AL | Sam Hou Fai realça trabalho dos deputados para ordem constitucional

Num jantar com todos os deputados, antes da eleição do novo hemiciclo, o Chefe do Executivo enalteceu o trabalho dos legisladores na salvaguarda da “ordem constitucional da RAEM estabelecida pela Constituição e pela Lei Básica”. Entre os deputados presentes esteve Ron Lam, afastado das próximas eleições por não ser fiel à RAEM e à Lei Básica

 

Na sexta-feira, Sam Hou Fai ofereceu um jantar a todos os deputados da 7ª legislatura, que terminará na primeira reunião (em meados de Outubro) do novo elenco de legisladores apurados nas próximas eleições legislativas. O Chefe do Executivo brindou os deputados com elogios e realçou os êxitos alcançados pelos deputados, que “proporcionam alicerces sólidos para a nova legislatura”, na salvaguarda efectiva “da ordem constitucional da RAEM estabelecida pela Constituição e pela Lei Básica”.

Segundo um comunicado emitido pelo Gabinete de Comunicação Social, o governante salientou que os deputados asseguraram “o funcionamento eficaz e suave da estrutura com predominância do poder executivo estabelecida pela Lei Básica, apoiou sempre, colaborou e fiscalizou o Governo na governação segundo a lei, exerceu efectivamente os poderes e funções atribuídos pela Lei Básica”.

Entre os “resultados frutíferos” dos trabalhos legislativos, Sam Hou Fai destacou a “modernização do sistema jurídico da RAEM”, nomeadamente o aperfeiçoamento do regime jurídico da defesa da segurança do Estado.

Participaram no jantar todos os deputados, incluindo os que estão de saída. Um deles foi Ron Lam, que apesar dos elogios de Sam Hou Fai sobre a salvaguarda “da ordem constitucional da RAEM estabelecida pela Constituição e pela Lei Básica”, foi desqualificado das próximas eleições alegadamente por não ser fiel à RAEM e à Lei Básica.

No devido lugar

No total, durante os quatro anos de actividade, os deputados da sétima legislatura aprovaram 86 leis. Além disso, Sam Hou Fai elogiou os trabalhos dos deputados para a “elevação da capacidade governativa da RAEM, o desenvolvimento da diversificação adequada da economia”, assim como eu áreas importantes para o bem-estar da população.

O Chefe do Executivo indicou que nos últimos quatro anos, o funcionamento da Assembleia Legislativa (AL) proporcionou “três importantes experiências e inspirações”. A primeira foi garantir a implementação firme do princípio “Macau governada por patriotas”. A segunda foi o cumprimento correcto das funções e responsabilidades da AL “para assegurar o funcionamento suave da estrutura com predominância do poder executivo”. A terceira foi a continuidade da melhoria da eficiência e qualidade legislativas “para assegurar a conformidade legal dos projectos da RAEM e salvaguardar o ambiente e o prestígio da Macau alicerçada no Estado de Direito”.

Por último, Sam Hou Fai disse esperar que Kou Hoi In, Chui Sai Cheong e os deputados que deixarão o cargo em breve continuem a apoiar o Governo na governação segundo a lei e a contribuir com esforços e sugestões para o desenvolvimento, prosperidade e estabilidade da RAEM a longo prazo.

17 Ago 2025

Podul | Chuvadas causam inundações um pouco por toda a cidade e ruas cortadas

As fortes chuvadas que se abateram ontem sobre Macau deixaram muitas zonas completamente inundadas, um cenário que não se via há muito tempo na cidade. Poucos minutos depois da emissão do sinal de chuva intensa, já muitas estradas tinham sido cortadas, com veículos apanhados pelas cheias e houve até deslizamento de terra e pedras em Coloane

 

Estradas cortadas, aulas canceladas, veículos presos em autênticas piscinas de água castanha, deslizamento de terra e pedras e um total pandemónio na cidade. Assim foi o dia de ontem em Macau, com chuvas fortes o dia inteiro e o sinal mais elevado de chuva intensa (sinal preto) emitido durante várias horas.

A partir do início da tarde, começaram a circular nas redes sociais vídeos e fotografias de inundações e os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) actualizavam, às 15h50, o aviso sobre a precipitação acumulada.
“Devido à influência de chuva forte, a precipitação máxima acumulada, em algumas áreas da Taipa e Coloane atingiu os 110 mm por hora. Com base nos dados mais recentes, prevê-se que a precipitação se mantenha, uma vez que, a região vai continuar a ser afectada por uma área de chuva durante algum tempo”, indicaram os SMG, aconselhando a “população a abrigar-se num lugar seguro e coberto”.

Cerca de 24 horas antes, os mesmos serviços previam que “no que diz respeito ao ‘storm surge’, uma vez que os próximos dois dias (ontem e hoje) não são de maré alta astronómica, a probabilidade de inundações provocadas por “storm surge”, é baixa. No entanto, podem ocorrer inundações em zonas baixas devido à chuva intensa de curta duração”.

A partir do início da tarde, o Corpo de Polícia de Segurança Pública começou a cortar ruas devido às inundações, pouco mais de 10 minutos depois de os SMG terem emitido o sinal mais grave chuvas intensas. Às 14h11 foram encerrados os passeios subterrâneos e passagem inferior para viaturas da Praça de Ferreira do Amaral. Às 14h35, foram encerradas a Rua do Porto na Taipa, a Rua de Chiu Chau, a Rua de Fernão Mendes Pinto e a Rotunda da Central Térmica de Coloane. Às 15h05, foi a vez da Avenida Wai Long da Taipa e a Rotunda Ouvidor Arriaga.

Os cortes prosseguiram, às 15h58 na Avenida de Cinco de Outubro em Coloane, na Estrada do Altinho de Ká Hó perto do reservatório em Coloane, na Estrada do Istmo perto do campo de golfe no Cotai, no Caminho das Hortas na Taipa, no Largo dos Bombeiros na Taipa, no Túnel subfluvial do Campus da Universidade de Macau.

Às 16h17, as autoridades cortaram o trânsito na Avenida das Virtudes, Avenida do Transporte e Avenida Do Progresso, nas imediações da Universidade de Macau.

Até às 17h30, o Corpo de Bombeiros recebeu 25 pedidos de assistência, incluindo suspeitas de pessoas presas, remoção de objectos caídos, acumulação de água, deslizamentos de terra e árvores caídas. Até ao fecho desta edição não havia registo de feridos, nem um balanço dos danos causados.

Adeus, Podul

Assim que foi accionado o sinal mais elevado de chuvas intensas, o Centro de Operações de Protecção Civil lançou um alerta, afirmando que eram expectáveis inundações nas zonas baixas da cidade.

Foram também divulgadas medidas de precaução, numa altura em que já havia inundações e estradas cortadas. O Centro de Operações de Protecção Civil pediu a “cidadãos e turistas” para ficarem em zonas abrigadas, longe de “zonas baixas e áreas inundadas, evitando parques de estacionamento subterrâneos e caves sem saídas de emergência, num comunicado divulgado apenas em chinês.

As autoridades aconselharam também não permanecer perto de encostas, colinas e paredes de retenção e pediram atenção para a possibilidade de deslizamento de terras e queda de árvores.

Foi também pedido aos condutores a redução da velocidade, atenção redobrada e que evitassem zonas inundadas.
Cerca de 20 minutos antes do alerta de chuva, a Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) emitiu um aviso de suspensão das aulas e pediu aos pais para ires buscar os seus filhos, meia horas antes das primeiras estradas serem cortadas ao trânsito.

“Devido à emissão do sinal de chuva intensa, de acordo com o disposto, as aulas dos ensinos infantil, primário, secundário e especial ficam suspensas na parte da tarde. As escolas devem organizar pessoal para acolher os alunos que cheguem às escolas até que o seu regresso a casa se possa fazer em segurança”, indicou a DSEDJ.

Às 17h50, os SMG baixavam o sinal de chuva intensa do preto para o amarelo, o mais baixo de três alertas. Dez minutos depois, os mesmos serviços cancelavam todos os sinais de tempestade tropical, mantendo a previsão de chuvas fortes e trovoadas frequentes com rajadas de vento fortes para hoje, assim como inundações nas zonas baixas devido a chuva intensa de curta duração.

15 Ago 2025

DSAL | Reconhecida falta de mecanismo para verificar aquisição de seguro

O Governo não tem um mecanismo para verificar a aquisição de seguros de acidente de trabalho. A DSAL refere que a exigência legal é verificada em inspecções, apesar do volume elevado de infracções aplicadas a empregadores por falta de seguro. Construção civil, hotelaria, restauração, e comércio a grosso e retalho são os sectores mais afectados

 

Os seguros de acidente de trabalho são uma obrigação legal que procuram cobertura e segurança dos trabalhadores, mas o Governo não tem “um mecanismo de comunicação, comparação e verificação de aquisição do seguro de acidentes de trabalho por parte do empregador”, admite o director dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), Chan Un Tong.

Em resposta a interpelação escrita do deputado Lam Lon Wai, o director da DSAL indica que “a exigência legal é indagada nas vistorias de inspecção de trabalho executadas” pela DSAL, e reforçada através de “trabalhos de divulgação e formação”.

Porém, as campanhas de sensibilização e mesmo as vistorias de inspecção não têm surtido efeito, de acordo com as estatísticas oficiais.

O deputado dos Operários sublinhou que, de acordo com a análise estatística relativa a acidentes de trabalho do ano passado, “5.095 trabalhadores ficaram feridos em acidentes de trabalho, dos quais 22 sofreram incapacidade permanente e 10 perderam, infelizmente, a sua vida preciosa, o que leva a elevadíssimos custos sociais e é lamentável”.

Lam Lon Wai refere ainda que desde 2020, tem-se verificado um aumento de casos de violações e incumprimento da obrigação de aquisição de seguro de acidentes de trabalho, “em 2023, os trabalhadores envolvidos e o montante de sanções aplicadas aumentaram 147,1 por cento face ao ano anterior”.

O deputado dos Operários realça que, apesar de no ano passado o número de pessoas sancionadas e trabalhadores envolvidos terem diminuído, “continua superior a 300” e a sanções “têm-se mantido num nível elevado nos últimos anos”.

Confiança e tranquilidade

Apesar de falhas e repetidas infracções devido à falta de seguros, em especial nos sectores da construção civil, hotelaria, restauração, e comércio a grosso e retalho, o director da DSAL salienta o trabalho feito no terreno.

“No primeiro semestre do corrente ano, para além de ter efectuado 1.744 inspecções a 852 estabelecimentos de trabalho, foram também organizadas 924 formações e palestras aos sectores hoteleiro, da construção civil e aos demais sectores de actividade, tendo contado com a participação de 27.065 operacionais”.

15 Ago 2025

Ron Lam | Último episódio do podcast destacou falta de respostas do Governo

O último episódio do podcast realizado pela Associação Sinergia de Macau, dirigida pelo ainda deputado Ron Lam, foi gravado esta quarta-feira à noite e destacou a ausência de respostas do Executivo para com a população. O projecto, que durou oito anos, chegou ao fim, com Ron Lam a admitir cansaço

 

Há oito anos que a Associação Sinergia de Macau, cujo vice-presidente é o deputado Ron Lam, divulgava ideias políticas através de um podcast semanal. Porém, isso acabou, tendo sido gravado esta quarta-feira o último episódio.

Uma das ideias deixadas por Ron Lam foi, precisamente, a ausência de respostas do Governo para com a população, temendo-se que se continuem a ignorar as vozes da sociedade.

O responsável frisou que a Sinergia de Macau fez várias propostas ao longo dos anos para diversos problemas do território, mas que o Governo nunca aceitou ou ouviu essas ideias. “Fizemos todos os esforços para apresentar sugestões concretas e algumas são esperadas pela população. Porque é que os jovens estão confusos em relação ao futuro? Porque é que as percepções da sociedade estão em baixa? Estes assuntos têm de ser enfrentados pelo Governo, para que os possa resolver”, disse Ron Lam.

Um dos casos descritos no último episódio do podcast diz respeito ao urbanismo, nomeadamente o projecto do viaduto entre Zona A e Zona B dos Novos Aterros Urbanos. “Em meados do ano passado começámos a falar sobre isso, a colocar questões sobre o viaduto, mas o Governo sempre disse que o viaduto não ia ser como um edifício. Depois, o projecto acabou por ser suspenso por exigência da UNESCO”, acrescentou.

Sem regresso

Johnson Ian, ex-jornalista e presidente da associação, recordou que, olhando em perspectiva, muitos dos problemas apontados em oito anos de podcast não foram resolvidos. “Os temas foram sempre discutidos, nomeadamente as questões da habitação. O segundo tema mais discutido foi o metro ligeiro. Há oito anos discutimos, e agora continuamos a fazê-lo”, frisou.

Os intervenientes disseram que o podcast surgiu como uma forma de explicar as políticas do Governo e demais notícias de forma detalhada aos ouvintes, além de ter sido uma ferramenta para preparar as eleições à Assembleia Legislativa (AL) de 2017.

No último episódio Ron Lam foi ainda questionado por um ouvinte sobre um possível regresso à política através da Federação das Associações dos Operários de Macau, a que pertenceu antes de criar a Associação Sinergia de Macau, para recuperar a qualificação como candidato. Mas este afastou essa possibilidade.

“Não vou pensar numa candidatura à AL nos próximos tempos. Para mim, o papel do deputado é uma ferramenta em prol da mudança, e quando esta ferramenta não pode ser usada, deixa de ser um objectivo.”

Ron Lam disse ainda que estabeleceu para si o limite máximo de três legislaturas no trabalho como deputado, recordando que está na política desde 2010. Agora parece ser altura de deixar o palco. “Estou cansado e preciso do tempo para respirar,” revelou.

15 Ago 2025

1ª Feira de comércio em Díli atrai investimentos de Macau e China

Díli, capital de Timor-Leste, prepara-se para receber a primeira edição da Feira Internacional de Comércio de Díli, que contará com 19 empresários de Macau. A informação consta numa nota divulgada pelo Fórum Macau, assinada por António Ramos da Silva, delegado do país junto do secretariado permanente do Fórum Macau.

O evento, que acontece entre os dias 28 de Agosto e 1 de Setembro, é o primeiro desta natureza a decorrer no país e “pretende atrair mais investidores da Grande Baía (Guangdong-Hong Kong- Macau) e empresários de todos os sectores, desde comércio, prestação de serviços, instituições financeiras e banca”. Macau participa com uma delegação de 19 empresários, organizada pelo Instituto de Promoção do Investimento e Comércio (IPIM), enquanto a China envia uma delegação de 14 empresários de diversas regiões, organizada pela Associação da Indústria Aroma Natural China Macau.

Café e companhia

Segundo a mesma nota, “durante o evento as empresas de Macau e Guangdong vão assinar protocolos de cooperação e contratos de compra e venda com empresas de Timor-Leste” em áreas como a produção de café e mariscos ou a construção civil, entre outras. Um dos exemplos destacados é o contrato entre a Macau Coffee, Companhia Limitada e a Timor Global, empresa distribuidora de café em Timor-Leste, que terá o valor global de 808,800.00 dólares americanos.

Já a empresa Água Nova de Timor (Macau) vai assinar um acordo com o Ministério da Educação de Timor-Leste “para instalação de máquinas de água potável nas escolas públicas” do país, lê-se ainda. Outro destaque é o acordo assinado neste evento entre o grupo de construção civil TOP Builder, Macau e o Huafa Group, de Zhuhai, “para participar no desenvolvimento das infraestruturas em Timor-Leste”.

António Ramos da Silva destaca também que da zona da Grande Baía são esperados investimentos em Timor-Leste, nomeadamente o investimento do Caizi Group em parceria com Leong Iu Kau, do grupo Zhuhai Deguang Electronic Products Factory Co,Ltd. A mesma nota dá conta que em Janeiro deste ano o Caizi Group “assinou um pré-acordo de investimento com o delegado de Timor-Leste [do Fórum Macau] num montante total de investimento de cerca de mil milhões de dólares americanos, e que se divide em várias fases”. Pretende construir “resorts integrados, fábricas de manufacturas para a construção civil e outras indústrias”, é referido.

15 Ago 2025

Direitos humanos | Governo manifesta “firme oposição” a relatório americano

O Executivo de Sam Hou Fai reagiu com “forte insatisfação e uma firme oposição” ao “Relatório sobre Direitos Humanos 2024″ do Departamento de Estado norte-americano. O relatório acusa Macau de restringir as liberdades de expressão e de imprensa, e de permitir o tráfico de pessoas. O Governo aponta a “interferência violenta” nos assuntos internos da China e da RAEM

 

“O ‘Relatório sobre Práticas de Direitos Humanos por País relativo ao ano de 2024’, publicado recentemente pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos da América, contem acusações infundadas sobre a situação dos direitos humanos em Macau que não correspondem aos factos e estão repletas de preconceito, às quais o Governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) manifesta uma forte insatisfação e uma firme oposição”, foi desta forma que o Governo da RAEM reagiu na noite de quarta-feira ao documento emitido na terça-feira pelo organismo liderado por Marco Rubio.

O Executivo de Sam Hou Fai começa por elencar os “êxitos notáveis” alcançados pela RAEM “desde o regresso à pátria”, como o desenvolvimento económico, a estabilidade e harmonia social, a qualidade de vida da população, assim como “progressos abrangentes na área dos direitos humanos”.

A resposta prossegue com o elogio à solidez do sistema jurídico local e ao reforço da independência judicial tem sido reforçada. “Os residentes gozam, nos termos da lei, de amplos direitos e liberdade de expressão, de imprensa, de reunião e de desfile, entre outras, sendo igualmente os direitos laborais garantidos por lei”, acrescenta o Governo da RAEM

O Executivo defende ainda a lei relativa à defesa da segurança do Estado, por garantir “eficazmente a segurança do Estado e a prosperidade e estabilidade da RAEM”, e que a salvaguarda da soberania, segurança e interesses do desenvolvimento do país, são “deveres constitucionais” dos residentes de Macau.

Interferência violenta

O Governo de Sam Hou Fai acusa os Estados Unidos de violarem os princípios do direito internacional e as normas básicas das relações internacionais, nomeadamente através da publicação “ano após ano dos chamados relatórios para comentar irresponsavelmente a situação dos direitos humanos na RAEM, o que constitui uma interferência violenta nos assuntos internos da China e nos assuntos da RAEM”.

Como tal, o Executivo da RAEM reitera que os Estados Unidos devem atentar com imparcialidade os “enormes êxitos alcançados por Macau sob o princípio ‘Um País, Dois Sistemas’, respeitem os factos e parem de difamar e criticar maliciosamente a situação dos direitos humanos na RAEM”.

O documento do Departamento de Estado norte-americano voltou a acusar Macau de restringir a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa, através da censura, e de permitir o tráfico de pessoas. O organismo da Administração Trump reitera, como o fez o ano passado, que não houve “mudanças significativas” na situação de Macau. No documento frisa-se que “a lei prevê liberdade de expressão, incluindo para membros da imprensa e outros meios de comunicação, mas o Governo restringiu este direito”.

A “RAEM impôs restrições à liberdade de imprensa e incentivou os meios de comunicação a alinharem-se com as posições governamentais. Houve relatos de autocensura por parte de órgãos e jornalistas”, pode ler-se no mesmo documento.

15 Ago 2025

MNE da China em Macau critica relatório de Direitos Humanos dos EUA

O Gabinete do Comissariado do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) da China em Macau emitiu ontem uma nota onde deixa duras críticas ao Relatório dos Direitos Humanos dos EUA relativo a 2024, e que foi lançado esta terça-feira.

“Opomo-nos firmemente à interferência dos EUA nos assuntos de Macau”, começa por dizer a nota, que refere ainda que as autoridades norte-americanas “ignoram factos, criam problemas onde não existem e atacam o panorama dos direitos humanos em Macau, interferindo nos assuntos de Macau e nos assuntos internos da China”, pelo que expressam uma “forte insatisfação e uma resoluta oposição” ao conteúdo do referido relatório.

O relatório em questão deixa vários alertas sobre o que considera ser uma redução da liberdade de imprensa e de expressão no território. “Não houve alterações significativas na situação dos direitos humanos em Macau durante o ano. As questões de direitos humanos mais significativas dizem respeito a relatos credíveis de restrições sérias à liberdade de expressão e de informação, incluindo censura”, pode ler-se. São citadas críticas públicas feitos pela Associação de Jornalistas de Macau e o episódio ocorrido em Junho do ano passado, quando o ex-deputado Au Kam San deixou de escrever opinião para um jornal local ao fim de 35 anos de actividade como cronista.

Um bom princípio

Na nota emitida pelo MNE chinês, defende-se que Macau tem constituído um bom exemplo da aplicação do princípio de “um país, dois sistemas”, o qual “alcançou conquistas reconhecidas” tendo sido “melhorado o sistema democrático”, enquanto que “o desenvolvimento económico [do território] deu um salto histórico”.

Desta forma, Pequim considera que, nestes 25 anos em que vigora este princípio na RAEM, “a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa, bem como os direitos laborais, foram totalmente protegidos por lei, sendo a sociedade harmoniosa e estável”.

O mesmo comunicado do MNE defende a importância da Lei de Segurança Nacional de Macau, que deverá proporcionar, na sua visão, “garantias mais sólidas para a implementação bem-sucedida” do referido princípio, garantindo ainda “a prosperidade e estabilidade de Macau a longo prazo”.

Pequim volta assim, a pedir aos EUA que “respeite factos objectivos e que pare imediatamente de caluniar e difamar a situação dos direitos humanos em Macau”.

14 Ago 2025

Podul | Sinal 3 improvável. Trovoadas para hoje amanhã

Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos indicavam ontem como “baixa a moderada” a probabilidade de elevar o alerta de tempestade para sinal 3, assim como a ocorrência de inundações. Já enfraquecido, é possível que o Podul passe a cerca de 200 quilómetros de Macau

 

Ontem à tarde, quando a tempestade severa Podul atravessava Taiwan, seguindo rumo à costa sul de Fujian e à costa leste da província de Guangdong, os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) tinham o sinal 1 de tempestade içado e previam que a probabilidade de subir o alerta para 3, entre a madrugada e manhã de hoje era “relativamente baixa a moderada”. As autoridades indicaram que o tempo quente verificado ontem em Macau se deveu “à influência da subsidência periférica do Podul”.

Quanto à evolução da tempestade, de acordo com as previsões de ontem, era esperado que o “Podul enfraqueça gradualmente após atingir a costa de Fujian até à zona leste de Guangdong. No entanto, a sua intensidade e trajectória são incertas, e existe a possibilidade de seguir uma trajectória mais a sul”, apontaram os SMG. As autoridades acrescentaram que face à possibilidade de a tempestade rumar mais para sul, em direcção a Macau, mantinham a hipótese de elevar o sinal de alerta para 3.

Em relação às consequências meteorológicas, “sob a influência da circulação externa deste sistema”, os SMG estimam que o tempo entre hoje a amanhã, “seja instável com aguaceiros ocasionais, por vezes fortes, acompanhados de trovoadas”.

“No que diz respeito ao ‘storm surge’, uma vez que os próximos dois dias (hoje e amanhã) não são de maré alta astronómica, a probabilidade de inundações provocadas por “storm surge”, é baixa. No entanto, podem ocorrer inundações em zonas baixas devido à chuva intensa de curta duração”, prevêem os SMG.

Segundo o mapa com a trajectória prevista para a tempestade, os SMG estimam que hoje, por volta das 14h, o Podul esteja no ponto de maior proximidade com Macau, a cerca de 200 quilómetros do território. Nessa altura, o sistema terá baixado de intensidade para a categoria de “ciclone tropical”.

Aqui ao lado

Na RAEHK, o Observatório de Hong Kong também manteve o sinal 1 de tempestade emitido ao longo do dia de ontem, prevendo que a proximidade máxima do Podul ontem fosse de perto de 400 quilómetros.

“Devido à sua rápida velocidade, de acordo com a trajectória prevista actualmente, o Podul voltará a atingir a costa na região sul de Fujian e leste de Guangdong durante esta noite (ontem)”, indicava o organismo.

O Observatório também mantinha ontem em aberto a possibilidade de elevar o alerta para sinal 3, na madrugada de hoje, “dependendo da distância entre o Podul e o estuário do Rio das Pérolas, da sua intensidade e da mudança nos ventos locais”. Porém, como a partir da manhã de hoje a tempestade deverá estar no seu ponto mais próximo de Hong Kong, o território vizinho pode sentir “a influência das suas faixas de chuva”, resultando em chuvas fortes e trovoadas.

14 Ago 2025

BNU | Quebra do lucro líquido atinge quase 25% até Junho

O lucro líquido do Banco Nacional Ultramarino caiu 24,1 por cento no primeiro semestre para 228,2 milhões de patacas face ao mesmo período de 2024, foi ontem divulgado. A tendência decrescente acompanha os resultados do primeiro trimestre, quando o lucro líquido já havia caído 18,4 por cento

 

O Banco Nacional Ultramarino (BNU) registou uma quebra anual de 24,1 por cento dos lucros líquidos nos primeiros seis meses de 2025, para um total de 228,2 milhões de patacas, revelou ontem a instituição em comunicado.

De acordo com os dados revelados, a quebra homóloga de 72,4 milhões de patacas do lucro líquido não auditado é explicada, fundamentalmente, por uma redução da margem financeira líquida nos primeiros seis meses de 2025 na ordem das 75,3 milhões de patacas, equivalente a uma queda de 14,9 por cento, em relação a igual período em 2024. O BNU tinha já registado um decréscimo homólogo do lucro líquido no primeiro trimestre de 18,4 por cento, para 133,2 milhões de patacas.

O banco explica que esta queda se deve, “principalmente, a alterações na composição dos depósitos e à evolução do contexto das taxas de juro, bem como à diminuição da procura de crédito e à diminuição da margem dos investimentos não creditícios”, segundo a nota.

A redução do lucro e da margem financeira foi “parcialmente compensada” por um aumento de 5,6 por cento para as 2,4 milhões de patacas nas comissões líquidas. As perdas por imparidade relacionadas com a exposição ao crédito e investimentos financeiros ascenderam a 14,7 milhões de patacas, valor que compara com 16,3 milhões de patacas no primeiro semestre de 2024, reflectindo uma abordagem mais prudencial do banco em matéria de provisionamento de risco.

Terra prometida

“A qualidade dos activos do BNU mantém-se sólida, suportada por práticas de crédito conservadoras e por um forte nível de provisões para enfrentar as incertezas macroeconómicas em curso”, escreve o BNU.

A sucursal do BNU em Hengqin “continua a desempenhar um papel estratégico no atendimento a investidores de Macau e Hong Kong, incluindo particulares e empresas, à medida que a Grande Baía (GBA) e a Zona de Cooperação Aprofundada Guangdong-Macau em Hengqin aprofundam a integração”, avança ainda o comunicado do banco, sem acrescentar dados de desempenho.

“Actuando como um ‘hub’ financeiro transfronteiriço, a sucursal apoia a colaboração económica entre a China Continental, Macau e os países de língua portuguesa através da oferta de soluções financeiras adaptadas e da promoção de um ecossistema empresarial diversificado na GBA”, explica o texto do BNU.

14 Ago 2025

Trânsito | Associação alerta para pouca consciência cívica

Lai Vai Kok, presidente da Associação de Instrutores de Condução de Automóveis de Macau defendeu ontem, no programa matinal de rádio Fórum Macau, que é necessário aumentar o civismo dos condutores para que haja, no território, maior segurança na estrada. Só no ano passado, os acidentes de viação aumentaram 10 por cento

 

Um recente acidente de viação que vitimou fatalmente vários jovens, incluindo Leon Ng Lai Teng, extremo direito da selecção de futebol de Macau, com apenas 20 anos, levou ontem ao debate sobre segurança rodoviária no programa matinal Fórum Macau, no canal chinês da Rádio Macau.

Nesta conversa, o presidente da Associação de Instrutores de Condução de Automóveis de Macau, Lai Vai Kok, diz que é necessário aumentar a consciência cívica dos condutores em prol de uma forma de conduzir mais segura e de acordo com o cumprimento da lei. E deu exemplos.

“Muitos condutores não circulam na faixa da esquerda, usando tanto as faixas da esquerda como da direita. Mas, de facto, a faixa da direita deve ser usada para a ultrapassagem de veículos. Os condutores precisam também de manter uma velocidade estável e alguma distância segura em relação ao veículo da frente, para que os veículos não estejam demasiado perto uns dos outros”, disse.

Lai Vai Kok adiantou que os exames de condução em Macau são feitos de forma rigorosa, defendendo o aumento das multas para que haja uma condução mais prudente. Quanto às melhorias que o Governo pode implementar, Lai Vai Kok apontou que muitos dos condutores com carta de condução recente aguardam aulas adicionais para poderem ter outras experiências além das aulas.

“Procuramos que a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) possa implementar um curso com um nível mais avançado, para que os alunos possam aprender a conduzir noutro tipo de situações rodoviárias. Há muitos alunos com esta necessidade”, defendeu.

Pedidos mais testes

No debate da rádio, participou também Ku Heng Cheong, vice-presidente da Associação de Nova Juventude Chinesa de Macau. Este disse concordar com a forma actual de fazer exames de condução, que considera terem critérios rigorosos, mas espera que a DSAT possa realizar uma maior diversidade de testes.

“O actual exame de condução não consegue simular uma situação real. Em algumas regiões há cursos que incluem conhecimentos sobre a manutenção do veículo ou uma condução mais defensiva, e em Macau esses conteúdos não estão incluídos no actual exame. Os alunos, quando começam a conduzir, precisam de ter este tipo de conhecimentos”, concluiu.

Tendo em conta as muitas disputas que existem entre condutores, nas estradas, Ku Heng Cheong considera que Macau tem um panorama rodoviário complexo, com a realização de muitas obras viárias e a retirada de vários lugares de estacionamento. Todos estes factores agravam as disputas entre condutores, disse.

O dirigente associativo sugeriu que o Governo disponibilize mais meios de denúncia a serem utilizados por condutores que testemunhem ou vivenciem estes episódios, a fim de haver uma resolução posterior e para se evitar confrontos físicos ou verbais nos locais.

Condução | Pedidas medidas para condutores sem prática

O deputado Leong Sun Iok defende que os condutores que têm carta de condução, mas que não têm experiência, devem poder frequentar aulas práticas, acompanhadas por instrutores, que lhe confiram experiência de estrada, circulando pela cidade.

Numa interpelação escrita, divulgada ontem, o deputado da bancada parlamentar dos Operários considera que Macau deveria seguir os exemplos de Hong Kong e Taiwan e alargar o âmbito das aulas práticas de condução às estradas, em vez de ficarem apenas nos percursos onde são feitos os exames, que são cortados ao trânsito.

Leong Sun Iok citou o sector de escolas de condução que se queixa dos limites de circulação dos seus veículos e sugeriu que seja concedido o acesso a ruas menos movimentadas e que sejam promovidos conteúdos sobre condução defensiva para reduzir os acidentes nas estradas de Macau.

14 Ago 2025

Esplanadas | Pedido regresso da atribuição de licenças

O Governo reuniu ontem com dirigentes da União das Associações dos Proprietários de Estabelecimentos de Restauração e Bebidas de Macau a fim de discutir o regresso da atribuição de licenças para esplanadas e a flexibilização do processo. IAM demonstrou abertura para voltar ao processo

 

Chan Chak Mo, deputado e presidente da União das Associações dos Proprietários de Estabelecimentos de Restauração e Bebidas de Macau reuniu ontem com o Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) onde foi debatida a necessidade de atribuir mais licenças de esplanadas para captar turistas para zonas menos frequentadas.

Segundo notícia do canal chinês da Rádio Macau, o responsável disse esperar que sejam novamente emitidas licenças e que o processo de aprovação seja mais célere, além de que deve haver uma melhoria nas normas e directrizes para pedir a licença em questão.

Chan Chak Mo acredita que, dessa forma, Macau pode atrair mais turistas e revitalizar a confiança no turismo comunitário, ou seja, em bairros fora dos habituais percursos turísticos. O deputado citou os dados fornecidos pelo IAM na reunião, de que existem 20 estabelecimentos com licença para ter esplanadas ao ar livre em todo o território. Porém, devido a vários factores, disse, desde 2009 que o IAM não atribui novas licenças.

Chan Chak Mo adiantou que o sector da restauração e bares tem vindo, há vários anos, a pedir que o processo de concessão de licenças regresse, tendo ficado satisfeito com a postura demonstrada pelo IAM de voltar a emitir licenças.

O também legislador afirmou que, com mais licenças, haverá mais desenvolvimento dos sectores do turismo e da restauração para dinamizar algumas zonas da Taipa e Cotai com esplanadas.

ZAPE na mira

A zona do ZAPE (Zona de Aterros do Porto Exterior) é um dos bairros comunitários que está na mira das autoridades por causa do fecho dos casinos-satélite e necessidade de dinamização da economia local. Com ou sem esplanadas, o que é certo é que o Governo diz ter planos para revitalizar esta zona, conforme disse numa resposta a uma interpelação escrita do deputado Ngan Iek Hang.

“A Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico promove a organização de actividades económicas comunitárias com características próprias por parte das associações, unindo os grandes eventos e diversos concertos de grande dimensão realizados em Macau, pretendendo atrair residentes e turistas para a zona ZAPE, por forma a fomentar o ciclo de consumo na zona e melhorar o ambiente de negócios.”

Além da aposta em planos de fomento ao consumo juntamente com “plataformas de venda de bilhetes de renome do Interior da China”, para que haja “benefícios de consumo aos turistas que comprem bilhetes para concertos a realizar em Macau”, a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) tem outras ideias.

“A DST está a planear uma colaboração com as principais plataformas de viagens online do Interior da China e do estrangeiro para disponibilizar ofertas de reservas com desconto para hotéis e produtos turísticos destinados à zona do ZAPE”, lê-se na resposta do Governo.

14 Ago 2025

“Podul” | Sinal 1 de será hoje içado

Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) deverão içar hoje o sinal 1 de tempestade tropical devido à influência de uma “subsidência periférica” causada pelo ciclone tropical “Podul”, localizado a leste de da região de Taiwan.

O içar do sinal 1 de tempestade dá-se tendo em conta que o “Podul” deverá estar a 800 quilómetros do território, seguindo rumo em direcção à costa sul de Fujian e costa leste da província de Guangdong.

Hoje o tempo no território deverá ser “extremamente quente”, sendo que as altas temperaturas “poderão provocar trovoadas e chuva com rajadas de vento fortes”. Entre hoje e sexta-feira o tempo deverá ser “instável, ocorrendo aguaceiros ocasionais, por vezes fortes, acompanhados de trovoadas”, apontam ainda os SMG.

13 Ago 2025

Galaxy | Lucros crescem 19 por cento no primeiro semestre

Na primeira metade de 2025, o grupo Galaxy Entertainment registou lucros de 5,24 mil milhões de dólares de Hong Kong, um aumento de 19,4 por cento face ao mesmo período do ano passado. Na nota enviada à bolsa de valores de Hong Kong, a empresa anunciou ainda a distribuição de dividendos a partir do fim de Outubro

 

Nos primeiros seis meses de 2025, o grupo Galaxy Entertainment registou uma subida anual de lucros de quase um quinto. Segundo uma nota divulgada ontem, a concessionária de jogo apurou 5,24 mil milhões de dólares de Hong Kong (HKD) em lucros no primeiro semestre deste ano, o equivalente a um aumento anual de 19,4 por cento.

Segundo informação dada à bolsa de valores de Hong Kong, citada pelo portal GGR Asia, a concessionária irá distribuir dividendos de 0,7 HKD por acção a partir do dia 31 de Outubro.

O crescimento verificou-se também ao nível dos lucros líquidos, que atingiram no final do primeiro semestre quase 23,25 mil milhões de HKD, o que equivale a um aumento de 8,3 por cento face ao mesmo período de 2024.

Em relação aos resultados globais do grupo, a concessionária deu conta de uma margem de lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA, em inglês) de cerca de 6,87 mil milhões de HKD na primeira metade do ano, o que representou uma subida de 14,2 por cento ao ano.

A nota enviada pelo grupo à bolsa de Hong Kong revela também que no segundo trimestre de 2025 a concessionária teve lucros líquidos de 12 mil milhões de HKD, mais 10 por cento do que no mesmo período de 2024. Já o EBITAD entre Abril e Junho deste ano registou uma subida anual de 12 por cento para um total de 3,6 mil milhões de HKD.

Em relação lucros líquidos apenas dos casinos do grupo, o primeiro semestre foi sinónimo de uma subida anual de 10,7 por cento para um total aproximado de 18,58 mil milhões de HKD. Por outro lado, as receitas líquidas de negócios não-jogo do grupo ascenderam quase a 3,17 mil milhões de HKD no período em análise, o equivalente a um aumento anual de 2,5 por cento.

Prova de esforço

“Estou feliz por anunciar a performance sólida do mercado de Macau e da Galaxy Entertainment no segundo trimestre e primeiro semestre de 2025. Apesar das disrupções trazidas pelas tarifas, do contínuo desaceleramento económico e da competição regional, Macau manteve-se resiliente” nos três meses que encerraram a 30 de Junho, afirmou Francis Lui Yiu Tung, presidente do grupo Galaxy Entertainment.

O homem forte da Galaxy destacou o crescimento de todos os segmentos de mercado, “em particular o segmento de massas premium”, assim como a saúde financeira do grupo.

13 Ago 2025

Hospital das Ilhas | Mais de 100 operações às cataratas num mês

Uma equipa médica do Hospital das Ilhas e do Hospital Conde de São Januário realizou mais de uma centena de cirurgias a cataratas desde meados de Julho. Três cirurgiões dos dois hospitais têm trabalhado diariamente num processo que, desde a preparação até à alta, dura menos de três horas

 

Desde meio de Julho, mais de uma centena de pessoas foram operadas às cataratas no Hospital das Ilhas, indicou ontem a instituição em comunicado. As operações têm sido realizadas diariamente por uma equipa de três cirurgiões do departamento de oftalmologia do Hospital das Ilhas e do Centro Hospitalar Conde de São Januário, em coordenação com os Serviços de Saúde.

O novo centro hospitalar refere que, para aumentar a eficiência, o Hospital das Ilhas adoptou o modelo de cirurgia implementado pelo departamento de oftalmologia do Peking Union Medical College Hospital. Segundo o modelo usado no centro hospitalar da capital chinesa, no dia da cirurgia, os pacientes aprovados e que preenchem os requisitos, normalmente passam pelo processo todo, desde a admissão, às preparações pré-cirurgia, até à alta hospitalar em menos de três horas.

Para pacientes que não podem deixar o hospital no mesmo dia devido a circunstâncias especiais, o modelo permite que mudem rápida e facilmente do programa de cirurgia ambulatória para internamento. Os responsáveis do Hospital das Ilhas vincam que a flexibilidade do modelo de serviço personalizado permite a alta médica no dia seguinte à operação, após uma avaliação do cirurgião. As autoridades salientam a comodidade que o modelo de Pequim dá aos pacientes idosos.

Continuar a crescer

Além disso, foi referido que para um pequeno número de cirurgias de cataratas que envolvem maior complexidade, o Hospital das Ilhas conta com especialistas do Peking Union Medical College e convida regularmente equipas de especialistas com vasta experiência em cirurgias de catarata. Como tal, a instituição realça a importância da cooperação entre Pequim e Macau para garantir a qualidade e segurança dos procedimentos médicos realizados no Hospital das Ilhas.

É também indicado que os problemas oftalmológicos vão continuar a aumentar em complexidade e frequência à medida que a população de Macau envelhece.

A instituição médica compromete-se em continuar a optimizar os serviços de cirurgia a cataratas, bem como a gradual integração de pessoal de vários departamentos, estimando ser “previsível que o número de pacientes” que a unidade hospitalar pode atender venha a aumentar no futuro.

13 Ago 2025

Hengqin | Aberto concurso para remodelação da Praça Dezhi

A ideia é criar uma nova cidade ligada à universidade, ao invés do antigo plano de construção da réplica de uma cidade alemã. Está aberto o concurso público para a remodelação da Praça Dezhi, em Hengqin, com apartamentos junto ao Novo Bairro de Macau e ao campus da Universidade de Macau

 

Está aberto um concurso público para a remodelação da Praça Dezhi, na Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin, no espaço que já foi pensado para albergar a réplica de uma cidade tipicamente alemã.

Agora, o que se pretende é que a Praça Dezhi se torne numa futura cidade universitária, com apartamentos e demais serviços, por estar tão próxima do Novo Bairro de Macau em Hengqin e também do campus da Universidade de Macau nesta região vizinha.

O concurso, aberto até ao dia 29 deste mês, envolve a transformação de um espaço com 13 edifícios, numa área total de 49 mil metros quadrados, sendo que a área destinada a construção é de 65 mil metros quadrados. Na nova Praça Dezhi, espera-se prédios elevados para actividades estudantis, escritórios, apartamentos, um hotel e ainda dez edifícios destinados a actividades auxiliares de ensino.

O jornal Ou Mun descreve alguns detalhes do projecto, podendo ler-se que a localização específica de Hengqin “traz uma importância estratégica a esta obra, o que significa que a cooperação entre Macau e Hengqin entrou já numa nova etapa, a fim de se apoiar Macau numa melhor integração no desenvolvimento nacional” do país.

Resposta à escassez

Ainda nos detalhes do projecto citados pelo Ou Mun, descreve-se que a renovação da Praça Dezhi pretende também dar resposta à escassez de espaço na RAEM.

“A escassez de terrenos em Macau limita, a longo prazo, a expansão das instituições do ensino superior e a sua actualização académica. A conclusão deste campus transitório não só satisfaz as necessidades do ensino superior e de investigação de Macau durante um certo período, como também incentiva uma integração mais profunda de áreas vantajosas para as universidades, como a medicina tradicional chinesa e o campo da microelectrónica.”

Desta forma, acrescenta-se, “em conjugação com as indústrias de Hengqin, através do modelo ‘Campus + Parque Indústrial’ contribui-se para que Macau forme novas forças de produção e alcance um desenvolvimento [económico] diversificado”, é citado.

A Praça Dezhi foi pensada, antes da pandemia, para ser a “German City Hengqin”, a réplica de uma típica cidade alemã com 150 mil metros quadrados onde as culturas alemã e chinesa iriam convergir. Segundo um artigo do jornal South China Morning Post de 2020, o projecto pretendia atrair investimentos da zona da Grande Baía, contando com 229 milhões de dólares americanos de investimento da TFG International, empresa listada na bolsa de valores de Hong Kong. Seria ainda construído um centro internacional de convenções e exposições, bem como hotéis e escritórios.

A venda dos imóveis arrancou em 2019, mas ficou estagnada devido aos anos da pandemia. Além disso, houve diversas disputas e muitos proprietários não conseguiram receber as casas onde tinham investido o dinheiro.

No anúncio do novo projecto, lê-se que a obra para a Praça Dezhi continua a manter “as características arquitectónicas europeias”, destacando-se as futuras características da cidade universitária nos espaços interiores e exteriores, pensados para zonas de lazer e espectáculos.

13 Ago 2025

CAEAL | Busca de informação reflecte interesse dos eleitores

O presidente da Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa afirmou ontem que numa semana cerca de 116 mil pessoas consultaram informações sobre o local de voto. Song Ioi Man considera que o volume de consultas demonstra o interesse do eleitorado sobre o acto eleitoral

 

No espaço de uma semana, a Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa (CAEAL) registou cerca de 116 mil buscas de informação sobre o local de voto, afirmou ontem o presidente do organismo que organiza o sufrágio de 14 de Setembro. Song Ioi Man considera que o volume de consultas reflecte o interesse com que a população acompanha os trabalhos relativos ao processo eleitoral.

Na terça-feira da semana passada, foram lançados vários meios de consulta, para os eleitores conhecerem a assembleia de voto atribuída através da aplicação Conta Única, de uma linha aberta, da página da CAEAL e em quiosques de auto-atendimento dos serviços públicos.

Numa conferência de imprensa à saída de mais uma reunião do organismo, o juiz adiantou também que na sexta-feira foi concluída a distribuição dos espaços públicos que serão destinados a actividades de campanha eleitoral. Fica assim concluído mais um passo para o início do período de campanha, que arranca no dia 30 de Agosto e durará 14 dias.

Quando questionado sobre o que acontece se uma lista realizar acções de campanha eleitoral fora de Macau e do prazo estabelecido, o presidente da CAEAL sublinhou que a lei eleitoral também se aplica fora de Macau. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, o responsável afirmou esperar que as autoridades policiais tenham os meios capazes para lidar com a situação e fiscalizar actividades fora da RAEM, nomeadamente através de mecanismos de cooperação policial com autoridades do exterior.

Guardiões do acto

Durante o sufrágio, enquanto as urnas estiverem abertas, entre as 09h e as 21h, cada lista pode nomear dois representantes (um efectivo e um suplente), para fiscalizar o processo eleitoral em cada uma das assembleias de voto.

O presidente da CAEAL referiu que as listas podem apresentar os nomes dos representantes entre o próximo sábado e 25 de Agosto, de forma a estes obterem um certificado de entidade, que deve ser levantado no balcão de recepção da CAEAL, no edifício da Administração Pública, na Rua do Campo, até dois dias antes do dia das eleições. Um dos requisitos destes representantes é poderem votar nas assembleias de voto que vão fiscalizar.

13 Ago 2025

SMG | Ciclone tropical poderá estar amanhã a 800km de Macau

O ciclone tropical Podul está a intensificar-se a leste de Taiwan e irá aproximar-se da costa sudeste da China ao longo da semana. Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos estimam que atinja o grau de tufão e esteja a 800 quilómetros de Macau na tarde de amanhã e a 400 quilómetros na quinta-feira, quando já será depressão tropical

 

Depois de alguns dias de tréguas, as chuvadas intensas e trovoadas vão voltar a fustigar Macau a partir de meio da semana, à medida que se irá intensificar o impacto do ciclone tropical severo “Podul”, que estava ontem localizado no Pacífico noroeste, a leste de Taiwan.

Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) indicaram ontem que a tempestade está a intensificar-se gradualmente e a mover-se para oeste a uma velocidade de cerca de 25 quilómetros por hora. A previsão mais recente aponta para que o “Podul” se intensifique para a categoria de tufão quando estiver a cerca de 800 quilómetros de Macau, amanhã por volta das 14h, altura em que irá chegar a Taiwan. Cerca de 24 horas depois, já na tarde de quinta-feira, as previsões apontam para a redução da intensidade do “Podul”, que passará a ser a uma depressão tropical, entrando em território continental, a cerca de 400 quilómetros noroeste de Macau.

Questões de intensidade

Durante a manhã de ontem, os SMG ainda não arriscavam prever uma trajectória para a tempestade, apontando para duas previsões distintas, antes de revelarem a estimativa acima referida.

“Diferentes modelos de previsão ainda apresentam diferenças significativas nas suas trajectórias e desenvolvimento subsequente. Modelos numéricos prevêem que o ‘Podul’ siga uma trajectória mais para norte em direcção às áreas entre Fujian e Zhejiang, mas alguns modelos numéricos e de inteligência artificial prevêem uma trajectória mais a sul, aproximando-se da costa leste de Guangdong”, indicaram os SMG.

Para já, as autoridades referem que a circulação do ‘Podul’ é relativamente pequena, devido a condições de desenvolvimento desfavoráveis, esperando-se que enfraqueça depois de atingir terra em Taiwan.

Os SMG advertiram ontem para a continuação do tempo “extremamente quente nos próximos dias”, devido à influência de “um anticiclone em alta altitude”. Porém, com a aproximação do “Podul”, o tempo na costa de Guangdong vai tornar-se instável, com probabilidade de ocorrência de chuva intensa na parte final desta semana. Se o “Podul” seguir uma trajectória mais próxima da costa oriental de Guangdong, o vento e a chuva em Macau serão mais intensos.

Os SMG apelaram à população para prestar atenção às informações meteorológicas mais recentes, de forma a poderem tomar medidas de contingência com a maior brevidade possível.

11 Ago 2025

Venda de bilhetes | IC diz estar atento a eventuais burlas

A presidente do Instituto Cultural (IC), Leong Wai Man, garante que tudo está a ser feito para travar a ocorrência de burlas associadas à venda de bilhetes para espectáculos.

Na resposta à interpelação do deputado Nick Lei, é referido que “o Governo tem estado atento às situações de venda de bilhetes ou burlas na venda de bilhetes para concertos e espectáculos de grande envergadura”, aplicando-se o Regime Jurídico das Infracções contra a Saúde Pública e contra a Economia, de 1996.

É referido, na mesma resposta, que a Polícia Judiciária (PJ) tem vindo a “realizar trabalhos policiais de natureza diversa, intensificando a prevenção e o combate aos crimes relacionados com a venda de bilhetes para espectáculos”, fazendo “inspecções regulares na rede [plataformas] de venda”.

Destaca-se, na mesma resposta, a resolução de um caso descoberto em Julho, tratando-se de uma burla que envolvia 560 mil renminbis protagonizada por “uma mulher de Macau que alegava estar a vender bilhetes numa aplicação de comunicação em grupo online”.

Leong Wai Man diz que o IC começou a implementar o sistema de registo dos nomes de espectadores, com um processo de “inscrição prévia, sorteio e compra posterior”, sendo que se faz com a identificação da pessoa, além de “tomar medidas para combater condutas ilegais, como a revenda de bilhetes a preços elevados”. É ainda referido que a ideia por detrás da criação de um Local de Espectáculos ao Ar Livre de Macau “encontra-se em fase experimental”.

11 Ago 2025

Desperdício alimentar | Pereira Coutinho sugere plano de combate

José Pereira Coutinho quer que o Governo combata o desperdício alimentar e que a cultura de abundância de banquetes e buffets seja coordenada com bancos alimentares e instituições de caridade. O deputado perguntou se está prevista legislação para incentivar ou obrigar à separação de resíduos orgânicos

 

O desperdício alimentar em Macau é um problema para o qual Pereira Coutinho gostaria de ver uma estratégia integrada de combate. Numa interpelação escrita divulgada ontem, o deputado salienta o fosso entre a cultura de abundância de eventos sociais e as dificuldades operacionais na recolha de excedentes alimentares para distribuição a famílias carenciadas e instituições de solidariedade.

Essa cultura, de banquetes, buffets e celebrações, “associada a práticas comerciais que superdimensionam produções, gera volumes críticos de excedentes, em especial pães, bolos e refeições preparadas, agravando a ineficiência da cadeia alimentar”, denuncia o deputado.

Para solucionar o desperdício alimentar no sector comercial, Pereira Coutinho pergunta ao Governo se tenciona introduzir “normas que incentivem ou obriguem supermercados, restaurantes e outras empresas do sector alimentar a doar os excedentes alimentares ainda próprios para consumo a instituições de solidariedade social”. O deputado cita exemplos de leis em vigor em Portugal e França, que poderiam ser seguidos pelo Executivo.

Além disso, pergunta se é possível implementar medidas, como incentivos fiscais, apoio logístico, simplificação de procedimentos ou programas de certificação, para “facilitar a criação de parcerias sistemáticas entre estabelecimentos comerciais de alimentos (supermercados, restaurantes, padarias, hotéis e outros) e entidades particulares como bancos de alimentos ou instituições de caridade”.

Então e o ambiente?

Colocando a questão do desperdício alimentar na perspectiva do popular conceito de sustentabilidade, Pereira Coutinho aponta não apenas os desafios éticos e as suas implicações sociais e económicas, mas também os ambientais.

Em primeiro lugar, urge sensibilizar a população para a necessidade de reduzir o desperdício alimentar. Em seguida, o deputado realça a necessidade de corrigir as “deficiências infra-estruturais críticas na gestão de resíduos orgânicos, manifestadas na ausência de centrais de compostagem industrial e redes logísticas inteligentes para doação de excedentes em tempo útil”.

Também as consequências ecológicas, com emissões de gases com efeito de estufa, a decomposição em aterros e incineradoras, devem ser endereçadas. Como tal, Coutinho pergunta se o Governo pondera criar um quadro legal que “incentive ou obrigue a separação de resíduos orgânicos, nomeadamente resíduos alimentares, na origem (domésticos, comerciais e institucionais)”. O objectivo é dar o tratamento adequado aos resíduos, como compostagem ou digestão anaeróbia, em vez do recurso ao aterro.

11 Ago 2025

Administração | Ella Lei pede mais funcionários públicos

A fasquia máxima dos funcionários públicos está nos 35 mil, mas a deputada Ella Lei quer ir além disso. Em declarações ao Jornal do Cidadão, a deputada ligada aos Operários diz ser necessário dar resposta ao desenvolvimento social com mais recursos humanos

 

Ella Lei, deputada ligada à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), defende que são necessários mais funcionários públicos a fim de dar resposta aos novos desenvolvimentos da sociedade. Em declarações ao Jornal do Cidadão, a deputada destaca que uma digitalização dos serviços não resolve todos os problemas no atendimento à população, sendo necessário, na sua opinião, mais recursos humanos.

A deputada recordou que o número máximo de funcionários públicos definido pelo Executivo, em 2020, era de 35 mil pessoas, e mantém-se nessa fasquia. Entretanto, Ho Iat Seng deixou de ser Chefe do Executivo, cargo agora ocupado por Sam Ho Fai, e Ella Lei diz que há áreas da Administração pública que carecem de mais quadros.

Falou, por exemplo, de serviços relacionados com o bem-estar da população, sobretudo na área da saúde, onde existe, segundo a deputada, uma grande procura. Ella Lei afirmou também que há falta de quadros para se avançar com projectos de prevenção nesta área.

A responsável considera que as instituições médicas públicas são essenciais para a prestação de cuidados de saúde, mesmo que haja cooperação com as instituições privadas. Assim, a deputada ligada aos Operários apontou que é necessário o Governo analisar se existe pessoal suficiente nesta área, caso contrário verifica-se grande pressão no trabalho.

Dar vazão às fronteiras

Ella Lei destacou também o caso das Forças de Segurança, defendendo que deve ser feita uma análise global ao número de agentes, tendo em conta o crescimento do número de postos fronteiriços e a recuperação dos visitantes face aos anos de pandemia, que já está novamente em mais de 30 milhões de pessoas por ano.

A legisladora argumentou que devem ser analisados se os agentes policiais, bombeiros e agentes de alfandegas são suficientes para responder à deslocação de residentes. Para Ella Lei, a falta de recursos humanos na área de segurança pode afectar a qualidade dos serviços e o próprio descanso dos trabalhadores.

A deputada destacou melhorias, no Governo de Sam Hou Fai, em termos de comunicação entre departamentos públicos, mas diz que ainda há situações que carecem de melhoria.

Um dos exemplos apontados ao jornal, é o da atribuição de licenças para a criação de negócios, sobretudo no sector da restauração, onde ainda reina a burocracia, afirmou. É algo a que o sector empresarial dá muita atenção por ser um assunto que obriga a resposta de vários serviços públicos, sendo necessário, para Ella Lei, rever toda a estrutura dos departamentos envolvidos a fim de dar mais conveniência à população. A deputada pede que haja um melhor mecanismo de coordenação para aumentar a eficácia do trabalho de atribuição de licenças.

11 Ago 2025

Jogo | Receitas fiscais até Julho aumentam 3,4% face a 2024

O Governo recolheu mais de 53,37 mil milhões de patacas em impostos sobre jogo nos primeiros sete meses do ano, valor que representou uma subida de 3,4 por cento em termos anuais. Somando todas as receitas fiscais, a RAEM amealhou até Julho quase 62,3 mil milhões de patacas em impostos

 

As receitas dos impostos sobre a indústria do jogo estão a subir. De acordo com dados da Direcção dos Serviços de Finanças (DSF), entre Janeiro e Julho foram recolhidos 53,37 mil milhões de patacas em impostos sobre o jogo, montante que significa um aumento de 3,4 por cento face ao mesmo período do ano passado. Em relação a 2024, nos primeiros anos sete meses deste ano foram colectados mais 1,77 mil milhões de patacas às concessionárias de jogo.

Em termos mensais, em Julho o Governo amealhou 8,11 mil milhões de patacas em impostos sobre o jogo, quantia que representou um aumento de 19 por cento face às receitas fiscais colectadas aos casinos em Julho de 2024.

Recorde-se que as concessões estabelecidas para uma década, e que passaram a vigorar a partir de 1 de Janeiro de 2023, fixaram um imposto de 40 por cento sobre as receitas brutas dos casinos do território.

Após a revisão orçamental, o Executivo de Sam Hou Fai colocou em 88,56 mil milhões de patacas as estimativas para as receitas fiscais sobre o jogo em 2025. De acordo com os mais recentes dados da DSF, no final de Julho foram amealhados mais de 60 por cento dos impostos sobre o jogo estimados pelo Governo para todo o ano.

Além disso, ao longo do ano, os impostos sobre o jogo representaram 86,3 por cento de todas as receitas fiscais apuradas até ao final de Julho.

Boas colheitas

Em termos de receita bruta acumulada pelos casinos, os primeiros sete meses deste ano registaram um aumento de 6,5 por cento em relação ao ano anterior, com um total de 140,896 mil milhões de patacas contra 132,348 mil milhões de patacas entre Janeiro e Julho de 2024.

Alargando o escopo dos impostos recolhidos em 2025, a DSF revela receitas totais este ano até Julho de quase 62,3 mil milhões de patacas e despesas totais a rondar 50,65 mil milhões de patacas, o que resulta num saldo positivo de 11,63 mil milhões de patacas.

Durante o mesmo período do ano passado, as receitas totais do orçamento eram de 61,5 mil milhões de patacas, o que na altura representou um aumento superior a 10 mil milhões face a 2023. Seguindo a trajectória ascendente, o saldo orçamental acumulado nos primeiros sete meses de 2025 é 2,33 mil milhões de patacas superior ao excedente verificado no mesmo período de 2024.

11 Ago 2025

Wynn Macau | Lucros caíram mais de 20% no segundo trimestre

A Wynn Macau registou lucros operacionais de 128,3 milhões de dólares no segundo trimestre de 2025, menos 20,78 por cento do que no mesmo período em 2024. A operadora de jogo vai investir este ano 250 milhões de dólares nas duas propriedades em Macau

 

Os lucros operacionais da Wynn Macau desceram 20,78 por cento no segundo trimestre deste ano, face ao período homólogo, ainda assim atingindo 128,3 milhões de dólares, segundo resultados apresentados pela operadora de jogo na sexta-feira.

A empresa indicou que os lucros ajustados antes de juros, impostos, depreciação, amortização e rendas (EBITDAR) da concessionária de jogos no segundo trimestre em Macau atingiram 253,7 milhões de dólares, uma queda de 9,5 por cento em relação ao ano anterior.

As propriedades operadas pela Wynn Macau registaram receitas de 883.5 milhões de dólares entre Abril e Junho, valor que se manteve praticamente inalterado (-0.2 por cento) em comparação com o mesmo período de 2024, anunciou a Wynn Resorts Ltd, que opera dois resorts com casino na Região Administrativa Especial de Macau (RAEM): o Wynn Macau, na península, e o Wynn Palace, em Cotai.

Por propriedade, as receitas operacionais do Wynn Palace diminuíram 1,5 por cento em relação ao ano anterior, para 539,6 milhões de dólares, enquanto o EBITDAR ajustado da propriedade caiu 14,8 por cento, para 157,2 milhões de dólares.

Já a Wynn Macau, registou receitas operacionais de 343,8 milhões de dólares, um aumento de 1,9 por cento em relação ao ano anterior, com o EBITDAR ajustado a avançar ligeiramente para 96,5 milhões de dólares.

Os casinos Wynn Macau e Wynn Palace foram responsáveis pela maioria do volume de negócios da empresa, arrecadando 741,7 milhões de dólares em receitas, mais 2,2 por cento do que no segundo trimestre do ano passado.

Investimentos deste ano

“Em Macau, embora a retenção de VIPs tenha afectado negativamente os resultados, gerámos uma quota de mercado saudável e um fluxo de caixa livre significativo, apoiando o nosso investimento contínuo nas propriedades de Macau”, afirmou, Craig Billings, presidente executivo da Wynn Resorts Ltd., citado no comunicado da empresa-mãe.

Em termos semestrais, a Wynn Macau registou lucros operacionais de 255,4 milhões de dólares entre Janeiro e Junho de 2025, menos 30,5 por cento do que nos primeiros seis meses do ano anterior.

A concessionária revelou também que vai gastar até 250 milhões de dólares este ano, incluindo melhorias na torre do hotel na sua propriedade Wynn Macau no centro da cidade e no seu resort Wynn Palace em Cotai. A informação foi revelada por Julie Cameron-Doe, directora financeira da empresa-mãe, Wynn Resorts Ltd, durante a teleconferência sobre os resultados do segundo trimestre do grupo. “Iniciámos dois projectos – uma expansão da área de jogos do Chairman’s Club no Wynn Palace e uma renovação dos quartos do Wynn Tower no Wynn Macau e, juntamente com os nossos outros projectos de investimento em curso, esperamos gastar um total entre 200 e 250 milhões de dólares em 2025.”

Dados recentes do Governo indicam que os casinos da região registaram, nos primeiros sete meses do ano, um aumento de 6,5 por cento da receita bruta acumulada em termos anuais, com um total de 140,896 mil milhões de patacas contra 132,348 mil milhões de patacas entre Janeiro e Julho de 2024.

11 Ago 2025

Turistas | Despesas per capita caem quase 13 por cento

Apesar da subida anual de quase 15 por cento do número de turistas que visitaram Macau nos primeiros seis meses do ano, os gastos totais no território, não relacionados com jogo, cresceram apenas 0,2 por cento. A despesa per capita caiu 12,8 por cento no mesmo período, para uma média de 1.970 patacas

 

O aumento do número de turistas que visitou Macau na primeira metade deste ano não se reflectiu na economia fora dos casinos. Segundo dados divulgados na sexta-feira pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), a despesa per capita dos visitantes não relacionada com o jogo (1.970 patacas) registou um decréscimo homólogo de 12,8 por cento.

Em termos de origem, os dados da DSEC mostram que os turistas do Interior da China registaram despesas per capita de 2.253 patacas nos primeiros seis meses do ano, valor que representa uma quebra de 14,4 por cento. Porém, o decréscimo mais acentuado verificou-se nos turistas internacionais, com uma quebra de 16,9 por cento (para 1.885 patacas per capita), uma variação negativa com pouco impacto nas contas finais tendo em conta a pequena proporção deste segmento no volume total de turistas. Os visitantes de Hong Kong registaram a despesa per capita mais baixa (940 patacas), uma quebra de 13,4 por cento em termos anuais.

Quando analisada a razão para a visita a Macau, os turistas que vieram nos primeiros seis meses do ano ao território para participar em convenções/exposições e para assistir a espectáculos/competições continuaram a registar despesas per capita mais elevadas, com 4.232 patacas e 4.161 patacas, respectivamente.

Mar de gente

O número de turistas que passou por Macau na primeira metade de 2025 só foi superado entre Janeiro e Junho de 2019, antes da pandemia de covid-19, período em que registou quase 20,3 milhões de visitantes.

Apesar da entrada de 19,2 milhões de visitantes no primeiro semestre deste ano, (uma subida anual de 14,9 por cento), as despesas totais realizadas no território apenas aumentaram 0,2 por cento, para cerca de 37,86 mil milhões de patacas. Neste capítulo, a DSEC salienta que a despesa total dos excursionistas (7,85 mil milhões de patacas) aumentou 7 por cento, porém, a dos turistas (30,01 mil milhões de patacas) desceu 1,4 por cento.

Porém, a evolução da despesa total melhorou entre o primeiro e o segundo trimestre, tendo em conta que no último período a DSEC registou uma subida de 4,6 por cento para um total de 18,25 mil milhões de patacas entre Abril e Junho. Durante este período de tempo, tanto as despesas totais não-jogo de excursionistas (3,61 mil milhões de patacas) aumentaram 5,5 por cento, como de turistas (14,64 mil milhões de patacas) subiram 4,4 por cento em termos anuais, graças ao aumento significativo de turistas que visitaram Macau.

Ainda assim, no segundo trimestre de 2025, a despesa per capita dos visitantes acompanhou a tendência negativa com uma quebra anual de 12,3 por cento. A DSEC destaca que “a despesa per capita dos turistas (3.663 patacas) e a dos excursionistas (673 patacas) baixaram 2,1 e 19,3 por cento, respectivamente”.

11 Ago 2025

Habitação | Nova quebra do preço das casas

Dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) revelam que os preços da habitação continuam a cair. A queda foi de 3,1 por cento face ao primeiro trimestre, destacando-se uma maior queda nas habitações já construídas

 

As casas estão mais baratas, após a segunda queda de preços este ano. Os dados mais recentes são divulgados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), que fala de uma quebra de 3,1 por cento do Índice de Preços da Habitação (IPH), situado nos 196,1 pontos, em relação aos meses de Janeiro e Março de 2025.

Por sua vez, a queda foi maior nas habitações já construídas, com o IPH a situar-se nos 213,4 pontos, menos 3,7 por cento no segundo trimestre em relação aos primeiros três meses deste ano. Já o IPH das habitações em construção, foi de 214,9 pontos, mais 2,7 por cento, o que mostra que neste segmento as casas encareceram.

A DSEC avança ainda que entre Abril e Junho o IPH baixou 2,3 por cento face aos meses de Março a Maio, com uma maior quebra nas casas da ilha da Taipa, de 2,4 por cento. Por sua vez, a quebra do IPH entre Abril e Junho na ilha de Coloane foi de 2 por cento face ao trimestre anterior.

Se olharmos para as diferenças em termos anuais, verificamos que a quebra do IPH é ainda maior, uma vez que entre os meses de Abril e Junho deste ano o IPH baixou 10,4 por cento em relação ao período homólogo do ano passado. “Destaca-se que o índice de preços de habitações da Península de Macau e o índice da Taipa e Coloane diminuíram 10,1 por cento e 11,6 por cento, respectivamente”, aponta a DSEC, também nos mesmos meses e em comparação com igual período do ano passado.

Sempre a descer

Os dados estatísticos da DSEC mostram que o IPH das casas construídas baixou globalmente 2,2 por cento, sendo que a maior quebra diz respeito às casas com 11 a 20 anos de construção, registando-se, também no segundo trimestre do ano, uma quebra de 3,3 por cento face ao primeiro trimestre. Segue-se uma quebra de 2,2 por cento nas casas com cinco ou com mais de 20 anos.

Em termos de área útil das fracções autónomas, o IPH de casas do escalão inferior a 50 metros quadrados de área útil baixou 3,6 por cento. Por sua vez, o índice do escalão igual ou superior a 100 metros quadrados desceu 2,1 por cento, também entre os dois primeiros trimestres do ano.

A DSEC apresenta ainda dados dos preços por altura de edifícios, com o IPH dos prédios com sete ou menos pisos a baixar 2,9 por cento. Já em edifícios de altura superior, a quebra foi de 2,1 por cento.

Além dos preços das casas estarem mais baixos, também o número de transacções apresenta uma tendência de descida. Segundo dados divulgados pela DSEC no último mês, as transacções de imóveis para habitação registaram uma quebra anual de quase 50 por cento. Em Junho deste ano houve 219 negócios de compra e venda de habitação, o que representa uma redução de 47 por cento.

11 Ago 2025