Hoje Macau EventosJaponeses querem restaurar órgão da Sé de Évora "importante" para Japão [dropcap]C[/dropcap]om ligação histórica ao Japão e considerado uma raridade, o órgão de tubos renascentista da Sé de Évora “chama” hoje à catedral muitos turistas deste país e até uma associação japonesa quer apoiar o seu restauro. “Gostaria de tentar ajudar. Com quanto” ou “o tempo que vai demorar e aquilo que conseguirei fazer ainda não posso dizer neste momento, mas vou fazer o meu melhor”, afiança à agência Lusa o presidente da Associação Kamakura Portugal, Genjiro Ito. Uma delegação da associação esteve esta semana na Sé da cidade alentejana, onde se reuniu com responsáveis da Arquidiocese de Évora e da Direcção Regional de Cultura do Alentejo (DRCAlen), e ficou evidente a importância do órgão, do século XVI. “Há 400 anos”, evoca à Lusa Genjiro Ito, a Missão Tensho, a primeira embaixada japonesa enviada à Europa, com destino a Roma, para se apresentar ao Papa, “veio aqui”, a Évora e à catedral, e “um deles tocou neste piano”, no órgão renascentista, que se tornou “muito importante para a história japonesa”. O instrumento é tão especial que a delegação até trouxe a sua própria pianista e organista, a japonesa Mizuki Watanabe, de 15 anos. Após um breve ensaio, com o apoio do organista da Sé Rafael Reis, a jovem deu um pequeno recital e mostrou os seus dotes, “inundando” de música a catedral. Uma experiência que a deixou “muito feliz”, afirma à Lusa, recorrendo a um intérprete. O órgão de tubos foi o instrumento “mais antigo” que já tocou e despertava-lhe interesse, pois, conhecia a história da Missão Tensho pelos “livros da escola” e através de “filmes e documentários”. Ana Maria Borges, da DRCAlen, enfatiza que a Missão Tensho “foi importantíssima” para o conhecimento das relações entre Portugal e o Japão e respectivas relações diplomáticas e culturais. “São quatro príncipes, muito novinhos, que vêm como embaixadores, acompanhados por perceptoras e padres jesuítas portugueses”, conta, assinalando que a viagem durou “dois anos e meio” e, quando chegam a Portugal, “o cardeal D. Henrique já tinha morrido e, por isso, o rei já não estava em Lisboa, estava em Madrid”, ou seja, era Filipe II de Espanha e I de Portugal. Em vez de seguirem directamente para Madrid e daí para Roma, o então arcebispo de Évora, Teotónio de Bragança, “consegue” que vão “primeiro a Évora”, onde ficam “cerca de uma semana”, e a Vila Viçosa, daí resultando “uma descrição fascinante do que viram, que para eles era tudo diferente”, acrescenta. “Uma das coisas que acharam espantoso foi o órgão, porque era enorme, com um som fabuloso, onde eles tocavam numa tecla e ouviam tocar e mexiam-se várias teclas. Eles fazem esta descrição pormenorizada, como fazem de outras coisas”, relata. Daí o fascínio dos japoneses por este órgão. Apesar de já ter tido “grandes modificações no século XVIII” e “um grande restauro nos anos 60” do século passado, “os tubos, grande parte do material” no interior e a fachada em madeira de carvalho são originais, refere o organista Rafael Reis. Nos 22 anos em que tem estado ao serviço na Sé, Rafael tem assistido “sistematicamente” à chegada “de excursões principalmente do Japão” com turistas que “querem vir a Évora ouvir este órgão particularmente”. “Vêm e pedem que toque para eles um pequeno recital ou um bocadinho, 10 ou 15 minutos”, diz, referindo que também tem acolhido estações de televisão japonesas que pretendem “filmar o instrumento”, tal como Ana Maria Borges destaca que mesmo “as missões de teor económico, com empresários” do Japão têm a Sé no seu roteiro de visita. O imponente instrumento, com a sua grande estrutura de madeira, de onde saem inúmeros tubos, cujas notas ecoam pela catedral quando está a ser tocado, é o “mais antigo de Portugal e único do género” no país, explica à Lusa o cónego Eduardo Pereira da Silva, da arquidiocese, frisando Rafael Reis que o órgão “é um dos mais importantes da Península Ibérica e da Europa”. Os turistas japoneses “pedem muitas vezes um concertozinho, só para ouvir o órgão” e ficam “todos contentes por esta relação história entre o Japão e Portugal”, diz o cónego. Mas agora é preciso uma revisão, o que é também atestado por Rafael Reis, que indica que há “alguns tubos inclinados” no topo, com “risco de queda”, e, em termos de som, outros que não funcionam. Na capela-mor da Sé, a arquidiocese está a restaurar outro órgão, construído por Oldovino, no século XVIII, e queria “fazer este a seguir, só que é um volume financeiro” a rondar “os 90 mil euros”, não existindo essa capacidade financeira “de um momento para o outro”, realça o cónego, considerando bem-vindo o interesse da Associação Kamakura Portugal: “É uma boa notícia para nós saber que há interesse em ajudar-nos”. O mesmo afirma Ana Maria Borges, lembrando o vasto património do Alentejo: “Se tivermos alguém que nos apoie no restauro do órgão, para nós é importantíssimo”. Pode “não ser assim tão fácil” conseguir o dinheiro para o restauro do órgão renascentista, mas Genjiro Ito diz que “é possível” e compromete-se. Quando regressar ao Japão vai “procurar encontrar os fundos” e “as pessoas que possam ajudar este projecto”.
Hoje Macau EventosJulião Sarmento expõe novas esculturas na galeria Carolina Nitsch [dropcap]O[/dropcap] artista Julião Sarmento vai apresentar a exposição “Undisclosed”, com esculturas inéditas, na galeria Carolina Nitsch, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, a partir da próxima quinta-feira, 12 de Setembro. Segundo o sítio ‘online’ do espaço dedicado à arte contemporânea, trata-se da primeira exposição do artista português nesta galeria nova-iorquina, onde, no dia da inauguração, irá lançar um livro dedicado a lugares históricos na América. A escultura “Undisclosed” (2019), que dá título à exposição, consiste num cubo coberto por um pano que “esconde algo que recusa ser revelado”, segundo a descrição da galeria sobre a peça. “Este objecto aparentemente simples poderia esconder um objecto ou algo conceptual, como um trauma, um medo ou qualquer outra coisa desconhecida”, acrescenta. Indica ainda que a escultura “não difere das pinturas de Sarmento, que são frequentemente parcialmente ou totalmente apagadas, revelando cenários fragmentados que evocam gestos desconcertantes ou relações misteriosas”. Temores e angústias Outra escultura da exposição, em bronze, intitulada “Seism” (2018), faz referência à falha tectónica junto à qual Portugal se localiza geograficamente. O maior terremoto que aconteceu no país data de 1755, e “deixou memórias aterradoras na população, que apontam para uma futura inevitável repetição, uma hipótese que se tornou uma apreensão nacional e pessoal do artista”. Sarmento recorda, sobre o enquadramento desta obra, que o pai tinha muito medo de terramotos e, por isso, dormia sempre com um copo de água junto à cama, não para beber, mas para poder ver qualquer pequena ondulação que anunciasse um tremor da terra. O próprio artista descreve esta peça como “a representação de alguém, uma ideia, um conceito, um sentimento de angústia e medo”. Uma outra escultura mais recente, “Joana and the Wall” (2019), toca os temas do feminismo, arquitectura e instabilidade, consistindo numa figura em bronze com um vestido negro, encostada a uma parede de forma periclitante. A posição precária da figura cria uma diversidade de interpretações, dando a ideia de uma cena dramática e de incerteza. Nascido em 1948, em Lisboa, Julião Sarmento vive e trabalha no Estoril, e a sua obra utiliza uma grande variedade de meios, incluindo vídeo, som, pintura, escultura e instalação.
João Luz EventosJaponeses MONO ao vivo em Hong Kong no dia 22 de Setembro Os japoneses MONO têm um concerto marcado para Hong Kong no próximo dia 22 de Setembro, domingo, na sala Hidden Agenda: This Town Needs em Kwun Tong. Na sonoridade da banda de Tóquio, que não tem vocalizações, podem-se escutar influências de grupos como Sonic Youth, My Bloody Valentine e Mogway [dropcap]V[/dropcap]em aí um domingo de guitarras estridentes na sala Hidden Agenda: This Town Needs. No dia 22 de Setembro, pelas 20h, a banda japonesa MONO sobe ao palco da sala de espectáculos da zona industrial de Kwun Tong em Kowloon. Longe das fórmulas mais batidas do rock n’ rol, os MONO pintam paisagens a largas pinceladas de guitarras eléctricas nas músicas escritas, em sua maioria, pelo guitarrista Takaakira Goto. A banda de Tóquio está neste momento em tour mundial de celebração dos 20 anos de carreira. Formados em 1999, os MONO gravaram nove discos ao longo da carreira. De entre a discografia, é impossível não mencionar os álbuns “Walking Cloud and Deep Red Sky, Flag Fluttered and the Sun Shined”, de 2004, e “Hymn to the Immortal Wind”, de 2009, que marcaram a parceria com Steve Albini, guitarrista dos Shellac e produtor que trabalhou com bandas como Nirvana, Pixies, PJ Harvey, Mogway, e por aí fora. “Hymn to the Immortal Wind” é uma autêntica viagem composta por elementos minimalistas, noise e arranjos orquestrais complexos. O disco foi reeditado em versão remasterizada em jeito de celebração dos 20 anos de carreira da banda. Influenciados por bandas como Sonic Youth, Mogway, My Bloody Valentine, dentro do rock progressivo dos MONO cabem ainda laivos de Ennio Morricone e Beethoven, de acordo com Goto, guitarrista e compositor do grupo. Outra das influências citadas pelo músico que marcou o período de concepção da banda foi o naipe de emoções extremadas do filme de Lars von Trier “Breaking the Waves”. Depois do rock Depois do primeiro disco gravado, os MONO partiram para uma longa tour mundial entre 1999 e 2003, passando por palcos na Ásia, Europa e América. Desde os primeiros tempos, a sonoridade da banda nipónica reunia óbvias influências de artistas experimentais, avant-rock e de música clássica, facto que os leva a rejeitar a categorização que lhes é feita de post-rock (onde cabem bandas como, por exemplo, Mogway, Sigur Rós, Explosions in the Sky e Godspeed You! Black Emperor). Com carregado uso da distorção e reverb, o público que se deslocar ao Hidden Agenda: This Town Needs, em Kwun Tong, pode esperar um concerto intenso, com crescendos sónicos e momentos mais contemplativos de desaceleração. Os MONO são constituídos por Takaakira “Taka” Goto na guitarra solo, Hideki “Yoda” Suematsu na guitarra ritmo, Tamaki Kunishi no baixo e piano e Dahm Majuri Cipolla na bateria. Todos os elementos a cargo dos instrumentos de cordas tocam ainda glockenspiel, uma espécie de metalofone semelhante ao xilofone que é tocado como se fosse um instrumento de precursão. Antes do concerto em Kowloon, a banda japonesa toca no dia 21 de Setembro em Taipe. Depois do espectáculo em Hong Kong seguem para Banguecoque no dia 24, Kuala Lumpur no dia 26, Singapura no dia seguinte, antes de rumarem para os Estados Unidos e Canadá, onde têm uma agenda recheada durante o mês de Novembro. Os bilhetes para o concerto da banda japonesa custam 420 HKD se forem comprados antecipadamente e 520 HKD à porta do Hidden Agenda: This Town Needs.
Hoje Macau EventosProjecto do atelier de Rui Leão na mostra “100 Arquitectos do Ano” em Seul [dropcap]U[/dropcap]m projecto do atelier de Macau LBA Arquitectura e Planeamento, do português Rui Leão, foi seleccionado para a mostra “100 arquitectos do ano”, organizada pela União Internacional de Arquitectos (UIA) e a decorrer este mês, em Seul. Contactado pela agência Lusa, o arquitecto sublinhou “a importância deste tipo de reconhecimento” para Macau, “uma cidade de turismo e de património”, que para defender “esta narrativa” deve também erguer-se como “uma cidade de arquitectura”. Sobre o projecto, uma subestação desenhada para a Companhia de Electricidade de Macau (CEM), Rui Leão defende “que contesta a mensagem de que este tipo de infraestruturas são importantes no desenho da cidade”, mesmo que a interacção humana seja “baixa ou nula”. “Normalmente estes edifícios de infraestrutura, por uma razão ou outra, são menos tidos como boa arquitectura. Há um bocado a noção, o conceito de que o lugar da arquitectura é nos equipamentos públicos, museus, assembleias”, apontou. “O público não usa o edifício, mas não é razão, nunca deveria ser, para não ser desenhado com nobreza”, acrescentou o também presidente do Conselho Internacional dos Arquitectos de Língua Portuguesa (CIALP). O projecto “PSS4” garante a Rui Leão e Carlotta Bruni, co-fundadores da LBA, a segunda presença na mostra anual organizada pelo UIA e o Instituto Coreano de Arquitectos (KIA), que este ano decorre entre 20 e 26 de Setembro em Seul. Em 2017, o atelier ganhou destaque na capital sul-coreana com um projecto de habitação social na zona do Fai Chi Kei, encomendado pelo Gabinete para o Desenvolvimento de Infraestruturas de Macau. Este novo reconhecimento é, assim, um “encorajamento ao esforço de não fazer um projecto só para responder a um programa, mas que tenha preocupações de responder ao contexto urbano”, salientou o arquitecto. Para Macau se erguer como uma cidade de arquitectura, “é preciso construir o património do futuro”, disse.
Hoje Macau EventosProjecto do atelier de Rui Leão na mostra "100 Arquitectos do Ano" em Seul [dropcap]U[/dropcap]m projecto do atelier de Macau LBA Arquitectura e Planeamento, do português Rui Leão, foi seleccionado para a mostra “100 arquitectos do ano”, organizada pela União Internacional de Arquitectos (UIA) e a decorrer este mês, em Seul. Contactado pela agência Lusa, o arquitecto sublinhou “a importância deste tipo de reconhecimento” para Macau, “uma cidade de turismo e de património”, que para defender “esta narrativa” deve também erguer-se como “uma cidade de arquitectura”. Sobre o projecto, uma subestação desenhada para a Companhia de Electricidade de Macau (CEM), Rui Leão defende “que contesta a mensagem de que este tipo de infraestruturas são importantes no desenho da cidade”, mesmo que a interacção humana seja “baixa ou nula”. “Normalmente estes edifícios de infraestrutura, por uma razão ou outra, são menos tidos como boa arquitectura. Há um bocado a noção, o conceito de que o lugar da arquitectura é nos equipamentos públicos, museus, assembleias”, apontou. “O público não usa o edifício, mas não é razão, nunca deveria ser, para não ser desenhado com nobreza”, acrescentou o também presidente do Conselho Internacional dos Arquitectos de Língua Portuguesa (CIALP). O projecto “PSS4” garante a Rui Leão e Carlotta Bruni, co-fundadores da LBA, a segunda presença na mostra anual organizada pelo UIA e o Instituto Coreano de Arquitectos (KIA), que este ano decorre entre 20 e 26 de Setembro em Seul. Em 2017, o atelier ganhou destaque na capital sul-coreana com um projecto de habitação social na zona do Fai Chi Kei, encomendado pelo Gabinete para o Desenvolvimento de Infraestruturas de Macau. Este novo reconhecimento é, assim, um “encorajamento ao esforço de não fazer um projecto só para responder a um programa, mas que tenha preocupações de responder ao contexto urbano”, salientou o arquitecto. Para Macau se erguer como uma cidade de arquitectura, “é preciso construir o património do futuro”, disse.
Andreia Sofia Silva Eventos“Strata Cabinet”, de Rui Rasquinho, inaugurada na galeria Passevite em Lisboa [dropcap]F[/dropcap]oi inaugurada este sábado, na galeria Passevite, em Lisboa, a exposição “Strata Cabinet”, do artista plástico Rui Rasquinho, radicado em Macau. Os desenhos expostos, todos feitos em blocos de notas que se dispõem sobre a galeria, são o resultado de uma prática “diária e insistente” a que o próprio artista se obriga. “Ando sempre com um bloco de notas atrás, mas em geral isto é feito em casa, e é uma prática diária, de estar sempre a desenhar. Os desenhos hesitam entre a abstração e a figuração, há sempre ali uma tentativa de encontrar um meio termo mas sem um objectivo, o que interessa é a experiência dessa tentativa.” Para Rui Rasquinho, o que está desenhado nos blocos não tem propriamente uma finalidade enquanto objecto artístico, mas revela um exercício de fuga ao quotidiano. “Já se transformou num hábito (desenhar diariamente) e faz parte. Também é uma espécie de fuga em relação a outros trabalhos mais contextualizados que tenho. Aqui há uma liberdade total e é um processo. São esboços que não têm função nenhuma.” “A ideia é não intelectualizar muito, no sentido em que não estou a fazer estudos para um desenho final. Mas é esse processo de experimentação que interessa. Não pensar muito sobre a coisa e deixar, através do tempo, da insistência e de uma certa obsessão, deixar que o desenho tome o seu próprio caminho. Claro que há algum controlo”, acrescentou o artista plástico. Fora do tradicional A forte presença do bloco de notas na exposição é também representativa dessa liberdade de criar sem regras. “O bloco de notas é um veículo. Tem a ver com o formato, em vez de teres uma obra cristalizada tens um bloco de estudos em que todos os desenhos são equiparáveis e tens uma coisa serial.” Depois de ter participado em algumas mostras em Macau, Rui Rasquinho expõe em Lisboa, algo que não acontecia há algum tempo. Em relação à galeria Passevite, o também ilustrador destaca o facto de ser um projecto também ele livre no que diz respeito às mostras que organiza. “Não é uma galeria tradicional, é outro tipo de projecto, menos académico. Expõem tudo, de ilustração à fotografia. É um projecto mais aberto. São um grupo de amigos que fazem isto por puro gosto, porque não ganham muito dinheiro com isto.” Rui Rasquinho vive e trabalha entre Lisboa e Macau. Estudou Pintura na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e Cinema de Animação na Fundação Calouste Gulbenkian. Publica regularmente ilustração em livros, revistas e jornais, desenvolve e expõe também trabalhos em desenho, pintura e vídeo.
Andreia Sofia Silva EventosTIMC | Wu Tiao Ren destacam entusiasmo do público português Terminou ontem a primeira digressão em Portugal da banda chinesa Wu Tiao Ren, promovida pelo festival This is My City. O HM conversou com Neon, membro da banda, depois do concerto no espaço MusicBox, em Lisboa. Este falou da parceria com músicos de Leiria e da liberdade que há em Portugal para desfrutar dos concertos ao vivo [dropcap]S[/dropcap]exta-feira à noite, MusicBox. Quatro rapazes chineses enchem o espaço deste pequeno clube nocturno situado na zona do Cais do Sodré e põem uma pequena plateia a dançar com as suas sonoridades contemporâneas e, ao mesmo tempo, tradicionais. O acordeão faz-se ouvir ao lado do baixo, numa mistura perfeita de folk e rock. Foi assim o concerto dos Wu Tiao Ren em Lisboa, parte integrante de uma digressão promovida pelo festival This is My City (TIMC) que começou no Porto, chegou a Leiria e a Coimbra, e terminou na pequena cidade de Montemor-o-Novo, perto de Évora, no espaço Oficinas do Convento. Neon, membro dos Wu Tiao Ren, conversou com o HM depois do concerto no MusicBox, tendo feito um balanço positivo da primeira digressão que realizaram em Portugal, uma vez que houve espaço para a criação de novas músicas com artistas portugueses. Surma, nome artístico de Débora Umbelino, natural de Leiria e uma das novas vozes da música portuguesa, foi uma delas. Esta parceria partiu de uma residência artística promovida pela editora Omnichord Records. “Surma foi maravilhosa, mas apenas trabalhámos com ela em estúdio. Queríamos que ela se juntasse a nós aqui em Lisboa, mas não tinha disponibilidade. Trabalhamos muito bem em estúdio, fizemos boas canções, muito à base da improvisação”, contou. Neon destaca também a presença no Salão Brasil, em Coimbra, e do entusiasmo que sentiu no público português. “Esta digressão foi muito boa para nós. Foi a primeira vez que estivemos em Portugal e as pessoas são muito simpáticas. No concerto de Coimbra, foi engraçado ver que, no público, não havia apenas pessoas jovens, sentia-se um ambiente muito rock and roll, muito cool. O público parecia muito entusiasta, e aqui no Music Box também.” Questionado sobre as eventuais diferenças entre o público português e o chinês, Neon destacou a vivacidade com que se desfruta da experiência de ouvir música ao vivo. “As pessoas, nos concertos, desfrutam verdadeiramente da música. É uma grande diferença em relação à China. Porque na China ainda estamos no início. Aqui em Portugal há mais liberdade para isso”, confessou. Olhar o Ocidente Os Wu Tiao Ren falam de amor, contam histórias da sua cidade natal, situada na província de Cantão, mas também dão voz ao impacto da globalização na China e de como isso mudou quase tudo. A mistura de sonoridades aconteceu quase por acaso. “Uma das coisas engraçadas da nossa banda é que começámos há 11 anos e no início eramos apenas duas pessoas. Depois de terminarmos o primeiro álbum, juntou-se o baixista, que tinha outra banda, mais ligada ao punk, ao rock and roll. Eu estudei jazz. Quando nos juntamos fazemos coisas muito diferentes… a nossa música é folk, mas misturada com jazz e algum rock and roll. É diferente.” Depois de uma experiência em São Paulo, também pela mão do TIMC, Neon confessa que os Wu Tiao Ren gostariam de passar por outros países, como o Reino Unido, Alemanha, EUA ou Japão. “Ainda estamos à espera de uma oportunidade”, frisou. Além da experiência musical, os Wu Tiao Ren levam também de Portugal uma intensa experiência gastronómica. “Gostamos muito da comida portuguesa, é maravilhosa. Adoro queijo e Portugal tem o melhor queijo do mundo, tal como o marisco. A nossa cidade na China é junto ao mar, mas aqui é diferente”, apontou Neon.
Andreia Sofia Silva EventosTIMC | Wu Tiao Ren destacam entusiasmo do público português Terminou ontem a primeira digressão em Portugal da banda chinesa Wu Tiao Ren, promovida pelo festival This is My City. O HM conversou com Neon, membro da banda, depois do concerto no espaço MusicBox, em Lisboa. Este falou da parceria com músicos de Leiria e da liberdade que há em Portugal para desfrutar dos concertos ao vivo [dropcap]S[/dropcap]exta-feira à noite, MusicBox. Quatro rapazes chineses enchem o espaço deste pequeno clube nocturno situado na zona do Cais do Sodré e põem uma pequena plateia a dançar com as suas sonoridades contemporâneas e, ao mesmo tempo, tradicionais. O acordeão faz-se ouvir ao lado do baixo, numa mistura perfeita de folk e rock. Foi assim o concerto dos Wu Tiao Ren em Lisboa, parte integrante de uma digressão promovida pelo festival This is My City (TIMC) que começou no Porto, chegou a Leiria e a Coimbra, e terminou na pequena cidade de Montemor-o-Novo, perto de Évora, no espaço Oficinas do Convento. Neon, membro dos Wu Tiao Ren, conversou com o HM depois do concerto no MusicBox, tendo feito um balanço positivo da primeira digressão que realizaram em Portugal, uma vez que houve espaço para a criação de novas músicas com artistas portugueses. Surma, nome artístico de Débora Umbelino, natural de Leiria e uma das novas vozes da música portuguesa, foi uma delas. Esta parceria partiu de uma residência artística promovida pela editora Omnichord Records. “Surma foi maravilhosa, mas apenas trabalhámos com ela em estúdio. Queríamos que ela se juntasse a nós aqui em Lisboa, mas não tinha disponibilidade. Trabalhamos muito bem em estúdio, fizemos boas canções, muito à base da improvisação”, contou. Neon destaca também a presença no Salão Brasil, em Coimbra, e do entusiasmo que sentiu no público português. “Esta digressão foi muito boa para nós. Foi a primeira vez que estivemos em Portugal e as pessoas são muito simpáticas. No concerto de Coimbra, foi engraçado ver que, no público, não havia apenas pessoas jovens, sentia-se um ambiente muito rock and roll, muito cool. O público parecia muito entusiasta, e aqui no Music Box também.” Questionado sobre as eventuais diferenças entre o público português e o chinês, Neon destacou a vivacidade com que se desfruta da experiência de ouvir música ao vivo. “As pessoas, nos concertos, desfrutam verdadeiramente da música. É uma grande diferença em relação à China. Porque na China ainda estamos no início. Aqui em Portugal há mais liberdade para isso”, confessou. Olhar o Ocidente Os Wu Tiao Ren falam de amor, contam histórias da sua cidade natal, situada na província de Cantão, mas também dão voz ao impacto da globalização na China e de como isso mudou quase tudo. A mistura de sonoridades aconteceu quase por acaso. “Uma das coisas engraçadas da nossa banda é que começámos há 11 anos e no início eramos apenas duas pessoas. Depois de terminarmos o primeiro álbum, juntou-se o baixista, que tinha outra banda, mais ligada ao punk, ao rock and roll. Eu estudei jazz. Quando nos juntamos fazemos coisas muito diferentes… a nossa música é folk, mas misturada com jazz e algum rock and roll. É diferente.” Depois de uma experiência em São Paulo, também pela mão do TIMC, Neon confessa que os Wu Tiao Ren gostariam de passar por outros países, como o Reino Unido, Alemanha, EUA ou Japão. “Ainda estamos à espera de uma oportunidade”, frisou. Além da experiência musical, os Wu Tiao Ren levam também de Portugal uma intensa experiência gastronómica. “Gostamos muito da comida portuguesa, é maravilhosa. Adoro queijo e Portugal tem o melhor queijo do mundo, tal como o marisco. A nossa cidade na China é junto ao mar, mas aqui é diferente”, apontou Neon.
Hoje Macau EventosExposição | Galeria da residência consular recebe “Pontes Aladas” [dropcap]C[/dropcap]hama-se “Pontes Aladas – Exposição Colectiva de Arte Contemporânea Portugal-China” e é a mais recente iniciativa cultural promovida no território pelo Instituto Português do Oriente (IPOR). A mostra será inaugurada a 11 de Setembro pelas 18h00 e tem lugar na galeria da residência consular, junto aos lagos Nam Van. A ideia é celebrar uma série de datas “no contexto das relações históricas entre Portugal e a República Popular da China, tendo Macau como ponto dinâmico de excelência”, uma vez se celebram os 40 anos do estabelecimento de relações diplomáticas entre os dois países, assinalando-se ainda 20º aniversário da constituição da RAEM e os 30 anos da criação do IPOR. A exposição tem, de acordo com um comunicado oficial, “nomes de marcado relevo no panorama dos dois países”, contando ainda com os apoios da Fundação Macau, do Instituto Cultural de Macau e do Instituto Camões-Instituto da Cooperação e da Língua. A curadoria está a cargo de Adelaide Ginga, numa parceria com o Museu Nacional de Arte Contemporânea. O mesmo comunicado dá conta que a escolha das obras partiu do princípio da “junção de artistas de ambas as latitudes”. Foram seleccionados “artistas portugueses que tenham desenvolvido, no seu percurso artístico, alguma relação com Macau-China e artistas chineses que, de alguma forma, tenham uma relação com Portugal”. Neste sentido, o público poderá ter acesso a uma “exposição colectiva que coloca em diálogo artistas dos dois países e a pluralidade da expressão artística, reunindo diferentes abordagens temáticas e variados suportes de apresentação”. A mostra estará patente até ao dia 11 de Outubro.
Hoje Macau EventosExposição | Galeria da residência consular recebe “Pontes Aladas” [dropcap]C[/dropcap]hama-se “Pontes Aladas – Exposição Colectiva de Arte Contemporânea Portugal-China” e é a mais recente iniciativa cultural promovida no território pelo Instituto Português do Oriente (IPOR). A mostra será inaugurada a 11 de Setembro pelas 18h00 e tem lugar na galeria da residência consular, junto aos lagos Nam Van. A ideia é celebrar uma série de datas “no contexto das relações históricas entre Portugal e a República Popular da China, tendo Macau como ponto dinâmico de excelência”, uma vez se celebram os 40 anos do estabelecimento de relações diplomáticas entre os dois países, assinalando-se ainda 20º aniversário da constituição da RAEM e os 30 anos da criação do IPOR. A exposição tem, de acordo com um comunicado oficial, “nomes de marcado relevo no panorama dos dois países”, contando ainda com os apoios da Fundação Macau, do Instituto Cultural de Macau e do Instituto Camões-Instituto da Cooperação e da Língua. A curadoria está a cargo de Adelaide Ginga, numa parceria com o Museu Nacional de Arte Contemporânea. O mesmo comunicado dá conta que a escolha das obras partiu do princípio da “junção de artistas de ambas as latitudes”. Foram seleccionados “artistas portugueses que tenham desenvolvido, no seu percurso artístico, alguma relação com Macau-China e artistas chineses que, de alguma forma, tenham uma relação com Portugal”. Neste sentido, o público poderá ter acesso a uma “exposição colectiva que coloca em diálogo artistas dos dois países e a pluralidade da expressão artística, reunindo diferentes abordagens temáticas e variados suportes de apresentação”. A mostra estará patente até ao dia 11 de Outubro.
Andreia Sofia Silva EventosHistória | Associação organiza viagem sobre portos lusos na Ásia A Associação Amigos da Nova Rota da Seda, presidida pela economista Fernanda Ilhéu, está a organizar uma viagem que visa contar a história dos principais portos portugueses na Ásia, e que inclui Macau, Malaca e Goa, entre outros destinos. A associação pretende também lançar um novo livro este ano, com a colaboração de um académico de Macau [dropcap]P[/dropcap]ortugal também tem a sua rota marítima esquecida no tempo e subaproveitada. A ideia é deixada ao HM por Maria Fernanda Ilhéu, a economista e professora universitária que preside à Associação Amigos da Nova Rota da Seda (ANRS), que está a promover uma viagem que passa pelos principais portos marítimos que marcam a presença portuguesa na Ásia. Podem inscrever-se sócios e não sócios, com um custo entre 50 a 60 mil patacas, e a ideia é contar a história de lugares como Mascate, Nizwa (antiga capital de Omã), Calicute, Cochin, Goa, Malaca, Singapura e Macau. “Obviamente que não podemos ir a todos os portos, pois levaríamos dois anos de viagem”, adiantou Maria Fernanda Ilhéu ao HM. “Queremos lembrar o que foi a nossa estratégia de abordagem desta rota marítima do Ocidente para o Oriente, e que tem muitas semelhanças com a nova rota marítima do século XXI, o projecto ‘Uma Faixa, Uma Rota’, mas que vem do Oriente para o Ocidente.” A presidente da ANRS assume que esta viagem constitui “um pretexto para nos debruçarmos sobre a história”, lamentando que a rota marítima criada pelos portugueses seja muitas vezes esquecida. “Esta foi uma história importantíssima na globalização mundial, e não foi importante apenas para Portugal, mas também para todo o mundo. Não só nos esquecemos como até parece que estamos um pouco envergonhados desse percurso quando outros povos, tal como os chineses, estão interessados.” A economista não tem dúvidas de que Portugal “poderia ter a sua própria rota e outra forma de mostrar ao mundo aquilo que foi”. Para já, a ANRS ainda não recebeu muitas inscrições. “Foi uma viagem difícil de planear. Vamos aguardar até Outubro para termos mais inscrições e depois vemos se a conseguimos fazer. Esta viagem será documentada nos nossos trabalhos e conferências, não sei se faremos outro livro.” Maria Fernanda Ilhéu desejava publicar outra obra sobre esta temática. “Queríamos fazer um livro sobre os portos portugueses no mundo, algo que seria interessante e vou tentar que aconteça.” Novas letras Depois da publicação da obra “A China e a Revitalização das Antigas Rotas da Seda”, coordenado por Maria Fernanda Ilhéu e Leonor Janeiro, eis que a ANRS se prepara para lançar mais uma obra, desta vez sobre as novas rotas da seda. A obra será escrita em inglês e conta com a coordenação da presidente da ANRS e dos académicos Paulo Duarte e Francisco José Leandro, este último professor na Universidade Cidade de Macau. “Tencionamos pôr cá fora este ano um livro sobre ‘Uma Faixa, Uma Rota’, a China e os países de língua portuguesa e as novas rotas da seda”, apontou a responsável pela ANRS. O objectivo da obra é “trazer esse conhecimento dos projectos que estão a ser realizados ou que podem vir a ser realizados pela iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”, em conjunto com países de língua portuguesa e parcerias que sejam desenvolvidas com Portugal”. Para Maria Fernanda Ilhéu, estão em causa não apenas negócios a curto prazo, mas “o desenvolvimento de sinergias”. “É necessário planear e pensar esse desenvolvimento e perceber que ele vai ter de contar com a actuação de governos e empresas, mas também da própria sociedade civil”, apontou.
Andreia Sofia Silva EventosHistória | Associação organiza viagem sobre portos lusos na Ásia A Associação Amigos da Nova Rota da Seda, presidida pela economista Fernanda Ilhéu, está a organizar uma viagem que visa contar a história dos principais portos portugueses na Ásia, e que inclui Macau, Malaca e Goa, entre outros destinos. A associação pretende também lançar um novo livro este ano, com a colaboração de um académico de Macau [dropcap]P[/dropcap]ortugal também tem a sua rota marítima esquecida no tempo e subaproveitada. A ideia é deixada ao HM por Maria Fernanda Ilhéu, a economista e professora universitária que preside à Associação Amigos da Nova Rota da Seda (ANRS), que está a promover uma viagem que passa pelos principais portos marítimos que marcam a presença portuguesa na Ásia. Podem inscrever-se sócios e não sócios, com um custo entre 50 a 60 mil patacas, e a ideia é contar a história de lugares como Mascate, Nizwa (antiga capital de Omã), Calicute, Cochin, Goa, Malaca, Singapura e Macau. “Obviamente que não podemos ir a todos os portos, pois levaríamos dois anos de viagem”, adiantou Maria Fernanda Ilhéu ao HM. “Queremos lembrar o que foi a nossa estratégia de abordagem desta rota marítima do Ocidente para o Oriente, e que tem muitas semelhanças com a nova rota marítima do século XXI, o projecto ‘Uma Faixa, Uma Rota’, mas que vem do Oriente para o Ocidente.” A presidente da ANRS assume que esta viagem constitui “um pretexto para nos debruçarmos sobre a história”, lamentando que a rota marítima criada pelos portugueses seja muitas vezes esquecida. “Esta foi uma história importantíssima na globalização mundial, e não foi importante apenas para Portugal, mas também para todo o mundo. Não só nos esquecemos como até parece que estamos um pouco envergonhados desse percurso quando outros povos, tal como os chineses, estão interessados.” A economista não tem dúvidas de que Portugal “poderia ter a sua própria rota e outra forma de mostrar ao mundo aquilo que foi”. Para já, a ANRS ainda não recebeu muitas inscrições. “Foi uma viagem difícil de planear. Vamos aguardar até Outubro para termos mais inscrições e depois vemos se a conseguimos fazer. Esta viagem será documentada nos nossos trabalhos e conferências, não sei se faremos outro livro.” Maria Fernanda Ilhéu desejava publicar outra obra sobre esta temática. “Queríamos fazer um livro sobre os portos portugueses no mundo, algo que seria interessante e vou tentar que aconteça.” Novas letras Depois da publicação da obra “A China e a Revitalização das Antigas Rotas da Seda”, coordenado por Maria Fernanda Ilhéu e Leonor Janeiro, eis que a ANRS se prepara para lançar mais uma obra, desta vez sobre as novas rotas da seda. A obra será escrita em inglês e conta com a coordenação da presidente da ANRS e dos académicos Paulo Duarte e Francisco José Leandro, este último professor na Universidade Cidade de Macau. “Tencionamos pôr cá fora este ano um livro sobre ‘Uma Faixa, Uma Rota’, a China e os países de língua portuguesa e as novas rotas da seda”, apontou a responsável pela ANRS. O objectivo da obra é “trazer esse conhecimento dos projectos que estão a ser realizados ou que podem vir a ser realizados pela iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”, em conjunto com países de língua portuguesa e parcerias que sejam desenvolvidas com Portugal”. Para Maria Fernanda Ilhéu, estão em causa não apenas negócios a curto prazo, mas “o desenvolvimento de sinergias”. “É necessário planear e pensar esse desenvolvimento e perceber que ele vai ter de contar com a actuação de governos e empresas, mas também da própria sociedade civil”, apontou.
Hoje Macau EventosPalestra | Halen Woo leva FIMM numa viagem pela música africana [dropcap]A[/dropcap] música africana vai estar em discussão no próximo dia 12 de Outubro, sábado, entre as 15h e as 17h, no Auditório do Conservatório de Macau. O evento, que faz parte do cartaz do Festival Internacional de Música de Macau, tem como orador o músico Halen Woo, que nasceu em Madagáscar e cresceu em Hong Kong. A porta de entrada para o mundo da música foi aberta com lições de guitarra, seguindo-se a música afro-ocidental e cubana. A partir de 2010, Halen Woo visitou Cuba várias vezes para receber formação com “LALI” Raul González Brito, Francisco “Frank” Oropesa “El Matador” e Degoberto Sacerio Oliva, entre outros músicos. Em 2013, começa a visitar o Japão com frequência para aprender música e dança africanas com diferentes especialistas como Hiroki Murai, Yacouba Diabate, Yacouba Diabate, Lamine Traoré, Rumiko Fuji, Takada Shinobu entre outros. Em 2014, apresentou-se com a conhecida Gekidan Africa no espectáculo anual “Carnaval” em Fukuoka, no Japão, e foi convidado para se tornar um membro da Gekidan Africa. Halen Woo foi um dos fundadores, em 2012, do ONE Harmony Drumming Factory, um grupo de música africana cujos espectáculos mais significativos incluem Imagine Peace, Africa Soul Party, Freespace Happening, etc. Halen também é percussionista da Banda Orbita, um grupo de jazz afrocubano de Hong Kong. Como professor de guitarra e de música africana e cubana, Halen Woo lecciona em diferentes escolas e organizações e realiza workshops, por convite, sobre música cubana.
Hoje Macau EventosPalestra | Halen Woo leva FIMM numa viagem pela música africana [dropcap]A[/dropcap] música africana vai estar em discussão no próximo dia 12 de Outubro, sábado, entre as 15h e as 17h, no Auditório do Conservatório de Macau. O evento, que faz parte do cartaz do Festival Internacional de Música de Macau, tem como orador o músico Halen Woo, que nasceu em Madagáscar e cresceu em Hong Kong. A porta de entrada para o mundo da música foi aberta com lições de guitarra, seguindo-se a música afro-ocidental e cubana. A partir de 2010, Halen Woo visitou Cuba várias vezes para receber formação com “LALI” Raul González Brito, Francisco “Frank” Oropesa “El Matador” e Degoberto Sacerio Oliva, entre outros músicos. Em 2013, começa a visitar o Japão com frequência para aprender música e dança africanas com diferentes especialistas como Hiroki Murai, Yacouba Diabate, Yacouba Diabate, Lamine Traoré, Rumiko Fuji, Takada Shinobu entre outros. Em 2014, apresentou-se com a conhecida Gekidan Africa no espectáculo anual “Carnaval” em Fukuoka, no Japão, e foi convidado para se tornar um membro da Gekidan Africa. Halen Woo foi um dos fundadores, em 2012, do ONE Harmony Drumming Factory, um grupo de música africana cujos espectáculos mais significativos incluem Imagine Peace, Africa Soul Party, Freespace Happening, etc. Halen também é percussionista da Banda Orbita, um grupo de jazz afrocubano de Hong Kong. Como professor de guitarra e de música africana e cubana, Halen Woo lecciona em diferentes escolas e organizações e realiza workshops, por convite, sobre música cubana.
João Luz EventosFIMM | Sona Jobarteh traz a Macau os ritmos quentes da África Ocidental Um dos nomes mais aclamados da música africana do momento, Sona Jobarteh, tem um concerto marcado para dia 20 de Outubro no pequeno auditório do Centro Cultural de Macau. Considerada como uma das virtuosas da kora, um instrumento com 21 cordas, a artista da Gâmbia cruza na perfeição os sons tradicionais da kora, blues e afropop [dropcap]A[/dropcap] kora é uma espécie de híbrido entre uma harpa, um violoncelo e uma guitarra, que produz um som cristalino e normalmente tocado por homens. Sona Jobarteh, natural da Gâmbia e uma das mais virtuosas excepções à regra masculina, é uma das estrelas deste ano do cartaz do Festival Internacional de Música de Macau. O concerto está marcado para o dia 20 de Outubro, pelas 20h, no Pequeno Auditório do Centro Cultural de Macau. Em comunicado, o Instituto Cultual (IC) refere a artista da Gâmbia como “a primeira mulher intérprete de kora a surgir de uma família griot da África Ocidental”. Griot são indivíduos que transmitem histórias, tradições, conhecimentos no uso de ervas medicinais, mitos, entre outras manifestações culturais, interpretadas por músicos ou contadores de histórias. Sona Jobarteh transporta esta bagagem tradicional, ao mesmo tempo que quebra várias barreiras. Além da barreira do género, a artista pegou nas sonoridades tradicionais, acrescentou-lhe a quase contemporaneidade do blues e do afropop e surfou com habilidade a onda de popularidade das músicas do mundo. A conquistar palcos Desde o seu disco de estreia que a artista captou atenção além das fronteiras da Gâmbia e Senegal. Com o segundo registo da discografia, “Fasiya”, de 2011, conseguiu o reconhecimento internacional graças à sua “habilidade como instrumentista, voz distinta, melodias contagiantes e elegância em palco”, escreve o IC. O reconhecido virtuosismo a tocar o instrumento tradicional é algo que lhe está no sangue. A família de Sona traz consigo uma reputação de famosos mestres de kora. O avô, Amadu Bansang Jobarteh, era um ícone na história cultural e musical da Gâmbia, e o primo Toumani Diabaté é famoso pelo domínio da kora. Rompendo com a tradição, Sona é pioneira numa antiga tradição hereditária dominada por homens e que foi transmitida, nos últimos sete séculos, exclusivamente de pai para filho. Para se ter uma ideia da exclusividade e magia da kora, o IC refere que “é um dos mais importantes instrumentos pertencentes ao povo mandinga da África Ocidental e apenas aqueles que nascem no seio de uma família griot têm o direito de a usar profissionalmente”. Sona será acompanhada em palco por uma banda composta por Derek Johnson na guitarra electro-acústica, Andi Mclean no baixo e a juntar a sua voz à de Sona, Mamadou Sarr na percussão e voz, Westley Joseph sentado à bateria e Sidiki Jobarteh a tocar balafon e percussão. Os bilhetes para o concerto custam entre 200 e 250 patacas.
João Luz EventosFIMM | Sona Jobarteh traz a Macau os ritmos quentes da África Ocidental Um dos nomes mais aclamados da música africana do momento, Sona Jobarteh, tem um concerto marcado para dia 20 de Outubro no pequeno auditório do Centro Cultural de Macau. Considerada como uma das virtuosas da kora, um instrumento com 21 cordas, a artista da Gâmbia cruza na perfeição os sons tradicionais da kora, blues e afropop [dropcap]A[/dropcap] kora é uma espécie de híbrido entre uma harpa, um violoncelo e uma guitarra, que produz um som cristalino e normalmente tocado por homens. Sona Jobarteh, natural da Gâmbia e uma das mais virtuosas excepções à regra masculina, é uma das estrelas deste ano do cartaz do Festival Internacional de Música de Macau. O concerto está marcado para o dia 20 de Outubro, pelas 20h, no Pequeno Auditório do Centro Cultural de Macau. Em comunicado, o Instituto Cultual (IC) refere a artista da Gâmbia como “a primeira mulher intérprete de kora a surgir de uma família griot da África Ocidental”. Griot são indivíduos que transmitem histórias, tradições, conhecimentos no uso de ervas medicinais, mitos, entre outras manifestações culturais, interpretadas por músicos ou contadores de histórias. Sona Jobarteh transporta esta bagagem tradicional, ao mesmo tempo que quebra várias barreiras. Além da barreira do género, a artista pegou nas sonoridades tradicionais, acrescentou-lhe a quase contemporaneidade do blues e do afropop e surfou com habilidade a onda de popularidade das músicas do mundo. A conquistar palcos Desde o seu disco de estreia que a artista captou atenção além das fronteiras da Gâmbia e Senegal. Com o segundo registo da discografia, “Fasiya”, de 2011, conseguiu o reconhecimento internacional graças à sua “habilidade como instrumentista, voz distinta, melodias contagiantes e elegância em palco”, escreve o IC. O reconhecido virtuosismo a tocar o instrumento tradicional é algo que lhe está no sangue. A família de Sona traz consigo uma reputação de famosos mestres de kora. O avô, Amadu Bansang Jobarteh, era um ícone na história cultural e musical da Gâmbia, e o primo Toumani Diabaté é famoso pelo domínio da kora. Rompendo com a tradição, Sona é pioneira numa antiga tradição hereditária dominada por homens e que foi transmitida, nos últimos sete séculos, exclusivamente de pai para filho. Para se ter uma ideia da exclusividade e magia da kora, o IC refere que “é um dos mais importantes instrumentos pertencentes ao povo mandinga da África Ocidental e apenas aqueles que nascem no seio de uma família griot têm o direito de a usar profissionalmente”. Sona será acompanhada em palco por uma banda composta por Derek Johnson na guitarra electro-acústica, Andi Mclean no baixo e a juntar a sua voz à de Sona, Mamadou Sarr na percussão e voz, Westley Joseph sentado à bateria e Sidiki Jobarteh a tocar balafon e percussão. Os bilhetes para o concerto custam entre 200 e 250 patacas.
João Luz EventosLivro | George Takei inspira-se na infância em campos de internamento George Takei, o eterno Sulu de Star Trek, passou parte da infância num campo de internamento para norte-americanos de ascendência japonesa durante a Segunda Guerra Mundial. O actor recorda o pedaço de história pouco conhecida pelo qual a sua família passou numa novela gráfica intitulada “They Called Us Enemy” [dropcap]O[/dropcap] norte-americano de ascendência japonesa George Takei entrou na cultura pop ao leme da USS Enterprise como o eterno Hikaru Sulu, uma das estrelas de “Star Trek”. Mais de vinte anos antes, o facto de ter nome e família japonesa fizeram com que o pequeno George, com apenas 5 anos, fosse deslocado com a sua família para o centro de relocação Rohwer, no Arkansas, um dos muitos campos de internamento destinados a norte-americanos com raízes japonesas. Entre Fevereiro de 1942 e Março de 1946, cerca de 120 mil pessoas viram-se forçadas a deixar tudo para trás e a viver o pesadelo que cairia no esquecimento, episódio negro diluído entre outras memórias da Segunda Guerra Mundial. O actor, autor e activista, que muitas vezes deu como exemplo este episódio de infância nas lutas contra a discriminação, verteu todo o episódio, que durou quatro anos, na novela gráfica “They Called Us Enemy”. Em declarações ao Los Angeles Times, o autor manifestou esperança de que as suas memórias cheguem às novas gerações. A forma para o fazer teria de ser graficamente à sua medida, uma vez que cresceu com banda desenhada e ainda hoje, com 82 anos, recorda a forte impressão que esse meio lhe provocou na primeira vez que folheou uma BD. “Talvez através da novela gráfica, da típica tira de cartoon, consiga chegar aos mais novos num ponto das suas vidas em que estão em constante absorção de informação”, perspectiva o autor ao jornal norte-americano. Luta por direitos O livro foi escrito em parceria com Justin Eisinger, enquanto os artistas Steven Scott e Harmony Becker deram vida aos quadrados que ilustram a narrativa. Apesar da acção decorrer em grande parte, naturalmente, durante a Segunda Guerra Mundial, também inclui a época dos movimentos de luta por direitos civis dos anos 1960. Uma das imagens mais marcantes de “They Called Us Enemy” está logo nas primeiras páginas, depois de Roosevelt ter declarado guerra ao império japonês. A imagem é simples: um mapa dos Estados Unidos que mostra as áreas onde se ergueram os campos de internamento, com zonas sombreadas cobrindo quase por completo toda a costa oeste até à fronteira com o México no Arizona. Depois de serem declarados pelo Governo “inimigos do Estado”, a família Takei viveu perto de quatro anos com o horizonte cortado por arame-farpado. A jornada começa em 1942, pouco tempo depois do quinto aniversário da criança que viria décadas mais tarde a tornar-se um ícone televisivo. A infância de George Takei foi interrompida por soldados armados com espingardas com baionetas a bater à porta da casa de família em Boyle Heights, em Los Angeles. De forma ríspida pediram que reunissem rapidamente os pertences que fossem capazes. Acompanhado pelos pais e os dois irmãos mais novos, George passou os primeiros meses de cativeiro em estábulos de cavalos na Pista de Corridas de Santa Anita, forçado a coabitar com ratos numa atmosfera empestada pelo cheiro a estrume. Depois dos meses iniciais, foram deslocados para o Arkansas, onde o autor recorda “as paisagens mágicas, fantásticas, com árvores que brotavam de pântanos” e onde viu pela primeira vez uma bola de neve. Apesar das condições humilhantes, a família tentou sempre adaptar-se à nova vida de forma a sobreviverem intactos à realidade do internamento. “Conto duas histórias paralelas. Queria captar a realidade daquele estranho novo mundo para o qual fui transportado, mas ao mesmo tempo quis contar a forma como os meus pais se sentiram, as angústias por que passaram”, explica o autor.
João Luz EventosLivro | George Takei inspira-se na infância em campos de internamento George Takei, o eterno Sulu de Star Trek, passou parte da infância num campo de internamento para norte-americanos de ascendência japonesa durante a Segunda Guerra Mundial. O actor recorda o pedaço de história pouco conhecida pelo qual a sua família passou numa novela gráfica intitulada “They Called Us Enemy” [dropcap]O[/dropcap] norte-americano de ascendência japonesa George Takei entrou na cultura pop ao leme da USS Enterprise como o eterno Hikaru Sulu, uma das estrelas de “Star Trek”. Mais de vinte anos antes, o facto de ter nome e família japonesa fizeram com que o pequeno George, com apenas 5 anos, fosse deslocado com a sua família para o centro de relocação Rohwer, no Arkansas, um dos muitos campos de internamento destinados a norte-americanos com raízes japonesas. Entre Fevereiro de 1942 e Março de 1946, cerca de 120 mil pessoas viram-se forçadas a deixar tudo para trás e a viver o pesadelo que cairia no esquecimento, episódio negro diluído entre outras memórias da Segunda Guerra Mundial. O actor, autor e activista, que muitas vezes deu como exemplo este episódio de infância nas lutas contra a discriminação, verteu todo o episódio, que durou quatro anos, na novela gráfica “They Called Us Enemy”. Em declarações ao Los Angeles Times, o autor manifestou esperança de que as suas memórias cheguem às novas gerações. A forma para o fazer teria de ser graficamente à sua medida, uma vez que cresceu com banda desenhada e ainda hoje, com 82 anos, recorda a forte impressão que esse meio lhe provocou na primeira vez que folheou uma BD. “Talvez através da novela gráfica, da típica tira de cartoon, consiga chegar aos mais novos num ponto das suas vidas em que estão em constante absorção de informação”, perspectiva o autor ao jornal norte-americano. Luta por direitos O livro foi escrito em parceria com Justin Eisinger, enquanto os artistas Steven Scott e Harmony Becker deram vida aos quadrados que ilustram a narrativa. Apesar da acção decorrer em grande parte, naturalmente, durante a Segunda Guerra Mundial, também inclui a época dos movimentos de luta por direitos civis dos anos 1960. Uma das imagens mais marcantes de “They Called Us Enemy” está logo nas primeiras páginas, depois de Roosevelt ter declarado guerra ao império japonês. A imagem é simples: um mapa dos Estados Unidos que mostra as áreas onde se ergueram os campos de internamento, com zonas sombreadas cobrindo quase por completo toda a costa oeste até à fronteira com o México no Arizona. Depois de serem declarados pelo Governo “inimigos do Estado”, a família Takei viveu perto de quatro anos com o horizonte cortado por arame-farpado. A jornada começa em 1942, pouco tempo depois do quinto aniversário da criança que viria décadas mais tarde a tornar-se um ícone televisivo. A infância de George Takei foi interrompida por soldados armados com espingardas com baionetas a bater à porta da casa de família em Boyle Heights, em Los Angeles. De forma ríspida pediram que reunissem rapidamente os pertences que fossem capazes. Acompanhado pelos pais e os dois irmãos mais novos, George passou os primeiros meses de cativeiro em estábulos de cavalos na Pista de Corridas de Santa Anita, forçado a coabitar com ratos numa atmosfera empestada pelo cheiro a estrume. Depois dos meses iniciais, foram deslocados para o Arkansas, onde o autor recorda “as paisagens mágicas, fantásticas, com árvores que brotavam de pântanos” e onde viu pela primeira vez uma bola de neve. Apesar das condições humilhantes, a família tentou sempre adaptar-se à nova vida de forma a sobreviverem intactos à realidade do internamento. “Conto duas histórias paralelas. Queria captar a realidade daquele estranho novo mundo para o qual fui transportado, mas ao mesmo tempo quis contar a forma como os meus pais se sentiram, as angústias por que passaram”, explica o autor.
Raquel Moz EventosAnimação | Festival exibe 14 filmes de para todas as idades A crescente influência do cinema de animação, junto de públicos muito diversificados, prova que o género não serve só para contar histórias infantis. Cada vez mais há dramas e enredos para adultos. A Cinemateca Paixão estreia a 21 de Setembro a 3ª edição do Festival Mundial de Animação [dropcap]A[/dropcap] Cinemateca Paixão apresenta, de 21 de Setembro a 6 de Outubro, o Festival Mundial de Animação de Verão, com 14 filmes e 2 workshops para miúdos e graúdos que destacam as mais recentes obras premiadas lá fora deste género cinematográfico. A sessão de abertura é a oportunidade de conhecer o vencedor do Melhor Filme de Animação dos Prémios César 2019 – “Dilili em Paris” (2018), do realizador Michel Ocelot –, depois de ter estreado na abertura do Festival Internacional de Cinema de Annecy de 2018, ambos em França. Com o “encantador cenário da Belle Époque em Paris” como pano de fundo, a película conta a aventura de Dilili, uma jovem indígena (canaca), e um rapaz de entregas seu amigo, que investigam um surto de raptos de raparigas, encontrando pelo caminho estranhas personagens que vão deixando pistas para os ajudar na busca. A animação recria o período de ouro nas artes e na cultura do final do século XIX e inícios de XX, uma época que o realizador Michel Ocelot teve dificuldade em adequar ao seu argumento. “Vi-me confrontado com um pequeno problema relacionado com a representação de Paris durante a Belle Époque: só se via gente branca… Por isso, Dilili é mestiça, membro de um grupo que também sofreu com a rejeição de ambos os lados”, terá comentado. A película é recomendada a maiores de 13, falada em francês (com legendas em inglês e chinês), e duração de 93 minutos. No final da sessão está prevista uma festa para os mais novos, onde poderão tirar selfies em cenários de animação inspirados nas obras do festival. A entrada é livre e os espectadores estão convidados para o lanche. O filme de abertura passa às 14h30 do dia 21 de Setembro, sábado, e volta a ser exibido no sábado seguinte, a 5 de Outubro, às 17h00. Também em destaque está o filme de encerramento, “A Torre” (2018), de Mats Grorud, uma co-produção norueguesa e francesa, que conta a história de uma menina de 11 anos que vive com toda a família num campo de refugiados em Beirute, no Líbano, depois da expulsão do seu avô da Palestina em 1948. Baseada em entrevistas feitas com refugiados palestinianos há mais de seis décadas no Líbano, que anseiam até hoje poder regressar à sua verdadeira terra natal, esta é uma história de esperança que mistura técnicas de animação 2D com plasticina, que teve muito boas críticas à passagem pelos festivais de Annecy e Busan. Passa a 28 de Setembro e a 6 de Outubro, sempre às 19h30, para maiores de 13 anos. Cinema tabu O programa conta com diversas propostas para diferentes grupos etários, havendo animações para o público infantil, e outras para jovens e adultos. São 14 longas-metragens de animação, que passam pela produção internacional, a animação japonesa, e as sessões pensadas para o divertimento em família. Para os maiores de 18 está o filme “Tabu de Teerão” (2017), de Ali Soozandeh, “uma sinistra denúncia da repressão no Irão contemporâneo, conseguida com um misto de intimidade e distância através de animação rotoscópica (na qual os actores são redesenhados em computador) criada pela mestria do realizador germano-iraniano”. Falado em persa, com legendas em inglês e chinês, sobre uma sociedade patriarcal, onde são as mulheres que carregam o fardo mais pesado da vida. Galardoado Melhor Filme Internacional no Festival de Cinema de Jerusalém 2017, passou também pela Semana da Crítica do Festival de Cinema de Cannes 2017, pelo Festival de Animação de Annecy 2017 e pelo Festival Internacional de Cinema de Hong Kong 2018. Passa a 25 de Setembro e a 2 de Outubro, duas quartas-feiras às 21h30. “Ruben Brandt, Coleccionador” (2018), de Milorad Krstić, é um filme húngaro também recomendado a maiores de 18 anos, embora falado parcialmente em inglês, francês e italiano). Um famoso psicoterapeuta recruta os seus pacientes criminosos num assalto tipo Ocean’s Eleven para roubar as treze pinturas de arte que o assombram. Atrás de si anda um detective contratado pelo cartel de seguradoras para recuperar as valiosas pinturas. O filme passa a 28 se Setembro às 21h30 e a 3 de Outubro às 19h30. Ainda a destacar o filme “Funan” (2018), de Denis Do, vencedor do Prémio Cristal no Festival de Annecy 2018, sobre a história de uma jovem cujo mundo é subitamente virado de pernas para o ar com a chegada do regime Khmer Vermelho, no Camboja, em Abril de 1975. Esta foi uma “dura e impressionante estreia para o cineasta Denis Do, que recorreu à história da sua própria família para inspirar esta excitante história de amor, perda e esperança inabalável durante o mais terrível dos tempos”. Apesar do tema, a fita está classificada para maiores de 13 anos, com exibições a 22 de Setembro, às 21h30, e a 1 de Outubro às 19h30. Jovens na onda Os mais jovens e as crianças têm ainda um sortido de filmes para assistir durante as duas semanas de Festival. “Apanha a tua onda” (2019), de Yuasa Masaaki, sobre uma paixão entre um casal de adolescentes surfistas, ou “A Estalagem de Okko” (2018), de Kitarō Kōsaka, sobre uma menina órfã que vai viver para a estalagem da sua avó no campo, assinada pelo realizador de “A Viagem de Chihiro” (2001) e “Ponyo à Beira-Mar” (2008), são duas propostas japonesas para os adolescentes, entre outras películas interessantes, todas com duas exibições cada durante o evento. “Os Comedores de Meias Ímpares” (2016), de Galina Miklinova, é um divertido filme checo sobre criaturas invisíveis responsáveis por devorar peúgas, que integra o conjunto de películas dedicadas à família. Outro filme de relevo nesta categoria é “Tito e os Pássaros” (2018), de Gabriel Bitar, Andre Catoto, Gustavo Steinber, uma fita brasileira sobre o medo epidémico e contagioso em São Paulo, a cidade dos muros, onde vivem vinte milhões de pessoas atrás de vedações e portões electrificados. Há mais por onde escolher entre as sessões assinaladas como “Divertimento em Família”, que na compra de dois bilhetes, oferecem mais dois lugares para a sessão. Todas têm também duas exibições. Todos os bilhetes para o Festival de Animação custam 60 patacas e encontram-se já à venda. À semelhança do ano passado, estão agendados dois Workshops de Animação para a Família, orientados pela realizadora de animação local, Pudusina. O tema deste ano será a reciclagem e as oficinas realizam-se a 28 e 29 de Setembro, nas galerias do Anim’Arte nos Lagos Nam Van, em cantonense. As inscrições devem ser feitas até 20 de Setembro e custam 100 patacas.
Raquel Moz EventosAnimação | Festival exibe 14 filmes de para todas as idades A crescente influência do cinema de animação, junto de públicos muito diversificados, prova que o género não serve só para contar histórias infantis. Cada vez mais há dramas e enredos para adultos. A Cinemateca Paixão estreia a 21 de Setembro a 3ª edição do Festival Mundial de Animação [dropcap]A[/dropcap] Cinemateca Paixão apresenta, de 21 de Setembro a 6 de Outubro, o Festival Mundial de Animação de Verão, com 14 filmes e 2 workshops para miúdos e graúdos que destacam as mais recentes obras premiadas lá fora deste género cinematográfico. A sessão de abertura é a oportunidade de conhecer o vencedor do Melhor Filme de Animação dos Prémios César 2019 – “Dilili em Paris” (2018), do realizador Michel Ocelot –, depois de ter estreado na abertura do Festival Internacional de Cinema de Annecy de 2018, ambos em França. Com o “encantador cenário da Belle Époque em Paris” como pano de fundo, a película conta a aventura de Dilili, uma jovem indígena (canaca), e um rapaz de entregas seu amigo, que investigam um surto de raptos de raparigas, encontrando pelo caminho estranhas personagens que vão deixando pistas para os ajudar na busca. A animação recria o período de ouro nas artes e na cultura do final do século XIX e inícios de XX, uma época que o realizador Michel Ocelot teve dificuldade em adequar ao seu argumento. “Vi-me confrontado com um pequeno problema relacionado com a representação de Paris durante a Belle Époque: só se via gente branca… Por isso, Dilili é mestiça, membro de um grupo que também sofreu com a rejeição de ambos os lados”, terá comentado. A película é recomendada a maiores de 13, falada em francês (com legendas em inglês e chinês), e duração de 93 minutos. No final da sessão está prevista uma festa para os mais novos, onde poderão tirar selfies em cenários de animação inspirados nas obras do festival. A entrada é livre e os espectadores estão convidados para o lanche. O filme de abertura passa às 14h30 do dia 21 de Setembro, sábado, e volta a ser exibido no sábado seguinte, a 5 de Outubro, às 17h00. Também em destaque está o filme de encerramento, “A Torre” (2018), de Mats Grorud, uma co-produção norueguesa e francesa, que conta a história de uma menina de 11 anos que vive com toda a família num campo de refugiados em Beirute, no Líbano, depois da expulsão do seu avô da Palestina em 1948. Baseada em entrevistas feitas com refugiados palestinianos há mais de seis décadas no Líbano, que anseiam até hoje poder regressar à sua verdadeira terra natal, esta é uma história de esperança que mistura técnicas de animação 2D com plasticina, que teve muito boas críticas à passagem pelos festivais de Annecy e Busan. Passa a 28 de Setembro e a 6 de Outubro, sempre às 19h30, para maiores de 13 anos. Cinema tabu O programa conta com diversas propostas para diferentes grupos etários, havendo animações para o público infantil, e outras para jovens e adultos. São 14 longas-metragens de animação, que passam pela produção internacional, a animação japonesa, e as sessões pensadas para o divertimento em família. Para os maiores de 18 está o filme “Tabu de Teerão” (2017), de Ali Soozandeh, “uma sinistra denúncia da repressão no Irão contemporâneo, conseguida com um misto de intimidade e distância através de animação rotoscópica (na qual os actores são redesenhados em computador) criada pela mestria do realizador germano-iraniano”. Falado em persa, com legendas em inglês e chinês, sobre uma sociedade patriarcal, onde são as mulheres que carregam o fardo mais pesado da vida. Galardoado Melhor Filme Internacional no Festival de Cinema de Jerusalém 2017, passou também pela Semana da Crítica do Festival de Cinema de Cannes 2017, pelo Festival de Animação de Annecy 2017 e pelo Festival Internacional de Cinema de Hong Kong 2018. Passa a 25 de Setembro e a 2 de Outubro, duas quartas-feiras às 21h30. “Ruben Brandt, Coleccionador” (2018), de Milorad Krstić, é um filme húngaro também recomendado a maiores de 18 anos, embora falado parcialmente em inglês, francês e italiano). Um famoso psicoterapeuta recruta os seus pacientes criminosos num assalto tipo Ocean’s Eleven para roubar as treze pinturas de arte que o assombram. Atrás de si anda um detective contratado pelo cartel de seguradoras para recuperar as valiosas pinturas. O filme passa a 28 se Setembro às 21h30 e a 3 de Outubro às 19h30. Ainda a destacar o filme “Funan” (2018), de Denis Do, vencedor do Prémio Cristal no Festival de Annecy 2018, sobre a história de uma jovem cujo mundo é subitamente virado de pernas para o ar com a chegada do regime Khmer Vermelho, no Camboja, em Abril de 1975. Esta foi uma “dura e impressionante estreia para o cineasta Denis Do, que recorreu à história da sua própria família para inspirar esta excitante história de amor, perda e esperança inabalável durante o mais terrível dos tempos”. Apesar do tema, a fita está classificada para maiores de 13 anos, com exibições a 22 de Setembro, às 21h30, e a 1 de Outubro às 19h30. Jovens na onda Os mais jovens e as crianças têm ainda um sortido de filmes para assistir durante as duas semanas de Festival. “Apanha a tua onda” (2019), de Yuasa Masaaki, sobre uma paixão entre um casal de adolescentes surfistas, ou “A Estalagem de Okko” (2018), de Kitarō Kōsaka, sobre uma menina órfã que vai viver para a estalagem da sua avó no campo, assinada pelo realizador de “A Viagem de Chihiro” (2001) e “Ponyo à Beira-Mar” (2008), são duas propostas japonesas para os adolescentes, entre outras películas interessantes, todas com duas exibições cada durante o evento. “Os Comedores de Meias Ímpares” (2016), de Galina Miklinova, é um divertido filme checo sobre criaturas invisíveis responsáveis por devorar peúgas, que integra o conjunto de películas dedicadas à família. Outro filme de relevo nesta categoria é “Tito e os Pássaros” (2018), de Gabriel Bitar, Andre Catoto, Gustavo Steinber, uma fita brasileira sobre o medo epidémico e contagioso em São Paulo, a cidade dos muros, onde vivem vinte milhões de pessoas atrás de vedações e portões electrificados. Há mais por onde escolher entre as sessões assinaladas como “Divertimento em Família”, que na compra de dois bilhetes, oferecem mais dois lugares para a sessão. Todas têm também duas exibições. Todos os bilhetes para o Festival de Animação custam 60 patacas e encontram-se já à venda. À semelhança do ano passado, estão agendados dois Workshops de Animação para a Família, orientados pela realizadora de animação local, Pudusina. O tema deste ano será a reciclagem e as oficinas realizam-se a 28 e 29 de Setembro, nas galerias do Anim’Arte nos Lagos Nam Van, em cantonense. As inscrições devem ser feitas até 20 de Setembro e custam 100 patacas.
Hoje Macau EventosIC | Aceitam-se propostas para “Desfile Internacional de Macau” [dropcap]R[/dropcap]ealiza-se a 8 de Dezembro mais uma edição do “Desfile Internacional de Macau 2019”, organizado pelo Instituto Cultural (IC) em celebração do 20.º Aniversário da Transferência da Administração de Macau para a China. O IC começa a receber propostas de participação de grupos artísticos ou escolas que desejem desfilar por algumas zonas da península de Macau entre os dias 2 e 8 de Setembro. De acordo com um comunicado, “a rota do desfile desta edição é semelhante à do ano anterior, tendo início nas Ruínas de S. Paulo e fim na Praça do Lago Sai Van”. O tema deste ano é “Uma Faixa, Uma Rota”, nome do projecto político chinês, que pretende reconstituir a antiga rota comercial da seda. Os grupos podem participar no desfile em duas modalidades : “Tema do Desfile” e “Desfile de Grupos Artísticos”. Além disso, os participantes podem inscrever-se também nas actividades comunitárias que decorrem na véspera do desfile, tal como o “Mini Desfile de Promoção Artística” e o “Programa da Arte na Comunidade”. O objectivo é levar “diferentes formas de cultura e artes às comunidades de Macau”. Serão ainda atribuídos dois prémios.
Andreia Sofia Silva EventosTIMC | Wu Tiao Ren em Portugal para concertos em cinco cidades A banda chinesa Wu Tiao Ren aterrou ontem em Lisboa e prepara-se para realizar a sua primeira digressão em Portugal. Manuel Correia da Silva, do festival This is My City – Global Creative Network, pretende transformar estes concertos numa iniciativa permanente e até levá-los aos festivais de Verão que anualmente acontecem no país [dropcap]C[/dropcap]omeça hoje a digressão em Portugal da banda chinesa Wu Tiao Ren, oriunda de Shenzen, que termina a 8 de Setembro. Hoje os Wu Tiao Ren protagonizam um concerto na redacção do Jornal de Notícias do Porto e, no sábado, na sala de espectáculos Casa da Música. Segue-se uma residência artística em Leiria, graças a uma parceria com a editora Omnichord Records, estando previsto um concerto no Atlas Hostel Leiria. Na próxima quinta-feira, 5 de Setembro, é a vez da banda actuar no Salão Brazil, em Coimbra, seguindo-se o concerto no MusicBox, em Lisboa, no dia seguinte. A 8 de Setembro os Wu Tiao Ren tocam no interior do Alentejo, na cidade de Montemor-o-Novo, no espaço artístico das Oficinas do Convento. Em declarações ao HM, Manuel Correia da Silva, responsável pelo TIMC, declarou que esta é a primeira vez que promovem uma digressão com uma banda chinesa e não pretendem ficar por aqui. “Queremos alargar esta rede e poder trazer bandas chinesas com mais frequência para estes circuitos. Estes artistas não são conhecidos e temos de fazer um grande trabalho de promoção para conseguirmos alcançar os festivais de Verão. Acho que faz todo o sentido chegar a esse mercado e acreditamos que para o ano isso já se vai conseguir, estamos a trabalhar para alcançar esse objectivo.” Acima de tudo, trazer os Wu Tiao Ren a Portugal significa mostrar um outro lado da cultura e música chinesas ainda desconhecidas do grande público português. “A nível de expressão artística e de música indie é muito raro acontecer algo em Portugal. Fala-se muito da China mas só se fala de um certo tipo de coisas, e queremos mostrar ao vivo artistas que pertencem a uma geração mais recente, de uma cultura urbana, que em muitas coisas são parecidos connosco mas ao mesmo tempo tem uma cultura diferente, e os Wu Tiao Ren fazem bem esse jogo, porque apesar de terem uma base musical bastante universal, que é o rock, têm muitos pormenores da cultura deles, porque cantam em chinês e têm muitos pormenores da cultura folclórica do sul da China, como a ópera chinesa e tudo mais. Esta conjugação parece-nos única e de valor para ser apresentada cá.” Também para chineses Apesar de esta ser uma digressão em Portugal, Manuel Correia da Silva admite que gostaria de encontrar, na audiência, rostos da comunidade chinesa residente em Portugal. “Gostava muito de conseguir encontrar a comunidade chinesa nestes concertos, pois acho que também é para eles. Estamos a tentar colmatar o desafio que é chegar essas comunidades. Não é fácil.” Os Wu Tiao Ren nasceram em 2008, sendo oriundos da cidade de Shantou, na província de Guangdong. As suas músicas versam sobre as vidas marginais da China e são marcadas pela influência da ópera local e por canções de pescadores. Além disso, “a sonoridade desta banda chinesa incorpora ainda gravações das ruas da cidade, buzinas de autocarros, ruídos de motorizadas e encenações de discussões entre vizinhos”, aponta um comunicado. Além da digressão dos Wu Tiao Ren, o TIMC tinha o plano de trazer o projecto NOYB, mas por motivos de doença de um dos protagonistas da iniciativa o projecto teve de ser adiado. “Este é um projecto de Macau, liderado pelo Rui Farinha e por mim. É um trabalho de curadoria e um projecto multimédia que envolve música e video e que constitui também uma tentativa de reflectir a região onde estamos. Era um espectáculo que ia ser feito de propósito para Macau, mas é provável que aconteça ainda este ano”, frisou.
Raquel Moz EventosFIMM | Billy Childs Quartet e Dorian Wind Quintet juntos em concerto O Quarteto de Jazz de Billy Childs junta-se ao Quinteto de Cordas Dorian para dois espectáculos cada, um dos quais em conjunto, em Outubro no território. A proposta é tentadora e acontece no XXXIII Festival Internacional de Música de Macau [dropcap]B[/dropcap]illy Childs Quartet e Dorian Wind Quintet são duas bandas de relevo convidadas para participar no XXXIII Festival Internacional de Música de Macau (FIMM), que se realiza este ano entre 4 e 30 de Outubro em diversas salas do território. Os dois grupos vão actuar no mesmo dia em separado, a 10 de Outubro, apresentando os seus trabalhos musicais, e no dia seguinte juntam-se para um novo concerto a meias, a 11 de Outubro, onde irão apresentar a estreia mundial de “Ecosystems”, a mais recente produção de Billy Childs. O pianista e compositor de jazz norte-americano é figura de destaque neste programa do FIMM, considerado um dos artistas mais diversificados e aclamados da actualidade na sua área. “As composições e arranjos originais de Billy Childs valeram-lhe um Doris Duke Performing Artist Award em 2013, Guggenheim Fellowship em 2009, 16 nomeações e cinco prémios Grammy”, lê-se no programa divulgado pelo Instituto Cultural (IC). As primeiras influências de Childs devem-se aos mestres de jazz norte-americano Herbie Hancock e Chick Corea, indo beber ainda aos compositores clássicos como Maurice Ravel e Igor Stravinsky. A carreira de William Edward Childs passou também pela “aprendizagem com o lendário trombonista de jazz J.J. Johnson e o grande trompetista de jazz Freddie Hubbard. Antes de conseguir um contrato com a sua editora, gravou e tocou com influentes músicos de jazz como Joe Henderson e Wynton Marsalis”. Como pianista, Billy Childs tocou já em parceria com Yo-Yo Ma, Sting, Renee Fleming, Jack DeJohnette, Dave Holland, Ron Carter, Chris Bottio, os próprios Chick Corea e Wynton Marsalis, e as bandas The Los Angeles Philharmonic, The Detroit Symphony Orchestra, The Kronos Quartet, The Ying Quartet ou The American Brass Quintet. Em 2001, formou o seu grupo de jazz de câmara, composto por piano, contrabaixo, percussões, guitarra acústica, harpa e sopros de madeira, embora fosse tendo diferentes formações em função dos projectos musicais em mãos. Para o espectáculo do FIMM, Childs traz consigo um quarteto de grandes intérpretes de jazz, como “o multipremiado saxofonista Shai Golan, o baixista Dave Robaire, que foi aluno do célebre baixista John Patitucci, e o jovem e enérgico baterista Christian Euman, aclamado como um dos ‘seis bateristas que devemos conhecer’”, informa o IC. O grupo toca às 20h do dia 11 de Outubro, sexta-feira, no grande auditório do Centro Cultural de Macau. O espectáculo terá hora e meia de duração e apresentará obras do seu repertório, como “Backwards Bop”, “Stay” e “Rebirth”, sendo este último o título do seu disco mais recente, premiado com o Grammy de Melhor Álbum Instrumental de Jazz em 2018. Os bilhetes custam 150, 200, 300 e 400 patacas. Sopros barrocos No mesmo dia e à mesma hora – 11 de Outubro às 20h – apresenta-se o Dorian Wind Quintet no palco do Teatro D. Pedro V. O famoso quinteto de música de câmara, composto por instrumentos de sopro, é uma formação versátil e “exímia na interpretação de música de várias épocas, desde as transcrições e arranjos de obras-primas dos períodos renascentista e barroco, até ao século XX com obras contemporâneas de compositores americanos e franceses”. O Dorian Wind Quintet é conhecido mundialmente como um dos mais proeminentes e activos conjuntos de câmara, formado em Tanglewood, no Massachusetts, in 1961. Desde a sua criação, colaborou já com “artistas lendários como Phyllis Bryn-Julson, Lukas Foss e Lorin Hollander”, e percorreu a Europa, Médio Oriente, Índia, África e Ásia, além das digressões que faz pelos Estados Unidos e Canadá. Em 1981, foi o primeiro quinteto de sopros a actuar no Carnegie Hall. Até hoje tem sido “responsável por quase 40 encomendas a grandes compositores e estreou 98 novas composições. A sua encomenda do Quinteto de Sopros nº 4, de George Perle, ganhou o Prémio Pulitzer de Música em 1986, fazendo história por ser o primeiro atribuído a um quinteto de sopros”. O ensemble é actualmente composto por Gretchen Pusch na flauta, Gerard Reuter no oboé, Benjamin Fingland no clarinete, Adrian Morejon no fagote e Karl Kramer-Johansen na trompa. O concerto, que terá aproximadamente 1 hora e 45 minutos, com intervalo, e conta com suites e peças de Trans. R. Roseman, J. Ibert, A. Harberg, P. Hindemith e Johann Sebastian Bach. Os bilhetes custam 250 e 300 patacas. Todos juntos No dia seguinte, sábado de 12 de Outubro, o Dorian Wind Quintet dividirá o palco do Teatro D. Pedro V com Billy Childs, para interpretarem juntos a estreia mundial de “Ecosystems” e o regresso de “A Day in the Forest of Dreams”, estreado em 1997, ambos compostos por Childs. A peça foi entregue pelo compositor ao quinteto em Agosto de 2018, com o apoio do CMA Classical Commisioning Program Grant, para ser estudada e interpretada algures no Verão de 2019, o que acontece agora em primeiríssima mão no FIMM. O espectáculo terá 1 hora e 45 minutos, com intervalo, aos preços de 250 e 300 patacas.
Hoje Macau EventosTurismo de Macau presente na Festa do Livro de Belém, em Lisboa O Turismo de Macau vai estar presente na Festa do Livro de Belém, em Lisboa, que começa esta quinta-feira. O evento celebra a língua portuguesa e é promovida por um Presidente da República (Marcelo Rebelo de Sousa) atento ao sector, afirmou o secretário-geral da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL). “É um evento que, comercialmente, não se pode comparar com a Feira do Livro de Lisboa – apesar de ser bastante interessante -, mas é muito importante para que se possa mostrar o que de melhor se faz na edição portuguesa, os melhores autores portugueses”, disse o secretário-geral da APEL, Bruno Pacheco. A Festa do Livro de Belém, que cumpre a quarta edição entre quinta-feira e domingo nos jardins do Palácio de Belém, é uma ideia do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, para divulgar a literatura em língua portuguesa e é organizada pela APEL. Bruno Pacheco recordou que a actual direcção da APEL, que tomou posse em 2018 e é presidida por João Alvim, esteve reunida com Marcelo Rebelo de Sousa para uma troca de cumprimentos. “É sabido que o Presidente da República é um bibliófilo e tem um particular interesse por esta área do livro e da edição. Está preocupado com a questão das livrarias, com o desaparecimento de algumas livrarias emblemáticas, está preocupado com várias situações relacionadas com o livro e é alguém que procura estar sempre a par daquilo que se está a passar no setor”, disse o secretário-geral da APEL. Nesta edição estarão presentes mais de 40 editoras e entidades convidadas, como a Gradiva, a Tinta da China, a Relógio d’Água e a Porto Editora, a Fundação Francisco Manuel dos Santos, o Turismo de Macau e a Federação Espírita Portuguesa. “É uma celebração da língua portuguesa e dos seus autores. […] Acaba por ser um local privilegiado, mais do que vender, para mostrar o catálogo do que diz respeito à língua portuguesa”, disse o secretário-geral da APEL. Segundo Bruno Pacheco, este houve um reforço de programação e melhoramentos no espaço para responder ao aumento de público que se tem registado deste a primeira edição. De acordo com a programação divulgada, estão previstos, por exemplo, debates sobre Sophia de Mello Breyner Andresen e Jorge de Sena, no ano em que se assinala o centenário do nascimento de ambos, e concertos dos D.A.M.A. e dos Xutos & Pontapés. Haverá ainda uma apresentação do espectáculo “A menina do mar”, pela actriz Carla Galvão e pelo pianista Filipe Raposo a partir do texto de Sophia de Mello Breyner Andresen e música de Bernardo Sassetti. De acordo com o regulamento da associação, no evento podem participar, mediante uma inscrição de cerca de 300 euros, “editores e livreiros associados da APEL que apresentem livros de autores lusófonos de ficção e não ficção. Poderão ser admitidas entidades com relevante produção editorial, que tenham estabelecido parcerias com a APEL”.