Fado | Fernanda Paulo acompanhada ao piano em concerto “Delicado”

[dropcap]A[/dropcap] fadista Fernanda Paulo junta-se ao piano do brasileiro Francisco Pellegrino para um concerto na Casa Garden, já no próximo dia 22 Novembro, pelas 20 horas.

O espectáculo “Delicado” resulta de um encontro musical dos dois países, Portugal e Brasil, celebrando assim “a tradição e a universalidade do Fado, num repertório emocionante que ganha nova vida com o acompanhamento ao piano, instrumento incomum para o estilo”.

Francisco Pellegrino e Fernanda Paulo conheceram-se no ano de 2010, em Buenos Aires, onde actuaram juntos pela primeira vez. O encontro deu origem a este projecto, que mistura dois estilos incontornáveis como o fado e a música popular brasileira, abarcando ainda várias influências que ambos os intérpretes trazem da sua formação eclética.

Fernanda Paulo, tem vindo a evoluir nos dois pólos artísticos, o do Teatro e o da Música, tendo começado a cantar em festivais infanto-juvenis, e, mais recentemente, desenvolvido alguns projectos musicais relacionados com o fado, cantando em diversos espectáculos e casas de fado.

Já Francisco Pellegrini é um jovem compositor brasileiro de Niterói (RJ), pianista, acordeonista e músico profissional desde os 14 anos. Tem quatro álbuns lançados em diversas partes do mundo, e terá o lançamento de seu quinto álbum no próximo ano.

19 Nov 2019

Workshops | Desfile Internacional promove sessões de acrobacias aéreas e marionetas

Por ocasião do “Desfile Internacional de Macau 2019” do próximo dia 8 de Dezembro, o Instituto Cultural (IC) vai promover workshops de acrobacia aérea e de construção de marionetas tradicionais. As inscrições para as sessões, que ficarão a cargo de grupos performativos de países como a Ucrânia, Bielorrússia, Polónia e Itália, abrem hoje ao público

 

[dropcap]Q[/dropcap]uer seja a usar o corpo para executar acrobacias várias ou aprender a dar vida a pequenas figuras movidas a cordel, existe certamente uma sessão de workshop para participar entre 25 de Novembro e 7 de Dezembro.

Organizado pelo Instituto Cultural (IC), por ocasião da celebração do 20.º Aniversário da Transferência da Administração de Macau para a China, o “Desfile Internacional de Macau 2019” traz a Macau grupos performativos de vários países para enquadrar sessões dos “Workshops de Acrobacia Aérea” e ainda “Workshop de Marioneta Tradicional”.

Os “Workshops de Acrobacia Aérea” decorrem na Escola Portuguesa de Macau e no Centro de Design de Macau, de 30 de Novembro a 7 de Dezembro, onde estão previstas oito sessões que incluem Ginástica/Acrobacia, Breakdance/Acrobacia, Trampolim/Acrobacia, Parkour/Acrobacia, Contorcionismo e Flexibilidade, Argola Aéreo e Trapézio, Duo Aéreo com Sedas e ainda Dança Infantil e Acrobacia.

As sessões de acrobacia aérea são de entrada livre e não vão requerer qualquer tipo de experiência prévia em ginástica por parte dos participantes, sendo conduzidas em inglês por artistas de diversos grupos internacionais como o “Phase One” da Ucrânia, Svetlana Burdzevitskaya, da Bielorrússia, Susanna Defraia de Itália e “Duo Acroart” da Polónia.

Aprender a dar vida

Já o “Workshop de Marioneta Tradicional” será dividido em 12 sessões e realizado no Centro de Educação Artística Gugumelo entre 25 de Novembro e 5 de Dezembro. Orientado pelo mestre profissional de marionetas da “Casa de Marionetas Htwe Oo do Myanmar”, este workshop será conduzido em inglês, com tradução para cantonense, e pretende ensinar os participantes a esculpir, montar e até actuar com marionetas, ao longo de todo o processo criativo de construção destes objectos vivos.

De frisar que o “Workshop de Marioneta Tradicional” tem o custo de 400 patacas de propina de materiais, embora esse valor seja reembolsado na totalidade, caso o participante assista a, pelo menos 80 por cento das sessões.

Todos os interessados poderão inscrever-se nas sessões, a partir de hoje, 19 de Novembro, através do sistema de inscrição de actividades do Instituto Cultural (IC), disponível online, e onde constam também mais informações sobre os workshops e respectivos requisitos, horários e locais.

19 Nov 2019

Workshops | Desfile Internacional promove sessões de acrobacias aéreas e marionetas

Por ocasião do “Desfile Internacional de Macau 2019” do próximo dia 8 de Dezembro, o Instituto Cultural (IC) vai promover workshops de acrobacia aérea e de construção de marionetas tradicionais. As inscrições para as sessões, que ficarão a cargo de grupos performativos de países como a Ucrânia, Bielorrússia, Polónia e Itália, abrem hoje ao público

 
[dropcap]Q[/dropcap]uer seja a usar o corpo para executar acrobacias várias ou aprender a dar vida a pequenas figuras movidas a cordel, existe certamente uma sessão de workshop para participar entre 25 de Novembro e 7 de Dezembro.
Organizado pelo Instituto Cultural (IC), por ocasião da celebração do 20.º Aniversário da Transferência da Administração de Macau para a China, o “Desfile Internacional de Macau 2019” traz a Macau grupos performativos de vários países para enquadrar sessões dos “Workshops de Acrobacia Aérea” e ainda “Workshop de Marioneta Tradicional”.
Os “Workshops de Acrobacia Aérea” decorrem na Escola Portuguesa de Macau e no Centro de Design de Macau, de 30 de Novembro a 7 de Dezembro, onde estão previstas oito sessões que incluem Ginástica/Acrobacia, Breakdance/Acrobacia, Trampolim/Acrobacia, Parkour/Acrobacia, Contorcionismo e Flexibilidade, Argola Aéreo e Trapézio, Duo Aéreo com Sedas e ainda Dança Infantil e Acrobacia.
As sessões de acrobacia aérea são de entrada livre e não vão requerer qualquer tipo de experiência prévia em ginástica por parte dos participantes, sendo conduzidas em inglês por artistas de diversos grupos internacionais como o “Phase One” da Ucrânia, Svetlana Burdzevitskaya, da Bielorrússia, Susanna Defraia de Itália e “Duo Acroart” da Polónia.

Aprender a dar vida

Já o “Workshop de Marioneta Tradicional” será dividido em 12 sessões e realizado no Centro de Educação Artística Gugumelo entre 25 de Novembro e 5 de Dezembro. Orientado pelo mestre profissional de marionetas da “Casa de Marionetas Htwe Oo do Myanmar”, este workshop será conduzido em inglês, com tradução para cantonense, e pretende ensinar os participantes a esculpir, montar e até actuar com marionetas, ao longo de todo o processo criativo de construção destes objectos vivos.
De frisar que o “Workshop de Marioneta Tradicional” tem o custo de 400 patacas de propina de materiais, embora esse valor seja reembolsado na totalidade, caso o participante assista a, pelo menos 80 por cento das sessões.
Todos os interessados poderão inscrever-se nas sessões, a partir de hoje, 19 de Novembro, através do sistema de inscrição de actividades do Instituto Cultural (IC), disponível online, e onde constam também mais informações sobre os workshops e respectivos requisitos, horários e locais.

19 Nov 2019

Macau inaugura Museu Memorial de Xian Xinghai no próximo sábado

[dropcap]O[/dropcap] Museu Memorial de Xian Xinghai vai ser inaugurado no próximo sábado, com abertura ao público agendada para o dia seguinte, anunciaram as autoridades. “A cerimónia de abertura do Museu Memorial será realizada no dia 23 de novembro. O Museu Memorial estará aberto ao público a partir de 24 de novembro, apresentando manuscritos e pertences de valor inestimável da vida do músico”, pode ler-se no comunicado.

“O Instituto Cultural (IC), em colaboração com a Biblioteca da Academia Nacional de Arte da China, exibirá 36 peças/conjuntos de manuscritos e pertences de Xian Xinghai”, segundo a mesma nota.

Além de apresentar eventos da vida e realizações artísticas de Xian Xinghai, “o Museu Memorial também vai oferecer aos visitantes a oportunidade […] de dirigirem uma orquestra na Visita Virtual”, bem como uma área especialmente dedicada às crianças para que estas aprendam “alguns factos divertidos sobre música e orquestra”. Com a abertura do Museu Memorial, o IC irá lançar em dezembro o livro ilustrado Caminho Musical de Xian Xinghai.

A publicação destina-se aos estudantes do ensino primário, crianças e seus pais. O livro “gira em torno do crescimento, da educação e da carreira musical de Xian Xinghai, com uma série de jogos criativos e interativos concebidos para os pequenos leitores aprenderem sobre o compositor e a pátria de uma forma interessante”, informaram as autoridades.

Nascido no seio de uma família de pescadores em Macau, Xian Xinghai “é aclamado como o ‘músico do povo’, sendo famoso pelas suas grandes realizações na História da música contemporânea da China”, sublinha-se na nota.

18 Nov 2019

Festival Clockenflap cancelado em Hong Kong

[dropcap]O[/dropcap] Festival Clockenflap, foi cancelado. Agendado para os próximos dias 22 e 24 de Novembro no Harbourfront em Hong Kong, a organização daquele que é considerado o maior festival de música e arte da região, anunciou, segundo o South China Morning Post, que o evento não será realizado devido à acentuada escalada de protestos anti-governo, que há quase seis meses tem abalado a cidade e que, nos últimos dias, viu a violência tomar conta das ruas em inúmeros confrontos com a polícia, juntamente com o corte de estradas.

“Devido à escalada da crise a que assistimos esta semana e a incerteza que isso criou para as próximas semanas, o Clockenflap 2019 será cancelado”, disse a organização, Magnetic Asia, em comunicado. “Até esta semana, estávamos totalmente comprometidos em realizar o festival. Infelizmente a situação actual tornou isso impossível”, acrescentou a organização, de acordo com o South China Morning Post.

Até à última

O anúncio do cancelamento acontece duas semanas depois de a Magnetic Asia ter reafirmado a sua determinação em manter a edição deste ano, após vários outros eventos terem sido também eles cancelados em Hong Kong devido ao clima de instabilidade.

“É precisamente por isso que sentimos que é tão importante que, mais do que nunca, o Clockenflap aconteça este ano, unindo as pessoas em torno de uma inspiração criativa”, disse Justin Sweeting, co-fundador e director musical da Magnetic Asia, no final de Outubro, ao South China Morning Post.

A organização do festival acrescentou também que o valor dos bilhetes será restituído na totalidade a todos aqueles que já tinham feito a sua aquisição. De entre os artistas confirmados para aquela que seria a 12ª edição do festival estavam os britânicos Mumford & Sons, a norte-americana Halsey, os britânicos The Kooks, os japoneses Babymetal, os australianos King Gizzard and the Lizard Wizard ou o rapper norte-americano Lil Pump.

O Clockenflap estava previsto para acontecer durante três dias, incluindo no total mais de 100 espectáculos internacionais, locais e regionais. Com agência Lusa

18 Nov 2019

IFFAM | Juliette Binoche confirmada no Festival Internacional de Cinema de Macau

A actriz francesa vencedora de um Óscar, Juliette Binoche é a nova “embaixadora-estrela” da quarta edição do Festival Internacional de Cinema de Macau (IFFAM), anunciou a organização do evento, que decorrerá entre 5 e 10 de Dezembro. Binoche junta-se assim aos embaixadores-estrela já anunciados para a edição deste ano, onde constam Carina Lau e Kim Junmyeon (SUHO)

 

[dropcap]V[/dropcap]árias vezes aclamada e inúmeras vezes premiada, tornando-se mesmo na primeira actriz a ser galardoada com o prémio de Melhor Actriz nos três principais festivais de cinema europeus – Cannes, Berlim e Veneza – a francesa vai marcar presença em Macau, nos dias 9 e 10 de Dezembro, para fazer parte de algumas actividades do festival, a começar pela sua participação na iniciativa “Em conversa com Juliette Binoche”, passando pela cerimónia de exibição do filme “The Truth” que contará também com a sua presença, e terminando na cerimónia de entrega de prémios do festival, na noite de 10 de Dezembro.

A secção “Em conversa com Juliette Binoche” está agendada para a tarde do dia 9 de Dezembro, e será um momento no qual a actriz vai estar à conversa com o realizador chinês Diao Yinan, promovendo um momento de partilha de experiências acerca da sua carreira cinematográfica de mais de três décadas.

Já a exibição do filme “The Truth”, do realizador japonês Hirokazu Kore-Eda, que conta, não só no elenco com a participação de Juliette Binoche, mas também com outros actores consagrados como Catherine Deneuve ou o norte-americano Ethan Hawke, será exibido na secção de apresentações especiais do festival na noite de 9 de Dezembro.

Uma das melhores do mundo

Acerca da passagem de Juliette Binoche por Macau, o director artístico do IFFAM, Mike Goodridge, refere o peso incontornável que a actriz francesa tem no panorama cinematográfico mundial e de como esse facto se enquadra perfeitamente no espírito que o Festival Internacional de Cinema de Macau quer promover.

”A principal missão do IFFAM é mostrar o melhor do cinema mundial e não há ninguém mais representativo do que Juliette Binoche para mostrar o que isso significa. Ela é uma actriz verdadeiramente global, e uma das melhores do mundo, continuando a esforçar-se por avançar em novas direcções empolgantes em cada filme que escolhe”, sublinhou o director artístico do festival, citado no comunicado enviado pelo IFFAM.

Recordemos que da carreira cheia de Juliette Binoche, que leva já mais de 30 anos, é possível destacar alguns momentos incontornáveis como o seu desempenho enquanto protagonista em “A Liberdade é Azul” (“Three Colours – Blue” – 1993), de Krzysztof Kieslowski, que valeu a Binoche o prémio de Melhor Actriz do Festival de Veneza e dois Prémios César, a sua estreia num filme em língua inglesa, “O Paciente Inglês” (“The English Patient” – 1996), de Anthony Minghella, performance que lhe valeu um total de três galardões, de entre os quais o Óscar de Melhor Actriz Secundária, e ainda, a sua actuação no filme “Cópia Certificada” (“Certified Copy” – 2010), de Abbas Kiarostami, que lhe valeu o prémio de Melhor Actriz no Festival de Cannes.

A quarta edição do Festival Internacional de Cinema de Macau, realiza-se entre 5 e 10 de Dezembro, sendo que o cartaz deste ano conta com cerca de 50 filmes, com destaque para o cinema local numa edição que também visa celebrar os 20 anos da RAEM.

Em edições anteriores da IFFAM, o papel de embaixadores-estrelas tocou a figuras como Jang Keun Suk, Rhydian Vaughan, Jeremy Renner, Donnie Yen, Miriam Yeung, Doh Kyung-Soo (D.O.), Nicolas Cage, Aaron Kwok, e Lim Yoon A. Com agência Lusa

18 Nov 2019

Dois grupos de Portugal participam no Desfile Internacional de Macau

[dropcap]P[/dropcap]ortugal e Angola vão marcar presença entre 80 grupos artísticos que participam no Desfile Internacional de Macau, em Dezembro, cuja edição assinala o 20.º aniversário da região administrativa especial chinesa, anunciou ontem a organização. “O Desfile deste ano apresenta 80 grupos artísticos, incluindo cerca de 1.800 artistas em 61 grupos locais, e 19 grupos dos países e regiões ao longo da iniciativa ‘uma Faixa, uma Rota'”, afirmou a presidente do Instituto Cultural (IC) de Macau, Mok Ian Ian, em conferência de imprensa.

Em 8 de Dezembro, grupos dos cinco continentes vão mostrar “as suas culturas únicas, celebrando o 20.º aniversário da transferência de administração de Portugal para a China”, disse a responsável, acrescentando que “desde 2015, esta é a edição com maior número de grupos performativos”.

No desfile, a Associação Tradições e a Portugal Artfusion vão apresentar a história dos produtores de chá portugueses, em cima de andas, enquanto Angola está representada pelo Grupo Tradicional Música e Bailado Angolano Jovens do Hungo. Já o grupo do Quénia mostra acrobacias, o da Rússia robôs saltadores, e o de Itália anjos flutuantes. A dança do dragão humano, uma das primeiras artes performativas da província de Guangdong (sul) a ser incluída na lista do património cultural imaterial da China, em que um grupo de adultos e crianças dançam em conjunto formando um dragão gigante, estará a cargo de artistas de Zhanjiang.

Ucrânia, Polónia, Bielorrússia, Hungria, Chile, Chipre, Nova Zelândia, Myanmar, Tailândia e Hong Kong são alguns dos países com grupos participantes na nona edição do desfile internacional de Macau, organizado pelo IC e co-organizado pelos Serviços de Turismo, Instituto do Desporto e Instituto para os Assuntos Municipais, entre outros. A partir do final deste mês, “mais de 20 actividades a realizar junto da comunidade”, como actuações em bairros, ‘workshops’, palestras em escolas, entre outros, vão apresentar a “diversidade cultural da série de actuações” e permitir que “residentes e turistas interajam com os grupos artísticos”, disse Mok Ian Ian.

O desfile parte das Ruínas de São Paulo atravessa várias ruas do centro histórico da cidade, passa pelo largo do Senado e avenida panorâmica do lago Nam Van, e termina na praça do lago Sai Van, onde terá lugar um espectáculo de fogo de artifício. A presidente do IC indicou que o orçamento do desfile é de 18,2 milhões de patacas, mais quatro por cento comparativamente ao ano anterior.

15 Nov 2019

Albergue SCM | Exposição de Raquel Gralheiro inaugurada em Nanjing  

Chama-se “O Meu Zodíaco Chinês” e é o nome dado à exposição de Raquel Gralheiro organizada pelo Albergue SCM no museu da escola de artes da Universidade Normal de Nanjing. Um total de 25 obras, já expostas na primeira Bienal de Artistas Mulheres de Macau, serão reveladas ao público chinês

 

[dropcap]O[/dropcap] museu da Escola de Artes da Universidade Normal de Nanjing, na China, recebe a partir de hoje a exposição de Raquel Gralheiro, intitulada “O Meu Zodíaco Chinês”, uma iniciativa organizada pelo Albergue da Santa Casa da Misericórdia de Macau. Ao todo serão expostos 25 trabalhos da artista portuguesa, obras essas que já estiveram no Albergue SCM a propósito da primeira edição da Bienal de Mulheres Artistas de Macau.

De acordo com um comunicado, a inauguração desta exposição em Nanjing é resultado de uma “cooperação cultural e de intercâmbio com a China, que visa introduzir uma diversidade cultural e experiências visuais ao público do continente”.

Numa entrevista concedida ao jornal Ponto Final, aquando da exposição no território, a artista explicou que a “principal mensagem do trabalho é sempre o optimismo, o positivismo”, bem como “as relações fluídas, a boa sorte, a paz, a alegria, a força das cores puras”. “O que eu desejo para mim e para o mundo em geral é isso: paz, sorrisos e boa energia”, acrescentou.

A exposição em Nanjing integra um total de 13 pinturas, sendo que 12 delas dizem respeito aos signos do Zodíaco chinês. Há também uma tela de dimensões maiores onde estarão reunidos os 12 animais do horóscopo chinês acompanhados de um ser humano.

Ao Jornal Tribuna de Macau, Raquel Gralheiro destacou ainda o facto de, nestas obras, “a figura feminina estar em destaque”. “Nem sempre pintei mulheres, também tenho pinturas com homens, mas ultimamente tem aparecido sempre a figura feminina, talvez porque é a minha condição. Só sei ser mulher e estar no mundo como mulher”, adiantou.

Raquel Gralheiro disse ter lido muitas coisas sobre os signos chineses e o significado dos seus diversos elementos. “Uma das obras tem medalhas douradas, como se fossem as moedas ou as fichas no casino. Também há muitas formas arredondadas”.

Um lado oriental

Raquel Gralheiro nasceu em Viseu, mas foi no Porto que se formou em pintura e desenho artístico. O seu trabalho já passou por vários países, mas a curiosidade sobre Macau sempre existiu.

“Há a vontade de passar por todo o lado onde estiveram portugueses. Já expus no Brasil várias vezes, em Moçambique e Cabo Verde em intercâmbios culturais. Existe essa curiosidade de ver o que deixamos para trás”, referiu ao Jornal Tribuna de Macau.

O trabalho agora exposto em Nanjing nasceu de um convite feito à artista, disse à mesma publicação. “Há uns anos fui convidada para o Ano Novo Chinês no Porto, o Ano do Cavalo, e pensei que podia continuar”, referiu, notando que o seu “trabalho tem muito de Oriente” e na altura dessa exposição já alguns quadros com animais dos signos. Por outro lado, as cores que usa “também têm muito da cultura oriental”. “Quando comecei a observar o meu portfólio percebi as semelhanças”, declarou.

15 Nov 2019

Cinema | Sound & Image Challenge exibe película sobre comunidade macaense 

Chama-se “Macaenses – An odyssey” e é o documentário da autoria de António Pinto Marques que será exibido na edição deste ano do festival de curtas-metragens Sound & Image Challenge, em Dezembro. O cartaz, que celebra dez anos de existência, conta ainda com outros filmes realizados em Macau e que venceram a competição nos últimos anos

 

[dropcap]A[/dropcap] décima edição do festival de curtas-metragens Sound & Image Challenge, organizado pela Creative Macau, decorre entre os dias 3 e 10 de Dezembro e celebra os dez anos de existência de uma iniciativa que visa mostrar o que de melhor se faz ao nível de curtas-metragens em Macau, mas não só.

O cartaz deste ano faz uma retrospectiva às produções que foram ganhando a competição nos últimos anos, dando destaque aos projectos desenvolvidos em Macau. Na secção de documentários, de salientar a exibição de “Macaenses – An Odyssey”, de António Pinto Marques, no dia 4 de Dezembro.

Este filme, com pouco mais de 28 minutos de duração, foi feito o ano passado e relata a história da comunidade macaense na diáspora, neste caso na América do Norte. O documentário contém diversas entrevistas feitas a macaenses que há muito deixaram a sua terra natal, resultado de diversos fluxos migratórios que se sucederam após a Guerra do Ópio e o Tratado de Nanjing, em 1842. Ao longo dos anos, a comunidade macaense tem emigrado, sobretudo para a Austrália, Portugal, Canadá, Brasil ou Estados Unidos, reagindo a cenários económicos ou políticos menos favoráveis.

O realizador, António Pinto Marques, fez os seus estudos na London School of Film, tendo trabalhado no documentário “The World at War” para a BBC, considerado “uma inovadora série documental” de 26 episódios narrados pelo actor Lawrence Oliver sobre a II Guerra Mundial.

O programa inclui também o documentário “Histórias de Lobos”, realizado em Portugal por Agnes Meng, em 2018. Em cerca de 22 minutos conta-se a história da localidade de Pitões das Junias, onde os poucos habitantes convivem com lobos em plena montanha. Agnes Meng estudou na Universidade Tsinghua, em Pequim. O público poderá também ver documentários realizados na Índia, Irão, Indonésia e Turquia, entre outros.

Pequenos de Macau

O Sound & Image Challenge mostra também as curtas-metragens realizadas em Macau e que se revelaram vencedoras em competições anteriores. É o caso de “Motivation”, do realizador português António Caetano de Faria, que faz parte do conjunto de produções vencedoras entre 2012 e 2013, juntamente com “Drugs are Good”, de Kenny Leong, ou “The Facebookers of Macau”, de Óright. Estes filmes serão exibidos na tarde do dia 4 de Dezembro, entre outras produções estrangeiras.

O festival inclui também a secção “Cinema Expandido”, que também a 4 de Dezembro, às 19h00, exibe o documentário “Bijagó, o Tesouro Sagrado”, de Domingos Sanca, da Guiné-Bissau. Esta produção, feita em 2018, conta a tradição da ilha de Canhabaque, na Guiné-Bissau, onde os homens são obrigados a separar-se das suas mulheres por questões rituais, o que causa um enorme sofrimento às mulheres da ilha devido a estas práticas ancestrais.

Domingos Sanca estudou cinema em Cuba e já realizou diversos documentários, com presença em vários festivais internacionais.

Todos os filmes são exibidos no Teatro D.Pedro V. No dia 3 de Dezembro, dia de arranque do festival, haverá um concerto da banda da Casa de Portugal em Macau, a partir das 17h30.

14 Nov 2019

Cinema | Sound & Image Challenge exibe película sobre comunidade macaense 

Chama-se “Macaenses – An odyssey” e é o documentário da autoria de António Pinto Marques que será exibido na edição deste ano do festival de curtas-metragens Sound & Image Challenge, em Dezembro. O cartaz, que celebra dez anos de existência, conta ainda com outros filmes realizados em Macau e que venceram a competição nos últimos anos

 
[dropcap]A[/dropcap] décima edição do festival de curtas-metragens Sound & Image Challenge, organizado pela Creative Macau, decorre entre os dias 3 e 10 de Dezembro e celebra os dez anos de existência de uma iniciativa que visa mostrar o que de melhor se faz ao nível de curtas-metragens em Macau, mas não só.
O cartaz deste ano faz uma retrospectiva às produções que foram ganhando a competição nos últimos anos, dando destaque aos projectos desenvolvidos em Macau. Na secção de documentários, de salientar a exibição de “Macaenses – An Odyssey”, de António Pinto Marques, no dia 4 de Dezembro.
Este filme, com pouco mais de 28 minutos de duração, foi feito o ano passado e relata a história da comunidade macaense na diáspora, neste caso na América do Norte. O documentário contém diversas entrevistas feitas a macaenses que há muito deixaram a sua terra natal, resultado de diversos fluxos migratórios que se sucederam após a Guerra do Ópio e o Tratado de Nanjing, em 1842. Ao longo dos anos, a comunidade macaense tem emigrado, sobretudo para a Austrália, Portugal, Canadá, Brasil ou Estados Unidos, reagindo a cenários económicos ou políticos menos favoráveis.
O realizador, António Pinto Marques, fez os seus estudos na London School of Film, tendo trabalhado no documentário “The World at War” para a BBC, considerado “uma inovadora série documental” de 26 episódios narrados pelo actor Lawrence Oliver sobre a II Guerra Mundial.
O programa inclui também o documentário “Histórias de Lobos”, realizado em Portugal por Agnes Meng, em 2018. Em cerca de 22 minutos conta-se a história da localidade de Pitões das Junias, onde os poucos habitantes convivem com lobos em plena montanha. Agnes Meng estudou na Universidade Tsinghua, em Pequim. O público poderá também ver documentários realizados na Índia, Irão, Indonésia e Turquia, entre outros.

Pequenos de Macau

O Sound & Image Challenge mostra também as curtas-metragens realizadas em Macau e que se revelaram vencedoras em competições anteriores. É o caso de “Motivation”, do realizador português António Caetano de Faria, que faz parte do conjunto de produções vencedoras entre 2012 e 2013, juntamente com “Drugs are Good”, de Kenny Leong, ou “The Facebookers of Macau”, de Óright. Estes filmes serão exibidos na tarde do dia 4 de Dezembro, entre outras produções estrangeiras.
O festival inclui também a secção “Cinema Expandido”, que também a 4 de Dezembro, às 19h00, exibe o documentário “Bijagó, o Tesouro Sagrado”, de Domingos Sanca, da Guiné-Bissau. Esta produção, feita em 2018, conta a tradição da ilha de Canhabaque, na Guiné-Bissau, onde os homens são obrigados a separar-se das suas mulheres por questões rituais, o que causa um enorme sofrimento às mulheres da ilha devido a estas práticas ancestrais.
Domingos Sanca estudou cinema em Cuba e já realizou diversos documentários, com presença em vários festivais internacionais.
Todos os filmes são exibidos no Teatro D.Pedro V. No dia 3 de Dezembro, dia de arranque do festival, haverá um concerto da banda da Casa de Portugal em Macau, a partir das 17h30.

14 Nov 2019

Concerto | “Uma Noite Inesquecível” para celebrar os 20 anos da RAEM

[dropcap]O[/dropcap] Instituto Internacional de Macau (IIM), em parceria com a Universidade de Macau (UM) e da Macau Link, está a promover um concerto para celebrar os 20 anos de transferência de soberania de Macau para a China, e tendo como pano de fundo o Encontro das Comunidades Macaenses deste ano. O concerto terá lugar no pequeno auditório do Centro Cultural de Macau (CCM)

“Uma Noite Inesquecível” é o nome do espectáculo protagonizado pelo grupo musical da Orquestra Multicultural Amigu di Macau, criado em 2002 e que tem vindo a promover a cultura macaense em Toronto, cidade do Canadá. Este grupo é constituído por 16 elementos, com um reportório musical no uso de variados instrumentos musicais chineses, e com interpretação de música não só chinesa, mas também portuguesa e macaense.

Além do espectáculo no CCM, estão previstas duas actuações da Orquestra Multicultural Amigu di Macau, uma delas a 25 de Novembro, na UM, e outra na cidade de Nanhai, na China, dia 28. Os bilhetes já estão à venda na sede do IIM.

13 Nov 2019

Concerto | “Uma Noite Inesquecível” para celebrar os 20 anos da RAEM

[dropcap]O[/dropcap] Instituto Internacional de Macau (IIM), em parceria com a Universidade de Macau (UM) e da Macau Link, está a promover um concerto para celebrar os 20 anos de transferência de soberania de Macau para a China, e tendo como pano de fundo o Encontro das Comunidades Macaenses deste ano. O concerto terá lugar no pequeno auditório do Centro Cultural de Macau (CCM)
“Uma Noite Inesquecível” é o nome do espectáculo protagonizado pelo grupo musical da Orquestra Multicultural Amigu di Macau, criado em 2002 e que tem vindo a promover a cultura macaense em Toronto, cidade do Canadá. Este grupo é constituído por 16 elementos, com um reportório musical no uso de variados instrumentos musicais chineses, e com interpretação de música não só chinesa, mas também portuguesa e macaense.
Além do espectáculo no CCM, estão previstas duas actuações da Orquestra Multicultural Amigu di Macau, uma delas a 25 de Novembro, na UM, e outra na cidade de Nanhai, na China, dia 28. Os bilhetes já estão à venda na sede do IIM.

13 Nov 2019

Casa de Vidro | CPM ganha concurso para operar restaurante 

[dropcap]A[/dropcap] Casa de Portugal em Macau (CPM) ganhou um concurso para operar um restaurante na Casa de Vidro, situada na praça do Tap Seac, uma infra-estrutura com a assinatura do arquitecto Carlos Marreiros. De acordo com a Rádio Macau, o novo restaurante deverá ser inaugurado já a 2 de Dezembro, contando com a presença do secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam.

O arrendamento do espaço será de 30 mil patacas mensais, com um contrato de três anos. No início, irá funcionar apenas como uma cafetaria, mas já a partir de Janeiro o restaurante vai estar aberto entre as 10 e as 22 horas. Além do espaço de restauração, a Casa de Vidro vai ter também uma galeria e uma sala de artesanato.

O HM tentou chegar à fala com Amélia António, presidente da CPM, mas até ao fecho desta edição não foi possível estabelecer contacto. A CPM chegou a gerir o restaurante Lvsitanvs, que funcionava na Casa Amarela. Quando a empresa proprietária do espaço, a Future Bright Holdings, do deputado Chan Chak Mo, decidiu terminar o contrato de arrendamento com a Direcção dos Serviços de Turismo, a CPM viu-se obrigada a encerrar o restaurante, que tem vindo a funcionar na sede da associação.

13 Nov 2019

Casa de Vidro | CPM ganha concurso para operar restaurante 

[dropcap]A[/dropcap] Casa de Portugal em Macau (CPM) ganhou um concurso para operar um restaurante na Casa de Vidro, situada na praça do Tap Seac, uma infra-estrutura com a assinatura do arquitecto Carlos Marreiros. De acordo com a Rádio Macau, o novo restaurante deverá ser inaugurado já a 2 de Dezembro, contando com a presença do secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam.
O arrendamento do espaço será de 30 mil patacas mensais, com um contrato de três anos. No início, irá funcionar apenas como uma cafetaria, mas já a partir de Janeiro o restaurante vai estar aberto entre as 10 e as 22 horas. Além do espaço de restauração, a Casa de Vidro vai ter também uma galeria e uma sala de artesanato.
O HM tentou chegar à fala com Amélia António, presidente da CPM, mas até ao fecho desta edição não foi possível estabelecer contacto. A CPM chegou a gerir o restaurante Lvsitanvs, que funcionava na Casa Amarela. Quando a empresa proprietária do espaço, a Future Bright Holdings, do deputado Chan Chak Mo, decidiu terminar o contrato de arrendamento com a Direcção dos Serviços de Turismo, a CPM viu-se obrigada a encerrar o restaurante, que tem vindo a funcionar na sede da associação.

13 Nov 2019

Cinema | Tracy Choi filma nova película com câmara Super 8 para festival no Porto 

Chama-se “Hunting” e estreia em Abril na oitava edição do Douro Film Festival, que decorre anualmente na cidade do Porto, em Portugal. O novo projecto da realizadora de Macau Tracy Choi estreia já em Dezembro na Creative Macau, mas em formato digital

 

[dropcap]U[/dropcap]ma câmara de filmar Super 8 é a protagonista do novo projecto cinematográfico da realizadora Tracy Choi. “Hunting” é a curta metragem que está ainda a ser produzida propositadamente para a oitava edição do Douro Film Festival, que todos os anos se realiza no Porto e que se dedica exclusivamente a filmes feitos com a velhinha Super 8.

Ao HM, Tracy Choi levantou a ponta do véu de uma história que nasceu graças ao contacto entre Lúcia Lemos, directora do espaço Creative Macau, e os organizadores do Douro Film Festival, ligados à OPPIA – oPorto Picture Academy.

“É um filme com apenas dois minutos e meio, e aborda a sociedade que critica a forma como uma rapariga se comporta e veste. No início da história, a rapariga veste-se de forma sexy e nota que as pessoas a criticam ou olham a forma como se veste. Então ela começa a vestir mais roupas, a cobrir-se mais e no fim ela veste roupas só porque não quer que as pessoas a olhem e critiquem.”

Para Tracy Choi, este constitui um interessante regresso às filmagens com Super 8 e aos desafios do mundo analógico, uma vez que filmar com esta câmara exige que o realizador filme bem à primeira. Caso contrário, todo o trabalho tem de ser repetido numa nova fita.

“Na universidade tive algumas experiências a usar uma câmara Super 8 e películas de 16 milímetros. Passou algum tempo desde que filmei com esse tipo de câmara, porque agora todos os realizadores utilizam os meios digitais. Mas desta forma sentimos a pressão e os nervos, porque assim que terminamos de filmar, já foi.”

Parceria com Casa de Portugal

O filme é exclusivamente filmado em Macau, embora Tracy Choi tenha nos seus planos uma viagem ao Porto em Abril, altura em que o seu filme estreia no festival. Antes disso, a Creative Macau irá exibi-lo, em formato digital, já em Dezembro.

“Nesta fase estou apenas na fase das filmagens, não estou ainda a participar no processo mais ligado ao festival. Do ponto de vista criativo, é algo diferente para mim”, acrescentou Tracy Choi.

Uma nota oficial da OPPIA dá conta da colaboração da Casa de Portugal em Macau nesta iniciativa, bem como da Kodak. O Douro Film Festival é o único festival de Super 8 em Portugal e um dos poucos em todo o mundo. É o único festival onde todos os filmes são realizados no âmbito do próprio festival, assegura a organização.

Além deste projecto, Tracy Choi encontra-se também a trabalhar numa série de filmes intitulada “Years of Macau”, dedicada ao vigésimo aniversário da RAEM. Esta série de curtas-metragens, que conta com a participação de vários realizadores do território, será exibida na próxima edição do Festival Internacional de Cinema de Macau, que acontece em Dezembro.

13 Nov 2019

Cinema | Tracy Choi filma nova película com câmara Super 8 para festival no Porto 

Chama-se “Hunting” e estreia em Abril na oitava edição do Douro Film Festival, que decorre anualmente na cidade do Porto, em Portugal. O novo projecto da realizadora de Macau Tracy Choi estreia já em Dezembro na Creative Macau, mas em formato digital

 
[dropcap]U[/dropcap]ma câmara de filmar Super 8 é a protagonista do novo projecto cinematográfico da realizadora Tracy Choi. “Hunting” é a curta metragem que está ainda a ser produzida propositadamente para a oitava edição do Douro Film Festival, que todos os anos se realiza no Porto e que se dedica exclusivamente a filmes feitos com a velhinha Super 8.
Ao HM, Tracy Choi levantou a ponta do véu de uma história que nasceu graças ao contacto entre Lúcia Lemos, directora do espaço Creative Macau, e os organizadores do Douro Film Festival, ligados à OPPIA – oPorto Picture Academy.
“É um filme com apenas dois minutos e meio, e aborda a sociedade que critica a forma como uma rapariga se comporta e veste. No início da história, a rapariga veste-se de forma sexy e nota que as pessoas a criticam ou olham a forma como se veste. Então ela começa a vestir mais roupas, a cobrir-se mais e no fim ela veste roupas só porque não quer que as pessoas a olhem e critiquem.”
Para Tracy Choi, este constitui um interessante regresso às filmagens com Super 8 e aos desafios do mundo analógico, uma vez que filmar com esta câmara exige que o realizador filme bem à primeira. Caso contrário, todo o trabalho tem de ser repetido numa nova fita.
“Na universidade tive algumas experiências a usar uma câmara Super 8 e películas de 16 milímetros. Passou algum tempo desde que filmei com esse tipo de câmara, porque agora todos os realizadores utilizam os meios digitais. Mas desta forma sentimos a pressão e os nervos, porque assim que terminamos de filmar, já foi.”

Parceria com Casa de Portugal

O filme é exclusivamente filmado em Macau, embora Tracy Choi tenha nos seus planos uma viagem ao Porto em Abril, altura em que o seu filme estreia no festival. Antes disso, a Creative Macau irá exibi-lo, em formato digital, já em Dezembro.
“Nesta fase estou apenas na fase das filmagens, não estou ainda a participar no processo mais ligado ao festival. Do ponto de vista criativo, é algo diferente para mim”, acrescentou Tracy Choi.
Uma nota oficial da OPPIA dá conta da colaboração da Casa de Portugal em Macau nesta iniciativa, bem como da Kodak. O Douro Film Festival é o único festival de Super 8 em Portugal e um dos poucos em todo o mundo. É o único festival onde todos os filmes são realizados no âmbito do próprio festival, assegura a organização.
Além deste projecto, Tracy Choi encontra-se também a trabalhar numa série de filmes intitulada “Years of Macau”, dedicada ao vigésimo aniversário da RAEM. Esta série de curtas-metragens, que conta com a participação de vários realizadores do território, será exibida na próxima edição do Festival Internacional de Cinema de Macau, que acontece em Dezembro.

13 Nov 2019

Óbito | Fadista Teresa Tarouca faz parte do “património musical português”, diz ministra da cultura

[dropcap]A[/dropcap] ministra da Cultura lamentou ontem a morte da fadista portuguesa Teresa Tarouca, que considerou como uma das vozes que “mais marcou o fado nas décadas de 60 e 70”, referindo que faz parte do “património musical português”.

“A ministra da Cultura, Graça Fonseca, lamenta a morte da fadista Teresa Tarouca, reconhecida pelos seus pares como uma grande intérprete, que trabalhou com alguns dos mais importantes autores do fado, como D. António de Bragança, João de Noronha, Alfredo Marceneiro, Pedro Homem de Mello ou Maria Manuel Cid”, refere um comunicado divulgado pelo Ministério da Cultura.

O documento adianta que Teresa Tarouca começou muito cedo a sua carreira em espectáculos de beneficência, tendo sido considerada uma menina-prodígio do fado, conquistando em 1964 o Prémio Bordalo nesta categoria.

“Recordar Teresa Tarouca não é apenas homenagear a sua carreira, mas também evocar uma das vozes femininas que mais marcou o fado nas décadas de 60 e 70, fazendo parte do património musical português”, acrescenta Graça Fonseca.

A ministra lembra que ao longo da carreira a fadista actuou em diversos palcos nacionais e internacionais, tendo sido “premiada e reconhecida em 2013 pelo seu talento e pela sua arte com o Prémio Carreira, na 8.ª edição dos Prémios Amália, e recebido no mesmo ano, em 07 de junho, uma comenda da Ordem do Infante D. Henrique”.

A fadista Teresa Tarouca, de 77 anos, morreu ontem no Hospital S. Francisco Xavier, em Lisboa, vítima de pneumonia dupla, disse à agência Lusa fonte próxima da família. Nascida em Janeiro de 1942, Teresa de Jesus Pinto Coelho Telles da Silva adoptou o nome artístico de Teresa Tarouca, indo buscar um velho apelido de família.

“Testamento”, na década de 1960, “Mouraria”, “Deixa que te cante um fado”, “Saudade, silêncio e sombra”, “Meu bergantim”, “O resineiro”, “Fado, dor e sofrimento”, “Passeio à Mouraria” e “Ora bate, bate” contam-se entre os sucessos de Teresa Tarouca.

Oriunda de uma família ligada à música – é prima de Frei Hermano da Câmara e prima afastada de Maria Teresa de Noronha –, Teresa Tarouca começou a cantar aos 11 anos em espectáculos de beneficência, o que levou especialistas em música a considerarem-na a “menina-prodígio” da década de 1950.

No fado, estreou-se aos 13 anos, no salão dos Bombeiros de Oeiras, tendo em 1958 recebido o ‘Óscar’ da Imprensa, segundo o ‘site’ do Museu do Fado. Em 1962, assinou o primeiro contrato de gravação, com a então editora RCA, e, em 1964, recebeu o prémio da Imprensa, ou Prémio Bordalo, na categoria Fado.

Cantou poemas e músicas de fados clássicos de autores como António de Bragança, João de Noronha, Alfredo Marceneiro, Pedro Homem de Mello, Francisco Viana, Maria Manuel Cid, Casimiro Ramos, João de Noronha, Nuno de Lorena, João Ferreira-Rosa, Alda Lara e Tiago Torres da Silva, entre outros.

Teresa Tarouca foi a primeira fadista a cantar Fernando Pessoa. Em 1973, foi convidada para o Festival RTP da Canção, em cuja primeira parte interpretou “Cai chuva do céu cinzento”, fado que criou com letra do autor de “Mensagem”.

Durante a sua carreira artística, a fadista apresentou-se em palcos de vários países, nomeadamente, Dinamarca, Bélgica, Espanha, Estados Unidos da América, Brasil e em Macau.
Em 1989, foi editado o disco “Tereza Tarouca canta Pedro Homem de Mello”, trabalho considerado emblemático na carreira da fadista.

Em Maio de 1994, comemorou os 33 anos de carreira no Teatro Tivoli, em Lisboa, tendo continuado a cantar com regularidade. Em 1996, actuou no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, e em 2003, no restaurante e casa de fados Velho Páteo de Sant’Ana, em Lisboa, onde foi fadista residente.

Em 1997, participou como “Atracção de Fado” na revista “Preço Único”, no Teatro ABC, ao Parque Mayer, e, um ano depois, no musical “Fado… Esse malandro vadio”, de João Núncio, com encenação de Francisco Horta.

Em Junho de 2013, o então Presidente da República Cavaco Silva atribuiu-lhe o grau de comendadora da Ordem do Infante D. Henrique. A última actuação de Teresa Tarouca em público data de Outubro de 2013, durante a VIII Gala Amália, no Teatro S. Luiz, em Lisboa, quando recebeu o Prémio Amália de Carreira.

12 Nov 2019

Óbito | Fadista Teresa Tarouca faz parte do "património musical português", diz ministra da cultura

[dropcap]A[/dropcap] ministra da Cultura lamentou ontem a morte da fadista portuguesa Teresa Tarouca, que considerou como uma das vozes que “mais marcou o fado nas décadas de 60 e 70”, referindo que faz parte do “património musical português”.
“A ministra da Cultura, Graça Fonseca, lamenta a morte da fadista Teresa Tarouca, reconhecida pelos seus pares como uma grande intérprete, que trabalhou com alguns dos mais importantes autores do fado, como D. António de Bragança, João de Noronha, Alfredo Marceneiro, Pedro Homem de Mello ou Maria Manuel Cid”, refere um comunicado divulgado pelo Ministério da Cultura.
O documento adianta que Teresa Tarouca começou muito cedo a sua carreira em espectáculos de beneficência, tendo sido considerada uma menina-prodígio do fado, conquistando em 1964 o Prémio Bordalo nesta categoria.
“Recordar Teresa Tarouca não é apenas homenagear a sua carreira, mas também evocar uma das vozes femininas que mais marcou o fado nas décadas de 60 e 70, fazendo parte do património musical português”, acrescenta Graça Fonseca.
A ministra lembra que ao longo da carreira a fadista actuou em diversos palcos nacionais e internacionais, tendo sido “premiada e reconhecida em 2013 pelo seu talento e pela sua arte com o Prémio Carreira, na 8.ª edição dos Prémios Amália, e recebido no mesmo ano, em 07 de junho, uma comenda da Ordem do Infante D. Henrique”.
A fadista Teresa Tarouca, de 77 anos, morreu ontem no Hospital S. Francisco Xavier, em Lisboa, vítima de pneumonia dupla, disse à agência Lusa fonte próxima da família. Nascida em Janeiro de 1942, Teresa de Jesus Pinto Coelho Telles da Silva adoptou o nome artístico de Teresa Tarouca, indo buscar um velho apelido de família.
“Testamento”, na década de 1960, “Mouraria”, “Deixa que te cante um fado”, “Saudade, silêncio e sombra”, “Meu bergantim”, “O resineiro”, “Fado, dor e sofrimento”, “Passeio à Mouraria” e “Ora bate, bate” contam-se entre os sucessos de Teresa Tarouca.
Oriunda de uma família ligada à música – é prima de Frei Hermano da Câmara e prima afastada de Maria Teresa de Noronha –, Teresa Tarouca começou a cantar aos 11 anos em espectáculos de beneficência, o que levou especialistas em música a considerarem-na a “menina-prodígio” da década de 1950.
No fado, estreou-se aos 13 anos, no salão dos Bombeiros de Oeiras, tendo em 1958 recebido o ‘Óscar’ da Imprensa, segundo o ‘site’ do Museu do Fado. Em 1962, assinou o primeiro contrato de gravação, com a então editora RCA, e, em 1964, recebeu o prémio da Imprensa, ou Prémio Bordalo, na categoria Fado.
Cantou poemas e músicas de fados clássicos de autores como António de Bragança, João de Noronha, Alfredo Marceneiro, Pedro Homem de Mello, Francisco Viana, Maria Manuel Cid, Casimiro Ramos, João de Noronha, Nuno de Lorena, João Ferreira-Rosa, Alda Lara e Tiago Torres da Silva, entre outros.
Teresa Tarouca foi a primeira fadista a cantar Fernando Pessoa. Em 1973, foi convidada para o Festival RTP da Canção, em cuja primeira parte interpretou “Cai chuva do céu cinzento”, fado que criou com letra do autor de “Mensagem”.
Durante a sua carreira artística, a fadista apresentou-se em palcos de vários países, nomeadamente, Dinamarca, Bélgica, Espanha, Estados Unidos da América, Brasil e em Macau.
Em 1989, foi editado o disco “Tereza Tarouca canta Pedro Homem de Mello”, trabalho considerado emblemático na carreira da fadista.
Em Maio de 1994, comemorou os 33 anos de carreira no Teatro Tivoli, em Lisboa, tendo continuado a cantar com regularidade. Em 1996, actuou no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, e em 2003, no restaurante e casa de fados Velho Páteo de Sant’Ana, em Lisboa, onde foi fadista residente.
Em 1997, participou como “Atracção de Fado” na revista “Preço Único”, no Teatro ABC, ao Parque Mayer, e, um ano depois, no musical “Fado… Esse malandro vadio”, de João Núncio, com encenação de Francisco Horta.
Em Junho de 2013, o então Presidente da República Cavaco Silva atribuiu-lhe o grau de comendadora da Ordem do Infante D. Henrique. A última actuação de Teresa Tarouca em público data de Outubro de 2013, durante a VIII Gala Amália, no Teatro S. Luiz, em Lisboa, quando recebeu o Prémio Amália de Carreira.

12 Nov 2019

FRC | Teatro e literatura em língua portuguesa em debate 

[dropcap]F[/dropcap]undação Rui Cunha (FRC) e o Departamento de Português da Faculdade de Artes e Humanidades da Universidade de Macau (UM) realizam esta quarta-feira, às 18h30, a conferência “O Teatro e a Literatura em Portugal e no Brasil”. De acordo com uma nota de imprensa, participam nesta iniciativa as docentes Larissa Neves Catalão, da Universidade Estadual de Campinas, Brasil e Manuela Carvalho, da UM.

Larissa Neves Catalão irá abordar a temática “O Teatro e literatura no Brasil: algumas relações”, sendo apresentadas “algumas relações entre teatro e literatura, tomando como exemplos peças brasileiras”. Já Manuela Carvalho irá protagonizar a palestra com o nome “Vamos lá rebentar com isto: os palcos e as páginas do teatro português contemporâneo”.

“Partindo de dois exemplos contemporâneos, nomeadamente o trabalho dos dramaturgos José Maria Vieira Mendes e Tiago Rodrigues, e a colaboração com os dois colectivos Teatro Praga e Mundo Perfeito, pretende-se reflectir sobre como textos e palcos se articulam e se questionam mutuamente; como escritores e artistas de teatro respondem à contaminação de outras artes e media, num período particularmente rico do teatro português (última década)”, acrescenta a mesma nota. A sessão será moderada por Gabriel Antunes de Araújo, professor da UM.

12 Nov 2019

FRC | Teatro e literatura em língua portuguesa em debate 

[dropcap]F[/dropcap]undação Rui Cunha (FRC) e o Departamento de Português da Faculdade de Artes e Humanidades da Universidade de Macau (UM) realizam esta quarta-feira, às 18h30, a conferência “O Teatro e a Literatura em Portugal e no Brasil”. De acordo com uma nota de imprensa, participam nesta iniciativa as docentes Larissa Neves Catalão, da Universidade Estadual de Campinas, Brasil e Manuela Carvalho, da UM.
Larissa Neves Catalão irá abordar a temática “O Teatro e literatura no Brasil: algumas relações”, sendo apresentadas “algumas relações entre teatro e literatura, tomando como exemplos peças brasileiras”. Já Manuela Carvalho irá protagonizar a palestra com o nome “Vamos lá rebentar com isto: os palcos e as páginas do teatro português contemporâneo”.
“Partindo de dois exemplos contemporâneos, nomeadamente o trabalho dos dramaturgos José Maria Vieira Mendes e Tiago Rodrigues, e a colaboração com os dois colectivos Teatro Praga e Mundo Perfeito, pretende-se reflectir sobre como textos e palcos se articulam e se questionam mutuamente; como escritores e artistas de teatro respondem à contaminação de outras artes e media, num período particularmente rico do teatro português (última década)”, acrescenta a mesma nota. A sessão será moderada por Gabriel Antunes de Araújo, professor da UM.

12 Nov 2019

“Somos!” lança novo concurso de fotografia sobre património cultural 

[dropcap]A[/dropcap] associação “Somos! – Associação de Comunicação em Língua Portuguesa” (Somos – ACLP) vai lançar, já em Dezembro, a segunda edição do concurso de fotografia Somos – Imagens da Lusofonia, que este ano tem como tema o património cultural.

De acordo com um comunicado de imprensa enviado pela organização, “as fotografias devem ser capazes de mostrar a visão dos concorrentes face à importância do património cultural neste contexto”. Pede-se ainda aos participantes “uma abordagem imaginativa ao tema, uma vez que os bens culturais assumem diversas naturezas, nomeadamente históricas e artísticas, alternando-se ainda entre a materialidade e a imaterialidade”.

O concurso “Somos – Imagens da Lusofonia 2019/20” destina-se a todos os cidadãos dos países e regiões da Lusofonia ou residentes de Macau que possuam fotografias de qualidade, e enquadradas com o tema seleccionado, tiradas em Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Goa, Damão e Diu.

As fotografias que respeitarem o tema e os critérios do regulamento serão admitidas a concurso e caberá posteriormente ao júri de profissionais da área da fotografia a escolha das três vencedoras, às quais serão atribuídos prémios pecuniários no valor de dez mil patacas ao primeiro classificado, cinco mil patacas ao segundo e 3.500 patacas ao terceiro.

Para mostrar

Essas imagens farão ainda parte de uma exposição subsequente, a ser organizada entre 28 de Fevereiro a 15 Março de 2020 na Galeria de Exposições da Casa Garden, com a curadoria de António Mil-Homens. Integrarão essa mostra também outras fotografias seleccionadas pelo júri, composto por nomes como Gonçalo Lobo Pinheiro, presidente e fotojornalista com 18 anos de carreira, Eduardo Leal, fotógrafo documental e professor visitante na Universidade de São José, Eduardo Martins, fotógrafo do jornal Ponto Final, Gonçalo Delgado e José Sérgio, fotógrafo freelancer. Integra também o júri o fotógrafo Pereira Lopes.

12 Nov 2019

“Uma Faixa, Uma Rota” | Carlos Fraga quer filmar a Macau do futuro 

Esta sexta-feira estreia no território o mais recente projecto do realizador Carlos Fraga que conta a história de Macau nos últimos 20 anos. O documentário “Macau, 20 anos depois” é o resultado de muitas viagens a descobrir as várias comunidades do território, mas o futuro marcado pelo projecto “Uma Faixa, Uma Rota” poderá dar origem a novas filmagens

 

[dropcap]P[/dropcap]oucos filmaram Macau e as suas vicissitudes como Carlos Fraga. Depois de realizar um documentário sobre a comunidade macaense a residir em Lisboa, e outro sobre a comunidade portuguesa em Macau, o realizador compilou seis produções no documentário “Macau, 20 anos”. Esta sexta-feira é a estreia, desta vez em formato de longa-metragem, no auditório do Consulado-geral de Portugal em Macau e com o apoio do Instituto Português do Oriente (IPOR).

Em declarações ao HM a minutos antes de embarcar para o Oriente, Carlos Fraga falou de um projecto sempre feito em parceria com antropólogos e pessoas intimamente ligadas a Macau, como é o caso de Carlos Piteira.

“Não é que tenhamos ficado a conhecer Macau profundamente, mas vamos tendo a ideia de como é e penso que transmitimos isso nos documentários”, contou.

Carlos Fraga, que apenas conhece o território no período pós-1999, destaca o facto de co-existirem tantas comunidades diferentes em Macau. “Surpreende-me a multiculturalidade e a existência de uma diversidade com bastante tranquilidade. Depois também há outro aspecto, muito interessante, que é o facto de (Macau) ter uma superfície tão pequena onde se junta tanta coisa, tantas culturas e estilos arquitectónicos. É um sítio muito peculiar”, acrescentou.

O projecto arrancou em 2013, altura em que foi feita uma produção que espelha as vivencias da comunidade chinesa em Lisboa. Depois, Carlos Fraga e a sua equipa avançaram para as filmagens da comunidade macaense que se mudou para a capital portuguesa.

Seguiu-se o desfilar de histórias que precisavam de ser contadas. “Para ilustrar todos os depoimentos de macaenses que falavam de Macau fomos lá filmar. Aí percebemos que tínhamos muita matéria e que havia a possibilidade de fazer mais coisas, e assim nasce os portugueses em Macau, que era o outro lado da história. Houve uma altura em que a série ia em cinco partes, e faltava a parte da comunidade chinesa.”

Aí Carlos Fraga percebeu que fazia falta uma peça para completar o puzzle. “Chegámos à conclusão de que tinham de ser seis partes, porque a série ia ficar coxa se não tivesse também um programa dedicado aos chineses, que é o último. Temos um outro filme sobre a lusofonia e outro sobre os macaenses de Macau”, frisou.

O futuro

Concluído este projecto, Carlos Fraga já tem em mente outra iniciativa, mas desta vez em parceria com a economista Fernanda Ilhéu, professora universitária e também presidente da Associação dos Amigos da Nova Rota da Seda. Depois de filmar o passado e o presente de Macau, o realizador português pretende debruçar-se sobre o futuro.

“Depois desta série de seis documentários provavelmente haverá uma próxima abordagem a Macau, em que o território será protagonista no projecto ‘Uma Faixa, Uma Rota’ e na importância que tem nessa iniciativa.”

Até porque a história dos macaenses está contada, assume Carlos Fraga. “Sobre a comunidade macaense penso que já fizemos bastante. Macau continua na nossa mente e objectivo, mas já a outro nível”, concluiu.

12 Nov 2019

“Uma Faixa, Uma Rota” | Carlos Fraga quer filmar a Macau do futuro 

Esta sexta-feira estreia no território o mais recente projecto do realizador Carlos Fraga que conta a história de Macau nos últimos 20 anos. O documentário “Macau, 20 anos depois” é o resultado de muitas viagens a descobrir as várias comunidades do território, mas o futuro marcado pelo projecto “Uma Faixa, Uma Rota” poderá dar origem a novas filmagens

 
[dropcap]P[/dropcap]oucos filmaram Macau e as suas vicissitudes como Carlos Fraga. Depois de realizar um documentário sobre a comunidade macaense a residir em Lisboa, e outro sobre a comunidade portuguesa em Macau, o realizador compilou seis produções no documentário “Macau, 20 anos”. Esta sexta-feira é a estreia, desta vez em formato de longa-metragem, no auditório do Consulado-geral de Portugal em Macau e com o apoio do Instituto Português do Oriente (IPOR).
Em declarações ao HM a minutos antes de embarcar para o Oriente, Carlos Fraga falou de um projecto sempre feito em parceria com antropólogos e pessoas intimamente ligadas a Macau, como é o caso de Carlos Piteira.
“Não é que tenhamos ficado a conhecer Macau profundamente, mas vamos tendo a ideia de como é e penso que transmitimos isso nos documentários”, contou.
Carlos Fraga, que apenas conhece o território no período pós-1999, destaca o facto de co-existirem tantas comunidades diferentes em Macau. “Surpreende-me a multiculturalidade e a existência de uma diversidade com bastante tranquilidade. Depois também há outro aspecto, muito interessante, que é o facto de (Macau) ter uma superfície tão pequena onde se junta tanta coisa, tantas culturas e estilos arquitectónicos. É um sítio muito peculiar”, acrescentou.
O projecto arrancou em 2013, altura em que foi feita uma produção que espelha as vivencias da comunidade chinesa em Lisboa. Depois, Carlos Fraga e a sua equipa avançaram para as filmagens da comunidade macaense que se mudou para a capital portuguesa.
Seguiu-se o desfilar de histórias que precisavam de ser contadas. “Para ilustrar todos os depoimentos de macaenses que falavam de Macau fomos lá filmar. Aí percebemos que tínhamos muita matéria e que havia a possibilidade de fazer mais coisas, e assim nasce os portugueses em Macau, que era o outro lado da história. Houve uma altura em que a série ia em cinco partes, e faltava a parte da comunidade chinesa.”
Aí Carlos Fraga percebeu que fazia falta uma peça para completar o puzzle. “Chegámos à conclusão de que tinham de ser seis partes, porque a série ia ficar coxa se não tivesse também um programa dedicado aos chineses, que é o último. Temos um outro filme sobre a lusofonia e outro sobre os macaenses de Macau”, frisou.

O futuro

Concluído este projecto, Carlos Fraga já tem em mente outra iniciativa, mas desta vez em parceria com a economista Fernanda Ilhéu, professora universitária e também presidente da Associação dos Amigos da Nova Rota da Seda. Depois de filmar o passado e o presente de Macau, o realizador português pretende debruçar-se sobre o futuro.
“Depois desta série de seis documentários provavelmente haverá uma próxima abordagem a Macau, em que o território será protagonista no projecto ‘Uma Faixa, Uma Rota’ e na importância que tem nessa iniciativa.”
Até porque a história dos macaenses está contada, assume Carlos Fraga. “Sobre a comunidade macaense penso que já fizemos bastante. Macau continua na nossa mente e objectivo, mas já a outro nível”, concluiu.

12 Nov 2019

Documentário | “Macau, 20 anos depois” em ante-estreia sexta-feira

[dropcap]É[/dropcap] já esta sexta-feira que acontece a ante-estreia do novo documentário de Carlos Fraga sobre Macau, uma produção da LIVREMEIO e MACAODOC em parceria com o Instituto Português do Oriente (IPOR). O documentário, com o nome “Macau, 20 anos depois”, será exibido no auditório do Consulado Geral de Portugal em Macau e Hong-Kong às 19h30.

De acordo com uma nota oficial do IPOR, este trabalho “é um olhar sobre uma Macau chinesa onde a cultura portuguesa se faz sentir e continua a marcar presença”, constituindo “um filme que dá voz às diversas comunidades”.

Nesse sentido, o projecto de Carlos Fraga espelha uma partilha de “sentimentos e perspectivas de portugueses, macaenses e dos lusófonos que ajudaram a construir Macau (Angola, Brasil, Cabo Verde, Goa, Damão e Diu, Guiné-Bissau, Moçambique, S. Tomé e Príncipe e Timor Leste) assim como dos Chineses de Macau (sobre o modo como nos olham, acolhem e nos integram na sociedade chinesa) numa convivência multisecular e multicultural que se enraizou na tipificação do próprio lugar que é Macau”.

“Macau, 20 anos depois” representa “uma viagem de 96 minutos pela fascinante multiculturalidade que a define e diferencia de todas as demais cidades chinesas”. Esta longa-metragem é o resultado de cinco anos de filmagens e produção de uma série composta por seis documentários sobre a era da RAEM. O projecto volta a ser exibido a 29 de Novembro no Museu do Oriente, em Lisboa.

11 Nov 2019