49º Grande Prémio de Motos | Estreias para Hickman, que destrona Rutter

McGuiness quer fazer mais duas voltas na Guia (Foto de Kelsey Wilhelm)
McGuiness quer fazer mais duas voltas na Guia (Foto de Kelsey Wilhelm)
[dropcap styçe=’circle’]O[/dropcap]49º Grande Prémio de Motos voltou a ser uma caixinha de surpresas. Quando todos os prognósticos apontavam para o triunfo de um ex-vencedor na prova deste ano, o britânico Peter Hickman, na sua segunda vez em Macau, superou a concorrência, naquela que foi a primeira vitória de sempre de uma moto da BMW nas ruas do território.
O piloto de 28 anos, que para o ano vai conduzir uma Kawasaki, levou a melhor sobre os mais experientes Martin Jessop e Michael Rutter, obtendo a primeira vitória da sua carreira em provas de estrada.

Jessop partiu da pole-position mas à quarta volta viu-se passado pelo seu rival na Curva do Lisboa. Assim na frente, Hickman impôs um ritmo forte, cimentando uma vantagem confortável até ao final da prova. No final da prova Hickman disse estar a sentir algo “absolutamente fantástico”.

“Esta é a minha segunda vez em Macau. Eu não corria em estrada há muito tempo. Todos nós sabíamos desde os treinos e qualificações que o Jessopp era muito forte, e o andamento que ele tinha comparado com todos os outros parecia demais, para ser honesto. Estava com pneus Dunlop e o Jessop e o Rutter com diferentes, por isso sabíamos que íamos ser fortes na segunda metade da corrida, o que veio a acontecer”.

Rutter, que ao longo do fim-de-semana mostrou que está longe de estar acabado, falhou o objectivo de vencer pela oitava vez entre nós, mas levou a melhor a luta pelo terceiro posto sobre Gary Johnson, Ian Hutchinson e o par da Honda Racing John McGuinness e Conor Cummins, ficando em terceiro.

Hutchinson chegou a rodar em terceiro, mas acabou por destruir os pneus, descendo para sexto. McGuiness e Johnson foram o quarto e quinto classificado, respectivamente, isto depois do veterano piloto da Honda ter ultrapassado o seu adversário, com uma manobra arriscada, na Curva D. Maria.

O vencedor do ano passado, Stuart Easton, que este ano teve uma passagem muito discreta pela RAEM, desistiu com problemas técnicos na sua Yamaha a cinco voltas do fim. Ao contrário dos treinos acidentados, na tarde de sábado assistiram-se a 12 voltas sem grandes sobressaltos.

Portugueses cumpriram

(Foto de Kelsey Wilhelm)
(Foto de Kelsey Wilhelm)
Os dois portugueses em prova não desapontaram e rodaram no fim-de-semana nas posições esperadas para o material que têm à disposição. André Pires, em Yamaha, terminou na 20ª posição, subindo três posições ao longo da prova.

(Foto de Kelsey Wilhelm)
(Foto de Kelsey Wilhelm)
“Não podemos comparar o nível dos da frente. Eles têm motos de fábrica, Superbikes. Nós viemos com a mota que habitualmente usamos no campeonato nacional”, frisou, “satisfeito”. Nuno Caetano, a contas com dores de uma recente operação a uma clavícula que ao longo da semana o impossibilitou de conseguir fazer várias voltas consecutivas, muito fez para chegar até à corrida. Na sua quinta visita à RAEM, a Kawasaki de Caetano parou ainda na primeira volta, pois o motociclista luso “não estava em condições” de continuar. Caetano reconheceu que foi “frustrante”, mas considerou que fez “mais do que aquilo que esperava”. Uma última nota para o 15º posto obtido pelo sul-africano Allann-Jon Venter, com uma Honda da CF Racing Team 32, equipa liderada pelo ex-piloto local João Fernandes.

O que disse… McGuiness

“Fui rápido no início, conheço a pista e a mota, mas os outros apanharam-me. Não estou muito desapontado, gostava de ficar no pódio, mas estou feliz por ter acabado. Sou velho já! Volto, esta vez foi a 18ª participação e quero fazer 20 e depois talvez reformar-me. Mas gosto de Macau, gosto das pessoas e do ambiente aqui e fiquei feliz da forma como conduzi. Agora é relaxar e beber uma cerveja”

O que disse… Easton

“Foi um ano duro para nós, nova mota que nunca conduzi e estive lesionado durante quatro meses, este é o meu regresso. Estava enferrujado, mas consegui chegar ao sexto. Estou um pouco desapontado, mas quero voltar e vencer”

23 Nov 2015

CTM Taça de Carros de Turismo de Macau | Tetra de Poon

[dropcap style=’circle’]P[/dropcap]aul Poon e Samson Fung, dois veteranos das provas locais e amigos de longa data, levaram os dois Peugeot RCZ do Teamwork ao triunfo. Esta foi a quarta vitória do veterano piloto-empresário Poon, campeão da especialidade de Hong Kong, no Circuito da Guia. O piloto dominou os acontecimentos desta prova desde o primeiro dia, obtendo tempos que o permitiriam alinhar na Corrida da Guia. CTM_GCS
O ex-vencedor do defunto Troféu Hotel Fortuna, Chou Keng Kuan, foi o terceiro classificado e o melhor de Macau, beneficiando de um erro cometido por Andrew Lo a duas voltas para o fim. Três macaenses terminaram nos dez primeiros. Sem motor no seu Chevrolet para acompanhar os Peugeot nas rectas, Filipe Souza foi o quinto classificado, enquanto Célio Alves Dias foi oitavo e Jerónimo Badaraco nono, recuperando desde o 15º posto à partida.
Ainda no que respeita aos nomes portugueses participantes, Eurico de Jesus ficou em 17º lugar e Rui Valente ficou em 18º, Álvaro Mourato no 20º posto e Hélder Rosa em 21º.
A corrida foi marcada pelo violento acidente do Peugeot de Andy Yan. O campeão chinês de turismos vinha a rodar entre Poon e Fung quando bateu forte nos muros, o que obrigou a entrada do safety-car e uma ida do piloto de Hong Kong ao hospital, onde lhe foram diagnosticadas duas costelas partidas.

23 Nov 2015

Pilotos mais jovens têm entre 17 e 19 anos

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]inda têm cara de adolescentes, mas são autênticos homens adultos com carros na mão. Os mais jovens pilotos do Grande Prémio correm na Fórmula 3 e contam apenas 17 anos. Naquela que foi a 62ª edição do maior evento desportivo do território, não se deixaram levar pela experiência nas corridas ou o posto da idade. Impressionaram quem se sentou nas bancadas e quem sentiu mais de perto a emoção do fim-de-semana. São os putos da Guia, que fazem o circuito de mais de seis quilómetros em pouco menos de dois minutos. São, entre outros tantos, Sérgio Sette Câmara, Callum Ilott e Charles Leclerc.
“Quando tinha oito anos costumava ir à pista [de corridas] da minha cidade. Tive de experimentar. Depois, o meu pai comprou-me um kart e comecei aí”, conta-nos satisfeito Ilott.
Nascido no mês em que acontece o Grande Prémio, em 1998, o jovem britânico esmerou-se naquela que foi a sua estreia no território. Desde que começou no kart oferecido pelo pai, não parou os treinos, todas as noites depois da escola – elemento que não vem à mente quando pensamos em pilotos que correm num GP como este, mas que é, como numa vida normal de adolescente, um elemento constante.
“Gostava de dizer que a minha vida é correr, mas o meu pai – e a Red Bull (patrocinadora) querem que continue a ir à escola. Quando não estou a correr, estou na escola.”
O caso é semelhante com Sérgio Sette Câmara. O brasileiro de 17 anos chegou a Macau pela primeira vez directamente de Belo Horizonte. Mas não sem antes por um 3o lugar no Zandervoort Masters of F3. Começou a correr “bem cedo”, quando tinha apenas seis anos. O kart foi também a via para um F3.
“Comecei por brincadeira, como todos os pilotos. Depois, fomos começando a levar a coisa mais a sério, fiz algumas corridas de profissionais, comecei a correr na Europa e no ano passado fiz algumas corridas de F3. E agora Macau”, conta ao HM.

Callum Ilott (Fotografia de Kelsey Wilhelm)
Callum Ilott (Fotografia de Kelsey Wilhelm)

O circuito da Guia “dá um pouco de medo”, principalmente nas primeiras voltas. “Assusta. Especialmente no primeiro treino… ‘não posso errar? Como assim?’”, conta, rindo. “Acostumei-me e consegui adaptar-me bem, acho.”
Sette Câmara não tem uma vida adolescente “100% normal”, porque apesar de praticar um desporto com treinos “limitados” – já que não pode estar no carro todo o dia -, estar com amigos nem sempre é possível, ainda que o “ir à escola” tem de ser. “Gosto da minha vida, não é nada ruim. Gosto de correr.”
Charles Leclerc é um ano mais velho que Ilott e Sette Câmara. Vem do local onde existe um dos circuitos mais famosos do mundo – Monte Carlo, no Mónaco – e ficou em 4º lugar no FIA Formula 3 Championship este ano. Estreou-se também em Macau, onde conseguiu subir ao segundo lugar do pódio. Para ele, não houve nada a temer.
“O circuito não me assusta. Se tivermos medo, não conseguimos ser rápidos. Mas é uma pista espectacular, é muito raro ter uma pista de cidade como esta e o ambiente é espectacular”, atira o jovem, em conversa com o HM.
Charles Leclerc (Fotografia de Kelsey Wilhelm)
Charles Leclerc (Fotografia de Kelsey Wilhelm)

Ficámos a saber que corre desde os cinco anos, depois de, nesta idade, ter pregado uma peta ao pai: para não ir à escola disse sentir-se doente e acabou o dia a assistir a uma corrida com o pai e o melhor amigo dele. O pai do piloto Jules Bianchi, que tinha uma pista.
“Eles ensinaram-me tudo sobre o que é correr e eu disse que queria fazer isto quando fosse mais velho. E daí, corri em karts e, agora, em F3.”

A escola, os amigos e a Guia

Na lista dos pilotos mais novos sobressaem os nomes de outros jovens. O canadiano Lance Stroll é um deles, bem como George Russell, ambos com 17 anos, e Andy Chang, que chegou aos 19 o mês passado.
A família de Sette Câmara, diz-nos o piloto, é um dos seus mais fortes apoios, bem como o manager e a equipa restante. Se é difícil para a mãe e pai vê-lo a correr? “Eles já estão habituados” a que a sua vida seja atrás do volante. O brasileiro assegurou-nos que não se sente pressionado por estar a representar um país que venceu na Guia através de Ayrton Senna, mas a felicidade de correr aqui é um dos motivos que o faz querer regressar e vencer também.

Sérgio Sette Câmara (Fotografia de Kelsey Wilhelm)
Sérgio Sette Câmara (Fotografia de Kelsey Wilhelm)

O regresso ao Grande Prémio é desejo comum dos três jovens. Ilott, que se aventurou principalmente em campeonatos britânicos, chegou “bastante novo” aos internacionais e venceu a WSK Final Cup antes de por os pés na Guia, partilha o mesmo sentimento por Macau. E pelo rigor que o nosso circuito impõe.
“Não tenho medo do circuito, mas ele choca. Quando corremos a primeira vez é chocante, é tão rápido e tão estreito em alguns sítios. E é tão longo. Parecemos destinados a fazer asneiras em algum ponto. Mas adoro”, diz-nos.
A estreia na Guia foi prova de que conseguem fazer muito ao volante de um F3, apesar de juventude. A adrenalina com a corrida e até algumas experiências menos boas põe-lhes um sorriso na cara sempre que lhes perguntamos se vão voltar. “Com certeza.”

23 Nov 2015

Taça do Mundo de GT poderá mudar de formato

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]primeira edição da Taça do Mundo FIA de GT apresentou-se com um formato diferente do que era a Taça GT Macau até aqui, isto porque a corrida em si teve uma Corrida de Qualificação, realizada no sábado, que não existia, e a corrida a valer foi no domingo. Christian Schacht, presidente da Comissão de GT da FIA, esteve presente na RAEM este fim-de-semana e afirmou à imprensa internacional que o formato da prova ainda poderá sofrer alterações no futuro.
“Talvez um formato com dois pilotos por carro é algo que temos que considerar no futuro também, pois esse é o espírito das corridas de GT. Mas depois, a corrida terá que ser longa”, disse o responsável dos GT na federação internacional, que no entanto acrescentou que “em termos de comunicação, é melhor ter apenas um piloto como campeão do mundo.
É algo que teremos que falar no futuro”, disse apenas.
Apesar da FIA ter tentado um acordo a longo termo com Macau, após o território ter vencido o concurso lançado pelo Conselho Mundial da organização para a organização da provas, ambas as partes ainda terão que se sentar à mesa depois do evento deste fim-de-semana para discutir o futuro desta competição entre nós.

Macau Road Sport Challenge | Piloto local leva vitória

A primeira corrida do fim-de-semana teve um vencedor da casa. O piloto de Macau Leong Ian Veng, ao volante de um Mitsubishi Lancer EVO 9 de “outro campeonato”, confirmou o seu favoritismo, triunfando pela primeira vez na categoria que puxa pela criatividade dos preparadores locais de automóveis. Leong esteve intocável durante todo o fim-de-semana, acabando por levar a melhor na corrida de nove voltas – quatro delas atrás do safety-car – sobre o japonês Mitsuhiro Kinoshita, num Nissan GTR34 preparado na China continental.
O terceiro a subir ao pódio foi Billy Lo, piloto residente em Hong Kong mas que corre com licença desportiva de Macau e que tripulou um Mitsubishi Lancer EVO 7. Luciano Castilho Lameiras, o único piloto de matriz portuguesa em prova, foi o 12º classificado da geral. A prova ficou marcada pela violenta colisão nos primeiros metros da corrida entre Wong Wan Long, vencedor desta corrida em 2014, e Choi Kei Lei, com este último a demorar algum tempo até abandonar a sua viatura antes de ser transportado para o hospital para ser observado.

Suncity Lotus Celebrity Cup | Anónimos apagam estrelas

A corrida de celebridades com os dezasseis Lotus Elise que se qualificaram teve um pódio sem uma única celebridade, sendo composto por três pilotos que conseguiram comprar lugares na grelha de partida. Sin Ling Fung de Hong Kong venceu a corrida, seguido dos conterrâneos Vincent Chao e Kevin Liu. O actor Fong Lik Sun foi a primeira celebridade na lista, vendo a bandeira de xadrez no sétimo posto da geral.

Casinos discretos

Os mais atentos terão certamente reparado na presença muito mais discreta este ano das operadoras de jogo do território nos placares de publicidade no circuito na edição deste ano. As limitações de publicidade e a quebra de receitas são as justificações mais plausíveis para esta descrição. No entanto, a Comissão do Grande Prémio afirmou que terá reunido apoios na ordem daqueles obtidos o ano passado.

Polémico BOP

A maior reclamação dos pilotos da prova do GT ao longo do fim-de-semana foi certamente o BOP (balanço de performance), a fórmula que a FIA aplica em todas as corridas desta categoria para equilibrar o andamento de carros tão diferentes. Edoardo Mortara, Earl Bamber, Kevin Estre e Álvaro Parente foram alguns dos pilotos que se mostraram desagradados com os BOP aplicados nos seus carros.

Subaru TCR sem peças

Alain Menu teve uma curta passagem pelo Circuito da Guia, visto que logo na quinta-feira o motor do seu Subaru Impreza TCR cedeu. A equipa italiana Top-Run não trouxe nenhum motor sobressalente e a concessionária de Macau só vende o motor 2.5 turbo em vez do 2000cc. Como mandar vir um novo motor de Hong Kong demorava dois dias a chegar a Macau, a equipa desistiu da prova.

Yip Jr desinveste na Europa

Teddy Yip Jr voltou este ano a estar presente no Grande Prémio, onde a sua Theodore Racing apoiou novamente a Prema PowerTeam. Porém, o sobrinho de Stanley Ho reduziu a sua operação europeia. Em 2016, a Status Grand Prix, abandonará a GP3 Series, categoria rival à Fórmula 3, para se concentrar na GP2 Series, a antecâmara da F1. Yip Jr comprou o ano passado a equipa de GP2 a Tony Fernandes, o patrão da Air Asia.

80 mil assistiram

Cerca de 80 mil pessoas assistiram das bancadas ao GP. Nos dias de treinos, somaram-se 22.500 pessoas na assistência, com os dias de corridas a fazerem 60 mil lugares serem ocupados

Taça da Corrida Chinesa | Finalmente Macau

Michael Ho, em representação da Associação Geral de Automóvel Macau-China (AAMC), venceu a segunda edição da Taça da Corrida Chinesa, naquele que foi também o primeiro triunfo da AAMC nesta competição em duas épocas. Cui Ye, a correr pela Federação do Desporto Automóvel da República Popular da China (FASC), e Lo Ka Chun, a representar a federação de Hong Kong, completaram o pódio. Hélder Assunção teve um sábado infeliz, não tendo o seu BAIC Motor Senova D70 completado uma volta sequer.

23 Nov 2015

Taça Intercontinental FIA de Fórmula 3 | Acidentes e emoção ao rubro. Vitória dupla para Rosenqvist

[dropcap style=’circle’]F[/dropcap]elix Rosenqvist igualou o recorde de Edoardo Mortara e tornou-se ontem o segundo piloto a vencer por duas ocasiões a Taça Intercontinental FIA de Fórmula 3. O sueco teve um fim-de-semana imaculado em Macau, dominando os dois treinos de qualificação, para além de ter triunfado na Corrida de Qualificação de sábado, apesar desta vitória decisiva ter acontecido na secretaria.
O piloto da Prema Powerteam viu-se surpreendido por Charles Leclerc, que é por agora provavelmente mais conhecido pela cadeia de supermercados da família que pelas suas proezas em pista, na travagem para o Lisboa.
O piloto do Mónaco surpreendeu e tonrou a corrida emocionante, já que estava decidido a obrigar Rosenqvist a um esforço suplementar. Depois do nórdico ter recuperado a primeira posição no Reservatório, Leclerc voltou a ultrapassá-lo no Lisboa. 62ndMacauGP_Sun_F3055 A corrida viria a ser interrompida à segunda volta, devido a um acidente na Curva dos Pescadores que deixou de fora Gustavo Menezes, Ryan Tveter e Mitsunori Takaboshi. No recomeço, Rosenqvist, que este fim-de-semana vestiu a camisola da Theodore Racing, não se deixou surpreender e Leclerc viu-se superado por Sam MacLeod. Leclerc só voltou ao segundo posto na sétima volta, enquanto que o escocês viria às boxes com problemas no seu monolugar, após um ligeiro toque no Ramal dos Mouros, regressando já no final para efectuar a melhor volta, mas para um mero 20º lugar.
“Quando cheguei à curva, o carro escorregou completamente. Acho que havia cimento, óleo ou alguma porcaria na estrada. Não sei. Infelizmente bati contra a parede e parti o volante. Depois disso, mudei o volante e voltei mas já era tarde. Estou desiludido porque poderíamos ter dado cartas, com a posição em que estávamos”, frisou ao HM.
Com Leclerc mais preocupado em segurar o segundo posto, Rosenqvist teve uma segunda parte de corrida tranquila rumo ao triunfo. Alexander Sims foi o terceiro classificado, usando a sua experiência para subir ao último lugar do pódio, apesar de ter terminado com Antonio Giovinazzi na sua traseira. O italiano da Carlin, que venceu em pista a Corrida de Qualificação, subiu seis posições ao longo da corrida.
O único lusófono em pista, o brasileiro Sérgio Sette Câmara, era quinto quando o que o jovem terá tido uma disputa com dois outros carros, ao que o HM apurou, que o obrigou a ir às boxes por o que terá sido um furo no carro, terminando no último lugar da corrida.
O espanhol Dani Juncadella não alinhou na corrida de domingo, porque a monocoque do Dallara-Mercedes da Fortec Motorsport ficou comprometida no acidente de sábado.

O que disse… Rosenqvist ao HM

Rosenqvist disse que poderia conduzir em GT no próximo ano (Foto de Kelsey Wilhelm)
Rosenqvist disse que poderia conduzir em GT no próximo ano (Foto de Kelsey Wilhelm)
“É um sentimento especial vencer duas vezes seguidas. Só um piloto fez isso antes de mim. Rosenqvist disse que poderia conduzir em GT no próximo ano (Foto de Kelsey Wilhelm)[/caption]A corrida de hoje foi muito boa e tivemos a boa estratégia, defendi a minha posição”, frisou, dizendo que não sentiu que a corrida tinha sido mais competitiva do que no ano anterior. “Este ano tive de mais para cosnseguir, mas isso é sempre bom e nunca é fácil vencer aqui. Foi algo que me fez provar a mim mesmo que eu consegui. É a melhor demonstração de que merecemos, quando vencemos duas vezes.” Depois de ter vencido a Taça Intercontinental de F3 pela segunda vez, o sueco admitiu ao HM que poderia regressar à Guia para uma outra prova. “Não acho que vou voltar em Fórmula 3, mas em GT talvez. Nunca se sabe.”

Andy Chang cumpriu

Andy Chan (Foto de Kelsey Wilhelm)
Andy Chan (Foto de Kelsey Wilhelm)
Antes do início do fim-de-semana Andy Chang Wing Chung apontava um lugar no “Top-10” como o ideal, mas sabia que se não terminasse dentro dos vinte primeiros a continuidade no desporto motorizado poderia estar seriamente comprometida. O piloto do território, tal como já acontecia nas provas de karting no Kartódromo de Coloane, voltou a dar-se bem com os ares da casa. Apesar de nunca ter andamento para os dez primeiros, ao longo do fim-de-semana, o jovem teve rasgos de competitividade terminando a corrida de domingo no 14º lugar, depois de partir do 18º lugar, superando muitos dos seus habituais adversários no europeu da especialidade. “Sinto-me bem, cumpri o objectivo dos top15. Estou feliz. Volto para o próximo ano. É difícil ter carro para os primeiros dez, mas tentamos sempre”, disse ao HM.

Sábado polémico

A primeira volta da Corrida de Qualificação de sábado acabou por ser um momento determinante no decorrer da prova de Fórmula 3. Isto porque Dani Juncadella e Antonio Giovinazzi colidiram entre o Lisboa e a subida para São Francisco, com o espanhol, que se tinha qualificado em segundo, a terminar a sua corrida nos muros. O italiano da Carlin, que partiu de terceiro no sábado, ultrapassou Rosenqvist e acabou mesmo por vencer a corrida em pista. Contudo, os Comissários Desportivos aplicaram-lhe uma penalização pela manobra que causou o acidente e que retirou de prova o vencedor do Grande Prémio de Macau de 2012, atirando-o para o 10º lugar final. Esta decisão polémica, pois pelas imagens televisivas é difícil culpar Giovinazzi pelo acidente, fez correr muita tinta na imprensa inglesa que não foi meiga com a decisão dos Comissários Desportivos. Estes, em vez de esperarem pelas imagens de vídeo do carro do piloto transalpino ou ouvirem a versão dos factos apresentada por Giovinazzi, como é habitual, mas não obrigatório nestas situações, tomaram a decisão no momento, não dando hipóteses à equipa Carlin de apelar.

Portugueses em provas não será para breve

Após praticamente uma década e meia representado na Taça Intercontinental FIA de Fórmula 3, Portugal voltou este ano a não ter nenhum piloto presente na prova, algo que não deverá mudar nos anos mais próximos. “Actualmente não existe nenhum piloto português a competir em Formulas de iniciação com resultados de destaque, por isso não vejo a possibilidade de termos algum piloto português a participar em Macau na F3 nos próximos dois anos”, disse ao HM Nuno Pinto, fundador da WinWay – Intensive Driver Development Program, uma empresa portuguesa de gestão e treino de pilotos com vários sucessos além-fronteiras.
O também ex-piloto relembra que nos últimos 15 anos Portugal obteve “primeiro a vitória do André Couto e depois a do António Félix da Costa, em 2012, um feito único para o desporto automóvel português”. A crise que atravessa Portugal e a falta de aposta na formação jogam contra a internacionalização dos jovens lusos e só um cenário radical poderá eventualmente mudar o actual panorama pouco animador.
“É uma pena que a BMW não tenha motores na F3 pois assim talvez pudéssemos ter novamente a presença do António [Félix da Costa] em Macau para também ele tentar alcançar uma segunda vitória numa prova que acredito que é uma das suas preferidas”, refere Pinto.

23 Nov 2015

TCR pode ser possível para os locais no próximo ano

[dropcap style=’circle’]F[/dropcap]O conceito TCR para as corridas de carros de turismo teve uma estreia auspiciosa em Macau, com a audiência a esquecer depressa a saída do WTCC da Corrida da Guia. Com um custo a rondar os cem mil euros por viatura, estes carros de turismo equipados com motores 2.0 turbo estão a tornar-se uma força viva no automobilismo mundial, com vários campeonatos nacionais e regionais a adoptarem a regulamentação lançada apenas este ano por Marcello Lotti, o antigo patrão do WTCC.
Portugal, Itália, Alemanha e o Benelux vão avançar já com os seus campeonatos no próximo ano. Na Ásia, a Tailândia já aderiu e a República Popular da China poderá ser a seguinte, sendo que no caso chinês os carros do TCR serão integrados dentro de uma das três actuais categorias do Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC). 2015_TCR_International_Series_Malaysia_Race_1_start
Por agora, a Associação Geral de Automóvel de Macau-China (AAMC) terá eventualmente recusado esta aposta a curto prazo, mantendo a regulamentação 1.6 litros turbo vigente na sua categoria rainha, a “AAMC Challenge”, o que tem sido alvo de críticas de vários pilotos, dada a impossibilidade de usar estas viaturas fora dos campeonatos especialidade de Macau e Hong Kong, para além dos custos que têm subido em flecha.
Por seu lado, segundo fonte bem posicionada junto da Associação Automóvel de Hong Kong (HKAA), a aceitação das viaturas 2.0 litros turbo do TCR no campeonato de turismo do território em 2016 está ser ponderada, havendo a hipótese destes carros serem colocados numa das já existentes classes.
SEAT, Honda, Volkswagen, Ford, Subaru, Opel e Alfa Romeo já aderiram a este novo conceito, sendo que a KIA, Peugeot e Audi poderão juntar-se no futuro.

23 Nov 2015

À conversa com…Nuno Pinto

“Rosenqvist e Juncadella não têm nada a provar, tanto em Macau como na F3”
O português Nuno Pinto, fundador da WinWay – Intensive Driver Development Program, é um dos treinadores de piloto da Prema Powerteam e tem a particularidade de ter trabalhado de perto com os dois ex-vencedores do GP Macau F3 que estarão novamente prova este fim-de-semana, Felix Rosenqvist e Dani Juncadella

Tanto o Rosenqvist, como o Juncadella venceram a prova de F3 em Macau. Ao voltarem este ano, não têm mais a perder que a ganhar?
É verdade que os dois já não têm nada a provar tanto em Macau como na F3, mas a verdade é que ambos voltam principalmente pela paixão que têm por esta prova e pela vontade de voltar a competir naquele que é o seu circuito e evento preferido. Claro que em termos de carreira não existe muito para ganhar, mas é bom perceber que alguns pilotos ainda correm pelo simples prazer de conduzir num dos circuitos mais desafiantes para um piloto e não deixa de ser um aliciante suplementar o facto de poderem tentar igualar o feito do Mortara. Para além disto, o Felix é o único piloto da Prema com experiência prévia de Macau e desde o início do acordo com a equipa que estava previsto que ele ia participar novamente na prova para servir de referência aos novos pilotos.

O Rosenqvist é mesmo o piloto a bater este fim-de-semana?
Sim, o Felix é o claro favorito para esta prova uma vez que é o piloto mais experiente do pelotão da F3 e vem de uma época em que finalmente conseguiu o seu grande objectivo de vencer o campeonato FIA F3, tendo demonstrado ser também o piloto mais rápido ao longo de todo o ano. Depois de cinco temporadas na F3, onde foi sempre rápido mas pouco regular de forma a poder lutar pelo campeonato, a verdade é que desde que ingressou na Prema, que tem sido a equipa a bater na F3. O Rosenqvist ganhou nova motivação e confiança e dominou totalmente os adversários, não tendo assegurado o título com maior antecedência apenas porque foi vítima de alguns infortúnios e incidentes causados por outros pilotos na primeira metade da temporada. Penso que ele chega agora a Macau ainda mais motivado para fechar com chave de ouro um ano memorável na sua carreira.

O que fez o Juncadella voltar a Macau, sabendo à partida que, devido ao facto de ter estado afastado das provas de monolugares nos últimos anos, pode pecar por falta de ritmo?
O Dani, depois de ter ganho em Macau em 2011, ter vencido o Masters de F3 e o Campeonato FIA F3 em 2012, tornou-se piloto profissional no DTM com a Mercedes e foi ainda 3º piloto da Force India na F1 em 2014, mas nunca deixou de afirmar que o GP de Macau tinha sido o momento mais especial da sua carreira e que desejava voltar a competir aqui. Tem nos últimos anos tentado regressar, mas devido a compromissos no DTM ou na F1 não foi possível. Este ano desde o início que sabia que não haveria coincidências de calendário e esteve o ano inteiro a “chatear”, passe a expressão, os responsáveis da Mercedes para correr na prova dos GT. Essa participação esteve perto de acontecer mas no final a marca propôs que ele competisse antes na F3 uma vez que duas das equipas Mercedes iriam alinhar apenas com pilotos “rookies” em Macau. Quando surgiu esta possibilidade, ele não hesitou e volta não só para representar a marca mas também para cumprir o sonho de voltar a correr em Macau. Claro que não vai ser fácil e falta-lhe ritmo de F3 mas o trabalho que fez na F1 nos últimos anos permitiu-lhe não estar três temporadas sem pilotar um monolugar. Ele rodou um dia com o F3 da Fortec em Silverstone antes dos carros partirem para Macau e participou na última corrida do EuroOpen F3 em Barcelona, o que não é suficiente para estar ao nível dos pilotos que competiram toda a temporada com estes monolugares. Mas a motivação do piloto está em alta e pode ser que consiga fazer alguma surpresa e dê trabalho aos favoritos.

20 Nov 2015

Taça Intercontinental FIA de Fórmula 3

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] Prema Powerteam de hoje não é a mesma equipa que André Couto correu de 1995 a 1998 de F3 em Macau. Hoje, a equipa da família Rosin, fundada nos anos oitenta do século passado como Prema Racing, está ainda mais forte. O investimento encapotado do empresário canadiano multi-milionário Lawrence Stroll, pai do seu piloto Lance Stroll, trouxe outra estabilidade e possibilidades de ir mais além, como investir em desenvolvimento e contratar este ano o “veterano” Felix Rosenqvist.

Na sua quinta tentativa, o sueco venceu o europeu da especialidade, dando o quinto título consecutivo aos milaneses. Este ano, Rosenqvist vai tentar repetir o feito do ano passado e igualar o recorde de duas vitórias de Edoardo Mortara. Ao mesmo tempo o piloto nórdico continuará a servir de “tutor” dos seus companheiros de equipa Jake Dennis e Stroll, este último piloto da academia de pilotos da Ferrari e que para o ano poderá ter uma posição na Williams F1 Team.

Rosenqvist admite o estatuto de favorito este ano, até porque a equipa transalpina goza de uma relação privilegia com a HWA Mercedes, mas também diz “que só é possível vencer em Macau com um pouco de sorte”.

Como nos últimos três anos, a equipa italiana veste o traje da SJM Theodore Racing, trazendo à memória a antiga equipa do saudoso Teddy Yip, agora com o seu filho, Teddy Yip Jr, ao leme.

“O René fornece-nos consistentemente os carros melhores preparados da grelha de partida e a nossa longa relação com a SJM assegura que a Theodore Racing esteja sempre na frente do clamor e excitação deste carnaval conhecido mundialmente da cidade”.

Sob a bandeira da SJM Theodore Racing, a Prema Powerteam venceu esta corrida em 2013 com o inglês Alex Lynn. Mas enganam-se todos aqueles que pensem que esta vai ser uma caminhada fácil para o sueco.

Antonio Giovinazzi será o ponta-de-lança da equipa Carlin, a poderosa formação britânica que conta com motores VW e que ajudou Félix da Costa a vencer aqui em 2012. O italiano venceu o Masters de Fórmula 3 em Zandvoort e foi o maior adversário de Rosenqvist ao longo do ano.

“Macau é sempre Macau, nunca sabes o que pode acontecer. Saímos do Reino Unido 100% preparados para vencer. Veremos o que conseguiremos no domingo”, diz o simpático piloto que hoje está na esfera da Audi.

Devido às medidas de contenção de custos impostas pela FIA, os carros são os mesmos: Dallara F312, iguais para todos, mas com motores diferentes – Mercedes-Benz, VW, Toyota, e Tomei. Se é da Europa que chegam a maior parte das equipas, do Japão aterra como é hábito em Macau uma equipa que todos respeitam. A Tom’s voltará a trazer os seus monolugares equipados com os badalados super-motores Toyota, este ano entregues ao campeão e vice-campeão japoneses, Nick Cassidy e Kenta Yamashita. Destaque igualmente para o regresso de Daniel Juncadella, o vencedor da edição de 2011, que aproveitou a vaga causada pela desistência do neto de Emerson Fittipaldi. O espanhol que tem estado empenhado no DTM só fez uma corrida de F3 este ano, mas como diz o povo, “quem sabe, nunca esquece…”

O que esperar:

Tudo o que não seja um triunfo de Rosenqvist será uma surpresa. Contudo, o Circuito da Guia é dado a surpresas e Giovinazzi já mostrou que ombrear o rival sueco em condições normais. O campeão japonês Nick Cassidy foi a revelação da corrida de 2014 e num evento onde a sorte conta mesmo, ninguém poderá ignorar a experiência de Juncadella ou Sims.

Correr pela sobrevivência

A incompreensível política de atribuição subsídios para as provas internacionais pode fazer este fim-de-semana várias vítimas, mas esta pode ser a mais pesada, pois trata-se do único piloto da RAEM com menos de 20 anos e com uma carreira internacional já lançada. Visto que é o único representante de Macau na corrida, Andy Chang Wing Chung terá que terminar nos “70% dos melhores resultados na classificação final” na corrida de domingo se quiser estar habilitado a receber o precioso “subsídio a pilotos locais participantes nas corridas no exterior em 2016”, isto, segundo o regulamento publicado em Julho passado. A estudar em Inglaterra e sem apoios para mais, Chang fez apenas cinco eventos do Campeonato da Europa FIA de Fórmula 3, tendo terminado no 18º posto em três ocasiões nas catorze corridas que completou. Para conseguir o seu objectivo primordial, Chang irá tripular um Dallara-Mercedes da equipa inglesa Fortec Motorsport, equipa que desapontou ligeiramente esta temporada, e espera “um lugar nos dez primeiros seria fantástico, mas não será fácil de obter porque a concorrência é muitíssimo forte este ano”. O ano passado Chang terminou no 19º lugar, um resultado que este ano “caía quem nem uma luva”.

20 Nov 2015

Arranca primeiro dia, numa quinta-feira à maneira

Com Joana Freitas

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]manhã as coisas são mais a sério, mas o dia de ontem não deixou de ser marcante por diversos aspectos no Grande Prémio de Macau. O dia foi de treinos-livres e cronometrados e foi também o dia das primeiras alegrias e desilusões. Como em todas as quinta-feiras de GP, o, pouco se decide, pois o fim-de-semana é longo e ainda há três dias pela frente. Mas, além deste ser o dia perfeito para tirar a temperatura do que será o fim-de-semana que aí vem, alguns casos mudaram de figura e apresentam intrigantes eventuais mudanças.

Rosenqvist na F3 e McGuiness nas motas

O sueco que venceu na prova rainha do ano passado, Felix Rosenqvist, conseguiu ontem a pole-position provisória para a corrida de qualificação de F3 no sábado. Mas, se Rosenqvist já conhece bem o Circuito da Guia, o mesmo não se pode dizer de Calum Ilott, estreante no circuito que conseguiu ser o segundo mais rápido, ficando a mais de oito décimas do sueco, que conseguiu percorrer a Guia em 2m11s841ms, depois de conseguir descer por duas vezes o tempo.
Ilott, que tem apenas 17 anos, correu bem perto de Rosenqvist e deixou-se seguir por Antonio Giovanazzi, Sam McLeod e Daniel Juncadella, outro ex-vencedor da F3 em Macau. O piloto de Macau Andy Chang foi o último na sessão, muito devido aos problemas de caixa-de-velocidades no seu Dallara-Mercedes. Ao contrário do habitual, a corrida foi calma e sem interrupções. Mas sábado é que é a doer, já que é aqui que se decidem os lugares definitivos na grelha.
Nas duas rodas, assistiu-se à surpreendente performance do veterano John McGuiness, que deixou atrás de si Michael Rutter e Martin Jessopp. McGuiness fez um tempo de 2m27s246ms, deixando o veterano Rutter muito, muito aborrecido. Easton surpreendeu, mas pela negativa, já que o piloto – titular do melhor tempo de sempre na Guia em motos – ficou-se pelo 15º lugar. Aspecto negativo foi ainda a queda aparatosa do estreante Russ Mountford, britânico, que teve de ser hospitalizado. Não corre risco de vida, mas não se sabe qual a condição em que se encontra.
Os representantes da lusofonia, Nuno Caetano, que chegou a Macau lesionado, e André Pires, foram o 24º e o 29º na corrida que promete ser, como sempre, uma das mais emocionantes de amanhã.

Ávila e Couto em bom plano

Os dois pilotos portugueses do território, André Couto e Rodolfo Ávila, estiveram em bom plano, tanto na Taça FIA de GT, como na Corrida da Guia. No que respeita aos carros de Grande Turismo, a Mercedes-Benz colocou os seus dois automóveis nas duas primeiras posições, com Renger van der Zande a superar Maro Engel por apenas duas décimas.
Eduardo Mortara e o seu novo Audi foram terceiros. Ainda na Taça do Mundo FIA de GT, André Couto foi o melhor dos Mclaren, batendo o compatriota Álvaro Parente, como o francês Kevin Estre. Parente ainda conseguiu estar mais rápido que Couto, mas o piloto da casa, que ainda se está a adaptar ao carro inglês, ficou a 2.5 segundos da marca do melhor Benz. Foi o sétimo da geral, mas as esperanãs continuam altas para a corrida que aí vem. Nos acidentados treinos da Corrida da Guia, Rob Huff pulverizou a concorrência, com o seu Honda a rodar em tempos impossíveis de acompanhar pelo resto do pelotão do TCR internacional ou asiático. Henry Ho, também em Honda, foi o melhor piloto local, tendo sido o quinto da geral, três décimas à frente de Rodolfo Ávila, que lamentou as dificuldades que os SEAT têm em acompanhar os carros nipónicos nas zonas sinuosas do traçado do território.

Macau domina na Road Sport e Taça Chinesa

A RAEM dominou os acontecimentos na Macau Road Sport, com cinco representantes no Top-5, liderados por Leong Ian Veng. Na Taça CTM, Paul Poon, veterano piloto de Hong Kong, foi o mais lesto. Entre os pilotos da casa, Chao Chong In foi o quarto da geral, tendo Filipe Souza obtido um motivante quinto “crono” e Célio Alves Dias o sétimo. Na Taça da Corrida Chinesa, Michael Ho fez o melhor tempo com o BAIC da AAMC, enquanto Helder Assunção posicionou o carro na 6ª posição. Mas, como lá diz o povo: “o primeiro milho é para os pardais…” e muito mais há a acontecer.
As corridas continuam hoje e as emoções, essas, nem se fala.

20 Nov 2015

Guia é o melhor circuito do mundo – ao volante com André Couto

[dropcap style=’circle’]”C[/dropcap]ada piloto que correu em Macau diz que a Guia é o melhor circuito do mundo”, assim refere André Couto, vencedor no ano 2000 do Grande Prémio de Macau de F3 e o mais acarinhado piloto da população de Macau afecta ao automobilismo pois, foi o único residente a vencer esta prova no Circuito da Guia. Quem concorda plenamente com André Couto é Edoardo Mortara, que adita ter já corrido nos mais famosos circuitos do mundo como o Mónaco, Monza e SPA, mas para ele esta é a melhor pista do mundo. E continuando com o primeiro piloto a vencer por duas vezes a fórmula 3 do G.P. de Macau e que desde 2009 tem a volta mais rápida ao circuito com 2 minutos 10,732 segundo: “nenhum piloto chega a Macau com melhor conhecimento do circuito que os outros pois, facilmente pode ser apanhado desprevenido por troços de estrada refeitos.”
O desafio é grande na preparação de um carro para conduzir num circuito urbano misto, de zonas rápidas e planas, com outras lentas, a contornar as encostas de montes. Segundo André Couto, o Circuito da Guia tem duas partes distintas: “as zonas sinuosas das colinas e as zonas baixas de alta velocidade” e “em Macau é fundamental ter um bom motor uma vez que as altas velocidades são muito importantes e na zona das subidas (na secção superior) foi onde ganhei parte do tempo.”
Com uma enorme experiência no desporto automóvel, André Couto, nascido em Lisboa a 14 de Dezembro de 1976, veio de Portugal com a família e chegou a Macau com quatro anos. Tendo começado no karting, onde se sagrou campeão nas Filipinas em 1994, foi no ano seguinte correr para a Europa na fórmula Opel Lotus, competição realizada com carros iguais onde, no circuito de SPA-Francorchamps na Bélgica, em equipa com Manuel Girão, venceu a Taça das Nações. Em 1996 estava já no campeonato alemão de F3, seguindo para o italiano no ano seguinte. Participou por seis vezes no Grande Prémio de Macau de F3, onde venceu no ano de 2000, tornando-se o primeiro campeão local da História. Venceu ainda os 1000 km de Suzuka em 2005 e este ano, 2015, sagrou-se campeão no Japão da série Super GT.

Dia de treinos e de qualificações

Chegados à sexta-feira, o circuito traçado pelas ruas e avenidas da cidade fecha ao trânsito às seis da manhã para se realizar a limpeza total e a vistoria das vias usadas nas corridas. Sem ter terminar o mês de Outubro, já partes do traçado fora asfaltado e colocadas a maioria das barreiras metálicas ao longo da pista. Esse trabalho, que chegou a ser feito à noite, é actualmente realizado durante o dia para não incomodar o sono dos residentes. Deixam-se para serem fechadas nos dias que precedem o Grande Prémio as entradas de ruas importantes para o quotidiano trânsito, tal como a colocação das pilhas de pneus e os longos cilindros feitos de rota de protecção às curvas mais perigosas, assim como a montagem da passagem superior para peões em frente à Curva de S. Francisco.
Desde que o Grande Prémio de Macau começou, o circuito manteve-se sempre o mesmo percurso, apenas com poucas transformações. Aqui deixamos a descrição do traçado apresentado do 1.º Grande Prémio de Macau. Com partida do Porto Exterior, frente à Ponte 2 da Capitania dos Portos, seguindo pela Estrada de S. Francisco, Estrada dos Parses, Cacilhas, Ramal dos Mouros, D. Maria, Rua dos Pescadores, Macau-Seac, vindo a acabar na Avenida Oliveira Salazar, no ponto da partida. Esta fidelidade a um traçado romântico de tempos antigos, que desperta uma emoção inigualável e apenas tem comparação com o do Mónaco, traz o fascínio a pilotos e equipas.

Uma volta com André Couto

Devido à enorme experiência de André Couto no Circuito da Guia, tanto na condução de um F3, como em Carros de Turismo, onde vem correr todos os anos, aproveitamos aqui para, usando as suas palavras registadas num placard que encontramos no edifício do Grande Prémio durante as provas de 2013, nos servir como condutor cicerone e dar uma volta ao circuito.
Saindo da zona do ‘pit lane’, as máquinas aproveitando a parte plana e rápida do circuito vão acelerando pois a curva do Mandarim é suave e não traz grandes problemas. Segundo André Couto:

“A Curva do Mandarim Oriental para os F3 é fácil podendo inclusivamente passar dois carros ao mesmo tempo. Mas com os Carros de Turismo é a curva mais difícil do circuito. Chega-se em sexta velocidade, com estabilidade e a cerca de 240 km/h, é preciso travar para reduzir um pouco a velocidade e aumentar o peso na frente da viatura, para ter um bom controlo na curva. Não é preciso reduzir. Não é de forma alguma plana para carros de Turismo e tem de se travar um pouco antes de virar, caso contrário, perde-se o controlo. O carro foge com facilidade, sendo empurrado para fora. Quando se sai, o carro passa realmente muito perto do muro.”

Ganhando cada vez mais velocidade e já de frente para o Hotel Lisboa, aparece a apertada curva e as travagens nos limites, deixam as marcas dos pneus no asfalto. A bancada, nessa curva de ângulo recto, permite aos espectadores delirarem com a visão do espectáculo e não há prova alguma em que não haja emoção. Impressionante é o trabalho rápido com que a pista é desimpedida e limpa, muitas vezes permitindo não interromper a corrida.

“A famosa Curva do Lisboa é uma curva com 90° e chega-se lá a alta velocidade. Entre a linha de Partida/Chegada e o Lisboa são cerca de trinta segundos em F3 com rotação máxima, o que é muito importante para o motor. É um pouco menos rápido em Carros de Turismo, pois é preciso usar o travão no Mandarim. Reduz-se da velocidade máxima para segunda, fazendo uma travagem brusca.”

A pista afunila na pequena recta da Avenida de Lopo Sarmento de Carvalho e com a Curva de S. Francisco, semelhante à anterior, entra-se para a zona montanhosa, que engloba três das sete colinas da cidade.

“Depois é necessário engrenar a terceira velocidade para fazer a Curva de São Francisco. É importante ir o mais rápido possível para nos mantermos em altas rotações até à colina. Pode realmente ganhar-se tempo, se se estiver empenhado e acelerar ao máximo.”

A Estrada de S. Francisco começa na confluência entre a Avenida do Dr. Rodrigo Rodrigues e a Rua da Praia Grande, em frente das avenidas de Lisboa e de Lopo Sarmento de Carvalho, e termina na Estrada dos Parses.
Subindo a encosta pela Estrada de S. Francisco, após passar entre o Miradouro de Nossa Senhora da Saúde, à direita, e o edifício do Hospital de S. Januário, esta muda de nome e fica a ser a Estrada dos Parses. Como continuação da Estrada de S. Francisco, a Estrada dos Parses termina em frente da Estrada do Engenheiro Trigo, entre a Calçada da Vitória e a Estrada de Cacilhas. Com outra curva de 90 graus, conhecida pela Curva da Maternidade, entra na Estrada de Cacilhas, onde está o miradouro de Nossa Senhora do Mar, onde se entra no Monte da Guia pela vertente Sueste.

“Antes da Curva da Maternidade, está-se a cerca de 200 km/h, muito rápido e na quinta velocidade. No momento em que se tem de pôr o pé nos travões, está-se no cume de uma elevação e o carro no ar. É uma zona de travagem muito difícil, onde é fácil perder controlo do carro e cometer um erro. Na Curva da Maternidade tem de se reduzir para segunda para as curvas mais lentas, normalmente mais propícias para desvios de direcção.”

Começa aí a Estrada de Cacilhas, que já foi conhecida pelo nome de Estrada da Solidão, por haver na margem esquerda da via uma fonte com esse nome, tendo esta três curvas rápidas conhecidas pelos esses da Solidão.

“Depois, a descida em direcção aos esses da Solidão. Há três curvas muito interessantes em terceira, com um grande muro mesmo ali. Muito agradável para conduzir. É difícil, mas o piloto pode aqui fazer a diferença. Aceleramos à saída em terceira e seguimos para a próxima curva na mesma velocidade, rápido à entrada e saída. Na saída da curva, não se deve ficar muito longe da parede, pois estamos a ir para a parte mais acelerada da colina.”

A ligar o Monte da Guia e a Colina de D. Maria II está o Ramal dos Mouros e a meio desta rua, cortando outra vez para a direita, passa-se para a Estrada de D. Maria II, que contorna a colina com a curva com o nome de uma Rainha de Portugal, D. Maria da Glória, que reinou entre 1834 até 1853 com o cognome A Educadora.

“A abordagem da Curva Dona Maria, a descer chega-se a uma velocidade de 200 km/h, pisa-se os travões e reduz-se para a segunda velocidade. Se travarmos muito tarde, vamos definitivamente em frente e batemos. Nesta zona tem de se fazer tudo mais cedo do que se pensa que é possível, antes de se abordar o pequeno salto. Se reduzimos ou travamos tarde de mais, uma vez que o carro está no ar, não se consegue fazer mais nada.”

Chega-se à parte mais estreita e lenta do circuito, o gancho, que numa rotação de 180 graus, dá entrada para a Rua dos Pescadores, para de novo chegar à parte rápida do circuito, construído sobre o aterro do Porto Exterior.

“Então chegamos à Curva do Gancho MELCO. Não é muito difícil, mas é uma viragem muito técnica. Chega-se muito rápido e tem de se reduzir rapidamente para primeira. À entrada da curva, todos os carros fazem mais ou menos o mesmo. Mas à saída, assim que podemos, aceleramos ao máximo para atingirmos maior velocidade. Pode-se ganhar ou perder meio segundo entre a zona da Melco e a linha de partida/chegada. Vamos da primeira à quinta velocidade para, o mais rápido possível, se ter o máximo da potência à saída. O piloto precisa de pensar nas duas curvas, mas se o carro é veloz e nervosos, tudo será mais fácil. São rectas grandes e longas. Aqui há tempo para respirar novamente, já que se pode seguir a direito em quinta velocidade até aos Pescadores, onde entras em terceira e, usualmente, a pista tem muitos ressaltos.”

A Rua dos Pescadores em descida, após duas rápidas curvas, continua numa recta até à Curva R e daí, já na Avenida da Amizade chega-se à recta da meta.

“A saída dos Pescadores é importante para se ganhar mais velocidade de ponta até à curva, onde se chega na quinta velocidade e, à curva em terceira. A velocidade máxima da Curva R até ao Mandarim, no caso de Carros de Turismo (ou Curva do Lisboa em F3) depende muito da velocidade à saída daquela curva. Depois desse cotovelo, é tudo recta e, por isso, o carro e o piloto que sair dessa curva mais rápido pode atingir uma velocidade de ponta – consegue ser cinco quilómetros mais rápido.”

Com o segundo dia de treinos realizados, regressam os carros às boxes. Meia hora após a realização da última prova do dia, volta o trânsito da cidade a poder usar as ruas e avenidas do circuito.

20 Nov 2015

GP | Francisco Mora vem à descoberta do GP

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Francisco Mora

[dropcap style=’circle’]D[/dropcap]urante vários anos consecutivos Portugal esteve representado na Corrida da Guia do Grande Prémio de Macau pelo portuense Tiago Monteiro. Contudo, o Campeonato do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCC) rumou a outras paragens e com ele levou Monteiro. Mas, a bandeira da República Portuguesa continuará a estar presente na prova, dado que o jovem Francisco Mora fará a sua estreia no Circuito da Guia na prova rainha de carros de turismo do Sudeste Asiático.

O jovem português falou ao portal de automobilismo SportMotores.com pela primeira vez publicamente sobre esta sua participação na prova. O piloto de 19 anos disse que o objectivo principal passa por fazer duas boas corridas, sem erros.

“Sei que Macau é uma das pistas mais difíceis e exigentes do mundo onde cometer um erro é fácil. Tenho que estar muito concentrado pois não há escapatórias e o mais pequeno erro significa um acidente”, explicou. Sabendo que a concorrência é forte e tem nomes sonantes como Gianni Morbidelli, Rob Huff, Alain Menu ou o compatriota Rodolfo Ávila, Mora é cauteloso quando se trata de falar de resultados.

“Vamos ver como corre e onde terminamos, visto que esta será a primeira vez que vou correr [em Macau] e muitos dos meus adversários já lá andaram”, realçou.

O jovem da Maia participou este ano em algumas corridas do Campeonato de Itália de GT com um dos Mercedes da Sports & You, mas na segunda metade da temporada virou-se para o Campeonato Nacional de Velocidade, sendo o único inscrito na categoria de Turismos, aos comandos de um SEAT Léon TCR da Veloso Motorsport, sagrando-se sem grandes dificuldades campeão nacional da especialidade.

Antes disso, Mora também tinha alinhado nas duas corridas da TCR International Series no Autódromo Internacional do Algarve, com resultados expectativa dada a sua curta experiência ao volante deste tipo de viaturas. Mora está inscrito com um SEAT Léon TCR da Target Competition, fazendo equipa com Rafaël Galiana, Andrea Belicchi, Keith Chan, Jordi Oriola e Stefano Comini, o líder do Campeonato de Pilotos e que vai para a prova de Macau discutir o título da TCR International Series com Pepe Oriola e Jordi Gené. O piloto luso revelou também à mesma fonte que não irá ter qualquer oportunidade de testar pela equipa italiana antes da prova do Circuito da Guia.

Audi com baixa pesada

Entretanto a Audi sofreu uma baixa pesada. Lucas Vanthoor não marcará presença na Taça do Mundo FIA GT, devido às lesões que sofreu no acidente na prova de Misano do Blancpain Sprint Series. O piloto da Audi e quarto classificado na Taça GT Macau o ano transacto protagonizou um violento acidente na corrida italiana há um mês, tendo na altura lhe sido diagnosticado uma fractura numa perna e duas fracturas na anca. O belga esperava poder estar recuperado a tempo de participar na prova do território. Vanthoor foi submetido a exames pelos médicos da Audi na quarta-feira passada, tendo estes lhe negado a participação na corrida. “Os médicos da Audi disseram que se eu tivesse mais um acidente poderia magoar ainda mais a minha anca. Eu estava preparado para arriscar mas não fui autorizado e respeito a decisão”, escreveu Vanthoor na rede social Twitter. A marca de Ingolstadt, que estreia nas ruas de Macau o novo R8 LMS GT3, deverá nomeou o alemão René Rast, ex-vencedor das 24 horas de Spa-Francorchamps e 24 horas de Nurburgring, fazer parelha com Edoardo Mortara e Marchy Lee.

13 Nov 2015

GP | Dani Juncadella vai tentar repetir o feito de 2011 em F3

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] piloto espanhol do DTM, que triunfou em Macau com a Prema Powerteam em 2011, assinou com a Fortec Motorsport e vai substituir o brasileiro Pietro Fittipaldi, neto de Emerson Fittipaldi, que decidiu não se estrear no Circuito da Guia este ano. O acordo foi conseguido na segunda-feira com a bênção da Mercedes-Benz Motorsport, que fornece motores à Fortec Motorsport e com quem o ex-piloto de testes da Force India Formula 1 tem contrato. Juncadella será companheiro de equipa do piloto da RAEM Andy Chang e do chinês Martin Cao. gt carros
Esta será a segunda tentativa de Juncadella para repetir o feito. Já na qualidade de campeão europeu da especialidade, Juncadella tentou vencer esta prova por uma segunda ocasião em 2012, mas ficou aquém do esperado, tendo terminado no quinto lugar na edição ganha pelo português António Félix da Costa. Para se qualificar para a corrida de final de época da Fórmula 3, o espanhol fará a prova da Euroformula Open (ex-Campeonato de Espanha de Fórmula 3) em Barcelona no dia 1 de Novembro. Juncadella não será o único piloto em pista que tentará igualar o recorde de Mortara, pois o vencedor da edição de 2014, o sueco Felix Rosenqvist, será uma das estrelas da edição deste ano.

Easton muda de equipa

Stuart Easton não vai defender as cores da Paul Bird Motorsport no Grande Prémio de Macau de Motociclismo. Segundo a imprensa inglesa especializada, o escocês, que iria fazer equipa com Ian Hutchinson, vai correr com uma Yamaha da equipa SMT alugada à equipa SMR. Esta troca de equipa para a prova do Circuito da Guia deveu-se ao contrato que Easton, que dominou nas ruas de Macau de 2008 a 2010, assinou para a próxima temporada no Campeonato Britânico de Superbikes. “Será uma grande oportunidade para mim tripular a Yamaha mais cedo, mesmo sendo um circuito citadino”, disse Easton ao site bikesportnews.com.

23 Out 2015

GP | SJM continua a ser patrocinadora da Theodore Racing

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] Sociedade de Jogos de Macau (SJM) continua a ser a patrocinadora da equipa Theodore Racing na edição deste ano do Grande Prémio de Macau. A operadora mantém-se como “parceira oficial e patrocinadora do título” da equipa fundada por Teddy Yip.
“A equipa pretende tornar-se campeã do GP pela oitava vez. A Theodore Racing tem sido sinónimo desta competição desde que o seu fundador, Teddy Yip, conhecido como o ‘senhor Grande Prémio’, competiu pela primeira vez como piloto em 1956 e continuou entrando ou sendo patrocinador de corridas até 1992, conseguindo um total de seis vitórias no GP. Depois de 21 anos de intervalo, o filho, Teddy Jr. reavivou a equipa com a SJM, em 2013, para o que ficou comprovado como sendo uma vitória triunfante”, explica a SJM em comunicado.
A equipa da Theodore deste ano é composta por Felix Rosenqvist, Jake Dennis e Lance Stroll, sendo os carros Mercedes-Benz Dallara de Fórmula 3.
Os três pilotos juntam-se, assim, à lista de nomes da Theodore Racing, que inclui nada mais, nada menos do que Ayrton Senna, Alan Jones e Mika Hakkinen, entre outros.

22 Out 2015

GP | Novas corridas na Guia e os grandes nomes de sempre

A 62ª edição do Grande Prémio de Macau regressa ao território entre os dias 19 a 22 de Novembro. Há novidades no Circuito da Guia, com a saída da prova WTCC e o arranque da Taça do Mundo de GT da FIA

[dropcap style=’circle’]Q[/dropcap]Na sua última edição encabeçada por João Manuel Costa Antunes, o Grande Prémio de Macau (GP) apresenta a primeira edição da Taça do Mundo de GT da FIA com cinco equipas – Aston Martin, Audi, Mclaren, Porsche e Mercedes-Benz – e 24 pilotos. Com o habitual Grande Prémio de Motas de Macau e o Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 – Taça Intercontinental da Federação Internacional de Automóvel (FIA), a 62ª edição do GP não vai, contudo, contar com a até então habitual corrida de WTCC.
No Circuito da Guia voltam a correr nomes como o de Félix Rosenqvist, vencedor de Fórmula 3 o ano passado, ou Michael Rutter, habitual vencedor no Grande Prémio de Motos, e Edoardo Mortara. De Portugal chegam os pilotos Álvaro Parente, Nuno Caetano e André Pires. Por Macau, correm André Couto, Rodolfo Ávila, Rui Valente e Álvaro Mourato, entre outros nomes já habituais na Guia.
Com um orçamento de cerca de 210 milhões de patacas, semelhante ao de 2014, a Comissão do GP anunciou ontem que foram geradas mais 3% de receitas no campeonato do ano passado. Aos jornalistas, João Manuel Costa Antunes mostrou-se optimista quanto às novidades no Circuito da Guia.
“Este ano temos duas corridas novas, duas estreias em Macau e a nível mundial. A Corrida da Guia, que é tradicionalmente uma corrida de carros de turismo, deu a oportunidade para que a série TCR tenha aqui a sua final e trata-se de um tipo de viaturas que é mais acessível para que os pilotos da zona asiática, e de Macau, possam evoluir para outros níveis. Penso que pelos resultados que verificámos até agora vamos ter uma grande corrida no Circuito da Guia”, disse.

Reconhecimento

Quanto à Taça GT do Mundo da FIA, “vem quase como uma consequência do projecto que se iniciou em 2008, com as provas GT Macau, em que a nível internacional fomos atraindo cada vez mais as atenções das marcas e dos pilotos”, adiantou Costa Antunes. “Grande parte dos pilotos que vêm para a taça do mundo de TG são pilotos que já correram em Macau. São pilotos que reconhecem a validade e interesse do nosso circuito”.
O facto da Ferrari não estar presente nesta competição não constitui um problema para Christian Schacht, presidente da Comissão GT da Fia. “Teremos de perguntar à Ferrari [por que não vem]. Com todos os esforços que fizemos estou muito contente por termos um projecto que começou em Julho. O sucesso e os resultados que tivemos deixam-me muito contente”, apontou.
Costa Antunes disse ainda ter “uma grande alegria ao ver pilotos de Macau e de Portugal”. “Grande parte dos que vêm competir no GP têm alguma experiência no circuito e portanto temos sempre uma grande esperança”, apontou, tendo falado da entrada de técnicos internacionais no Circuito da Guia.
“Ao longo dos anos temos evoluído e estamos num patamar em que cerca de 900 técnicos desportivos estão à volta do circuito e como o GP é uma prova verdadeiramente internacional, sentimos a necessidade de termos técnicos internacionais, porque seguem os vários campeonatos. São os técnicos que a FIA indica”, rematou.

Grande Prémio no ID “não perde autonomia”

No final deste ano, a Comissão do GP passa a estar sob alçada do Instituto do Desporto, mas Costa Antunes desvaloriza uma eventual perda de autonomia. “Não acho que haja uma perda de autonomia, penso que a estrutura organizativa vai ser de outra forma. A Comissão do GP já viveu no passado outras estruturas. Começou por ser liderado por uma comissão quase independente, depois esteve ligado ao Leal Senado e depois passou a ser coordenado por um departamento do turismo. Depois entendeu-se que deveria ser autónomo e agora, por uma questão de racionalização de meios, entendeu-se que deveria estar dentro de um departamento do ID”, lembrou.

8 Out 2015

Taça GT | FIA aquém de número de construtores desejado

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Federação Internacional do Automóvel (FIA) queria sete construtores a participar na Taça do Mundo FIA de GT, que terá como palco o Grande Prémio de Macau, mas só cinco aceitaram o desafio. Na sexta-feira, a federação internacional comunicou que a Aston Martin, Audi, McLaren, Mercedes e Porsche inscreveram-se na competição que se pretende assumir como uma das mais importantes do panorama global das corridas de carros de Grande Turismo e que será disputada entre os próximos dia 19 e 22 de Novembro entre nós.
De fora e por razões diversas, entre elas a obrigatoriedade de pagar 30 mil euros de inscrição, ficaram a Bentley, BMW, Ferrari, Lamborghini, Lexus, Dodge e Nissan. Christian Schacht, Presidente da Comissão de GT da FIA, mostrou-se mesmo assim bastante satisfeito com o apoio reunido: “Estamos muito satisfeitos por termos recebido inscrições de cinco dos mais famosos construtores automóveis de competição do mundo neste primeiro evento. Isto é resultado de duas histórias de sucesso: o conceito FIA GT3 usado na maioria dos campeonatos de GT do mundo e o lendário Grande Prémio de Macau”.
O dirigente da federação internacional aproveitou também para dizer que “graças ao estatuto do Grande Prémio de Macau e aos direitos de transmissão assinados pelo AAMC, o evento terá um impacto a nível mundial, e com o seu formato sprint, espectadores e adeptos terão a oportunidade de ver um espectáculo magnifico”.
A prova tem um triunvirato a liderar a organização – a Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC), a FIA e a SRO, o grande responsável pelo sucesso mundial da filosofia GT3 e promotor das séries europeias Blancpain GT. Com a Aston Martin e a McLaren inscritas na competição, existe a possibilidade de Portugal estar representado na Taça do Mundo FIA de GT, uma vez que Pedro Lamy é piloto oficial da primeira e Álvaro Parente da segunda.
Recentemente, Parente admitiu ao HM que gostaria de estar presente na prova do Circuito da Guia. “É evidente que gostaria de estar presente. O traçado da Guia é fabuloso, muito exigente e onde o piloto pode fazer a diferença, o que entusiasma qualquer um”. Já Lamy, que na década de noventa foi 2º classificado na prova de Fórmula 3 do território, terá mais dificuldades, visto que tem obrigações no Campeonato do Mundo FIA de Endurance (WEC) no Bahrein, neste mesmo fim-de-semana.
A corrida está aberta a 28 concorrentes, sendo que os restantes, aqueles não nomeados pelos cinco construtores envolvidos, deverão ser provenientes de competições locais. Por outro lado, a FIA não irá permitir a presença de pilotos classificados pela FIA como “Platina” ou “Ouro”, em viaturas que não sejam destas cinco marcas, mas permitirá que pilotos amadores ou pilotos classificados como “Bronze” e “Prata” o possam fazer.
Recorde-se que o piloto de Macau André Couto, o único piloto do território que até agora mostrou publicamente interesse em participar nesta corrida, está classificado como “Ouro”. As cinco marcas têm até ao dia 25 do presente mês para nomearem os seus três pilotos. A lista de inscritos da prova será conhecida a 7 de Outubro na habitual Conferência de Imprensa de apresentação do Grande Prémio de Macau. Sete dias antes será revelado o nome do fornecedor exclusivo de pneus do evento. Entretanto, os prémios monetários, que vão até ao décimo classificado, já são conhecidos: 12 mil dólares norte-americanos para o piloto vencedor e 30 mil para o construtor que sair vitorioso deste confronto.

14 Set 2015

Taça da Corrida Chinesa regressa ao GP este ano

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Tudo indica que o programa da 62ª edição do Grande Prémio de Macau terá mais uma corrida, para além das sete já anunciadas. Depois da estreia no Circuito da Guia em 2014, a Taça da Corrida Chinesa – competição que coloca frente-a-frente pilotos da China continental, Macau, Hong Kong e Taipé Chinês com viaturas idênticas – deverá regressar este ano, apesar da Comissão do Grande Prémio ainda não o ter anunciado.
No passado dia 31 de Julho, em Pequim, realizou-se a cerimónia de abertura. A Shanghai Lisheng Racing Co, a empresa chinesa promotora do campeonato, divulgou o calendário aos jornalistas, que inclui corridas em Penbay (Taipé Chinês), Xangai (China continental), Yancheng (que é o circuito da China continental escolhido para a prova de Hong Kong) e o Grande Prémio de Macau. Apesar do programa detalhado de provas de 19 a 22 de Novembro não estar disponível ainda na página oficial do evento, quem utilizar a aplicação de telemóvel do Grande Prémio constará que a corrida da Taça da Corrida Chinesa, com oito voltas, será disputada na tarde de sábado, depois do 49º Grande Prémio de Motos.
Cada federação da “Grande China” tem a sua equipa, cujos representantes são facilmente reconhecidos pelas cores do carros: vermelho para a equipa da Federação do Desporto Automóvel da China (FASC), verde para a da Associação Geral de Automóvel de Macau-China (AAMC), amarelo para a Associação de Automóvel de Hong Kong (HKAA) e azul para a equipa da Associação do Desporto Automóvel de Taipé Chinês (CTMSA). Cada associação tem à sua disposição quatro carros Senova D70 ou “Shenbao” D70, um carro que tem como base o Saab 9-5. Todos os carros são iguais e equipados com componentes “made in China”, com a particularidade deste ano usarem pneus de estrada da marca Qingdao Sen Kylin em vez de pneus slick de competição.
A organização voltará a distribuir um milhão de renminbis de prémios monetários. A AAMC terminou na última posição da primeira edição deste torneio que juntou as quatro associações automóveis da Grande China, sendo que o seu melhor representante foi o macaense Hélder Assunção que terminou na nona posição da geral.
E este fim-de-semana disputou-se a primeira corrida da Taça da Corrida Chinesa no Taipé Chinês. Contudo, desta vez, visto que os Senova não estavam disponíveis, os 16 concorrentes tiveram que conduzir viaturas da marca Caterham, modelo Seven. Devido aos estragos causados pela passagem do tufão Soudelar, não houve acção em pista até à manhã de domingo. As cores de Macau foram defendidas nesta ronda inicial por Michael Ho, Hélder Assunção e Ip Un Hou. Ao fecho da redacção, os resultados ainda não se encontravam disponíveis.

10 Ago 2015