Hoje Macau Manchete SociedadeChikungunya | Diagnosticado quinto caso importado Os Serviços de Saúde anunciaram na segunda-feira à noite o quinto caso importado de febre de Chikungunya. Na nota de imprensa divulgada em língua chinesa, é indicado que a doente é uma residente com 70 anos, que entre 14 e 18 de Julho viajou sozinha no Interior, na cidade de Foshan. Após regressar, a 25 de Julho começou a apresentar os primeiros sintomas, como dores nas articulações das pertas. Num primeiro momento, a mulher tomou medicamentos de alívio rápido. Contudo, como no domingo desenvolveu alergia e erupções cutâneas no joelho e num dos braço deslocou-se ao Centro Hospitalar Conde São Januário, onde acabou por ser diagnosticada. A mulher está livre de perigo e em condição estável. Após o caso ser detectado, foram realizadas acções de extermínio de mosquitos junto da habitação da mulher, que fica próxima da Avenida do Lam Mau, no norte da cidade.
João Santos Filipe Manchete SociedadeHengqin | UM pagou 173,3 milhões por projecto de arquitectura e design O Instituto de Investimento em Design Arquitectónico da Universidade de Tecnologia do Sul da China foi escolhido para o projecto de arquitectura e design do campus da Universidade de Macau em Hengqin. A informação oficial não permite conhecer as outras entidades convidadas a apresentar propostas, nem os preços A Universidade de Macau pagou 153,8 milhões de renminbis (173,3 milhões de patacas) pelo projecto de design arquitectónico do futuro campus da instituição de ensino na Zona de Cooperação Aprofundada. O montante foi divulgado através da Direcção dos Serviços da Supervisão e da Gestão dos Activos Públicos (DSSGAP), uma vez que o pagamento foi feito através da empresa Guangdong Hengqin UM Higher Education Development. A informação oficial indica que a empresa escolhida para a prestação do serviço foi o Instituto de Investimento em Design Arquitectónico da Universidade de Tecnologia do Sul da China. A selecção da empresa resultou de uma consulta directa realizada pelo braço de investimento da Universidade de Macau em Hengqin. No entanto, a informação oficial não permite saber que outras empresas foram convidadas a apresentar propostas para o design arquitectónico, nem o valor a pagar pelo serviço constante nessas propostas. Desde o início do ano que esta é a segunda adjudicação a empresas localizadas no Interior da China realizada pela Guangdong Hengqin UM Higher Education Development em relação aos trabalhos do novo campus. A outra adjudicação, no valor de 35,9 milhões de renminbis (40,5 milhões de patacas), foi feita ao escritório de Pequim da consultora Rider Levett Bucknall, que tem a sede principal em Hong Kong, e também resultou de uma consulta de preços. Os serviços prestados pela Rider Levett Bucknall visaram o “serviço de controlo de custos” face às obras do campus nos lotes de terreno identificados como A1 a A6 da Zona de Cooperação Aprofundada. Novo Campus A empresa Guangdong Hengqin UM Higher Education Development foi criada pela Universidade de Macau no Interior da China para construir o novo campus. Actualmente, o capital social da empresa é de 4 mil milhões de renminbis. Como resultado deste investimento, a UM aceitou pagar 1,4 mil milhões de patacas à Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau, na Ilha da Montanha, pelo terreno de 375.600 metros quadrados que vai receber o novo campus. Este investimento significou o pagamento de 2.758 patacas por metro quadrado. De acordo com os planos anunciados anteriormente pela UM, o terreno está dividido em 9 lotes, dos quais 6 vão ser utilizados para construir laboratórios, faculdades, e outras instalações universitárias, enquanto outros três lotes se prendem com a obrigação da UM construir as estradas da Zona de Cooperação Aprofundada. São esperados pelo menos 10 mil alunos no campus que deverá ficar concluído até 2028, ano em que iniciará as operações com 8 mil alunos, entre os quais 4 mil a frequentarem licenciaturas. Espera-se também que o campus necessite de cerca de 500 funcionários para operar.
Hoje Macau SociedadeHotelaria | Mais de 7,2 milhões de hóspedes no primeiro semestre Os hotéis de Macau receberam mais de 7,2 milhões de hóspedes no primeiro semestre do ano, menos 1 por cento em termos homólogos, registando uma subida anual de 4,7 por cento no mês de Junho, foi ontem anunciado. Nos primeiros seis meses do ano, “os estabelecimentos hoteleiros hospedaram 7.202.000 indivíduos, menos 1 por cento, em termos anuais”, indicou, em comunicado, a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). O número de hóspedes internacionais (589 mil) aumentou 8,6 por cento, destacando-se os visitantes da República da Coreia (169 mil), que subiram 13,3 por cento, no período em análise e em termos anuais. No primeiro semestre, a taxa de ocupação média dos quartos de hóspedes fixou-se em 89,1 por cento, ou mais 5,1 pontos percentuais, em termos anuais. Macau recebeu 19,2 milhões de visitantes na primeira metade de 2025, mais 14,9 por cento que no mesmo período de 2024 e o segundo valor mais elevado de sempre para um arranque de ano.
Hoje Macau SociedadeComércio | Défice da balança comercial cai três mil milhões O défice da balança comercial da RAEM foi de 53,95 mil milhões de patacas no primeiro semestre deste ano, registando-se uma quebra de 3 mil milhões face a igual período do ano passado. É o que dizem os dados divulgados ontem pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) relativamente ao comércio externo de mercadorias. O valor total deste comércio, nos primeiros seis meses do ano, foi de 67,20 mil milhões de patacas, uma quebra anual de 4,3 por cento. Por sua vez, o valor exportado foi de 6,63 mil milhões de patacas, uma ligeira subida de 0,3 por cento, enquanto o valor importado foi de 60,57 mil milhões de patacas, menos 4,8 por cento em termos anuais. Destaque para o aumento da exportação de mercadorias para Hong Kong em 8,9 por cento, face aos primeiros seis meses de 2024. Todavia, o valor das mercadorias exportadas para o Interior da China (355 milhões de patacas) e para os países que fazem parte da iniciativa “faixa e rota” (160 milhões de patacas), diminuíram 11,9 por cento e 66 por cento respectivamente. A menor queda foi nas exportações para os EUA, que atingiram o valor global de 144 milhões, uma ligeira quebra de 0,9 por cento.
Hoje Macau SociedadeCrime | Detida por suspeitas de troca ilegal de dinheiro Uma residente com 40 anos foi detida pela Polícia Judiciária perto de um casino, por suspeitas da prática do crime de troca ilegal de dinheiro. A informação foi divulgada ontem pela PJ e citada pelo jornal Ou Mun. De acordo com o relato, no domingo a mulher foi vista por agentes da polícia a aproximar-se de um jogador do Interior da China e a trocar 12.129 renminbis por 13.000 dólares de Hong Kong. O jogador transferiu o dinheiro através de uma aplicação móvel, enquanto a mulher lhe entregou o dinheiro vivo. De seguida, o homem foi ao casino trocar o dinheiro por fichas de jogo e foi detido, assim como a residente suspeita, pelas autoridades. A PJ apreendeu ao jogador 5.700 dólares de Hong Kong em fichas e 5.000 dólares de Hong Kong em dinheiro vivo. Com a mulher foram apreendidos 117 mil dólares de Hong Kong. A PJ acredita que a mulher trocava dinheiro ilegalmente pelo menos desde meados de Julho. O caso foi remetido para o Ministério Público.
Hoje Macau SociedadePraia Grande | Obras no Centro Católico alteram trânsito A realização da segunda fase de obras na rede de esgotos e demais instalações junto ao Centro Católico, na Avenida da Praia Grande, vai obrigar a mudanças na disposição do trânsito entre quinta-feira e o próximo dia 30 de Agosto, nomeadamente entre a Avenida da Praia Grande e a Rua do Campo. Segundo informações disponibilizadas ontem pela Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), irão realizar-se “obras de ligação à rede de esgotos, instalação de condutas de água, cabos eléctricos, tubagens, condutas de gás natural, reordenamento viário e demolição da galeria pedonal temporária”, pelo que o passeio em frente ao Centro Católico ficará vedado a peões. Além disso, a paragem junto ao China Plaza ficará suspensa nesse período, com mudanças nas carreiras de autocarro 10B e 28B. Os passageiros podem usar a paragem localizada a 100 metros, no sentido Avenida do Infante D. Henrique.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeCasinos | Ernst & Young acusada de ignorar crimes em Macau A consultora Ernst & Young foi acusada por um antigo funcionário de ter ignorado, durante anos, os crimes dos grupos junket Suncity e Tak Chun em Macau. O funcionário apresentou uma queixa contra a empresa nos EUA depois de, nas suas palavras, ter feito vários alertas sobre a situação É certo que os antigos patrões dos grupos junket Suncity (Alvin Chau) e Tak Chun (Levo Chan) já se encontram a cumprir as penas a que foram condenados, mas os processos de crime organizado associados às duas empresas que durante anos operaram no sector do jogo de Macau, angariando clientes VIP, ainda levantam polémica. Desta vez, um antigo funcionário da consultora Ernst&Young (EY), Joe Howie, que colocou a empresa em tribunal acusando-a de ignorar, durante anos, os sinais de alerta de que algo não estava bem nestas empresas junket nem em empresas a elas associadas. Joe Howie, que co-liderou o Centro de Excelência em Risco Global da EY, diz que durante anos alertou para falhas na adesão aos padrões definidos pelo Public Company Accounting Oversight Board, resistindo a investigações ou negando suspender contratos com clientes que estavam a ser investigados. Segundo o portal AGBrief, Howie trabalhou 35 anos na EY e, ao abrigo da legislação “Sarbanes-Oxley Act” apresentou agora a queixa num tribunal federal norte-americano, alegando que a empresa fez retaliações contra ele por ter deixado alertas sobre as operações da Suncity e Chun Tak. Segundo a queixa, estão em causa violações às leis de valores mobiliários dos EUA e condutas anti-ética. Na acção judicial é indicado que a EY fez durante anos trabalho de consultoria e auditou contas das duas empresas junket também noutros mercados asiáticos. O funcionário diz que a EY sabia que estava a trabalhar com empresas ligadas ao grupo Suncity, incluindo pessoas dos EUA que tinham grandes operações nos casinos de Macau. A EY não terá reparado na ausência de dados fornecidos por estas empresas à consultora. “Apesar das repetidas advertências, a EY continuou a lucrar com contratos assinados com esses clientes de alto risco”, lê-se no processo. Joe Howie terá sido “marginalizado e forçado a reformar-se de forma antecipada, sendo expulso da sociedade como forma de retaliação”, é referido. As três famílias Na queixa protagonizada por Joe Howie, lê-se ainda que cinco empresas listadas nos EUA, e com ligações próximas ao sector do jogo local, estavam associadas a “famílias ligadas às tríades chinesas, incluindo descendentes de Stanley Ho”, sendo que a queixa “identifica três famílias, não pelo nome, mas pela associação e papéis que tinham nas empresas, alegadamente ligadas ao império junket de Alvin Chau e outras redes de contacto”, lê-se na notícia. O portal AGBrief escreve ainda que na queixa apresentada contra a EY constam acusações de que esta “providenciou opiniões na auditoria pouco qualificadas, falhando em reportar e identificar falhas em programas contra branqueamento de capitais ou conflitos de interesses”. Do lado da EY a reacção foi de desresponsabilização, referindo que as acusações não estão devidamente fundamentadas e que se baseiam em informações divulgadas pela comunicação social, referindo que os processos dos grupos Suncity e Tak Chun foram “consideradas especulativas e politicamente motivadas”.
João Santos Filipe Manchete SociedadeJogo | Casino-satélite Grandview vai fechar portas amanhã O Grandview é o primeiro casino-satélite a encerrar desde a reforma legal que ditou o fim destes espaços. De acordo com a concessionária SJM e a DICJ, pelo menos, sete residentes podem ficar desempregados, enquanto o número de trabalhadores não-residentes despedidos não foi revelado Apesar de os casinos-satélites estarem autorizados a operar até ao final do ano, o Casino Grandview, na Taipa, vai encerrar as portas amanhã. O anúncio foi feito ontem pela concessionária SJM Resorts, através de um comunicado, e afecta directamente 166 trabalhadores. De acordo com a Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), sete destes trabalhadores residentes serão despedidos. Os casinos-satélite resultam de acordos entre algumas concessionárias e empresas independentes, que exploram vários espaços de jogo. Segundo as últimas alterações propostas pelo Governo e aprovadas pela Assembleia Legislativa, os casinos-satélite têm de ser encerrados até ao final do ano. A alternativa passa por passarem a ser explorados pelas concessionárias, uma situação que apenas se vai verificar com os casinos L’Arc e Ponte 16. “Seguindo o planeamento geral da empresa e considerações comerciais, o Casino Grandview irá oficialmente cessar as operações antes do previsto, às 23h59 de quarta-feira, 30 de Julho de 2025”, foi justificado. “Todas as mesas de jogo actualmente em funcionamento no local serão redistribuídas para outros casinos da empresa para continuar a servir os nossos estimados clientes”, foi acrescentado. A empresa comunicou ainda aos clientes com fichas, depósitos ou descontos em dinheiro acumulados no Casino Grandview que se não forem reembolsados após o encerramento podem dirigir-se ao Casino Casa Real para tratar da situação. “A empresa vai assegurar-se de que todos os direitos dos clientes vão ser devidamente honrados”, foi indicado. Empregos assegurados No comunicado divulgado ontem de manhã, a empresa garantiu que “todos os trabalhadores locais”, contratados pela SJM, que trabalhavam no Casino Grandview vão ser transferidos para outros casinos “de acordo com as necessidades operacionais”. A potencial vaga de despedimentos só afectará assim os trabalhadores não-residentes, embora o número não tenha sido divulgado. A concessionária informou também que os sete funcionários da empresa que explora o casino e que vão ficar desempregados podem candidatar-se a empregos e que terão “prioridade na contratação em igualdade de circunstâncias”. “A empresa continua empenhada em cumprir as suas responsabilidades empresariais e contribuir para o desenvolvimento estável do sector do jogo de Macau em parceria com a comunidade local”, foi vincado. DICJ acompanha fecho Minutos depois do comunicado da SJM, também a Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ) tomou uma posição sobre um assunto muito discutido na sociedade e longe de gerar consenso, principalmente devido ao impacto para os empregos indirectos, ou seja, gerados pelos negócios como restaurantes, lojas de penhores ou hotéis que sobrevivem devido aos clientes destes casinos. “Quanto aos trabalhadores do casino-satélite, a DICJ irá manter uma estreita comunicação com a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), no sentido de assegurar o cumprimento rigoroso dos compromissos assumidos pela SJM, nomeadamente da proposta apresentada anteriormente, no que respeita à remuneração, às regalias e às condições de trabalho dos seus 159 trabalhadores destacados no referido casino-satélite”, foi informado. “E, ao mesmo tempo, proporcionar oportunidades de mudança de emprego aos 7 trabalhadores recrutados pelo próprio casino-satélite, a fim de garantir a continuidade de emprego dos mesmos”, foi frisado. No comunicado, o Governo indica que a decisão da SJM resultou de uma lógica comercial, apesar de admitir que a lei foi alterada e que os casinos-satélites passam a ser ilegais no próximo ano. A DICJ informou também que vai enviar trabalhadores para o local, para garantir o “tratamento adequado dos numerários e fichas de jogo guardados na tesouraria, dos cupões de numerário não usados e da troca das fichas de jogo”.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeSJM confirma construção de hotel de baixo custo na Ilha da Montanha A Sociedade de Jogos de Macau Holdings (SJM) anunciou ontem que vai mesmo construir um hotel de três estrelas em Hengqin depois de ter adquirido partes do empreendimento imobiliário “Xin De Kou An Shang Wu Zhong Xin”, através da subsidiária SJM Investment Limited. A confirmação surge depois do anúncio preliminar feito em Dezembro do ano passado, sendo que o investimento significa não apenas a expansão do grupo ligado aos sectores do jogo e do turismo, mas também “a aquisição estratégica que apoia a política nacional”, nomeadamente a cooperação crescente entre Macau e Hengqin. O empreendimento tem uma “proximidade estratégica aos pontos turísticos centrais do Grupo”, situando-se a dez minutos de carro do Grand Lisboa Palace, no Cotai, e a 30 minutos do Hotel Grand Lisboa, no centro da península de Macau. Desta forma, desbloqueiam-se novas oportunidades “para sinergias operacionais, partilha de infra-estruturas e promoções entre empreendimentos”. “Aquando da sua conclusão, espera-se que o hotel possa complementar o portfolio do grupo através da expansão eficiente de capital” tendo em conta a existência de carências de resposta no segmento de massas, bem como “ampliar o alcance de mercado e gerar mais fluxos de receita”. Ligação à vida O valor de aquisição é de 424 milhões de renminbis, excluindo impostos, tratando-se de um valor acordado “tendo em conta o valor de mercado, estimado em 660 milhões de renminbis para o imóvel, e de 108 milhões de renminbis em custos relacionados com a conversão”. O montante será pago em sete fases. O imóvel inclui 12 andares destinados a escritórios, a funcionar em regime de condomínio, e uma zona de retalho. Prevê-se que as obras de conversão e renovação demorem 24 meses a estar concluídas. Pretende-se que o futuro hotel passe a estar incluído “num ‘hub’ que compreende espaços residenciais, comerciais e de escritório”, e que funcionam perto do posto fronteiriço de Hengqin. Segundo uma nota da SJM, a construção do hotel “visa expandir o grupo na área da hotelaria na Grande Baía, apoiar o desenvolvimento integrado da Zona de Cooperação Profunda Guangdong–Macau de Hengqin e fortalecer o papel de Hengqin como um motor chave da diversificação económica de Macau”.
João Santos Filipe Manchete SociedadePolícia Judiciária | Criança cai de janela quando estava sozinha As autoridades indiciaram a mãe e a empregada doméstica do crime de abandono, punível com pena de prisão que pode chegar aos oito anos. A criança ficou sozinha em casa, enquanto a empregada foi buscar o irmão à escola A Polícia Judiciária (PJ) indiciou a mãe e a empregada doméstica do crime de abandono, depois de uma criança ter caído de uma janela quando estava sozinha em casa. O caso aconteceu no dia 15 de Julho, mas a informação sobre a investigação foi revelada na sexta-feira pela PJ, de acordo com o jornal Ou Mun. O caso foi descoberto por volta das 13h, quando o menino foi encontrado no chão da Rua do Gamboa, depois de ter caído de um prédio com quatro andares. A vítima da queda foi levada para o hospital, onde foi diagnosticada com uma hemorragia intra-craniana, ficando internada. Até ontem, as autoridades não revelaram se a criança, do sexo masculino, corria risco de vida. Face à possibilidade de ter existido crime, os agentes da PJ investigaram a queda e descobriram que na manhã do acidente tanto os pais como o irmão da criança tinham saído de casa. A criança ficou à guarda de uma empregada doméstica, que também estava incumbida de ir buscar o irmão mais velho da vítima à escola. Quando foi buscar o irmão, a empregada doméstica deixou o menino sozinho em casa com um tablet e trancou a porta da habitação. A mãe do menor foi informada sobre as condições em que a criança tinha sido deixada. No entanto, a PJ diz ter concluído que quando a criança ficou sozinha em casa começou a chorar e assustou-se. A vítima ainda tentou utilizar ferramentas para abrir a porta. No entanto, como não conseguiu abrir a porta, as autoridades acreditam que a criança tentou sair da habitação pela janela da cozinha, o que levou à queda. As autoridades também apuraram que esta não foi a primeira vez que o menino ficou sozinho em casa, o que já teria acontecido mais vezes desde 17 de Junho. As lesões da criança foram consideradas consistentes com uma queda em altura. O caso foi entregue ao Ministério Público e a mãe e trabalhadora estão indiciadas do crime de abandono, punido com pena de um a cinco anos de prisão, que neste caso pode ser agravado para oito anos de prisão, se for considerado que as lesões constituem ofensa grave à integridade física. IAS a acompanhar Após a investigação ter sido tornada pública, Hon Wai, presidente do Instituto de Acção Social, afirmou que a família está a ser acompanhada e que está “profundamente triste”, de acordo com o Canal Macau da TDM. “Infelizmente, acredito que todos sabem deste infeliz incidente. A família está profundamente triste e o IAS está a providenciar assistência directa à família”, afirmou. “Precisamos de trabalhar muito com esta família, sobre como lidar com o futuro e com os cuidados das crianças”, reconheceu. De acordo com o Ou Mun, o presidente do IAS apelou também às famílias para evitarem deixar crianças sozinhas em casa, mesmo que seja durante um curto período de tempo, porque há sempre “riscos” nessas situações. Hon Wai pediu assim às famílias que tentem uma melhor coordenação para acompanharem as crianças e que envolvam mais membros na vigilância de menores.
Hoje Macau SociedadeCotai | Espectáculo na zona ao ar livre cancelado Ao contrário do que estava previsto, a realização de um espectáculo no “Local de Espectáculos ao Ar Livre” planeado para o início de Setembro foi cancelada, de acordo com uma nota de imprensa do Instituto Cultural (IC). As autoridades indicam assim que o espaço voltou a ficar disponível para ser temporariamente arrendado. O espectáculo cancelado não foi identificado pelas autoridades, nem as datas concretas em que ia decorrer. “O Local de Espectáculos ao Ar Livre de Macau foi originalmente alugado pela indústria das artes performativas para a realização de um espectáculo de grande dimensão em inícios de Setembro. No entanto, foi recebida uma notificação do respectivo locatário no dia 25 deste mês a informar que o evento foi cancelado, pelo que o espaço se encontra novamente disponível para aluguer no período referido”, informou o IC. No entanto, em Maio, a organização do festival S20, que se destaca por organizar concertos com jactos de água direccionados para o público, tinha revelado uma edição em Macau, que estava agendada para os dias 6 e 7 de Setembro. De acordo com a informação do organizador publicada no Facebook em Maio, o festival estava agendado para o Local de Espectáculos ao Ar Livre. No entanto, e embora o cancelamento não tenha sido confirmado, a pouco mais de um mês ainda não foi anunciado o nome de qualquer artista presente, nem os bilhetes foram colocados à venda.
Hoje Macau SociedadeÁgua | Mais duas marcas falham testes de segurança O Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) anunciou que duas águas produzidas fora de Macau chumbaram os testes de segurança e qualidade. Num comunicado divulgado apenas em língua chinesa, na sexta-feira, o IAM identificou as marcas como a “Água Potável Natural da Vila de Chang Ming Shui”, com origem em Zhongshan, e a australiana “PH8 Natural Alkaline Spring Water”. Segundo o IAM, 42 marcas de água produzidas no exterior de Macau à venda em supermercados locais foram testadas, através da recolha de 240 amostras, o que resultou em 48 produtos testados. Como resultado destes exames, o IAM indicou que as duas águas identificadas não passaram nos testes e que os lotes em causa foram retirados de circulação. Também foi apelado aos residentes que se desfaçam dos produtos e não os consumam. No caso da marca “Água Potável Natural da Vila de Chang Ming Shui” está em causa um lote de garrafões de 18,9 litros, com data de produção de 23 de Maio. O IAM descobriu que a água apresenta níveis de bactérias coliformes que não respeitam os padrões recomendados. As coliforme são um tipo de bactérias, como a e.coli, que habitam no intestino de mamíferos. No caso da água PH8 Natural Alkaline Spring Water, os testes mostraram níveis de bactérias pseudomonas aeruginosa que não respeitam os valores recomendados. As bactérias pseudomonas aeruginosa podem ser encontradas nas águas e nos solos e podem levar a infecções graves nos pulmões, na pele ou no tracto urinário. Os produtos com problemas são garrafas de 1,5 litros que fazem parte do lote identificado como “B/B 09/05/26 PKD09/05/24 B.09”.
João Santos Filipe Manchete SociedadeChikungunya | Novos casos levam à suspensão de doações de sangue Devido aos casos importados de febre de Chikungunya, os Serviços de Saúde vão proibir infectados, ou pessoas suspeitas de terem sido infectadas, de doar sangue durante seis semanas Os Serviços de Saúde anunciaram o registo de mais dois casos importados de febre de Chikungunya na sexta-feira, o que faz subir o número de casos para quatro, e anunciaram novas medidas de controlo. Com as alterações anunciadas, quem foi infectado com Chikungunya ou que apresente sintomas de febre deve suspender as doações de sangue. As novas medidas foram tomadas “tendo em conta a ocorrência de casos de febre de dengue e de febre Chikungunya registados em Macau e nas regiões vizinhas, e a prevenção do risco de transmissão de doenças através do sangue”. Com as alterações, há dois tipos de pessoas que ficam impossibilitadas de doarem sangue durante seis semanas: os residentes diagnosticados com febre Chikungunya e os residentes que estiveram numa área epidémica duas semanas antes de doarem sangue e apresentaram sintomas como febre, dor intensa nas articulações ou nos músculos, dor de cabeça, náuseas, fadiga e erupções cutâneas. No caso de pessoas que apresentem sintomas como febre, dor intensa nas articulações ou nos músculos, dor de cabeça, náuseas, fadiga e erupções cutâneas nos últimos 14 dias, mas que não estiveram em zonas epidémicas, o Centro de Transfusões de Sangue vai fazer uma avaliação caso-a-caso. Doenças de Verão Em relação aos novos casos importados de febre de Chikungunya, o primeiro foi identificado num trabalhador não-residente com 48 anos, que trabalha na Avenida Kwong Tung e vive no Beco do Gonçalo, perto da Avenida Almeida Ribeiro. O homem foi diagnosticado na sexta-feira, depois de ter estado nas Filipinas entre 6 de Julho e 19 de Julho, a visitar a família. Após regressar começou a sentir dores musculares e febre. Deslocou-se na quinta-Feira ao Hospital Kiang Wu e foi diagnosticado no dia seguinte. Os colegas de casa e de trabalho, assim como a família, não apresentam sintomas da infecção. O segundo caso foi registado num residente com 38 anos. O homem vive em Seac Pai Van, no Vale das Borboletas e trabalha num dos casinos do Cotai. O homem foi diagnosticado depois de ter estado na cidade de Foshan, entre 19 e 20 de Julho. Após regressar a Macau apresentou dores nas pernas e febre. Foi diagnosticado na sexta-Feira no Centro Hospitalar Conde São Januário. Ambos os pacientes encontram-se longe de perigo e em condições estáveis. Como resposta aos dois casos importados, os Serviços de Saúde estiveram nas zonas indicadas a tomar medidas de extermínio de mosquitos. “Os Serviços de Saúde recordam aos residentes que devem manter-se atentos às medidas de prevenção e que devem tomar medidas, para que seja construída em conjunto uma barreira contra as doenças infecciosas transmitidas por mosquitos”, foi apelado, em comunicado. Segundo os Serviços de Saúde a febre Chikungunya é uma doença viral, transmitida por mosquitos do género Aedes, principalmente os das espécies Aedes aegypti e Aedes albopictus.
Hoje Macau SociedadeContrafação | Autoridades fazem rusga em loja As autoridades realizaram uma rusga numa loja na Avenida Horta e Costa, na quarta-Feira, que levou à apreensão de 155 peças de roupa e malas contrafeitas. O balanço da operação foi feito ontem numa conferência de imprensa, que apenas foi divulgada em língua chinesa. De acordo com a informação oficial, citada pelo jornal Ou Mun, a operação enquadrou-se dentro do mecanismo de cooperação Cantão-Hong Kong-Macau da Propriedade Industrial. Em causa está o facto da loja disponibilizar roupas de marca a preços acessíveis, embora os Serviços de Alfândega tenham definido as imitações como “de baixa qualidade”. Se fossem vendidos ao preço dos produtos que imitavam, as peças de roupa e as malas estariam avaliadas em 2,39 milhões de patacas. O caso resultou na detenção de uma mulher com 47 anos, não-residente, responsável pela venda dos produtos. De acordo com os Serviços de Alfândega, nesta fase as autoridades ainda estão a tentar apurar a identidade dos fornecedores dos produtos assim como do proprietário da loja na Avenida Horta e Costa. A venda dos produtos em causa constitui uma infracção ao regime jurídico da propriedade industrial. Para os infractores nestes casos está prevista uma punição que pode chegar a seis meses de prisão ou uma pena de multa dos 30 aos 90 dias. Segundo o jornal Ou Mun, na apresentação dos resultados da rusga, os Serviços de Alfândega insistiram que não vão poupar esforços a “combater proactivamente as infracções ao regime jurídico da propriedade intelectual”. No entanto, foi deixado também o apelo que os titulares dos direitos de propriedade industrial cooperem para apresentar queixa.
Hoje Macau Manchete SociedadeJogo | Lucro da Macau Sands caiu 13% no segundo trimestre A empresa responsável pelos casinos Venetian, Parisian e Londoner fechou o segundo trimestre com lucros de 214 milhões de dólares. Apesar da redução face ao ano passado, os responsáveis do grupo sublinham o compromisso de investimento na RAEM A operadora de casinos em Macau Sands China anunciou ontem lucros de 214 milhões de dólares americanos no segundo trimestre, uma queda de 13 por cento em relação ao mesmo período de 2024. A Sands China já tinha registado uma queda homóloga de 32 por cento no lucro do primeiro trimestre. Isto depois de ter terminado 2024 com lucros de 1,05 mil milhões de dólares, um aumento de 50,9 por cento. Pelo contrário, as receitas dos cinco casinos da empresa em Macau subiram 2,5 por cento entre Abril e Junho, para 1,8 mil milhões de dólares. Com as receitas a subir, a Sands China registou lucros operacionais de 566 milhões de dólares no segundo trimestre de 2025, uma subida de 0,9 por cento em termos anuais. Robert Goldstein, o presidente da empresa-mãe da Sands China, a norte-americana Las Vegas Sands (LVS), apontou como meta para os casinos em Macau lucros operacionais entre 600 e 650 milhões de dólares por trimestre. De acordo com um comunicado da Sands China, Goldstein disse ainda, numa teleconferência com investidores, que a meta anual, até 2027, é de lucros operacionais de entre 2,6 e 2,7 mil milhões de dólares. De acordo com dados oficiais, a indústria do jogo em Macau registou receitas totais de 61,1 mil milhões de patacas entre Abril e Junho, mais 8,3 por cento do que no mesmo período de 2024. Compromisso longo Ainda assim, Goldstein recordou que a Sands China tem um “compromisso de uma década de fazer investimentos que aumentem o apelo do turismo de negócios e lazer de Macau e apoiem o seu desenvolvimento como um centro mundial de turismo”. A empresa é uma das seis concessionárias de casinos que operam no território e cujo contrato de concessão, válido por dez anos, entrou em vigor em 1 de Janeiro de 2023. Na altura, as seis operadoras comprometeram-se a investir “mais de 100 mil milhões de patacas” em elementos não ligados ao jogo. A Sands anunciou “um jardim de Inverno icónico” com 50 mil metros quadrados. “Continuamos entusiasmados com as nossas oportunidades de alcançar um crescimento líder na indústria, tanto em Macau como em Singapura, nos próximos anos”, notou Goldstein. A Sands China fez investimentos totais no valor de 286 milhões de dólares entre Abril e Junho, incluindo 138 milhões de dólares em Macau. A maioria do dinheiro foi para remodelar o empreendimento integrado hotel-casino Londoner Macao, uma parceria com o antigo futebolista britânico David Beckham. A remodelação ficou pronta em meados de Abril, a tempo da chamada ‘semana dourada’ de 1 de Maio, um período de feriados na China continental e uma época alta para o turismo em Macau.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeFronteiras | Macau atrás de HK no ranking de melhores passaportes Macau ocupa a 31ª posição a nível mundial na lista dos passaportes mais poderosos, atrás de Hong Kong, que está na 17ª posição e tem mais destinos sem necessidade de visto. Portugal ocupa o 4º lugar e a China o 60º no ranking liderado por Singapura O mais recente índice de passaportes da Henley&Partners, intitulado “Henley Passport Index” coloca Macau em 31º lugar, bem atrás da 17ª posição detida por Hong Kong. As duas regiões administrativas especiais estão, porém, em melhores posições face à China, que ocupam o 60º lugar. O passaporte de Macau permite viajar sem visto para 144 destinos, enquanto que para Hong Kong a lista de países a viajar sem visto é maior, com 169. No caso da China, há apenas 83 países para onde os cidadãos nacionais podem viajar sem necessidade de visto. Num comunicado de imprensa sobre os resultados do relatório, a Henley&Partners destaca que a China lidera, juntamente com os Emirados Árabes Unidos (EAU), uma “mudança no poder dos passaportes”. A consultora destaca “uma mudança global geral em direcção a mais abertura, maior mobilidade e aumento da força dos passaportes”, tendo em conta que, na última década, “mais de 80 passaportes subiram pelo menos 10 posições”. Além disso, “o número médio global de destinos aos quais os viajantes podem aceder sem visto quase duplicou, passando de 58 em 2006 para 109 em 2025”. No caso da China, a subida foi de 34 posições, “passando da 94ª para a 60ª posição desde 2015 ― o que é particularmente impressionante, considerando que, ao contrário de outros países que mais subiram no ranking, a China ainda não obteve acesso sem visto ao Espaço Schengen da Europa”, destaca-se no comunicado. O índice de passaportes mostra como “a ascensão da China foi auxiliada pelo seu movimento significativo em direcção a uma maior abertura”, tendo em conta que o país “concedeu acesso sem visto a mais de uma dúzia de novos passaportes desde Janeiro, elevando a sua pontuação total de abertura para 75 nações, uma mudança notável considerando que permitia a entrada sem visto a menos de 20 países há apenas cinco anos”. Análise global O índice de passaportes da Henley&Partners classifica 199 países e regiões de acordo com o número de nacionalidades a que permitem a entrada sem visto prévio. Os dados que servem de referência a este ranking são da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA). Ainda no que diz respeito ao posicionamento da China, referem-se “as adições notáveis à lista de isenção de visto da China” este ano, com nações como o Bahrein, Kuwait, Omã e Arábia Saudita. Tal significa, para os analistas, que “os cidadãos de todos os países do Conselho de Cooperação do Golfo podem viajar para a China sem visto prévio ―, bem como de vários países da América do Sul, incluindo Argentina, Brasil, Chile, Peru e Uruguai”. “A concessão de acesso sem visto pela China a vários países europeus nos últimos dois anos também contribuiu para o domínio dos passaportes europeus no topo do Henley Passport Power Index, que mede a percentagem do PIB [Produto Interno Bruto] global que cada passaporte proporciona aos seus titulares sem visto”, é referido. A nível mundial, “as nações asiáticas dominam o ranking de poder dos passaportes”, com os EUA e Reino Unido a continuarem “em declínio”. Singapura “detém o título de passaporte mais poderoso do mundo, com acesso sem visto a 193 destinos de entre 227 em todo o mundo”. Os países asiáticos continuam a liderar a corrida pela mobilidade global, com o Japão e a Coreia do Sul a partilharem o segundo lugar, cada um concedendo aos seus cidadãos acesso a 190 destinos sem visto.
Hoje Macau SociedadeEconomia | Inflação acelerou para 0,25% em Junho A inflação em Macau acelerou em Junho, num mês em que também no Interior da China o índice de preços no consumidor voltou a subir, após quatro meses consecutivos de descidas, foi ontem anunciado. O Índice de Preços no Consumidor (IPC) subiu 0,25 por cento em Junho, em termos homólogos, mais rápido do que o valor registado em Maio (0,19 por cento), e o valor mais elevado desde Janeiro (0,57 por cento), segundo a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). De acordo com os dados oficiais, a aceleração da inflação deve-se em parte ao custo das refeições adquiridas fora de casa, que subiu 1,39 por cento, e da alimentação, com o preço de produtos como o pão e biscoitos a aumentar 2,11 por cento. Os gastos com rendas ou hipotecas de apartamentos subiram 0,93 e 0,52 por cento, respectivamente, depois de a Autoridade Monetária de Macau ter aprovado três descidas da taxa de juro nos últimos três meses de 2024.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeTurismo | Visitantes internacionais aumentam 14,8% Dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) mostram que no primeiro semestre deste ano o número de entradas de visitantes internacionais em Macau foi de 1.341.674, o que representa um aumento de 14,8 por cento em termos anuais. Destaque para a subida de 16,8 por cento no número de entradas de visitantes das Filipinas e 13,8 por cento da Indonésia. Relativamente ao Sul da Ásia, o número de entradas de visitantes da Índia (58.309) registou um crescimento homólogo de 6,2 por cento, enquanto que o número de entradas de visitantes da República da Coreia (282.151) e o do Japão (76.435) também aumentaram 21,7 e 23,5 por cento, respectivamente, em comparação com o primeiro semestre de 2024. No primeiro semestre do corrente ano o número de entradas de visitantes em Macau totalizou 19.218.540, mais 14,9 por cento em termos anuais. Realça-se que o número de entradas de excursionistas (11.182.913) e o de turistas (8.035.627) aumentaram 25,8 e 2,6 por cento, respectivamente, em termos anuais. No primeiro semestre o número de entradas de visitantes do Interior da China fixou-se em 13.767.810, mais 19,3 por cento em termos anuais, destacando-se o aumento de 24,6 por cento no número de entradas com vistos individuais. Da Grande Baía chegaram 7.016.216 pessoas em seis meses, mais 25,7 por cento face ao primeiro semestre de 2024, graças ao número de entradas de visitantes provenientes de Zhuhai ter crescido 57 por cento.
Hoje Macau Manchete SociedadeReserva Financeira | Saldo ultrapassa os 640 mil milhões No passado mês de Maio, o saldo da reserva financeira da RAEM atingiu as 640,5 mil milhões de patacas. Desde o início do ano, a reserva financeira cresceu 24,2 mil milhões de patacas. Só em Maio, o aumento foi de cerca de 8 mil milhões O saldo da reserva financeira de Macau chegou no final de Maio a 640,5 mil milhões de patacas, segundo dados partilhados ontem no Boletim Oficial pela Autoridades Monetárias de Macau (AMCM). Nos primeiros cinco meses deste ano, a reserva cresceu 24,2 mil milhões de patacas, com o mês de Maio a “contribuir” cerca de 8 mil milhões de patacas, superando a tendência verificada em Abril, com um crescimento mensal de 1,2 por cento. De acordo com o balanço publicado ontem pela AMCM, a reserva está no nível mais alto desde Dezembro de 2021, quando atingiu 643,2 mil milhões de patacas. Ainda assim, permanece longe do recorde histórico de 663,6 mil milhões de patacas, atingido no final de Fevereiro de 2021, apesar de o território estar em plena pandemia de covid-19. Recorde-se que a reserva tinha registado em 2024 o melhor ano desde a pandemia de covid-19, após ganhar 35,7 mil milhões de patacas, o aumento anual mais elevado desde 2019, quando o valor da reserva aumentou em 70,6 mil milhões de patacas. Os dados da AMCM revelam também que entre Janeiro e Maio deste ano, as aplicações da Reserva Financeira renderam aos cofres da RAEM 16,7 mil milhões de patacas em receitas. No final de Maio, o valor da reserva extraordinária fixou-se em 459,65 mil milhões de patacas, enquanto a reserva básica registou 164,2 mil milhões de patacas. Pano de fundo O orçamento inicial do território para 2025 prevê uma subida de 7 por cento nas despesas totais, para 109,4 mil milhões de patacas. Porém, a Assembleia Legislativa aprovou na especialidade no dia 9 de Julho a alteração ao orçamento, que incluiu um aumento extra de 2,86 mil milhões de patacas nas despesas. A reserva financeira de Macau é maioritariamente composta por 265,5 mil milhões de patacas em investimentos subcontratados, depósitos e contas correntes no valor de 254,3 mil milhões de patacas e até títulos de crédito no montante de 116,6 mil milhões de patacas. No ano passado, os investimentos renderam à reserva financeira quase 31 mil milhões de patacas, correspondendo a uma taxa de rentabilidade de 5,3 por cento, disse a AMCM no final de Fevereiro.
Hoje Macau SociedadeChikungunya | SS revelam segundo caso importado Os Serviços de Saúde (SS) registaram o segundo caso importado de Febre de Chikungunya, que foi detectado numa turista vindo da Província de Cantão. A ocorrência foi divulgada ontem através de um comunicado. “O caso foi diagnosticado numa mulher de 33 anos de idade, turista, que reside no Distrito de Nanhai da Cidade Foshan da Província de Guangdong. Ao meio-dia de segunda-feira, a doente entrou em Macau, e manifestou, à tarde, sintomas como febre e erupções cutâneas. Recorreu, naquele dia, ao Hospital Kiang Wu para tratamento médico”, contaram as autoridades. “Na terça-feira, o Laboratório de Saúde Pública confirmou a presença do vírus de Chikungunya. Actualmente, a doente encontra-se em estado estável, os indivíduos com quem coabita e viajava não apresentaram nenhuns sintomas de indisposição”, foi acrescentado. De acordo com o histórico de viagem da turista, assim como a data de manifestação de sintomas e os resultados dos exames laboratoriais efectuados, o caso foi classificado como importado, em vez de local. “Os Serviços de Saúde irão enviar pessoal para proceder à inspecção da fonte de proliferação no seu local de alojamento e nas proximidades dos principais locais de actividade em Macau, com vista a reforçar a eliminação de águas estagnadas nas zonas circundantes e a organizar a eliminação preventiva de mosquitos, de acordo com a situação”, foi prometido. De acordo com os SS, a febre chikungunya é uma doença viral, transmitida por mosquitos do género Aedes, principalmente os das espécies Aedes aegypti e Aedes albopictus.
João Santos Filipe Manchete SociedadeHabitação Económica | Ma Io Fong quer T2 para residentes singulares O legislador ligado à Associação das Mulheres quer que o Governo facilite o acesso dos residentes singulares a habitações T2, tendo em conta a quebra da procura por habitação económica. Ma Io Fong sugere também a possibilidade de troca neste segmente de habitação pública O deputado Ma Io Fong quer saber se o Executivo vai autorizar residentes singulares a adquirir habitação económica da tipologia T2 ou superior. A questão faz parte de uma interpelação do membro da Associação das Mulheres, divulgada no portal da Assembleia Legislativa. Face à pouca procura por habitação económica, o Governo admitiu fazer uma revisão do programa. Ma Io Fong pretende saber se a revisão irá possibilitar a compra de casas T2 por residentes singulares, que actualmente estão apenas limitados a apartamentos T1. “Será que a Administração, em resposta às alterações da procura do programa de habitação do Governo, vai permitir a elegibilidade dos requerentes individuais para se candidatarem a apartamentos de tipologia T2 ou superior […] ?”, questiona o legislador. No mesmo sentido, o deputado pretende que o Executivo explique se há a possibilidade de a ordem dos concursos públicos de candidatura à compra de habitação económica ser mantida, para que os concursos não se tenham de repetir regularmente. Outras mudanças Segundo Ma Io Fong, com a redução da procura antecipa-se que os apartamentos T1 possam ficar desocupados durante muito tempo e que nunca encontrem compradores. Neste cenário, o deputado pretende saber se o Governo tem planos para evitar a construção de casas deste tipo, para “evitar o desperdício de terrenos e de recursos públicos”. Em relação às alterações ao regime da habitação económica, pergunta se o Governo vai criar um mecanismo que permita aos residentes que compraram habitação económica no passado mudarem para habitações mais recentes. Esta mudança tem como objectivo permitir que as famílias possam encontrar casas maiores, no sentido de promover o aumento da taxa de natalidade, e contrariar o envelhecimento da população. A habitação económica é uma das ofertas de habitação pública, em que os residentes com determinados níveis de rendimentos podem comprar uma habitação a preços mais baratos do que no privado. As casas têm limites de qualidade e tamanho.
Hoje Macau SociedadeCPSP | Dois detidos por exploração de prostituição O Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) anunciou a detenção de dois homens, no exterior de um hotel no Cotai, por indícios da prática do crime de exploração de prostituição. Após receber uma queixa para a importunação de pessoas no exterior de um hotel, o CPSP enviou agentes para o local e identificou dois homens, um do Interior e outro da Tailândia, sendo que este última estava vestido com roupas de mulher. Segundo o jornal Ou Mun, quando foi abordado pelas autoridades, o homem do Interior confessou estar a angariar clientes para o homem que se vestia de mulher. Por cada cliente angariado, o homem podia receber até 500 dólares de Hong Kong. Por sua vez, o prostituto cobrava 1.500 dólares a cada cliente. Quando as autoridades se deslocaram ao hotel utilizado pelo prostituto, encontraram um terceiro homem do Interior. Este confessou ter reservado o quarto naquele dia. Os dois suspeitos do Interior foram detidos e encaminhados para o Ministério Público. Estão indiciados pelo crime de exploração de prostituição, que pode ser punido com uma pena de prisão que pode chegar aos três anos. Quanto ao nacional da Tailândia, foi encaminhado para o Departamento de Imigração, dado que utilizou o visto de turista para exercer uma profissão, o que é considerado um abuso do tipo de visto emitido.
João Luz Manchete SociedadeCCAC | Subornos têm diminuído significativamente O Comissariado contra a Corrupção indicou que “nos últimos anos”, as situações de abuso de poder e subornos têm diminuído significativamente. O órgão liderado por Ao Ieong Seong salienta que os casos actuais são mais violações de deveres gerais, como falsificação de registos de assiduidade “Com os esforços envidados ao longo dos anos, o número de casos típicos de corrupção nos serviços públicos envolvendo situações de abuso de poder para receber subornos tem diminuído significativamente nos últimos anos”, indicou a directora dos Serviços de Administração e Função Pública (SAFP), Leong Weng In, citando o Comissariado contra a Corrupção (CCAC). A redução dos casos que envolveram abuso de poder e subornos é atribuída ao combate rigoroso ao fenómeno, assim como às acções de sensibilização levadas a cabo pelo CCAC para mudar mentalidades na Função Pública, é indicado numa resposta a interpelação do deputado Nick Lei pela directora dos SAFP. Leong Weng In cita o CCAC numa análise aos tipos mais frequentes de infracções nos dias de hoje. “Actualmente, os casos relacionados com os trabalhadores dos serviços públicos estão relacionados principalmente com a violação dos deveres gerais a que os mesmos estão sujeitos, tais como casos de falsificação de registos de assiduidade e de acumulação ilegal de funções, o que demonstra que os respectivos trabalhos têm alcançado resultados positivos”, é indicado. Bom comportamento Para acompanhar a evolução do tipo de infrações cometidas com maior frequência, o CCAC ajustou o conteúdo das acções de sensibilização “em função da tendência”. “O CCAC tem chamado continuamente também a atenção dos mesmos, no âmbito da formação, para a importância de uma conduta ética”, é indicado por Leong Weng In. A directora dos SAFP salienta mesmo que, depois de serem detectadas infrações, “muitos serviços públicos convidam, por sua iniciativa o CCAC”. O combate à corrupção é um processo contínuo e de longo prazo, que tem de ser encarado com atitude pragmática e realista de forma a poder dar resposta eficaz às minhas tendências de infrações, é ainda referido.
Hoje Macau SociedadeJogo | Seaport estima subida de 9% das receitas no segundo semestre De acordo com a mais recente projecção dos analistas da Seaport Research Partners, a indústria do jogo de Macau pode registar um aumento anual de 9 por cento das receitas brutas durante o segundo semestre do ano. A melhoria da performance do sector é esperada devido à recuperação da velocidade do crescimento verificada nos últimos meses. Recorde-se que, segundo os dados da Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), os casinos do território facturaram 113,03 mil milhões de patacas em receitas brutas na segunda metade do ano passado. O analista da Seaport Research Partners Vitaly Umansky aponta agora para um crescimento anual de 7 por cento das receitas brutas acumuladas em 2025, face aos 226,78 mil milhões de patacas apurados no ano passado. “A longo prazo, as mudanças nas quotas de mercado podem beneficiar a Sands China e a Galaxy Entertainment Group, enquanto os operadores mais pequenos deveriam registar uma perda de quota de mercado”, indica o analista, citado pelo portal GGR Asia. Umansky acrescenta que esse impacto pode ser mais intenso se a recuperação do mercado de massas base ultrapassar as expectativas actuais, trazendo um crescimento global da indústria mais acentuado.