Hoje Macau SociedadeFarmacêutica quer lançar molécula chinesa com base em estudo da UM A farmacêutica portuguesa Tecnophage quer lançar na Europa, este ano, um suplemento com resultados “muito promissores” na doença de Parkinson, baseado numa investigação da Universidade de Macau sobre uma fruta usada na medicina tradicional chinesa. O director executivo da Tecnophage, Miguel Garcia, disse à Lusa que a empresa de biotecnologia está “nos últimos passos” dos ensaios de toxicidade da molécula, que devem estar concluídos “no primeiro trimestre”. A farmacêutica está já a “desenvolver um dossier para poder avançar do ponto de vista regulamentar” para o registo como suplemento alimentar “na Europa e depois talvez nos Estados Unidos”, explicou Garcia. O empresário sublinhou que os resultados dos ensaios de eficácia da molécula, feitos em animais, no laboratório do professor da Universidade de Macau Simon Lee Ming Yuen, “são muito promissores”. Os testes revelaram que pode reduzir a perda de memória e de controlo dos movimentos, sintomas da “degeneração neurocognitiva” causada não apenas pela doença de Parkinson, mas também pela doença de Alzheimer, disse à Lusa Simon Lee. O investigador chinês explicou que a opção por um suplemento alimentar permite que o produto “esteja mais cedo nas prateleiras dos supermercados e possa tornar-se mais conhecido”. Medicamento na calha Miguel Garcia garantiu que o objectivo final da Tecnophage é lançar um medicamento, mas lembrou que o processo de aprovação exige “uma série de ensaios clínicos” e por isso “demora muito mais anos e muito dinheiro gasto”. A molécula foi isolada a partir da “alpinia oxyphylla”, uma pequena fruta semelhante ao gengibre, que é usada “não apenas na medicina tradicional chinesa, mas também, sobretudo no Sul, em Guangdong, como parte de terapia alimentar”, disse Simon Lee. O investigador defendeu que a aposta no método ocidental de isolar moléculas químicas e registá-las para atrair investimento é a forma de levar “os tesouros da sabedoria tradicional” a um público mais vasto. Ainda assim, Lee admitiu que o método é “por vezes muito polémico” e alvo de fortes críticas por parte de praticantes da medicina tradicional chinesa, sobretudo porque “moléculas isoladas nem sempre funcionam”. O especialista deu como exemplo os doentes com o VIH, tratados com um ‘cocktail’ de medicamentos antirretrovirais, e a malária, cujo tratamento, descoberto pela cientista chinesa Prémio Nobel da Medicina em 2015 Tu Youyou, se baseia na planta artemísia. No entanto, Miguel Garcia acredita no potencial de “extrair moléculas isoladas” de produtos da medicina tradicional chinesa “para depois fazer o caminho tradicional” até à aprovação farmacêutica no ocidente. A Technophage tem desde 2014 um acordo de colaboração com o laboratório de Simon Lee na Universidade de Macau e Miguel Garcia continua “a achar que tem muito potencial para futuras sinergias”.
João Santos Filipe Manchete SociedadeCrime | Ataque em loja de penhores causa três feridos ligeiros Uma mulher envolveu-se numa discussão com uma empregada de uma loja de penhores e acabou por esfaquear três pessoas. Com a confusão instalada, acabou por fugir antes de se entregar às autoridades. Na origem do ataque estarão motivos passionais Uma mulher entrou numa loja de penhores para discutir com uma das funcionárias e acabou por fazer três feridos ligeiros, entre os trabalhadores do espaço comercial. O caso aconteceu na sexta-feira à tarde, por volta das 16h15, na Rua de Foshan, na Península de Macau, foi revelado pelas autoridades. Segundo o relato apresentado, a mulher, trabalhadora não-residente, com cerca de 30 anos, entrou na loja, e começou a discutir com uma funcionária. Os motivos não foram totalmente esclarecidos, mas a discussão terá acontecido devido a razões passionais, com a atacante a mostrar-se muito alterada, durante a confrontação. Quando dois colegas da trabalhadora da loja se aperceberam dos ânimos exaltados, aproximaram-se para tentar acalmar a situação. Contudo, a atacante mostrou-se sempre muito nervosa e decidiu, nessa altura, recorrer a duas facas, que tinha consigo, e atacou os três funcionários. A confusão no interior do espaço fez com que as autoridades fossem alertadas por transeuntes para a situação, com relatos de um ataque armado. Porém, quando chegaram ao espaço a atacante tinha fugido, e deixado para trás as armas do crime. Ao mesmo tempo, as autoridades depararam-se com os três trabalhadores feridos, que foram transportados para o hospital Kiang Wu. As vítimas, com idades entre os 38 e 44 anos, apresentavam ferimentos nas mãos e ombros. Mea culpa Com o local isolado, e com as autoridades a investigarem o ataque, a mulher responsável pelo acto criminoso acabou por se apresentar na estação do Corpo de Polícia de Segurança Pública. Às autoridades, a atacante terá confessado o seu envolvimento nos acontecimentos na Rua de Foshan. A causa para o ataque foi apontada preliminarmente como estando relacionada com razões passionais. Contudo, à altura em que a informação foi revelada, as autoridades ainda estavam a realizar a investigação ao sucedido. Também ontem, as medidas de coacção aplicadas à mulher que se entregou voluntariamente ainda não tinham sido divulgadas.
Hoje Macau Manchete SociedadeAno Novo Lunar | Semana com mais de 450 mil visitantes Macau registou 451 mil visitantes durante a semana do Ano Novo Lunar, quase o triplo de 2022, mas ainda assim menos 62 por cento do que em 2019, o último ano antes da pandemia de covid-19. Os números foram avançados na sexta-feira pela Direcção dos Serviços de Turismo, com as autoridades a sublinharem que foram superadas as expectativas, naquele que foi o primeiro Ano Novo Lunar marcado pelo alívio das medidas de prevenção contra a covid-19. “Entre o total de 451 mil visitantes que entraram em Macau (…), 265 mil vieram do Interior da China e 165 mil de Hong Kong”, destacou a DST em comunicado. “No terceiro dia do Ano Novo Chinês (dia 24), o número de visitantes ultrapassou os 90 mil, marcando um novo recorde diário desde o início da pandemia”, pode ler-se na mesma nota. As autoridades salientaram ainda que a média da taxa de ocupação hoteleira foi de 85,7 por cento, com um pico no terceiro dia de 92,1 por cento. Macau, cuja economia depende do turismo, seguiu até meados de Dezembro a política chinesa de ‘zero covid’, com a imposição de quarentenas, confinamentos e testagem massiva. Exigências que se somaram aos constrangimentos de mobilidade impostos por Pequim e que ajudam a explicar os 5,7 milhões de visitantes em 2022, longe dos valores de 2019, quando entraram no território perto de 40 milhões de visitantes, quase 60 vezes a população da cidade.
Hoje Macau SociedadeTaxa de desemprego cresceu no ano passado Em 2022, a taxa de desemprego foi de 3,7 por cento e a taxa de desemprego dos residentes correspondeu a 4,8 por cento, resultando em aumentos de 0,8 e 0,9 pontos percentuais, respectivamente, face a 2021. Os números foram divulgados na sexta-feira pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). No ano passado, a situação não ficou apenas pior a nível do desemprego, também o rendimento mensal registou uma quebra, segundo as informações oficiais. “A mediana do rendimento mensal do emprego da população empregada situou-se em 15.000 patacas e a do rendimento mensal do emprego dos residentes empregados fixou-se em 19.000 patacas, menos 800 patacas e 1.000 patacas, respectivamente, em termos anuais”, foi reconhecido no comunicado da DSEC. Contudo, o período entre Outubro e Dezembro de 2022 terá apresentado uma melhoria face à análise feita com os dados entre Setembro e Novembro de 2022. Entre Outubro e Dezembro de 2022, a taxa de desemprego atingiu 3,5 por cento e a taxa de desemprego dos residentes foi de 4,5 por cento, decrescendo ambas 0,2 pontos percentuais. No período em análise, a população activa que vivia em Macau era de 373 mil pessoas com uma taxa de actividade de 68,5 por cento. A população empregada situou-se em 360,2 mil pessoas e o número de residentes empregados correspondeu a 281,1 mil pessoas, menos 1,700 e 900 pessoas, respectivamente, em comparação com o período anterior.
João Santos Filipe Manchete SociedadeWindsor Arch | Lai Weng Leong admite pedidos para acelerar processo O actual director dos Serviços de Solos e Construção Urbana considerou legais os pedidos de Li Canfeng para acelerar os procedimentos de atribuição de licença de ocupação para o edifício Windsor Arch Lai Weng Leong, actual director dos Serviços de Solos e Construção Urbana, admitiu ter recebido pedidos de Li Canfeng para acelerar o processo de atribuição de licença de utilização do projecto Windsor Arch. As declarações foram expressas em tribunal, no sábado, de acordo com a TDM, no âmbito do processo em que os ex-directores das Obras Públicas, Jaime Carion e Li Canfeng, são acusados de crimes de associação criminosa, corrupção e branqueamento de capitais. Segundo a acusação do Ministério Público (MP), Li Canfeng recebeu quase 2 milhões de renminbis para que o projecto Windsor Arch recebesse licença de ocupação, antes de terminar a licença para desenvolver o terreno. No entanto, a licença de utilização do projecto residencial foi emitida numa altura em que o livro de obra estava desaparecido. O MP considera que a licença de utilização só podia ser emitida, depois de terem sido impostas as sanções pelo extravio do livro das obras. Questionado pelo MP, Lai Weng Leong, que na altura era o chefe do Departamento de Construção Urbana, considerou que a situação decorreu dentro da legalidade. De acordo com as explicações de Lai, os procedimentos de emissão da licença de utilização e de imposição de sanções pela perda do livro de obras podem ser feitos em separado, não havendo interferência de um processo no outro. Lai Weng Leong reconheceu ainda que Li Canfeng lhe tinha pedido para se focar primeiro na atribuição de licença de utilização, e colocar de lado o processo de extravio do livro de obra. Porém, não considerou esta instrução do seu superior ilegal. Contactos frequentes Durante mais uma sessão do mediático julgamento, Lai Weng Leong reconheceu também que recebia contactos frequentes de Li Canfeng, por telefone ou pessoalmente, para discutirem os projectos ligados a Sio Tak Hong, William Kuan e Ng Lap Seng, que também são arguidos neste mega processo. Segundo Lai, o ex-director das Obras Públicas chegou a pedir para que fossem acelerados os processos relacionados com terrenos dos empresários em causa. Li Canfeng, sucessor de Jaime Carion nas Obras Públicas, é acusado de um crime de associação secreta, em concurso com o crime de associação criminosa, 11 crimes de corrupção passiva para acto ilícito, 10 crimes de branqueamento de capitais, um crime de falsificação de documentos e quatro crimes de inexactidão de elementos. Ao contrário do que normalmente acontece, a primeira sessão do julgamento após o Ano Novo Lunar foi marcada para a manhã de sábado pela juíza Lou Ieng Ha. O julgamento prossegue amanhã, às 14h45.
João Santos Filipe Manchete SociedadeCabo Verde | David Chow abandona posição de cônsul honorário Com a demissão, o empresário avançou para o encerramento do consulado de Cabo Verde em Macau. Em causa, aponta o jornal A Nação, está o facto de David Chow sentir “um certo desagrado” com a forma como o seu investimento está a ser tratado O empresário David Chow abandonou a posição de Cônsul Honorário de Cabo Verde em Macau, de acordo com a informação publicada na última edição do jornal A Nação. O pedido foi feito através de uma carta, enviada a 18 de Janeiro, e implica também o encerramento do espaço onde funcionava até agora o consulado. De acordo com a publicação de Cabo Verde, a carta enviada pelo empresário nota “um certo desagrado”, “nas entrelinhas”, com a actuação do Governo do país insular, por entender que os seus investimentos têm sido desprezados. Em causa, está o tratamento que outro investidor está a receber. Este investidor comprometeu-se a construir um empreendimento turístico na zona do Gamboa, onde Chow também está a investir, com um investimento de 250 milhões de dólares americanos. “Apraz-me registar, entretanto, que o Governo de Cabo Verde acabou por conceder a um investidor local e cabo-verdiano a parte restante daquela praia, o que significa que, no futuro, toda aquela zona será considerada a joia de Santiago”, escreveu Chow, na carta citada pelo jornal A Nação. “Creio que, sendo um investidor/empresário cabo-verdiano, seria talvez menos árduo realizar um projecto desta envergadura”, acrescentou. Ao mesmo tempo, o jornal aponta que o investimento da empresa Macau Legend, em Cabo Verde, está cada vez mais perto de se tornar num “elefante branco”. Isto porque o hotel, que inclui casino e marina, devia ter ficado concluído dentro de três anos após o início das obras. Entretanto passaram sete anos, e “só foram edificados um enorme prédio e a ponte que liga Gamboa ao Ilhéu de Santa Maria”. Viagem de emergência Segundo a publicação local, a decisão de David Chow “terá tido um grande impacto no Governo” de Cabo Verde, que se apressou a agendar uma viagem a Macau, para avaliar as consequências. O Ministro dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde, Rui Figueiredo, vai assim deslocar-se à RAEM, “para tentar minimizar os eventuais estragos” que podem ser provocados pelo encerramento do consulado. O jornal não indica a data da viagem. Esta não é a primeira vez que David Chow e as autoridades de Cabo Verde têm problemas. No passado, o empresário tentou abrir um banco no país ilhéu, denominado Banco Atlântico. No entanto, o banco central de Cabo Verde recusou o projecto, por considerar que o empresário tinha falta de “idoneidade bancária”. Na altura, João Serra era o governador da instituição.
João Santos Filipe SociedadeFalta de recursos humanos reduz número de quartos de hotel Apesar de as férias do Ano Novo Lunar terem terminado, o Cotai continua com pouca oferta de quartos de hotel. Esta realidade está a fazer com que os preços por quarto nos principais hotéis do território facilmente ultrapassem as 4 mil patacas por noite. No entanto, de acordo com o Jornal Ou Mun, a pouca oferta de quartos não deverá sofrer mudanças a curto prazo, porque faltam trabalhadores para que os hotéis possam aumentar a oferta. A informação foi adiantada com base no depoimento de uma fonte do sector hoteleiro, que pediu para ficar anónima. De acordo com esta fonte, durante os três anos da pandemia os hotéis despediram funcionários e evitaram a renovação dos contratos dos trabalhadores não-residentes, para baixarem os custos de operação, face ao reduzido número de clientes. Ao mesmo tempo, impulsionados pela política do Governo, começaram a dispensar os trabalhadores não-residentes, que foram obrigados a deixar Macau. Esta realidade faz com que agora não haja mão-de-obra disponível no mercado de trabalho para responder em tão pouco tempo ao súbito aumento da procura. Outro factor que está a limitar a oferta do número de quartos, são as férias dos trabalhadores não-residentes. Impedidos de visitar as famílias durante praticamente três anos, estes trabalhadores estão a aproveitar o fim da exigência de quarentena para verem os entes queridos nos países de origem. Todos estes factores, aponta a fonte ouvida, fazem com que os quartos disponibilizados não representem 50 por cento do número existente. Reservas prioritárias Além das razões apresentadas, a fonte fala ainda de outros fenómenos antigos, que apesar das campanhas anti-jogo continuam a persistir em Macau. Segundo a fonte citada pelo Jornal Ou Mun, há pessoas ligadas à exploração das salas VIP dos casinos que estão a aproveitar toda a situação para especularem e ganharem com a situação. Nestes casos, os quartos são arrendados e depois subarrendados a preços mais elevados do que aqueles praticados no mercado. Além disso, existem ainda outros quartos que não são disponibilizados, porque estão reservados para os grandes apostadores, como parte das campanhas de marketing. Esta é uma prática normal de marketing, em que face aos grandes montantes apostados, os clientes acumulam pontos no cartão de cliente, que podem ser trocados pela reserva prioritária de quartos nos hotéis em causa.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeAssinada parceria com Angola na área das startups A plataforma de empreendedorismo 928 Challenge, que todos os anos organiza uma competição entre startups e empresas da China, Macau e países lusófonos, co-gerida por Marco Duarte Rizzolio, acaba de assinar um acordo de cooperação com o Angola Innovation Summit, tido como o maior evento cem por cento digital sobre inovação e tecnologia no universo dos países de língua portuguesa. Citado por um comunicado, Marco Duarte Rizzolio disse que “é com grande satisfação” que assinou este acordo. “Uma das principais missões do ‘928 Challenge’ é incentivar o desenvolvimento de startups lusófonas não apenas com Portugal e o Brasil, mas também com países africanos de língua portuguesa. Não podemos esquecer que dois terços dos países lusófonos estão em África”, explicou. Com este acordo, Marco Duarte Rizzolio espera “trazer mais visibilidade para o mundo das startups lusófonas como um todo e fazer uma maior conexão com a China, que representa o segundo mercado de capital de risco do mundo, depois dos EUA”. Marco Duarte Rizzolio recorda que, na área empresarial, “enquanto o financiamento de capital de risco caiu 35 por cento globalmente em 2022, o financiamento para o sector africano cresceu oito por cento”. “Apesar do aumento no financiamento de capital de risco em África, os países africanos de língua portuguesa estão ainda muito atrás dos mercados anglófonos, como o Quénia, África do Sul e Nigéria. No entanto, isto não acontece por falta de qualidade, mas pelo facto de os investidores que promovem mais desenvolvimento serem principalmente falantes de inglês, baseados no Reino Unido ou EUA”, explicou. Objectivos comuns Dentro deste acordo com o Angola Innovation Summit, está ainda contemplado o “Innovation Awards” [Prémios de Inovação], lançado no ano passado e que visa “reconhecer e distinguir, em seis categorias, as mais brilhantes iniciativas promovidas com recurso à inovação e à tecnologia por organizações e startups que operam na região dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), e que contribuem para o desenvolvimento económico e social, bem como para a modernização do mercado” José Bucassa, dirigente da Angola Innovation Summit, disse que o acordo feito com a plataforma 928 Challenge “permite obter sinergias, pois ambas as iniciativas têm o mesmo objectivo, que é promover os ecossistemas de empreendedorismo e startups da lusofonia, particularmente a lusofonia africana”. Com esta parceria, as startups angolanas vencedoras dos Prémios de Inovação terão a oportunidade de uma entrada directa para o grupo de oito equipas do “928 Challenge”. Esta é, portanto, “uma oportunidade para que as startups angolanas estejam expostas e mais próximas dos outros mercados, nos quais podem identificar e estabelecer parcerias e, quiçá, captar investimentos”.
Nunu Wu SociedadeVenda de pivetes no Ano Novo desilude O dono de uma banca de venda de pivetes e outros artigos alusivos ao Ano Novo Chinês afirmou que, apesar da maior vinda de turistas, o negócio está muito difícil. As declarações foram prestadas pelo comerciante de apelido Ho, que detém uma banca junto ao Templo de A-Má, ao jornal Ou Mun. De acordo com o dono da banca, a maior entrada de turistas não se traduziu no aumento do comércio de alguns artigos como pivetes para queimar nos templos ou ventoinhas de papel que atraem fortuna. Segundo Ho, o cenário foi mesmo tão mau, que teve de começar a vender o material encomendado a preço de saldos, para pelo menos garantir que não perde dinheiro durante esta época festiva. Quando questionado sobre os motivos para as fracas vendas, Ho explicou que este tipo de comércio depende muito dos residentes locais. Como as fronteiras voltaram a abrir, muitos optaram por deixar o território, o que teve um impacto directo no nível das vendas. Ainda assim, o comerciante admitiu que vai chegar ao final da época sem registar perdas, porque o volume de vendas, na ordem de poucos milhares de patacas por dia, permite cobrir as despesas. Críticas ao IAM Ho criticou ainda o Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), devido às novas exigências relacionadas com as vendas nas bancas. Apesar de elogiar o crescimento do espaço, o comerciante considerou que o facto de todos os produtos terem de estar expostos no interior das bancas é prejudicial para o negócio. Segundo o comerciante, as bancas metálicas são locais com pouca iluminação e espaço, que acabam por afastar os clientes, que se sentem pouco confortáveis para entrar e comprar, ou que muitas vezes nem conseguem ver todos os produtos. Por outro lado, o Ho queixou-se da desigualdade nos produtos à venda. O empresário recordou que no concurso público foi definido que os amuletos da sorte e ornamentos pendurados não podiam ser vendidos. Contudo, muitas bancas continuaram a vendê-los. Apesar de ter feito queixa ao IAM, recebeu como resposta que “os produtos da queixa estão relacionados com as festividades, pelo que podem ser vendidos”.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeCPCP | Ausência de resposta do PS obriga a envio de carta Foi no ano passado que o Partido Socialista prometeu aos membros do Conselho Permanente das Comunidades Portuguesas avançar com uma proposta de revisão da lei que define as competências e funcionamento do Conselho das Comunidades Portuguesas. O silêncio do partido político português obrigou os conselheiros a enviar nova carta a Eurico Brilhante Dias, deputado e líder parlamentar Os membros do Conselho Permanente das Comunidades Portuguesas (CPCP) querem melhores condições de trabalho, mas, até à data, mantém-se o silêncio da parte do Partido Socialista (PS), actualmente com maioria absoluta no Parlamento português, sobre uma revisão da lei de 2007, que define as competências, o modo de organização e funcionamento do CPCP, e que ficou prometida para final do ano passado. Assim sendo, 14 conselheiros que representam as comunidades de emigrantes portugueses de todo o mundo, onde se inclui Rita Santos, em representação de Macau, China e Hong Kong, decidiram enviar uma nova carta a Eurico Brilhante Dias, deputado e líder do grupo parlamentar do PS a questionar por que razão o PS não apresentou a proposta de revisão do diploma até Dezembro conforme prometeu. “Não podemos deixar de registar o estranhamento a essa situação vinda do partido que tem a maioria absoluta no Parlamento e tem dado norte às políticas do Governo para as comunidades há mais de sete anos”, aponta a carta, a que o HM teve acesso. “Relembramos que há um consenso geral na Assembleia da República quanto à necessidade de se aprovar urgentemente alterações à regulamentação do CPCP, preferencialmente até final deste semestre, de modo que o secretariado do CPCP possa ter as condições ideais para avançar com a convocatória da eleição ao CPCP no segundo semestre deste ano. A palavra e a acção estão com esse grupo parlamentar”, apontam ainda os conselheiros. Apoios, precisam-se Rita Santos reitera ao HM as necessidades primordiais de uma entidade cujos membros são voluntários e não conseguem chegar a todos os emigrantes no apoio à resolução dos vários problemas sentidos pelas comunidades. Em Julho do ano passado, os conselheiros reuniram, em Lisboa, com deputados do PS, tendo sido feita a promessa de apresentação de uma proposta de revisão do diploma para Dezembro. Em Novembro, houve novas reuniões. “Pedimos aí uma alteração ao estatuto do CPCP, pois gostaríamos que pudéssemos ter um maior apoio logístico com pessoal para quando fizermos os nossos pareceres e documentos aquando das consultas. Precisamos de mais apoio, pois todos nós trabalhamos de forma voluntária.” Além disso, com o aumento do número de eleitores e recenseados, torna-se importante aumentar o número de conselheiros, disse Rita Santos. Havia também o desejo de implementar o voto electrónico, com um programa piloto, nas eleições para os conselheiros do CPCP, mas um técnico do Ministério da Administração Interna afastou essa possibilidade. “A marcação de uma data para a eleição dos conselheiros é um assunto precedente à alteração da lei, e até agora não foi marcada qualquer data. Decidimos então, por unanimidade, enviar esta carta a Brilhante Dias”, concluiu Rita Santos.
Hoje Macau SociedadeReserva financeira regista primeira subida em 10 meses A reserva financeira registou uma subida de 3,87 mil milhões de patacas em Novembro, o primeiro aumento após 10 meses consecutivos a perder valor, indicam dados divulgados ontem. A reserva financeira da RAEM cifrou-se em 562,7 mil milhões de patacas no final de Novembro, de acordo com a informação publicada no Boletim Oficial pela Autoridade Monetária de Macau. Apesar da subida, o valor da reserva financeira continua a ser inferior em 107 mil milhões de patacas ao recorde atingido de 669,7 mil milhões de patacas em Fevereiro de 2021. Na primeira metade deste ano, a reserva financeira perdeu 17 mil milhões de patacas só em investimentos, devido a oscilações no mercado internacional, de acordo com o Governo. O valor da reserva extraordinária no final de Novembro era de 398,1 mil milhões de patacas e a reserva básica, equivalente a 150 por cento do orçamento público de Macau para 2022, era de 185,1 mil milhões de patacas. Gastos em alta A reserva financeira de Macau é maioritariamente composta por depósitos e contas correntes no valor de 272,5 mil milhões de patacas, títulos de crédito no montante de 120,1 mil milhões de patacas e até 162,2 mil milhões de patacas em investimentos subcontratados. Mesmo no cenário de crise económica criada pela pandemia, a reserva financeira de Macau tinha crescido em 2020 e 2021, apesar do Governo ter injectado mais de 90 mil milhões de patacas no orçamento. O Governo gastou 5,92 mil milhões de patacas para dar a cada residente oito mil patacas, montante que pode ser usado para efectuar pagamentos, sobretudo no comércio local, desde 28 de Outubro. A Assembleia Legislativa de Macau aprovou em Novembro o orçamento da região para 2023, prevendo voltar a recorrer à reserva financeira em 35,6 mil milhões de patacas.
Hoje Macau Manchete SociedadeSands China | Anunciadas perdas de 12,68 mil milhões de patacas Apesar de ter voltado a acumular prejuízos, o director executivo da Sands China, Robert G. Goldstein, mostrou-se confiante no futuro e aponta que o Ano Novo Lunar, e o fim da política de zero casos de covid-19, trouxeram à indústria novos motivos para sorrir A concessionária Sands China anunciou ontem um prejuízo de 12,68 mil milhões de patacas (1,58 mil milhões de dólares americanos) durante o ano passado, mais 56,4 por cento do que em 2021. Num comunicado enviado à bolsa de valores de Hong Kong, a Sands China revelou igualmente ter registado um prejuízo de 2,79 mil milhões de patacas no último trimestre de 2022. O resultado é melhor do que o registado no trimestre anterior (3,79 mil milhões de patacas), mas pior do que no mesmo período de 2021 (1,97 mil milhões de patacas). As receitas também caíram significativamente no último trimestre de 2022, com a Sands China a arrecadar 3,52 mil milhões de patacas, menos 31,7 por cento do que no mesmo período de 2021. No comunicado, o director executivo da Sands China, Robert G. Goldstein, admitiu que “as restrições às viagens e a descida dos visitantes continuaram a afectar” o desempenho da operadora. No último trimestre, Macau recebeu quase 900 mil visitantes, menos 50,8 por cento em relação ao mesmo período de 2021, devido às restrições fronteiriças e à vaga de casos de covid-19 que atingiu a China continental, de onde chega a esmagadora maioria dos visitantes. Sempre a perder Desde o início da pandemia, as operadoras têm acumulado prejuízos sem precedentes em Macau, que seguiu até meados de Dezembro a política chinesa de ‘zero covid’, com a imposição de quarentenas, confinamentos e testagem massiva. Ainda assim, Goldstein disse no comunicado de ontem que a Sands China “continua confiante numa recuperação robusta dos gastos em viagens e turismo” e considera Macau “um mercado ideal para investimento adicional”. A Venetian Macau, uma subsidiária da Sands, anunciou a 17 de Dezembro que irá gastar 30,2 mil milhões de patacas, incluindo 27,8 mil milhões em investimentos em elementos não jogo. Esta aposta foi uma das exigências das autoridades de Macau para a renovação por 10 anos das licenças das seis concessionárias a operar no território, que entraram em vigor a 1 de Janeiro. Cenário mais positivo Com o fim da política de “covid zero”, o volume de visitantes atingiu 90.391 visitantes na terça-feira, um novo recorde diário desde o início de 2020, mas ainda assim quase menos metade do que no período equivalente antes da pandemia. “As primeiras indicações são todas positivas, pois observamos uma melhoria significativa nas visitas às nossas propriedades, volume de apostas, vendas a retalho e ocupação hoteleira”, disse Goldstein. A taxa de ocupação hoteleira, durante os feriados do Ano Novo Lunar, entre 22 e 25 de Janeiro, “atingiu 100 por cento”, segundo responsáveis das seis operadoras, citados num comunicado divulgado na quarta-feira pelo Governo. Numa sessão de perguntas e respostas com investidores, Goldstein revelou que a Sands China tem registado lucros no período do Ano Novo Lunar, após três anos consecutivos de prejuízos.
João Santos Filipe Manchete SociedadeCovid-19 | Família impedida de se despedir de ente falecido Uma família está a ser impedida de dizer o último adeus a um ente, devido à implementação das medidas de segurança por mortes causadas pela covid-19. Porém, o relatório da autópsia não menciona o vírus como causa de morte Uma família está a ser impedida de se despedir do ente falecido em câmara ardente, uma vez que a morte do idoso, cuja idade não foi revelada, foi causada pela covid-19. No entanto, o relatório da autópsia nunca menciona a covid-19 e aponta antes uma “pneumonia” como causa da morte. A situação foi revelada ontem pelo jornal All About Macau, que recebeu uma denúncia da família frustrada com toda a situação e com os impedimentos, que considera não fazerem sentido, uma vez que a causa oficial de morte não foi a covid-19. De acordo com informação recebida pelos familiares, os protocolos em vigor definem que corpos das vítimas de covid-19 não podem ficar em câmara ardente antes do funeral e têm de permanecer selados dentro da mortalha. Também o funeral não pode ser feito através da tradicional cremação, optando-se pelo enterro, com o corpo a ser selado com cimento dentro da cova. Estas medidas foram definidas numa altura em que o território adoptava a política de zero casos. A mudança da política para a convivência com o vírus ainda não alterou esta situação. Confusão da autópsia No entanto, a família, que tem o funeral planeado para o próximo mês, contesta a situação e levanta dúvidas sobre todo o procedimento porque a covid-19 não é mencionada no relatório da autópsia. “O certificado de óbito que recebemos descreve a causa de morte como pneumonia, e não como covid-19. Então porque é que é adoptado este tratamento?”, questionou o denunciante, em declarações ao All About Macau. “Quando recebi o certificado de óbito, a causa da morte apontada é uma pneumonia em vez da covid-19”, reiterou. Desde que o território começou a conviver com o vírus que o Governo alterou os critérios da definição de mortes por covid-19. Porém, no hospital, a situação foi diferente. O idoso foi infectado com covid-19 em Dezembro. Numa questão de horas, a situação agravou-se, os sintomas pioraram, e o homem teve de ser transportado em estado crítico para o Centro Hospitalar Conde de São Januário, onde veio a falecer, dias depois. Na altura da morte, o denunciante conseguiu ver o familiar pela última vez, antes do corpo ser levado para a morgue. Após a primeira vaga de infecções por covid-19, em Dezembro, as morgues locais ficaram rapidamente com falta de espaço. Chegaram inclusive a surgir rumores, negados pelos Serviços de Saúde, sobre a perda de cadáveres. Tempos de frustração Depois da morte, mais nenhum familiar conseguiu ver o ente falecido, e também os pedidos feitos para entrar na morgue foram recusados. Por sua vez, um agente da funerária informou a família que os mortos por covid-19 têm sempre de ficar fechados dentro de um saco especial até à altura em que são enterrados. Esta exigência, faz com que não possa haver a tradicional despedida com o corpo em câmara ardente. Impedida de cumprir com a tradição, mesmo podendo recorrer à cremação, ao contrário do que acontece com as vítimas de covid-19, a família do idoso considera que está a ser impossibilitada de organizar uma cerimónia de despedida condigna. Segundo o denunciante ouvido pela publicação local, a família considera ainda incompreensível que as medidas que impedem o último adeus estejam em vigor, até porque o Governo definiu que a covid-19 se tornou endémica. Pandemia | Mais duas mortes quarta-feira Na quarta-feira morreram mais duas pessoas vítimas de covid-19, de acordo com a informação divulgada ontem pelo Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus. As vítimas são do sexo feminino e tinham 60 anos e 95 anos, estando ambas vacinadas contra o vírus. Tinham antecedentes de doenças crónicas. Desde o surgimento da pandemia, em 2019, os números oficiais apontam para a morte de 120 pessoas por covid-19. Os critérios para definir uma morte por covid-19 foram alterados antes do território começar a conviver com o vírus. Ainda de acordo com as informações oficiais, na quarta-feira foram também confirmados mais três casos de covid-19, que foram encaminhados para as instalações de isolamento e tratamento dos Serviços de Saúde.
Hoje Macau SociedadeAlmeida Ribeiro | Encerramento elogiado por associações Uma alternativa para promover o turismo e que pode ser estendida a outra zonas da cidade, de maneira a criar uma nova dinâmica na economia. Foi desta forma que o sector do turismo avaliou o impacto do encerramento da Avenida Almeida Ribeiro. Ao jornal Ou Mun, o presidente da Associação de Sabedoria Colectiva de Macau, Yang Jun, considerou que a iniciativa de permitir que os turistas ocupassem a zona criou novos pontos interesse na cidade, aumentou o interesse dos turistas e impulsionou os negócios naquela área. Assim sendo, Yang propôs ao Governo que pondere a continuação do projecto, criando mais áreas pedonais durante os feriados ou fins-de-semana, em cooperação com o sector do turismo, que assim pode criar novos roteiros. Também o vice-presidente da Associação dos Embaixadores do Património de Macau, Carlos Lo, concordou com a opinião de que a iniciativa permite criar novos roteiros de turismo. Contudo, considerou que é possível melhorar a iniciativa, também de forma a evitar a excessiva concentração de turistas. Finalmente, Wong Man Pan, vogal do Conselho Consultivo do Trânsito, considerou a decisão um sucesso. Porém, alertou que no caso de se pretender prolongar o projecto, é necessário ter muita atenção para evitar a criação de novos engarrafamentos na cidade. Como o plano vai ser reiniciado a 4 e 5 de Fevereiro, Wong Man Pan admite que possa ser criada maior confusão no trânsito, por isso deixa o alerta para que as autoridades planeiem bem a iniciativa.
Hoje Macau Manchete SociedadeFundação Oriente | Catarina Cottinelli assume funções de delegada em Abril A instituição justificou a nova escolha com os objectivos de “dar continuidade ao plano de actividades culturais, educativas e sociais e da promoção da língua e da cultura portuguesas” A Fundação Oriente anunciou o reforço da estrutura em Macau com a nomeação de Catarina Cottinelli como nova delegada, a partir de Abril. A notícia foi divulgada pela instituição na semana passada, através de um comunicado enviado às redacções. “A escolha de Catarina Cottinelli decorre em linha com os objectivos estratégicos da delegação na Região Administrativa Especial de Macau, nomeadamente dar continuidade ao plano de actividades culturais, educativas e sociais e da promoção da língua e da cultura portuguesas, tanto através de iniciativas próprias, como por via de parcerias com entidades locais ou da concessão de subsídios”, foi justificado de acordo com o comunicado da Fundação Oriente. Bilhete de identidade Licenciada em Arquitectura pela Universidade Técnica de Lisboa (UTL), com especial foco na vertente da Renovação Urbana e Arquitectónica, a nova Delegada da Fundação Oriente em Macau tem ainda, entre outros, o mestrado em Cor na Arquitectura, na Faculdade de Arquitectura de Lisboa, e o doutoramento em Design, tendo obtido o grau de Estudos Avançados em Design, também na Faculdade de Arquitectura de Lisboa. No comunicado em que foi divulgada a notícia, Catarina Cottinelli considera que a função vai ser “um novo desafio pessoal e profissional”. “Assumo as novas funções também com o intuito de divulgar e promover o espólio da Fundação Oriente que merece ser conhecido e experienciado por todos”, afirmou. Na sua actividade profissional conta com colaborações em ateliers de Arquitectura, participações em projectos de mobiliário para o Centro Cultural de Belém, assim como em projectos de urbanismo, de que é exemplo o Plano Director Municipal de Vila Real de Santo António, no Algarve. Em Macau desde Abril de 2018, Catarina Cottinelli leccionou na Universidade de São José. A Fundação Oriente tem sede em Lisboa e, através de delegações, está presente em Macau, na China, em Goa, na Índia e em Timor-Leste. Com um carácter educacional e didáctico, desenvolve acções culturais, educativas, artísticas, científicas, sociais e filantrópicas, que têm em vista a valorização e a continuidade das relações históricas e culturais entre Portugal e o Oriente. A anterior delegada, Ana Paula Cleto, assumiu as funções em 2010.
João Santos Filipe SociedadeAcidente com esquentador mata três pessoas na zona de S. Domingos Três pessoas perderam a vida no sábado, devido à inalação de monóxido de carbono, libertado por um esquentador. A tragédia foi descoberta pela empregada de limpeza, que quando entrou na habitação, situada no Largo de São Domingos, encontrou a mãe, o filho, no chão, e um amigo da mãe, no sofá, sem vida. De acordo com a informação publicada pelo jornal Ou Mun, no domingo, o problema que levou à concentração elevada de monóxido de carbono ainda não era conhecido. Quando se deu a fuga, encontravam-se na habitação uma mulher de 28 anos, o filho, de quatro anos, e ainda um amigo da família, com 31 anos. Estas três pessoas foram encontradas sem vida, em diferentes divisões da casa, pela empregada de limpeza, quando se deslocou ao local para trabalhar. No local, a mulher chamou imediatamente a mãe da mulher, enquanto os vizinhos contactaram as autoridades. Chegados ao local, os bombeiros transportaram as vítimas para o hospital. Contudo, a deslocação pouco mais serviu do que para confirmar as mortes e apontar como causa o envenenamento por monóxido de carbono, dado os elevados níveis desta substância no sangue das vítimas. Concentração perigosa Em casa das vítimas, as equipas de salvamento fizeram a medição dos níveis de monóxido de carbono e confirmaram uma elevada concentração deste gás, conhecido como assassino silencioso. O monóxido de carbono envenena as vítimas, sem que estas, na maior parte dos casos, se apercebam do que está a acontecer, ao induzir alguns sintomas como fadiga, vontade de dormir ou náuseas. Segundo a Comissão de Segurança no Consumo de Produtos, dos Estados Unidos, a exposição a níveis superiores a 150 partes por milhão é fatal. Quando fizeram a mediação, a concentração mais elevada foi detectada nos quartos da casa, com os valores a serem de 150 e 62 partes por milhão. Na casa-de-banho e na cozinha os valores da concentração foram de 28 partes por milhão e 34 partes por milhão, respectivamente. No entanto, as medições foram feitas numa altura em que por motivos de segurança duas botijas de gás tinham sido levadas da cozinha para a varanda e as equipas de salvamento tinham retirado do local os corpos das vítimas.
Hoje Macau Manchete SociedadeHong Kong | Regresso das ligações com Macau ameaça golfinhos A directora-adjunta da Sociedade para a Protecção dos Golfinhos de Hong Kong, Viena Mak Hei-man, alertou que as ligações entre Macau e Sheung Wan cortam a meio um dos principais habitats do golfinho branco Uma investigadora portuguesa considerou que o regresso das ligações marítimas entre Macau e Hong Kong vai ameaçar ainda mais a sobrevivência dos golfinhos brancos chineses na região do Delta do Rio das Pérolas. As viagens de barco rápido entre a península de Macau e Sheung Wan, no centro de Hong Kong, foram retomadas na quinta-feira, após quase três anos de interrupção devido à pandemia de covid-19. São más notícias para os golfinhos, lamentou a directora adjunta da Sociedade para a Protecção dos Golfinhos de Hong Kong (HKDCS, na sigla em inglês), após recolher equipamento colocado no mar para detectar sons dos mamíferos junto a Tuen Mun, no noroeste da região administrativa chinesa. Viena Mak Hei-man sublinhou que a rota da carreira marítima “corta a meio” aquele que é “um importante habitat” dos golfinhos brancos, entre a ponta sudoeste da ilha de Lantau e as ilhotas Soko, no sul de Hong Kong. Regresso interrompido A investigadora disse que a interrupção das ligações marítimas entre Macau e Hong Kong, a partir de Fevereiro de 2020, permitiu aos animais voltarem “de forma muito mais frequente” às Soko, “um local muito bom para os golfinhos socializarem e alimentarem as crias”. O ano de 2020 registou um aumento “muito significativo” da actividade dos golfinhos brancos, incluindo de grupos maiores, algo que deixou Viena Mak Hei-man, que investiga estes mamíferos há quase dez anos, “muito esperançosa”. Mas o número de golfinhos avistados durante as viagens regulares da HKDCS caiu de 52 em 2019 para 37 no primeiro ano da pandemia, antes de subir para 40 em 2022. Ainda assim muito longe do máximo histórico de 188 registado em 2003. “Os grandes mamíferos marinhos precisam de mais tempo para reagir” ao impacto da actividade humana, incluindo a construção de grandes infra-estruturas e projectos de recuperação de terrenos ao mar, disse. A investigadora lamentou que as autoridades de Hong Kong tenham rejeitado uma proposta, já feita em 2017, para desviar para sul a rota dos barcos, algo que “custaria à operadora talvez mais 10 minutos de viagem e um pouco mais de combustível” até Macau. As ligações marítimas entre Macau e Hong Kong são feitas pela Turbojet, que faz parte do império fundado pelo magnata Stanley Ho Hung-sun, falecido em 2020, e que abrange a operação de 13 casinos em Macau e do Casino de Lisboa e Casino do Estoril, em Portugal. Menos conforto O Departamento Marinho de Hong Kong respondeu que levar a rota para mais longe da costa, para águas mais turbulentas, “poderia tornar a experiência de viagem mais desconfortável para os passageiros”, recordou a investigadora. O optimismo da portuguesa levou um novo rombo com o quase desaparecimento dos golfinhos chineses das águas a norte da ilha de Lantau, devido à construção da ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, que arrancou em 2009. “Se nada for feito de forma urgente, vai ser muito difícil manter a população actual” de golfinhos brancos, avisou Viena Mak Hei-man. “O Governo continua a propor mais projectos de aterros e mais pontes (…). Este tipo de construção não é sustentável”, lamentou a investigadora.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeAngola | Contas em Macau associadas a esquema offshore Uma notícia do semanário Expresso dá conta que o angolano Orlando José Afonso, sócio do antigo vice-presidente de Angola e ex-dirigente da Sonangol, Manuel Vicente, escondeu vários milhões de euros em contas offshore numa rede criada a partir das Ilhas Caimão, onde se incluem duas contas bancárias em Macau, nos bancos Millenium BCP e ICBC Macau surge no rasto do dinheiro ligado à Sonangol, empresa petrolífera estatal angolana, quando esta era controlada por Manuel Vicente, antigo vice-presidente de Angola. Segundo uma notícia da última edição do semanário Expresso, Orlando José Afonso, sócio de Manuel Vicente, terá criado uma estrutura offshore a partir das Ilhas Caimão para esconder vários milhões de euros, onde se incluem duas contas bancárias em Macau, no Millenium BCP e no ICBC – Industrial and Commercial Bank of China. O semanário português teve acesso a documentos que mostram que o esquema para ocultar o dinheiro foi criado em 2018, depois de Manuel Domingos Vicente ter deixado a vice-presidência de Angola. Os documentos em causa surgem da Genesis Trust & Corporate Services, uma empresa que fornece serviços de incorporação e gestão de estruturas offshore nas ilhas Caimão. Na correspondência surge a referência a Orlando José Afonso “apenas pelas iniciais do seu nome, OJV, Orlando José Veloso, identificado como um cliente PEP, isto é, uma pessoa politicamente exposta”, lê-se na notícia. A encomenda para criar este esquema surgiu de um escritório de advogados sediado no Dubai. A referida empresa criou um trust nas Ilhas Caimão com o nome Purple Rose Star Trust, que ficou responsável pelo controlo de sete empresas offshore sediadas em diversas jurisdições, que detinham várias contas bancárias e investimentos imobiliários em vários países, onde se incluem as contas de Macau e ainda uma conta no Deutsche Bank em Portugal. Há também registo de contas no Banco da China. Muitos milhões Corria o ano de 2016 quando Orlando José Afonso deixou de ser presidente da empresa responsável pelos investimentos imobiliários feitos em nome da Sonangol, de nome SONIP. Foi nesse ano que Isabel dos Santos, filha do já falecido ex-presidente José Eduardo dos Santos, passou a ser CEO da Sonangol. Orlando José Afonso estava, à data, na Sonangol desde 1994 e era tido como alguém muito próximo de Manuel Vicente, antigo CEO e vice-presidente a partir de 2012. Há muito que a Sonangol está associada a esquemas de desvio de dinheiros públicos. Rafael Marques, jornalista de investigação angolano que mais tem denunciado esquemas de corrupção, escreveu vários artigos de investigação sobre a cedência de dezenas de milhões de euros directamente da Sonangol, em forma de contratos, a empresas de Manuel Vicente e Orlando José Veloso.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeProjectos arquitectónicos de Rui Leão e Carlotta Bruni distinguidos Dois projectos arquitectónicos desenvolvidos pelo atelier LBA – Arquitectura e Planeamento, de Rui Leão e Carlotta Bruni, ganharam os prémios de Ouro e Prata dos Prémios ADC [Architecture and Design Community] de 2022. O projecto do Centro Modal de Transportes da Barra ganhou a distinção Ouro, tal como o projecto do complexo habitacional do Fai Chi Kei, enquanto a renovação de um edifício de serviços no centro histórico de Macau obteve a distinção Prata. De frisar que este projecto foi recentemente distinguido pela UNESCO. Sobre os Prémios ADC, Rui Leão disse ao HM que “representam o trabalho feito pelo atelier nos últimos anos e é um reconhecimento internacional muito importante”, além de serem uma verificação “da arquitectura que produzimos, que mostra que aquilo que fazemos tem qualidade”. O arquitecto não está surpreendido por ter obtido a distinção Ouro com o Centro Modal de Transportes da Barra, pois trata-se de “um projecto muito bom enquanto desenho de arquitectura”. Rui Leão recorda “um projecto difícil, pois a execução da obra foi difícil e demorada. Custou-nos um pouco isso porque houve um grande investimento do projecto”, com a coordenação de diversas entidades públicas. “Se demorou muito tempo foi porque houve muitos problemas na construção. Mas é importante que o projecto seja reconhecido e, para nós, é uma forma de reconciliação com tudo isto.” “Agarrar” a cidade Em relação ao complexo habitacional do Fai Chi Kei, já distinguido anteriormente, Rui Leão destaca sobretudo a ligação com a cidade. “Apesar de ter sido concluído em 2014 é um projecto que se mantém muito actual, porque tem uma exploração a nível do espaço comum e do público, pela maneira como agarra a cidade. A importância que atribuo ao projecto do Fai Chi Kei é o facto de fazer isso mesmo, desenhar a cidade e ter preocupações de integração social. O arquitecto aponta que, nos últimos 10 a 15 anos, a forma de construir foi mudando. “Macau evoluiu muito nestes últimos anos e a maneira como se trabalha, em termos de exigência técnica para a área de projecto, aumentou muito nos últimos 10 a 15 anos, e isso está associado à construção dos grandes casinos, que têm uma escala muito diferente e maiores controlos de qualidade. Toda a indústria teve de acompanhar esse ritmo e o próprio Governo foi atrás dessa prática internacional associada aos casinos”, concluiu.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeAno Novo Lunar | Hotéis cheios, mas Governo deixa alertas Helena de Senna Fernandes, directora da Direcção dos Serviços de Turismo (DST), adiantou ontem, à margem de um evento público, que grande parte dos quartos de hotel já estão reservados para os dias de Ano Novo Chinês. No entanto, segundo a TDM Rádio Macau, a governante deixou o alerta para que os hotéis não trabalhem com plataformas digitais de marcação de quartos de hotel que estão a cobrar cerca de 70 mil dólares de Hong Kong por quarto em algumas reservas. “Vemos que há plataformas online que vendem quartos de hotel por 70 mil dólares de Hong Kong por quarto, que não se situam no Cotai. Alertamos para que os hotéis discutam com essas plataformas, porque achamos que os valores não estão dentro do normal. Sei que há muito hotéis que estão atentos a isso e, de facto, algumas plataformas corrigiram essa situação. Alertamos para que os hotéis não trabalhem com as plataformas que não querem colaborar.” Helena de Senna Fernandes disse ainda esperar cerca de 80 mil pessoas durante as tradicionais paradas do Ano Novo Chinês. “Mesmo no ano passado vi as ruas cheias de pessoas e penso que não há possibilidade de aumentar muito mais o número de pessoas. Queremos que as pessoas da Grande Baía assistam às paradas, embora seja sempre difícil aumentar o espaço.”
João Luz Manchete SociedadePonte 16 | Executivo optimista sobre futuro dos casinos Pode haver vida para os casinos-satélite depois dos três anos de transição para o modelo de gestão, pelo menos de acordo um executivo da empresa que gere o casino Ponte 16. Para tal, é preciso que o mercado de massas regresse a volumes pré-pandémicos e seja conseguido um “desempenho histórico” Após um processo legislativo que colocou em causa a sobrevivência dos casinos-satélite, pode haver uma luz ao fundo do túnel. Pelo menos, na óptica de Hoffman Ma Ho Man, vice-presidente do Success Universe Group Ltd, que gere o casino Ponte 16, ao abrigo da licença de jogo da SJM Holdings Ltd. “Se o mercado de jogo se mostrar rentável nos próximos três anos, é ainda possível que os casinos-satélite considerem a transição para um modelo empresarial de gestão”, apontou o responsável ao portal GGRAsia. As empresas que gerem este tipo de casinos costumam partilhar com as concessionárias que detinham as licenças de jogo as receitas apuradas nas mesas que operavam. Porém, com a revisão da lei do jogo, terminado o período de transição de três anos, as empresas responsáveis pelos casinos-satélite apenas vão ter direito a cobrar despesas de gestão às concessionárias (que recebem a totalidade dos lucros da exploração de jogo). Outra condição para se manterem no negócio, é que o Chefe do Executivo aprove o contrato de gestão firmado entre as empresas que gerem os casinos-satélite e as concessionárias. “Mesmo com a aplicação do modelo de taxa fixa de gestão às empresas findo o período de transição, esse acordo pode ainda ser exequível se o operador do casino-satélite conseguir um desempenho histórico nos próximos três anos”, indicou Hoffman Ma Ho Man acrescentando que tal registo lucrativo poderia dar margem de manobra negocial para fixar a taxa de gestão futura. Lei do mais forte Uma coisa parece certa e transversal a todo o sector. A sobrevivência depende das receitas feitas com o segmento de massas. “Se o desempenho da indústria em Macau conseguir recuperar para níveis pré-pandémicos, em particular no segmento de massas, penso que os casinos-satélite que ainda existem têm uma boa chance de transitarem para o modelo empresarial de gestão”, prevê o responsável pelas operações do casino Ponte 16. Um dos maiores desafios que estas empresas vão enfrentar é a dura competição com os grandes resorts pela captura do mercado de massas, sem poder recorrer à angariação de jogadores VIP. Com a aprovação da nova lei do jogo, sete casinos-satélite fecharam portas e 11 mantiveram operações ao abrigo das novas concessões de jogo, que entraram em vigor no passado dia 1 de Janeiro. Dos 11 ainda em activo, nove dependem da licença da SJM Holdings para operar. Além do Ponte 16, continuam sobre a alçada da SJM o Casino Grandview na Taipa, e o Casino Landmark, Casino Casa Real, Casino Kam Pek Paradise, Casino Fortuna, Casino Emperor Palace, Casino L’Arc Macau, e Casino Legend Palace na península de Macau. O Casino Waldo, no centro de Macau, opera sob a licença do Galaxy Entertainment Group Ltd, enquanto o Casino Grand Dragon, na Taipa explora jogo ao abrigo da licença da Melco.
João Santos Filipe Manchete SociedadeMortalidade | Cadáveres por levantar mais do que duplicaram Só nos primeiros dias de Janeiro, e em comparação com os primeiros seis meses do ano passado, o registo de cadáveres por levantar no território mais do que duplicou Só nos primeiros 19 dias de Janeiro o número de cadáveres por levantar no território, em comparação com os primeiros seis meses do ano passado, mais do que duplicou. Os números, compilados pelo HM, têm em conta os avisos publicados pelos Serviços de Saúde (SSM) na plataforma do Gabinete de Comunicação Social desde Janeiro do ano passado. Desde o início do corrente mês, e numa altura em que Macau começou a conviver com a covid-19, os Serviços de Saúde emitiram sete avisos para o levantamento de cadáveres. Os anúncios foram publicados a 12, 16 e 19 de Janeiro. No primeiro dos dias foram feitos dois avisos, no segundo mais outros dois avisos, e ontem foram publicados mais três, o registo mais elevado. Por contraste, no ano passado, em Janeiro não se registou qualquer aviso, tal como no período até ao final de Março, ou seja, no primeiro trimestre. Foi preciso chegar a Abril para que aparecesse a primeira publicação. A partir dessa altura, e até Junho, foi publicado um anúncio por mês, num total de três avisos. Tendência de crescimento Quando a comparação é feita com todo o ano passado, faltam mais quatro avisos para que o registo seja igualado. Ao longo dos 12 meses do ano transacto foram publicados 11 avisos de cadáveres por levantar. Apesar de nos primeiros seis meses de 2022 apenas terem sido publicados três avisos, na segunda metade do ano a tendência conheceu um aceleramento. Em Julho e Agosto, altura que coincidiu com um surto local de covid-19 e o período de confinamento, foram publicados dois e três avisos, respectivamente, num total de cinco. Depois do pico de Agosto, nos restantes quatro meses houve três anúncios em quatro meses, em Setembro, Outubro e Dezembro. Novembro foi o único mês do segundo semestre do ano sem qualquer anúncio. Focando os avisos emitidos nos primeiros 19 dias de Janeiro deste ano, os cadáveres por levantar eram de pessoas com idades entre os 28 anos e 90 anos. Entre os falecidos, sete eram do sexo masculino e um do feminino. No caso de os cadáveres não serem levantados no prazo de sete dias após o anúncio dos Serviços de Saúde, os cadáveres são tratados como não reclamados. Além disso, no caso de o cadáver ter pertences, estes são dados como perdidos, após o prazo de um ano.
Hoje Macau SociedadeRestauração | Quebra de 6,8 por cento em Novembro No passado mês de Novembro, o volume de negócios dos proprietários de restaurantes registou uma quebra de 6,8 por cento, em comparação com o período homólogo, de acordo com o inquérito de conjuntura à restauração e ao comércio a retalho. Os resultados do inquérito sobre o mês de Novembro foram publicados ontem pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Entre os restaurantes, o volume de negócios dos que servem gastronomia chinesa e de sopas de fitas registaram quebras de 13,5 por cento e 6,8 por cento, respectivamente. Quando a comparação é feita com o mês anterior, o volume de negócios dos proprietários entrevistados da restauração pela DSEC diminuiu 9,4 por cento. Nesta comparação, o volume de negócios dos restaurantes chineses baixou 11,4 por cento. Quanto ao comércio a retalho, observou-se em Novembro uma redução de 33,1 por cento do volume de negócios dos retalhistas entrevistados, face a Novembro do ano anterior. O sector dos produtos cosméticos e de higiene, o das mercadorias de armazéns e quinquilharias, bem como o dos relógios e joalharia registaram as maiores quebras de 48,6 por cento, 45,3 por cento e 45,3 por cento, respectivamente. Em termos mensais, entre Outubro e Novembro, os negócios dos retalhistas tiveram quebras de 15,3 por cento. Neste capítulo, os volumes de negócios dos produtos cosméticos e de higiene, assim como dos relógios e joalharia diminuíram 29,4 por cento e 29,1 por cento, respectivamente. No polo oposto, o volume de negócios dos vendedores de carros aumentou 2,4 por cento.
Hoje Macau SociedadePJ | Mulher burlada em 65 mil patacas Uma mulher de 30 anos queixou-se à Polícia Judiciária (PJ) de ter sido burlada online em 65 mil patacas. De acordo com a versão citada pelo jornal Ou Mun, a trabalhadora, apresentada como estrangeira, conheceu online em Dezembro do ano passado alguém que se apresentou como empresário. Depois de algumas semanas de conversa, a mulher começou a considerar que estava numa relação amorosa. Foi nessa condição, que o indivíduo lhe pediu ajuda, afirmando que estava na Turquia a fazer um negócio e que as suas contas tinham sido congeladas. Para contornar a situação, a mulher tinha de fazer várias transferências bancárias, que foi fazendo, até chegar ao valor de 65 mil patacas. Como após os vários pagamentos, o dinheiro nunca mais ficou disponível, e o homem continuou a pedir mais transferências, até que a mulher desconfiou que tinha sido burlada e apresentou queixa às autoridades.