Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte | Assumido erro no lançamento de satélite espião A Coreia do Norte anunciou na quarta-feira, através dos meios de comunicação estatais, que o lançamento de um veículo espacial para tentar colocar em órbita um satélite espião falhou, informou a agência sul-coreana Yonhap. O lançamento do veículo espacial, identificado pelo Japão como “presumível míssil balístico” e pela Coreia do Sul como um foguetão de longo alcance, falhou devido a um erro na terceira fase, segundo a agência norte-coreana KCNA. A agência espacial de Pyongyang anunciou ainda uma nova tentativa de colocar o satélite em órbita para o mês de Outubro. A Coreia do Norte explicou que o seu satélite espião Malligyong-1 foi lançado a bordo de um novo tipo de foguetão espacial, denominado Chollima-1, e que embora a primeira e segunda fases tenham decorrido “normalmente”, na terceira ocorreu um “erro no sistema de propulsão de emergência”. A Agência Espacial de Desenvolvimento Espacial da Coreia do Norte acrescentou que “a causa do acidente não é um grande problema em termos de fiabilidade do motor” e que irá realizar o novo lançamento “depois de investigar exaustivamente as causas”, segundo informações da KCNA, citadas pela Yonhap. Na terça-feira, a Coreia do Norte informou o Japão da intenção de lançar um satélite nos próximos dias, após um teste anterior, realizado há três meses, ter fracassado. A 31 de Maio, um foguetão apresentado por Pyongyang como de lançamento de um satélite de observação militar despenhou-se no mar Amarelo pouco depois da descolagem, com as autoridades norte-coreanas a invocarem um problema técnico. Pyongyang explicou que pretendia “confrontar as perigosas acções militares dos Estados Unidos e dos seus vassalos”.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Pequim pede a EUA que cancelem plano de venda de armas à ilha A China pediu ontem aos Estados Unidos da América (EUA) que “cancelem imediatamente” o seu mais recente plano de venda de caças F-16 e sistemas de rastreamento infravermelho a Taiwan, avaliado em cerca de 500 milhões de dólares. “A China insta os EUA a cancelarem imediatamente o seu mais recente plano de venda de armas a Taiwan e a abandonarem o caminho perigoso de armar o território”, disse o porta-voz do ministro dos Negócios Estrangeiros, Wang Wenbin, em conferência de imprensa. O porta-voz acrescentou que a “China vai adoptar medidas fortes, para salvaguardar a sua soberania e integridade territorial”. O Governo norte-americano aprovou na quarta-feira o plano de venda avaliado em cerca de 500 milhões de dólares. O Gabinete do Representante Cultural e Económico de Taiwan nos EUA pediu ao executivo norte-americano autorização para realizar a compra à fabricante de armamento Lockheed Martin, segundo um comunicado do Departamento de Estado. O pedido formal do comprador é o primeiro passo no processo de venda de armas militares dos EUA ao exterior. Em seguida, o Departamento de Estado autoriza a venda, que depois passa pelo Congresso, que toma a decisão final. O pedido de Taipé inclui material de apoio para os caças F-16, munições, programas de computador e equipamento para treino militar.
Hoje Macau China / ÁsiaWagner | Prigozhin entre passageiros de desastre aéreo A Agência Federal de Transporte Aéreo da Rússia (Rosaviatsiya) indicou que Yevgeny Prigozhin, líder do grupo mercenário russo Wagner, era um dos passageiros do jacto privado que se despenhou na quarta-feira a norte de Moscovo, em que todos os ocupantes morreram. Segundo a mesma fonte, estava também entre os passageiros Dmitry Utkin, um dos fundadores do grupo Wagner e ex-oficial das forças especiais russas. “De acordo com a companhia aérea, os seguintes passageiros estavam a bordo do avião Embraer – 135”, disse Rosaviatsiya, citando os nomes de Prigozhin e Utkin. Um canal na rede social Telegram próximo do grupo, Grey Zone, publicou que Prigozhin e Utkin morreram “como resultado das acções de traidores da Rússia”. A Rosaviatsiya já havia indicado que na lista de ocupantes do jato estava o nome de Prigozhin e que havia iniciado uma investigação sobre a queda do avião da Embraer, ocorrida na região de Tver. Sem surpresa O Presidente dos Estados Unidos Joe Biden referiu ontem que não ficou surpreendido com a possível morte do chefe do grupo mercenário. “Ainda não sei bem o que aconteceu, mas não estou surpreendido. Poucas coisas acontecem na Rússia sem que Putin tenha algo a ver com isso”, frisou o chefe de Estado norte-americano, em declarações durante as suas férias que decorrem em Lake Tahoe, localizado entre Nevada e Califórnia. Até agora, o Departamento de Estado e o Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, responsável pela política externa, evitaram tomar posição sobre as implicações do incidente. No entanto, a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Adrienne Watson, frisou, através da rede social X (antigo Twitter), que a equipa de Biden tinha visto as publicações nos ‘media’ sobre o sucedido. “Se for confirmado, ninguém deve ficar surpreendido”, sublinhou Watson. “A guerra desastrosa na Ucrânia levou um exército privado a marchar sobre Moscovo e agora – ao que parece – a isto”, acrescentou. Veterano militar Os serviços de emergência russos já resgataram oito corpos no local do incidente, mas por enquanto a identidade das vítimas não foi confirmada, segundo a agência oficial RIA Nóvosti. O avião terá caído na região de Tver, mais de 100 quilómetros ao norte da capital russa, onde não há aeródromos próximos. O líder dos mercenários Wagner, de 62 anos, lutou ao lado do exército regular russo na Ucrânia e protagonizou há dois meses uma rebelião militar fracassada contra as chefias militares russas, na qual chegou a tomar uma das cidades mais importantes do sul da Rússia, Rostov-no-Don. Após a mediação do Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, Prigozhin concordou em retirar os seus mercenários e transferir a sua base para o território daquela antiga república soviética. Depois de acusá-lo de traição, o Presidente russo, Vladimir Putin, recebeu-o no Kremlin, após o que Prigozhin anunciou o reinício das operações do Grupo Wagner em África.
Hoje Macau China / ÁsiaBRICS | Lula diz que novos membros atestam relevância do grupo A cimeira dos BRICS terminou ontem na África do Sul com a adesão de seis novos membros, Arábia Saudita, Argentina, Egipto, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irão. O bloco de emergentes passa a representar seis dos nove maiores produtores de petróleo do mundo O Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou ontem que a entrada de seis novos países no grupo BRICS, como a Argentina, a quem enviou uma “mensagem especial”, atesta a relevância do bloco das economias emergentes. “A relevância dos BRICS é confirmada pelo interesse crescente que outros países demonstram na adesão ao agrupamento”, afirmou Lula no encerramento da 15.ª cimeira do grupo formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que decorreu ontem em Joanesburgo, África do Sul. Lula afirmou que “é com satisfação que o Brasil dá as boas-vindas aos BRICS à Arábia Saudita, Argentina, Egipto, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irão”, que passarão a integrar formalmente o grupo a partir de 01 de Janeiro de 2024. “Agora, o PIB do BRICS eleva-se para 36 por cento do PIB [produto interno bruto] global em paridade de poder de compra e 46 por cento da população mundial”, sublinhou. Actualmente, o bloco representa mais de 42 por cento da população mundial e 30 por cento do território do planeta, além de 23 por cento do PIB global e 18 por cento do comércio mundial, sendo os maiores parceiros comerciais de África, segundo o Governo sul-africano. Com a entrada da Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Irão, anunciada ontem, o bloco de economias emergentes passa também a representar seis dos nove maiores produtores de petróleo do mundo, juntamente com a Rússia, China e Brasil. O líder sul-americano, ex-dirigente sindical tal como o seu anfitrião sul-africano Cyril Ramaphosa, avançou que o bloco “continuará aberto a novos candidatos” e, para tal, foram aprovados também “critérios e procedimentos para futuras adesões”. Moeda na calha Na sua intervenção, o Presidente do Brasil declarou também que os BRICS aprovaram ainda a criação de um grupo de trabalho para estudar a adopção de uma “moeda de referência” do BRICS. “Essa medida poderá aumentar as nossas opções de pagamento e reduzir as nossas vulnerabilidades”, adiantou. O chefe de Estado brasileiro destacou também a decisão relacionada com reforma da governança global, especialmente em relação ao Conselho de de Segurança das Nações Unidas. Apelos de Xi O Presidente chinês no seu discurso na abertura da Cimeira naÁfrica do Sul afirmou “que o mundo está a passar por grandes mudanças, divisões e reagrupamentos, e em que entrou num novo período de turbulência e transformação”. “A mentalidade da Guerra Fria ainda assombra o nosso mundo e a situação geopolítica está a tornar-se tensa. Os países BRICS devem defender a direcção do desenvolvimento pacífico e consolidar a parceria estratégica dos BRICS”, afirmou. Xi Jinping considerou que o grupo dos países emergentes “devem ter sempre em conta o propósito da nossa fundação, de reforçar a unidade, de agir com forte sentido de responsabilidade, reforçando a cooperação a todos os níveis, e promover um desenvolvimento de alta qualidade, para que haja maior estabilidade, certeza e energia positiva no mundo”. “O desenvolvimento não é um privilégio de apenas alguns países”, frisou. O líder chinês também observou a necessidade de defender a “equidade e a justiça, e melhorar a governação global”. “O reforço da governação global é a escolha certa se a comunidade internacional pretende partilhar oportunidades de desenvolvimento e enfrentar os desafios urbanos”, considerou o líder chinês. Cerca de 40 países manifestaram o desejo de aderir ao bloco, segundo o Governo sul-africano, que este ano ocupa a presidência rotativa dos BRICS. O bloco recebeu “manifestações formais de interesse” de 23 países, incluindo também Bolívia, Cuba, Honduras, Venezuela e Indonésia, que terá solicitado “mais tempo” para considerar o convite de adesão ao grupo, segundo fonte governamental nas negociações. A China apoiou especialmente a expansão dos BRICS, que procuram obter maior protagonismo nas instituições internacionais, até agora dominadas pelos Estados Unidos e pela Europa. Brasil, Índia e África do Sul estiveram representados pelos respectivos chefes de Estado e de Governo na cimeira dos BRICS, que decorreu entre terça-feira e ontem.
Hoje Macau China / ÁsiaPyongyang | PM repreendido por cheias e acusado de ser responsável pela crise O líder norte-coreano, Kim Jong-un, repreendeu severamente o seu primeiro-ministro e outros altos responsáveis pela sua “resposta irresponsável” às recentes inundações de terrenos agrícolas ao longo da costa ocidental da Coreia do Norte, noticiou ontem a imprensa estatal. As inundações de Verão na Coreia do Norte causam muitas vezes graves danos nos terrenos de cultivo devido a má drenagem da água e à desflorestação. Observadores afirmaram que as críticas de Kim aos altos responsáveis provavelmente tiveram como objectivo tentar desviar para eles a culpa pelas dificuldades económicas e insegurança alimentar do país, ou preparar o terreno para uma remodelação no Governo. Na segunda-feira, Kim visitou uma região costeira ocidental onde a água do mar recentemente destruiu o molhe, inundando mais de 270 hectares de arrozais. Depois de vistoriar a situação, Kim acusou os dirigentes de “negligência muito irresponsável das suas obrigações”, segundo a Agência Central de Notícias Coreana (KCNA, na sigla em inglês). O chefe de Estado criticou o seu primeiro-ministro, Kim Tok Hun, por exibir “a atitude de um espectador”, escreveu a KCNA; repreendeu o vice-primeiro-ministro por não cumprir os seus deveres lealmente; e acusou o director do departamento de reabilitação da área costeira de ocultar combustível que se destinava a ser usado em projectos de construção civil. “Nos últimos anos, a disciplina administrativa e económica do executivo de Kim Tok Hun tornou-se gravemente deficiente e, consequentemente, os ociosos estão a dar cabo de todo o trabalho económico do Estado com uma forma de trabalhar irresponsável”, declarou Kim Jong-un, citado pela KCNA. Mão humana Kim classificou as recentes inundações como um desastre causado pelo homem, referindo-se a um projecto de obras fracassado que se destinava a melhorar a drenagem das águas pluviais na zona. Segundo indicou, o projecto avançou apesar de ter sido identificada uma fuga substancial, e ele ordenou medidas disciplinares severas para os responsáveis pelos danos causados pelas cheias. Alguns especialistas que acompanham a Coreia do Norte consideraram as acções de Kim Jong-un invulgarmente fortes, tendo em conta que não houve relatos de vítimas humanas. Na sua opinião, Kim poderá estar a usar as inundações como uma oportunidade para substituir as cúpulas do poder de Pyongyang, numa tentativa para reforçar a confiança da população na sua governação, enquanto luta para reanimar uma economia afectada pela pandemia de covid-19. “Kim Jong-un parece estar à procura de medidas extremas para afastar as queixas públicas, que têm aumentado devido à degradação dos meios de subsistência e à situação económica da população”, sustentou Tae Yongho, um deputado sul-coreano que trabalhou como secretário na embaixada da Coreia do Norte em Londres antes de desertar, em 2016. Especialistas estrangeiros creem que a actual escassez alimentar e os problemas económicos do país se aprofundaram devido às medidas de contenção da pandemia, a sanções da ONU e à má gestão da própria Coreia do Norte. Mas não há indícios de uma fome iminente ou de grande agitação pública que possa ameaçar o controlo de Kim sobre os seus 26 milhões de habitantes.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Pequim chama embaixador após anúncio de descargas de Fukushima no mar A China convocou na terça-feira o embaixador do Japão em Pequim, após o anúncio por Tóquio da intenção de descarregar no Oceano Pacífico, a partir de hoje, a água da central nuclear de Fukushima. “O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros Sun Weidong convocou o embaixador do Japão na China, Hideo Tarumi, para lhe fazer uma declaração solene, depois de Tóquio ter anunciado que começará a descarregar água da central afectada de Fukushima no Oceano Pacífico esta semana”, segundo um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) chinês. Após o anúncio do início das operações esta semana, Pequim acusou o Japão de descarregar arbitrariamente água contaminada da central nuclear danificada de Fukushima no mar. “O oceano é propriedade de toda a humanidade, não é um lugar onde o Japão possa descarregar arbitrariamente água contaminada”, afirmou o porta-voz do MNE chinês, Wang Wenbin, em conferência de imprensa. “O Governo chinês insiste que as pessoas devem estar em primeiro lugar e vai continuar a tomar todas as medidas que considerar necessárias para salvaguardar a segurança alimentar e a saúde dos cidadãos chineses”, acrescentou Wang Wenbin. “Pedimos ao Japão que abandone este plano”, reiterou o porta-voz chinês, no último apelo a Tóquio para desistir de uma iniciativa que, segundo Pequim, “suscitou múltiplas preocupações na comunidade internacional”. Tóquio anunciou na terça-feira a data da primeira descarga de água, cerca de três meses depois de a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) ter afirmado que o plano japonês está em conformidade com os padrões definidos para este tipo de casos. A libertação de água, que deve arrancar a partir de hoje, começa quase 12 anos e meio após a fusão nuclear de Março de 2011, causada por um forte sismo e tsunami.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | China e África do Sul defendem solução política para a crise Os governos da África do Sul e da China emitiram ontem um comunicado conjunto no qual voltam a defender a implementação de um diálogo construtivo como a “única saída viável” para resolver a crise na Ucrânia. “Ambas as partes (…) procurarão a reconciliação e promoverão o processo de negociação” e estão prontas a “desempenhar um papel construtivo numa solução política”, refere-se no comunicado emitido por Pequim, no âmbito da décima quinta cimeira dos BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – que decorre em Joanesburgo. Na declaração, China e África do Sul sublinham que trabalharão para “salvaguardar conjuntamente o sistema internacional com as Nações Unidas no seu centro” e defenderão “uma ordem internacional justa baseada no direito internacional”, bem como “os direitos e interesses dos países em desenvolvimento”, o respeito pela soberania nacional e a integridade territorial. A África do Sul – que lidera uma coligação de países africanos -, a China e também o Brasil, estão entre os Estados que apresentaram as suas próprias propostas de paz para tentar iniciar um processo de diálogo entre a Rússia e a Ucrânia. A Ucrânia, embora acolhendo todas elas, argumentou que qualquer iniciativa de paz deve incluir as condições estabelecidas no plano do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, incluindo a saída da Rússia do território, a entrega dos territórios ocupados e a abertura de julgamentos por crimes de guerra contra os responsáveis pela invasão.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Confirmada prisão obrigatória para crimes contra segurança O Supremo Tribunal de Hong Kong confirmou ontem a aplicação de penas mínimas obrigatórias para condenados por atentar contra a segurança nacional, o que poderá ter consequências para os processos de dezenas de activistas pró-democracia. A jurisprudência resulta da decisão sobre o recurso do estudante universitário Lui Sai-yu que foi condenado em 2022 a cinco anos de prisão por “incitar à secessão”, apesar de se ter declarado como culpado. Ao condená-lo, uma juíza de um tribunal de primeira instância concedeu-lhe uma redução de um terço da pena por ter confessado a culpa, pelo que ficaria preso apenas 44 meses, segundo a agência norte-americana AP. Mas a juíza alterou a sentença depois de a acusação ter argumentado que o crime cometido por Lui era de natureza grave e que a pena mínima deveria ser de cinco anos. Lui, 26 anos, recorreu para o Supremo, alegando que deveria ter beneficiado da redução da pena concedida aos que se declaram culpados, uma prática comum em Hong Kong. Em Abril de 2022, Lui admitiu que o conteúdo de um canal na plataforma Telegram que administrava incitava outras pessoas a tentar separar Hong Kong da China ou alterar o estatuto jurídico do território de forma ilegal. Os juízes do Supremo rejeitaram por unanimidade o recurso e decidiram que a pena mínima de cinco anos é obrigatória para quem comete infrações graves relacionadas com a secessão, tal como estipulado na lei de segurança.
Hoje Macau China / ÁsiaChina-África | Comércio cresce 7,4% nos primeiros sete meses do ano O comércio entre China e África aumentou 7,4 por cento, em termos homólogos, para 158 mil milhões de dólares, nos primeiros sete meses do ano, segundo dados difundidos ontem pelas alfândegas da China. O país asiático continuou a ser o maior parceiro comercial de África, ao longo dos últimos dez anos. Em 2022, o comércio bilateral ascendeu a 257 mil milhões de dólares, um aumento de 14,8 por cento, face ao ano anterior. Nos primeiros sete meses, as exportações da China para os países africanos cresceram 20 por cento, em termos homólogos, para 98 mil milhões de dólares, enquanto as importações atingiram 60 mil milhões de dólares, segundo os dados alfandegários. Os dados apontam para um excedente comercial a favor da China de cerca de 43 mil milhões de dólares. As exportações de barcos e automóveis aumentaram 81,3 por cento e 26,1 por cento, respectivamente, em termos homólogos. As vendas de produtos mecânicos e eléctricos aumentaram 32,5 por cento, compondo agora metade do volume do comércio bilateral. A China permaneceu como o maior destino das exportações africanas. O petróleo bruto, minério de metal e produtos agrícolas compõem a maioria das vendas dos países africanos para o país asiático. Entre as economias africanas, a África do Sul foi o maior parceiro comercial da China, nos primeiros sete meses do ano. Angola surge em terceiro lugar, atrás da Nigéria.
Hoje Macau China / ÁsiaFujian | Brasil convidado de honra para feira comercial O gigante sul-americano marca presença em Xiamen com um pavilhão nacional. Na feira, estarão representantes dos governos de cinco estados do Brasil e de associações dedicadas ao comércio entre os dois países O Brasil é um dos três países convidados de honra para a 23.ª Feira Internacional de Investimento e Comércio da China (CIFIT, na sigla em inglês), entre 8 e 11 de Setembro, no leste da China. O ministro-adjunto do Comércio chinês, Chen Chunjiang, disse na terça-feira, numa conferência de imprensa, que cada um dos países convidados de honra – Brasil, Sérvia e Qatar – vai ter um pavilhão nacional na CIFIT, que decorre em Xiamen, na província de Fujian. O programa da feira inclui, pela primeira vez, um evento dedicado à cooperação entre províncias chinesas e estados brasileiros, disse o director da Agência de Promoção do Investimento chinesa, sob a tutela do Ministério do Comércio. Também na conferência de imprensa, Liu Dianxun revelou que a sessão conta com a presença de representantes dos governos de cinco estados do Brasil, assim como de associações dedicadas ao comércio entre os dois países. Liu recordou que o Brasil é o maior parceiro comercial da China na América Latina e que há 14 anos consecutivos que a China é o maior parceiro comercial brasileiro. Chen Chunjiang disse esperar que cerca de 80 mil comerciantes de quase 100 países e regiões e quase 40 representantes de governos estrangeiros estejam presentes na feira, realizada anualmente em Xiamen e que nesta edição terá uma área de exposição com mais de 120 mil metros quadrados. A CIFIT vai ajudar [outros] países a partilhar as oportunidades no vasto mercado da China e ajudar a concretizar de forma plena o papel positivo da China como um grande país de investimento a nível mundial”, disse Chen. O ministro-adjunto recordou que o Conselho de Estado, o executivo da China, publicou, a 13 de Agosto, novas directrizes para “intensificar esforços para atrair investimento estrangeiro”, numa altura em que a recuperação pós pandemia da economia chinesa desacelerou. O Conselho de Estado admitiu que ainda é necessário mais trabalho para garantir que as empresas com investimento estrangeiro serão tratadas como de forma igual às locais, “reforçar a sua protecção” e “fornecer apoio fiscal e tributário”. Segurança apertada As empresas estrangeiras presentes na China têm pressionado as autoridades a reduzir os sectores ou actividades proibidas ou restritas ao investimento estrangeiro. A China alterou, em Julho, a Lei de Contraespionagem para criminalizar a “colaboração com organizações de espionagem e seus agentes” e proibir a transferência de informações relacionadas com a segurança nacional. Em Maio, a polícia chinesa entrou nos escritórios de duas consultoras, a Bain & Co. e Capvision, e de uma empresa de diligência prévia, a Mintz Group.
Hoje Macau China / ÁsiaAviação | Companhias norte-americanas querem duplicar voos para a China As três maiores companhias aéreas dos Estados Unidos esperam duplicar o número de voos para a China nos próximos meses, depois do levantamento das restrições de voos no país asiático, devido à pandemia de covid-19. Segundo avançou ontem a Europa Press, a American Airlines prevê adicionar três voos semanais entre Dallas, no Estado do Texas, e Xangai no início do próximo ano, uma decisão tomada depois dos seus rivais Delta Airlines e United Airlines também terem aumentado as rotas entre os Estados Unidos e a China nos próximos meses. As companhias aéreas querem, assim, voltar ao mercado transpacífico, depois de o Departamento de Transporte dos Estados Unidos ter garantido, há alguns dias, que o limite de voos que existe entre ambos os países vai aumentar nos próximos meses. No total, as três empresas – que actualmente operam apenas quatro voos semanais na China – propuseram adicionar 19 rotas até o final de Janeiro, aguardando a aprovação das autoridades reguladoras. Estes voos adicionais ultrapassam os limites de voos anunciados pelas autoridades norte-americanas. Os voos entre a China e os Estados Unidos foram regulamentados antes da pandemia por um tratado de serviços aéreos firmado por ambas as nações. As autoridades norte-americanas cumpriram a regulamentação dos voos, enquanto a China impôs unilateralmente, em 2020, limites aos serviços das companhias americanas, devido à pandemia.
Hoje Macau China / ÁsiaEUA/China | PM reúne com delegação do Conselho Empresarial Li Qiang reuniu com uma delegação do Conselho Empresarial, em dia de celebração do 50.º aniversário da instituição. O PM chinês manifestou o desejo de que as duas nações se aproximem e construam um ambiente que favoreça o relacionamento económico O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, disse na segunda-feira que a China está disposta a trabalhar com os Estados Unidos para que ambos assumam suas responsabilidades como países importantes, defendam conjuntamente as regras do comércio internacional e garantam a estabilidade das cadeias globais industriais e de suprimentos. Li proferiu as declarações numa reunião com uma delegação do Conselho Empresarial EUA-China (USCBC, na sigla em inglês), liderada por Marc N. Casper, presidente da USCBC, indicou a agência estatal Xinhua. O PM chinês afirmou que a China e os Estados Unidos, respectivamente como o maior país em desenvolvimento e o maior país desenvolvido do mundo, desfrutam de uma complementaridade económica muito maior do que a concorrência. Li acrescentou que a essência do relacionamento económico entre os dois países é uma cooperação de benefícios mútuos, e a manutenção da cooperação económica e comercial e dos laços económicos de ambos os lados. Caminho a dois O PM disse também que as relações e a cooperação económica e comercial China-EUA estão enfrentando certas dificuldades no momento, o que exige que ambos os lados demonstrem sinceridade, se encontrem ameio do caminho e façam esforços conjuntos. A China e os Estados Unidos certamente podem alcançar o desenvolvimento comum e trabalhar juntos para dar uma maior contribuição para um futuro melhor da humanidade, disse Li, citado pela Xinhua. A China abrirá ainda mais as suas portas ao mundo exterior. À medida que o país avança no desenvolvimento de alta qualidade e na modernização chinesa, o seu grande mercado tem enorme potencial e oportunidades de crescimento, disse ainda. O responsável chinês observou que a China continuará a expandir o acesso ao mercado, optimizando o ambiente de negócios, garantindo que as empresas financiadas por estrangeiros recebem tratamento igual às empresas nacionais, promovendo a concorrência justa e protegendo os direitos de propriedade das empresas e os direitos e interesses dos empresários. Ao felicitar o USCBC por seu 50.º aniversário, Li elogiou as contribuições que fez para melhorar a cooperação comercial China-EUA, desenvolver laços bilaterais e melhorar o bem-estar das pessoas nos dois países. Por outro lado Casper e outros membros da delegação disseram que o USCBC apoia o desenvolvimento de relações bilaterais sólidas e estáveis entre os dois países, bem como a cooperação económica e comercial, o que dará um enorme impulso ao crescimento económico de ambas as nações. Observando que o mercado chinês é crucial para aumentar a competitividade das empresas americanas, afirmou que o USCBC saúda a indicação do governo chinês de que aprofundará a reforma e a abertura. Os responsáveis também expressaram a esperança de que as relações bilaterais se desenvolvam ainda mais para trazer maior certeza às comunidades empresariais dos dois países.
Hoje Macau China / ÁsiaAterra em Pequim primeiro voo comercial da Coreia do Norte após a pandemia O primeiro voo comercial, em três anos, da Coreia do Norte para outro país aterrou hoje em Pequim. O Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês anunciara na véspera a reativação da rota aérea de passageiros entre Pequim e Pyongyang, operada pela Air Koryo, embora o primeiro voo entre as duas capitais, inicialmente previsto para segunda-feira, tenha sido cancelado. A Coreia do Norte estava isolada desde a eclosão da pandemia de covid-19, na sequência da qual estabeleceu em 2020 um rigoroso encerramento das fronteiras que impediu a entrada no país até dos seus diplomatas e cidadãos residentes no estrangeiro. Pyongyang parece agora estar a mudar a política fronteiriça, após permitir recentemente o acesso ao território de duas delegações diplomáticas, uma da China e outra da Rússia, para participarem nas celebrações do 70.º aniversário do armistício da Guerra da Coreia (1950-53). A China é o principal parceiro estratégico e comercial da Coreia do Norte, com quem partilha uma fronteira de mais de 1.400 quilómetros.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte informa Japão da intenção de lançar satélite nos próximos dias A Coreia do Norte informou o Japão da intenção de lançar um satélite nos próximos dias, anunciou o Governo nipónico, que instou Pyongyang a cancelar o projeto, que coincide com exercícios militares Estados Unidos-Coreia do Sul. “Pedi aos ministros para fornecerem informações ao público, cooperarem com os países envolvidos e apelarem à Coreia do Norte para que cancele este lançamento e tome todas as medidas possíveis para se preparar para qualquer eventualidade imprevista”, disse aos jornalistas o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida. Num comunicado separado, a guarda costeira japonesa emitiu um aviso de “lançamento de foguetões de satélite” entre 24 e 31 de agosto para três zonas de perigo. Um teste anterior, realizado há três meses, fracassou. Em 31 de maio, um foguetão apresentado por Pyongyang como de lançamento de um satélite de observação militar despenhou-se no mar Amarelo pouco depois da descolagem, com as autoridades norte-coreanas a invocarem um problema técnico. Pyongyang explicou que pretendia “confrontar as perigosas ações militares dos Estados Unidos e dos seus vassalos”. Após uma complexa operação de 36 dias no mar, o exército sul-coreano recuperou finalmente partes do foguetão e do satélite. Após uma análise efetuada por peritos sul-coreanos e americanos, o Ministério da Defesa sul-coreano concluiu que o satélite não tinha qualquer utilidade militar. O líder norte-coreano Kim Jong-un fez do desenvolvimento de um satélite espião militar uma prioridade. Washington e Seul, por seu lado, suspeitam que Pyongyang esteja a desenvolver um novo míssil balístico intercontinental, que incorpora tecnologia semelhante à de um lançador de satélites. O anúncio do lançamento coincide com as manobras em grande escala entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul, que começaram na segunda-feira e se prolongam até 31 de agosto.
Hoje Macau China / ÁsiaTribunal decreta oito anos de prisão para ex-primeiro-ministro tailandês Thaksin Shinawatra O Supremo Tribunal da Tailândia ordenou a detenção do ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra e indicou deve cumprir oito anos de prisão, no dia em que o antigo governante regressou ao país após 15 anos de exílio. No entanto, o regresso iminente ao poder do partido associado à sua família, o Pheu Thai, poderá dar-lhe a esperança de um perdão ou de garantir uma redução da pena. O bilionário de 74 anos, que esteve no poder entre 2001 e 2006 antes de ser derrubado por um golpe de Estado, deverá passar oito anos atrás das grades por três casos julgados na sua ausência, relacionados com a sua gestão do país e da sua antiga empresa Shin Corp, decidiu o mais alto tribunal do reino. Acusado de corrupção, o magnata das telecomunicações foi levado sob escolta policial para o Supremo Tribunal pouco depois de ter chegado ao aeroporto Don Mueang de Banguecoque, no seu jato privado, proveniente de Singapura. O regresso do veterano político, considerado o cérebro do Pheu Thai – que dominou a política tailandesa nos últimos anos e ficou em segundo lugar nas eleições de maio – coincide com a sessão parlamentar de hoje, na qual se espera que o candidato deste partido, Srettha Thaivisin, seja eleito primeiro-ministro. Desde a revolta que derrubou Thaksin, a Tailândia tem vivido em profunda instabilidade política que tem mantido o país num ciclo entre protestos antigovernamentais, períodos ditatoriais liderados por militares e vazios democráticos. Numa tentativa de conquistar o poder, o Phue Thai anunciou uma aliança com duas formações ligadas aos militares que realizaram o golpe de Estado em 2014 contra o Governo de Yingluck Shinawatra, irmã de Thaksin, que também venceu as eleições de 2011 à frente do Phue Thai e que se exilou.
Hoje Macau China / ÁsiaCheias | Alertados agricultores chineses para hipótese de mais inundações As autoridades agrícolas chinesas exortaram ontem os agricultores e os governos locais a “intensificarem as medidas de prevenção”, face à nova vaga de chuvas torrenciais que deve atingir grande parte do país nos próximos dias. O Centro Meteorológico Nacional da China prevê chuvas moderadas a fortes para o centro e leste da China e nas províncias do Nordeste de Heilongjiang, Jilin e Liaoning, que já sofreram fortes inundações no início deste mês. O ministério da Agricultura e dos Assuntos Rurais alertou que as chuvas podem inundar novamente os campos de grãos e dificultar os esforços para recuperar as plantações danificadas. O organismo pediu aos departamentos agrícolas que “trabalhem em estreita colaboração com os centros meteorológicos locais” e se “preparem para fortes chuvas” e organizou técnicos e outros especialistas para “desenvolverem planos de emergência e aumentar o fornecimento de materiais agrícolas”. O ministério apelou ao envio de alertas por telemóvel, televisão e rádio aos cidadãos que possam ser afectados e incentivou as autarquias locais a “fornecerem bombas de água e combustível”, a “limparem previamente os canais de drenagem das quintas” e “a reforçarem os currais dos animais”. A necessidade de preparação ficou clara no início deste mês, quando as chuvas torrenciais causadas pelos tufões Doksuri e Khanun danificaram plantações de arroz no nordeste do país. Para evitar perturbações no abastecimento alimentar do país, o ministério apelou às províncias do Sul, menos afectadas pelas cheias, para aumentarem a produção de hortícolas este Inverno, através do uso de terras agrícolas desocupadas, e enviarem hortícolas para o norte, visando preencher a lacuna causada pelas grandes inundações.
Hoje Macau China / ÁsiaEconomia | Banco central baixa taxa de juros de referência para 3,45% O banco central da China anunciou ontem que vai reduzir a taxa de juro de referência em dez pontos base, de 3,55 por cento para 3,45 por cento, a segunda redução este ano face a dados económicos aquém das expectativas. A taxa de referência dos empréstimos a um ano (LPR) foi alterada pela última vez em Junho, quando o banco central a reduziu de 3,65 por cento para 3,55 por cento. O indicador, estabelecido como referência para as taxas de juro em 2019, é usado para definir o preço dos novos empréstimos – geralmente para as empresas – e do crédito com juros variáveis, que está pendente de reembolso. O cálculo é realizado com base nas contribuições para os preços de uma série de bancos – incluindo os pequenos credores que tendem a ter custos de financiamento mais elevados e maior exposição a empréstimos malparados – e visa reduzir os custos do crédito e apoiar a “economia real”. No entanto, a taxa de juro a cinco anos ou mais – a referência para o crédito à habitação – manteve-se inalterada, em 4,2 por cento. A redução é menor do que o esperado pelos analistas, que tinham antecipado um corte de 15 pontos base para a taxa de juro de referência a um ano e a cinco anos. Após um início de ano promissor, a recuperação económica pós-pandemia mostra sinais de desaceleração. A débil procura doméstica e internacional, riscos de deflação e estímulos insuficientes, a par de uma crise imobiliária e falta de confiança no sector privado são as principais causas para o abrandamento da segunda maior economia mundial, segundo os analistas.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Variante EG.5 representa mais de 70% dos casos A variante EG.5 da covid-19 emergiu como a mais frequente na China, respondendo agora por 71,6 por cento das infecções pelo novo coronavírus no país A informação foi dada ontem pelo jornal oficial em língua inglesa China Daily. Os dados, publicados no fim de semana pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) da China, indicam um forte aumento no número de infecções por aquela subvariante, que, em Abril passado, correspondia a apenas 0,6 por cento do total de casos no país. A Organização Mundial da Saúde (OMS) listou a EG.5 como variante de interesse, no entanto, não indicou que represente uma ameaça maior em comparação com outras cepas. Quem contraiu infecção pela subvariante XBB da Ómicron, entre Abril e Junho, pode ter alguma imunidade contra a EG.5, segundo a organização. De acordo com o CDC, a disseminação do EG.5 não exerceu pressão significativa sobre o sistema hospitalar do país asiático e é improvável que leve a surtos em massa. “Não há evidências conclusivas que sugiram que a EG.5 possa causar sintomas graves”, afirmou o CDC, citado pelo China Daily. Vírus ainda activo O director-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou no início de Agosto que, embora o risco geral seja baixo, a disseminação global da EG.5 pode contribuir para um aumento de casos de covid-19 em diferentes partes do mundo. “Não há dúvida de que o risco de morte ou de casos graves é agora muito menor do que há um ano, devido à crescente imunização da população graças a vacinas e infecções, mas apesar da melhoria, a OMS continua a considerar que o vírus representa um risco alto para a saúde pública”, acrescentou o especialista etíope. Embora a OMS tenha declarado o fim da emergência internacional a 5 de Maio, Tedros Ghebreyesus disse no início do mês que o “vírus continua a circular em todos os países e continua a matar e a sofrer mutações”. Desde o início da pandemia, no final de 2019, a OMS registou quase sete milhões de mortos em todo o mundo, tornando a crise sanitária uma das mais graves desde a causada pela gripe espanhola, em 1918. Em comparação com os piores momentos da pandemia, em que foram notificados mais de 20 milhões de casos semanais globalmente (no início de 2022 com a variante Ómicron), apenas cerca de 10.000 infecções foram relatadas na Europa e 20.000 nos Estados Unidos, em Julho, embora os números ainda fossem relativamente altos na região da Ásia – Pacífico (288.000 positivos).
Hoje Macau China / ÁsiaCIA | Pequim anuncia detenção de mais um alegado espião O Ministério de Segurança do Estado da China anunciou ontem a detenção de um funcionário chinês acusado de espiar para a agência central de segurança e vigilância norte-americana (CIA). Segundo as autoridades chinesas, o detido é um funcionário de 39 anos, de sobrenome Hao, que terá sido “recrutado pela CIA enquanto estudava no Japão”. Em comunicado, o ministério chinês referiu que um funcionário da embaixada dos Estados Unidos naquele país conquistou a confiança de Hao através de presentes e convites para jantares. “Antes de terminar os estudos no estrangeiro, foi oficialmente recrutado por um membro da CIA e assinou um acordo de espionagem com os Estados Unidos”, acrescentou a mesma fonte. De acordo com o mesmo comunicado, Hao começou a trabalhar num ministério não especificado, após ter regressado ao território chinês, e “reuniu-se com funcionários da CIA na China em várias ocasiões, para oferecer informações em troca de dinheiro”. O Ministério de Segurança do Estado disse, no início do mês, ter detido outro alegado espião chinês, que foi contratado por um funcionário da embaixada dos Estados Unidos em Itália. A China alterou, em Julho passado, a Lei de Contraespionagem para incluir a “colaboração com organizações de espionagem e seus agentes” na categoria de espionagem. A legislação passou a proibir a transferência de qualquer informação relacionada com a segurança nacional e alargou a definição de espionagem, num momento em que o Presidente chinês, Xi Jinping, tem vindo a enfatizar a necessidade de construir uma “nova arquitectura de segurança”. O Ministério de Segurança do Estado chinês pediu ainda, este mês, a mobilização de “toda a sociedade” de forma a “prevenir e combater a espionagem”, e anunciou medidas para “fortalecer a defesa nacional” contra “atividades de serviços de informações estrangeiros”.
Hoje Macau China / ÁsiaRússia | Sonda Luna-25 despenha-se na Lua A sonda espacial russa Luna-25 despenhou-se na Lua após a interrupção das comunicações com o engenho no sábado, anunciou ontem a agência espacial russa (Roscosmos). A sonda, a primeira a ser lançada pela Rússia para a Lua desde 1976, era para alunar na segunda-feira no polo sul, onde haverá grandes quantidades de água gelada, mas não conseguiu entrar na órbita necessária para pousar na zona pretendida. No sábado, as comunicações foram interrompidas e o aparelho “deixou de existir após uma colisão com a superfície lunar”, indicou ontem a Roscosmos em comunicado, citando dados preliminares de um inquérito ao incidente. Caso a missão russa tivesse sido bem-sucedida, a sonda Luna-25, lançada a 11 de Agosto, seria o primeiro engenho espacial a alunar no polo sul, região onde os Estados Unidos querem colocar em Dezembro de 2025 a primeira astronauta mulher e o primeiro astronauta negro, ao abrigo do novo programa lunar Artemis. Apenas os Estados Unidos tiveram astronautas na superfície da Lua, entre 1969 e 1972, todos os homens, no âmbito do programa Apollo. Para Novembro do próximo ano está previsto o envio para a órbita da Lua de quatro astronautas – três norte-americanos, incluindo uma mulher e um negro, e pela primeira vez um canadiano.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Pequim lança manobras militares junto à ilha O exército da China anunciou no passado sábado o arranque de exercícios militares marítimos e aéreos em torno de Taiwan, dias após a passagem do vice-Presidente taiwanês, William Lai Ching-te, pelos Estados Unidos. O Comando do Teatro Oriental do exército chinês, cuja área de operações está voltada para Taiwan, anunciou que as manobras constituem um “sério aviso” aos “grupos separatistas” da ilha e às “forças externas” que os apoiam. O porta-voz do comando, o coronel Shi Yi, disse que as manobras serão realizadas na área adjacente a Taiwan, com a participação de “navios e aeronaves de combate”, para “praticar a coordenação entre si” e o “controlo do espaço aéreo e marítimo”. De acordo com um comunicado, publicado na rede social Weibo – semelhante à X (antigo Twitter), bloqueada na China –, os exercícios visam “testar a real capacidade de combate” das tropas do Comando do Teatro Oriental, que é responsável pela defesa da costa leste da China. Em reacção, o Ministério da Defesa de Taipé disse num comunicado que “condena veementemente este comportamento irracional e provocativo e enviará as forças adequadas em resposta (…) a fim de defender a liberdade, a democracia e a soberania de Taiwan”. William Lai voltou a Taipé na sexta-feira, depois de viajar para o Paraguai, onde participou na posse de Santiago Peña como novo Presidente daquele país, um dos poucos a reconhecer oficialmente Taiwan. O vice-Presidente fez duas paragens em Nova Iorque e em São Francisco, tendo sido recebido por representantes do Instituto Americano de Taiwan, que actua como a embaixada norte-americana de facto na ilha, na ausência de relações diplomáticas entre Washington e Taipei.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Biden quer reunir com Xi no Outono O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse na sexta-feira que pretende reunir com seu homólogo chinês, Xi Jinping, este Outono, numa continuação das conversas que mantiveram em Novembro passado na Indonésia. “Planeio e espero continuar neste Outono a conversa que tivemos em Bali. É o que espero”, disse Biden em resposta a um jornalista no final de uma cimeira com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, e com o Presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, em Camp David, residência de campo presidencial próxima de Washington DC. Biden referia-se ao contacto que manteve com Xi Jinping em Novembro de 2022 em Bali, na Indonésia, durante uma cimeira do G20. Momentos antes de declarar a intenção de se reencontrar com o homólogo chinês, Biden e os líderes asiáticos presentes na cimeira denunciaram o comportamento “perigoso” e “agressivo” de Pequim no Mar do Sul da China. Numa declaração conjunta, os três países condenaram “reivindicações marítimas ilegais” em assuntos marítimos, enquanto Pequim reclama a soberania sobre águas de países vizinhos e realiza de forma quase quotidiana exercícios aéreos e marítimos junto ao espaço aéreo de Taiwan. “Opomo-nos fortemente a qualquer tentativa unilateral de mudar o ‘status quo’ nas águas da região do Indo-Pacífico”, afirmaram os líderes dos três países no comunicado final. “Reafirmamos a importância da paz e da estabilidade no Estreito de Taiwan”, acrescentaram ainda, numa referência ao arquipélago de governo democrático liberal, tal como os três países representados na cimeira de sexta-feira. “O propósito da nossa cooperação trilateral de segurança é e continuará a ser promover e aumentar a paz e a estabilidade em toda a região”, disseram os três países em comunicado conjunto.
Hoje Macau China / ÁsiaUE | Hong Kong rejeita aviso sobre “contínua erosão” da autonomia e democracia O Governo de Hong Kong rejeitou no sábado um relatório da União Europeia (UE), que avisava que a região chinesa está a sofrer “uma contínua erosão” da autonomia, dos princípios democráticos e das liberdades essenciais. Num comunicado, o executivo da cidade disse que “discorda veementemente e rejeita firmemente os ataques infundados, calúnias e difamações” presentes no documento, preparado pelo Parlamento Europeu e publicado pela Comissão Europeia na sexta-feira. O Governo de Hong Kong apelou à UE para “distinguir factos de falácias, respeitar a lei internacional e as normas básicas que regem as relações internacionais, e parar imediatamente de interferir nos (…) assuntos puramente internos da China”. O relatório europeu dá conta de uma “contínua erosão do alto grau de autonomia de Hong Kong e dos princípios democráticas e das liberdades essenciais, que deveriam estar protegidas até 2047”. O documento aponta para a imposição, em 2020, da Lei de Segurança Nacional, que coartou parte da autonomia de que Hong Kong beneficiava e, entre outras decisões, passou a criminalizar críticos do regime chinês. O Governo da região chinesa acusou o bloco europeu de “fechar os olhos” ao facto de que “muitas pessoas de Hong Kong não puderam desfrutar dos seus direitos e liberdades durante o período de violência grave”, referindo-se aos protestos pró-democracia de 2019. A implementação da lei de segurança nacional “rapidamente e efectivamente restaurou a estabilidade e a segurança em Hong Kong” e permitiu a “transição do caos para a ordem”, defenderam as autoridades.
Hoje Macau China / ÁsiaÁfrica do Sul | Xi Jinping visita país pela quarta vez O Presidente chinês regressa ao país sul-africano onde vai participar na reunião dos BRICS entre 22 e 23 deste mês, além de celebrar os 25 anos das relações diplomáticas entre as duas nações O líder da República Popular da China, Xi Jinping, inicia esta terça-feira a sua quarta visita de Estado à África do Sul, onde participará também na cimeira do bloco de economias emergentes BRICS, anunciou no sábado a Presidência da República sul-africana. “A cerimónia de boas-vindas acontecerá na manhã de terça-feira no Union Buildings, em Pretória, antes [do início] da 15.ª Cimeira dos BRICS marcada para 22 a 24 de Agosto de 2023”, referiu em comunicado. “A visita de Estado ocorre no contexto da celebração de 25 anos de relações diplomáticas entre os dois países, enquanto os laços históricos remontam à conferência de Bandung de 1955”, acrescentou. De acordo com a Presidência sul-africana, a visita de Estado do Presidente Xi é uma oportunidade para “reflectir” sobre a Parceria Estratégica Abrangente (CSP, na sigla em inglês) e de “aprofundar” a cooperação entre os dois países no âmbito do Programa Estratégico de Cooperação a 10 anos (2020-2029). “A China é o maior parceiro comercial global da África do Sul em volume de negócios”, frisou-se na nota, sem avançar indicadores, acrescentando que “a China é também um importante investidor” no país africano. Nesta visita de Xi, as autoridades de Pretória dizem ter a expectativa de reforçar a cooperação multilateral com Pequim, “especificamente no contexto dos BRICS, G77 mais a China, e G20 e obter o apoio chinês ao apelo da África do Sul e do continente para a reforma das instituições de governança global, nomeadamente o Conselho de Segurança das Nações Unidas”. Observadores acreditam que na África do Sul o bloco BRICS vai procurar estabelecer uma nova relevância face à guerra da Rússia na Ucrânia, à competição global entre os gigantes asiáticos China e Índia, e à derrapagem da economia da África do Sul apesar de ser o maior produtor mundial de platina, entre outros minérios, e um dos principais produtores de ouro do mundo. É quarta visita de Estado do líder chinês à África do Sul desde 2013. Parceria sólida A África do Sul foi convidada a ingressar no bloco BRIC – formado então por Brasil, Rússia, Índia, China -, a 24 de Dezembro de 2010 e, a 14 de Abril de 2011, o Presidente sul-africano Jacob Zuma participou na terceira Cimeira dos BRICS em Sanya, China. Xi visitou a África do Sul em 2018, onde participou na 10.ª Cimeira dos BRICS, que se realizou em Joanesburgo por ocasião do centenário do nascimento do líder histórico Nelson Mandela. Em 2013, Xi avistou-se com o seu homólogo sul-africano, Jacob Zuma, em Pretória, em que discutiriam o reforço da parceria estratégica estabelecida entre os dois países em 2010. Durante a visita de Estado à África do Sul, também participou na 5.ª Cimeira dos BRICS, na cidade portuária de Durban, sudeste do país.