Hong Kong | Pansy Ho fala em lavagem cerebral e exploração de crianças

A accionista da MGM e Sociedade de Jogos de Macau foi às Nações Unidas apelar ao mundo que condene as acções perpetradas pelos residentes de Hong Kong contra a polícia e censurar o ambiente nas escolas

 
[dropcap]P[/dropcap]ansy Ho, uma das principais accionistas das operadoras MGM e Sociedade de Jogos de Macau, aproveitou o discurso no Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas para condenar a educação familiar em Hong Kong. Na mesma mensagem, a empresária, que também controla a empresa Shun Tak, responsável pelo serviços de ferry , afirmou que os pequenos negócios já foram obrigados a fechar as portas e que “muitos trabalhadores” ficaram desempregados.
Discursando como membro da Federação de Mulheres de Hong Kong, Pansy Ho disse que a RAEHK viveu 130 protestos em 95 dias, entre os quais 110 terminam com cenas de violência sem justificação ou actos criminosos. Para a multimilionária é devido a esta violência que vários negócios foram obrigados a fechar as portas.
“Os cidadãos normais são as vítimas mais afectadas”, apontou. “Há mães em situações de desespero que partilham relatos da fricção e desarmonia crescente entre as famílias”, acrescentou.
Após esta parte, Pansy diz haver um número alarmante de crianças que fogem de casa para irem para a linha da frente dos protestes cometer crimes. “Um número alarmante de crianças está a fugir de casa para se tornarem em lutadores radicais da linha da frente e cometerem actos criminosos. Há crianças de todas as idades a serem vítimas de lavagens cerebrais com ódio à polícia e crenças anti-sistema na internet, o que também esteve na origem das mobilizações para as greves nas escolas”, defendeu.
Ao nível dos direitos humanos, a filha da segunda mulher de Stanley Ho alertou ainda para as pressões de que as famílias da polícia de Hong Kong são alvo. De acordo com Pansy Ho as pessoas que não alinham em protestos ou greves na escola são assediadas, principalmente quando têm familiares que fazem parte da polícia de Hong Kong.
Devido a esta situação, Ho apelou à comunidade internacional para “dar uma reprimenda aos organizadores e às pessoas que influenciam com a criação de ódio e violência extrema” em Hong Kong e afirmou que na RAEHK não vai tolerar “exploração infantil”.
No mesmo discurso, Pansy apelou ainda às pessoas que participem nas manifestações que o façam de forma pacífica e que evitem a escalada da violência nos protestos.
Além de estar ligada a duas licenças de jogo, Pansy Ho é responsável pela Shun Tak, que detém a TurboJet e o serviço de helicópteros entre Macau e Hong Kong, e com a abertura da nova ponte ficou igualmente ligada ao consórcio que controla os autocarros dourados, que transportam pessoas entre as duas regiões.

13 Set 2019

Chefe do Executivo | Ho vai fazer tudo para cumprir promessas eleitorais

O futuro líder do Governo aponta baterias ao problema da população que não consegue ter acesso a habitação e diz que o próximo Executivo vai lidar com as “questões históricas” do sector do jogo

 

[dropcap]A[/dropcap]umento da eficácia da Administração Pública, diversificação da economia, optimização das condições de vida da população, retorno dos talentos locais e promoção de trocas culturais. São estes os cinco pilares do programa político de Ho Iat Seng, que ontem, em Pequim, voltou a assumir o compromisso de tudo irá fazer para os cumprir.

Segundo o canal chinês da Rádio Macau, a questão da habitação foi apontada como exemplo e o futuro líder do Governo afirmou que é preciso resolver os problemas da classe sanduiche, ou seja, dos que têm rendimentos elevados para concorrerem à habitação pública, mas não têm dinheiro suficiente para comprar uma fracção no mercado privado.

Porém, mesmo na questão da habitação, Ho não espera uma solução mágica nem rápida. “Se calhar não consigo concluir tudo, mas estou firmemente decidido a iniciar esse trabalho que depois terá continuidade”, disse Ho Iat Seng, citado pelo canal português da Rádio Macau.

“Espero poder, nos próximos cinco anos, concretizar o compromisso que assumi junto da população”, acrescentou.

Em resposta ao jornalistas em Pequim, o próximo Chefe do Executivo comentou também o facto de Macau conseguir evitar os problemas de Hong Kong, apesar de ambas as regiões terem implementado o princípio Um País, Dois Sistemas. Ho elogiou o trabalho feito na RAEM nos últimos 20 anos, principalmente no que diz respeito às “forças externas”.

“Macau soube trabalhar para ficar livre das interferências externas. No últimos 20 anos trabalhou-se para combater as forças exteriores e a interferência estrangeira […] Temos legislação para lidar com essas situações”, considerou.

O futuro líder do Governo recusou sempre comentar a situação de Hong Kong, mas recusou a hipótese de Macau poder atravessar uma instabilidade semelhante, pelas consequências que isso teria na economia. “Macau não pode entrar em confronto. É uma cidade turística e isso iria afectar a nossa fonte de riqueza”, sustentou.

Problemas históricos

Ho Iat Seng abordou igualmente a situação da economia e a necessidade “enfrentar os problemas históricos” na indústria do jogo, numa referência ao sistema de três concessionárias e três subconcessionárias.

Segundo Ho, o actual Governo já tem uma versão para alterar a lei do jogo e vai caber ao futuro Executivo “implementar as mudanças”. “Assim que forem implementadas, estas mudanças vão permitir resolver várias questões do sector”, afirmou.

Também ontem, Ho Iat Seng foi questionado sobre a implementação do sufrágio universal para a escolha do Chefe do Executivo. Na resposta, o líder eleito reconheceu que a Lei Básica não afasta essa possibilidade, mas que essa reforma dos sistema político não consta das suas prioridades, nem vai ser iniciada imediatamente.

13 Set 2019

Chefe do Executivo | Ho vai fazer tudo para cumprir promessas eleitorais

O futuro líder do Governo aponta baterias ao problema da população que não consegue ter acesso a habitação e diz que o próximo Executivo vai lidar com as “questões históricas” do sector do jogo

 
[dropcap]A[/dropcap]umento da eficácia da Administração Pública, diversificação da economia, optimização das condições de vida da população, retorno dos talentos locais e promoção de trocas culturais. São estes os cinco pilares do programa político de Ho Iat Seng, que ontem, em Pequim, voltou a assumir o compromisso de tudo irá fazer para os cumprir.
Segundo o canal chinês da Rádio Macau, a questão da habitação foi apontada como exemplo e o futuro líder do Governo afirmou que é preciso resolver os problemas da classe sanduiche, ou seja, dos que têm rendimentos elevados para concorrerem à habitação pública, mas não têm dinheiro suficiente para comprar uma fracção no mercado privado.
Porém, mesmo na questão da habitação, Ho não espera uma solução mágica nem rápida. “Se calhar não consigo concluir tudo, mas estou firmemente decidido a iniciar esse trabalho que depois terá continuidade”, disse Ho Iat Seng, citado pelo canal português da Rádio Macau.
“Espero poder, nos próximos cinco anos, concretizar o compromisso que assumi junto da população”, acrescentou.
Em resposta ao jornalistas em Pequim, o próximo Chefe do Executivo comentou também o facto de Macau conseguir evitar os problemas de Hong Kong, apesar de ambas as regiões terem implementado o princípio Um País, Dois Sistemas. Ho elogiou o trabalho feito na RAEM nos últimos 20 anos, principalmente no que diz respeito às “forças externas”.
“Macau soube trabalhar para ficar livre das interferências externas. No últimos 20 anos trabalhou-se para combater as forças exteriores e a interferência estrangeira […] Temos legislação para lidar com essas situações”, considerou.
O futuro líder do Governo recusou sempre comentar a situação de Hong Kong, mas recusou a hipótese de Macau poder atravessar uma instabilidade semelhante, pelas consequências que isso teria na economia. “Macau não pode entrar em confronto. É uma cidade turística e isso iria afectar a nossa fonte de riqueza”, sustentou.

Problemas históricos

Ho Iat Seng abordou igualmente a situação da economia e a necessidade “enfrentar os problemas históricos” na indústria do jogo, numa referência ao sistema de três concessionárias e três subconcessionárias.
Segundo Ho, o actual Governo já tem uma versão para alterar a lei do jogo e vai caber ao futuro Executivo “implementar as mudanças”. “Assim que forem implementadas, estas mudanças vão permitir resolver várias questões do sector”, afirmou.
Também ontem, Ho Iat Seng foi questionado sobre a implementação do sufrágio universal para a escolha do Chefe do Executivo. Na resposta, o líder eleito reconheceu que a Lei Básica não afasta essa possibilidade, mas que essa reforma dos sistema político não consta das suas prioridades, nem vai ser iniciada imediatamente.

13 Set 2019

Polícia de Hong Kong proíbe manifestação convocada para domingo

[dropcap]A[/dropcap] Polícia de Hong Kong proibiu hoje a manifestação convocada para domingo pela Frente Cívica de Direitos Humanos (FCDH), que tem liderado os grandes protestos pró-democracia na antiga colónia britânica.

A marcha havia sido convocada após o anúncio da líder do Governo de Hong Kong, Carrie Lam, da retirada formal das emendas à polémica lei da extradição que esteve na base da contestação social desde o início de Junho.

Contudo, no mesmo dia do anúncio de Carrie Lam, a vice-coordenadora da FCDH, que reúne mais de uma dezena de partidos e organizações não governamentais, disse, em declarações à Lusa, que “os ‘slogans’ que têm sido entoados nas ruas são claros. ‘Cinco exigências: nem uma a menos’”, disse Bonnie Leung.

“Esta [a lei da extradição] era a mais simples de responder, mas as outras quatro são igualmente importantes”, sublinhou, defendendo que “seria também simples aceitar a criação de uma comissão de inquérito independente para averiguar a actuação da polícia” que é acusada de usar força excessiva.

Os manifestantes exigem que o Governo responda a quatro outras reivindicações: a libertação dos manifestantes detidos, que as acções dos protestos não sejam identificadas como motins, um inquérito independente à violência policial e, finalmente, a demissão da chefe de Governo e consequente eleição por sufrágio universal para este cargo e para o Conselho Legislativo, o parlamento de Hong Kong.

Na carta de “objecção” da polícia, enviada aos organizadores da marcha, lê-se que durante as manifestações realizadas desde Junho “alguns manifestantes não apenas cometeram actos de violência, incêndio criminoso e bloqueios de estradas, mas também usaram bombas de gasolina e todos os tipos de armas para destruir bens públicos em larga escala”.

Além disso, as autoridades policiais apontaram que os locais onde a manifestação iria acontecer são “muito próximos a prédios de alto risco”, entre os quais a estação de comboios de alta velocidade ou o quartel general da polícia.

Ao declarar a manifestação ilegal, as pessoas que participem na mesma podem enfrentar sérias consequências legais. A FCDH já anunciou que interpôs um recurso contra a decisão da polícia e deve ser notificada antes de domingo sobre a decisão.

12 Set 2019

Pequim | Xi Jinping recebe e elogia Ho Iat Seng

Xi Jinping recebeu ontem o futuro Chefe do Executivo e deixou rasgados elogios ao contributo de Ho para o País e para Macau. No encontro, pediu a Ho que reforme a estratégia da economia e mantenha a estabilidade da RAEM

 

[dropcap]U[/dropcap]m homem que sempre foi patriota e que serviu dedicadamente a sociedade de Macau. Foi desta forma, segundo o jornal Ou Mun, que o Presidente Xi Jinping definiu ontem Ho Iat Seng, durante um encontro com o futuro líder do Governo da RAEM.

Depois de um cumprimento público, Xi Jinping endereçou os parabéns a Ho Iat Seng por ter sido eleito o Chefe do Executivo e recordou um passado ligado ao País. Segundo Xi, Ho serviu dedicadamente a RAEM durante vários anos e sempre com um sentimento de Amor pelo País e por Macau, trabalhando arduamente nos vários cargos públicos que ocupou, como membro do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional e presidente da Assembleia Legislativa.

O supremo líder chinês elogiou ainda os grandes esforços de Ho para a reforma do País, para a abertura económica e para a prosperidade e estabilidade de Macau. Depois, garantiu que Ho tem toda a confiança do Governo Central e o reconhecimento do seu contributo positivo para o país.

Em relação à eleição de Ho para Chefe do Executivo, Xi sublinhou a elevada votação, com 392 votos entre os 400 membros do Colégio Eleitoral, o que no seu entender demonstra o grande reconhecimento dos esforços de Ho por parte da sociedade de Macau.

Já em relação às expectativas para a governação de Ho, o presidente apontou o caminho: o futuro Chefe do Executivo vai ter de cuidar da situação da RAEM, sempre com olhos no futuro, e saber responder às necessidades do desenvolvimento da economia.

Finalmente, Xi pediu a Ho Iat Seng que lidere o Governo de Macau e a população num esforço conjunto para reformar e inovar a economia local, fazer um planeamento para uma estratégia de futuro e que continue a por em prática de forma bem-sucedida o princípio Um País, Dois Sistemas.

Encontro com Li

Também ontem, Ho Iat Seng recebeu das mãos do Primeiro-Ministro Li Keqiang o decreto de nomeação do Conselho de Estado que confirma que vai ser o próximo Chefe do Executivo. Segundo o jornal Ou Mun, na cerimónia o futuro líder do Governo afirmou estar honrado e comprometeu-se a fazer tudo para justificar a confiança do Governo Central.

Após a entrega do decreto, Li Keqiang tomou a palavra e revelou acreditar que Ho Iat Seng vai conduzir o Governo da RAEM e todos os residentes num esforço de união com o objectivo de promover novos feitos dentro do princípio Um País, Dois Sistemas.

O primeiro-ministro fez ainda um balanço do que tem sido a acção do Governo de Macau, sublinhado que desde o retorno à pátria houve um grande progresso a nível económico, que permite melhorar as condições de vida da população. Por outro lado, Li destacou a harmonia social, a estabilidade e o sentimento de confiança e cooperação profunda com o Interior da China. O membro do Governo Central prometeu igualmente que as pessoas de Macau e o Governo vão continuar a ter todo o apoio das autoridades centrais e do País.

Durante a cerimónia, que decorreu ontem de manhã em Pequim, na Torre da Luz Púrpura de Zhongnanhai, Ho agradeceu a recepção a Li Keqiang e a nomeação ao Governo Central. O futuro Chefe do Executivo disse ainda sentir-se “profundamente honrado” e afirmou que vai trabalhar com um sentido de missão, para cumprir as expectativas e a confiança depositada pelo Governo do País.

Ainda durante a mesma cerimónia, Ho Iat Seng referiu ir implementar de forma inabalável o princípio “Um País, Dois Sistemas” e seguindo a liderança do Presidente Xi Jinping e do Governo Central. O respeito pela Constituição da República Popular Chinesa e pela Lei Básica foi igualmente referido com um elemento basilar para o desempenho das futuras funções.

Já em relação à governação da RAEM, Ho comprometeu-se a unir e liderar todos os residentes de Macau e a focá-los através de um trabalho árduo na manutenção da estabilidade social e no desenvolvimento económico. O líder do Governo prometeu ainda continuar a melhorar as condições de vida da população e criar uma fase no desenvolvimento da RAEM.

 

O exemplo de Macau

Durante o discurso na recepção da Ho Iat Seng, Xi Jinping não se esqueceu de mencionar o contributo dos primeiros Chefes do Executivo da RAEM, Edmundo Ho e Chui Sai On. De acordo com as palavras do Presidente, citadas pelo jornal Ou Mun, foi referido que o Governo da RAEM, com Ho e Chui ao leme, conseguiu compreender e implementar correctamente o princípio Um País, Dois Sistemas. Além disso, os anteriores governantes conseguiram igualmente respeitar os direitos consagrados na Constituição e na Lei Básica, ao mesmo tempo que transmitiram os valor do Amor pela Pátria e por Macau. Xi afirmou ainda que Macau tem mostrado o sucesso do princípio Um País, Dois Sistemas, que este é exequível, pode ser implementado com sucesso e é popular junto da sociedade.

12 Set 2019

Pequim | Xi Jinping recebe e elogia Ho Iat Seng

Xi Jinping recebeu ontem o futuro Chefe do Executivo e deixou rasgados elogios ao contributo de Ho para o País e para Macau. No encontro, pediu a Ho que reforme a estratégia da economia e mantenha a estabilidade da RAEM

 
[dropcap]U[/dropcap]m homem que sempre foi patriota e que serviu dedicadamente a sociedade de Macau. Foi desta forma, segundo o jornal Ou Mun, que o Presidente Xi Jinping definiu ontem Ho Iat Seng, durante um encontro com o futuro líder do Governo da RAEM.
Depois de um cumprimento público, Xi Jinping endereçou os parabéns a Ho Iat Seng por ter sido eleito o Chefe do Executivo e recordou um passado ligado ao País. Segundo Xi, Ho serviu dedicadamente a RAEM durante vários anos e sempre com um sentimento de Amor pelo País e por Macau, trabalhando arduamente nos vários cargos públicos que ocupou, como membro do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional e presidente da Assembleia Legislativa.
O supremo líder chinês elogiou ainda os grandes esforços de Ho para a reforma do País, para a abertura económica e para a prosperidade e estabilidade de Macau. Depois, garantiu que Ho tem toda a confiança do Governo Central e o reconhecimento do seu contributo positivo para o país.
Em relação à eleição de Ho para Chefe do Executivo, Xi sublinhou a elevada votação, com 392 votos entre os 400 membros do Colégio Eleitoral, o que no seu entender demonstra o grande reconhecimento dos esforços de Ho por parte da sociedade de Macau.
Já em relação às expectativas para a governação de Ho, o presidente apontou o caminho: o futuro Chefe do Executivo vai ter de cuidar da situação da RAEM, sempre com olhos no futuro, e saber responder às necessidades do desenvolvimento da economia.
Finalmente, Xi pediu a Ho Iat Seng que lidere o Governo de Macau e a população num esforço conjunto para reformar e inovar a economia local, fazer um planeamento para uma estratégia de futuro e que continue a por em prática de forma bem-sucedida o princípio Um País, Dois Sistemas.

Encontro com Li

Também ontem, Ho Iat Seng recebeu das mãos do Primeiro-Ministro Li Keqiang o decreto de nomeação do Conselho de Estado que confirma que vai ser o próximo Chefe do Executivo. Segundo o jornal Ou Mun, na cerimónia o futuro líder do Governo afirmou estar honrado e comprometeu-se a fazer tudo para justificar a confiança do Governo Central.
Após a entrega do decreto, Li Keqiang tomou a palavra e revelou acreditar que Ho Iat Seng vai conduzir o Governo da RAEM e todos os residentes num esforço de união com o objectivo de promover novos feitos dentro do princípio Um País, Dois Sistemas.
O primeiro-ministro fez ainda um balanço do que tem sido a acção do Governo de Macau, sublinhado que desde o retorno à pátria houve um grande progresso a nível económico, que permite melhorar as condições de vida da população. Por outro lado, Li destacou a harmonia social, a estabilidade e o sentimento de confiança e cooperação profunda com o Interior da China. O membro do Governo Central prometeu igualmente que as pessoas de Macau e o Governo vão continuar a ter todo o apoio das autoridades centrais e do País.
Durante a cerimónia, que decorreu ontem de manhã em Pequim, na Torre da Luz Púrpura de Zhongnanhai, Ho agradeceu a recepção a Li Keqiang e a nomeação ao Governo Central. O futuro Chefe do Executivo disse ainda sentir-se “profundamente honrado” e afirmou que vai trabalhar com um sentido de missão, para cumprir as expectativas e a confiança depositada pelo Governo do País.
Ainda durante a mesma cerimónia, Ho Iat Seng referiu ir implementar de forma inabalável o princípio “Um País, Dois Sistemas” e seguindo a liderança do Presidente Xi Jinping e do Governo Central. O respeito pela Constituição da República Popular Chinesa e pela Lei Básica foi igualmente referido com um elemento basilar para o desempenho das futuras funções.
Já em relação à governação da RAEM, Ho comprometeu-se a unir e liderar todos os residentes de Macau e a focá-los através de um trabalho árduo na manutenção da estabilidade social e no desenvolvimento económico. O líder do Governo prometeu ainda continuar a melhorar as condições de vida da população e criar uma fase no desenvolvimento da RAEM.
 

O exemplo de Macau

Durante o discurso na recepção da Ho Iat Seng, Xi Jinping não se esqueceu de mencionar o contributo dos primeiros Chefes do Executivo da RAEM, Edmundo Ho e Chui Sai On. De acordo com as palavras do Presidente, citadas pelo jornal Ou Mun, foi referido que o Governo da RAEM, com Ho e Chui ao leme, conseguiu compreender e implementar correctamente o princípio Um País, Dois Sistemas. Além disso, os anteriores governantes conseguiram igualmente respeitar os direitos consagrados na Constituição e na Lei Básica, ao mesmo tempo que transmitiram os valor do Amor pela Pátria e por Macau. Xi afirmou ainda que Macau tem mostrado o sucesso do princípio Um País, Dois Sistemas, que este é exequível, pode ser implementado com sucesso e é popular junto da sociedade.

12 Set 2019

Internet | WiFi GO impede acesso à versão chinesa do jornal Epoch Times

Fundado por membros da Falun Gong e com uma linha editorial fortemente pró-Trump, o portal em língua chinesa do Epoch Times está bloqueado pelo serviço WiFi Go. Porém, a versão em inglês do portal está disponível

 

[dropcap]O[/dropcap]s residentes e visitantes de Macau que estejam ligados à internet pelo serviço WiFi Go estão impedido de aceder à versão em chinês do jornal Epoch Times. A informação foi primeiro colocada a circular na rede social Facebook e confirmada ontem pelo HM, que tentou aceder ao portal em chinês por volta das 15h00, na Zona de Lazer da Praça Jorge Álvares.

Quando uma pessoa tenta aceder directamente ao portal surge um aviso a dizer que o “acesso foi negado” devido a “conteúdo impróprio”. Após este aviso é explicado que o acesso é proibido porque o portal está classificado “Contra-acção e outras ilegalidades”.

Contudo, o mesmo não acontece quando uma pessoa tenta aceder à versão em inglês do jornal, que se encontra disponível. Porém, se uma pessoa tentar utilizar a versão em inglês para aceder ao conteúdo em chinês é igualmente barrada.

O jornal Epoch Times foi fundado em 2000 nos Estados Unidos, por membros da comunidade chinesa, e tem fortes ligações ao movimento Falun Gong. Este é um movimento de meditação e de prática de exercício físico proibido no Interior da China desde 1999. Foi com o objectivo de levar ao mundo o que os membros consideram ser uma perseguição política por parte do Governo Central que o Epoch Times terá sido fundado. Contudo, nos últimos anos, este jornal afirmou-se também pela linha editorial de grande apoio ao Presidente Donald Trump e até por alguns artigos anti-vacinação.

Ontem, o HM contactou a Direcção dos Serviços de Correios e Telecomunicações (CTT) que é responsável pelo serviço WiFi Go e questionou se havia uma motivação política para a decisão de proibir o acesso ao portal. Contudo, até à hora de fecho, não recebeu uma resposta.

O portal online do WiFi Go assegura que há filtração dos sites a que os cidadãos podem aceder através da rede, mas que o bloqueio é feito apenas em “páginas electrónicas com conteúdos pornográficos, indecentes ou relativos aos jogos”.

Contratos de 19 milhões

O serviço WiFi Go é responsabilidade dos CTT, mas está concessionado à Companhia de Telecomunicações de Macau (CTM). Segundo os últimos contratos assinado entre as duas partes, em 2017, a CTM receberia até ao final deste ano aproximadamente 19 milhões de patacas.

Ainda em relação ao WiFi Go, o Governo lançou no mês passado o concurso público para a “operação e manutenção” do sistema entre 2020 e 2021. A data limite para a entrega de propostas foi o último dia do mês passado.

O serviço WiFi Go foi alvo de fortes críticas em 2017 por parte do Comissariado de Auditoria devido às dificuldades de acesso e também por ter havido serviços que chegaram a ser pagos, mas que nunca foram disponibilizados ao Governo. Na altura os CTT admitiram a hipótese de exigir uma compensação à CTM, mas depois defenderam que a mesma não deveria ser financeira.

11 Set 2019

Internet | WiFi GO impede acesso à versão chinesa do jornal Epoch Times

Fundado por membros da Falun Gong e com uma linha editorial fortemente pró-Trump, o portal em língua chinesa do Epoch Times está bloqueado pelo serviço WiFi Go. Porém, a versão em inglês do portal está disponível

 
[dropcap]O[/dropcap]s residentes e visitantes de Macau que estejam ligados à internet pelo serviço WiFi Go estão impedido de aceder à versão em chinês do jornal Epoch Times. A informação foi primeiro colocada a circular na rede social Facebook e confirmada ontem pelo HM, que tentou aceder ao portal em chinês por volta das 15h00, na Zona de Lazer da Praça Jorge Álvares.
Quando uma pessoa tenta aceder directamente ao portal surge um aviso a dizer que o “acesso foi negado” devido a “conteúdo impróprio”. Após este aviso é explicado que o acesso é proibido porque o portal está classificado “Contra-acção e outras ilegalidades”.
Contudo, o mesmo não acontece quando uma pessoa tenta aceder à versão em inglês do jornal, que se encontra disponível. Porém, se uma pessoa tentar utilizar a versão em inglês para aceder ao conteúdo em chinês é igualmente barrada.
O jornal Epoch Times foi fundado em 2000 nos Estados Unidos, por membros da comunidade chinesa, e tem fortes ligações ao movimento Falun Gong. Este é um movimento de meditação e de prática de exercício físico proibido no Interior da China desde 1999. Foi com o objectivo de levar ao mundo o que os membros consideram ser uma perseguição política por parte do Governo Central que o Epoch Times terá sido fundado. Contudo, nos últimos anos, este jornal afirmou-se também pela linha editorial de grande apoio ao Presidente Donald Trump e até por alguns artigos anti-vacinação.
Ontem, o HM contactou a Direcção dos Serviços de Correios e Telecomunicações (CTT) que é responsável pelo serviço WiFi Go e questionou se havia uma motivação política para a decisão de proibir o acesso ao portal. Contudo, até à hora de fecho, não recebeu uma resposta.
O portal online do WiFi Go assegura que há filtração dos sites a que os cidadãos podem aceder através da rede, mas que o bloqueio é feito apenas em “páginas electrónicas com conteúdos pornográficos, indecentes ou relativos aos jogos”.

Contratos de 19 milhões

O serviço WiFi Go é responsabilidade dos CTT, mas está concessionado à Companhia de Telecomunicações de Macau (CTM). Segundo os últimos contratos assinado entre as duas partes, em 2017, a CTM receberia até ao final deste ano aproximadamente 19 milhões de patacas.
Ainda em relação ao WiFi Go, o Governo lançou no mês passado o concurso público para a “operação e manutenção” do sistema entre 2020 e 2021. A data limite para a entrega de propostas foi o último dia do mês passado.
O serviço WiFi Go foi alvo de fortes críticas em 2017 por parte do Comissariado de Auditoria devido às dificuldades de acesso e também por ter havido serviços que chegaram a ser pagos, mas que nunca foram disponibilizados ao Governo. Na altura os CTT admitiram a hipótese de exigir uma compensação à CTM, mas depois defenderam que a mesma não deveria ser financeira.

11 Set 2019

Governo | Ho Iat Seng partiu para Pequim para receber diploma de indigitação

O futuro Chefe do Executivo garantiu ainda não ter feito nenhuma escolha sobre os secretários, mas defende que precisam de ter mais poderes para poderem exigir responsabilidades aos directores dos diferentes serviços

 

[dropcap]S[/dropcap]em qualquer escolha feita em relação aos secretários do seu futuro Governo, Ho Iat Seng partiu ontem de manhã para Pequim, onde vai encontrar-se com os responsáveis do Governo Central e receber o Decreto de Indigitação do Conselho de Estado. À partida garantiu que ainda não fez nenhuma escolha em relação aos nomes dos futuros secretários, mas defendeu que é preciso clarificar bem as competências de cada um e dar-lhes mais poderes.

“Ainda estou numa fase em que estou a ouvir opiniões [sobre a formação do Governo]. Não tomei nenhuma decisão concreta. […] Primeiro vão ser escolhidos os secretários e depois de estarem definidos vai pensar-se nos directores dos serviços. É a ordem natural dos trabalhos”, afirmou Ho Iat Seng, que apontou a segunda quinzena de Outubro como data provável para a decisão.

O próximo líder do Governo explicou também alguns dos critérios que vão ser utilizados na escolha, não só dos secretários, mas também dos directores dos serviços: “Primeiro, é preciso integridade e capacidade de executar o trabalho. É igualmente um requisito mínimo saber liderar os directores dos serviços. Também é importante que seja uma pessoa com as portas abertas e que saiba ouvir a população”, revelou. “E claro que o Amor à Pátria e a Macau é um critério óbvio, por isso nem preciso de referi-lo. É natural que não peça a uma pessoa que não ame a Pátria nem Macau que seja secretário”, acrescentou.

Ho recusou igualmente fazer alterações nas pastas governativas só pela vontade de mudar: “Vou fazer uma análise de cada situação concreta e depois os devidos ajustamentos. Mas não vamos usar a palavra reforma”, indicou.

Foi quando comentava as queixas dos secretários sobre as dificuldades de “fazer melhor” que o futuro líder do Governo mencionou a necessidade de definir melhor as competências destes titulares. “Todos os secretários foram pessoas empenhadas. […] Acho que os problemas que enfrentam estão relacionadas com o sistema que foi introduzido há 30 anos pela Administração Portuguesa”, vincou. “Os secretários não têm competências muito bem definidas, precisam de uma lei clara. Só assim é que vão conseguir liderar os directores dos serviços […] Actualmente os directores de serviços têm muita responsabilidade. […] As dificuldades não são uma questão das pessoas que ocupam os cargos, mas do sistema”, sustentou.

Sem ansiedade

Ho Iat Seng partiu para Pequim, onde deverá ter encontros com o Presidente Xi Jinping e o primeiro-Ministro Li Keqiang. Ontem, o futuro Chefe do Executivo admitiu que ainda não sabia bem os pormenores do encontro: “O costume é sermos apenas informados quando chegamos a Pequim”, reconheceu. Ho recusou sentir-se ansioso: “Sinto-me normal, não posso dizer que esteja ansioso”, respondeu, depois de ser sido questionado sobre o seu estado de espírito.

Ho vai ter a oportunidade estar com o Presidente Xi, que na semana passada fez um discurso em que mencionou Macau como um desafio, ao nível de Hong Kong e Taiwan. Em relação a este assunto, o futuro Chefe do Executivo desvalorizou a menção a Macau, mas disse que se for questionado pelo Governo Central vai falar de factos: “Quando o Presidente mencionou Macau, aquilo foi uma parte do discurso. Não foi o conteúdo principal. Se tiver a oportunidade de falar sobre isso e se me perguntarem qual é a situação de Macau vou falar dos factos que podem ser constatados […] Mas os dirigentes do Interior da China estão muito bem informados sobre o que se passa em Macau e não precisam que seja eu a fazer o relatório da situação”, disse.

Porém, o futuro líder do Executivo espera que os encontros foquem as suas prioridades para a RAEM: “Acho que os dirigentes não querem falar do que foi feito. Preferem saber as minhas prioridades, entre as quais vou mencionar a habitação e os transportes”, confessou.

Já sobre o processo de deixar de ter o seu nome nas diferentes empresas a que está ligado, Ho afirmou estar a tratar do problema de forma “gradual”, mas que é um processo “complexo” e “demorado”.

 

Lei Básica está a ser bem concretizada

O futuro Chefe do Executivo foi questionado sobre o caso dos dois alunos do Instituto de Formação Turística que estão a ser investigados, após terem exibido cartazes pró-manifestantes de Hong Kong, e considerou que existe liberdade de expressão na RAEM. “A Lei Básica de Macau está bem concretizada, aplicada e os direitos dos residentes são protegidos de acordo com a Lei Básica. Não acho que haja um conflito em relação a esse caso. Todas as pessoas têm a oportunidade e liberdade de manifestarem a sua opinião”, afirmou. Ho Iat Seng negou ainda que haja restrição ao Direito de Manifestação, depois do Corpo de Polícia de Segurança Pública ter considerada ilegal uma manifestação que visava condenar as acções das autoridades de Hong Kong. Ho justificou que as pessoas podem sempre recorrer aos tribunais, caso sintam que os seus direitos estão a ser prejudicados: “A polícia teve uma decisão com base na segurança e ordem pública. Em Macau os cidadãos podem ponderar as decisões e se sentirem que os seus direitos foram violados podem recorrer aos tribunais. Acreditamos na Justiça dos tribunais”, vincou.

11 Set 2019

Governo | Ho Iat Seng partiu para Pequim para receber diploma de indigitação

O futuro Chefe do Executivo garantiu ainda não ter feito nenhuma escolha sobre os secretários, mas defende que precisam de ter mais poderes para poderem exigir responsabilidades aos directores dos diferentes serviços

 
[dropcap]S[/dropcap]em qualquer escolha feita em relação aos secretários do seu futuro Governo, Ho Iat Seng partiu ontem de manhã para Pequim, onde vai encontrar-se com os responsáveis do Governo Central e receber o Decreto de Indigitação do Conselho de Estado. À partida garantiu que ainda não fez nenhuma escolha em relação aos nomes dos futuros secretários, mas defendeu que é preciso clarificar bem as competências de cada um e dar-lhes mais poderes.
“Ainda estou numa fase em que estou a ouvir opiniões [sobre a formação do Governo]. Não tomei nenhuma decisão concreta. […] Primeiro vão ser escolhidos os secretários e depois de estarem definidos vai pensar-se nos directores dos serviços. É a ordem natural dos trabalhos”, afirmou Ho Iat Seng, que apontou a segunda quinzena de Outubro como data provável para a decisão.
O próximo líder do Governo explicou também alguns dos critérios que vão ser utilizados na escolha, não só dos secretários, mas também dos directores dos serviços: “Primeiro, é preciso integridade e capacidade de executar o trabalho. É igualmente um requisito mínimo saber liderar os directores dos serviços. Também é importante que seja uma pessoa com as portas abertas e que saiba ouvir a população”, revelou. “E claro que o Amor à Pátria e a Macau é um critério óbvio, por isso nem preciso de referi-lo. É natural que não peça a uma pessoa que não ame a Pátria nem Macau que seja secretário”, acrescentou.
Ho recusou igualmente fazer alterações nas pastas governativas só pela vontade de mudar: “Vou fazer uma análise de cada situação concreta e depois os devidos ajustamentos. Mas não vamos usar a palavra reforma”, indicou.
Foi quando comentava as queixas dos secretários sobre as dificuldades de “fazer melhor” que o futuro líder do Governo mencionou a necessidade de definir melhor as competências destes titulares. “Todos os secretários foram pessoas empenhadas. […] Acho que os problemas que enfrentam estão relacionadas com o sistema que foi introduzido há 30 anos pela Administração Portuguesa”, vincou. “Os secretários não têm competências muito bem definidas, precisam de uma lei clara. Só assim é que vão conseguir liderar os directores dos serviços […] Actualmente os directores de serviços têm muita responsabilidade. […] As dificuldades não são uma questão das pessoas que ocupam os cargos, mas do sistema”, sustentou.

Sem ansiedade

Ho Iat Seng partiu para Pequim, onde deverá ter encontros com o Presidente Xi Jinping e o primeiro-Ministro Li Keqiang. Ontem, o futuro Chefe do Executivo admitiu que ainda não sabia bem os pormenores do encontro: “O costume é sermos apenas informados quando chegamos a Pequim”, reconheceu. Ho recusou sentir-se ansioso: “Sinto-me normal, não posso dizer que esteja ansioso”, respondeu, depois de ser sido questionado sobre o seu estado de espírito.
Ho vai ter a oportunidade estar com o Presidente Xi, que na semana passada fez um discurso em que mencionou Macau como um desafio, ao nível de Hong Kong e Taiwan. Em relação a este assunto, o futuro Chefe do Executivo desvalorizou a menção a Macau, mas disse que se for questionado pelo Governo Central vai falar de factos: “Quando o Presidente mencionou Macau, aquilo foi uma parte do discurso. Não foi o conteúdo principal. Se tiver a oportunidade de falar sobre isso e se me perguntarem qual é a situação de Macau vou falar dos factos que podem ser constatados […] Mas os dirigentes do Interior da China estão muito bem informados sobre o que se passa em Macau e não precisam que seja eu a fazer o relatório da situação”, disse.
Porém, o futuro líder do Executivo espera que os encontros foquem as suas prioridades para a RAEM: “Acho que os dirigentes não querem falar do que foi feito. Preferem saber as minhas prioridades, entre as quais vou mencionar a habitação e os transportes”, confessou.
Já sobre o processo de deixar de ter o seu nome nas diferentes empresas a que está ligado, Ho afirmou estar a tratar do problema de forma “gradual”, mas que é um processo “complexo” e “demorado”.
 

Lei Básica está a ser bem concretizada

O futuro Chefe do Executivo foi questionado sobre o caso dos dois alunos do Instituto de Formação Turística que estão a ser investigados, após terem exibido cartazes pró-manifestantes de Hong Kong, e considerou que existe liberdade de expressão na RAEM. “A Lei Básica de Macau está bem concretizada, aplicada e os direitos dos residentes são protegidos de acordo com a Lei Básica. Não acho que haja um conflito em relação a esse caso. Todas as pessoas têm a oportunidade e liberdade de manifestarem a sua opinião”, afirmou. Ho Iat Seng negou ainda que haja restrição ao Direito de Manifestação, depois do Corpo de Polícia de Segurança Pública ter considerada ilegal uma manifestação que visava condenar as acções das autoridades de Hong Kong. Ho justificou que as pessoas podem sempre recorrer aos tribunais, caso sintam que os seus direitos estão a ser prejudicados: “A polícia teve uma decisão com base na segurança e ordem pública. Em Macau os cidadãos podem ponderar as decisões e se sentirem que os seus direitos foram violados podem recorrer aos tribunais. Acreditamos na Justiça dos tribunais”, vincou.

11 Set 2019

Carrie Lam diz que interferência dos EUA nos assuntos de Hong Kong é “extremamente inapropriada”

[dropcap]A[/dropcap] líder do Governo de Hong Kong disse hoje que a interferência dos Estados Unidos nos assuntos internos da cidade é “extremamente inapropriada” e que qualquer ingerência ameaça os interesses económicos que ambos partilham.

“É extremamente inapropriado um país interferir nos assuntos de Hong Kong”, afirmou Carrie Lam, em conferência de imprensa no Conselho Legislativo, o parlamento de Hong Kong, antes da reunião semanal com o seu conselho executivo.

“Espero que ninguém em Hong Kong se mobilize para pedir aos Estados Unidos que adoptem essa lei”, acrescentou, referindo-se às centenas de milhares de manifestantes pró-democracia que se instalaram, no domingo, à frente do consulado norte-americano em Hong Kong para apelarem ao congresso dos Estados Unidos a aprovação de uma lei que exige que Washington certifique anualmente que a cidade asiática permanece com um alto grau de autonomia em relação à China continental.

Se Washington concluir que o grau de autonomia está ameaçado, a cidade pode perder alguns privilégios comerciais com os Estados Unidos. Mais de 1.000 empresas norte-americanas estão em Hong Kong e desfrutam de benefícios do “relacionamento bilateral positivo”, afirmou Carrie Lam.

“Quaisquer acordos que temos, ou quaisquer disposições específicas aplicadas a Hong Kong, dos norte-americanos, não são exclusivamente para o benefício de Hong Kong”, reiterou.

Outros dos aspectos da proposta de lei é a possibilidade de congelar activos nos EUA e a proibição de entrar no país aos titulares de cargos governativos de Hong Kong que reprimam a democracia, os direitos humanos ou as liberdades dos cidadãos.

Esta lei foi proposta pela primeira vez em 2015 e retomada em 13 de Junho pelo senador republicano Marco Rubio e o congressista democrata Jim McGovern, para reafirmar que os Estados Unidos continuam “comprometidos com a democracia, com os direitos humanos (…) no momento em que estas liberdades e autonomia em Hong Kong estão a ser corridas”.

Na segunda-feira, milhares de estudantes formaram um cordão humano em várias escolas de Hong Kong em solidariedade para com os manifestantes pró-democracia, após mais um fim de semana marcado por violentos confrontos.

O protesto silencioso dos estudantes foi promovido após o Governo de Hong Kong condenar o “comportamento ilegal de manifestantes radicais” e alertar os governos estrangeiros a “não interferirem de forma alguma nos assuntos internos” da região administrativa especial chinesa.
Milhares de manifestantes promoveram uma marcha pacífica no domingo até ao Consulado dos EUA para pedirem o apoio de Washington, mas a violência, à semelhança do que aconteceu ao longo de todo o verão, acabou por eclodir mais tarde.

Alguns jovens vandalizaram estações de metro, foram responsáveis por vários focos de incêndio no centro da cidade e bloquearam o tráfego, levando a polícia a disparar gás lacrimogéneo e a realizar cargas policiais para dispersar os manifestantes.

O Governo de Hong Kong anunciou na semana passada a retirada formal das emendas à polémica lei da extradição que esteve na base da contestação social desde o início de Junho.

Contudo, os manifestantes continuam a exigir que o Governo responda a quatro outras reivindicações: a libertação dos manifestantes detidos, que as acções dos protestos não sejam identificadas como motins, um inquérito independente à violência policial e, finalmente, a demissão da chefe de Governo e consequente eleição por sufrágio universal para este cargo e para o Conselho Legislativo, o parlamento de Hong Kong.

10 Set 2019

Trânsito | Condutora sem carta na origem de acidente em Coloane

Inicialmente o único passageiro masculino do veículo acidentado afirmou estar ao volante na altura do despiste, mas depois das investigações, e do recurso às imagens de videovigilância, as autoridades concluíram que era uma das mulheres que conduzia a viatura

 

[dropcap]Q[/dropcap]uatro pessoas foram ontem transportadas para o Hospital Conde São Januário, depois de um acidente de viação em Coloane, por volta das 07h00. Entre as vítimas uma mulher encontrava-se ontem em estado mais grave. Na origem do infortúnio terá estado o facto da condutora não ter carta de condução e circular em velocidade excessiva, o que terá impedido que tenha conseguido fazer a curva. Como resultado o carro acabou por capotar e os quatro passageiros, três mulheres e um homem, todos com cerca de 20 anos, tiveram de ser transportados para o hospital.

Segundo as informações disponibilizadas ao HM pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), quando as autoridades tentaram apurar a causa do acidente foram informadas, por três das quatro pessoas que circulavam no carro, que era o homem que se encontrava a conduzir a viatura. Uma das mulheres não foi ouvida, uma vez que se encontrava alcoolizada e a dormir na altura do embate.

De acordo com as declarações do homem, o acidente teria sido motivado por um animal que teria atravessado a estrada, momentos antes do despiste. Para evitar o embate, o condutor teria sido forçado a desviar-se o que teria causado o acidente e a capotagem.

Outra história

Contudo, a versão das três pessoas não coincide com a investigação da polícia. Segundo foi possível apurar pelos testes e pelo recurso às imagens de videovigilância, que permitem controlar o trânsito na zona, seria uma das mulheres que estava ao volante. A mulher em causa não terá carta de condução e terá sido por esse motivo que o homem em questão se deu como condutor, para evitar uma eventual penalização.

Sobre este aspecto, o CPSP vai continuar as investigações e não afasta o cenário das três pessoas envolvidas na versão de que era o homem que se encontrava ao volante serem penalizadas ou responsabilizadas criminalmente.

Segundo o que foi possível apurar, a polícia não consegue confirmar se efectivamente terá havido um animal a atravessar-se à frente da viatura, mas suspeita que o acidente se tenha mesmo ficado a dever ao facto de o carro circular em excesso de velocidade.

Em relação aos envolvidos, ontem ao final da tarde dois já tinham tido alta médica e uma vítima mais grave ainda estava a ser observada.

10 Set 2019

Trânsito | Condutora sem carta na origem de acidente em Coloane

Inicialmente o único passageiro masculino do veículo acidentado afirmou estar ao volante na altura do despiste, mas depois das investigações, e do recurso às imagens de videovigilância, as autoridades concluíram que era uma das mulheres que conduzia a viatura

 
[dropcap]Q[/dropcap]uatro pessoas foram ontem transportadas para o Hospital Conde São Januário, depois de um acidente de viação em Coloane, por volta das 07h00. Entre as vítimas uma mulher encontrava-se ontem em estado mais grave. Na origem do infortúnio terá estado o facto da condutora não ter carta de condução e circular em velocidade excessiva, o que terá impedido que tenha conseguido fazer a curva. Como resultado o carro acabou por capotar e os quatro passageiros, três mulheres e um homem, todos com cerca de 20 anos, tiveram de ser transportados para o hospital.
Segundo as informações disponibilizadas ao HM pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), quando as autoridades tentaram apurar a causa do acidente foram informadas, por três das quatro pessoas que circulavam no carro, que era o homem que se encontrava a conduzir a viatura. Uma das mulheres não foi ouvida, uma vez que se encontrava alcoolizada e a dormir na altura do embate.
De acordo com as declarações do homem, o acidente teria sido motivado por um animal que teria atravessado a estrada, momentos antes do despiste. Para evitar o embate, o condutor teria sido forçado a desviar-se o que teria causado o acidente e a capotagem.

Outra história

Contudo, a versão das três pessoas não coincide com a investigação da polícia. Segundo foi possível apurar pelos testes e pelo recurso às imagens de videovigilância, que permitem controlar o trânsito na zona, seria uma das mulheres que estava ao volante. A mulher em causa não terá carta de condução e terá sido por esse motivo que o homem em questão se deu como condutor, para evitar uma eventual penalização.
Sobre este aspecto, o CPSP vai continuar as investigações e não afasta o cenário das três pessoas envolvidas na versão de que era o homem que se encontrava ao volante serem penalizadas ou responsabilizadas criminalmente.
Segundo o que foi possível apurar, a polícia não consegue confirmar se efectivamente terá havido um animal a atravessar-se à frente da viatura, mas suspeita que o acidente se tenha mesmo ficado a dever ao facto de o carro circular em excesso de velocidade.
Em relação aos envolvidos, ontem ao final da tarde dois já tinham tido alta médica e uma vítima mais grave ainda estava a ser observada.

10 Set 2019

Estudo | Segmento “Premium” representa 70% das receitas do jogo

A economia de Macau é sustentada por cerca de 400 mil jogadores VIP e grandes apostadores “Premium” do segmento de massas, totalizando 70 por cento das receitas da indústria do jogo. A conclusão consta de uma investigação da consultora Bernstein

 

[dropcap]O[/dropcap] ganha-pão de Macau e a força motriz da prosperidade do território está na mão de um grupo de jogadores VIP e Premium do sector de massas, entre 300 mil e 400 mil apostadores, que totalizaram cerca de 70 por cento das receitas apuradas em 2018 pela indústria do jogo de Macau. A conclusão consta de um estudo da consultora Bernstein intitulado “O crescimento do jogo chinês: a breve história e um vislumbre do futuro de Macau”.

A pesquisa destaca a importância crescente de grandes apostadores, em particular dos apostadores “Premium” do segmento de massas, um fragmento do mercado que demonstra, de acordo com a Bernstein, tendência para crescer a longo-prazo e demonstra grande propensão para viajar.

Os números adiantados pelo estudo revelam que os apostadores “Premium” contribuíram com 212 mil milhões de patacas para as receitas da indústria do jogo no ano passado, apesar de representarem apenas 1 por cento dos 35,8 milhões de turistas que visitaram Macau em 2018.

De acordo com os dados oficiais divulgados pela Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), as receitas geradas pelo jogo VIP em 2018 cresceram 9,3 por cento, para 166,097 mil milhões de patacas, contribuindo para mais de metade do total arrecadado pelos casinos de Macau. Importa salientar que estes valores não incluem os jogadores “Premium” do sector de massas, que a consultora acrescenta no estudo.

A tendência de crescimento é algo que salta à vista nos valores divulgados pela DICJ. No ano passado as receitas angariadas nas salas de grandes apostas registaram um aumento de 15,424 mil milhões de patacas, em relação a 2017, cujo valor das grandes apostas tinha sido de 150,673 mil milhões de patacas.

Ganha pão do Norte

“É evidente que os consumidores “Premium” são fundamentais para o crescimento a longo-prazo de Macau. São mais abastados, gastam mais e regressam com maior frequência. Além disso, é um segmento demográfico que está a aumentar”, refere o estudo assinado pelos analistas Vitaly Umansky e Eunice Lee.

Outra das conclusões retiradas do estudo da Bernstein aponta que no ano passado estes 400 mil grandes apostadores visitaram Macau, em média, quatro vezes.

No que diz respeito à proveniência deste nicho de mercado, a Bernstein traça um cenário de expansão territorial. “É provável que as maiores oportunidades de crescimento se foquem numa pequena extensão geográfica. Enquanto esperamos que Guangdong continue a ser a província que mais contribui, projectamos que Shandong, Jiangsu, Zhejiang, Xangai, Hunan e Henan consigam crescer significativamente. Estas regiões vão ser de uma importância vital para o futuro crescimento do segmento das apostas ‘Premium’”.

10 Set 2019

Estudo | Segmento “Premium” representa 70% das receitas do jogo

A economia de Macau é sustentada por cerca de 400 mil jogadores VIP e grandes apostadores “Premium” do segmento de massas, totalizando 70 por cento das receitas da indústria do jogo. A conclusão consta de uma investigação da consultora Bernstein

 
[dropcap]O[/dropcap] ganha-pão de Macau e a força motriz da prosperidade do território está na mão de um grupo de jogadores VIP e Premium do sector de massas, entre 300 mil e 400 mil apostadores, que totalizaram cerca de 70 por cento das receitas apuradas em 2018 pela indústria do jogo de Macau. A conclusão consta de um estudo da consultora Bernstein intitulado “O crescimento do jogo chinês: a breve história e um vislumbre do futuro de Macau”.
A pesquisa destaca a importância crescente de grandes apostadores, em particular dos apostadores “Premium” do segmento de massas, um fragmento do mercado que demonstra, de acordo com a Bernstein, tendência para crescer a longo-prazo e demonstra grande propensão para viajar.
Os números adiantados pelo estudo revelam que os apostadores “Premium” contribuíram com 212 mil milhões de patacas para as receitas da indústria do jogo no ano passado, apesar de representarem apenas 1 por cento dos 35,8 milhões de turistas que visitaram Macau em 2018.
De acordo com os dados oficiais divulgados pela Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), as receitas geradas pelo jogo VIP em 2018 cresceram 9,3 por cento, para 166,097 mil milhões de patacas, contribuindo para mais de metade do total arrecadado pelos casinos de Macau. Importa salientar que estes valores não incluem os jogadores “Premium” do sector de massas, que a consultora acrescenta no estudo.
A tendência de crescimento é algo que salta à vista nos valores divulgados pela DICJ. No ano passado as receitas angariadas nas salas de grandes apostas registaram um aumento de 15,424 mil milhões de patacas, em relação a 2017, cujo valor das grandes apostas tinha sido de 150,673 mil milhões de patacas.

Ganha pão do Norte

“É evidente que os consumidores “Premium” são fundamentais para o crescimento a longo-prazo de Macau. São mais abastados, gastam mais e regressam com maior frequência. Além disso, é um segmento demográfico que está a aumentar”, refere o estudo assinado pelos analistas Vitaly Umansky e Eunice Lee.
Outra das conclusões retiradas do estudo da Bernstein aponta que no ano passado estes 400 mil grandes apostadores visitaram Macau, em média, quatro vezes.
No que diz respeito à proveniência deste nicho de mercado, a Bernstein traça um cenário de expansão territorial. “É provável que as maiores oportunidades de crescimento se foquem numa pequena extensão geográfica. Enquanto esperamos que Guangdong continue a ser a província que mais contribui, projectamos que Shandong, Jiangsu, Zhejiang, Xangai, Hunan e Henan consigam crescer significativamente. Estas regiões vão ser de uma importância vital para o futuro crescimento do segmento das apostas ‘Premium’”.

10 Set 2019

SAFP | CA refuta declarações de Kou Peng Kuan e fala em “falta de respeito”

Hou Veng On, comissário da Auditoria, reagiu às recentes declarações do director dos Serviços de Administração e Função Pública. Kou Peng Kuan negou algumas críticas feitas ao funcionamento do recrutamento centralizado, quando, em resposta ao Comissariado de Auditoria, disse concordar com as conclusões. O organismo diz que os SAFP “não cumprem os padrões de ética” do funcionalismo público

 

[dropcap]O[/dropcap] Comissariado de Auditoria (CA) reagiu ontem às declarações proferidas por Kou Peng Kuan, director dos Serviços de Administração e Função Pública (SAFP), após a divulgação do relatório que arrasa o funcionamento do regime de recrutamento centralizado na Administração.

Em comunicado oficial, o CA recorda que a resposta oficial dos SAFP, constante no relatório, não está de acordo com o que Kou Peng Kuan disse posteriormente aos jornalistas, o que revela uma “falta de respeito”.

“Ao tomar conhecimento das notícias que têm vindo a público sobre este assunto, constatou-se que a Direcção de serviços em causa optou por contrariar factos de importância reduzida referidos no relatório. Tal atitude revela que essa Direcção de serviços não cumpre com os padrões de ética da Administração Pública e, bem assim, revela falta de capacidade de corrigir os erros apontados.”

O CA argumentou ainda que “depois da publicação do relatório, o dirigente do SAFP contestou publicamente as opiniões da auditoria e manifestou a sua discordância quanto ao teor do relatório. As suas afirmações contraditam o que foi escrito na resposta ao relatório, demonstrando falta de respeito pelas opiniões expressas pelos serviços interessados”.

O CA garante a total integridade do documento que foi divulgado na passada quarta-feira, referindo que “a recolha de provas foi feita através da análise dos documentos fornecidos pelo sujeito a auditoria (os SAFP) e através de reuniões com as chefias no sentido de assegurar que todas as verificações de auditoria sejam devidamente fundamentadas”.

Além disso, o relatório terá sido enviado aos SAFP aquando da sua conclusão, pelo que, “com base nesse procedimento, não é possível ao sujeito a auditoria ignorar ou ser apanhado desprevenido quanto aos critérios adoptados”.

Período errado

A título de exemplo, um dos pontos sobre os quais Kou Peng Kuan mostrou discordância prende-se com o facto do CA ter concluído que as direcções de serviços necessitaram de auxiliar os SAFP no processo de recrutamento centralizado de trabalhadores, quando esta era uma função exclusiva dos SAFP.

O CA garante que “um total de 18 dos 39 serviços interessados no recrutamento de pessoal corroboraram essa afirmação”, sendo que “a afirmação de que os ‘serviços tiveram que auxiliar o SAFP na prossecução das suas atribuições’ é corroborada por vários serviços”.

Em relação à afirmação do director dos SAFP de que “não se podia recusar a inscrição dos cidadãos nos concursos de recrutamento” e que “havia despesas que não podiam ser evitadas”, no relatório de auditoria revelou-se que, devido ao facto de a concepção do regime de recrutamento ter sido defeituosa, a maioria dos candidatos apresentaram mais de uma candidatura para as vagas postas a concurso, o que provocou um aumento drástico no número de candidaturas à segunda fase, fazendo com que os recursos investidos pelos serviços duplicassem.

O CA responde ainda às declarações relativas à plataforma electrónica, uma vez que o director dos SAFP afirmou que “não se podia recusar a inscrição dos cidadãos nos concursos de recrutamento” e que “havia despesas que não podiam ser evitadas”. Além disso, Kou Peng Kuan chegou a afirmar que seria normal a apresentação de várias candidaturas online. “Se existirem residentes que queiram apresentar a sua candidatura com uma maior urgência, acha que eles não vão escolher mais oito ou dez vagas?”, questionou.

Contudo, o CA alerta para o facto de esta plataforma electrónica ter contribuído para “uma duplicação dos trabalhos de verificação dos documentos dos candidatos” e ainda “no desperdício de recursos e de tempo”, uma vez que permitia, “através de um simples clique, apresentar a candidatura a todas as etapas de avaliação de competências profissionais ou funcionais”.

O CA conclui ainda que os SAFP “responderam às opiniões de auditoria baseando-se no Regime de 2017, algo que não fazia parte do âmbito do relatório de auditoria”.

10 Set 2019

SAFP | CA refuta declarações de Kou Peng Kuan e fala em “falta de respeito”

Hou Veng On, comissário da Auditoria, reagiu às recentes declarações do director dos Serviços de Administração e Função Pública. Kou Peng Kuan negou algumas críticas feitas ao funcionamento do recrutamento centralizado, quando, em resposta ao Comissariado de Auditoria, disse concordar com as conclusões. O organismo diz que os SAFP “não cumprem os padrões de ética” do funcionalismo público

 
[dropcap]O[/dropcap] Comissariado de Auditoria (CA) reagiu ontem às declarações proferidas por Kou Peng Kuan, director dos Serviços de Administração e Função Pública (SAFP), após a divulgação do relatório que arrasa o funcionamento do regime de recrutamento centralizado na Administração.
Em comunicado oficial, o CA recorda que a resposta oficial dos SAFP, constante no relatório, não está de acordo com o que Kou Peng Kuan disse posteriormente aos jornalistas, o que revela uma “falta de respeito”.
“Ao tomar conhecimento das notícias que têm vindo a público sobre este assunto, constatou-se que a Direcção de serviços em causa optou por contrariar factos de importância reduzida referidos no relatório. Tal atitude revela que essa Direcção de serviços não cumpre com os padrões de ética da Administração Pública e, bem assim, revela falta de capacidade de corrigir os erros apontados.”
O CA argumentou ainda que “depois da publicação do relatório, o dirigente do SAFP contestou publicamente as opiniões da auditoria e manifestou a sua discordância quanto ao teor do relatório. As suas afirmações contraditam o que foi escrito na resposta ao relatório, demonstrando falta de respeito pelas opiniões expressas pelos serviços interessados”.
O CA garante a total integridade do documento que foi divulgado na passada quarta-feira, referindo que “a recolha de provas foi feita através da análise dos documentos fornecidos pelo sujeito a auditoria (os SAFP) e através de reuniões com as chefias no sentido de assegurar que todas as verificações de auditoria sejam devidamente fundamentadas”.
Além disso, o relatório terá sido enviado aos SAFP aquando da sua conclusão, pelo que, “com base nesse procedimento, não é possível ao sujeito a auditoria ignorar ou ser apanhado desprevenido quanto aos critérios adoptados”.

Período errado

A título de exemplo, um dos pontos sobre os quais Kou Peng Kuan mostrou discordância prende-se com o facto do CA ter concluído que as direcções de serviços necessitaram de auxiliar os SAFP no processo de recrutamento centralizado de trabalhadores, quando esta era uma função exclusiva dos SAFP.
O CA garante que “um total de 18 dos 39 serviços interessados no recrutamento de pessoal corroboraram essa afirmação”, sendo que “a afirmação de que os ‘serviços tiveram que auxiliar o SAFP na prossecução das suas atribuições’ é corroborada por vários serviços”.
Em relação à afirmação do director dos SAFP de que “não se podia recusar a inscrição dos cidadãos nos concursos de recrutamento” e que “havia despesas que não podiam ser evitadas”, no relatório de auditoria revelou-se que, devido ao facto de a concepção do regime de recrutamento ter sido defeituosa, a maioria dos candidatos apresentaram mais de uma candidatura para as vagas postas a concurso, o que provocou um aumento drástico no número de candidaturas à segunda fase, fazendo com que os recursos investidos pelos serviços duplicassem.
O CA responde ainda às declarações relativas à plataforma electrónica, uma vez que o director dos SAFP afirmou que “não se podia recusar a inscrição dos cidadãos nos concursos de recrutamento” e que “havia despesas que não podiam ser evitadas”. Além disso, Kou Peng Kuan chegou a afirmar que seria normal a apresentação de várias candidaturas online. “Se existirem residentes que queiram apresentar a sua candidatura com uma maior urgência, acha que eles não vão escolher mais oito ou dez vagas?”, questionou.
Contudo, o CA alerta para o facto de esta plataforma electrónica ter contribuído para “uma duplicação dos trabalhos de verificação dos documentos dos candidatos” e ainda “no desperdício de recursos e de tempo”, uma vez que permitia, “através de um simples clique, apresentar a candidatura a todas as etapas de avaliação de competências profissionais ou funcionais”.
O CA conclui ainda que os SAFP “responderam às opiniões de auditoria baseando-se no Regime de 2017, algo que não fazia parte do âmbito do relatório de auditoria”.

10 Set 2019

Alunos de Hong Kong formam cordão humano solidário com movimento pró-democracia

[dropcap]M[/dropcap]ilhares de estudantes formaram hoje um cordão humano em várias escolas de Hong Kong em solidariedade para com os manifestantes pró-democracia, após mais um fim de semana marcado por violentos confrontos.

O protesto silencioso dos estudantes é promovido após o Governo de Hong Kong condenar o “comportamento ilegal de manifestantes radicais” e alertar os governos estrangeiros a “não interferirem de forma alguma nos assuntos internos” da região administrativa especial chinesa.

Milhares de manifestantes promoveram uma marcha pacífica no domingo até ao Consulado dos EUA para pedirem o apoio de Washington, mas a violência, à semelhança do que aconteceu ao longo de todo o verão, acabou por eclodir mais tarde.

Alguns jovens vandalizaram estações de metro, foram responsáveis por vários focos de incêndio no centro da cidade e bloquearam o tráfego, levando a polícia a disparar gás lacrimogéneo e a realizar cargas policiais para dispersar os manifestantes.

O Governo de Hong Kong anunciou na semana passada a retirada formal das emendas à polémica lei da extradição que esteve na base da contestação social desde o início de Junho.

Contudo, os manifestantes continuam a exigir que o Governo responda a quatro outras reivindicações: a libertação dos manifestantes detidos, que as acções dos protestos não sejam identificadas como motins, um inquérito independente à violência policial e, finalmente, a demissão da chefe de Governo e consequente eleição por sufrágio universal para este cargo e para o Conselho Legislativo.

Venezuela condena protestos

O Governo venezuelano condenou no domingo os protestos pró-democracia em Hong Kong, dizendo que foram promovidos por interesses estrangeiros, e solidarizou-se com a China e as suas instituições nos esforços para se garantir a tranquilidade pública.

“A República Bolivariana da Venezuela expressa o seu mais enérgico repúdio aos factos de violência que durante as últimas semanas se têm gerado na Região Administrativa Especial de Hong Kong, acontecimentos abertamente promovidos por interesses estrangeiros, com o objectivo de lesar a ordem interna, a segurança pública e a integridade territorial da República Popular da China”, explica-se no comunicado.

No documento, divulgado pelo Ministério de Relações Exteriores venezuelano explica-se que a Venezuela registou “eventos análogos induzidos a partir do estrangeiro no seu próprio território, durante os anos 2014 e 2017”, quando se verificaram grandes manifestações de contestação ao regime.

“A Venezuela alerta a comunidade internacional sobre a repetição em Hong Kong de um padrão semelhante, que se executa através da promoção de manifestações violentas e actos de vandalismo que atentam contra a vida, a estabilidade e os bens públicos e privados, pretendendo alterar a paz e as leis da República Popular da China”, afirma-se.

No documento pode ainda ler-se que o Governo venezuelano “se solidariza com o povo chinês e as suas instituições, e apoia os esforços que as autoridades nacionais e locais realizam para manter a tranquilidade pública e a paz, com a certeza de que uma vez mais triunfará a unidade, o patriotismo e a dignidade da grande nação chinesa, contras as ambições imperialistas de ontem e de hoje”.

9 Set 2019

Violência doméstica | Defesa pediu “pena máxima” para agressor de Lao Mong Ieng

A advogada de Lao Mong Ieng, mulher que ficou desfigurada em Julho de 2018 após um ataque com óleo a ferver e ácido, pediu a condenação do marido com pena máxima, que pode chegar aos 13 anos. Arguido pediu “desculpa à sociedade”

 

[dropcap]A[/dropcap] defesa da mulher ficou desfigurada em 2018 após um ataque com óleo a ferver e ácido quer que o marido seja punido com uma pena de 13 anos, ou seja o castigo máximo para a prática do crime de ofensa grave à integridade física. Foi na sexta-feira, durante a sessão para as alegações finais, que a representante de Lao Mong Ieng sublinhou a crueldade do marido da vítima, Wong Chi Kit, e sustentou que este nunca pediu desculpas nem à esposa nem ao filho.

“Já passou mais de um ano [após o ataque] e o arguido ainda não pediu desculpa, directa ou indirectamente, mesmo depois de ter visto como ficou o rosto da ofendida. A forma como agiu foi planeada e muito cruel”, afirmou Cheong Lai Wa, advogada da vítima. “Pedimos que seja condenado pelo crime de que está acusado [ofensa grave á integridade física] e com pena máxima”, acrescentou.

Ao mesmo tempo, a advogada apontou para o facto de ter havido um planeamento no ataque, que se ficou a dever ao desejo de vingança face ao pedido de divórcio da vítima. “Ligou o exaustor para enganar a ofendida e levá-la a pensar que estava a fumar dentro de casa. Até o arguido admitiu que não houve nenhum discussão grande nessa noite que motivasse o ataque”, indicou a advogada de acusação. Depois frisou a crueldade do ataque: “Apesar dos gritos da ofendida, depois do ataque com óleo, não só não lhe prestou auxílio como ainda atirou um copo com ácido. Mesmo quando a arguida já não se conseguia defender, porque os olhos já tinham sido atingido pelo óleo”, apontou.

Cheong Lai Wa criticou ainda a postura de Wong Chi Kit, face à ausência de um pedido de desculpas: “A conduta do arguido é absolutamente inaceitável à luz da lei e dos tribunais. E o que nos chocou foi a atitude tanto na prisão como no julgamento”, afirmou.

A “habitual justiça”

Por sua vez, o defensor do arguido, Lo Wang On, pediu ao tribunal a “habitual justiça” e que na decisão dos três juízes fosse tido em conta que o arguido não tem antecedentes criminais e que não mostrou a intenção de se vingar do facto da esposa pretender o divórcio.

“O arguido confessou os factos. Há que ter em conta que negou sempre que o ataque se tenha ficado a dever ao pedido de divórcio e ao facto da ofendida ir sair de casa. Ele já sabia desde Dezembro de 2017 que havia um acordo para o divórcio. Se quisesse vingar-se não precisava de esperar pela data do ataque”, sustentou.

A defesa voltou ainda a insistir que o arguido tentou contactar a polícia e que após o ataque perseguiu a vítima de casa, na tentativa de evitar que a mesma saltasse da janela.

A sessão ficou ainda marcada pelas breves palavras do agressor, que agradeceu e pediu desculpa à sociedade. Ao mesmo tempo, comprometeu-se a arranjar uma forma de pagar a indemnização pedida pela vítima, cujo valor nenhum dos envolvidos quis ainda revelar. Contudo, este deverá ser um montante muito superior ao normalmente praticado nos tribunais de Macau.

Já o Ministério Público (MP) pediu uma pena “severa” para Wong Chi Kit, que já se encontra em prisão preventiva. A representante do MP acusou mesmo o arguido de ter feito depoimentos contraditórios antes e durante o julgamento, principalmente quando negou ter planeado o ataque. “Disse que quando colocou o óleo a aquecer que não tinha intenção de atacar a ofendida e que pretendia comer dumplings. Há contradições entre o que disse no julgamento e antes”, foi apontado.

“Colocou o óleo a ferver de forma dolosa, porque queria queimar o corpo da vítima. Não estava a cozinhar”, apontou o MP. “Atirou o copo com ácido à ofendida, mesmo quando ela já estava a sofrer com dores, depois do primeiro ataque com óleo. A conduta do arguido foi cruel para a ofendida”, acrescentou. A leitura da sentença ficou marcada para 10 de Outubro, uma quinta-feira, pelas 15h30.

9 Set 2019

Violência doméstica | Defesa pediu “pena máxima” para agressor de Lao Mong Ieng

A advogada de Lao Mong Ieng, mulher que ficou desfigurada em Julho de 2018 após um ataque com óleo a ferver e ácido, pediu a condenação do marido com pena máxima, que pode chegar aos 13 anos. Arguido pediu “desculpa à sociedade”

 
[dropcap]A[/dropcap] defesa da mulher ficou desfigurada em 2018 após um ataque com óleo a ferver e ácido quer que o marido seja punido com uma pena de 13 anos, ou seja o castigo máximo para a prática do crime de ofensa grave à integridade física. Foi na sexta-feira, durante a sessão para as alegações finais, que a representante de Lao Mong Ieng sublinhou a crueldade do marido da vítima, Wong Chi Kit, e sustentou que este nunca pediu desculpas nem à esposa nem ao filho.
“Já passou mais de um ano [após o ataque] e o arguido ainda não pediu desculpa, directa ou indirectamente, mesmo depois de ter visto como ficou o rosto da ofendida. A forma como agiu foi planeada e muito cruel”, afirmou Cheong Lai Wa, advogada da vítima. “Pedimos que seja condenado pelo crime de que está acusado [ofensa grave á integridade física] e com pena máxima”, acrescentou.
Ao mesmo tempo, a advogada apontou para o facto de ter havido um planeamento no ataque, que se ficou a dever ao desejo de vingança face ao pedido de divórcio da vítima. “Ligou o exaustor para enganar a ofendida e levá-la a pensar que estava a fumar dentro de casa. Até o arguido admitiu que não houve nenhum discussão grande nessa noite que motivasse o ataque”, indicou a advogada de acusação. Depois frisou a crueldade do ataque: “Apesar dos gritos da ofendida, depois do ataque com óleo, não só não lhe prestou auxílio como ainda atirou um copo com ácido. Mesmo quando a arguida já não se conseguia defender, porque os olhos já tinham sido atingido pelo óleo”, apontou.
Cheong Lai Wa criticou ainda a postura de Wong Chi Kit, face à ausência de um pedido de desculpas: “A conduta do arguido é absolutamente inaceitável à luz da lei e dos tribunais. E o que nos chocou foi a atitude tanto na prisão como no julgamento”, afirmou.

A “habitual justiça”

Por sua vez, o defensor do arguido, Lo Wang On, pediu ao tribunal a “habitual justiça” e que na decisão dos três juízes fosse tido em conta que o arguido não tem antecedentes criminais e que não mostrou a intenção de se vingar do facto da esposa pretender o divórcio.
“O arguido confessou os factos. Há que ter em conta que negou sempre que o ataque se tenha ficado a dever ao pedido de divórcio e ao facto da ofendida ir sair de casa. Ele já sabia desde Dezembro de 2017 que havia um acordo para o divórcio. Se quisesse vingar-se não precisava de esperar pela data do ataque”, sustentou.
A defesa voltou ainda a insistir que o arguido tentou contactar a polícia e que após o ataque perseguiu a vítima de casa, na tentativa de evitar que a mesma saltasse da janela.
A sessão ficou ainda marcada pelas breves palavras do agressor, que agradeceu e pediu desculpa à sociedade. Ao mesmo tempo, comprometeu-se a arranjar uma forma de pagar a indemnização pedida pela vítima, cujo valor nenhum dos envolvidos quis ainda revelar. Contudo, este deverá ser um montante muito superior ao normalmente praticado nos tribunais de Macau.
Já o Ministério Público (MP) pediu uma pena “severa” para Wong Chi Kit, que já se encontra em prisão preventiva. A representante do MP acusou mesmo o arguido de ter feito depoimentos contraditórios antes e durante o julgamento, principalmente quando negou ter planeado o ataque. “Disse que quando colocou o óleo a aquecer que não tinha intenção de atacar a ofendida e que pretendia comer dumplings. Há contradições entre o que disse no julgamento e antes”, foi apontado.
“Colocou o óleo a ferver de forma dolosa, porque queria queimar o corpo da vítima. Não estava a cozinhar”, apontou o MP. “Atirou o copo com ácido à ofendida, mesmo quando ela já estava a sofrer com dores, depois do primeiro ataque com óleo. A conduta do arguido foi cruel para a ofendida”, acrescentou. A leitura da sentença ficou marcada para 10 de Outubro, uma quinta-feira, pelas 15h30.

9 Set 2019

ONU | Pansy Ho vai a Genebra defender o Governo de Carrie Lam

Pansy Ho vai amanhã defender Pequim e o Governo de Hong Kong na reunião do Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas em Genebra. A par de Annie Wu, filha do fundador do grupo Maxim, a empresária é uma das personalidades que, ao serviço de Pequim, procura mudar a perspectiva internacional quanto aos protestos na região vizinha

 

Com agencias

[dropcap]U[/dropcap]m pequeno grupo de manifestantes radicais não representa os cerca de 7,5 milhões de hongkongers. Esta é a principal mensagem que Pansy Ho, magnata do grupo SJM, leva amanhã, 10 de Setembro, a Genebra para a reunião do Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas.

Hoje começa a 42.ª sessão do Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU) na cidade suíça que irá prolongar-se até ao dia 27 de Setembro. Como não poderia deixar de ser, um dos assuntos quentes da sessão é o caos político em que Hong Kong está mergulhada nos últimos meses.

Dois trunfos femininos do Governo de Carrie Lam, e de Pequim, discursam em Genebra. A visão do sistema será defendida perante o Conselho dos Direitos Humanos por duas poderosas herdeiras. Pansy Ho, filha de Stanley Ho e Annie Wu, filha do fundador do grupo de catering Maxim, James Tak Wu. Recorde-se que a empresário do universo da SJM é, desde 2018, embaixadora da Organização Mundial do Turismo, agência especializada da ONU.

As empresárias vão discursar amanhã em nome da Federação das Mulheres de Hong Kong, uma organização pró-governo. Entretanto, o portal do Conselho dos Direitos Humanos da ONU divulgou a cópia do discurso que as empresárias vão fazer. “A perspectiva de um pequeno grupo radical de manifestantes não representa a visão dos 7,5 milhões de cidadãos de Hong Kong. Os sistemáticos e calculados actos desde grupo nunca foram aprovados pelos hongkongers”, lê-se no discurso, citado pelo South China Morning Post.

Depois da cedência do Governo de Carrie Lam, que desistiu definitivamente da polémica proposta de lei da extradição, uma das reivindicações dos protestantes, Pansy Ho apresenta o contexto oficial à ONU. A empresária descreve a lei como “bem-intencionada”, mas foi tirada do contexto pelos manifestantes radicais que a usaram como “propaganda para minar a autoridade do Executivo de Hong Kong na protecção dos direitos de uma residente” que foi assassinada. A referência diz respeito ao homicídio de uma jovem pelo seu namorado quando o casal se encontrava de férias em Taipé. O suspeito fugiu para Hong Kong depois de alegadamente ter cometido o crime, facto que na ausência de uma lei de extradição impediu o julgamento tanto em Taiwan, como em Hong Kong.

Causa e efeito

O discurso de Ho também menciona, de acordo com o South China Morning Post, o impacto negativo que os protestos estão a ter na economia da RAEHK e na subsistência dos residentes, ao mesmo tempo que defende a actuação da polícia. “Gás lacrimogéneo e balas de borracha são armas usadas por autoridades policiais de todo o mundo, não são um exclusivo da polícia de Hong Kong”, refere Pansy Ho no discurso, acrescentando que “usados de acordo com as regras de procedimento, são uma forma eficiente de distanciar a polícia e os manifestantes e evitar proximidade física que pode resultar em ferimentos”.

Importa referir que ambas as herdeiras de impérios empresariais nas duas regiões administrativas especiais têm ligações ao aparelho de Estado, enquanto membros da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês.

Apesar de não ser claro que o discurso foi aprovado directamente pelo Partido Comunista Chinês, a sua mensagem alinha-se na perfeição com a retórica usada por Pequim.

Palavras feias e más

O embaixador chinês para as Nações Unidas, Chen Xu, disse na passada sexta-feira que a China está preparada para a “retórica indesejada e não solicitada” em relação à situação política de Hong Kong e aos centros de detenção da região de Xinjiang. O diplomata que representa Pequim em Genebra insistiu ainda que o Conselho dos Direitos Humanos da ONU não é o local certo para se discutir a situação de Hong Kong, ou a actuação do Executivo de Carrie Lam que tem feito os possíveis para defender a lei e a ordem pública.

Recorde-se que na última sessão do Conselho dos Direitos Humanos, no passado mês de Junho, a cantora de Hong Kong Denise Ho teceu duras críticas à abordagem do Governo chinês aos protestos. A artista foi várias vezes interrompida por membros da comitiva chinesa enquanto discursava, numa sessão que deu voz a vários representantes de organizações não governamentais.

Chen Xu voltou a repetir as críticas de Pequim à carta assinada por representantes de 22 países ocidentais durante a última sessão do Conselho dos Direitos Humanos da ONU. A tomada de posição conjunta pedia à China o fim das detenções arbitrárias em massa e de outras violações aos direitos humanos de uigures e outros muçulmanos da região de Xinjiang. O embaixador especificou mesmo que a táctica diplomática não era uma “abordagem construtiva” e acrescentou que passados alguns dias foi assinada por cerca de 37 países uma carta a enaltecer as “conquistas admiráveis” do Governo chinês em matéria de direitos humanos. Entre os países signatários contam-se vários membros da Organização para a Cooperação Islâmica, como o Paquistão, Arábia Saudita, Egipto, Argélia, Emirados Árabes Unidos e Qatar.

Inferno na Terra

Outro dos assuntos mais problemáticos que será abordado nesta sessão do Conselho dos Direitos Humanos é o conflito armado no Iémen, uma das maiores crises humanitárias dos últimos tempos.

O grupo de especialistas no Iémen, comissionado pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU em 2017, identificou, na medida do possível, aqueles “que provavelmente são responsáveis por crimes internacionais” e comunicou os seus nomes, que permanecem confidenciais, à alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet. Muitas das violações cometidas “podem resultar em condenações por crimes de guerra se um tribunal independente e competente for estabelecido”, disseram os especialistas na apresentação do relatório.

Apesar da falta de cooperação demonstrada pela coligação liderada pela Arábia Saudita e pelo Governo do Iémen, o painel de especialistas conseguiu realizar mais de 600 entrevistas com vítimas e testemunhas.

Ataques e bombardeamentos aéreos que atingiram indiscriminadamente a população civil, o uso da fome como arma de guerra, tortura, violação, detenção arbitrária, desaparecimento forçado, recrutamento de crianças menores de 15 anos são alguns dos pontos abordados neste segundo relatório dos especialistas da ONU, que detalha crimes de guerra supostamente cometidos durante o conflito no Iémen.

Os especialistas da ONU também instam a comunidade internacional a abster-se de fornecer armas que possam ser usadas no conflito, alertando que “a legalidade da transferência de armas pela França, Reino Unido e Estados Unidos Estados e outros estados permanecem discutíveis”.

“Os Estados podem ser responsabilizados pela ajuda ou assistência prestada para a realização de violações do direito internacional se as condições de cumplicidade forem comprovadas”, insistem os especialistas, apontando que vários Estados fornecem apoio directa ou indirectamente às partes, como França, Irão, Reino Unido e Estados Unidos. O relatório será apresentado ao Conselho de Direitos Humanos na sessão que hoje começa.

9 Set 2019

ONU | Pansy Ho vai a Genebra defender o Governo de Carrie Lam

Pansy Ho vai amanhã defender Pequim e o Governo de Hong Kong na reunião do Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas em Genebra. A par de Annie Wu, filha do fundador do grupo Maxim, a empresária é uma das personalidades que, ao serviço de Pequim, procura mudar a perspectiva internacional quanto aos protestos na região vizinha

 
Com agencias
[dropcap]U[/dropcap]m pequeno grupo de manifestantes radicais não representa os cerca de 7,5 milhões de hongkongers. Esta é a principal mensagem que Pansy Ho, magnata do grupo SJM, leva amanhã, 10 de Setembro, a Genebra para a reunião do Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas.
Hoje começa a 42.ª sessão do Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU) na cidade suíça que irá prolongar-se até ao dia 27 de Setembro. Como não poderia deixar de ser, um dos assuntos quentes da sessão é o caos político em que Hong Kong está mergulhada nos últimos meses.
Dois trunfos femininos do Governo de Carrie Lam, e de Pequim, discursam em Genebra. A visão do sistema será defendida perante o Conselho dos Direitos Humanos por duas poderosas herdeiras. Pansy Ho, filha de Stanley Ho e Annie Wu, filha do fundador do grupo de catering Maxim, James Tak Wu. Recorde-se que a empresário do universo da SJM é, desde 2018, embaixadora da Organização Mundial do Turismo, agência especializada da ONU.
As empresárias vão discursar amanhã em nome da Federação das Mulheres de Hong Kong, uma organização pró-governo. Entretanto, o portal do Conselho dos Direitos Humanos da ONU divulgou a cópia do discurso que as empresárias vão fazer. “A perspectiva de um pequeno grupo radical de manifestantes não representa a visão dos 7,5 milhões de cidadãos de Hong Kong. Os sistemáticos e calculados actos desde grupo nunca foram aprovados pelos hongkongers”, lê-se no discurso, citado pelo South China Morning Post.
Depois da cedência do Governo de Carrie Lam, que desistiu definitivamente da polémica proposta de lei da extradição, uma das reivindicações dos protestantes, Pansy Ho apresenta o contexto oficial à ONU. A empresária descreve a lei como “bem-intencionada”, mas foi tirada do contexto pelos manifestantes radicais que a usaram como “propaganda para minar a autoridade do Executivo de Hong Kong na protecção dos direitos de uma residente” que foi assassinada. A referência diz respeito ao homicídio de uma jovem pelo seu namorado quando o casal se encontrava de férias em Taipé. O suspeito fugiu para Hong Kong depois de alegadamente ter cometido o crime, facto que na ausência de uma lei de extradição impediu o julgamento tanto em Taiwan, como em Hong Kong.

Causa e efeito

O discurso de Ho também menciona, de acordo com o South China Morning Post, o impacto negativo que os protestos estão a ter na economia da RAEHK e na subsistência dos residentes, ao mesmo tempo que defende a actuação da polícia. “Gás lacrimogéneo e balas de borracha são armas usadas por autoridades policiais de todo o mundo, não são um exclusivo da polícia de Hong Kong”, refere Pansy Ho no discurso, acrescentando que “usados de acordo com as regras de procedimento, são uma forma eficiente de distanciar a polícia e os manifestantes e evitar proximidade física que pode resultar em ferimentos”.
Importa referir que ambas as herdeiras de impérios empresariais nas duas regiões administrativas especiais têm ligações ao aparelho de Estado, enquanto membros da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês.
Apesar de não ser claro que o discurso foi aprovado directamente pelo Partido Comunista Chinês, a sua mensagem alinha-se na perfeição com a retórica usada por Pequim.

Palavras feias e más

O embaixador chinês para as Nações Unidas, Chen Xu, disse na passada sexta-feira que a China está preparada para a “retórica indesejada e não solicitada” em relação à situação política de Hong Kong e aos centros de detenção da região de Xinjiang. O diplomata que representa Pequim em Genebra insistiu ainda que o Conselho dos Direitos Humanos da ONU não é o local certo para se discutir a situação de Hong Kong, ou a actuação do Executivo de Carrie Lam que tem feito os possíveis para defender a lei e a ordem pública.
Recorde-se que na última sessão do Conselho dos Direitos Humanos, no passado mês de Junho, a cantora de Hong Kong Denise Ho teceu duras críticas à abordagem do Governo chinês aos protestos. A artista foi várias vezes interrompida por membros da comitiva chinesa enquanto discursava, numa sessão que deu voz a vários representantes de organizações não governamentais.
Chen Xu voltou a repetir as críticas de Pequim à carta assinada por representantes de 22 países ocidentais durante a última sessão do Conselho dos Direitos Humanos da ONU. A tomada de posição conjunta pedia à China o fim das detenções arbitrárias em massa e de outras violações aos direitos humanos de uigures e outros muçulmanos da região de Xinjiang. O embaixador especificou mesmo que a táctica diplomática não era uma “abordagem construtiva” e acrescentou que passados alguns dias foi assinada por cerca de 37 países uma carta a enaltecer as “conquistas admiráveis” do Governo chinês em matéria de direitos humanos. Entre os países signatários contam-se vários membros da Organização para a Cooperação Islâmica, como o Paquistão, Arábia Saudita, Egipto, Argélia, Emirados Árabes Unidos e Qatar.

Inferno na Terra

Outro dos assuntos mais problemáticos que será abordado nesta sessão do Conselho dos Direitos Humanos é o conflito armado no Iémen, uma das maiores crises humanitárias dos últimos tempos.
O grupo de especialistas no Iémen, comissionado pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU em 2017, identificou, na medida do possível, aqueles “que provavelmente são responsáveis por crimes internacionais” e comunicou os seus nomes, que permanecem confidenciais, à alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet. Muitas das violações cometidas “podem resultar em condenações por crimes de guerra se um tribunal independente e competente for estabelecido”, disseram os especialistas na apresentação do relatório.
Apesar da falta de cooperação demonstrada pela coligação liderada pela Arábia Saudita e pelo Governo do Iémen, o painel de especialistas conseguiu realizar mais de 600 entrevistas com vítimas e testemunhas.
Ataques e bombardeamentos aéreos que atingiram indiscriminadamente a população civil, o uso da fome como arma de guerra, tortura, violação, detenção arbitrária, desaparecimento forçado, recrutamento de crianças menores de 15 anos são alguns dos pontos abordados neste segundo relatório dos especialistas da ONU, que detalha crimes de guerra supostamente cometidos durante o conflito no Iémen.
Os especialistas da ONU também instam a comunidade internacional a abster-se de fornecer armas que possam ser usadas no conflito, alertando que “a legalidade da transferência de armas pela França, Reino Unido e Estados Unidos Estados e outros estados permanecem discutíveis”.
“Os Estados podem ser responsabilizados pela ajuda ou assistência prestada para a realização de violações do direito internacional se as condições de cumplicidade forem comprovadas”, insistem os especialistas, apontando que vários Estados fornecem apoio directa ou indirectamente às partes, como França, Irão, Reino Unido e Estados Unidos. O relatório será apresentado ao Conselho de Direitos Humanos na sessão que hoje começa.

9 Set 2019

Ilha da Montanha | Autoridades recusam casas para venda a Chan Chak Mo

Empresa do deputado pretendia construir habitações para venda e residência permanente no projecto de restauração da Ilha da Montanha, mas viu a intenção negada

 

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades de Hengqin recusaram a construção de apartamentos para habitação e aluguer no projecto da Future Bright na Ilha da Montanha. A revelação foi feita ontem pela empresa, que é liderada pelo deputado Chan Chak Mo, num comunicado à Bolsa de Hong Kong.

Em 2014, a Future Bright foi uma das empresas de Macau a quem foi distribuído um terreno na Ilha da Montanha para o desenvolvimento de projectos que visavam impulsionar o turismo naquela zona. Na altura, a empresa foi a melhor colocada no concurso de atribuição de terras, entre 87 propostas, com um projecto para a construção de um espaço dedicado à restauração.

Porém, o projecto encontrou problemas desde a fase de construção, uma vez que a empresa não conseguiu obter a tempo as licenças necessárias para avançar com a construção das estacas para o edifício.

Face a este cenário a companhia tem mantido reuniões com as autoridades da Ilha da Montanha. Foi numa dessas reuniões que os directores da Future Bright ficaram com a ideia que poderiam alterar a licença de aproveitamento do terreno para a construção de apartamentos para venda e arrendamento. Contudo, o pedido foi negado.

“A direcção informa os accionistas da empresa e potenciais investidores que no dia 4 de Setembro de 2019 a Future Bright recebeu uma resposta da Autoridade de Terras da Ilha de Hengqin a informar que não apoia o pedido de mudança parcial da licença de exploração do terreno de Hengqin, que pretendia incluir apartamentos para arrendamento e residências”, consta no documento revelado ontem. Ainda de acordo com a explicação das autoridades do Interior, o facto da licença ter sido emitida para construção de espaços comerciais impede a construção de habitações.

Face a esta nega, o grupo liderado pelo deputado afirma que vai fazer um novo pedido para alterar a licença para a construção de apartamento para arrendar, à semelhança de quartos de hotel, sem a existência de espaços de habitação permanente. Segundo esta abordagem, a empresa acredita que a exploração do terreno vai manter o fim comercial.

Diária de 628 mil yuan

No mesmo comunicado, a Future Bright confirma que arrisca pagar uma multa diária de 628 mil renminbis pelo facto de não cumprir as metas de construção acordadas com as autoridades.

Esta multa só poderá ser perdoada caso o Governo considere que existe uma justificação aceitável para as derrapagens ou se houver um motivo de força maior, como seria a passagem de um tufão, ou aspectos cuja responsabilidade não se consegue associar à empresa.

Quando a Future Bright viu o seu projecto aprovado para a entrada na Ilha da Montanha, em 2014, Chan Chak Mo disse que tinha até 1,6 mil milhões de yuan para investir do outro lado da fronteira. Contudo, em Maio deste ano, em declarações ao HM, lamentava o facto de tanto no projecto em que está envolvido, como as regiões de Zhuhai e Hengqin não se estarem a desenvolver ao ritmo das expectativas de 2014.

6 Set 2019

Ilha da Montanha | Autoridades recusam casas para venda a Chan Chak Mo

Empresa do deputado pretendia construir habitações para venda e residência permanente no projecto de restauração da Ilha da Montanha, mas viu a intenção negada

 
[dropcap]A[/dropcap]s autoridades de Hengqin recusaram a construção de apartamentos para habitação e aluguer no projecto da Future Bright na Ilha da Montanha. A revelação foi feita ontem pela empresa, que é liderada pelo deputado Chan Chak Mo, num comunicado à Bolsa de Hong Kong.
Em 2014, a Future Bright foi uma das empresas de Macau a quem foi distribuído um terreno na Ilha da Montanha para o desenvolvimento de projectos que visavam impulsionar o turismo naquela zona. Na altura, a empresa foi a melhor colocada no concurso de atribuição de terras, entre 87 propostas, com um projecto para a construção de um espaço dedicado à restauração.
Porém, o projecto encontrou problemas desde a fase de construção, uma vez que a empresa não conseguiu obter a tempo as licenças necessárias para avançar com a construção das estacas para o edifício.
Face a este cenário a companhia tem mantido reuniões com as autoridades da Ilha da Montanha. Foi numa dessas reuniões que os directores da Future Bright ficaram com a ideia que poderiam alterar a licença de aproveitamento do terreno para a construção de apartamentos para venda e arrendamento. Contudo, o pedido foi negado.
“A direcção informa os accionistas da empresa e potenciais investidores que no dia 4 de Setembro de 2019 a Future Bright recebeu uma resposta da Autoridade de Terras da Ilha de Hengqin a informar que não apoia o pedido de mudança parcial da licença de exploração do terreno de Hengqin, que pretendia incluir apartamentos para arrendamento e residências”, consta no documento revelado ontem. Ainda de acordo com a explicação das autoridades do Interior, o facto da licença ter sido emitida para construção de espaços comerciais impede a construção de habitações.
Face a esta nega, o grupo liderado pelo deputado afirma que vai fazer um novo pedido para alterar a licença para a construção de apartamento para arrendar, à semelhança de quartos de hotel, sem a existência de espaços de habitação permanente. Segundo esta abordagem, a empresa acredita que a exploração do terreno vai manter o fim comercial.

Diária de 628 mil yuan

No mesmo comunicado, a Future Bright confirma que arrisca pagar uma multa diária de 628 mil renminbis pelo facto de não cumprir as metas de construção acordadas com as autoridades.
Esta multa só poderá ser perdoada caso o Governo considere que existe uma justificação aceitável para as derrapagens ou se houver um motivo de força maior, como seria a passagem de um tufão, ou aspectos cuja responsabilidade não se consegue associar à empresa.
Quando a Future Bright viu o seu projecto aprovado para a entrada na Ilha da Montanha, em 2014, Chan Chak Mo disse que tinha até 1,6 mil milhões de yuan para investir do outro lado da fronteira. Contudo, em Maio deste ano, em declarações ao HM, lamentava o facto de tanto no projecto em que está envolvido, como as regiões de Zhuhai e Hengqin não se estarem a desenvolver ao ritmo das expectativas de 2014.

6 Set 2019