Arquitectos lusófonos debatem evolução urbana em Macau

[dropcap]A[/dropcap] evolução das cidades e os problemas que enfrentam nove países e territórios lusófonos vão dominar, no sábado, em Macau, o 23.º encontro do Conselho Internacional dos Arquitectos de Língua Portuguesa (CIALP), foi ontem anunciado.

Neste encontro, especialistas de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Goa vão “partilhar experiências” no VII Fórum CIALP sobre “Cidades Melhores: o Contributo das Infraestruturas”, no sábado, dia 26, de acordo com um comunicado da CIALP.

O presidente do Instituto de Arquitectos do Brasil (IAB), Nivaldo Andrade; o ‘associate-dean’ da faculdade de Arte e Design do Beijing Institute of Fashion Technology (BIFT), Che Fei; o presidente da União dos Arquitectos Africanos, Victor Leonel (Angola); o fundador do Atelier Peter Rich Architects (África do Sul), Peter Rich; e o director da Ordem dos Arquitectos de Moçambique, Jaime Comiche, entre outros, vão participar em duas mesas-redondas subordinadas aos temas: “Infraestruturas como dispositivo para urbanizar” e “Resiliência e os desafios da cidade”, acrescentou.

Na sexta-feira, no dia 25, no âmbito do mesmo encontro, será inaugurada a exposição de fotografia sobre o Património Habitado no Mundo Lusófono, no átrio do Consulado-Geral de Portugal em Macau e Hong Kong, indicou.

Escala lusófona

O CIALP é uma organização não-governamental, com sede em Lisboa, constituída pelas associações profissionais de arquitectos dos países e territórios de língua portuguesa. É parceiro institucional da União Internacional dos Arquitectos (UIA) e observador consultivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

O objectivo do CIALP é a aproximação e a cooperação entre os membros, e a promoção da arquitectura junto de mais de 280 milhões de pessoas dos países e territórios lusófonos, constituindo-se como plataforma para mais de 150 mil arquitectos de língua portuguesa, ou seja, cerca de 10 por cento dos arquitectos em todo o mundo.

22 Out 2019

Cinema | Tracy Choi coordena projecto de curtas-metragens sobre as duas décadas da RAEM

Chama-se “Years of Macau” (Anos de Macau) e é o mais recente projecto da realizadora Tracy Choi para assinalar os 20 anos da transferência de Macau para a China. Um total de dez realizadores do território, onde se inclui António Caetano de Faria, contam a história do desenvolvimento de Macau entre 1999 e 2019, sem esquecer as memórias e sentimentos dos que decidiram por cá ficar

 

[dropcap]O[/dropcap] mais recente projecto da premiada realizadora Tracy Choi pretende contar as várias estórias de Macau dos últimos 20 anos. “Years of Macau” (Anos de Macau) conta com a colaboração de dez realizadores locais, com cada um a abordar um ano após a transferência de soberania. As curtas-metragens, com cerca de dez minutos cada uma, incluem um filme que deverá ser revelado ao público na próxima edição do Festival Internacional de Cinema de Macau, que acontece em Dezembro. Tracy Choi assegurou ao HM que o projecto ainda está na fase de pós-produção.

“O que é especial neste projecto é que todos trabalhamos em conjunto, além de representar as nossas visões enquanto jovens realizadores sobre a forma como vemos Macau nos últimos 20 anos.”

A realizadora contou que o projecto “Years of Macau” acontece muito à semelhança da iniciativa “Macau Stories”, que durante anos foi produzida por Albert Chu, hoje ligado à Cinemateca Paixão. “Percebemos que queríamos fazer algo em conjunto e aconteceu a oportunidade de abordarmos os 20 anos da transferência de soberania. Queríamos manter as memórias de como sentimos Macau”, adiantou Tracy Choi.

No “Years of Macau”, há três fases distintas do processo de transferência de soberania, sobretudo no que diz respeito aos sentimentos da população. “A primeira fase é de 1999, as pessoas aí tinham uma grande incerteza em relação à transferência de soberania e estavam confusas sobre como as coisas iam correr, quer fossem chinesas ou portuguesas.”

Tracy Choi denota também que “devido ao crescimento rápido da economia as pessoas estão a mudar, e os filmes abordam mais essas mudanças nos últimos 20 anos”. No que diz respeito ao ano de 2019, “o realizador usou o humor para mostrar o que se passa actualmente”. “A curta-metragem tem muitas histórias engraçadas e significa que o realizador pensa que a situação agora é um pouco complicada, mas que ainda é possível manter algum humor”, frisou.

Europeu de 2000

António Caetano de Faria é um dos realizadores que participa neste projecto com a curta-metragem “Rec”, e que decorre no ano de 2000. “O filme passa-se num restaurante português no dia 20 de Junho de 2000, que foi nada mais nada menos o dia do jogo Portugal-Inglaterra do Euro 2000. Os amigos juntam-se para ver esse jogo e o filme aborda esse momento”, contou o realizador ao HM.

“Rec” aborda esta mistura de sentimentos face a um período especial da história da RAEM. “Gostei muito de me ter calhado este ano. Eu não estava cá, mas conheço muitas pessoas que estiveram e ficaram cá. Só vim em 2008 e tentei fazer alguma pesquisa sobre o tema, que é sensível e emocional para muita gente. Tentámos fazer um filme que englobasse todas as comunidades de Macau.”

“Havia muitas pessoas que queriam ir embora porque tinham receio do que poderia acontecer, mas outras queriam ficar. Fiz esse paralelismo na história e isso agradou-me, pois pude mostrar o que muitas pessoas sentiram na altura. Pela investigação e pelas pessoas com quem falei reparei que havia essa dualidade de impressões. O meu filme toca nesse ponto e no saudosismo de Portugal, porque tem um jogo de futebol à mistura”, acrescenta António Caetano de Faria.

O realizador fala da importância do projecto “Years of Macau”. “Para mim o cinema é gravar e contar histórias do que se passa e se passou. O que a Tracy está a fazer em Macau é muito importante, ao juntar o mundo ocidental e oriental. Trabalho com ela desde 2009, temos caminhado juntos e isso tem-se reflectido nos resultados, e em Dezembro vamos ver isso.”

O projecto “Years of Macau” é, para o realizador português, a prova de como a área do cinema está em franca expansão. “Começa a haver um grupo gigante de pessoas interessadas em fazer e investir no cinema em Macau e isso agrada a todos os que trabalham na área, porque têm a oportunidade de fazer o que gostam e de filmar as histórias que querem contar.”

22 Out 2019

Cinema | Tracy Choi coordena projecto de curtas-metragens sobre as duas décadas da RAEM

Chama-se “Years of Macau” (Anos de Macau) e é o mais recente projecto da realizadora Tracy Choi para assinalar os 20 anos da transferência de Macau para a China. Um total de dez realizadores do território, onde se inclui António Caetano de Faria, contam a história do desenvolvimento de Macau entre 1999 e 2019, sem esquecer as memórias e sentimentos dos que decidiram por cá ficar

 
[dropcap]O[/dropcap] mais recente projecto da premiada realizadora Tracy Choi pretende contar as várias estórias de Macau dos últimos 20 anos. “Years of Macau” (Anos de Macau) conta com a colaboração de dez realizadores locais, com cada um a abordar um ano após a transferência de soberania. As curtas-metragens, com cerca de dez minutos cada uma, incluem um filme que deverá ser revelado ao público na próxima edição do Festival Internacional de Cinema de Macau, que acontece em Dezembro. Tracy Choi assegurou ao HM que o projecto ainda está na fase de pós-produção.
“O que é especial neste projecto é que todos trabalhamos em conjunto, além de representar as nossas visões enquanto jovens realizadores sobre a forma como vemos Macau nos últimos 20 anos.”
A realizadora contou que o projecto “Years of Macau” acontece muito à semelhança da iniciativa “Macau Stories”, que durante anos foi produzida por Albert Chu, hoje ligado à Cinemateca Paixão. “Percebemos que queríamos fazer algo em conjunto e aconteceu a oportunidade de abordarmos os 20 anos da transferência de soberania. Queríamos manter as memórias de como sentimos Macau”, adiantou Tracy Choi.
No “Years of Macau”, há três fases distintas do processo de transferência de soberania, sobretudo no que diz respeito aos sentimentos da população. “A primeira fase é de 1999, as pessoas aí tinham uma grande incerteza em relação à transferência de soberania e estavam confusas sobre como as coisas iam correr, quer fossem chinesas ou portuguesas.”
Tracy Choi denota também que “devido ao crescimento rápido da economia as pessoas estão a mudar, e os filmes abordam mais essas mudanças nos últimos 20 anos”. No que diz respeito ao ano de 2019, “o realizador usou o humor para mostrar o que se passa actualmente”. “A curta-metragem tem muitas histórias engraçadas e significa que o realizador pensa que a situação agora é um pouco complicada, mas que ainda é possível manter algum humor”, frisou.

Europeu de 2000

António Caetano de Faria é um dos realizadores que participa neste projecto com a curta-metragem “Rec”, e que decorre no ano de 2000. “O filme passa-se num restaurante português no dia 20 de Junho de 2000, que foi nada mais nada menos o dia do jogo Portugal-Inglaterra do Euro 2000. Os amigos juntam-se para ver esse jogo e o filme aborda esse momento”, contou o realizador ao HM.
“Rec” aborda esta mistura de sentimentos face a um período especial da história da RAEM. “Gostei muito de me ter calhado este ano. Eu não estava cá, mas conheço muitas pessoas que estiveram e ficaram cá. Só vim em 2008 e tentei fazer alguma pesquisa sobre o tema, que é sensível e emocional para muita gente. Tentámos fazer um filme que englobasse todas as comunidades de Macau.”
“Havia muitas pessoas que queriam ir embora porque tinham receio do que poderia acontecer, mas outras queriam ficar. Fiz esse paralelismo na história e isso agradou-me, pois pude mostrar o que muitas pessoas sentiram na altura. Pela investigação e pelas pessoas com quem falei reparei que havia essa dualidade de impressões. O meu filme toca nesse ponto e no saudosismo de Portugal, porque tem um jogo de futebol à mistura”, acrescenta António Caetano de Faria.
O realizador fala da importância do projecto “Years of Macau”. “Para mim o cinema é gravar e contar histórias do que se passa e se passou. O que a Tracy está a fazer em Macau é muito importante, ao juntar o mundo ocidental e oriental. Trabalho com ela desde 2009, temos caminhado juntos e isso tem-se reflectido nos resultados, e em Dezembro vamos ver isso.”
O projecto “Years of Macau” é, para o realizador português, a prova de como a área do cinema está em franca expansão. “Começa a haver um grupo gigante de pessoas interessadas em fazer e investir no cinema em Macau e isso agrada a todos os que trabalham na área, porque têm a oportunidade de fazer o que gostam e de filmar as histórias que querem contar.”

22 Out 2019

Exposição | Vinte artistas e 20 obras assinalam 20 anos da RAEM

[dropcap]V[/dropcap]inte artistas e 20 obras assinalam, até 9 de Novembro, os 20 anos da fundação da RAEM, numa exposição de artes plásticas sexta-feira inaugurada na residência do cônsul-geral de Portugal no território.

“Macau é espaço que convida a criar arte sem reprimir tintas ou ideias” e que se apresenta como “ponte estética entre a civilização milenar da China e as culturas lusófonas”, disse a secretária-geral do Fórum para a Cooperação Económica e Cultural entre a China e os países de língua portuguesa, Xu Yingzhen, presente na inauguração.

Na mostra “20.20.20” estão presentes Alexandre Marreiros, Alice Ieong, Ann Hoi, Aquino da Silva, Chen Xue Lin, Eric Fok, Heidi Ng, Hera Ieong, Lai Sio Kit, Lai Sut Weng, Lao Hio Man, Leong Sin Teng, Luna Cheong, Sit Ka Kit, Sou Chon Kit, Sou Um Fong, Tang Kuok Ho, Winky Lam, Wong Hio Chit e Zhang Ke.

Integrada na 11.ª semana cultural entre a China e os países lusófonos do Fórum de Macau, esta exposição integra um longo cartaz que contou com espectáculos de grupos musicais de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e um grupo cultural da província de Hebei (norte da China).

Em Macau estiveram também patentes as fotografias de Rodrigo Braga (Brasil) e do pintor guineense Osnivaldo António Ferreira Seguy, mais conhecido por Chipi.

O cartaz desta edição da semana cultural inclui também uma Mostra de Teatro dos Países e Regiões de Língua Portuguesa, entre 22 e 27 deste mês.

21 Out 2019

Exposição | Vinte artistas e 20 obras assinalam 20 anos da RAEM

[dropcap]V[/dropcap]inte artistas e 20 obras assinalam, até 9 de Novembro, os 20 anos da fundação da RAEM, numa exposição de artes plásticas sexta-feira inaugurada na residência do cônsul-geral de Portugal no território.
“Macau é espaço que convida a criar arte sem reprimir tintas ou ideias” e que se apresenta como “ponte estética entre a civilização milenar da China e as culturas lusófonas”, disse a secretária-geral do Fórum para a Cooperação Económica e Cultural entre a China e os países de língua portuguesa, Xu Yingzhen, presente na inauguração.
Na mostra “20.20.20” estão presentes Alexandre Marreiros, Alice Ieong, Ann Hoi, Aquino da Silva, Chen Xue Lin, Eric Fok, Heidi Ng, Hera Ieong, Lai Sio Kit, Lai Sut Weng, Lao Hio Man, Leong Sin Teng, Luna Cheong, Sit Ka Kit, Sou Chon Kit, Sou Um Fong, Tang Kuok Ho, Winky Lam, Wong Hio Chit e Zhang Ke.
Integrada na 11.ª semana cultural entre a China e os países lusófonos do Fórum de Macau, esta exposição integra um longo cartaz que contou com espectáculos de grupos musicais de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e um grupo cultural da província de Hebei (norte da China).
Em Macau estiveram também patentes as fotografias de Rodrigo Braga (Brasil) e do pintor guineense Osnivaldo António Ferreira Seguy, mais conhecido por Chipi.
O cartaz desta edição da semana cultural inclui também uma Mostra de Teatro dos Países e Regiões de Língua Portuguesa, entre 22 e 27 deste mês.

21 Out 2019

UCCLA | Mostra de arte contemporânea celebra relações entre China, Macau e Portugal 

É inaugurada a 30 de Outubro a exposição “O Fio Invisível – Arte Contemporânea Portugal – Macau – China”, com curadoria de Carolina Quintela e iniciativa da UCCLA – União das Cidades Capitais da Língua Portuguesa. Artistas de Macau como Rui Rasquinho, José Drummond, Wong Ka Long ou Mio Pang Fei vão apresentar as suas obras

 

[dropcap]H[/dropcap]á uma lenda chinesa, transmitida pelos japoneses ao mundo ocidental, que nos conta que, quando nascem duas pessoas, elas ficam para sempre ligadas graças a um fio vermelho invisível que é atado nos seus tornozelos por um deus e que une estas pessoas para sempre. Esta crença constitui o mote para a exposição “Fio Invisível. Arte Contemporânea Portugal – Macau – China”, que é inaugurada a 30 de Outubro e que estará patente até 20 de Janeiro do próximo ano. A mostra é uma iniciativa da UCCLA – União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa e conta com curadoria de Carolina Quintela.

Ao HM, a curadora explicou que as obras dos 14 artistas escolhidos pretendem relembrar a comemoração dos 40 anos de relações diplomáticas entre Portugal e a China, bem como os 20 anos da transferência de Macau para a China.

“O fio invisível, e a crença chinesa, é quase uma aproximação à questão do fado português e ao prenúncio de algo que vai acontecer. Em relação aos artistas que escolhi, e às pessoas que trabalham neste projecto, é quase como se todos nos encontrássemos neste momento perpetuando esse mesmo fio, que se estica, enrola, mas que nunca se rompe.”

De entre os 14 artistas escolhidos, destaque para nomes ligados a Macau, como é o caso de Rui Rasquinho, José Drummond, Mio Pang Fei ou Wong Ka Long. Além de artistas chineses, Carolina Quintela teve ainda a preocupação de escolher autores portugueses que, não vivendo em Macau ou na China, possuem uma forte ligação aos dois territórios, como é o caso de José Maçãs de Carvalho ou Nuno Cera, entre outros.

Obras multidisciplinares

Carolina Quintela aponta o facto de a exposição organizada pela UCCLA conter obras de vários estilos, que vão desde a fotografia à pintura ou à instalação.

“Esta exposição é pensada para homenagear estas ligações entre os dois países sempre neste confronto entre o olhar ocidental sobre o oriente e vice-versa. As várias obras vão desde a fotografia, pintura ou instalação, pensando sempre nesse olhar crítico e contemporâneo sobre essa relação, sobre a forma como ela se mantém e o que mudou.”

A curadora frisa o trabalho de Wong Ka Long na ligação que faz ao 25 de Abril de 1974, quando se deu a queda do Estado Novo em Portugal. “É um artista de Macau com uma relação muito próxima a Portugal. O seu trabalho mostra capacetes de guerra pintados a óleo, quase a fazer-nos lembrar a porcelana chinesa, mas a imagem que vemos são cravos, o símbolo da liberdade em Portugal.”

O trabalho de Mio Pang Fei está inserido nesta mostra graças à parceria com a Fundação Oriente, que cedeu uma das suas obras. “Mio Pang Fei é um artista muito importante da China que faz uma pintura que nos lembra a estética do Ocidente. Com pinceladas muito abstractas acaba por fazer aqui uma representação do que é a pintura contemporânea na China, fugindo dos cânones chineses”, destaca Carolina Quintela.

Num plano oposto está Rui Rasquinho, aponta a curadora, por ser um artista “que tem um trabalho super delicado em papel, com uns cadernos e livros articulados que se estendem e que têm esse lado tridimensional, como qualquer coisa que se vai descobrindo”. “O desenho super delicado com aspectos figurativos acaba por ser descoberto com o tempo em que vemos a obra, que parece muitas das vezes oriental”, acrescentou.

A curadora referiu ainda o trabalho do fotógrafo português António Júlio Duarte, que esteve em Macau em 1999 aquando das cerimónias da transferência de soberania. As suas imagens surgem expostas ao lado da obra de Nuno Cera, com o objectivo de estabelecer um paralelismo temporal.

“É curioso ver essas fotografias lado a lado para ver que há coisas que mudaram e outras não”, disse a curadora, que lembra ainda outras obras presentes nesta mostra que nos revelam “o impacto da abertura da China ao Ocidente e do desenvolvimento económico e social”.

“António Júlio Duarte tem muitas fotografias sobre Macau, sempre quadradas, o que na cultura chinesa é um símbolo de estabilidade. Na década de 90 registou o momento antes de Macau passar para a China e fez um registo, uma encomenda da FO. Depois há as fotografias do Nuno Cera que nascem de uma residência artística em Macau e onde se vê o impacto da abertura da China e o que tinha mudado desde a entrega de Macau”, acrescentou Carolina Quintela. A exposição acontece na Casa das Galeotas, em Lisboa.

21 Out 2019

UCCLA | Mostra de arte contemporânea celebra relações entre China, Macau e Portugal 

É inaugurada a 30 de Outubro a exposição “O Fio Invisível – Arte Contemporânea Portugal – Macau – China”, com curadoria de Carolina Quintela e iniciativa da UCCLA – União das Cidades Capitais da Língua Portuguesa. Artistas de Macau como Rui Rasquinho, José Drummond, Wong Ka Long ou Mio Pang Fei vão apresentar as suas obras

 
[dropcap]H[/dropcap]á uma lenda chinesa, transmitida pelos japoneses ao mundo ocidental, que nos conta que, quando nascem duas pessoas, elas ficam para sempre ligadas graças a um fio vermelho invisível que é atado nos seus tornozelos por um deus e que une estas pessoas para sempre. Esta crença constitui o mote para a exposição “Fio Invisível. Arte Contemporânea Portugal – Macau – China”, que é inaugurada a 30 de Outubro e que estará patente até 20 de Janeiro do próximo ano. A mostra é uma iniciativa da UCCLA – União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa e conta com curadoria de Carolina Quintela.
Ao HM, a curadora explicou que as obras dos 14 artistas escolhidos pretendem relembrar a comemoração dos 40 anos de relações diplomáticas entre Portugal e a China, bem como os 20 anos da transferência de Macau para a China.
“O fio invisível, e a crença chinesa, é quase uma aproximação à questão do fado português e ao prenúncio de algo que vai acontecer. Em relação aos artistas que escolhi, e às pessoas que trabalham neste projecto, é quase como se todos nos encontrássemos neste momento perpetuando esse mesmo fio, que se estica, enrola, mas que nunca se rompe.”
De entre os 14 artistas escolhidos, destaque para nomes ligados a Macau, como é o caso de Rui Rasquinho, José Drummond, Mio Pang Fei ou Wong Ka Long. Além de artistas chineses, Carolina Quintela teve ainda a preocupação de escolher autores portugueses que, não vivendo em Macau ou na China, possuem uma forte ligação aos dois territórios, como é o caso de José Maçãs de Carvalho ou Nuno Cera, entre outros.

Obras multidisciplinares

Carolina Quintela aponta o facto de a exposição organizada pela UCCLA conter obras de vários estilos, que vão desde a fotografia à pintura ou à instalação.
“Esta exposição é pensada para homenagear estas ligações entre os dois países sempre neste confronto entre o olhar ocidental sobre o oriente e vice-versa. As várias obras vão desde a fotografia, pintura ou instalação, pensando sempre nesse olhar crítico e contemporâneo sobre essa relação, sobre a forma como ela se mantém e o que mudou.”
A curadora frisa o trabalho de Wong Ka Long na ligação que faz ao 25 de Abril de 1974, quando se deu a queda do Estado Novo em Portugal. “É um artista de Macau com uma relação muito próxima a Portugal. O seu trabalho mostra capacetes de guerra pintados a óleo, quase a fazer-nos lembrar a porcelana chinesa, mas a imagem que vemos são cravos, o símbolo da liberdade em Portugal.”
O trabalho de Mio Pang Fei está inserido nesta mostra graças à parceria com a Fundação Oriente, que cedeu uma das suas obras. “Mio Pang Fei é um artista muito importante da China que faz uma pintura que nos lembra a estética do Ocidente. Com pinceladas muito abstractas acaba por fazer aqui uma representação do que é a pintura contemporânea na China, fugindo dos cânones chineses”, destaca Carolina Quintela.
Num plano oposto está Rui Rasquinho, aponta a curadora, por ser um artista “que tem um trabalho super delicado em papel, com uns cadernos e livros articulados que se estendem e que têm esse lado tridimensional, como qualquer coisa que se vai descobrindo”. “O desenho super delicado com aspectos figurativos acaba por ser descoberto com o tempo em que vemos a obra, que parece muitas das vezes oriental”, acrescentou.
A curadora referiu ainda o trabalho do fotógrafo português António Júlio Duarte, que esteve em Macau em 1999 aquando das cerimónias da transferência de soberania. As suas imagens surgem expostas ao lado da obra de Nuno Cera, com o objectivo de estabelecer um paralelismo temporal.
“É curioso ver essas fotografias lado a lado para ver que há coisas que mudaram e outras não”, disse a curadora, que lembra ainda outras obras presentes nesta mostra que nos revelam “o impacto da abertura da China ao Ocidente e do desenvolvimento económico e social”.
“António Júlio Duarte tem muitas fotografias sobre Macau, sempre quadradas, o que na cultura chinesa é um símbolo de estabilidade. Na década de 90 registou o momento antes de Macau passar para a China e fez um registo, uma encomenda da FO. Depois há as fotografias do Nuno Cera que nascem de uma residência artística em Macau e onde se vê o impacto da abertura da China e o que tinha mudado desde a entrega de Macau”, acrescentou Carolina Quintela. A exposição acontece na Casa das Galeotas, em Lisboa.

21 Out 2019

Chefe António Loureiro lidera festival de gastronomia portuguesa no Clube Militar de Macau

[dropcap]O[/dropcap] chefe português António Loureiro (restaurante A Cozinha, com uma estrela Michelin) lidera, a partir de hoje, a edição de Outono do festival de gastronomia e vinhos de Portugal, organizado pelo Clube Militar de Macau.

Até 27 deste mês, António Loureiro, André Moreira e Maria João Pinto vão contribuir para a promoção da gastronomia portuguesa no território, anunciou o Clube Militar. Este é o 24.º festival de gastronomia portuguesa realizado pelo Clube Militar de Macau, que trouxe já ao território 14 “dos mais famosos e prestigiados chefes de Portugal”, de acordo com o comunicado da organização.

Em Junho passado, o festival, que integrou a programação “Junho-Mês de Portugal”, iniciativa promovida pelo Consulado-geral de Portugal em Macau, apresentou a gastronomia do chefe Vítor Matos (Antiqvvm, uma estrela Michelin) e dos chefes-assistentes João Araújo e Helena Castro.

Esta foi a segunda vez que Vítor Matos apresentou a sua “cozinha de sabores e aromas tradicionais de Portugal” no Clube Militar, onde em 2016 liderou este mesmo festival de gastronomia e vinhos.

Os festivais de gastronomia portuguesa do Clube Militar têm o patrocínio da Sociedade de Jogos de Macau e, desde 2015, do Turismo de Macau.

18 Out 2019

Orquestra Filarmónica da China estreia-se em Portugal no domingo

[dropcap]A[/dropcap] Orquestra Filarmónica da China estreia-se em Portugal, no próximo domingo à tarde, com um concerto sob a direcção do maestro Huang Yi, na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa, divulgou a instituição.

O programa do concerto envolve obras de Richard Strauss (a primeira e a última das “Quatro Últimas Canções”, em transcrições de Zou Ye), o 1.º Concerto para piano e orquestra de Tchaikovsky, com o pianista Tony Siqi Yun, como solista, e a 8.ª Sinfonia de Antonín Dvorak.

O maestro Huang Yi, de 33 anos, que também lidera as sinfónicas Kunming Nie’er e da Companhia Nacional de Bailado da China, estudou no Conservatório Central de Pequim e, posteriormente, com Christian Ehwald e Hans-Dieter Baum, na Escola Superior de Música Hanns Eisler, em Berlim.

O pianista Tony Siqi Yun, por seu lado, nasceu há 18 anos, em Toronto, no Canadá. Estuda Composição e Direcção de Orquestra na Julliard School, em Nova Iorque, e já conquistou vários prémios, entre os quais a medalha de ouro da China International Music Competition, em 2014.
Tony Siqi Yun já tocou com as orquestras de Filadélfia e de Cleveland, e apresentou-se a solo na Sala Cortot, em Paris, e no Steinway Hall, em Nova Iorque.

Huang Yi dirigiu orquestras como a Konzerthaus Berlin, a Sinfónica de Frankfurt e a de Brandemburgo, a Filarmónica de Hong Kong e as orquestras de Shanghai e de Guangzhou.

Este concerto, com entrada gratuita, assinala o 40.º aniversário do Estabelecimento das Relações Diplomáticas entre Portugal e a República Popular da China, e insere-se na digressão da orquestra pelos países do Mediterrâneo.

A Orquestra Filarmónica da China surgiu em 2000 sendo seu maestro titular Long Yu, que já dirigiu a Orquestra Sinfónica de Chicago, a Orquestra de Filadélfia e a Sinfónica da Rádio Berlim, entre outras.

18 Out 2019

Música tradicional de Xangai e artistas locais abrilhantam fim-de-semana

[dropcap]O[/dropcap] magnífico cenário da Casa do Mandarim será palco para os concertos a cargo da Sociedade de Música Tradicional de Xangai, marcados para as 20h de sexta-feira a domingo. O espectáculo faz parte do cartaz do Festival Internacional de Música de Macau.

O tipo de música em questão é designado como jiangnan sizhu, um estilo tradicional de música tradicional instrumental da província de Jiangnan. Este tipo de expressão cultural foi inscrito na Lista Nacional do Património Cultural Imaterial.

“Estabelecida na década de 1940, a Sociedade de Música Tradicional de Xangai é uma organização musical chinesa não governamental fundada por Sun Yude, um aprendiz de Wang Yuting, famoso músico de pipa. No início da sua carreira, Sun era conhecido pelas suas apresentações de pipa e, também, por ser um exímio intérprete de dongxiao, sendo considerado, na China e no exterior, o ‘Rei do Dongxiao’”, lê-se no comunicado do Instituto Cultural (IC).

O IC refere ainda que a “Sociedade de Música Tradicional de Xangai pretende preservar as músicas tradicionais de Jiangnan Sizhu e manter os seus ritmos e temperamentos elegantes e suaves”. O preço dos ingressos é 150 patacas.

Juventude solista

Outra proposta cultural para este fim-de-semana é o concerto Bravo Macau!, marcado para o próximo sábado, às 20h, no Teatro Dom Pedro V. O Bravo Macau! é uma plataforma que pretende mostrar o talento das “jovens estrelas da música local”. Desta feita, a iniciativa leva ao palco dois jovens músicos que apresentam música tradicional chinesa.

Choi Hio Lam é uma das jovens estrelas que subirá ao palco do Teatro Dom Pedro V. A artista “formou-se na Escola Secundária Pui Ching de Macau, em 2017, e foi a primeira aluna recomendada pela escola para admissão directa ao Conservatório Central de Música”.

O outro elemento que toca no sábado é Fang Teng. “Em 2014, ganhou o primeiro prémio da categoria avançada de solo de erhu no Concurso para Jovens Músicos de Macau. Fez uma digressão com a Orquestra Chinesa de Macau como músico convidado e toca, frequentemente, com a Orquestra Chinesa da Radiodifusão da China e com o Ensemble de Música e Dança da China”.

Os solistas vão ser acompanhados por Yang Xiaofan (Piano), Kuan Mei Ian (Percussão) e Chen Hui Xin (Yangqin). Os bilhetes para o concerto têm um preço que varia entre as 120 e as 150 patacas.

18 Out 2019

Música | Bandas como os TFBoys promovem nacionalismo através da Pop

A boy band chinesa TFBoys é a materialização do soft power do regime de Pequim. Com uma mensagem baseada na propaganda nacionalista do partido, a banda tornou-se num fenómeno de popularidade, com 200 milhões de seguidores no Weibo

 

[dropcap]E[/dropcap]m cima de uma sonoridade que podia ser banda sonora dos “Morangos com Açúcar”, os TFBoys cantam, desde o início da carreira, músicas sancionadas e patrocinadas por Pequim que promovem o nacionalismo. Exemplo disso mesmo é a muitíssima popular versão de “We Are the Heirs of Communism”, que em tradução livre para português será qualquer coisa como “Somos os herdeiros do comunismo”.

“A Liga da Juventude Comunista da China tem usado ídolos de pop para atrair os mais jovens e nós sabemos disso. Mas para os nossos ídolos sobreviverem no mercado e terem sucesso, isto é o que têm de fazer. Portanto, nós publicamos comentários patrióticos nos seus posts”, diz Linda Li citada pelo South China Morning Post.

Para a jovem de 19 anos, que estuda numa universidade australiana, apoiar a sua banda favorita vai muito além de comprar música ou ir a concertos. Ser fã dos TFBoys significa publicar mensagens nacionalistas pro-China nas redes sociais, mais recentemente a favor do Executivo de Carrie Lam e contra o movimento pró-democrata de Hong Kong.

A banda, cujo nome significa The Fighting Boys, marca presença regular em eventos do Partido Comunista Chinês e aparece regularmente nos média estatais. Além disso, um dos membros da boy band participou em 2015 na conferência “Juventude Excelente”, organizada pela Liga da Juventude Comunista de onde nasceram personalidades de relevo da política chinesa como Hu Jintao.

Fenómeno de popularidade

A fama dos TFBoys ultrapassa as fronteiras da China e vai até onde estiver um jovem chinês. Depois de completar um ano de carreira, o trio já era um dos fenómenos de popularidade, principalmente com o sucesso do single “Manual of Youth”. O valor comercial estimado dos TFBoys é de 430 milhões de dólares, uma loucura consumada pelas vendas de merchandising que, por cada elemento da banda, atingem 17 milhões de dólares por mês.

Um produto da campanha nacionalista de Xi Jinping, a fama da mais popular banda chinesa alastrou pela Ásia. Um dos grupos vietnamitas de Facebook dos TFBoys tem 170 mil seguidores.

Outro grupo de Taiwan tem mais de 60 mil fãs, a página Twitter de seguidores tailandeses é acompanhada por mais de 31 mil pessoas.

As vidas dos membros dos TFBoys transformaram-se em exemplos para gerações de jovens chineses. Além de difusores da propaganda partidária, as jovens estrelas precisam manter uma aparência social de role-models. Papel que foi colocado em causa há 6 meses quando Roy Wang foi apanhado a fumar num restaurante em Pequim. O jovem que havia sido distinguido como uma das figuras públicas mais socialmente responsável, provocou uma enorme convulsão mediática depois da divulgação da imagem em que é visto a fumar.

Como não poderia deixar de ser, Wang recorreu à plataforma digital Weibo, onde tem mais de 72 milhões de seguidores, para pedir desculpas. “Este incidente fez-me reflectir profundamente no meu comportamento e em quem eu sou. Estou muito arrependido e envergonhado pelo impacto social negativo que possa ter criado”, declarou à altura a jovem estrela.

Cantar o amor à nação

A boy band chinesa TFBoys é a materialização do soft power do regime de Pequim. Com uma mensagem baseada na propaganda nacionalista do partido, a banda tornou-se num fenómeno de popularidade, com 200 milhões de seguidores no Weibo

Em cima de uma sonoridade que podia ser banda sonora dos “Morangos com Açúcar”, os TFBoys cantam, desde o início da carreira, músicas sancionadas e patrocinadas por Pequim que promovem o nacionalismo. Exemplo disso mesmo é a muitíssima popular versão de “We Are the Heirs of Communism”, que em tradução livre para português será qualquer coisa como “Somos os herdeiros do comunismo”.

“A Liga da Juventude Comunista da China tem usado ídolos de pop para atrair os mais jovens e nós sabemos disso. Mas para os nossos ídolos sobreviverem no mercado e terem sucesso, isto é o que têm de fazer. Portanto, nós publicamos comentários patrióticos nos seus posts”, diz Linda Li citada pelo South China Morning Post.

Para a jovem de 19 anos, que estuda numa universidade australiana, apoiar a sua banda favorita vai muito além de comprar música ou ir a concertos. Ser fã dos TFBoys significa publicar mensagens nacionalistas pro-China nas redes sociais, mais recentemente a favor do Executivo de Carrie Lam e contra o movimento pró-democrata de Hong Kong.

A banda, cujo nome significa The Fighting Boys, marca presença regular em eventos do Partido Comunista Chinês e aparece regularmente nos média estatais. Além disso, um dos membros da boy band participou em 2015 na conferência “Juventude Excelente”, organizada pela Liga da Juventude Comunista de onde nasceram personalidades de relevo da política chinesa como Hu Jintao.

Fenómeno de popularidade

A fama dos TFBoys ultrapassa as fronteiras da China e vai até onde estiver um jovem chinês. Depois de completar um ano de carreira, o trio já era um dos fenómenos de popularidade, principalmente com o sucesso do single “Manual of Youth”. O valor comercial estimado dos TFBoys é de 430 milhões de dólares, uma loucura consumada pelas vendas de merchandising que, por cada elemento da banda, atingem 17 milhões de dólares por mês.

Um produto da campanha nacionalista de Xi Jinping, a fama da mais popular banda chinesa alastrou pela Ásia. Um dos grupos vietnamitas de Facebook dos TFBoys tem 170 mil seguidores. Outro grupo de Taiwan tem mais de 60 mil fãs, a página Twitter de seguidores tailandeses é acompanhada por mais de 31 mil pessoas.

As vidas dos membros dos TFBoys transformaram-se em exemplos para gerações de jovens chineses. Além de difusores da propaganda partidária, as jovens estrelas precisam manter uma aparência social de role-models. Papel que foi colocado em causa há 6 meses quando Roy Wang foi apanhado a fumar num restaurante em Pequim. O jovem que havia sido distinguido como uma das figuras públicas mais socialmente responsável, provocou uma enorme convulsão mediática depois da divulgação da imagem em que é visto a fumar.

Como não poderia deixar de ser, Wang recorreu à plataforma digital Weibo, onde tem mais de 72 milhões de seguidores, para pedir desculpas. “Este incidente fez-me reflectir profundamente no meu comportamento e em quem eu sou. Estou muito arrependido e envergonhado pelo impacto social negativo que possa ter criado”, declarou à altura a jovem estrela.

18 Out 2019

Música | Bandas como os TFBoys promovem nacionalismo através da Pop

A boy band chinesa TFBoys é a materialização do soft power do regime de Pequim. Com uma mensagem baseada na propaganda nacionalista do partido, a banda tornou-se num fenómeno de popularidade, com 200 milhões de seguidores no Weibo

 
[dropcap]E[/dropcap]m cima de uma sonoridade que podia ser banda sonora dos “Morangos com Açúcar”, os TFBoys cantam, desde o início da carreira, músicas sancionadas e patrocinadas por Pequim que promovem o nacionalismo. Exemplo disso mesmo é a muitíssima popular versão de “We Are the Heirs of Communism”, que em tradução livre para português será qualquer coisa como “Somos os herdeiros do comunismo”.
“A Liga da Juventude Comunista da China tem usado ídolos de pop para atrair os mais jovens e nós sabemos disso. Mas para os nossos ídolos sobreviverem no mercado e terem sucesso, isto é o que têm de fazer. Portanto, nós publicamos comentários patrióticos nos seus posts”, diz Linda Li citada pelo South China Morning Post.
Para a jovem de 19 anos, que estuda numa universidade australiana, apoiar a sua banda favorita vai muito além de comprar música ou ir a concertos. Ser fã dos TFBoys significa publicar mensagens nacionalistas pro-China nas redes sociais, mais recentemente a favor do Executivo de Carrie Lam e contra o movimento pró-democrata de Hong Kong.
A banda, cujo nome significa The Fighting Boys, marca presença regular em eventos do Partido Comunista Chinês e aparece regularmente nos média estatais. Além disso, um dos membros da boy band participou em 2015 na conferência “Juventude Excelente”, organizada pela Liga da Juventude Comunista de onde nasceram personalidades de relevo da política chinesa como Hu Jintao.

Fenómeno de popularidade

A fama dos TFBoys ultrapassa as fronteiras da China e vai até onde estiver um jovem chinês. Depois de completar um ano de carreira, o trio já era um dos fenómenos de popularidade, principalmente com o sucesso do single “Manual of Youth”. O valor comercial estimado dos TFBoys é de 430 milhões de dólares, uma loucura consumada pelas vendas de merchandising que, por cada elemento da banda, atingem 17 milhões de dólares por mês.
Um produto da campanha nacionalista de Xi Jinping, a fama da mais popular banda chinesa alastrou pela Ásia. Um dos grupos vietnamitas de Facebook dos TFBoys tem 170 mil seguidores.
Outro grupo de Taiwan tem mais de 60 mil fãs, a página Twitter de seguidores tailandeses é acompanhada por mais de 31 mil pessoas.
As vidas dos membros dos TFBoys transformaram-se em exemplos para gerações de jovens chineses. Além de difusores da propaganda partidária, as jovens estrelas precisam manter uma aparência social de role-models. Papel que foi colocado em causa há 6 meses quando Roy Wang foi apanhado a fumar num restaurante em Pequim. O jovem que havia sido distinguido como uma das figuras públicas mais socialmente responsável, provocou uma enorme convulsão mediática depois da divulgação da imagem em que é visto a fumar.
Como não poderia deixar de ser, Wang recorreu à plataforma digital Weibo, onde tem mais de 72 milhões de seguidores, para pedir desculpas. “Este incidente fez-me reflectir profundamente no meu comportamento e em quem eu sou. Estou muito arrependido e envergonhado pelo impacto social negativo que possa ter criado”, declarou à altura a jovem estrela.

Cantar o amor à nação

A boy band chinesa TFBoys é a materialização do soft power do regime de Pequim. Com uma mensagem baseada na propaganda nacionalista do partido, a banda tornou-se num fenómeno de popularidade, com 200 milhões de seguidores no Weibo
Em cima de uma sonoridade que podia ser banda sonora dos “Morangos com Açúcar”, os TFBoys cantam, desde o início da carreira, músicas sancionadas e patrocinadas por Pequim que promovem o nacionalismo. Exemplo disso mesmo é a muitíssima popular versão de “We Are the Heirs of Communism”, que em tradução livre para português será qualquer coisa como “Somos os herdeiros do comunismo”.
“A Liga da Juventude Comunista da China tem usado ídolos de pop para atrair os mais jovens e nós sabemos disso. Mas para os nossos ídolos sobreviverem no mercado e terem sucesso, isto é o que têm de fazer. Portanto, nós publicamos comentários patrióticos nos seus posts”, diz Linda Li citada pelo South China Morning Post.
Para a jovem de 19 anos, que estuda numa universidade australiana, apoiar a sua banda favorita vai muito além de comprar música ou ir a concertos. Ser fã dos TFBoys significa publicar mensagens nacionalistas pro-China nas redes sociais, mais recentemente a favor do Executivo de Carrie Lam e contra o movimento pró-democrata de Hong Kong.
A banda, cujo nome significa The Fighting Boys, marca presença regular em eventos do Partido Comunista Chinês e aparece regularmente nos média estatais. Além disso, um dos membros da boy band participou em 2015 na conferência “Juventude Excelente”, organizada pela Liga da Juventude Comunista de onde nasceram personalidades de relevo da política chinesa como Hu Jintao.

Fenómeno de popularidade

A fama dos TFBoys ultrapassa as fronteiras da China e vai até onde estiver um jovem chinês. Depois de completar um ano de carreira, o trio já era um dos fenómenos de popularidade, principalmente com o sucesso do single “Manual of Youth”. O valor comercial estimado dos TFBoys é de 430 milhões de dólares, uma loucura consumada pelas vendas de merchandising que, por cada elemento da banda, atingem 17 milhões de dólares por mês.
Um produto da campanha nacionalista de Xi Jinping, a fama da mais popular banda chinesa alastrou pela Ásia. Um dos grupos vietnamitas de Facebook dos TFBoys tem 170 mil seguidores. Outro grupo de Taiwan tem mais de 60 mil fãs, a página Twitter de seguidores tailandeses é acompanhada por mais de 31 mil pessoas.
As vidas dos membros dos TFBoys transformaram-se em exemplos para gerações de jovens chineses. Além de difusores da propaganda partidária, as jovens estrelas precisam manter uma aparência social de role-models. Papel que foi colocado em causa há 6 meses quando Roy Wang foi apanhado a fumar num restaurante em Pequim. O jovem que havia sido distinguido como uma das figuras públicas mais socialmente responsável, provocou uma enorme convulsão mediática depois da divulgação da imagem em que é visto a fumar.
Como não poderia deixar de ser, Wang recorreu à plataforma digital Weibo, onde tem mais de 72 milhões de seguidores, para pedir desculpas. “Este incidente fez-me reflectir profundamente no meu comportamento e em quem eu sou. Estou muito arrependido e envergonhado pelo impacto social negativo que possa ter criado”, declarou à altura a jovem estrela.

18 Out 2019

Oktoberfest | Nova edição arranca hoje no MGM

[dropcap]C[/dropcap]omeça hoje uma nova edição do Oktoberfest no MGM Cotai, que decorre até ao dia 28 deste mês, à excepção do dia 20. O evento deste ano celebra os 20 anos de transferência de soberania de Macau para a China e, nesse sentido, serão feitos descontos a todos os residentes de Macau.

A banda “Högl Fun Band” irá actuar no Oktoberfest, apresentando uma canção especial sobre essa efeméride, intitulada “Nei Hou, Macau!”, com algumas frases em cantonês para celebrar o intercâmbio cultural existente no território.

17 Out 2019

Oktoberfest | Nova edição arranca hoje no MGM

[dropcap]C[/dropcap]omeça hoje uma nova edição do Oktoberfest no MGM Cotai, que decorre até ao dia 28 deste mês, à excepção do dia 20. O evento deste ano celebra os 20 anos de transferência de soberania de Macau para a China e, nesse sentido, serão feitos descontos a todos os residentes de Macau.
A banda “Högl Fun Band” irá actuar no Oktoberfest, apresentando uma canção especial sobre essa efeméride, intitulada “Nei Hou, Macau!”, com algumas frases em cantonês para celebrar o intercâmbio cultural existente no território.

17 Out 2019

Plataforma “Unitygate” apresenta projectos em Macau 

[dropcap]A[/dropcap] plataforma “Unitygate” apresentou ontem o seu programa de eventos em Macau, que decorre até ao dia 10 de Novembro em diferentes locais do território e com o apoio de vários parceiros, como a Fundação Rui Cunha ou a Casa de Portugal em Macau, entre outros.

O primeiro evento acontece este sábado e insere-se no programa do Festival da Lusofonia. O espectáculo “Fado Nosso” apresenta um solo de dança contemporânea com fados de Amália Rodrigues, tendo coreografia e interpretação de Sandra Battaglia, da Amalgama – Companhia de Dança. Segue-se, no dia 26 deste mês, o espectáculo de dança e teatro “Esperpento”, a ter lugar na Casa Garden, promovido pelo Clube dos Amigos do Riquexó e Amalgama. De acordo com uma nota oficial, este espectáculo pretende fazer “rir, chorar e pensar” o público, pois “faz uma viagem guiada por uma imagem reflectida num espelho, a imagem que temos de nós, a imagem que os outros têm, e a imagem que gostaríamos de ter”.

Em Novembro, no dia 2, decorre, em parceria com um estúdio de yoga, um workshop de ballet e dança criativa para crianças, com Alexandra Battaglia. Trata-se de uma “sessão aberta a todos que queiram experimentar as bases da dança clássica sem formatações, mas na sua essência mais significativa para a criança, sensibilidade, postura, musicalidade, coordenação por uma vertente criativa, lúdica e emocional, tão importante para o desenvolvimento harmonioso do ser”, aponta a mesma nota. Estão também agendados outros workshops.

Histórias do momento

No dia 10 de Novembro, haverá lugar a um outro workshop, desta vez no Jardim da Flora, intitulado “Contos e Histórias Inventadas”, com a participação do fotógrafo António Mil-Homens. “Dando corpo a mais um projecto antigo, já ‘ensaiado’ há muito tempo atrás, António Duarte Mil-Homens propõe-se, a partir de sugestões das crianças participantes, colher da sua memória e imaginação Histórias no momento inventadas. A gravação, feita em simultâneo, será depois transcrita e posteriormente editada”, explica o comunicado.

Outro dos eventos que faz parte do programa da plataforma “Unitygate” para Macau, e que acontece dia 7 de Novembro, é o “Forum Network – Arte e Movimento na Escola”, em parceria com a Fundação Rui Cunha. Trata-se de uma palestra e mesa redonda sobre a reflexão do papel do movimento criativo e artístico na Educação. “A ideia é criarmos um espaço informal de apresentações e debate sobre o assunto, aproximando pessoas, artes, partilhando saberes, experiências e exemplos, sobre um assunto da maior importância na educação da pessoa e das sociedades”, conclui o mesmo comunicado.

17 Out 2019

Armazém do Boi | Festival Internacional de Artes Performativas este fim-de-semana

Decorre este fim-de-semana o Festival Internacional de Artes Performativas no Armazém do Boi que tem como tema “Poemas Sem Título”. Mais de uma dezena de artistas, oriundos da China, Europa e América Latina, vão mostrar o seu trabalho durante três dias numa tentativa de revelar um pluralismo ao nível das artes plásticas, sempre com a humanidade como tema central

 

[dropcap]A[/dropcap]quele que é considerado um dos maiores eventos anuais do Armazém do Boi acontece este fim-de-semana, entre 18 e 20 de Outubro. O Festival Internacional de Artes Performativas (MIPAF, na sigla inglesa) contém um cartaz com 18 artistas vindos de países tão diferentes como a China, Suíça ou Chile, que vão revelar o seu trabalho lado a lado com artistas de Macau.

A exposição, intitulada “Poemas Sem Título”, tem como objectivo “adoptar a troca de abordagens artísticas com uma manifestação de distintas personalidades”. “É objectivo do MIPAF revelar uma nova geração de artistas, com os seus personagens idiossincráticas e disposições para as práticas criativas”, acrescenta a mesma nota.

A curadoria desta mostra está a cargo de Noah Ng, que seleccionou trabalhos que resultam de “diálogos multifacetados que invocam transformações culturais, teorias sociais realizadas de forma dinâmica, psico-análise e ecologia política”. A diversidade cultural dos artistas visa levar o público a estimular a imaginação, graças às “profundas preocupações sobre a humanidade” reveladas pelos trabalhos expostos.

Humanidade em foco

Na mesma nota, os promotores do MIPAF esclarecem que a humanidade é o tema central destes trabalhos, com uma ligação à poesia chinesa tradicional. “A poesia chinesa tradicional enfatiza a verdadeira essência da literatura clássica, e numa nota curiosa alguns poemas foram deixados ‘sem título’. Os trabalhos ‘sem título’ podem indicar que é melhor deixar algumas coisas sem nome, ou significa que o seu autor não quis contextualizar o que viu, ao revelar o tema da poesia. Deixar algo por dizer pode ser uma poderosa ferramenta.”

“Poemas Sem Título” é, acima de tudo, uma mostra que visa apresentar “uma visão compreensiva de trabalhos regionais e internacionais ligados a questões humanitárias”.

As performances podem ser vistas esta sexta-feira, entre as 19h00 e 22h00, sábado, entre as 14h00 e as 18h00, e domingo das 13h00 às 20h00. A entrada é gratuita. Além dos artistas individuais, o Armazém do Boi vai também contar com a presença do colectivo PRINZpod, oriundo da Áustria, composto pelos artistas Brigitte Podgorschek e Wolfgang Podgorschek. Do Chile chega o projecto DEFORMES, com Gonzalo Rabanal, Valeria León Ibánez e Teresa Catalina Varas Reyes.

O Armazém do Boi conta com o apoio da Fundação Macau para esta iniciativa, além de outras entidades internacionais.

17 Out 2019

Armazém do Boi | Festival Internacional de Artes Performativas este fim-de-semana

Decorre este fim-de-semana o Festival Internacional de Artes Performativas no Armazém do Boi que tem como tema “Poemas Sem Título”. Mais de uma dezena de artistas, oriundos da China, Europa e América Latina, vão mostrar o seu trabalho durante três dias numa tentativa de revelar um pluralismo ao nível das artes plásticas, sempre com a humanidade como tema central

 
[dropcap]A[/dropcap]quele que é considerado um dos maiores eventos anuais do Armazém do Boi acontece este fim-de-semana, entre 18 e 20 de Outubro. O Festival Internacional de Artes Performativas (MIPAF, na sigla inglesa) contém um cartaz com 18 artistas vindos de países tão diferentes como a China, Suíça ou Chile, que vão revelar o seu trabalho lado a lado com artistas de Macau.
A exposição, intitulada “Poemas Sem Título”, tem como objectivo “adoptar a troca de abordagens artísticas com uma manifestação de distintas personalidades”. “É objectivo do MIPAF revelar uma nova geração de artistas, com os seus personagens idiossincráticas e disposições para as práticas criativas”, acrescenta a mesma nota.
A curadoria desta mostra está a cargo de Noah Ng, que seleccionou trabalhos que resultam de “diálogos multifacetados que invocam transformações culturais, teorias sociais realizadas de forma dinâmica, psico-análise e ecologia política”. A diversidade cultural dos artistas visa levar o público a estimular a imaginação, graças às “profundas preocupações sobre a humanidade” reveladas pelos trabalhos expostos.

Humanidade em foco

Na mesma nota, os promotores do MIPAF esclarecem que a humanidade é o tema central destes trabalhos, com uma ligação à poesia chinesa tradicional. “A poesia chinesa tradicional enfatiza a verdadeira essência da literatura clássica, e numa nota curiosa alguns poemas foram deixados ‘sem título’. Os trabalhos ‘sem título’ podem indicar que é melhor deixar algumas coisas sem nome, ou significa que o seu autor não quis contextualizar o que viu, ao revelar o tema da poesia. Deixar algo por dizer pode ser uma poderosa ferramenta.”
“Poemas Sem Título” é, acima de tudo, uma mostra que visa apresentar “uma visão compreensiva de trabalhos regionais e internacionais ligados a questões humanitárias”.
As performances podem ser vistas esta sexta-feira, entre as 19h00 e 22h00, sábado, entre as 14h00 e as 18h00, e domingo das 13h00 às 20h00. A entrada é gratuita. Além dos artistas individuais, o Armazém do Boi vai também contar com a presença do colectivo PRINZpod, oriundo da Áustria, composto pelos artistas Brigitte Podgorschek e Wolfgang Podgorschek. Do Chile chega o projecto DEFORMES, com Gonzalo Rabanal, Valeria León Ibánez e Teresa Catalina Varas Reyes.
O Armazém do Boi conta com o apoio da Fundação Macau para esta iniciativa, além de outras entidades internacionais.

17 Out 2019

Exposição | “Chapas Sínicas” na Torre do Tombo, em Lisboa, até 8 de Fevereiro

[dropcap]A[/dropcap] exposição “Chapas Sínicas – Histórias de Macau na Torre do Tombo”, co-organizada pelo Arquivo Nacional da Torre do Tombo e pelo Arquivo de Macau do Instituto Cultural (IC), está patente ao público até dia 8 de Fevereiro. Em 2016 e 2017, a colecção foi inscrita no Registo da Memória do Mundo para a Ásia-Pacífico a nível regional e no Registo da Memória do Mundo, respectivamente.

As Chapas Sínicas são uma colecção composta por mais de 3.600 documentos, incluindo registos oficiais de Macau redigidos em chinês durante a Dinastia Qing, ofícios traduzidos para português e outros documentos diversos, documentação esta que se encontra conservada no acervo do Arquivo Nacional da Torre do Tombo de Portugal.

Os registos reflectem as condições da sociedade, a vida das pessoas, o desenvolvimento urbano e o comércio de Macau durante a dinastia Qing, representando ainda a importância de Macau para o mundo e registando histórias que, embora tenham ocorrido em Macau, são de relevância histórica para a China e Portugal, bem como para a história mundial. A exposição esteve já patente em Macau no ano de 2018.

16 Out 2019

Exposição | “Chapas Sínicas” na Torre do Tombo, em Lisboa, até 8 de Fevereiro

[dropcap]A[/dropcap] exposição “Chapas Sínicas – Histórias de Macau na Torre do Tombo”, co-organizada pelo Arquivo Nacional da Torre do Tombo e pelo Arquivo de Macau do Instituto Cultural (IC), está patente ao público até dia 8 de Fevereiro. Em 2016 e 2017, a colecção foi inscrita no Registo da Memória do Mundo para a Ásia-Pacífico a nível regional e no Registo da Memória do Mundo, respectivamente.
As Chapas Sínicas são uma colecção composta por mais de 3.600 documentos, incluindo registos oficiais de Macau redigidos em chinês durante a Dinastia Qing, ofícios traduzidos para português e outros documentos diversos, documentação esta que se encontra conservada no acervo do Arquivo Nacional da Torre do Tombo de Portugal.
Os registos reflectem as condições da sociedade, a vida das pessoas, o desenvolvimento urbano e o comércio de Macau durante a dinastia Qing, representando ainda a importância de Macau para o mundo e registando histórias que, embora tenham ocorrido em Macau, são de relevância histórica para a China e Portugal, bem como para a história mundial. A exposição esteve já patente em Macau no ano de 2018.

16 Out 2019

Livros | Margaret Atwood e Bernardine Evaristo vencem prémio Booker

[dropcap]A[/dropcap] canadiana Margaret Atwood e a britânica Bernardine Evaristo venceram ontem, em conjunto, o prémio Booker, o mais prestigiado prémio literário de língua inglesa, foi anunciado.

Margaret Atwood, que é a quarta figura a conquistar duas vezes o prémio, foi galardoada pela sequela de “A História de uma Serva”, intitulada “The Testaments”, livro-sensação do Outono, que a Bertrand disse à Lusa, há algumas semanas, não saber ainda se vai ou não editar.

Atwood já tinha vencido em 2000 com “O Assassino Cego” (editado em 2009 pela Bertrand em Portugal). Já Bernardine Evaristo, que ficará na história por ter sido a primeira mulher negra a ganhar o prémio, foi escolhida pelo livro “Girl, Woman, Other”.

Nascida de pais ingleses e nigerianos, Bernardine Evaristo é autora de oito livros e ensina escrita criativa na Universidade de Brunel, em Londres.

Os livros vencedores foram escolhidos entre 151 submetidos, abrangendo o universo de livros escritos em inglês e publicados no Reino Unido e na Irlanda entre 1 de Outubro de 2018 e 30 de Setembro de 2019.

Com um valor monetário de 55.760 euros, o prémio literário Booker foi criado em 1969 e é atribuído a autores de qualquer nacionalidade desde que tenham escrito uma obra em língua inglesa e publicada no Reino Unido.

16 Out 2019

Livros | Margaret Atwood e Bernardine Evaristo vencem prémio Booker

[dropcap]A[/dropcap] canadiana Margaret Atwood e a britânica Bernardine Evaristo venceram ontem, em conjunto, o prémio Booker, o mais prestigiado prémio literário de língua inglesa, foi anunciado.
Margaret Atwood, que é a quarta figura a conquistar duas vezes o prémio, foi galardoada pela sequela de “A História de uma Serva”, intitulada “The Testaments”, livro-sensação do Outono, que a Bertrand disse à Lusa, há algumas semanas, não saber ainda se vai ou não editar.
Atwood já tinha vencido em 2000 com “O Assassino Cego” (editado em 2009 pela Bertrand em Portugal). Já Bernardine Evaristo, que ficará na história por ter sido a primeira mulher negra a ganhar o prémio, foi escolhida pelo livro “Girl, Woman, Other”.
Nascida de pais ingleses e nigerianos, Bernardine Evaristo é autora de oito livros e ensina escrita criativa na Universidade de Brunel, em Londres.
Os livros vencedores foram escolhidos entre 151 submetidos, abrangendo o universo de livros escritos em inglês e publicados no Reino Unido e na Irlanda entre 1 de Outubro de 2018 e 30 de Setembro de 2019.
Com um valor monetário de 55.760 euros, o prémio literário Booker foi criado em 1969 e é atribuído a autores de qualquer nacionalidade desde que tenham escrito uma obra em língua inglesa e publicada no Reino Unido.

16 Out 2019

Lusofonia | Cinco companhias na VI mostra de teatro lusófono em Macau

Portugal, Macau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste participam no Teatrau – VI mostra de teatro dos países de língua portuguesa, de 22 a 27 de Outubro, em Macau

 

[dropcap]D[/dropcap]e Portugal participa nesta mostra, coordenada e produzida pelo Instituto Português do Oriente (IPOR), o colectivo Primeira Pedra, fundado em 2018 e que se destaca “pelas intervenções artísticas, organização de eventos multidisciplinares e produção de espectáculos”

Fundado em 1975, o grupo independente de arte dramática Hiu Hok encenou já mais de 200 peças, que “cobrem diferentes tipos de teatro”, indicou, em comunicado, o IPOR.

Moçambique apresenta o Centro de Teatro do Oprimido, uma associação cultural lançada em 2013, de difusão de “técnicas alternativas de comunicação” e de dinamização cultural “para a formação e educação comunitária” e a procura de “soluções para problemas que afectem o desenvolvimento da comunidade”.

Já a companhia LEGI TÉLA – Grupo tradicional de teatro e dança, de São Tomé e Príncipe, foi considerado no ano em que foi fundado, 2010, o melhor grupo de teatro na competição de teatro nacional do país.

De Timor-Leste participa a companhia Estrela de Ramelau, criada em 2018 e que integra, entre outros, vários estudantes do ensino secundário e superior timorense, além de alunos da Escola Portuguesa de Díli.

Faixa cultural

O Teatrau realiza-se no âmbito da 11.ª semana cultural entre a China e os países de língua portuguesa, inaugurada oficialmente no sábado passado.

O programa das companhias de teatro inclui ainda a realização de oficinas e visitas a instituições educativas para promoção da língua portuguesa, da criatividade e expressão pessoal, referiu.
Com entrada livre, os espectáculos realizam-se no edifício do Antigo Tribunal, no centro da cidade.

Sob o tema “uma faixa, uma rota cultural”, a semana cultural, organizada pelo Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os países de língua portuguesa e co-organização do Instituto Cultural, apresenta ainda espectáculos musicais, exposição de pintura e fotografia, gastronomia e artesanato do bloco lusófono.

16 Out 2019

Lusofonia | Cinco companhias na VI mostra de teatro lusófono em Macau

Portugal, Macau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste participam no Teatrau – VI mostra de teatro dos países de língua portuguesa, de 22 a 27 de Outubro, em Macau

 
[dropcap]D[/dropcap]e Portugal participa nesta mostra, coordenada e produzida pelo Instituto Português do Oriente (IPOR), o colectivo Primeira Pedra, fundado em 2018 e que se destaca “pelas intervenções artísticas, organização de eventos multidisciplinares e produção de espectáculos”
Fundado em 1975, o grupo independente de arte dramática Hiu Hok encenou já mais de 200 peças, que “cobrem diferentes tipos de teatro”, indicou, em comunicado, o IPOR.
Moçambique apresenta o Centro de Teatro do Oprimido, uma associação cultural lançada em 2013, de difusão de “técnicas alternativas de comunicação” e de dinamização cultural “para a formação e educação comunitária” e a procura de “soluções para problemas que afectem o desenvolvimento da comunidade”.
Já a companhia LEGI TÉLA – Grupo tradicional de teatro e dança, de São Tomé e Príncipe, foi considerado no ano em que foi fundado, 2010, o melhor grupo de teatro na competição de teatro nacional do país.
De Timor-Leste participa a companhia Estrela de Ramelau, criada em 2018 e que integra, entre outros, vários estudantes do ensino secundário e superior timorense, além de alunos da Escola Portuguesa de Díli.

Faixa cultural

O Teatrau realiza-se no âmbito da 11.ª semana cultural entre a China e os países de língua portuguesa, inaugurada oficialmente no sábado passado.
O programa das companhias de teatro inclui ainda a realização de oficinas e visitas a instituições educativas para promoção da língua portuguesa, da criatividade e expressão pessoal, referiu.
Com entrada livre, os espectáculos realizam-se no edifício do Antigo Tribunal, no centro da cidade.
Sob o tema “uma faixa, uma rota cultural”, a semana cultural, organizada pelo Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os países de língua portuguesa e co-organização do Instituto Cultural, apresenta ainda espectáculos musicais, exposição de pintura e fotografia, gastronomia e artesanato do bloco lusófono.

16 Out 2019

Transferência de soberania | Lisboa acolhe exposição na Delegação de Macau

[dropcap]E[/dropcap]stá patente, até ao dia 27 de Dezembro, uma exposição na Delegação Económica e Comercial de Macau em Lisboa alusiva à transferência de soberania de Macau para a China. Para esta mostra, com o nome “Recordações Memoráveis de 1999” o Arquivo de Macau disponibilizou mais de cem arquivos da colecção documental da Comissão dos Diversos Sectores de Macau para as Actividades de Celebração do Retorno de Macau à Pátria (CDMSP).

Com os arquivos, a organização espera conseguir transmitir “momentos marcantes e importantes da reunificação e reviver uma memória colectiva que há muito é apreciada”. Além disso, esta mostra pretende revisitar “os pontos cruciais dos contactos sino-portugueses”.

15 Out 2019