias, a interessada tinha feito o trabalho online e entrou no leilão para licitar por vários relógios e joias com o objectivo de poder ganhar algum dinheiro. A participação foi feita com o parceiro, que também entrou na licitação, mas os esforços dos dois não foi suficiente para saírem satisfeitos. No final, a residente encarou a “derrota” com naturalidade: “Faz parte, se há pessoas dispostas a pagar mais, não há muito que possa fazer”, concluiu. Entre os lotes colocados à venda apenas um carro eléctrico, da marca Smart, ficou por vender.
Pedro Arede Manchete SociedadeCozinheiro detido por traficar ice no valor de 135 mil patacas Um cozinheiro de 21 anos foi detido na Rua do Campo na posse de mais de 11 gramas de ice. Apesar de pouco cooperante com as autoridades, o suspeito admitiu ter começado a vender estupefacientes há cerca de um mês a conterrâneos oriundos da Indonésia. No total, a droga apreendida foi avaliada em 135 mil patacas Na passada terça-feira, a Polícia Judiciária (PJ) deteve um homem de 21 anos que trabalhava como cozinheiro, por suspeitas da prática do crime de tráfico ilícito de estupefacientes e de substâncias psicotrópicas. De acordo com as informações avançadas ontem em conferência de imprensa pela PJ, o homem de nacionalidade indonésia foi interceptado na Rua do Campo na posse de 10 pacotes de ice, alegadamente para serem vendidos. A operação foi iniciada no seguimento de a PJ ter recebido informações a atestar que um “homem asiático” tinha por hábito passear-se frequentemente naquela zona da cidade, aproveitando a oportunidade, não só para consumir, mas também para vender estupefacientes. Seguindo essa pista, na passada terça-feira a PJ destacou, pelas 19h00, um contingente para patrulhar a zona da Rua do Campo e as redondezas, acabando por localizar o homem quatro horas mais tarde. Na revista efectuada no local da detenção, a PJ encontrou 10 doses de ice com 11,15 gramas, escondidos no interior de uma caixa de máscaras cirúrgicas. Dirigindo-se a casa do cozinheiro, localizada no bairro de San Kio, a polícia iniciou uma busca que resultou na apreensão de mais um pacote de ice com 0,3 gramas, balanças electrónicas e algumas centenas de patacas em dinheiro. Durante o interrogatório, o homem demonstrou ser pouco cooperante, já que se recusou a revelar o local de proveniência da droga ou que lucros obteve pelo tráfico. O cozinheiro admitiu, porém, que começou a traficar ice há cerca de um mês a pedido de terceiros. Contas feitas, a PJ apreendeu 11 pacotes de ice com o peso total de 11,45 gramas, avaliados em 135 mil patacas. Só um aperitivo O caso seguiu ontem para o Ministério Público (MP), onde o cozinheiro irá responder pelo crime de tráfico ilícito de estupefacientes e de substâncias psicotrópicas, pelo qual pode vir a ser punido com uma pena de prisão entre 5 e 15 anos. No entanto, na sequência de os testes à urina terem acusado positivo para a presença de estupefacientes, o suspeito pode vir ainda a responder pelo crime de consumo ilícito de estupefacientes e de substâncias psicotrópicas, pelo qual pode ser punido com uma pena com uma pena adicional de 3 meses a 1 ano de prisão ou com pena de multa de 60 a 240 dias.
Pedro Arede SociedadeSubsídios | Escola Portuguesa recebeu mais de 13 milhões no 2.º trimestre Entre Abril e Junho de 2021, a Escola Portuguesa de Macau (EPM) recebeu, juntamente com a Fundação EPM, 13,64 milhões de patacas em subsídios concedidos pelos Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) e pela Fundação Macau. Detalhando, a descrição referente aos apoios financeiros concedidos a particulares e a instituições particulares pela DSEDJ publicada ontem no Boletim Oficial, revela que a EPM recebeu 10,44 milhões de patacas distribuídos por subsídios às propinas do ano lectivo 2020/2021 (7,52 milhões de patacas), subsídios para o ensino integrado (1,51 milhões), subsídio para as propinas do curso intensivo de língua portuguesa (756 mil patacas), e ainda subsídios para a prestação de serviços de aconselhamento aos alunos (344 mil patacas). As restantes verbas são destinadas a apoiar campeonatos escolares de badminton, judo, futebol, voleibol e bolinha. Já a Fundação da EPM, recebeu da Fundação Macau 3,2 milhões de patacas destinadas a custear as despesas do plano anual do estabelecimento de ensino. Por seu turno, o Jardim de Infância D. José da Costa Nunes recebeu cerca de 832 mil patacas em subsídios concedidos pela DSEDJ distribuídos por apoios à prestação de serviços de aconselhamento aos alunos (344 mil patacas) e subsídios para o ensino integrado (283 mil e 182 mil patacas). O estabelecimento de ensino que mais apoio recebeu foi a escola Pui Ching, a quem foram concedidos subsídios no valor total de 38,44 milhões de patacas. Da lista de escolas mais apoiadas fazem ainda parte a Escola Internacional de Macau (13,30 milhões) e a Escola das Nações (8,19 milhões). De apontar ainda que, no segundo trimestre de 2021, foram concedidos apoios a sete escolas no valor de 972.051 patacas destinados a subsidiar viagens de finalistas.
Hoje Macau SociedadeSurto em Nanjing | 144 pessoas registadas para quarentena O centro de coordenação e contingência do novo tipo de coronavírus recebeu, até às 12h de ontem, o registo de 144 pessoas que estiveram no aeroporto de Lukou, em Nanjing, e que necessitam de realizar quarentena de 14 dias. Recorde-se que o surgimento de um caso de infecção em Zhuhai, com origem neste aeroporto de Nanjing, obrigou as autoridades locais a exigir uma observação médica a 150 pessoas que viajaram da capital de Jiangsu no dia 14 de Julho, incluindo os dias seguintes. Entretanto, até às 10h de ontem, 1430 pessoas registaram nos seus códigos de saúde terem estado nas mesmas zonas frequentadas por um indivíduo de 29 anos infectado com covid-19, entre os dias 19 e 21 deste mês. Estas pessoas terão agora de ser sujeitas a testes de ácido nucleico. Nas 24 horas de ontem, Nanjing identificou mais 31 casos de covid-19, elevando para 90 casos nos últimos dias. Nanjing lançou uma campanha de testes e colocou sob confinamento dezenas de milhares de pessoas.
Hoje Macau SociedadeTUI | Governo perde recurso no caso Surf Hong O Tribunal de Última Instância (TUI) decidiu contra a secretária para os Assuntos Sociais e Cultural, Elsie Ao Ieong U, no âmbito do processo da aplicação de uma multa de 7,6 milhões de patacas à empresa Surf Hong. Em causa está a greve dos trabalhadores da empresa que impediu o fornecimento dos serviços de nadadores salvadores, durante o Verão de 2018. Os fundamentos da decisão não são conhecidos, e o acórdão não está disponível, mas no portal dos tribunais é indicado que foi “negado provimento ao recurso da entidade administrativa”. Na decisão também é indicado que o recurso da Surf Hong sobre o acórdão do TSI teve aceitação parcial. Em Fevereiro deste ano, o TSI já havia decidido anular a multa de 7,6 milhões de pataca à empresa, o que levou o Governo a decidir recorrer para o TUI. Este não é o único caso em tribunal que opõe as duas partes. Houve uma segunda multa imposta à empresa de 4,1 milhões de patacas. Na primeira instância, o Tribunal de Segunda Instância (TSI) anulou a multa de 4,1 milhões de patacas por considerar que a greve era um motivo de força maior. Porém, posteriormente, o Governo recorreu para o TUI, que reenviou o caso novamente para o TSI, que teria de tomar uma nova decisão. Este último diferendo ainda se encontra a decorrer nos tribunais.
Pedro Arede Manchete SociedadeResidente de 23 anos detida por consumo de Ice Uma residente de Macau foi detida no Iao Hon na posse de três pacotes de ice que tinha acabado de comprar por 1.300 patacas. Outras duas pessoas foram também detidas na zona norte da cidade por suspeitas de tráfico de estupefacientes. No total, a Polícia Judiciária apreendeu 43,96 gramas de ice no valor de 145 mil patacas A Polícia Judiciária (PJ) deteve na passada segunda-feira no bairro do Iao Hon, uma residente de Macau de 23 anos suspeita do crime de consumo ilícito de estupefacientes. A mulher estava na posse de 0,83 gramas de ice que tinha acabado de adquirir naquela zona. De acordo com informações reveladas ontem em conferência de imprensa, a PJ começou a investigar o caso, após ter tomado conhecimento de que, recentemente, uma residente de Macau que costumava consumir estupefacientes tinha por hábito circular com frequência no bairro do Iao Hon. Munida dessa informação, por volta das 20h da passada segunda-feira, a PJ iniciou uma operação na zona norte da cidade, tendo observado que a suspeita se dirigiu à entrada de um edifício. À saída, a mulher foi interceptada pelas autoridades na posse de 0,83 gramas de ice, distribuídos por três doses, que confessou ter adquirido para consumo próprio a uma mulher de nacionalidade vietnamita por 1.300 patacas. No local onde a residente de Macau tinha estado momentos antes, os agentes destacados para a operação localizaram a segunda mulher, que tinha dois pacotes de ice com o peso total de 0,87 gramas. Durante as buscas na residência da suspeita, a PJ encontrou um homem, também de nacionalidade vietnamita. No quarto do indivíduo, que vivia com a segunda suspeita, foram encontrados 36 pacotes de ice com o peso total de 42,27 gramas, utensílios para preparar e consumir droga e ainda 3.500 patacas em dinheiro, que terá resultado da venda de estupefacientes. Durante o interrogatório, os dois suspeitos informaram as autoridades que eram apenas amigos, apesar de viverem na mesma casa, da qual a mulher é proprietária. Os dois são trabalhadores não residentes com documentação expirada. Na sequência das investigações, a PJ concluiu que os dois vietnamitas começaram a vender droga há seis meses, sobretudo, a frequentadores de espaços de diversão nocturna. Além disso, os dois suspeitos recusaram-se a revelar a origem da droga. Quando submetidos a exames médicos para comprovar o consumo de estupefacientes, o resultado dos testes foi positivo. Contas feitas, a PJ apreendeu 43,96 gramas de ice, no valor de 145 mil patacas. Três em um O caso seguiu ontem para o Ministério Público (MP), sendo que a residente de Macau irá responder pelos crimes de consumo ilícito de estupefacientes e detenção indevida de utensílios. A confirmar-se a acusação, poderá ser punida, por cada um deles, com pena de prisão de 3 meses a 1 ano ou com pena de multa de 60 a 240 dias. Quanto aos dois suspeitos de nacionalidade vietnamita podem ser punidos também com uma pena de prisão entre 5 e 15 anos pela prática dos crimes de produção e tráfico de estupefacientes. Adicionalmente, por albergar um homem que se encontrava em situação de imigração ilegal, a mulher vietnamita é também acusada do crime de acolhimento, pelo qual pode incorrer na pena de prisão até 2 anos.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeCovid-19 | 150 pessoas para quarentena devido a surto em aeroporto de Nanjing Um caso positivo de covid-19 registado em Zhuhai, com origem no aeroporto de Nanjing, levou as autoridades de Macau a decretar quarentena obrigatória de 14 dias para todas as pessoas que viajaram para RAEM oriundas deste aeroporto. No total, 150 pessoas estão nesta situação e entraram no território há quase uma semana 150 pessoas de Macau vão ter de cumprir quarentena de 14 dias pelo facto de terem estado no aeroporto de Lukou, em Nanjing, onde foi dectetado um surto de covid-19 que contaminou um homem de Zhuhai. A medida de quarentena obrigatória está em vigor desde as 6h de domingo. As autoridades estão em contacto com a centena e meia de pessoas, e revelaram ontem que todos teriam de se deslocar ao terminal marítimo do Pac On, entre as 18h e 23h de ontem, para realizar o teste de ácido nucleico. Foi pedido que levassem consigo documentação de prova do voo em que viajaram. Além disso, “os familiares [destas pessoas] também precisam de fazer o teste uma vez”, referiu Alvis Lo, director dos Serviços de Saúde (SSM), em conferência de imprensa do centro de coordenação e de contingência do novo tipo de coronavírus. O responsável adiantou que “os residentes que entraram [no território] até ao dia 21 de Julho não precisam pagar as despesas da quarentena, mas os trabalhadores não residentes sim, de acordo com as normas do hotel em que estão”. Estes podem também requerer a isenção do pagamento. À quinta foi de vez O homem infectado em Zhuhai tem 29 anos de idade e chegou do aeroporto de Nanjing no dia 19 de Julho. Depois de deixar o aeroporto o homem apanhou um shuttle bus para o hotel, às 16h40, e jantou no hotel entre as 18h e as 19h30. No dia seguinte, tomou o pequeno-almoço no hotel e foi de seguida a um centro comercial onde “participou numa conferência da empresa”. Entre as 18h e as 21h desse dia “foi a um convívio com os colegas num restaurante”, tendo regressado ao hotel depois. No dia 21 o indivíduo voltou a estar presente na conferência, e só depois realizou cinco testes de despistagem à covid-19, sendo que só à quinta vez deu positivo. Alvis Lo apelou ainda à vacinação e ao reforço das medidas de higiene de quem tenha estado nos mesmos locais desta pessoa. “Todos os residentes e TNR, sobretudo os que vivem em Zhuhai e Zhongshan, precisam de tomar atenção ao percurso do indivíduo, e se frequentaram os mesmos locais têm de informar o centro de coordenação.” O contacto com o centro de coordenação pode ser feito através do código de saúde, no histórico de viagem, por email ou telefone, estando prevista a realização de três testes nos próximos sete dias, totalmente gratuitos Até ontem não havia registo de casos de contacto próximo com o paciente infectado. “Temos uma alta circulação de pessoas entre Zhuhai e Macau, com muitos TNR e turistas. Há pessoas de Macau a viver em Zhuhai ou Zhonghshan. Tendo em conta este novo caso, Macau corre o risco de ter um surto comunitário”, disse Alvis Lo. As autoridades de Zhuhai têm testado, entre ontem e hoje, a testar toda a população devido a este caso, que as autoridades caracterizam como assintomático. Os resultados vão determinar a aplicação das medidas em Macau. “A percentagem será uma referência importante para Macau. Se houver uma taxa alta de casos positivos então vamos ajustar atempadamente as nossas medidas”, frisou Alvis Lo. Na conferência de ontem foi também anunciado que, a partir de hoje, não será necessária a realização da autogestão de saúde de sete dias para quem viaja de Taiwan, devido à redução do número de casos de covid-19.