admin Manchete PolíticaWuhan | Governo prolonga por dois dias feriados de Ano Novo para a Função Pública [dropcap]O[/dropcap] Governo de Macau anunciou ontem o prolongamento por dois dias “dos feriados do ano novo chinês” para a Função Pública para diminuir o risco de contágio do novo coronavírus chinês. “A suspensão de trabalho para os funcionários públicos nos dias 30 e 31 de janeiro pretende evitar a aglomeração de pessoas e diminuir a possibilidade de contágio”, afirmou a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, em conferência de imprensa. No dia seguinte a ter sido registado no território o sétimo caso importado de infeção com o novo coronavírus (2019-nCoV), Ao Ieong U indicou que as creches públicas “vão suspender o serviço a partir de amanhã [quarta-feira]”, remetendo o anúncio da reabertura para data posterior. A responsável acrescentou que o reinício das aulas vai também ser adiado “mais uma vez”, mas a nova data será anunciada “no início de fevereiro”. Em 24 de janeiro último, as autoridades locais tinham adiado o regresso às aulas no ensino não superior de 03 para 10 de fevereiro, enquanto no ensino superior foi adiado para 11 de fevereiro. A secretária apelou às entidades privadas, empresas e creches, para seguirem “as medidas preventivas decretadas pelo Governo” local. O secretário para a Administração e Justiça indicou que o Governo central chinês suspendeu a emissão de vistos individuais para turistas de todo o país a partir de hoje. André Cheong disse que, para já, está fora de questão o encerramento das fronteiras de Macau com a China. “As medidas tomadas pelas autoridades de Macau estão a surtir bons efeitos e em relação às fronteiras não temos essa decisão, mas já considerámos outras medidas que serão aplicadas quando necessário”, sublinhou. Na segunda-feira, as agências de viagens chinesas já tinham deixado de poder vender reservas de hotel e viagens em grupo, na sequência da decisão do Governo chinês de suspender excursões no país e no estrangeiro, na sequência do surto do novo coronavírus, que já causou 106 mortos e mais de 4.600 infetados na China. Sobre os residentes de Macau atualmente na província chinesa de Hubei ou na capital, Wuhan, centro do surto, Ao Ieong U falou em 25 pessoas. “Estamos em contacto diário, por telefone, e proporcionamos os recursos necessários para ficarem em lugares seguros”, afirmou. Em contrapartida, nenhuma entrada de residentes de Hubei ou Wuhan foi registada desde as 00:00 de segunda-feira, tendo sido barradas mais de 300 pessoas, disse aos jornalistas Wong Kim Hong, do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP). No domingo, o Governo de Macau tinha imposto a obrigatoriedade de apresentação de uma declaração médica para qualquer residente da província de Hubei, para comprovar que a pessoa não está infectada e para isso deve ter passado 14 dias em isolamento e sob acompanhamento médico, em estabelecimentos oficiais. Além do território continental da China, também foram reportados casos de infeção em Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, França, Alemanha, Austrália e Canadá. Alguns países, como Estados Unidos, França, Alemanha e Portugal estão a preparar com as autoridades chinesas a retirada dos seus cidadãos de Wuhan, onde também se encontram duas dezenas de portugueses. O Japão anunciou que vai enviar ainda hoje um avião para retirar cerca de 200 nacionais daquela cidade chinesa. As autoridades chinesas admitiram que a capacidade de propagação do vírus se reforçou. As pessoas infectadas podem transmitir a doença durante o período de incubação, que demora entre um dia e duas semanas, sem que o vírus seja detetado. O Governo chinês decidiu prolongar o período de férias do Ano Novo Lunar, que deveria terminar na quinta-feira, para tentar limitar a movimentação da população. A região de Wuhan encontra-se em regime de quarentena, situação que afeta 56 milhões de pessoas.
Hoje Macau Manchete SociedadeEpidemia de Wuhan | Macau regista sétimo caso, estado da paciente “é normal” [dropcap]O[/dropcap] número de casos em Macau de pessoas infectadas com o coronavírus subiu para sete, anunciaram ontem as autoridades locais, dando conta de que esta pessoa, uma mulher de 67 anos, é residente em Wuhan. “O sétimo novo caso importado da infeção pelo coronavírus em Macau é do sexo feminino, com 67 anos de idade, aposentada e residente em Wuhan”, lê-se numa nota divulgada hoje pelas autoridades locais. Na nota, explica-se que esta paciente “entrou em Macau através do Posto Fronteiriço das Portas do Cerco, no dia 23 de janeiro, via comboio de alta velocidade de Wuhan para Guangzhou, a 22 de janeiro, e Ferrovia Urbana de Guangzhou para Zhuhai, a 23 de janeiro”. Depois, “começou a manifestar febre na noite de 26 de janeiro”, tendo sido levada de ambulância esta manhã para a Urgência Especial do Centro Hospitalar Conde de São Januário. “Actualmente, o estado clínico da paciente é normal”, conclui a nota. No domingo, o Governo de Macau tinha imposto a obrigatoriedade de apresentação de uma declaração médica para qualquer residente da província de Hubei, cuja capital Wuhan é o centro do surto do novo coronavírus ((2019-nCoV). Pelo menos 80 pessoas morreram já na China, registando-se mais de 2.700 infetados em todo o mundo. Esta declaração médica não é “um simples atestado”, avançou Lei Wai Seng, e deve comprovar que a pessoa “não está infetada e para isso deve ter passado 14 dias em isolamento e sob acompanhamento médico”, em estabelecimentos oficiais. O que significa que trabalhadores não-residentes que saíram de Macau para Hubei vão ter que apresentar também essa declaração médica, tal como os residentes na província, e “se não conseguirem, também não vão conseguir entrar” no território, acrescentou no encontro diário com os jornalistas para atualização de informações sobre a pneumonia viral em Macau. Por outro lado, o responsável do CPSP indicou que a polícia destacou 200 agentes para verificar um total de 86 hotéis, aparthotéis e pensões, operação que resultou “no auxílio à saída de Macau de 144 turistas da província de Hubei”. Quatro indivíduos aceitaram ficar em isolamento, na Pousada de Juventude de Hác-Sá, Coloane, um dos dois centros criados em Macau para casos sob observação médica. De acordo com uma estimativa da polícia, cerca de 500 residentes de Hubei estarão ainda em Macau. A PSP está a tentar localizar estas pessoas que, caso não queiram sair de Macau, terão de ficar em isolamento. Além do território continental da China, também foram reportados casos de infeção em Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, França, Austrália e Canadá. De acordo com as autoridades chinesas, a capacidade de propagação do vírus reforçou-se e as pessoas infectadas podem transmitir a doença durante o período de incubação, que demora entre um dia e duas semanas, sem que o vírus seja detetado. Pequim decidiu prolongar o período de férias do Ano Novo Lunar, a principal festa das famílias chinesas, que devia terminar na quinta-feira, para tentar limitar a movimentação da população. A região de Wuhan encontra-se em regime de quarentena, situação que afecta 56 milhões de pessoas. Alguns países, como Estados Unidos, Japão e França, estão a preparar com as autoridades chinesas a retirada dos seus cidadãos de Wuhan, onde também se encontram duas dezenas de portugueses.
admin Manchete SociedadeEpidemia de Wuhan | Macau regista sétimo caso, estado da paciente "é normal" [dropcap]O[/dropcap] número de casos em Macau de pessoas infectadas com o coronavírus subiu para sete, anunciaram ontem as autoridades locais, dando conta de que esta pessoa, uma mulher de 67 anos, é residente em Wuhan. “O sétimo novo caso importado da infeção pelo coronavírus em Macau é do sexo feminino, com 67 anos de idade, aposentada e residente em Wuhan”, lê-se numa nota divulgada hoje pelas autoridades locais. Na nota, explica-se que esta paciente “entrou em Macau através do Posto Fronteiriço das Portas do Cerco, no dia 23 de janeiro, via comboio de alta velocidade de Wuhan para Guangzhou, a 22 de janeiro, e Ferrovia Urbana de Guangzhou para Zhuhai, a 23 de janeiro”. Depois, “começou a manifestar febre na noite de 26 de janeiro”, tendo sido levada de ambulância esta manhã para a Urgência Especial do Centro Hospitalar Conde de São Januário. “Actualmente, o estado clínico da paciente é normal”, conclui a nota. No domingo, o Governo de Macau tinha imposto a obrigatoriedade de apresentação de uma declaração médica para qualquer residente da província de Hubei, cuja capital Wuhan é o centro do surto do novo coronavírus ((2019-nCoV). Pelo menos 80 pessoas morreram já na China, registando-se mais de 2.700 infetados em todo o mundo. Esta declaração médica não é “um simples atestado”, avançou Lei Wai Seng, e deve comprovar que a pessoa “não está infetada e para isso deve ter passado 14 dias em isolamento e sob acompanhamento médico”, em estabelecimentos oficiais. O que significa que trabalhadores não-residentes que saíram de Macau para Hubei vão ter que apresentar também essa declaração médica, tal como os residentes na província, e “se não conseguirem, também não vão conseguir entrar” no território, acrescentou no encontro diário com os jornalistas para atualização de informações sobre a pneumonia viral em Macau. Por outro lado, o responsável do CPSP indicou que a polícia destacou 200 agentes para verificar um total de 86 hotéis, aparthotéis e pensões, operação que resultou “no auxílio à saída de Macau de 144 turistas da província de Hubei”. Quatro indivíduos aceitaram ficar em isolamento, na Pousada de Juventude de Hác-Sá, Coloane, um dos dois centros criados em Macau para casos sob observação médica. De acordo com uma estimativa da polícia, cerca de 500 residentes de Hubei estarão ainda em Macau. A PSP está a tentar localizar estas pessoas que, caso não queiram sair de Macau, terão de ficar em isolamento. Além do território continental da China, também foram reportados casos de infeção em Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, França, Austrália e Canadá. De acordo com as autoridades chinesas, a capacidade de propagação do vírus reforçou-se e as pessoas infectadas podem transmitir a doença durante o período de incubação, que demora entre um dia e duas semanas, sem que o vírus seja detetado. Pequim decidiu prolongar o período de férias do Ano Novo Lunar, a principal festa das famílias chinesas, que devia terminar na quinta-feira, para tentar limitar a movimentação da população. A região de Wuhan encontra-se em regime de quarentena, situação que afecta 56 milhões de pessoas. Alguns países, como Estados Unidos, Japão e França, estão a preparar com as autoridades chinesas a retirada dos seus cidadãos de Wuhan, onde também se encontram duas dezenas de portugueses.
Hoje Macau Manchete SociedadeMacau sem transmissão local do novo coronavírus chinês [dropcap]A[/dropcap]s autoridades de Macau indicaram hoje não existir, até ao momento, transmissão do novo coronavírus chinês no território, já que todos os seis casos registados são de residentes da província de Hubei, no centro da China. Depois de ter sido anunciado esta manhã o sexto caso confirmado da doença no território, o médico adjunto da direção do Centro Hospitalar Conde de S. Januário Lei Wai Seng sublinhou que todos os casos são importados e os doentes são residentes de Hubei. “Isto significa que, até ao momento, não há transmissão na sociedade de Macau. Continuamos a acompanhar a doença e não excluímos a transmissão na comunidade”, acrescentou o responsável, em conferência de imprensa. O representante do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) Wong Kim Hong, do departamento de migração, destacou que as autoridades locais recusaram hoje a entrada a todos os residentes da província chinesa de Hubei que não apresentaram uma declaração médica “em condições”. “Depois das 00:00 ninguém de Hubei conseguiu entrar em Macau” por não ter apresentado uma declaração médica que ateste não estarem infectados com o novo coronavírus, disse, sem adiantar um número. No domingo, o Governo de Macau tinha imposto a obrigatoriedade de apresentação de uma declaração médica para qualquer residente da província de Hubei, cuja capital Wuhan é o centro do surto do novo coronavírus ((2019-nCoV). Pelo menos 80 pessoas morreram já na China, registando-se mais de 2.700 infectados em todo o mundo. Esta declaração médica não é “um simples atestado”, avançou Lei Wai Seng, e deve comprovar que a pessoa “não está infectada e para isso deve ter passado 14 dias em isolamento e sob acompanhamento médico”, em estabelecimentos oficiais. O que significa que trabalhadores não-residentes que saíram de Macau para Hubei vão ter que apresentar também essa declaração médica, tal como os residentes na província, e “se não conseguirem, também não vão conseguir entrar” no território, acrescentou no encontro diário com os jornalistas para atualização de informações sobre a pneumonia viral em Macau. Por outro lado, o responsável do CPSP indicou que a polícia destacou 200 agentes para verificar um total de 86 hotéis, aparthotéis e pensões, operação que resultou “no auxílio à saída de Macau de 144 turistas da província de Hubei”. Quatro indivíduos aceitaram ficar em isolamento, na Pousada de Juventude de Hác-Sá, Coloane, um dos dois centros criados em Macau para casos sob observação médica. De acordo com uma estimativa da polícia, cerca de 500 residentes de Hubei estarão ainda em Macau. A PSP está a tentar localizar estas pessoas que, caso não queiram sair de Macau, terão de ficar em isolamento. Além do território continental da China, também foram reportados casos de infeção em Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, França, Austrália e Canadá. De acordo com as autoridades chinesas, a capacidade de propagação do vírus reforçou-se e as pessoas infectadas podem transmitir a doença durante o período de incubação, que demora entre um dia e duas semanas, sem que o vírus seja detetado. Pequim decidiu prolongar o período de férias do Ano Novo Lunar, a principal festa das famílias chinesas, que devia terminar na quinta-feira, para tentar limitar a movimentação da população. A região de Wuhan encontra-se em regime de quarentena, situação que afecta 56 milhões de pessoas. Alguns países, como Estados Unidos, Japão e França, estão a preparar com as autoridades chinesas a retirada dos seus cidadãos de Wuhan, onde também se encontram duas dezenas de portugueses.
Hoje Macau Manchete SociedadeEpidemia de Wuhan | Sobe para seis o número de pessoas infectadas [dropcap]M[/dropcap]acau elevou hoje para seis o número de pessoas infectadas com o novo coronavírus (2019-nCoV), que já causou 80 mortes na China entre os mais de 2.700 indivíduos infectados. A nova pessoa infectada com o vírus é um jovem de 15 anos, que reside em Wuhan, província de Hubei, o epicentro do contágio, filho do quarto caso diagnosticado em Macau. O paciente não tem febre nem tosse e vai ficar em isolamento, indicaram as autoridades em comunicado. No domingo, o Governo de Macau anunciou que vai impedir a entrada nos casinos dos visitantes que, nos últimos 14 dias, tenham estado na província chinesa de Hubei. Por outro lado, todos os visitantes oriundos de Hubei terão de apresentar uma declaração médica para entrar no território, numa medida que entrará em vigor também na segunda-feira. Segundo os últimos dados, encontram-se em Macau desde 01 de dezembro passado 2.132 pessoas da província de Hubei, das quais 1.390 provenientes de Wuhan, incluindo este número turistas individuais, alunos, trabalhadores não residentes, pessoas a visitar familiares, e indivíduos em excursões, de acordo com um comunicado oficial. A China elevou hoje para 80 mortos e mais de 2.700 infetados o balanço do novo coronavírus detetado no final do ano em Wuhan, capital da província de Hubei (centro). As autoridades anunciaram 24 novas mortes desde domingo na região de Hubei (e mais de 700 casos), mas não registaram óbitos provocados pelo vírus fora daquela província. Além do território continental da China, também foram reportados casos de infeção em Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, França, Austrália e Canadá. As autoridades chinesas admitiram que a capacidade de propagação do vírus se reforçou. As pessoas infetadas podem transmitir a doença durante o período de incubação, que demora entre um dia e duas semanas, sem que o vírus seja detetado. A China prolongou já por três dias as férias do Ano Novo Lunar, até 02 de fevereiro, para desencorajar viagens e tentar conter a propagação do coronavírus. Dezenas de milhões de chineses que visitaram as suas cidades natal ou pontos turísticos deveriam regressar a casa esta semana no maior movimento de pessoas a nível mundial que se repete todos os anos, aumentando o risco de o vírus se espalhar em comboios e aviões lotados. O diretor da Organização Mundial de Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, é esperado hoje em Pequim para discutir a situação com as autoridades chinesas. A região de Wuhan encontra-se em regime de quarentena, situação que afeta 56 milhões de pessoas. Alguns países, como Estados Unidos, Japão e França, estão a preparar com as autoridades chinesas a retirada dos seus cidadãos de Wuhan, onde também se encontram duas dezenas de portugueses.
admin Manchete SociedadeEpidemia de Wuhan | Sobe para seis o número de pessoas infectadas [dropcap]M[/dropcap]acau elevou hoje para seis o número de pessoas infectadas com o novo coronavírus (2019-nCoV), que já causou 80 mortes na China entre os mais de 2.700 indivíduos infectados. A nova pessoa infectada com o vírus é um jovem de 15 anos, que reside em Wuhan, província de Hubei, o epicentro do contágio, filho do quarto caso diagnosticado em Macau. O paciente não tem febre nem tosse e vai ficar em isolamento, indicaram as autoridades em comunicado. No domingo, o Governo de Macau anunciou que vai impedir a entrada nos casinos dos visitantes que, nos últimos 14 dias, tenham estado na província chinesa de Hubei. Por outro lado, todos os visitantes oriundos de Hubei terão de apresentar uma declaração médica para entrar no território, numa medida que entrará em vigor também na segunda-feira. Segundo os últimos dados, encontram-se em Macau desde 01 de dezembro passado 2.132 pessoas da província de Hubei, das quais 1.390 provenientes de Wuhan, incluindo este número turistas individuais, alunos, trabalhadores não residentes, pessoas a visitar familiares, e indivíduos em excursões, de acordo com um comunicado oficial. A China elevou hoje para 80 mortos e mais de 2.700 infetados o balanço do novo coronavírus detetado no final do ano em Wuhan, capital da província de Hubei (centro). As autoridades anunciaram 24 novas mortes desde domingo na região de Hubei (e mais de 700 casos), mas não registaram óbitos provocados pelo vírus fora daquela província. Além do território continental da China, também foram reportados casos de infeção em Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, França, Austrália e Canadá. As autoridades chinesas admitiram que a capacidade de propagação do vírus se reforçou. As pessoas infetadas podem transmitir a doença durante o período de incubação, que demora entre um dia e duas semanas, sem que o vírus seja detetado. A China prolongou já por três dias as férias do Ano Novo Lunar, até 02 de fevereiro, para desencorajar viagens e tentar conter a propagação do coronavírus. Dezenas de milhões de chineses que visitaram as suas cidades natal ou pontos turísticos deveriam regressar a casa esta semana no maior movimento de pessoas a nível mundial que se repete todos os anos, aumentando o risco de o vírus se espalhar em comboios e aviões lotados. O diretor da Organização Mundial de Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, é esperado hoje em Pequim para discutir a situação com as autoridades chinesas. A região de Wuhan encontra-se em regime de quarentena, situação que afeta 56 milhões de pessoas. Alguns países, como Estados Unidos, Japão e França, estão a preparar com as autoridades chinesas a retirada dos seus cidadãos de Wuhan, onde também se encontram duas dezenas de portugueses.
Hoje Macau Manchete SociedadeMacau impede entrada nos casinos de visitantes da província chinesa de Hubei [dropcap]O[/dropcap] governo de Macau anunciou hoje que vai impedir a entrada nos casinos dos visitantes que, nos últimos 14 dias, tenham estado na província chinesa de Hubei, onde um surto de pneumonia viral causou 56 mortos na China. “A partir de amanhã [segunda-feira], todas as pessoas que nos últimos 14 dias tenham entrado em Hubei vão ser impedidas de entrar nos casinos”, afirmou, em conferência de imprensa, o secretário para a Administração e Justiça. Por outro lado, todos os visitantes oriundos de Hubei terão de apresentar uma declaração médica para entrar no território, numa medida que entrará em vigor também na segunda-feira. “A declaração deverá ser passada por uma entidade oficial para confirmar que a pessoa em causa não está infetada com o novo tipo de coronavírus”, disse André Cheong. Já a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura indicou que, a partir das 09:00 de segunda-feira (01:00 em Lisboa), todos os visitantes oriundos de Hubei serão contactados e se não tiverem sintomas poderão voltar à China, mas “com algum sintoma deverão permanecer obrigatoriamente num centro de isolamento para respetivo tratamento”. O anúncio destas novas medidas surge depois de terem sido registados em Macau cinco casos de residentes de Wuhan infectados com o novo tipo de coronavírus. Atualmente, encontram-se em Macau desde 01 de dezembro passado e até às 00:00 de hoje 2.132 pessoas da província de Hubei, das quais 1.390 provenientes de Wuhan, incluindo este número turistas individuais, alunos, trabalhadores não residentes, pessoas a visitar familiares, e indivíduos em excursões, de acordo com um comunicado oficial. O novo coronovírus detetado em Wuhan no final do ano infetou mais de duas mil pessoas e provocou pelo menos 56 mortos na China, segundo o balanço mais recente da Comissão Nacional de Saúde chinesa. Além da China continental, há quase meia centena de infeções confirmadas em Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, França, Austrália e Canadá. As autoridades chinesas alertaram que o país está no ponto “mais crítico” quanto ao controlo do vírus e suspenderam transportes, cancelaram celebrações do Ano Novo Lunar e colocaram em quarentena 13 cidades. Os sintomas associados à infeção causada pelo coronavírus com o nome provisório de 2019-nCoV são mais intensos do que uma gripe e incluem febre, dor, mal-estar geral e dificuldades respiratórias, como falta de ar.
João Santos Filipe Manchete SociedadeLuanda Leaks | Sucursal do Millennium BCP recebeu crédito da Amorim Energia A RAEM surge na investigação a Isabel dos Santos devido a uma transferência de um crédito de 200 milhões de euros entre as sucursais do Millennium na Madeira e em Macau. O crédito foi cedido à empresa Amorim Energia, onde Isabel dos Santos teria “grande influência” através do marido [dropcap]M[/dropcap]acau surge nos Luanda Leaks devido a um crédito de 200 milhões de euros cedido pelo banco Millennium BCP à Amorim Energia BV, que em 2011 foi transferido da sucursal da Madeira para a de Macau. Esta é a única vez que o território surge nos documentos revelados pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação, no âmbito da investigação à empresária Isabel dos Santos. Segundo a investigação, Sindika Dokolo, marido da empresária, é um dos accionistas da Amorim Energia BV de duas formas: a título individual e através da participação na empresa Exem Holdings. Um relatório que consta igualmente nos Luanda Leaks afirma que esta estrutura dava a Isabel dos Santos “uma grande influência” na Amorim Energia, principal accionista da Galp Energia. O negócio que permitiu a entrada da “rede” da filha do antigo Presidente angolano na parceria da Sonangol com o empresário português é mesmo um dos negócios mais polémicos da investigação. A Amorim Energia BV foi criada em 2005 pelo empresário Américo Amorim e a empresa estatal angolana Sonangol, que se concretizou com a compra de um terço da Galp Energia. No entanto, no ano seguinte, a Sonangol vende 40 por cento das acções na Amorim Energia à Exem Holdings, controlada pelo marido de Isabel dos Santos. O preço da venda foi de 99 milhões de dólares americanos, mas a Sonangol financiou o negócio, o que fez com que apenas tivesse recebido 15 milhões de dólares no momento da venda. À BBC, Isabel dos Santos, que na altura controlava a Sonangol, afirmou que o negócio beneficiou todas as partes. Também o marido defendeu, em 2017, que o empréstimo tinha sido totalmente liquidado. Mas esta é uma versão contrariada pela Sonangol, que terá recusado o pagamento uma vez que foi feito em kwanzas, quando o acordo é que seria devolvido em dólares. A participação que Sindika Dokolo vale agora 800 milhões de dólares, quando apenas se sabe que 15 milhões foram pagos. Financiamento em Macau A menção ao território no âmbito da Amorim Energia BV limita-se a um crédito cedido pela sucursal da Madeira do Millennium-BCP, em 2006, que em 2011 foi transferido para a sucursal de Macau. O contrato do financiamento foi novamente alterado em 2014. É este último aditamento que consta nos documentos do Luanda Leaks. Segundo as alterações de 2014, com o contrato de financiamento a Amorim Energia recebeu 200 milhões de euros do banco, mas em troca penhorou acções no valor de 292,8 milhões de euros, que seriam utilizadas no caso de incumprimento das responsabilidades. Em 2014, as taxas dos juros até 2019, altura em vencia o empréstimo, foram alteradas, tal como as comissões a serem pagas ao banco. É este o conteúdo do documento em causa, de 1 de Agosto de 2014, e que está assinado pelos directores-gerais adjuntos da sucursal do Millennium BCP de Macau António Lam e António Modesto. O HM contactou a Autoridade Monetária de Macau (AMCM) sobre a possibilidade de parte dos juros ter sido paga com montante que se suspeita ter sido desviado do Estado Angolano ou sobre a possibilidade de ter havido outras infracções. Na resposta, a AMCM afirmou que “como autoridade de supervisão” não está “em posição de fazer qualquer comentário sobre casos específicos”. Por sua vez, o Millennium BCP garantiu que todas as obrigações legais, tanto em Portugal como na RAEM, foram respeitadas: “O Millennium BCP não comenta eventuais situações que envolvem clientes, nem a sua relação com as entidades reguladoras”, foi respondido. “O Banco cumpre escrupulosamente com a legislação de prevenção de branqueamento de capitais em todas as jurisdições onde está presente, e colabora activamente com as autoridades competentes sempre que tal se revela necessário”, foi acrescentado.
admin Manchete SociedadeLuanda Leaks | Sucursal do Millennium BCP recebeu crédito da Amorim Energia A RAEM surge na investigação a Isabel dos Santos devido a uma transferência de um crédito de 200 milhões de euros entre as sucursais do Millennium na Madeira e em Macau. O crédito foi cedido à empresa Amorim Energia, onde Isabel dos Santos teria “grande influência” através do marido [dropcap]M[/dropcap]acau surge nos Luanda Leaks devido a um crédito de 200 milhões de euros cedido pelo banco Millennium BCP à Amorim Energia BV, que em 2011 foi transferido da sucursal da Madeira para a de Macau. Esta é a única vez que o território surge nos documentos revelados pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação, no âmbito da investigação à empresária Isabel dos Santos. Segundo a investigação, Sindika Dokolo, marido da empresária, é um dos accionistas da Amorim Energia BV de duas formas: a título individual e através da participação na empresa Exem Holdings. Um relatório que consta igualmente nos Luanda Leaks afirma que esta estrutura dava a Isabel dos Santos “uma grande influência” na Amorim Energia, principal accionista da Galp Energia. O negócio que permitiu a entrada da “rede” da filha do antigo Presidente angolano na parceria da Sonangol com o empresário português é mesmo um dos negócios mais polémicos da investigação. A Amorim Energia BV foi criada em 2005 pelo empresário Américo Amorim e a empresa estatal angolana Sonangol, que se concretizou com a compra de um terço da Galp Energia. No entanto, no ano seguinte, a Sonangol vende 40 por cento das acções na Amorim Energia à Exem Holdings, controlada pelo marido de Isabel dos Santos. O preço da venda foi de 99 milhões de dólares americanos, mas a Sonangol financiou o negócio, o que fez com que apenas tivesse recebido 15 milhões de dólares no momento da venda. À BBC, Isabel dos Santos, que na altura controlava a Sonangol, afirmou que o negócio beneficiou todas as partes. Também o marido defendeu, em 2017, que o empréstimo tinha sido totalmente liquidado. Mas esta é uma versão contrariada pela Sonangol, que terá recusado o pagamento uma vez que foi feito em kwanzas, quando o acordo é que seria devolvido em dólares. A participação que Sindika Dokolo vale agora 800 milhões de dólares, quando apenas se sabe que 15 milhões foram pagos. Financiamento em Macau A menção ao território no âmbito da Amorim Energia BV limita-se a um crédito cedido pela sucursal da Madeira do Millennium-BCP, em 2006, que em 2011 foi transferido para a sucursal de Macau. O contrato do financiamento foi novamente alterado em 2014. É este último aditamento que consta nos documentos do Luanda Leaks. Segundo as alterações de 2014, com o contrato de financiamento a Amorim Energia recebeu 200 milhões de euros do banco, mas em troca penhorou acções no valor de 292,8 milhões de euros, que seriam utilizadas no caso de incumprimento das responsabilidades. Em 2014, as taxas dos juros até 2019, altura em vencia o empréstimo, foram alteradas, tal como as comissões a serem pagas ao banco. É este o conteúdo do documento em causa, de 1 de Agosto de 2014, e que está assinado pelos directores-gerais adjuntos da sucursal do Millennium BCP de Macau António Lam e António Modesto. O HM contactou a Autoridade Monetária de Macau (AMCM) sobre a possibilidade de parte dos juros ter sido paga com montante que se suspeita ter sido desviado do Estado Angolano ou sobre a possibilidade de ter havido outras infracções. Na resposta, a AMCM afirmou que “como autoridade de supervisão” não está “em posição de fazer qualquer comentário sobre casos específicos”. Por sua vez, o Millennium BCP garantiu que todas as obrigações legais, tanto em Portugal como na RAEM, foram respeitadas: “O Millennium BCP não comenta eventuais situações que envolvem clientes, nem a sua relação com as entidades reguladoras”, foi respondido. “O Banco cumpre escrupulosamente com a legislação de prevenção de branqueamento de capitais em todas as jurisdições onde está presente, e colabora activamente com as autoridades competentes sempre que tal se revela necessário”, foi acrescentado.
Pedro Arede Manchete PolíticaEpidemia | Ho Iat Seng: “não vou esconder qualquer informação” O Chefe do Executivo prometeu. Ho Iat Seng não vai permitir qualquer encobrimento de informação sobre o novo coronavírus e antecipa que o pico de casos da doença possa acontecer depois do ano novo chinês. Sobre quem vem de Wuhan, não estão previstas proibições na fronteira [dropcap]”O[/dropcap] facto de eu estar aqui já é uma resposta efectiva porque estou a anunciar as medidas [de combate à pneumonia]”, foi desta forma que Ho Iat Seng respondeu ontem aos jornalistas quando questionado sobre a actuação do Governo, caso a situação do coronavírus de Wuhan venha a ser agravada no território. O Chefe do Executivo antecipou também, pese embora admita que a evolução do novo vírus seja difícil de prever, que o pico de casos da doença possa acontecer depois do Ano Novo chinês. “Não sabemos quando será o pico da doença (…) mas acho que será depois do ano novo chinês porque, agora, as pessoas estão a movimentar-se. Se houver propagação, vai ser nesta altura das deslocações das populações e, por isso, o estado mais crítico da doença poderá ser depois do Ano Novo”, avançou ontem Ho Iat Seng, por ocasião de uma conferência de imprensa que teve lugar na sede do Governo. De forma a garantir que a população está bem informada sobre a situação e que serão tomadas todas as medidas de prevenção adequadas, Ho Iat Seng prometeu transparência por parte do Governo na hora de comunicar e admite activar o centro de protecção civil caso o contexto venha a ser agravado. “Não posso antever em que cenário seria activado o centro de protecção civil, mas temos de estar bem preparados e dar as informações correctas à população. Temos que garantir que a cada dia divulgamos as informações atempadamente, (…) informações correctas e transparentes. Eu não vou permitir qualquer encobrimento, isto é, todas as informações têm de ser divulgadas. É a minha promessa. Eu não vou esconder qualquer informação”, garantiu Ho Iat Seng. Sublinhando que, ao contrário do SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave), os sintomas do novo vírus não são tão visíveis, sendo, por isso, mais difíceis de filtrar, o Chefe do Governo lançou um apelo à população para ficar em Macau e, caso venha a ter sintomas, permanecer em casa de forma a repousar e evitar o risco de novas contaminações. Fronteiras abertas Em relação aos visitantes que vêm de Wuhan, Ho Iat Seng não encontra razões para proibir a sua entrada em Macau, até porque as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) não vão nesse sentido. O responsável máximo da RAEM apelou, no entanto, aos residentes da cidade da província de Hubei para que não venham a Macau, enquanto a situação do novo coronavírus não estiver controlada. “A OMS não nos informou que temos de impedir a entrada das pessoas de Wuhan (…) mas apelamos para que eles não se desloquem a Macau. Até agora, a situação não é assim tão grave. Na altura do surto do vírus da SARS, também não proibimos a entrada de pessoas de Hong Kong”, lembrou Ho Iat Seng. Em relação a uma quota sobre o número de entradas, não pensamos nisso por enquanto”, acrescentou, frisando também que a todos os visitantes terá de ser concedido um visto e que estes podem ser, por isso, limitados. Aos que já cá estão, Ho Iat Seng pede paciência. Encontrando-se em Macau, no total, 5 mil pessoas provenientes de Wuhan, o Chefe do Executivo desaconselhou para já, o regresso a casa por parte destes visitantes. “Por enquanto vamos aconselhar estas pessoas a não regressar a Wuhan ou Hubei. Temos trabalhadores da região também aqui em Macau e esperamos que não voltem a Wuhan entretanto, porque agora não é o momento ideal”, apontou. Sobre os residentes de Macau que estudam em Wuhan, o Chefe do Executivo assegura que o seu paradeiro e estado de saúde está ser monitorizado. “Desde o dia 1 de Janeiro temos vindo a acompanhar 457 estudantes de Macau que estão em Wuhan. Alguns já voltaram a Macau e temo-los seguido de perto para verificar se apresentam os sintomas da pneumonia”, esclareceu o responsável. Recorde-se que desde a manhã de ontem, não existem voos nem acesso ferroviário a partir de Wuhan, após a medida ter sido decretada pelo Governo central. Ho Iat Seng anunciou também que a partir da tarde de ontem passou a ser recusada a passagem nas fronteiras de Macau, a pessoas com sintomas de febre, sendo que a medição da temperatura corporal passa a ser feita não só à entrada, mas também à saída. O procedimento, explicou o Chefe do Executivo está a ser já seguido na cidade vizinha de Zhuhai e a decisão de Macau vai no sentido de reforçar o esforço conjunto de contenção da epidemia. Confiança e experiência Questionado acerca capacidade de resposta do novo Governo e da secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieong U, para gerir uma eventual crise de saúde pública, Ho Iat Seng fez questão de sublinhar que a responsável está preparada e que tem ao seu dispor uma equipa de profissionais experientes e qualificados e que ele próprio tem conhecimento de causa sobre a matéria, pois viveu na pele a crise do SARS. “Há 17 anos, eu passei pela SARS e, em Abril, só estava eu no avião para Pequim. Era o estágio mais crítico da SARS e ninguém apanhava um avião. Estive no combate contra a SARS e sei o que se está a passar, tenho experiência”, frisou o Chefe do Executivo.
admin Manchete PolíticaEpidemia | Ho Iat Seng: “não vou esconder qualquer informação” O Chefe do Executivo prometeu. Ho Iat Seng não vai permitir qualquer encobrimento de informação sobre o novo coronavírus e antecipa que o pico de casos da doença possa acontecer depois do ano novo chinês. Sobre quem vem de Wuhan, não estão previstas proibições na fronteira [dropcap]”O[/dropcap] facto de eu estar aqui já é uma resposta efectiva porque estou a anunciar as medidas [de combate à pneumonia]”, foi desta forma que Ho Iat Seng respondeu ontem aos jornalistas quando questionado sobre a actuação do Governo, caso a situação do coronavírus de Wuhan venha a ser agravada no território. O Chefe do Executivo antecipou também, pese embora admita que a evolução do novo vírus seja difícil de prever, que o pico de casos da doença possa acontecer depois do Ano Novo chinês. “Não sabemos quando será o pico da doença (…) mas acho que será depois do ano novo chinês porque, agora, as pessoas estão a movimentar-se. Se houver propagação, vai ser nesta altura das deslocações das populações e, por isso, o estado mais crítico da doença poderá ser depois do Ano Novo”, avançou ontem Ho Iat Seng, por ocasião de uma conferência de imprensa que teve lugar na sede do Governo. De forma a garantir que a população está bem informada sobre a situação e que serão tomadas todas as medidas de prevenção adequadas, Ho Iat Seng prometeu transparência por parte do Governo na hora de comunicar e admite activar o centro de protecção civil caso o contexto venha a ser agravado. “Não posso antever em que cenário seria activado o centro de protecção civil, mas temos de estar bem preparados e dar as informações correctas à população. Temos que garantir que a cada dia divulgamos as informações atempadamente, (…) informações correctas e transparentes. Eu não vou permitir qualquer encobrimento, isto é, todas as informações têm de ser divulgadas. É a minha promessa. Eu não vou esconder qualquer informação”, garantiu Ho Iat Seng. Sublinhando que, ao contrário do SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave), os sintomas do novo vírus não são tão visíveis, sendo, por isso, mais difíceis de filtrar, o Chefe do Governo lançou um apelo à população para ficar em Macau e, caso venha a ter sintomas, permanecer em casa de forma a repousar e evitar o risco de novas contaminações. Fronteiras abertas Em relação aos visitantes que vêm de Wuhan, Ho Iat Seng não encontra razões para proibir a sua entrada em Macau, até porque as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) não vão nesse sentido. O responsável máximo da RAEM apelou, no entanto, aos residentes da cidade da província de Hubei para que não venham a Macau, enquanto a situação do novo coronavírus não estiver controlada. “A OMS não nos informou que temos de impedir a entrada das pessoas de Wuhan (…) mas apelamos para que eles não se desloquem a Macau. Até agora, a situação não é assim tão grave. Na altura do surto do vírus da SARS, também não proibimos a entrada de pessoas de Hong Kong”, lembrou Ho Iat Seng. Em relação a uma quota sobre o número de entradas, não pensamos nisso por enquanto”, acrescentou, frisando também que a todos os visitantes terá de ser concedido um visto e que estes podem ser, por isso, limitados. Aos que já cá estão, Ho Iat Seng pede paciência. Encontrando-se em Macau, no total, 5 mil pessoas provenientes de Wuhan, o Chefe do Executivo desaconselhou para já, o regresso a casa por parte destes visitantes. “Por enquanto vamos aconselhar estas pessoas a não regressar a Wuhan ou Hubei. Temos trabalhadores da região também aqui em Macau e esperamos que não voltem a Wuhan entretanto, porque agora não é o momento ideal”, apontou. Sobre os residentes de Macau que estudam em Wuhan, o Chefe do Executivo assegura que o seu paradeiro e estado de saúde está ser monitorizado. “Desde o dia 1 de Janeiro temos vindo a acompanhar 457 estudantes de Macau que estão em Wuhan. Alguns já voltaram a Macau e temo-los seguido de perto para verificar se apresentam os sintomas da pneumonia”, esclareceu o responsável. Recorde-se que desde a manhã de ontem, não existem voos nem acesso ferroviário a partir de Wuhan, após a medida ter sido decretada pelo Governo central. Ho Iat Seng anunciou também que a partir da tarde de ontem passou a ser recusada a passagem nas fronteiras de Macau, a pessoas com sintomas de febre, sendo que a medição da temperatura corporal passa a ser feita não só à entrada, mas também à saída. O procedimento, explicou o Chefe do Executivo está a ser já seguido na cidade vizinha de Zhuhai e a decisão de Macau vai no sentido de reforçar o esforço conjunto de contenção da epidemia. Confiança e experiência Questionado acerca capacidade de resposta do novo Governo e da secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieong U, para gerir uma eventual crise de saúde pública, Ho Iat Seng fez questão de sublinhar que a responsável está preparada e que tem ao seu dispor uma equipa de profissionais experientes e qualificados e que ele próprio tem conhecimento de causa sobre a matéria, pois viveu na pele a crise do SARS. “Há 17 anos, eu passei pela SARS e, em Abril, só estava eu no avião para Pequim. Era o estágio mais crítico da SARS e ninguém apanhava um avião. Estive no combate contra a SARS e sei o que se está a passar, tenho experiência”, frisou o Chefe do Executivo.
Hoje Macau Manchete SociedadeEpidemia | Macau deteta segundo caso de infecção, homem é oriundo de Wuhan [dropcap]A[/dropcap]s autoridades de Macau anunciaram hoje que foi identificada uma segunda pessoa infectada com o novo tipo de coronavírus chinês de Wuhan, um vírus que já causou 17 mortes entre as mais de 550 pessoas infectadas. Trata-se de um homem de 66 anos, oriundo de Wuhan, que entrou no território na quarta-feira, com o pessoal de vigilância sanitária dos Serviços de Saúde a detetar febre corporal no indivíduo. O homem foi enviado imediatamente para o Serviço de Urgência Especial do Centro Hospitalar Conde de São Januário para efetuar exames, que deram positivo para o novo tipo de coronavírus. As autoridades de Macau tinham anunciado na quarta-feira, também em conferência de imprensa, o primeiro caso de vírus detetado na China, que causa pneumonias virais. O primeiro caso detetado foi de uma mulher de 52 anos, comerciante, oriunda também da cidade chinesa de Wuhan, onde foi detetado o coronavírus, que chegou a Macau no dia 19 e que foi submetida a dois testes que confirmaram a doença. Actualmente em regime de isolamento, ambos os casos são considerados pacientes de alto risco. As autoridades sublinharam que não existe um surto na comunidade e frisaram que as visitas diárias nos hospitais vão ser reduzidas de dois períodos para apenas um. Os espaços públicos estão a ser alvo de operações de limpeza, casos das paragens de autocarro e de táxis, e mercados municipais. Durante as festividades do Ano Novo Lunar, período em que Macau regista um maior fluxo de visitantes, as autoridades vão realizar testes de medição de temperatura, uma medida promovida também nos serviços públicos, tendo sido determinado o uso de máscaras para trabalhadores em atendimento ao público, algo alargado também para os trabalhadores dos casinos. As autoridades anunciaram ainda que após o período das férias do Ano Novo Lunar vão ser tomadas medidas de reforço de prevenção e controlo nas escolas do território. A Comissão Nacional de Saúde da China alertou que o novo tipo de coronavírus, uma espécie de vírus que causa infeções respiratórias em seres humanos e animais, “pode sofrer mutações e espalhar-se mais facilmente”. O vírus foi inicialmente detetado, no mês passado, em Wuhan, cidade do centro da China, um importante centro de transporte doméstico e internacional. O surto surge numa altura em que milhões de chineses viajam, por ocasião do Ano Novo Lunar, a principal festa das famílias chinesas, equivalente ao natal nos países ocidentais. Segundo o Ministério dos Transportes chinês, o país deve registar um total de três mil milhões de viagens internas durante os próximos 40 dias. Os casos alimentaram receios sobre uma potencial epidemia, semelhante à da pneumonia atípica, ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), que entre 2002 e 2003 matou 650 pessoas na China continental e em Hong Kong. As autoridades anunciaram ainda que até sexta-feira serão disponibilizadas 20 milhões de máscaras aos residentes de Macau e uma série de medidas de reforço de prevenção e controlo para combater a transmissão deste novo coronavírus, junto dos casinos, nas fronteiras, nos espaços e serviços públicos, bem como durante a realização de grandes eventos, num momento em que Macau atrai milhares de pessoas durante o Ano Novo Lunar. Fora da China continental, foram confirmados casos do novo coronavírus na Coreia do Sul, Japão, Tailândia, Estados Unidos, Taiwan, Hong Kong e Macau.
admin Manchete SociedadeEpidemia | Macau deteta segundo caso de infecção, homem é oriundo de Wuhan [dropcap]A[/dropcap]s autoridades de Macau anunciaram hoje que foi identificada uma segunda pessoa infectada com o novo tipo de coronavírus chinês de Wuhan, um vírus que já causou 17 mortes entre as mais de 550 pessoas infectadas. Trata-se de um homem de 66 anos, oriundo de Wuhan, que entrou no território na quarta-feira, com o pessoal de vigilância sanitária dos Serviços de Saúde a detetar febre corporal no indivíduo. O homem foi enviado imediatamente para o Serviço de Urgência Especial do Centro Hospitalar Conde de São Januário para efetuar exames, que deram positivo para o novo tipo de coronavírus. As autoridades de Macau tinham anunciado na quarta-feira, também em conferência de imprensa, o primeiro caso de vírus detetado na China, que causa pneumonias virais. O primeiro caso detetado foi de uma mulher de 52 anos, comerciante, oriunda também da cidade chinesa de Wuhan, onde foi detetado o coronavírus, que chegou a Macau no dia 19 e que foi submetida a dois testes que confirmaram a doença. Actualmente em regime de isolamento, ambos os casos são considerados pacientes de alto risco. As autoridades sublinharam que não existe um surto na comunidade e frisaram que as visitas diárias nos hospitais vão ser reduzidas de dois períodos para apenas um. Os espaços públicos estão a ser alvo de operações de limpeza, casos das paragens de autocarro e de táxis, e mercados municipais. Durante as festividades do Ano Novo Lunar, período em que Macau regista um maior fluxo de visitantes, as autoridades vão realizar testes de medição de temperatura, uma medida promovida também nos serviços públicos, tendo sido determinado o uso de máscaras para trabalhadores em atendimento ao público, algo alargado também para os trabalhadores dos casinos. As autoridades anunciaram ainda que após o período das férias do Ano Novo Lunar vão ser tomadas medidas de reforço de prevenção e controlo nas escolas do território. A Comissão Nacional de Saúde da China alertou que o novo tipo de coronavírus, uma espécie de vírus que causa infeções respiratórias em seres humanos e animais, “pode sofrer mutações e espalhar-se mais facilmente”. O vírus foi inicialmente detetado, no mês passado, em Wuhan, cidade do centro da China, um importante centro de transporte doméstico e internacional. O surto surge numa altura em que milhões de chineses viajam, por ocasião do Ano Novo Lunar, a principal festa das famílias chinesas, equivalente ao natal nos países ocidentais. Segundo o Ministério dos Transportes chinês, o país deve registar um total de três mil milhões de viagens internas durante os próximos 40 dias. Os casos alimentaram receios sobre uma potencial epidemia, semelhante à da pneumonia atípica, ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), que entre 2002 e 2003 matou 650 pessoas na China continental e em Hong Kong. As autoridades anunciaram ainda que até sexta-feira serão disponibilizadas 20 milhões de máscaras aos residentes de Macau e uma série de medidas de reforço de prevenção e controlo para combater a transmissão deste novo coronavírus, junto dos casinos, nas fronteiras, nos espaços e serviços públicos, bem como durante a realização de grandes eventos, num momento em que Macau atrai milhares de pessoas durante o Ano Novo Lunar. Fora da China continental, foram confirmados casos do novo coronavírus na Coreia do Sul, Japão, Tailândia, Estados Unidos, Taiwan, Hong Kong e Macau.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeCinemateca Paixão | Aberto concurso público para gestão do espaço Foi ontem publicado em Boletim Oficial o despacho que dá conta da abertura do concurso público para a gestão e operacionalização da Cinemateca Paixão. O contrato com a nova concessionária começa oficialmente em Agosto deste ano e tem validade até Julho de 2023 [dropcap]E[/dropcap]stá oficialmente aberto o concurso público para a gestão do espaço da Cinemateca Paixão, depois da polémica marcada pelo fim do contrato de concessão com a Associação Audiovisual Cut, no final de 2019, sem que tenha sido realizado, por parte do Instituto Cultural (IC), um novo concurso, o que quase ditou o fecho da Cinemateca. De acordo com o despacho ontem publicado em Boletim Oficial (BO), o concurso visa a assinatura de um novo contrato de concessão, com a duração prevista para 1 de Agosto deste ano até 31 de Julho de 2023. As empresas candidatas devem entregar uma caução provisória de cerca de 554 mil patacas, valor que corresponde a quatro por cento do valor total da adjudicação. Segundo o despacho, assinado por Leong Wai Man, presidente substituta do IC, são considerados como critérios de apreciação das propostas o preço proposto pela empresa, factor que tem um peso de 40 por cento. Segue-se, também com um peso de 40 por cento, o “grau de perfeição da proposta operacional trienal e do plano operacional para os primeiros doze meses”. Por sua vez, o factor “experiência do concorrente e da pessoa proposta para director de operações” ocupa apenas um peso de 14 por cento na tomada de decisão do Governo, enquanto que o critério “experiência da pessoa proposta para consultor”, tem um peso de seis por cento. Haja esperança Em Dezembro foi notícia o fim do concurso público para a operacionalização da Cinemateca Paixão, único espaço em Macau que exibe cinema independente, não só feito na Ásia mas também no resto do mundo. O facto de o IC não ter lançado novo concurso punha em causa a continuação do projecto, mas o Governo decidiu estender o contrato com a Associação Audiovisual Cut por mais seis meses, a fim de manter a Cinemateca de portas abertas. Em declarações recentes ao HM, Rita Wong, responsável pela programação da Cinemateca, disse ter esperança na renovação da concessão à Cut, dada a experiência já adquirida. “Claro que temos confiança [em ganhar a concessão], tendo em conta o bom planeamento que fizemos e a experiência que temos. Conhecemos o mercado e esperamos vencer de novo o concurso público para podermos trabalhar para o público.” Rita Wong deu também explicações sobre o que de facto aconteceu com a concessão do projecto. “Não se esqueceram [de lançar um novo concurso público], mas penso que tiveram as suas próprias dificuldades. Esperávamos a chegada do novo concurso público para que nos pudéssemos preparar para concorrer. Eles [IC] sabiam disso, tudo estava a ser trabalhado e nós continuámos à espera. Na segunda metade do ano pareceu-nos que já não ia ser lançado o concurso.”
admin Manchete SociedadeCinemateca Paixão | Aberto concurso público para gestão do espaço Foi ontem publicado em Boletim Oficial o despacho que dá conta da abertura do concurso público para a gestão e operacionalização da Cinemateca Paixão. O contrato com a nova concessionária começa oficialmente em Agosto deste ano e tem validade até Julho de 2023 [dropcap]E[/dropcap]stá oficialmente aberto o concurso público para a gestão do espaço da Cinemateca Paixão, depois da polémica marcada pelo fim do contrato de concessão com a Associação Audiovisual Cut, no final de 2019, sem que tenha sido realizado, por parte do Instituto Cultural (IC), um novo concurso, o que quase ditou o fecho da Cinemateca. De acordo com o despacho ontem publicado em Boletim Oficial (BO), o concurso visa a assinatura de um novo contrato de concessão, com a duração prevista para 1 de Agosto deste ano até 31 de Julho de 2023. As empresas candidatas devem entregar uma caução provisória de cerca de 554 mil patacas, valor que corresponde a quatro por cento do valor total da adjudicação. Segundo o despacho, assinado por Leong Wai Man, presidente substituta do IC, são considerados como critérios de apreciação das propostas o preço proposto pela empresa, factor que tem um peso de 40 por cento. Segue-se, também com um peso de 40 por cento, o “grau de perfeição da proposta operacional trienal e do plano operacional para os primeiros doze meses”. Por sua vez, o factor “experiência do concorrente e da pessoa proposta para director de operações” ocupa apenas um peso de 14 por cento na tomada de decisão do Governo, enquanto que o critério “experiência da pessoa proposta para consultor”, tem um peso de seis por cento. Haja esperança Em Dezembro foi notícia o fim do concurso público para a operacionalização da Cinemateca Paixão, único espaço em Macau que exibe cinema independente, não só feito na Ásia mas também no resto do mundo. O facto de o IC não ter lançado novo concurso punha em causa a continuação do projecto, mas o Governo decidiu estender o contrato com a Associação Audiovisual Cut por mais seis meses, a fim de manter a Cinemateca de portas abertas. Em declarações recentes ao HM, Rita Wong, responsável pela programação da Cinemateca, disse ter esperança na renovação da concessão à Cut, dada a experiência já adquirida. “Claro que temos confiança [em ganhar a concessão], tendo em conta o bom planeamento que fizemos e a experiência que temos. Conhecemos o mercado e esperamos vencer de novo o concurso público para podermos trabalhar para o público.” Rita Wong deu também explicações sobre o que de facto aconteceu com a concessão do projecto. “Não se esqueceram [de lançar um novo concurso público], mas penso que tiveram as suas próprias dificuldades. Esperávamos a chegada do novo concurso público para que nos pudéssemos preparar para concorrer. Eles [IC] sabiam disso, tudo estava a ser trabalhado e nós continuámos à espera. Na segunda metade do ano pareceu-nos que já não ia ser lançado o concurso.”
João Santos Filipe Manchete SociedadeEpidemia de Wuhan | Turista de 52 anos trouxe o primeiro caso para o território Com a oficialização do primeiro caso da pneumonia de Wuhan no território seguiu-se uma corrida às máscaras. Segundo os SSM, entre os oito fornecedores apenas um tinha stock disponível. Ontem à noite havia ainda outros quatro casos suspeitos [dropcap]U[/dropcap]ma turista de 52 anos que viajou para Macau no dia 19 de Janeiro, vinda de Wuhan, é o primeiro caso no território da epidemia que até ontem já tinha feito nove mortos, todos no Interior da China. A primeira ocorrência em Macau da nova doença foi anunciada ontem pela secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieng U, numa conferência de imprensa do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, que teve lugar na sede do Governo. “Ontem à noite registámos o primeiro caso confirmado [de pneumonia de Wuhan]. É um caso importado por uma visitante de Wuhan, que foi diagnosticada com o coronavírus. Fizemos dois testes e o resultado foi positivo”, anunciou a secretária. “Quando a mulher chegou a Macau não tinha sintomas óbvios de febre, nem os manifestou no hospital. Os sintomas que apresentava eram uma dor de garganta e tosse, que já durava há uma semana”, acrescentou. Em Macau, a mulher entrou pelas Portas do Cerco, por volta das 22h00 de domingo, tendo depois apanhado um autocarro shuttle da Galaxy, acabando no hotel e casino Landmark, onde ficou hospedada. Segundo a informação oficial, a doente apenas deixou o hotel e as mesas do casino para ir a restaurantes nas zonas adjacentes ao edifício. Foi já na terça-feira à tarde, quando estava em Macau há quase dois dias, que a comerciante de Wuhan se sentiu mal e se deslocou ao Hospital Conde São Januária, com tosse e dores de garganta. Na instituição foi logo classificada pelo paciente de “alto risco”, revelou Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde, e os dois exames feitos pelo pessoal médico confirmaram a existência do coronavírus. A mulher infectada viajou com outros dois amigos que se encontravam no mesmo hotel e que estão isolados no Hospital Conde São Januário. Este casal conviveu igualmente com uma outra mulher, que também foi isolada. Os três vão permanecer durante 14 dias em isolamento, que corresponde ao período de incubação da pneumonia de Wuhan. Além destes três casos suspeitos, há um outro, assinalado desde terça-feira, que diz respeito a um homem com cerca de 60 anos. Em todas as outras situações identificadas na terça-feira a hipótese de contágio foi afastada. Doença confirmada Ainda sobre o caso da mulher, Lei Chin Ion apontou que não considera o risco de transmissão “muito alto”, uma vez que a doença foi detectada numa fase inicial, quando ainda nem havia febre. “A declaração que o risco de transmissão não é muito alto tem por base o diagnóstico médico. O nível de transmissão tem em conta o nível da gravidade do paciente. Se apresentou sintomas graves, como tosse contínua, muitos vírus no corpo ou corrimento nasal então dizemos que existe um alto risco de contágio”, justificou o director dos SSM. “Mas neste paciente a situação não era assim tão grave, apresentou tosse, dor de garganta, mas não tinha febre, nem sintomas no sistema respiratório, por isso consideramos que o nível de transmissão não é assim tão elevado”, clarificou. Medidas em curso Após ter sido divulgado o primeiro caso em Macau, o Executivo apresentou igualmente um conjunto de medidas com o objectivo de prevenir mais casos e evitar um surto no território, tal como acontece no Interior. No que diz respeito aos departamentos governamentais, Ao Ieng U anunciou que vai haver controlos de temperatura e que vai ser obrigatório a utilização de máscara para as pessoas na linha da frente. O mesmo acontece em todas as mesas de jogo da RAEM em que a utilização de máscara passou a ser obrigatória, apesar de na tarde de ontem nem todos os croupiers estarem a utilizá-las. Também as escolas, que tiveram ontem uma reunião de emergência com a Direcção de Serviços de Educação e Juventude (DSEJ), vão ter instruções para aplicarem, após as férias do Ano Novo Chinês. O Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) vai igualmente conduzir operações de limpeza frequentes em paragens de autocarros, de táxis, assim como nos mercados municipais e casas-de-banho públicas. Já nas Portas do Cerco a limpeza por parte do IAM vai também ser diária. Por sua vez, a Direcção de Serviços de Turismo vai medir a temperatura dos trabalhadores durante as grandes festividades de Ano Novo Chinês, mas afastou, por enquanto, a possibilidade de aconselhar as pessoas a evitarem multidões e grandes eventos. No entanto, a secretária pediu às pessoas que se sintam mal que não frequentem os espaços, ou que o façam usando máscara. Camas de isolamento insuficientes Os dois locais da RAEM prontos para isolar eventuais pacientes só têm capacidade para 180 pessoas. Os números foram avançados ontem por Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde de Macau. Face ao número de pessoas a viver em Macau registados no final do terceiro trimestre do ano passado, que era de cerca de 676.100, o número de camas disponíveis não chega nem para 1 por cento, ficando-se nos 0,03 por cento. Se for tido em conta o número de turistas que entra em Macau durante o período do Ano Novo Chinês, o número cai ainda mais.
admin Manchete SociedadeEpidemia de Wuhan | Turista de 52 anos trouxe o primeiro caso para o território Com a oficialização do primeiro caso da pneumonia de Wuhan no território seguiu-se uma corrida às máscaras. Segundo os SSM, entre os oito fornecedores apenas um tinha stock disponível. Ontem à noite havia ainda outros quatro casos suspeitos [dropcap]U[/dropcap]ma turista de 52 anos que viajou para Macau no dia 19 de Janeiro, vinda de Wuhan, é o primeiro caso no território da epidemia que até ontem já tinha feito nove mortos, todos no Interior da China. A primeira ocorrência em Macau da nova doença foi anunciada ontem pela secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieng U, numa conferência de imprensa do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, que teve lugar na sede do Governo. “Ontem à noite registámos o primeiro caso confirmado [de pneumonia de Wuhan]. É um caso importado por uma visitante de Wuhan, que foi diagnosticada com o coronavírus. Fizemos dois testes e o resultado foi positivo”, anunciou a secretária. “Quando a mulher chegou a Macau não tinha sintomas óbvios de febre, nem os manifestou no hospital. Os sintomas que apresentava eram uma dor de garganta e tosse, que já durava há uma semana”, acrescentou. Em Macau, a mulher entrou pelas Portas do Cerco, por volta das 22h00 de domingo, tendo depois apanhado um autocarro shuttle da Galaxy, acabando no hotel e casino Landmark, onde ficou hospedada. Segundo a informação oficial, a doente apenas deixou o hotel e as mesas do casino para ir a restaurantes nas zonas adjacentes ao edifício. Foi já na terça-feira à tarde, quando estava em Macau há quase dois dias, que a comerciante de Wuhan se sentiu mal e se deslocou ao Hospital Conde São Januária, com tosse e dores de garganta. Na instituição foi logo classificada pelo paciente de “alto risco”, revelou Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde, e os dois exames feitos pelo pessoal médico confirmaram a existência do coronavírus. A mulher infectada viajou com outros dois amigos que se encontravam no mesmo hotel e que estão isolados no Hospital Conde São Januário. Este casal conviveu igualmente com uma outra mulher, que também foi isolada. Os três vão permanecer durante 14 dias em isolamento, que corresponde ao período de incubação da pneumonia de Wuhan. Além destes três casos suspeitos, há um outro, assinalado desde terça-feira, que diz respeito a um homem com cerca de 60 anos. Em todas as outras situações identificadas na terça-feira a hipótese de contágio foi afastada. Doença confirmada Ainda sobre o caso da mulher, Lei Chin Ion apontou que não considera o risco de transmissão “muito alto”, uma vez que a doença foi detectada numa fase inicial, quando ainda nem havia febre. “A declaração que o risco de transmissão não é muito alto tem por base o diagnóstico médico. O nível de transmissão tem em conta o nível da gravidade do paciente. Se apresentou sintomas graves, como tosse contínua, muitos vírus no corpo ou corrimento nasal então dizemos que existe um alto risco de contágio”, justificou o director dos SSM. “Mas neste paciente a situação não era assim tão grave, apresentou tosse, dor de garganta, mas não tinha febre, nem sintomas no sistema respiratório, por isso consideramos que o nível de transmissão não é assim tão elevado”, clarificou. Medidas em curso Após ter sido divulgado o primeiro caso em Macau, o Executivo apresentou igualmente um conjunto de medidas com o objectivo de prevenir mais casos e evitar um surto no território, tal como acontece no Interior. No que diz respeito aos departamentos governamentais, Ao Ieng U anunciou que vai haver controlos de temperatura e que vai ser obrigatório a utilização de máscara para as pessoas na linha da frente. O mesmo acontece em todas as mesas de jogo da RAEM em que a utilização de máscara passou a ser obrigatória, apesar de na tarde de ontem nem todos os croupiers estarem a utilizá-las. Também as escolas, que tiveram ontem uma reunião de emergência com a Direcção de Serviços de Educação e Juventude (DSEJ), vão ter instruções para aplicarem, após as férias do Ano Novo Chinês. O Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) vai igualmente conduzir operações de limpeza frequentes em paragens de autocarros, de táxis, assim como nos mercados municipais e casas-de-banho públicas. Já nas Portas do Cerco a limpeza por parte do IAM vai também ser diária. Por sua vez, a Direcção de Serviços de Turismo vai medir a temperatura dos trabalhadores durante as grandes festividades de Ano Novo Chinês, mas afastou, por enquanto, a possibilidade de aconselhar as pessoas a evitarem multidões e grandes eventos. No entanto, a secretária pediu às pessoas que se sintam mal que não frequentem os espaços, ou que o façam usando máscara. Camas de isolamento insuficientes Os dois locais da RAEM prontos para isolar eventuais pacientes só têm capacidade para 180 pessoas. Os números foram avançados ontem por Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde de Macau. Face ao número de pessoas a viver em Macau registados no final do terceiro trimestre do ano passado, que era de cerca de 676.100, o número de camas disponíveis não chega nem para 1 por cento, ficando-se nos 0,03 por cento. Se for tido em conta o número de turistas que entra em Macau durante o período do Ano Novo Chinês, o número cai ainda mais.
João Santos Filipe Manchete SociedadeGoverno confirma primeiro caso de Pneumonia de Wuhan em Macau [dropcap]A[/dropcap]s autoridades de Macau confirmaram esta manhã o primeiro caso de Pneumonia de Wuhan, que já matou nove pessoas no Interior da China. Trata-se de uma mulher natural de Wuhan com 52 anos, que entrou no território no domingo à noite, por volta das 23h, e que se deslocou ao hotel Landmark, onde terá ficado hospedada. Durante a estadia a mulher terá igualmente frequentado restaurantes daquela zona. Depois de se sentir doente, a mulher que viajava com dois amigos, deslocou-se ao hospital ontem, onde lhe foi diagnosticada a doença. Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde, afirmou que a doença foi detectada numa fase inicial, porque a mulher ainda não apresentava febre, o que faz com que o risco de contágio não seja tão elevado. Além do caso confirmado, as autoridades têm os dois amigos da mulher em isolamento no Hospital Conde São Januário, onde vão permanecer durante 14 dias, o período de incubação. Caso não apresentam a doença após esse período vão ter alta. Esta manhã foram confirmadas nove mortes pelas autoridades chinesas, assim como um total de 440 infecções.
João Luz Manchete SociedadeAreia Preta | Homicida namorou com marido da vítima mortal há 10 anos A mulher que esfaqueou uma família na Areia Preta havia mantido uma relação amorosa com o homem que deixou viúvo há mais de dez anos atrás. Além disso, a suspeita, entregue ao Ministério Público, chegou a pensar que teria sido envenenada pelo homem que procurou no final da fatídica noite de domingo [dropcap]À[/dropcap]s 16h de domingo, Liao, de 33 anos, entrava em Macau pelas Portas do Cerco para procurar o homem com quem havia mantido uma relação amorosa há 10 anos atrás. Ontem a Polícia Judiciária (PJ) deu uma conferência de imprensa para clarificar alguns detalhes errados que circularam na comunicação social, inclusive no Hoje Macau. De acordo com as autoridades, depois de entrar em Macau, Liao foi a um supermercado e comprou uma faca, que acabaria por ser a arma do crime, duas garrafas de vinho e um frasco de piripiri para, alegadamente, atirar aos olhos do homem. Não ficou claro se quando entrou no domicílio, a suspeita estaria embriagada, mas a PJ afirma que a mulher alimentou a ideia de que o homem a havia envenenado, e terá dito às autoridades que chegou mesmo a fazer análises clínicas no Interior da China que nada acusaram. Por volta das 17h, Liao chegou à zona da Avenida de Venceslau de Morais, onde testemunhas a terão visto a andar de um lado para o outro antes de entrar no prédio. Ao contrário do que foi dito ontem, depois de bater à porta da família, e como a mãe do homem a reconheceu, foi convidada para entrar. Sentou-se e falou com a mulher antes de cometer os crimes pelos quais irá responder perante a justiça. Segundo a PJ, de repente, Liao sacou da faca e começou por atacar primeiro o menino de cinco anos e, de seguida, a mãe da criança, que não resistiria aos golpes desferidos e quando a polícia chegou ao apartamento já estaria em paragem cardiorrespiratória. Depois do ataque à esposa, a sogra entrou na luta com a suspeita, situação que os agentes da Polícia de Segurança Pública encontraram quando entraram no apartamento, depois do alerta dado pelo porteiro do prédio que foi avisado pela filha, com 10 anos de idade, que terá sido a única ocupante do apartamento a escapar ilesa do ataque. Amizade tóxica Quando os agentes da autoridade entraram no apartamento, ordenaram a Liao para largar a arma branca e de seguida controlaram-na. Os danos estavam feitos. A mãe, com 33 anos de idade, faleceu na sequência de três golpes profundos no pescoço e duas perfurações no peito, além de ter sofrido múltiplos golpes profundos nos membros. O filho, de cinco anos, sofreu ferimentos no rosto, peito e ombro esquerdo. A avó, de 62 anos, sofreu ferimentos graves em órgãos vitais depois de ser esfaqueada no lado esquerdo do peito, abdómen, ombro direito e nas duas mãos. De acordo com a PJ, a suspeita terá tido uma relação com o homem que procurava há mais de uma década atrás, mas os dois ainda mantinham contacto e encontravam-se num contexto de amizade.
admin Manchete SociedadeAreia Preta | Homicida namorou com marido da vítima mortal há 10 anos A mulher que esfaqueou uma família na Areia Preta havia mantido uma relação amorosa com o homem que deixou viúvo há mais de dez anos atrás. Além disso, a suspeita, entregue ao Ministério Público, chegou a pensar que teria sido envenenada pelo homem que procurou no final da fatídica noite de domingo [dropcap]À[/dropcap]s 16h de domingo, Liao, de 33 anos, entrava em Macau pelas Portas do Cerco para procurar o homem com quem havia mantido uma relação amorosa há 10 anos atrás. Ontem a Polícia Judiciária (PJ) deu uma conferência de imprensa para clarificar alguns detalhes errados que circularam na comunicação social, inclusive no Hoje Macau. De acordo com as autoridades, depois de entrar em Macau, Liao foi a um supermercado e comprou uma faca, que acabaria por ser a arma do crime, duas garrafas de vinho e um frasco de piripiri para, alegadamente, atirar aos olhos do homem. Não ficou claro se quando entrou no domicílio, a suspeita estaria embriagada, mas a PJ afirma que a mulher alimentou a ideia de que o homem a havia envenenado, e terá dito às autoridades que chegou mesmo a fazer análises clínicas no Interior da China que nada acusaram. Por volta das 17h, Liao chegou à zona da Avenida de Venceslau de Morais, onde testemunhas a terão visto a andar de um lado para o outro antes de entrar no prédio. Ao contrário do que foi dito ontem, depois de bater à porta da família, e como a mãe do homem a reconheceu, foi convidada para entrar. Sentou-se e falou com a mulher antes de cometer os crimes pelos quais irá responder perante a justiça. Segundo a PJ, de repente, Liao sacou da faca e começou por atacar primeiro o menino de cinco anos e, de seguida, a mãe da criança, que não resistiria aos golpes desferidos e quando a polícia chegou ao apartamento já estaria em paragem cardiorrespiratória. Depois do ataque à esposa, a sogra entrou na luta com a suspeita, situação que os agentes da Polícia de Segurança Pública encontraram quando entraram no apartamento, depois do alerta dado pelo porteiro do prédio que foi avisado pela filha, com 10 anos de idade, que terá sido a única ocupante do apartamento a escapar ilesa do ataque. Amizade tóxica Quando os agentes da autoridade entraram no apartamento, ordenaram a Liao para largar a arma branca e de seguida controlaram-na. Os danos estavam feitos. A mãe, com 33 anos de idade, faleceu na sequência de três golpes profundos no pescoço e duas perfurações no peito, além de ter sofrido múltiplos golpes profundos nos membros. O filho, de cinco anos, sofreu ferimentos no rosto, peito e ombro esquerdo. A avó, de 62 anos, sofreu ferimentos graves em órgãos vitais depois de ser esfaqueada no lado esquerdo do peito, abdómen, ombro direito e nas duas mãos. De acordo com a PJ, a suspeita terá tido uma relação com o homem que procurava há mais de uma década atrás, mas os dois ainda mantinham contacto e encontravam-se num contexto de amizade.
Pedro Arede Manchete SociedadePorto Interior | Itinerário marítimo reabre com olhos postos na pneumonia de Wuhan Depois de terem sido confirmados os primeiros casos do novo coronavírus em Zhuhai, a travessia marítima entre o Porto Interior e o Porto de Wanzai reabre amanhã com medidas reforçadas para a detecção e prevenção de casos suspeitos da doença. Por dia, serão realizadas 110 viagens entre Macau e Zhuhai [dropcap]M[/dropcap]edidas específicas de detecção e prevenção relacionadas com a nova pneumonia viral de Whuhan vão estar prontas amanhã, a tempo da reabertuta do itinerário marítimo entre o terminal de passageiros do Porto Interior e o Porto de Wanzai (Ilha da Lapa). Foi isso que garantiu ontem, por ocasião de uma visita aberta ao requalificado terminal marítimo do Porto Interior, Tong Iok Peng, chefe do Departamento de Gestão Portuária. Assim, numa altura em que os Serviços de Saúde reforçaram (SS) as medidas de prevenção contra o novo tipo de pneumonia viral admitindo mesmo poder vir a elevar o nível de alerta de emergência para o nível dois (“Muito Grave”), foi assegurado que as entradas de passageiros em Macau, pelo terminal do Porto Interior serão monitorizadas, através do sistema de controlo de temperatura. Além disso, e após terem sido confirmados três casos de pneumonia viral na cidade vizinha de Zhuhai, a responsável afirmou também que, como medida de prevenção e após uma reunião interdepartamental, foi criada na área das chegadas uma zona de quarentena provisória no novo canal, para os casos suspeitos de serem portadores da doença. “No caso de se verificar, já dentro dos barcos, que alguém está com febre, esse facto será imediatamente comunicado e, de acordo com as indicações dos SS, se esses passageiros tiverem estado em Wuhan nos últimos 14 dias, o caso passa a ser encaminhado para as autoridades competentes logo a partir do desembarque. No caso de se tratar de passageiros que não estiveram em Wuhan, a situação será na mesma comunicada as serviços competentes e ao CPSP, que acompanhará essas pessoas para a zona de quarentena provisória (…) até à chegada do pessoal dos SS que fará uma verificação específica”, explicou Tong Iok Peng. A cada 15 minutos Com três embarcações prontas para entrar diariamente ao serviço entre as 7 e as 22 horas, serão realizadas a partir de amanhã um total de 110 viagens por dia, com as travessias a partir do Terminal Marítimo de Passageiros do Porto Interior para o Porto de Wanzai a acontecer a cada 15 minutos, excepto às 12h10, 12h25, 18h10 e 18h25. O preço da viagem do Porto Interior para Wanzai é de 20 patacas e de 30 patacas (ida e volta), para residentes. Para não residentes, acrescem 10 patacas a estes valores. Já o preço da viagem de Wanzai para Macau é de 15 renminbi e de 25 renminbi (ida e volta). Será também possível adquirir o cartão “Macau-Zhuhai” pelo preço de 60 patacas que permitirá aquirir viagens singulares por 12 patacas. Suspenso há quatro meses, o serviço é retomado amanhã, sendo que a primeira viagem do Porto de Wanzai para o Porto Interior será realizada às 12h45, ao passo que a viagem inaugural do Porto Interior para o Porto de Wanzai acontece às 12h55. Comércio | Revitalização de negócios em curso A reabertura da ligação marítima entre o Porto Interior e o Porto de Wanzai (Ilha da Lapa) deu o mote para Direcção dos Serviços de Economia (DSE) e Centro de Produtividade e Transferência de Tecnologia de Macau (CPTTM) reunirem, com o objectivo de promover a economia do bairro antigo do Porto Interior que volta a ser, a partir de amanhã, uma porta de entrada para os turistas do interior da China que chegam a Macau. Os trabalhos de revitalização anunciados através de uma nota do Gabinete do Secretário para a Economia e Finanças incluem a instalação de meios de pagamento electrónico, a introdução de projectos culturais e criativos e ainda realização de acções nas redes sociais, através da utilização de influenciadores para promover a história e a gastronomia local. A DSE pretende ainda que, a breve trecho, sejam lançados serviços de visitas guiadas dedicadas aos turistas que chegam ao Porto Interior vindos de Zhuhai.
admin Manchete SociedadePorto Interior | Itinerário marítimo reabre com olhos postos na pneumonia de Wuhan Depois de terem sido confirmados os primeiros casos do novo coronavírus em Zhuhai, a travessia marítima entre o Porto Interior e o Porto de Wanzai reabre amanhã com medidas reforçadas para a detecção e prevenção de casos suspeitos da doença. Por dia, serão realizadas 110 viagens entre Macau e Zhuhai [dropcap]M[/dropcap]edidas específicas de detecção e prevenção relacionadas com a nova pneumonia viral de Whuhan vão estar prontas amanhã, a tempo da reabertuta do itinerário marítimo entre o terminal de passageiros do Porto Interior e o Porto de Wanzai (Ilha da Lapa). Foi isso que garantiu ontem, por ocasião de uma visita aberta ao requalificado terminal marítimo do Porto Interior, Tong Iok Peng, chefe do Departamento de Gestão Portuária. Assim, numa altura em que os Serviços de Saúde reforçaram (SS) as medidas de prevenção contra o novo tipo de pneumonia viral admitindo mesmo poder vir a elevar o nível de alerta de emergência para o nível dois (“Muito Grave”), foi assegurado que as entradas de passageiros em Macau, pelo terminal do Porto Interior serão monitorizadas, através do sistema de controlo de temperatura. Além disso, e após terem sido confirmados três casos de pneumonia viral na cidade vizinha de Zhuhai, a responsável afirmou também que, como medida de prevenção e após uma reunião interdepartamental, foi criada na área das chegadas uma zona de quarentena provisória no novo canal, para os casos suspeitos de serem portadores da doença. “No caso de se verificar, já dentro dos barcos, que alguém está com febre, esse facto será imediatamente comunicado e, de acordo com as indicações dos SS, se esses passageiros tiverem estado em Wuhan nos últimos 14 dias, o caso passa a ser encaminhado para as autoridades competentes logo a partir do desembarque. No caso de se tratar de passageiros que não estiveram em Wuhan, a situação será na mesma comunicada as serviços competentes e ao CPSP, que acompanhará essas pessoas para a zona de quarentena provisória (…) até à chegada do pessoal dos SS que fará uma verificação específica”, explicou Tong Iok Peng. A cada 15 minutos Com três embarcações prontas para entrar diariamente ao serviço entre as 7 e as 22 horas, serão realizadas a partir de amanhã um total de 110 viagens por dia, com as travessias a partir do Terminal Marítimo de Passageiros do Porto Interior para o Porto de Wanzai a acontecer a cada 15 minutos, excepto às 12h10, 12h25, 18h10 e 18h25. O preço da viagem do Porto Interior para Wanzai é de 20 patacas e de 30 patacas (ida e volta), para residentes. Para não residentes, acrescem 10 patacas a estes valores. Já o preço da viagem de Wanzai para Macau é de 15 renminbi e de 25 renminbi (ida e volta). Será também possível adquirir o cartão “Macau-Zhuhai” pelo preço de 60 patacas que permitirá aquirir viagens singulares por 12 patacas. Suspenso há quatro meses, o serviço é retomado amanhã, sendo que a primeira viagem do Porto de Wanzai para o Porto Interior será realizada às 12h45, ao passo que a viagem inaugural do Porto Interior para o Porto de Wanzai acontece às 12h55. Comércio | Revitalização de negócios em curso A reabertura da ligação marítima entre o Porto Interior e o Porto de Wanzai (Ilha da Lapa) deu o mote para Direcção dos Serviços de Economia (DSE) e Centro de Produtividade e Transferência de Tecnologia de Macau (CPTTM) reunirem, com o objectivo de promover a economia do bairro antigo do Porto Interior que volta a ser, a partir de amanhã, uma porta de entrada para os turistas do interior da China que chegam a Macau. Os trabalhos de revitalização anunciados através de uma nota do Gabinete do Secretário para a Economia e Finanças incluem a instalação de meios de pagamento electrónico, a introdução de projectos culturais e criativos e ainda realização de acções nas redes sociais, através da utilização de influenciadores para promover a história e a gastronomia local. A DSE pretende ainda que, a breve trecho, sejam lançados serviços de visitas guiadas dedicadas aos turistas que chegam ao Porto Interior vindos de Zhuhai.
João Santos Filipe Manchete SociedadeWuhan | Governo acciona medidas especiais e cria Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus Ao Ieong U apelou à população para que não se preocupe com a nova epidemia porque o Governo promete tomar as “medidas necessárias”. No entanto, admite que a pneumonia pode mesmo chegar a Macau. Os três infectados em Zhuhai encontram-se no outro lado da fronteira desde o dia 2 de Janeiro, depois de terem voado do epicentro da doença, que já vitimou quatro pessoas no Interior da China [dropcap]E[/dropcap]m resposta à escalada do número de pessoas infectadas com a pneumonia de Wuhan, o Chefe do Executivo anunciou ontem a criação do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus para lidar com a situação. Além do centro, que é liderada por Ho Iat Seng e pela secretária para os Assuntos Sociais e Cultural, Ao Ieong U, entram hoje em vigor novas medidas no Aeroporto Internacional de Macau, que passa a medir a temperatura de todas as pessoas vindos do Interior da China. O centro foi criado ontem e apresentado por Ao Ieong U, em conferência de impensa, depois de se ter ficado a conhecer o caso de uma família infectada em Zhuhai. Segundo informações oficiais, os três infectados estiveram em Wuhan e regressaram a Zhuhai no passado dia 2 de Janeiro. Porém, apenas na segunda-feira à noite foi confirmado o caso. Face a este cenário, a secretária admitiu a hipótese de haver infecções em Macau, mas apelou à população que não se preocupe porque o Governo vai desempenhar a suas funções: “Nos últimos dois dias foram confirmados mais casos no Interior. Também em Zhuhai há uma família infectada. Por isso, existe a probabilidade que a doença chegue a Macau e temos de ser cada vez mais cautelosos. Foi por isso que foi criado o Centro de Coordenação. É uma das medidas especiais para fazer face à doença”, começou por explicar Ao Ieong U. “A população não tem de ficar preocupada com este novo tipo de coronavírus porque o Governo vai tomar as medidas necessárias, assim como vai divulgar as informações de forma atempada”, prometeu. A outra medida avançada passa pelo rastreio da febre a todos os turistas vindos do Interior da China através do Aeroporto Internacional de Macau, assim como o preenchimento de uma declaração sobre o lugar que ocuparam e outros dados, como a eventual estadia em Wuhan. No caso das pessoas que vêm do epicentro da epidemia, o rastreio da febre é feito de duas formas, não só a partir da saída do aeroporto, onde há equipamentos para o efeito, mas também com equipas médicas a entrarem nos aviões para fazerem a medição pessoa a pessoa. Confiança em Zhuhai Apesar da fronteira das Portas do Cerco ser o principal posto de entrada em Macau, até ontem não estavam previstas medidas especiais do lado de cá, além do reforço do pessoal para o rastreio da febre, durante as celebrações do Ano Novo Chinês. Actualmente já existe medição da temperatura das pessoas que entram, assim como para os veículos privados que atravessam a fronteira. Ontem, estas medidas eram consideradas suficientes, o que Lam Chong, chefe do Centro de Prevenção e Controlo de Doença, também justificou com a confiança de Macau nas autoridades de Zhuhai. “Não estão previstas novas medidas para as Portas do Cerco, não só porque acreditamos nas autoridades de Zhuhai, como também porque temos medição de temperatura para os turistas e para os passageiros que entram nos veículos privados. Se houver alguma suspeita de infecção, o caso vai ser diagnosticado”, afirmou o responsável. Lam Chong indicou também que o posto de Gongbei vai estar em cima dos turistas e que se houver suspeitas vai reter as pessoas: “No posto fronteiriço do lado de Zhuhai vai haver igualmente o rastreio de febre. Se houver casos identificados, o suspeito de infecção vai ser aconselhado a não sair do Interior para Macau”, explicou. Férias e operações suspensas Para fazer face a um eventual surto, os Serviços de Saúde vão suspender os procedimentos médicos agendados considerados não-urgentes e impedir que os trabalhadores vão de férias. As intervenções que serão suspensas ainda não estão decididas e só deverão ser anunciadas nos próximos dias. “Os dirigentes dos Serviços de Saúde vão suspender as suas férias e as equipas têm de ter uma lista de trabalhadores para responder a esta doença. Os trabalhos não relacionados com esta epidemia, como cirurgias, vão igualmente ser suspensos”, anunciou Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde (SSM). Ontem, ficou igualmente a saber-se que em Wuhan 15 dos infectados fazem parte das equipas médicas que lidaram com pacientes. Contudo, Lam Chong garantiu que o pessoal médico local está preparado para lidar com a situação. “Sempre tivemos em conta a possibilidade de haver transmissão entre humanos. Por isso adoptámos as medidas de protecção mais exigentes. Tivemos casos suspeitos de infecção e já organizamos uma sala própria para o diagnóstico. Todo o nosso pessoal já tinha vestido o uniforme de protecção para prestar o auxilio aos pacientes, assim como as máscaras de M5, para evitar o contágio entre humanos”, garantiu. O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus vai estar activo 24 horas por dia e vai emitir as informações sobre o número de casos às 17h00 de cada dia. Aviso contra rumores Com a criação do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus o Governo passa a poder aplicar medidas especiais para controlar a situação. Durante a aplicação dessas medidas quem proferir rumores pode ser punido com uma pena de prisão que pode chegar a um ano. Por esse motivo, também a secretária deixou o alerta e pediu às pessoas que não acreditem nas redes sociais: “Os cidadãos não devem só ouvir e acreditar nas informações não confirmadas ou que circulem pelas redes sociais”, apelou. Ao Ieong U apontou ainda que Centro de Coordenação vai emitir todas as informações “necessárias”. Ambulância, em caso de suspeita Lam Chong apelou à população que no caso de suspeitar estar infectada pela pneumonia de Wuhan que chame uma ambulância para se deslocar ao hospital e que evite os transportes públicos. O responsável sublinhou ainda a necessidade dos eventuais infectados utilizarem máscaras. Por outro lado, o responsável não afastou a hipótese de ser a saliva a espalhar a doença, pelo que apelou às pessoas que pratiquem uma boa higiene pessoal e que usem máscara no dia-a-dia. Autoridades admitem 6 mortes e 291 infectados Governo Central apela a governantes que evitem SARS e não escondam casos As autoridades chinesas confirmaram ontem a morte de mais duas pessoas, o que eleva o número de vítimas da pneumonia de Wuhan para seis, desde que a epidemia rebentou em Dezembro. Além disso, o número de casos confirmados subiu para 291, entre os quais 270 em Hubei, província que inclui Wuhan, e 21 em outras regiões como Pequim, Xangai e Cantão. Entre os locais com casos registados, encontram-se Zhuhai e Shenzhen. Além destes números, também Taiwan confirmou ontem à noite um caso, de uma mulher que chegou à Formosa vinda de Wuhan. No entanto, um estudo apresentado ontem pela Universidade de Hong Kong, com base nos dados disponíveis do Governo Central, aponta para que cerca de 1.343 pessoas tenham sido infectadas, com o vírus a chegar a outras 20 cidades, além das mencionadas. Já na passada semana, um outro estudo, de um académico britânico, tinha avançado a possibilidade de o número de infectados ser superior a 1.700. O cálculo teve por base uma fórmula matemática sobre o contacto com que as pessoas infectadas poderiam ter estado, nomeadamente o caso que foi exportado para a Tailândia. Pilar da vergonha Ontem, o órgão superior de Pequim que garante a execução da lei da ordem pública, denominado Comissão para as Políticas Centrais e Assuntos Legais, publicou mesmo um texto nas redes sociais a apelar aos governantes locais para que não escondam potenciais casos, como aconteceu em 2003, com a epidemia da SARS, que vitimou mais de 700 pessoas. “Qualquer pessoa que coloque a sua carreira política à frente dos interesses da população vai ser o pecador de um milénio para o partido e para a população”, é escrito, de acordo com South China Morning Post. “Qualquer pessoa que atrase e esconda o relato de casos devido aos interesses próprios vai ser pregado ao pilar da vergonha para a eternidade”, é acrescentado. Fora da China foram identificados quatro casos, importados, na Tailândia, Japão e Coreia do Sul. Na Austrália um homem foi igualmente colocado em quarentena na cidade Brisbane, por se suspeitar que está infectado, uma vez que esteve recentemente em Wuhan. Esta realidade levou a que vários países tenham reforçado as medidas de controlo para os voos com origem em Wuhan e na China, como os Estados Unidos.
admin Manchete SociedadeWuhan | Governo acciona medidas especiais e cria Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus Ao Ieong U apelou à população para que não se preocupe com a nova epidemia porque o Governo promete tomar as “medidas necessárias”. No entanto, admite que a pneumonia pode mesmo chegar a Macau. Os três infectados em Zhuhai encontram-se no outro lado da fronteira desde o dia 2 de Janeiro, depois de terem voado do epicentro da doença, que já vitimou quatro pessoas no Interior da China [dropcap]E[/dropcap]m resposta à escalada do número de pessoas infectadas com a pneumonia de Wuhan, o Chefe do Executivo anunciou ontem a criação do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus para lidar com a situação. Além do centro, que é liderada por Ho Iat Seng e pela secretária para os Assuntos Sociais e Cultural, Ao Ieong U, entram hoje em vigor novas medidas no Aeroporto Internacional de Macau, que passa a medir a temperatura de todas as pessoas vindos do Interior da China. O centro foi criado ontem e apresentado por Ao Ieong U, em conferência de impensa, depois de se ter ficado a conhecer o caso de uma família infectada em Zhuhai. Segundo informações oficiais, os três infectados estiveram em Wuhan e regressaram a Zhuhai no passado dia 2 de Janeiro. Porém, apenas na segunda-feira à noite foi confirmado o caso. Face a este cenário, a secretária admitiu a hipótese de haver infecções em Macau, mas apelou à população que não se preocupe porque o Governo vai desempenhar a suas funções: “Nos últimos dois dias foram confirmados mais casos no Interior. Também em Zhuhai há uma família infectada. Por isso, existe a probabilidade que a doença chegue a Macau e temos de ser cada vez mais cautelosos. Foi por isso que foi criado o Centro de Coordenação. É uma das medidas especiais para fazer face à doença”, começou por explicar Ao Ieong U. “A população não tem de ficar preocupada com este novo tipo de coronavírus porque o Governo vai tomar as medidas necessárias, assim como vai divulgar as informações de forma atempada”, prometeu. A outra medida avançada passa pelo rastreio da febre a todos os turistas vindos do Interior da China através do Aeroporto Internacional de Macau, assim como o preenchimento de uma declaração sobre o lugar que ocuparam e outros dados, como a eventual estadia em Wuhan. No caso das pessoas que vêm do epicentro da epidemia, o rastreio da febre é feito de duas formas, não só a partir da saída do aeroporto, onde há equipamentos para o efeito, mas também com equipas médicas a entrarem nos aviões para fazerem a medição pessoa a pessoa. Confiança em Zhuhai Apesar da fronteira das Portas do Cerco ser o principal posto de entrada em Macau, até ontem não estavam previstas medidas especiais do lado de cá, além do reforço do pessoal para o rastreio da febre, durante as celebrações do Ano Novo Chinês. Actualmente já existe medição da temperatura das pessoas que entram, assim como para os veículos privados que atravessam a fronteira. Ontem, estas medidas eram consideradas suficientes, o que Lam Chong, chefe do Centro de Prevenção e Controlo de Doença, também justificou com a confiança de Macau nas autoridades de Zhuhai. “Não estão previstas novas medidas para as Portas do Cerco, não só porque acreditamos nas autoridades de Zhuhai, como também porque temos medição de temperatura para os turistas e para os passageiros que entram nos veículos privados. Se houver alguma suspeita de infecção, o caso vai ser diagnosticado”, afirmou o responsável. Lam Chong indicou também que o posto de Gongbei vai estar em cima dos turistas e que se houver suspeitas vai reter as pessoas: “No posto fronteiriço do lado de Zhuhai vai haver igualmente o rastreio de febre. Se houver casos identificados, o suspeito de infecção vai ser aconselhado a não sair do Interior para Macau”, explicou. Férias e operações suspensas Para fazer face a um eventual surto, os Serviços de Saúde vão suspender os procedimentos médicos agendados considerados não-urgentes e impedir que os trabalhadores vão de férias. As intervenções que serão suspensas ainda não estão decididas e só deverão ser anunciadas nos próximos dias. “Os dirigentes dos Serviços de Saúde vão suspender as suas férias e as equipas têm de ter uma lista de trabalhadores para responder a esta doença. Os trabalhos não relacionados com esta epidemia, como cirurgias, vão igualmente ser suspensos”, anunciou Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde (SSM). Ontem, ficou igualmente a saber-se que em Wuhan 15 dos infectados fazem parte das equipas médicas que lidaram com pacientes. Contudo, Lam Chong garantiu que o pessoal médico local está preparado para lidar com a situação. “Sempre tivemos em conta a possibilidade de haver transmissão entre humanos. Por isso adoptámos as medidas de protecção mais exigentes. Tivemos casos suspeitos de infecção e já organizamos uma sala própria para o diagnóstico. Todo o nosso pessoal já tinha vestido o uniforme de protecção para prestar o auxilio aos pacientes, assim como as máscaras de M5, para evitar o contágio entre humanos”, garantiu. O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus vai estar activo 24 horas por dia e vai emitir as informações sobre o número de casos às 17h00 de cada dia. Aviso contra rumores Com a criação do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus o Governo passa a poder aplicar medidas especiais para controlar a situação. Durante a aplicação dessas medidas quem proferir rumores pode ser punido com uma pena de prisão que pode chegar a um ano. Por esse motivo, também a secretária deixou o alerta e pediu às pessoas que não acreditem nas redes sociais: “Os cidadãos não devem só ouvir e acreditar nas informações não confirmadas ou que circulem pelas redes sociais”, apelou. Ao Ieong U apontou ainda que Centro de Coordenação vai emitir todas as informações “necessárias”. Ambulância, em caso de suspeita Lam Chong apelou à população que no caso de suspeitar estar infectada pela pneumonia de Wuhan que chame uma ambulância para se deslocar ao hospital e que evite os transportes públicos. O responsável sublinhou ainda a necessidade dos eventuais infectados utilizarem máscaras. Por outro lado, o responsável não afastou a hipótese de ser a saliva a espalhar a doença, pelo que apelou às pessoas que pratiquem uma boa higiene pessoal e que usem máscara no dia-a-dia. Autoridades admitem 6 mortes e 291 infectados Governo Central apela a governantes que evitem SARS e não escondam casos As autoridades chinesas confirmaram ontem a morte de mais duas pessoas, o que eleva o número de vítimas da pneumonia de Wuhan para seis, desde que a epidemia rebentou em Dezembro. Além disso, o número de casos confirmados subiu para 291, entre os quais 270 em Hubei, província que inclui Wuhan, e 21 em outras regiões como Pequim, Xangai e Cantão. Entre os locais com casos registados, encontram-se Zhuhai e Shenzhen. Além destes números, também Taiwan confirmou ontem à noite um caso, de uma mulher que chegou à Formosa vinda de Wuhan. No entanto, um estudo apresentado ontem pela Universidade de Hong Kong, com base nos dados disponíveis do Governo Central, aponta para que cerca de 1.343 pessoas tenham sido infectadas, com o vírus a chegar a outras 20 cidades, além das mencionadas. Já na passada semana, um outro estudo, de um académico britânico, tinha avançado a possibilidade de o número de infectados ser superior a 1.700. O cálculo teve por base uma fórmula matemática sobre o contacto com que as pessoas infectadas poderiam ter estado, nomeadamente o caso que foi exportado para a Tailândia. Pilar da vergonha Ontem, o órgão superior de Pequim que garante a execução da lei da ordem pública, denominado Comissão para as Políticas Centrais e Assuntos Legais, publicou mesmo um texto nas redes sociais a apelar aos governantes locais para que não escondam potenciais casos, como aconteceu em 2003, com a epidemia da SARS, que vitimou mais de 700 pessoas. “Qualquer pessoa que coloque a sua carreira política à frente dos interesses da população vai ser o pecador de um milénio para o partido e para a população”, é escrito, de acordo com South China Morning Post. “Qualquer pessoa que atrase e esconda o relato de casos devido aos interesses próprios vai ser pregado ao pilar da vergonha para a eternidade”, é acrescentado. Fora da China foram identificados quatro casos, importados, na Tailândia, Japão e Coreia do Sul. Na Austrália um homem foi igualmente colocado em quarentena na cidade Brisbane, por se suspeitar que está infectado, uma vez que esteve recentemente em Wuhan. Esta realidade levou a que vários países tenham reforçado as medidas de controlo para os voos com origem em Wuhan e na China, como os Estados Unidos.