Hoje Macau China / ÁsiaExplosão em petroleiro na Tailândia causa pelo menos um morto e quatro feridos Pelo menos uma pessoa morreu e quatro ficaram feridas, devido a uma explosão hoje num petroleiro na província de Samut Songkhram, no oeste da Tailândia, que deixou ainda sete pessoas desaparecidas, informaram fontes oficiais. Fontes do Departamento de Prevenção e Mitigação de Desastres de Samut Songkhram disseram à agência noticiosa EFE que são ainda desconhecidas as causas da explosão no navio Smooth Sea. Os tanques do petroleiro, com capacidade para 6.500 toneladas de crude, estavam vazios porque o navio estava em manutenção no porto do rio Mae Klong. A explosão, que danificou várias casas próximas do porto, situado a cerca de 85 quilómetros a sudoeste da capital Banguecoque, começou num camião-cisterna às 09:17, segundo o jornal Bangkok Post. O departamento da Marinha tailandesa disse que as equipas de emergência conseguiram controlar as chamas no espaço de uma hora e que teve início uma investigação para determinar a causa do incêndio. Em julho de 2021, uma pessoa morreu e outras 33 ficaram feridas devido a uma explosão numa fábrica de produtos químicos perto de Banguecoque, forçando a retirada de mais de 1.800 pessoas. Duas pessoas ficaram feridas em 2014 depois de um petroleiro ter explodido, causando um incêndio que se espalhou para um outro navio num porto no rio Mekong, que separa a província de Chiang Rai, no norte da Tailândia, do vizinho Laos.
Hoje Macau China / ÁsiaAcidente | Recuperadas caixas negras do avião que caiu no Nepal As autoridades nepalesas declararam ontem que um gravador de dados de voo e um gravador de voz de cabine foram recuperados do local da queda do avião no domingo em Pokhara, no Nepal, que provocou 68 mortos. O porta-voz da Autoridade da Aviação Civil nepalesa, Jagannath Niraula, disse que as caixas foram encontradas ontem, um dia após a queda da aeronave ATR-72, que matou 68 das 72 pessoas a bordo. Niraula disse que tudo que foi encontrado será entregue aos investigadores. Pemba Sherpa, porta-voz da Yeti Airlines, também confirmou que os dados do voo e os gravadores de voz da cabine foram encontrados. Mais dois corpos foram encontrados na manhã desta segunda-feira, dia de luto nacional decretado pelas autoridades no país. “Até agora encontramos 68 corpos. Estamos a procurar mais quatro corpos (…). Estamos a rezar para que um milagre aconteça. Mas, a esperança de encontrar alguém vivo é nula”, disse Tek Bahadur KC, responsável pelo distrito de Taksi, onde o avião caiu. Ainda não está claro quais foram as causas do acidente, o mais mortal do país em três décadas. O tempo estava ameno e sem vento no dia da queda da aeronave, segundo as autoridades locais. Cenário surreal Uma testemunha, que filmou a aterragem do avião a partir da varanda de sua casa, disse ter visto a aeronave voar baixo antes de virar repentinamente para a esquerda. “Fiquei chocado”, disse Diwas Bohora, citado pela agência de notícias Associated Press. A Autoridade de Aviação Civil do Nepal disse que a aeronave estabeleceu contacto com o aeroporto pela última vez perto do desfiladeiro de Seti, no centro do país, às 10:50 antes de cair. O avião tinha saído da capital Katmandu com destino a Pokhara, por volta das 10:30, e caiu durante a manobra de aproximação ao aeroporto internacional de Pokhara, no vale do rio Seti.
Hoje Macau China / ÁsiaZonas rurais da China devem ter testes e medicação disponíveis, diz Conselho de Estado As autoridades locais chinesas devem assegurar que medicação e testes de deteção da covid-19 estão “prontamente disponíveis” nas áreas rurais do país, de acordo com uma diretriz do Conselho de Estado (Executivo) citada hoje pela imprensa oficial. A diretriz detalha que as clínicas de saúde das aldeias “devem assegurar” o fornecimento de medicação para um período mínimo de pelo menos duas semanas. Grupos vulneráveis ou com dificuldades financeiras devem ter acesso prioritário, frisa o documento, citado pelo jornal oficial em língua inglesa China Daily. A diretriz foi emitida nas vésperas do Ano Novo Lunar, quando centenas de milhões de trabalhadores chineses migrados nas cidades regressam à terra natal. Trata-se da maior migração interna do planeta e coincide, este ano, com o fim da política de ‘zero casos’ de covid-19, que durante quase três anos restringiu o fluxo interno de pessoas no país asiático. O fim das restrições, após protestos ocorridos em várias cidades da China, lançou uma vaga de infeções sem precedentes nas zonas urbanas, que deve agora alastrar-se ao interior do país, onde os recursos de saúde são considerados insuficientes. A diretriz emitida pelo Executivo chinês indica que as autoridades locais têm também a “tarefa de realizar inspeções regulares, entregar medicação, transportar pacientes para hospitais maiores e aumentar a consciencialização sobre formas de prevenir contágios”. Devem ainda ser feitos esforços para orientar os moradores a vacinarem-se, usarem máscara e evitarem contactos com familiares idosos que sofram de doenças crónicas. Relatos sobre o uso indiscriminado de antibióticos e medicamentos hormonais no tratamento de pacientes no interior do país “enfatizaram a importância” das orientações oficiais, aponta o China Daily. No mês passado, o Executivo chinês alertou para o impacto da doença no interior do país, que descreveu como “vasto, populoso e com poucos recursos”. Em particular, as autoridades apontaram para a migração em massa durante o período do Ano Novo Lunar e destacaram a falta de preparação dos funcionários de saúde locais e o “uso indiscriminado” de antibióticos e medicamentos hormonais no tratamento de pacientes com febre, que “podem causar efeitos colaterais prejudiciais e até fatais”. Parte do sistema de saúde no interior da China depende ainda de camponeses com treino médico e paramédico básico, conhecidos como “médicos de pés descalços”, uma herança das campanhas lançadas após a fundação da República Popular, em 1949, para fornecer serviços básicos de saúde nas zonas rurais. De acordo com dados oficiais divulgados no domingo passado, a China registou quase 60 mil mortes nos hospitais ligadas à pandemia da covid-19, desde o levantamento das medidas de prevenção no início de dezembro.
Hoje Macau China / ÁsiaLigações ferroviárias entre Hong Kong e China retomadas após quase três anos A ligação ferroviária de alta velocidade entre Hong Kong e a China continental foi retomada no domingo, depois de ter estado suspensa durante quase três anos, devido à pandemia da covid-19. Até às 18:00 de domingo, cerca de 6.500 pessoas utilizaram as ligações ferroviárias, segundo as autoridades chinesas citadas pelo jornal oficial em língua inglesa China Daily. As restrições quanto ao número de passageiros continuam a existir: são permitidos no máximo cinco mil viajantes, em cada direção, por dia. Quem atravessa a fronteira de comboio não tem de reservar lugar com antecedência, ao contrário dos que atravessam os postos fronteiriços da cidade por via terrestre, onde é aplicado um limite de 50 mil pessoas por dia. Os lugares diários para fazer a travessia são difíceis de reservar, porque esgotam rapidamente, segundo testemunhos recolhidos nas redes sociais do país. As ligações ferroviárias de alta velocidade retomadas no domingo ligam Hong Kong a cidades vizinhas da província de Guangdong, no sudeste da China, como Shenzhen, Dongguan ou Cantão. Não se sabe quando é que as ligações diretas com cidades mais distantes como Pequim vão ser retomadas. Esta quarta-feira, pouco antes do início do período festivo do Ano Novo Lunar, a quota diária de passagens pela via terrestre vai passar de 50 mil para 65 mil, explicaram as autoridades. As fronteiras terrestres entre a China continental e Hong Kong permaneceram praticamente fechadas durante quase três anos. Apenas um pequeno número de voos e navios ligavam a ex-colónia britânica ao resto do país. Ambos os territórios aplicaram uma política de tolerância zero contra a covid-19. Hong Kong começou a abrir as fronteiras em meados de 2022 e suspendeu o isolamento obrigatório em hotéis para passageiros que chegavam ao território em setembro passado. Em 08 de janeiro, a China reabriu as fronteiras, cancelando os limites impostos ao tráfego aéreo internacional e a exigência de quarentena para os passageiros que chegam ao país.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Epidemiologista chinês desaconselha viagens a quem ainda não contraiu infeção O epidemiologista chinês Fang Houmin aconselhou hoje as pessoas que ainda não contraíram covid-19 a evitarem viagens durante o feriado do Ano Novo Lunar, que deve suscitar uma nova vaga de casos no país. “Não é recomendado que essas pessoas façam viagens de longa distância, porque as probabilidades de ficarem infectadas vão aumentar”, disse Fang, citado pelo jornal especializado Health Times. O especialista aconselhou a quem ainda não foi infetado que “evite ir a locais públicos, se notar sintomas como dor de garganta ou tosse” e “procure atendimento médico”. As declarações do especialista surgem nas vésperas do Ano Novo Lunar, quando centenas de milhões de trabalhadores chineses migrados nas cidades regressam às respetivas terras natais. Trata-se da maior migração interna do planeta e coincide, este ano, com o fim da política de ‘zero casos’ de covid-19, que durante quase três anos restringiu o fluxo interno de pessoas no país asiático. O fim das restrições, após protestos ocorridos em várias cidades da China, lançou uma vaga de infeções sem precedentes nas zonas urbanas, que deve agora alastrar-se ao interior do país, onde os recursos de saúde são considerados insuficientes. As recomendações do especialista foram alvo de debate nas redes sociais do país. “Este ano só quero finalmente ir a casa”, afirmou um internauta na rede social Weibo, embora outros também tenham manifestado o seu receio de infectar familiares. De acordo com um estudo da Universidade de Pequim, cerca de 900 milhões de pessoas já contraíram infeção pelo novo coronavírus na China, depois de o país ter desmantelado a política de ‘zero covid’. Cerca de 60 mil pessoas morreram da doença entre 08 de dezembro, quando as restrições começaram a ser relaxadas, e 12 de janeiro deste ano, segundo dados oficiais. O Conselho de Estado (Executivo) pediu, em meados do mês passado, às autoridades locais que dêem prioridade aos serviços de saúde nas zonas rurais “para proteger a população”, apontando “a relativa escassez de recursos de saúde” e a proximidade da época festiva. Em 08 de janeiro, a covid-19 deixou de ser gerida na China como uma doença de categoria A – nível de perigo máximo e para cuja contenção são necessárias as medidas mais severas – para se tornar uma doença de categoria B, que contempla menos controlos, marcando assim na prática o fim da política de ‘zero covid’.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | China anuncia 60.000 mortes desde levantamento das restrições A China registou quase 60.000 mortes nos hospitais ligadas à pandemia de covid-19 desde o levantamento das rígidas restrições para combater a doença feito no país há um mês, anunciaram no sábado as autoridades. “Um total de 59.938 [mortes] foi registado entre 8 de dezembro de 2022 e 12 de janeiro de 2023”, avançou à imprensa o responsável da Comissão Nacional Sanitária da China, Jiao Yahui, referindo que o registo não tem em consideração as mortes que aconteceram fora das estruturas médicas. A Comissão Sanitária Nacional da China anunciou neste sábado um total de 59.938 mortes relacionadas à covid entre 8 de dezembro, quando as autoridades começaram a relaxar as restrições que mantinham contra a pandemia, e 12 de janeiro deste ano. A China aboliu, no início de dezembro, várias medidas de prevenção contra a covid-19, incluindo o isolamento em instalações designadas de todos os casos positivos, sinalizando o fim da estratégia ‘zero casos’, que se tornou fonte de descontentamento popular. Na altura, o Conselho de Estado (executivo) anunciou que quem testasse positivo para infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2 podia passar a cumprir isolamento em casa, em vez de ser enviado para instalações designadas, e que as escolas que ainda não tinham tido surtos iam voltar ao ensino presencial. De acordo com os dados avançados, citados pelo jornal Global Times, a idade média dos mortos registados nos centros médicos foi de 80,3 anos, sendo que 90,1% tinham mais de 65 anos e mais de 90% sofriam de doenças subjacentes. A comissão sanitária esclareceu ainda que realiza testes de PCR para classificar se as mortes tiveram origem na covid-19 e que as principais causas diretas foram insuficiência respiratória (5.503) ou doenças anteriores que pioraram após o desenvolvimento da infeção pandémica (54.435).
Hoje Macau China / ÁsiaMinistro dos Negócios Estrangeiros chinês termina no Egipto périplo por África O chefe da diplomacia chinesa reuniu-se ontem no Cairo com responsáveis egípcios e da Liga Árabe, no ponto alto de um périplo por África para consolidar a presença chinesa naquele continente. O ministro dos Negócios Estrangeiros, Qin Gang, reuniu-se em separado com o Presidente egípcio, Abdel Fattah el-Sissi, e com o secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul-Gheit. Encontrou-se também com o seu homólogo egípcio, Sameh Shoukry. Numa conferência de imprensa conjunta, o ministro Sameh Shoukry disse que as conversações abordaram as relações sino-egípcias e o aumento do turismo chinês no país do Médio Oriente, que durante anos luta para reavivar o seu setor turístico vital. Os dois ministros disseram que também discutiram questões regionais, incluindo o conflito israelo-palestiniano. As tensões aumentaram após o regresso ao poder, no mês passado, do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que lidera um Governo de direita e religiosamente conservador em Israel. Em resposta à pergunta de um jornalista chinês, Qin Gang exortou Israel a “parar com as incitações e provocações, e a abster-se de tomar ações unilaterais que possam agravar a situação”. Apelou também à “manutenção do status quo” no local sagrado mais importante de Jerusalém, depois de um ministro ultranacionalista do Governo israelita o ter visitado no início do ano a Esplanada das Mesquitas. A visita suscitou uma condenação feroz de todo o mundo muçulmano e uma forte crítica dos Estados Unidos. No encontro com Abdel Fattah el-Sissi, o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês disse que Pequim continuará a investir em projetos de infraestruturas do Egito, incluindo os que têm ligações com as iniciativas “China´s Belt” e “Road Initiative”, de apoio de milhares de milhões de dólares para financiar infraestruturas na Ásia, Europa e África. A China investiu milhares de milhões de dólares em projetos liderados pelo Estado egípcio, como a Zona Económica do Canal de Suez e a nova capital administrativa, que está a ser construída a leste do Cairo. Qin Gang chegou ao Cairo no sábado à tarde. A sua viagem de uma semana incluiu a Etiópia, onde é a sede da União Africana, bem como ao Gabão, Angola e Benin. Foi a primeira viagem de Qin Gang ao estrangeiro após a sua nomeação em dezembro. A viagem a África acontece um mês após o Presidente norte-americano Joe Biden ter recebido dezenas de líderes africanos em Washington, prometendo financiamento governamental e investimento privado para ajudar o continente a desenvolver-se nos campos da saúde, infraestruturas, negócios e tecnologia. Durante mais de três décadas, os ministros dos Negócios Estrangeiros chineses iniciaram os seus mandatos visitando África, cuja população crescente (como continente) rivaliza com a da China. Pequim tem investido fortemente em infraestruturas em países africanos, incluindo estradas, infraestruturas energéticas, telecomunicações, caminhos-de-ferro e hospitais. Os grupos e fundos financeiros chineses também concederam empréstimos a África no valor de 160 mil milhões de dólares entre 2000 e 2020, de acordo com a Base de Dados de Empréstimos Chineses a África. Qin Gang afirmou na semana passada que a China tem sido o maior parceiro comercial de África nos últimos 13 anos, prevendo-se que o comércio mútuo exceda 260 mil milhões de dólares em 2022. Além de fornecer vacinas contra a covid-19 a África, a China financiou a construção de uma nova sede para o Centro Africano de Controlo de Doenças na capital da Etiópia, Adis Abeba. O novo centro foi inaugurado na semana passada durante a visita de Qin Gang.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Punidos 592.000 funcionários por violações de disciplina em 2022 A China puniu 592.000 funcionários do governo em 2022 por violações disciplinares, divulgou sexta-feira a Comissão Central de Inspecção e Disciplina, o braço anticorrupção do Partido Comunista Chinês (PCC), na sua conta oficial na rede social WeChat. Entre os castigados há 53 quadros com cargos “de nível ministerial ou provincial”, detalhou a agência. No ano passado, o ex-ministro da Justiça chinês, Fu Zhenghua, foi condenado a pena de morte suspensa por aceitar subornos, após uma investigação liderada pelo poderoso órgão anticorrupção. O ex-vice-ministro chinês da Segurança Pública Sun Lijun também foi acusado, no ano passado, de aceitar subornos, e recebeu a mesma sentença. A punição com pena de morte suspensa é frequente no país asiático em casos de corrupção e significa que, se o arguido não cometer novos crimes e comportar-se adequadamente durante o período estipulado, poderá ver a sua pena comutada para prisão perpétua. Entre os casos que receberam mais atenção em 2022 está também o de Tong Daochi, ex-chefe do Partido Comunista na província insular de Hainan, no extremo sul do país, e que recebeu a mesma sentença de Sun e Fu. Um caso de corrupção foi também registado na própria Comissão Central de Inspecção e Disciplina: o seu ex-inspector Dong Hong foi condenado a pena de morte suspensa, em Janeiro passado, por aceitar subornos.
Hoje Macau China / Ásia MancheteMilhões de chineses receosos no regresso a casa após fim de restrições Por estrada ou por mar, de avião ou de comboio, milhões de chineses estão a caminho da terra natal para festejar a passagem do ano lunar com a família, na maior migração interna do planeta. O ‘chunyun’, a temporada de viagens por ocasião do Ano Novo Lunar que arrancou no sábado passado, coincide este ano com o fim da política de ‘zero casos’ de covid-19, suscitando um aumento no fluxo de viajantes e desafios para as zonas rurais da China, com menos recursos de saúde. “Estive com 40 graus de febre, mas estou feliz”, descreveu à Lusa um chinês residente em Pequim, que recuperou recentemente de uma infecção pela covid-19. “Finalmente posso movimentar-me”, disse. Para a chinesa Xiaowang, que vai percorrer de comboio os mais de 2.000 quilómetros que separam Pequim e a sua terra natal, na província de Sichuan, esta é a primeira vez que vai a casa no espaço de dois anos. “É fatigante”, admitiu, sobre a jornada de 20 horas. “Mas esta data é muito importante para os chineses: é quando nos reunimos com a família”, contou. Segundo a agência noticiosa oficial Xinhua, no total, foram realizadas 34,7 milhões de viagens no último sábado, o primeiro dia de um período de 40 dias em que centenas de milhões de chineses regressam às respetivas terras natais. Aquele número representa um aumento de 38,2 por cento, em relação a 2022, depois de, nos últimos dois anos, a temporada de viagens ter sido afectada pelas medidas de prevenção contra a covid-19 que vigoraram na China. Em Dezembro, no âmbito do fim da política de ‘zero covid’, o governo chinês retirou as restrições às viagens internas, que incluíam a exigência de testes PCR negativos para viajar de avião ou comboio e o registo das deslocações através de uma aplicação de localização. Cada cidade ou província tinha também as suas próprias políticas: Pequim, por exemplo, não permitia a entrada de viajantes vindos de áreas onde tivessem sido registados casos de covid-19. Outros locais exigiam quarentena em instalações designadas ou em casa, para quem vinha de zonas com surtos activos. Fluxo de receios O fim das restrições suscitou uma vaga de infecções sem precedentes e o intenso período de viagens, que ocorre entre os dias 7 de Janeiro e 15 de Fevereiro, está também a suscitar preocupações. “É assustador”, resumiu à Lusa Zhao Yang, residente em Pequim. “Esperei com entusiasmo pelo fim dos bloqueios, mas face a este súbito fluxo de pessoas a viajar, sinto-me receoso”, frisou. O Ministério dos Transportes chinês previu que o número de viagens durante a temporada do Ano Novo Lunar quase duplicará, face ao ano passado, para 2,095 mil milhões. Este número marcaria uma recuperação para 70 por cento do tráfego verificado em 2019, o último ano antes do início da pandemia. A principal festa das famílias chinesas, equivalente ao natal nos países ocidentais, calha este ano entre os dias 21 e 27 de Janeiro, sob o signo do Coelho, um dos doze animais do milenar zodíaco chinês. Na China e em todas as ‘chinatown’ espalhadas pelo mundo, os edifícios são engalanados com lanternas vermelhas, enquanto nas ruas se lançam petardos e fogo-de-artifício para “afugentar os maus espíritos’. Espera-se também que as viagens para o exterior subam, depois de o país ter reaberto as fronteiras, que estiveram fechadas durante quase três anos. Quem chegava à China era submetido a um período de quarentena em instalações designadas que, em algumas províncias, chegava aos 28 dias. O número de reservas de viagens internacionais para a semana até 27 de Janeiro foi seis vezes superior, face ao feriado do Ano Novo Lunar de 2022, de acordo com o portal de reservas chinês Trip.com. O destino mais popular é a Austrália, seguida pela Tailândia e Japão. “Este ano vou certamente viajar além-fronteiras”, explicou à Lusa Han Qing, um chinês natural de Pequim. “Está na altura de reconectar com o mundo”.
Hoje Macau China / ÁsiaAlfândegas | Comércio chinês com Rússia aumentou mais de 34% em 2022 O comércio entre a China e a Rússia aumentou 34,3 por cento, em 2022, segundo dados publicados sexta-feira pela Administração Geral das Alfândegas do país asiático, convertendo Moscovo no parceiro comercial cujas trocas com Pequim mais aumentaram. As trocas entre a China e a Rússia totalizaram 1,28 bilião de yuans, no ano passado, compondo 3,03 por cento do total do comércio exterior chinês, durante o exercício financeiro recentemente encerrado. As vendas de produtos chineses para a Rússia aumentaram 17,5 por cento, em relação ao ano anterior, enquanto o comércio na direcção oposta cresceu 48,6 por cento. Os Presidentes da China e da Rússia, Xi Jinping e Vladimir Putin, respectivamente proclamaram, em Fevereiro passado, uma “nova era” nas relações bilaterais e assinaram um acordo que contemplava, entre outros aspectos, um aumento do comércio bilateral para cerca de 250 mil milhões de dólares anuais. O conflito na Ucrânia e as sanções impostas pelo Ocidente à Rússia impulsionou também as compras de Pequim a Moscovo. A China pode comprar energia à Rússia sem entrar em conflito com as sanções impostas pelos Estados Unidos, Europa e Japão. Pequim está a intensificar as compras, para aproveitar os descontos russos. Isto causa fricções com Washington e países aliados, ao aumentar o fluxo de caixa de Moscovo e limitar o impacto das sanções. As importações chinesas oriundas da Rússia, sobretudo petróleo e gás, mais do que duplicaram, aumentando 110,5 por cento, em Outubro, em relação ao ano anterior, para 10,2 mil milhões de dólares, segundo dados oficiais divulgados esta semana pela Administração Geral das Alfândegas do país asiático. No mesmo período, o comércio entre a China e União Europeia cresceu 5,6 por cento, face a 2021. Entre China e Estados Unidos, as trocas comerciais subiram 3,7 por cento. No total, o comércio entre a China e o resto do mundo registou um aumento homólogo de 7,7 por cento, para 42,07 biliões de yuans. As exportações subiram 10,5 por cento e as importações 4,3 por cento.
Hoje Macau China / ÁsiaComércio | China pede esforços aos EUA para melhorar laços A China pediu sexta-feira esforços aos Estados Unidos para que as relações comerciais entre os dois países “voltem ao bom caminho” e garantiu que está “disposta a ouvir as opiniões das empresas norte-americanas”. O ministro do Comércio chinês, Wang Wentao, afirmou, em comunicado, durante um encontro virtual com o presidente do Conselho Empresarial dos Estados Unidos e China, Craig Allen, que a “cooperação é benéfica para o bem-estar dos dois povos e desempenha um papel fundamental numa economia mundial em crescimento”. “Os Estados Unidos impuseram restrições ao comércio e investimento chinês, adoptando práticas proteccionistas contra a China. Isto só prejudicou os interesses das empresas e povos em ambos os países”, acusou Wang. O ministro chinês disse esperar que o lado norte-americano “veja correctamente” as oportunidades que o desenvolvimento da China “traz para os Estados Unidos e para o mundo”. “A modernização da China, com uma população de mais de 1,4 mil milhões de pessoas, traz grandes oportunidades para as empresas globais, inclusive norte-americanas”, frisou. “A China está disposta a ouvir as opiniões de empresas estrangeiras, incluindo as dos Estados Unidos, e vai continuar a melhorar o seu ambiente de negócios, sempre com base na lei e orientado para o mercado”, acrescentou. As relações entre Pequim e Washington deterioraram-se, nos últimos anos, principalmente durante a presidência do líder norte-americano, Donald Trump. Em Novembro, Xi Jinping e Joe Biden realizaram uma reunião na ilha indonésia de Bali, antes da cimeira do G20, que serviu para reduzir as tensões entre as principais potências mundiais e encenou uma reaproximação, com o objectivo de evitar que a rivalidade resulte num conflito aberto, embora ambos tenham permanecido firmes nas suas linhas vermelhas.
Hoje Macau China / ÁsiaChina-Angola | PR e MNE debatem “impulso na cooperação” O encontro entre João Lourenço e Qin Gang teve lugar na sexta-feira e centrou-se no reforço do investimento chinês na antiga colónia portuguesa e no aprofundamento da cooperação entre as duas nações O Presidente angolano e o chefe da diplomacia chinesa debateram na sexta-feira, em Luanda, um “impulso sólido na cooperação” e o aumento do investimento da China em Angola, segundo fonte oficial. O encontro entre João Lourenço e Qin Gang, por ocasião de uma visita do ministro chinês a Luanda, concentrou-se em dois eixos: “o impulso sólido na cooperação” entre os dois países e o aumento do investimento chinês em Angola, de acordo com um comunicado dos serviços de imprensa de Pequim. Segundo a mesma nota, o Presidente angolano destacou que vários dos projectos mais emblemáticos de Angola – aeroportos, estações hidroeléctricas, estradas e portos – se devem ao apoio do investimento chinês e que as empresas chinesas têm dado “contributos positivos” para o desenvolvimento de infra-estruturas em Angola. De acordo com a nota distribuída pelo grupo APO em nome da Embaixada da China no Reino Unido, João Lourenço transmitiu o desejo de Angola de “aprofundar mais a cooperação com a China” e a sua abertura a “mais investimento chinês”, assinalando o papel desempenhado pela China na reconstrução de Angola após a guerra civil e no desenvolvimento social e económico do país. João Lourenço notou que “Angola e China sempre partilharam a solidariedade e a confiança mútua”, vincando que os dois países prosseguem “políticas e ideias semelhantes” e que Angola “apoia com determinação a política de uma só China” e “o princípio de não-interferência em assuntos internos”. Segundo a mesma nota, o chefe da diplomacia de Pequim realçou que os dois países, que mantêm relações diplomáticas há 40 anos, têm “aprofundado cada vez mais” a “confiança política mútua e a amizade tradicional”. Assegurando que “a China apoiará sempre Angola na oposição a interferência externa, na escolha independente do seu caminho de desenvolvimento e na protecção da soberania nacional, segurança e desenvolvimento”, Qin Gang – que também se reuniu com o ministro dos Negócios Estrangeiros angolano, Téte António – transmitiu a João Lourenço o apreço de Pequim pela “mediação activa” de Luanda na região, instando o país africano a “desempenhar um maior papel em assuntos regionais e internacionais”. Tradição cumprida O ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Qin Gang, esteve em Luanda entre quinta-feira e sexta-feira, tendo sido recebido também pelo seu homólogo angolano, Téte António. Angola foi uma das etapas do roteiro africano do diplomata chinês e coincidiu com a celebração dos 40 anos de relações diplomáticas entre os dois países, iniciadas em 12 de Janeiro de 1983. Durante a sua passagem por Luanda, o ministro também visitou o parque tecnológico da Huawei, uma gigantesca estrutura composta por centros de formação e inovação, que custou 60 milhões de dólares e foi inaugurada em Novembro do ano passado. Qin Gang foi nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros a 31 de Dezembro, e pretende com esta viagem pelo continente africano aprofundar a parceria estratégica e a cooperação entre a China e África. Qin cumpre assim uma tradição de 33 anos, segundo a qual o chefe da diplomacia chinesa faz a sua primeira viagem do ano ao estrangeiro a África. A China tem demonstrado um interesse crescente em África, tornando-se o maior parceiro comercial do continente, estando também entre os principais parceiros de Angola.
Hoje Macau China / ÁsiaInflação | Taxa fechou 2022 nos dois por cento O índice de preços ao consumidor, o principal indicador da inflação na China, aumentou 1,8 por cento em termos homólogos em Dezembro, o que significa que subiu dois por cento durante o ano de 2022, segundo dados divulgados ontem. Os dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatística chinês confirmam que o aumento dos preços ao consumidor permaneceu abaixo do tecto de 3 por cento que Pequim tinha estabelecido como meta oficial para 2022. Por sua vez, o índice de preços ao produtor, que mede os preços industriais, caiu 0,7 por cento em termos homólogos em Dezembro, moderando assim o crescimento ao longo do ano para 4,1 por cento, segundo dados oficiais. O índice de preços ao consumidor tinha aumentado 1,6 por cento em termos homólogos em Novembro, mês em que o índice de preços ao produtor caiu 1,3 por cento. A evolução dos preços ao consumidor no mês passado coincidiu com as previsões mais difundidas entre os analistas, enquanto a dos preços industriais ficou abaixo, já que os especialistas esperavam uma contracção de 0,1 por cento. Na comparação mês a mês, o índice de preços ao consumidor permaneceu igual a Novembro enquanto o índice de preços ao produtor recuou 0,5 por cento. Na terça-feira, o Banco Mundial reviu em baixa a previsão para o crescimento económico da China para 2023, antecipando que seja de 4,3 por cento contra 5,2 por cento em Junho passado, devido à inflação, à subida das taxas de juro e à guerra na Ucrânia.
Hoje Macau China / ÁsiaONU | Pequim defende assento de África no Conselho de Segurança O ministro dos Negócios Estrangeiros da China defendeu na quarta-feira, no início de um périplo por vários países africanos, incluindo Angola, que o continente devia ter um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas. “É injusto que África não tenha um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU”, disse Qin Gang, durante a inauguração da moderna sede do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), construído em Adis Abeba com o apoio financeiro da China. “A China entende que os interesses dos africanos só estarão garantidos quando o continente obtiver espaço suficiente no palco internacional”, argumentou o governante chinês, no início de uma visita a vários países africanos, que começou na Etiópia e inclui também Angola. De acordo com o governante, citado pela agência Efe, cerca de 17 por cento da agenda do Conselho de Segurança está relacionada com África, continente com 1.300 milhões de habitantes, pelo que se justifica a presença da União Africana neste órgão permanente da ONU. “O mundo tem um foco que exclui África do cenário internacional, não é justo que só certas partes decidam sobre outros países, isto não é aceitável”, reforçou o presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat. A resposta da China surge depois de muita insistência dos responsáveis africanos relativamente à presença no Conselho de Segurança das Nações Unidas e do G20. Além da Etiópia, o ministro chinês viajará também para o Gabão, Angola, Benim e Egipto, a sua primeira visita ao estrangeiro desde que assumiu o cargo, a 31 de Dezembro.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Angola na vanguarda da cooperação com a China Em vésperas da visita do ministro dos Negócios Estrangeiros chinês e da celebração de 40 anos das relações entre a China e Angola, o embaixador Gong Tao destaca o papel da antiga colónia portuguesa na cooperação sino-africana O embaixador chinês em Angola disse na quarta-feira que a relação com o país lusófono está na vanguarda da cooperação com África, na véspera da visita do chefe da diplomacia chinesa, marcando o 40.º aniversário de relações diplomáticas. Gong Tao falava, em Luanda, durante um espectáculo comemorativo da data, recordando que, desde Janeiro de 1983, os dois países apoiaram-se mutuamente na escolha das suas vias de desenvolvimento e salvaguardando os seus interesses comuns. O diplomata sublinhou que “sob o impulso da cooperação China-Angola”, cada vez mais países se têm voltado para Luanda e considerou que nos últimos 40 anos estabeleceram um exemplo para a cooperação de benefício mútuo China-Africa. Acrescentou que a China criou um novo modelo de cooperação de financiamento e apontou vários exemplos de cooperação, desde a construção de infraestruturas, a área sanitária, as trocas comerciais e o investimento, fazendo da China o maior parceiro comercial de Angola, o maior mercado de exportação deste país, enquanto a China é “uma importante fonte de investimento em Angola durante vários anos”. Por isso, continuou, “a cooperação China-Angola está na vanguarda da cooperação China-África”. Por outro lado, Gong Tao alertou para as “acções hegemónicas, abusivas, humilhação e pilhagens” que provocam prejuízos pesados e ameaçam os tempos de paz e segurança e colocam a sociedade perante desafios sem precedentes. Caminho a escolher “O mundo chegou novamente a uma encruzilhada histórica e o caminho que vai ser seguido depende da escolha dos povos do mundo”, disse o diplomata. Gong Tao considerou que “os ritmos de desenvolvimento dos dois países ressoam com a mesma frequência” e salientou que a China acredita que África é, em vez de uma “arena de competição entre as grandes potências”, um palco importante para a cooperação internacional, apoiando o desenvolvimento e respeitando a sua soberania. Assinalou também que a China, tal como Angola, está empenhada em promover a voz dos países em desenvolvimento, já que China e África sempre foram comunidades de interesses comuns. Sobre a visita do ministro dos Negócios Estrangeiros a África, já uma tradição diplomática, com Angola incluída no périplo, o embaixador considerou que é “um sinal” da atenção atribuída pela parte chinesa à sua parceria estratégica com Angola. Já a secretária de Estado para os Negócios Estrangeiros angolana, Esmeralda Mendonça, saudou a relação “de excelência” entre os dois países, incentivando a criação de sinergias em mais domínios da cooperação, bem como o incremento e diversificação das relações económicas e parcerias mutuamente vantajosas.
Hoje Macau China / ÁsiaFortes chuvas causam pelo menos dez mortos e dois desaparecidos nas Filipinas Pelo menos dez pessoas morreram e duas continuam desaparecidas após fortes chuvas e inundações terem atingido o leste e sul das Filipinas desde segunda-feira, informou hoje o centro de prevenção de desastres naturais do país. Na mais recente atualização, o centro indicou ainda que mais de oito mil pessoas tiveram de abandonar as suas casas para se abrigarem em diferentes centros de abrigo. As fortes chuvas e inundações afetaram mais de 430.000 habitantes em várias partes das Filipinas, referiu o centro. As zonas mais afetadas são a ilha de Samar, onde morreram duas pessoas, e a ilha de Mindanao, no leste e sul do arquipélago, onde as chuvas provocaram inundações e deslizamentos de terras. A agência meteorológica das Filipinas disse hoje que as chuvas deverão continuar até o fim de semana em Mindanao e em grande parte da região central de Visayas, pelo que é pouco provável que se transforme numa tempestade tropical. Atingidas por entre 15 e 20 tufões e ciclones tropicais a cada ano, as Filipinas estão entre as nações mais vulneráveis aos impactos das alterações climáticas. Especialistas de agências internacionais apontaram que o mau estado das infraestruturas e as habitações precárias como um dos principais fatores para um elevado número de mortes nas catástrofes naturais registadas no país. Durante as férias de Natal, as inundações e deslizamentos de terras nas Filipinas provocaram 49 mortos, obrigaram 51.400 pessoas a abandonar as suas casas e afetaram no total cerca de 500 mil filipinos. Os estragos causados à agricultura e às infraestruturas foram estimados em cerca de 25 milhões de dólares (23,3 milhões de euros), de acordo com o centro de prevenção de desastres naturais das Filipinas.
Hoje Macau China / ÁsiaII Guerra | Seul pondera criar fundo para apoiar trabalhadores forçados por empresas japonesas O Governo da Coreia do Sul anunciou hoje estar a considerar a criação de um fundo doméstico para compensar os coreanos forçados a trabalhar para empresas japonesas durante a Segunda Guerra Mundial. O plano, revelado durante uma audiência pública organizada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, foi recebido com duras críticas pelos antigos trabalhadores forçados e seus representantes legais, que exigiram que as indemnizações viessem do Japão. Uma dirigente do ministério, Seo Min-jung, disse que a prioridade é providenciar as compensações o mais rápido possível, lembrando que muitas vítimas de trabalho forçado já estão mortas e que a maioria dos sobreviventes tem mais de 90 anos. Seo, diretora do ministério para a Ásia Pacífico, disse que os pagamentos poderiam ser geridos pela Fundação para Vítimas de Mobilização Forçada do Japão Imperial, com sede em Seul. Shim Kyu-sun, presidente da fundação, disse que as indemnizações poderiam ser financiadas por empresas sul-coreanas que beneficiaram de assistência económica japonesa quando os dois países normalizaram os laços diplomáticos na década de 1960, incluindo a gigante do aço POSCO. Tribunais coreanos condenaram em 2018 empresas japonesas a pagar indemnizações a antigos trabalhadores forçados coreanos. Gigantes japonesas como a Nippon Steel e a Mitsubishi Heavy Industries recusaram-se a cumprir as decisões judiciais. Mas Seo Min-jung disse que “as empresas japonesas reduziram grande parte de sua atividade económica na Coreia do Sul e retiraram ativos, por isso nem está claro se um processo de liquidação seria suficiente para compensar os demandantes”. A dirigente ministerial disse ainda que funcionários do governo irão encontrar-se pessoalmente com as vítimas e familiares para explicar os planos de pagamento e obter o seu consentimento. Seo admitiu que seria “impossível” obrigar as empresas japonesas a desculparem-se pelo trabalho forçado, que por décadas foi uma das principais causas do impasse diplomático entre a Coreia do Sul e o Japão. “Seria importante que o Japão sinceramente mantivesse e herdasse as comoventes expressões de desculpas e remorso que já expressou no passado”, disse a dirigente. O Presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol, um conservador que assumiu o cargo em maio, reuniu-se com o primeiro-ministro japonês Fumio Kishida em novembro. Na primeira reunião entre os chefes de governo dos dois países em três anos, ambos expressaram o compromisso de resolver rapidamente questões bilaterais “pendentes”, numa referência implícita à disputa do trabalho forçado. A Coreia do Sul e o Japão mantêm disputas decorrentes da ocupação colonial japonesa, antes e durante a Segunda Guerra Mundial, nomeadamente devido à escravidão sexual vivida por mulheres sul-coreanas e imposta por soldados japoneses.
Hoje Macau China / ÁsiaDjibuti | Grupo chinês vai construir base de lançamento aeroespacial O Governo de Djibuti assinou um acordo com o grupo aeroespacial chinês Hong Kong Aerospace Technology Group para construir uma base de lançamento no valor de 932 milhões de euros, segundo a imprensa local. O Presidente do pequeno país do Corno de África, Ismail Omar Guelleh, presidiu à assinatura do memorando de entendimento numa cerimónia no palácio presidencial na capital, Djibuti, na segunda-feira, noticiou o jornal La Nation, citado pela agência de notícias EFE. “Este projecto custará mil milhões de dólares e durará cinco anos”, disse Guelleh, na sua conta do Twitter. “O projecto de lançamento de satélites e foguetes também inclui a construção de um porto e de uma estrada de prestígio internacional na região norte de Obock para o transporte de materiais necessários ao desenvolvimento de sítios aeroespaciais”, disse o chefe de Estado, que está no poder desde 1999. O acordo, acrescentou, prevê a “concessão definitiva das infraestruturas construídas do lado Djibuti após 30 anos de cogestão”. O Djibuti está estrategicamente localizado numa das rotas comerciais mais movimentadas do mundo, na porta de entrada do Mar Vermelho do Oceano Índico, e no cruzamento entre África e a Península Arábica, a uma curta distância do Iémen. Sob Guelleh, o segundo presidente do Djibuti depois do seu tio Hassan Gouled Aptidon (que governou desde 1977, quando o Djibuti ganhou a independência da França, até 1999), o país aproveitou esta vantagem geográfica para investir em portos e infraestruturas logísticas.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Pequim descreve situação em 2022 como “séria” e “complexa” A situação no Estreito de Taiwan ao longo de 2022 foi “séria” e “complexa”, afirmou ontem um porta-voz do Governo chinês, apontando que Pequim “tomou a iniciativa” de “unir compatriotas” em ambos os lados. “Adoptámos uma série de medidas fortes para esmagar todas as formas de provocação”, disse Ma Xiaoguang, porta-voz do Gabinete para os Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado, o executivo chinês, acrescentando que as “actividades separatistas” e a “interferência de forças estrangeiras” ameaçam “seriamente” os interesses fundamentais da nação chinesa. “No novo ano, a estratégia para resolver a questão de Taiwan será aderir ao princípio da reunificação pacífica”, explicou Ma, observando que a “estratégia de Taiwan de contar com países estrangeiros para alcançar a independência” está “condenada ao fracasso”, depois de o número de visitas à ilha de deputados e representantes políticos de vários países ter aumentado, no ano passado. A 26 de Dezembro, Taipé denunciou a presença de 71 aviões chineses nas proximidades da ilha. Pequim respondeu assim à aprovação, no mês passado, pelo Congresso dos Estados Unidos, da chamada Lei de Autorização de Defesa Nacional (NDAA), que prevê uma despesa de 858 mil milhões de dólares em defesa, energia e segurança nacional, incluindo ajuda militar a Taiwan. A líder do território, Tsai Ing-wen, anunciou em Dezembro que irá prolongar o serviço militar obrigatório para homens, que actualmente é de quatro meses, para um ano, a partir de 2024, “face ao avanço do autoritarismo chinês”. A ilha é uma das maiores fontes de tensão entre China e Estados Unidos, principalmente porque Washington é o principal fornecedor de armas de Taiwan e seria o seu maior aliado militar, no caso de uma guerra com Pequim.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Criticada alegada ingerência no caso de Jimmy Lai A China reafirmou a sua posição de intolerância sobre qualquer tentativa de intromissão estrangeira nos assuntos internos do país através de uma declaração dirigida ao governo do Reino Unido O Governo de Hong Kong acusou ontem o Reino Unido de interferir na justiça local, na sequência de um encontro entre um ministro britânico e advogados do magnata dos ‘media’ do território Jimmy Lai. “Nunca toleraremos e lamentamos fortemente qualquer forma de interferência de qualquer poder ou indivíduo estrangeiro nos procedimentos judiciais e assuntos internos de Hong Kong”, indicou numa declaração, acusando Londres de “tentar desacreditar” o Estado de direito na região semiautónoma chinesa. “Qualquer arguido que tente procurar ajuda e conspirar com um poder político estrangeiro para fugir ao processo de justiça criminal, é um acto flagrante que mina o Estado de direito de Hong Kong e interfere com os assuntos internos” da região, acrescentou. O Governo de John Lee considerou ainda que “tais actos por parte de um réu constituem, muito provavelmente, desobediência pelo tribunal”. Já preso por outras acusações, Jimmy Lai, o magnata de 75 anos, enfrenta ainda uma sentença de prisão perpétua num processo por “conluio com forças estrangeiras”, um crime ao abrigo da Lei de Segurança Nacional imposta por Pequim à região, na sequência dos protestos de 2019. Lai fundou o jornal diário independente de Hong Kong Apple Daily, que, entretanto, foi encerrado. O julgamento de Lai, naquela acusação, devia ter começado em Dezembro, mas foi adiado para o próximo mês de Setembro depois de Hong Kong ter pedido a Pequim para impedir Lai de ser representado por um advogado londrino. “É realmente estúpido da parte dos advogados de Jimmy Lai ter pedido ao governo [do primeiro-ministro britânico, Rishi] Sunak para intervir”, afirmou, numa mensagem ontem divulgada na rede social Twitter, uma delegada do Conselho Executivo de Hong Kong, Regina Ip. Para Ip, esta tentativa dos advogados de Lai justifica que se impeça o envolvimento de advogados estrangeiros em “casos de segurança nacional”, um poder dado ao líder de Hong Kong, John Lee, por Pequim no mês passado. Equipa britânica A questão surgiu, pela primeira vez, quando Lai contratou o proeminente advogado britânico Tim Owen para o defender. Vários juízes locais aprovaram a decisão, apesar das objecções do governo. Entretanto, o gabinete de Sunak confirmou que a secretária de Estado para a região Ásia-Pacífico, Anne-Marie Trevelyan, se tinha encontrado com a equipa jurídica do réu, na terça-feira. “Temos sido claros de que as autoridades de Hong Kong têm de deixar de visar vozes pró-democracia, incluindo Jimmy Lai”, disse o porta-voz de Sunak, Max Blain, em Londres. A líder da equipa jurídica, Caoilfhionn Gallagher, disse que o filho de Lai esteve em Londres, esta semana, para pedir aos responsáveis britânicos para protegerem o pai. “Ele está a ser sujeito a ‘lawfare’, ou múltiplos processos e acções judiciais, todos concebidos para o silenciar e desacreditar e enviar uma mensagem clara a outros que não se devem atrever a criticar as autoridades chinesas ou de Hong Kong”, disse a advogada, numa resposta por e-mail à agência de notícias Associated Press.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Medidas retaliatórias contra Tóquio e Seul “razoáveis” – imprensa chinesa A imprensa estatal chinesa considerou hoje “razoável” a suspensão da emissão de certos vistos para sul-coreanos e japoneses, em retaliação contra as medidas de controlo adoptadas por aqueles países para viajantes oriundos da China. O Global Times, jornal oficial do Partido Comunista Chinês, defendeu que as medidas adoptadas por Pequim são uma “resposta direta e razoável” e visam “proteger os seus interesses legítimos”, depois de “alguns países exagerarem a situação epidémica” na China e imporem restrições, numa “clara demonstração de manipulação política”. O Japão passou a exigir, esta semana, que os viajantes provenientes do território chinês, com exceção de Hong Kong, apresentem um teste PCR negativo antes de embarcarem e façam outro teste à chegada. Outros países, incluindo Portugal, adotaram medidas semelhantes. Também a China exige a apresentação de um resultado PCR negativo a quem viaja para o seu território. O país asiático manteve as fronteiras encerradas durante quase três anos, impondo períodos de quarentena até 28 dias, em instalações designadas, a viajantes oriundos do exterior. A concessão de vistos para cidadãos chineses pelo Japão não foi afetada, ao contrário da Coreia do Sul, que suspendeu a emissão de vistos para turistas chineses até ao final de janeiro. Segundo o Global Times, a Coreia do Sul não deve ficar “surpreendida” com a retaliação chinesa. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros Wang Wenbin limitou-se a comentar na terça-feira que, desde que a China anunciou a decisão de abrir fronteiras e gerir a covid-19 de forma mais branda, “alguns países anunciaram restrições sem levar em conta a ciência, os fatos e a situação epidémica real”. Embora Wang não tenha mencionado nem o Japão nem a Coreia do Sul, o porta-voz observou que “alguns países insistiram em tomar medidas discriminatórias contra a China”. “Rejeitamos essas medidas e adotamos medidas retaliatórias”, apontou. “Pedimos a esses países que tomem medidas baseadas em factos e na ciência, e que sejam proporcionais. A resposta à covid-19 não deve ser usada como pretexto para manipulação política. Não se pode discriminar”, assegurou. O porta-voz acrescentou que a “situação epidémica na China está a melhorar” e que “algumas províncias e cidades já ultrapassaram o pico de infeções”. “A vida e o trabalho estão a voltar rapidamente ao normal”, observou. “A China logo trará vitalidade económica e oportunidades para o mundo, e vai estar numa posição melhor para estabilizar e impulsionar a economia global”, realçou. Dezenas de países e regiões impuseram restrições aos viajantes oriundos da China por temerem o surgimento de novas variantes e considerarem que Pequim não está a divulgar dados reais sobre a extensão da vaga de casos. Apesar do ‘tsunami’ de infeções e dos cenários de alta pressão hospitalar registados em algumas cidades chinesas após o abandono da política de ‘zero covid’, as autoridades do país reportaram apenas algumas dezenas de mortes recentes pela doença. A China, que abriu as suas fronteiras a 8 de Janeiro, defende que tem partilhado dados “de forma aberta, atempada e transparente” desde o início da pandemia.
Hoje Macau China / ÁsiaNovo MNE chinês está na Etiópia onde vai inaugurar sede do CDC África O primeiro-ministro da Etiópia recebeu hoje em Adis Abeba o novo ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Qin Gang, na sua primeira visita internacional, em que irá inaugurar a sede dos Centros Africanos de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC África). “As relações entre os dois países continuam fortes e as nossas conversações de hoje realçaram isto, para além dos nossos objetivos estratégicos comuns de desenvolvimento e do nosso empenho na cooperação continental e global”, disse o chefe de Governo etíope, Abiy Ahmed, na rede social Twitter. Qin Gang chegou à capital etíope esta manhã e foi recebido no aeroporto pelo seu homólogo da Etiópia, Demeke Mekonnen Hassen. O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês deverá ter reuniões com altos funcionários, tanto do Governo etíope, como da União Africana (UA) sobre cooperação diplomática e questões de desenvolvimento, disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Etiópia. Qin participará ainda na inauguração da nova sede CDC África, uma instituição da UA, em Adis Abeba. O Governo chinês garantiu os 80 milhões de dólares (cerca de 74,6 milhões de euros) que a UA necessitava para construir o edifício, que é um dos centros médicos mais bem equipados em África para o controlo de doenças, disse Amira Elfadil Mohamed, Comissária da UA para os Direitos Sociais e Humanos. Segundo Mohamed, a UA poderá melhorar a sua cooperação com os governos de todo o continente, bem como ajudar a África a produzir as suas próprias vacinas e a acabar com a sua dependência de outras potências. A nova sede inclui também um centro de operações de emergência, um centro de dados, um laboratório, salas de formação, um centro de conferências, escritórios e apartamentos para os trabalhadores de outros países residirem. “A China construiu o edifício do CDC África na Etiópia, na esperança de expressar a sua cooperação com os países africanos”, disse hoje o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Wenbin, através de uma declaração. Além de visitar a Etiópia, Qin também viajará para quatro outros países africanos – Gabão, Angola, Benim e Egito – no que será a sua primeira viagem ao estrangeiro desde a sua nomeação como ministro dos Negócios Estrangeiros, em 31 de dezembro. O objetivo desta viagem, que durará até 16 de janeiro, é “aprofundar a parceria estratégica e a cooperação em todas as frentes” entre a China e África, salientou Wang. Quin está assim a cumprir uma tradição de 33 anos, segundo a qual o chefe da diplomacia chinesa faz a sua primeira viagem do ano ao estrangeiro a África, de acordo com Wang. A China tem demonstrado um interesse crescente em África, tornando-se o maior parceiro comercial do continente. Além da construção do edifício do África CDC, a China financiou a construção da sede da UA em Adis Abeba, em 2012, e um novo parlamento para o Zimbabué, em 2022, entre outras obras. A China também iniciou a construção da sede da Comissão Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) em Abuja, capital da Nigéria, em 2022. De acordo com dados recolhidos pela Universidade John Hopkins (Baltimore, Estados Unidos), entre 2000 e 2019, entidades chinesas assinaram mais de 1.100 compromissos de empréstimo avaliados em cerca de 153 mil milhões de dólares com governos africanos ou empresas públicas em países africanos. Pequim abriu também a sua primeira base militar ultramarina no Djibuti, um país do Corno de África, em 2017.
Hoje Macau China / ÁsiaNovo MNE chinês inicia mandato com visita a África que inclui Angola O novo ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Qin Gang, vai iniciar o seu mandato com uma viagem de uma semana a cinco países africanos, que inclui Angola, anunciou o seu ministério. Qin, que até recentemente era embaixador nos Estados Unidos, vai visitar Etiópia, Gabão, Angola, Benim e Egito, entre 09 e 16 de janeiro, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros Wang Wenbin, em conferência de imprensa. No Egito, Qin também vai reunir com o secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit. O novo ministro cumpre assim com a tradição de mais de três décadas de iniciar o ano com um périplo por África. “Isto mostra que a China atribui grande importância à amizade tradicional com África e ao desenvolvimento das relações China -África”, disse Wang. A China tornou-se um importante parceiro comercial do continente africano e um dos maiores investidores em projetos de infraestrutura e mineração. Qin, 56 anos, foi nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros em 30 de dezembro. Ele sucedeu a Wang Yi, 69 anos, que substituiu Yang Jiechi como o diretor do escritório do Partido Comunista para as relações externas, a mais alta figura da diplomacia chinesa.
Hoje Macau China / ÁsiaMais de 250 mil entraram na China no primeiro dia de reabertura das fronteiras Mais de 250 mil pessoas entraram pelas fronteiras chinesas no domingo, dia em que a China levantou a quarentena obrigatória para viajantes do estrangeiro, pondo fim a três anos de isolamento auto-imposto. Segundo dados da Administração Geral das Alfândegas chinesa, citados pelo jornal oficial China Daily, o gigante asiático registou um total de 251.045 entradas no país provenientes de outros países e territórios. O valor está ainda muito longe da média de cerca de 945.300 entradas diárias no país registadas no primeiro trimestre de 2019, segundo dados da Administração Geral das Alfândegas, citados pela Bloomberg. Quase 400 navios, 325 voos, 6.323 camiões e 83 comboios chegaram à China no domingo. Após cerca de três anos com algumas das restrições mais severas do mundo, que prejudicaram a sua economia e acabaram por desencadear protestos a nível nacional, as autoridades chinesas decidiram, no final de dezembro, abolir abruptamente a maior parte das medidas de controlo da pandemia provocada pelo vírus SARS-CoV-2. O último passo do levantamento das restrições aconteceu no domingo, com o fim das quarentenas obrigatórias em hotéis designados para todas as pessoas que chegavam ao país desde março de 2020. Inicialmente de três semanas, a duração desta quarentena já tinha sido reduzida para uma semana no verão de 2022, passando depois para cinco dias em novembro. O anúncio do fim da chamada política “covid zero” e da quarentena obrigatória levou os chineses a fazerem planos para viajar para o estrangeiro, com um aumento exponencial do tráfego nos ‘sites’ de reservas, avançou a agência France-Presse. Na sequência desta decisão chinesa de abrir as suas fronteiras, mais de uma dezena de países, entre os quais Portugal, passaram a exigir aos viajantes oriundos daquele país um teste negativo à covid-19. A China está a enfrentar uma onda sem precedentes de infeções pelo SARS-CoV-2. Em Henan, a terceira província mais populosa da China, 89% da população foi infetada com o novo coronavírus, até 06 de janeiro, disse Kan Quancheng, funcionário da autoridade de saúde local. Esta percentagem representa cerca de 88,5 milhões de pessoas. As autoridades esperam uma nova onda de casos durante o Ano Novo Lunar, que calha este ano a 22 de janeiro. Este período, a principal festa das famílias chinesas, é a maior migração anual do planeta, à medida que milhões de chineses retornam às suas terras natais. Segundo a agência noticiosa oficial Xinhua, no total, foram realizadas 34,7 milhões de viagens no sábado, o primeiro dia da temporada de viagens por ocasião do Ano Novo Lunar, o que representa um aumento de 38,2% em relação ao mesmo dia de 2022.