Hoje Macau China / ÁsiaIA | ‘Drones’ cumprem tarefas e conversam em grupo Li Xuelong e a sua equipa da Universidade Politécnica do Noroeste desenvolveram uma tecnologia que coloca ‘drones’ a trabalhar em grupo. O modelo pode ser aplicado em inspecções de segurança, assistência em catástrofes e transporte e logística Uma equipa de cientistas chineses desenvolveu veículos aéreos não tripulados (‘drones’) dotados de inteligência artificial que podem participar em “conversas de grupo” para planear e distribuir tarefas, à semelhança de equipas compostas por seres humanos. A tecnologia pode servir para melhorar as patrulhas de segurança, resgates em caso de catástrofe e a logística aérea, afirmaram os investigadores. Embora as estratégias de comunicação para grupos de ‘drones’ sejam normalmente concebidas para simular colónias de abelhas e formigas, a equipa chinesa concebeu grupos com a capacidade de falar e colaborar com seres humanos. A tecnologia é da autoria de Li Xuelong e da sua equipa da Escola de Inteligência Artificial, Óptica e Electrónica da Universidade Politécnica do Noroeste, na província de Shaanxi. A investigação dá “vida” a grandes modelos linguísticos como o ChatGPT, integrando-os em aplicações práticas, de acordo com uma publicação difundida na conta oficial da universidade na rede social WeChat. Chaves do futuro A partilha inclui o vídeo de uma experiência realizada pelos investigadores, que mostra uma equipa de cinco ‘drones’ a localizar com sucesso um conjunto de chaves num parque ao ar livre. Após encontrar as chaves, um dos ‘drones’ envia uma fotografia para o grupo e pede ao operador humano para confirmar antes de recuperar o objecto. “Os ‘drones’ demonstraram capacidades fundamentais, incluindo uma interação semelhante ao diálogo entre seres humanos, uma consciência proactiva e o controlo autónomo de entidades”, lê-se na publicação. A tecnologia equipa cada ‘drone’ com um “cérebro humano”, permitindo-lhes conversar uns com os outros utilizando linguagem natural. De acordo com o relatório, esta capacidade foi desenvolvida com base num modelo chinês de linguagem de código aberto denominado InternLM. A capacidade de diálogo permite que tanto os operadores como os ‘drones’ comuniquem em linguagem humana, quebrando as barreiras entre humanos e máquinas. Na experiência, após um utilizador ter encarregado os ‘drones’ de procurar as chaves, três ofereceram prontamente as suas capacidades de procura, enquanto outros dois, equipados com pinças, disseram ao grupo que podiam recuperar as chaves. A divisão de tarefas foi decidida de forma independente pelo grupo de drones. Quando as chaves foram encontradas, os ‘drones’ também partilharam imagens com o utilizador através do grupo para confirmação. “Este nível de diálogo em pontos cruciais melhora significativamente a estabilidade e a segurança na execução de tarefas complexas”, referiu o relatório. Equipados com múltiplos sensores e algoritmos para busca a baixa altitude, desvio dinâmico de obstáculos e posicionamento visual, os ‘drones’ foram concebidos para perceber o que os rodeia de diferentes ângulos e posições, permitindo-lhes recolher dados e executar tarefas de forma eficiente. Estas capacidades são designadas por consciência ambiental proactiva, o que lhes permite compreender e adaptar-se ao ambiente que os rodeia. A cada um dos quatro ‘drones’ foi atribuída uma área específica para procurar. Enquanto procuravam as chaves, os ‘drones’ coordenaram os seus movimentos para cobrir essas áreas de forma eficiente. Geraram um mapa simplificado do terreno para orientar os seus esforços e também foram capazes de identificar e evitar operadores humanos no seu caminho, garantindo voos mais seguros. O relatório apontou que a tecnologia tem potencial para ser utilizada em inspecções de segurança, assistência em catástrofes e transporte e logística com recurso a ‘drones’.
Hoje Macau China / ÁsiaPyongyang | Criado feriado para assinalar lançamento de míssil A Coreia do Norte criou um feriado para assinalar o aniversário do lançamento do míssil balístico intercontinental (ICBM) Hwasong-17 no ano passado, anunciou ontem a agência de notícias estatal KCNA. Pyongyang realizou em 18 de Novembro de 2022 o que se acredita ser o primeiro teste de voo completo do Hwasong-17, denominado de “míssil monstro” por analistas militares. O aniversário foi designado como feriado público numa reunião da Assembleia Popular Suprema (parlamento), informou a KCNA. “O estabelecimento do Dia da Indústria dos Mísseis marca um evento especial na nossa jornada sagrada de desenvolvimento da defesa nacional”, acrescentou. Com o lançamento, a Coreia do Norte “mostrou ao mundo a excelência de uma potência nuclear de classe mundial e a nação que possui o mais poderoso míssil balístico intercontinental”, ainda segundo a agência. A Coreia do Norte efectua frequentemente testes de armamento em feriados, e o Serviço Nacional de Informações (NIS) sul-coreano disse, na semana passada, que o país estava prestes a preparar o lançamento de um terceiro satélite de reconhecimento militar. Depois de a segunda tentativa ter falhado em Agosto, Pyongyang afirmou que iria efectuar um terceiro lançamento em Outubro, mas este nunca se concretizou.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Contentor com mais de 400 quilos de droga interceptado Um contentor proveniente da América do Norte com mais de 400 quilogramas de droga, com um valor de mercado superior a 16 milhões de euros, foi interceptado em Hong Kong, anunciou ontem o Governo daquela região, citado pela Efe. Segundo a agência de notícias espanhola, que cita a página oficial do Governo daquela região autónoma da China, a mercadoria foi interceptada a 25 de Outubro na zona de inspecção de mercadorias da alfândega de Tsing Yi pelas autoridades aduaneiras, tendo sido detido um homem de 23 anos no sábado. No total, refere a Efe, as autoridades detetaram 484 quilogramas de droga no interior daquele contentor, incluindo 311 quilogramas de botões de canábis, 88 quilogramas de metanfetamina, 82 quilogramas de 3,4-metilenodioximetanfetamina (MDMA) e 3,2 quilogramas de fentanil. No contentor de 12 metros alegadamente seguiam 15 compressores de ar para o centro financeiro asiático. O Governo de Hong Kong explica que as investigações estão em curso e não está excluída a possibilidade de serem efectuadas outras detenções. De acordo com os dados divulgados pela polícia, aponta a Efe, o número de processos relacionados com drogas durante os primeiros oito meses de 2023 caiu para 1.730 casos, em comparação com 2.068 durante o mesmo período de 2022, uma diminuição de 16,3 por cento. No entanto, a cidade registou um aumento de 12,2 por cento no número de toxicodependentes residentes, com o número de casos a aumentar de 2813 no primeiro semestre de 2022 para 3156 entre Janeiro e Junho deste ano. Ainda assim, a Direcção-Geral de Estupefacientes da cidade anunciou em Setembro que vai pedir penas mais duras para as infracções relacionadas com tráfico de droga. Nos termos da lei sobre drogas perigosas, o tráfico de droga em Hong Kong é uma infração grave. A pena máxima em caso de condenação é uma coima de 5 milhões de dólares de Hong Kong e prisão perpétua.
Hoje Macau China / ÁsiaNova Deli mantém-se como a cidade mais poluída do mundo e escolas continuam fechadas A cidade de Nova Deli, na Índia, mantém-se como a mais poluída do mundo depois de ter registado ontem níveis de poluição 30 vezes superiores ao recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), noticiou a Efe. Segundo a agência de notícias de Espanha, os níveis de poluição registados obrigaram as autoridades a prolongar o encerramento das escolas até 10 de Novembro, depois de terem sido fechadas na sexta-feira. De acordo com a classificação mundial elaborada pela empresa suíça IQAir, Nova Deli foi mais uma vez classificada ontem como a cidade com a pior qualidade do ar no mundo, depois de registar em zonas como o sul da cidade uma concentração de partículas PM 2,5, as mais nocivas para o ser humano, em média, de 462 microgramas por metro cúbico de ar, de acordo com as medições do Central Pollution Control Bureau. Este nível de poluição, salienta a agência, é mais de 30 vezes superior ao limite diário fixado pela OMS, que considera perigosa uma exposição diária superior a 15 microgramas por metro cúbico de ar. “Para os graus 6 a 12 (jovens entre os 11 e os 18 anos de idade) as escolas têm a opção de mudar para aulas ‘online’”, informou o ministro da Educação da capital indiana, Atishi Marlena, na rede social X, antigo Twitter, citado pela Efe. Outras suspensões O Governo local ordenou ainda a suspensão das actividades de construção não essenciais e a entrada de camiões a diesel, no âmbito de um plano faseado de introdução de medidas mais restritivas à medida que a poluição atmosférica aumenta, mas que tem sido criticado por especialistas, que o consideram ineficaz. A situação obrigou igualmente as equipas de críquete do Bangladesh e do Sri Lanka, que têm encontro marcado no âmbito do campeonato mundial de críquete, a suspender os treinos na capital indiana. A deterioração da qualidade do ar na capital indiana coincide com o início do Inverno e a diminuição dos ventos que impedem a dispersão dos poluentes.
Hoje Macau China / ÁsiaEx-vice-presidente do ICBC investigado por corrupção O ex-vice-presidente do Banco Industrial e Comercial da China, Zhang Hongli, está a ser investigado por suspeita de “violações graves” da lei e da disciplina do partido, de acordo com notícias dos meios de comunicação estatais. A notícia do processo contra o antigo executivo do maior banco chinês foi avançada pela agência Xinhua através de uma breve nota que não detalha quais os crimes que Zhang Hongli terá alegadamente cometido. Zhang Hongli, que também ocupou cargos de relevo no Partido Comunista da China (PCC), foi vice-presidente do Banco Industrial e Comercial da China (ICBC, na sigla em inglês) até julho de 2018, sendo um dos banqueiros de maior destaque até agora investigados pela Comissão Central de Inspeção Disciplinar, o órgão anticorrupção do PCC. Em fevereiro do ano passado, esta instituição prometeu reforçar a sua campanha contra condutas ilícitas no sector financeiro.
Hoje Macau China / ÁsiaXi Jinping destaca papel de exposição internacional para a cooperação mundial O Presidente chinês, Xi Jinping, destacou o papel da Exposição Internacional de Importação da China (CIIE) na promoção da cooperação internacional. Numa carta enviada à 6.ª edição da CIIE, que arrancou este fim de semana em Xangai, Xi sublinhou que o evento já “contribuiu positivamente” para o progresso de um novo padrão económico, o crescimento económico global, a expansão das compras internacionais e a promoção do investimento e do intercâmbio entre as nações, de acordo com a agência Xinhua. O presidente sublinhou, além disso, que a China vai continuar a ser “uma oportunidade importante para o desenvolvimento global”, especialmente durante a recuperação económica mundial, reafirmando o compromisso do gigante asiático com uma “abertura de alto nível” e a promoção da globalização económica “mais inclusiva, equitativa e vantajosa para todos”. Xi espera que a CIIE sirva de janela para promover este “novo padrão de desenvolvimento” e oferecer oportunidades ao mundo através do crescimento da China. As autoridades chinesas esperam a participação de cerca de 400 mil profissionais e mais de 3.400 expositores na sexta edição desta mostra. O evento, que ocupa um espaço de mais de 367 mil metros quadrados, conta com participantes de 154 países, regiões e organizações internacionais, explicou recentemente o vice-ministro do Comércio, Sheng Qiuping. Além disso, está confirmada a participação de 289 das 500 maiores empresas do mundo, de acordo com a lista elaborada pela revista Fortune, o que representa mais cinco empresas do que na edição anterior.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Olaf Scholz promete facilitar os intercâmbios de vistos e de pessoal Enquanto a União Europeia fabrica rupturas no comércio com a China, a Alemanha mostrou a sua preocupação pelo facto das suas empresas estarem empenhadas na cooperação bilateral. Depois de uma conversa com Xi Jinping na sexta-feira, Scholz afirmou que os chineses não venderão armas à Rússia. O Presidente chinês, Xi Jinping, teve na sexta-feira uma reunião por vídeo com o chanceler alemão, Olaf Scholz, durante a qual referiu que a China e a Alemanha “não só devem desenvolver relações bilaterais e servir de exemplo de cooperação vantajosa para ambas as partes, como também defender a ordem internacional e o multilateralismo e trabalhar em conjunto para enfrentar os desafios globais”. Ao assinalar que as relações entre a China e a Alemanha entraram no quinquagésimo aniversário, Xi afirmou que “a China e a Alemanha, enquanto parceiros estratégicos globais, trabalharam em conjunto no espírito de benefício mútuo e cresceram em conjunto no espírito de aprendizagem e intercâmbio mútuos. Esta é a valiosa experiência do desenvolvimento harmonioso das relações entre a China e a Alemanha nas últimas décadas, que deve ser apreciada e transmitida por ambas as partes”. O interesse alemão O presidente chinês referiu ainda que mais de 130 empresas alemãs participarão da sexta Exposição Internacional de Importação da China, o que “demonstra a confiança das empresas alemãs no desenvolvimento da China”. Por seu lado Xi espera que “a parte alemã também adira a um alto nível de abertura para as empresas chinesas que procuram oportunidades de cooperação na Alemanha”. No mesmo dia, Xi encontrou-se em Pequim com o primeiro-ministro grego Kyriakos Mitsotakis. Saudando o último meio século, durante o qual “as relações entre a China e a Grécia foram sempre saudáveis e constantemente renovadas”, Xi manifestou a vontade de reforçar a cooperação bilateral numa vasta gama de sectores. “A China está disposta a trabalhar em conjunto com a UE para manter uma compreensão mútua correcta, centrar-se no consenso e compreender a direção a seguir, a fim de activar plenamente a cooperação mutuamente benéfica em todos os domínios. Esperamos que a Grécia continue a desempenhar um papel construtivo a este respeito”, afirmou Xi. “As reuniões e as frequentes interacções entre a China e a Europa demonstraram que a China atribui grande importância às relações com a UE, e isto não mudou. Queremos continuar a dinâmica de estabilização e aquecimento bilateral”, disse Cui Hongjian, professor da Academia de Governação Regional e Global da Universidade de Estudos Estrangeiros de Pequim. Cui também mencionou a oposição geral da Alemanha à investigação anti-subsídios da UE sobre os veículos eléctricos chineses, que também põe em risco a Alemanha, uma vez que os dois países estão a cooperar estreitamente neste domínio. Facilitar intercâmbios Por seu lado, o chanceler Scholz afirmou que, ao longo do ano passado, foi realizada com êxito uma nova ronda de consultas governamentais entre a Alemanha e a China, o diálogo e os intercâmbios a todos os níveis foram rapidamente retomados, as relações económicas e comerciais estreitaram-se e os projectos de cooperação foram continuamente promovidos, revelando mais possibilidades e amplas perspectivas de aprofundamento das relações bilaterais. “As relações entre a Alemanha e a China são importantes para a parte alemã”, disse ele, observando que o seu país está disposto a continuar as boas relações e a aprofundar a cooperação em vários domínios, e espera que as empresas alemãs alcancem maior sucesso na China. “A Alemanha está disposta a facilitar os intercâmbios de vistos e de pessoal com a China, a reforçar os intercâmbios interpessoais e a promover o desenvolvimento positivo das relações UE-China”, acrescentou. Israel e Ucrânia Scholz apresentou os pontos de vista da parte alemã sobre o conflito israelo-palestiniano e a crise na Ucrânia e manifestou a esperança de manter uma comunicação estreita com a China. Xi salientou que, para resolver o conflito israelo-palestiniano e a crise na Ucrânia, é necessário “reflectir mais profundamente sobre as questões de segurança, aderir à visão de uma segurança comum, abrangente, cooperativa e sustentável e promover a construção de uma arquitetura de segurança equilibrada, eficaz e sustentável. Espremer o espaço de segurança de outros países e apoiar um lado, ignorando as exigências legítimas do outro, conduzirá ao desequilíbrio regional e à expansão e escalada de conflitos”. “Tanto a China como a parte europeia devem trabalhar em conjunto para mediar os conflitos, aliviar as tensões e desempenhar um papel positivo na promoção da paz e do desenvolvimento regionais”, concluiu. Armas para a Rússia Já no domingo, em Berlim, Olaf Scholz, afirmou que a China declarou que não fornecerá armas à Rússia para a sua guerra contra a Ucrânia, sugerindo que Berlim recebeu garantias bilaterais de Pequim sobre esta questão. Scholz falava numa conferência de imprensa com a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que disse aos jornalistas que a UE não recebeu “nenhuma prova” até agora dos EUA de que Pequim está a considerar fornecer apoio letal a Moscovo. Nas últimas semanas, altos funcionários norte-americanos, incluindo o Secretário de Estado Antony Blinken, manifestaram a sua profunda preocupação com a possibilidade de a China fornecer armas como drones kamikaze à Rússia, o que, por sua vez, desencadeou avisos a Pequim por parte de políticos da UE. Na semana passada, o próprio Scholz instou Pequim a abster-se de tais acções e a usar a sua influência para convencer a Rússia a retirar as suas tropas da Ucrânia. No entanto, durante a conferência de imprensa de domingo, realizada no retiro do governo alemão em Meseberg, a norte de Berlim, Scholz afirmou que a China tinha dado garantias de que não enviaria armas à Rússia. “Todos concordamos que não deve haver entregas de armas, e o governo chinês declarou que também não vai entregar nenhuma”, disse o chanceler. “Insistimos neste ponto e estamos a monitorizá-lo”, acrescentou. Scholz disse mais tarde à CNN que se a China ajudasse a Rússia, “isso teria consequências, mas estamos agora numa fase em que estamos a deixar claro que isso não deve acontecer, e estou relativamente optimista de que seremos bem sucedidos com o nosso pedido neste caso, mas teremos de analisar e temos de ser muito, muito cautelosos”. O chanceler pareceu sugerir que Pequim tinha dado essas garantias diretamente à Alemanha de não fornecer armas à Rússia. O chefe da política externa da UE, Josep Borrell, recebeu garantias privadas semelhantes no mês passado. Borrell disse aos jornalistas que o principal diplomata chinês, Wang Yi, lhe tinha dito, numa conversa privada durante a Conferência de Segurança de Munique, em meados de fevereiro, que a China “não fornecerá armas à Rússia”. Von der Leyen disse aos jornalistas que a UE ainda não tinha visto qualquer prova de que a China está a considerar enviar armas para a Rússia. “Até ao momento, não temos provas disso, mas temos de o observar todos os dias”, afirmou a Presidente da Comissão Europeia.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul diz suspeitar que Pyongyang forneceu mísseis e munições à Rússia Militares sul-coreanos disseram ontem suspeitar que a Coreia do Norte tenha fornecido mísseis, munições e projécteis à Rússia para apoiar as forças russas na guerra contra a Ucrânia. A avaliação foi divulgada um dia depois de os serviços secretos de Seul terem dito aos deputados sul-coreanos que Pyongyang forneceu recentemente mais de um milhão de projécteis de artilharia à Rússia, num contexto de aprofundamento da cooperação militar entre os dois países. Num encontro com jornalistas locais, os militares sul-coreanos afirmaram que a Coreia do Norte é suspeita de ter enviado para a Rússia um número não especificado de mísseis balísticos de curto alcance, mísseis antitanque e mísseis antiaéreos portáteis, além de espingardas, lança-foguetes, morteiros e obuses. O conteúdo deste encontro foi partilhado com a agência de notícias norte-americana Associated Press. Na semana passada, a Coreia do Sul, os Estados Unidos e o Japão condenaram o fornecimento de munições e equipamento militar pela Coreia do Norte à Rússia, afirmando que tais carregamentos de armas aumentam drasticamente o número de vítimas da guerra na Ucrânia. Qualquer comércio de armas com a Coreia do Norte constitui uma violação de várias resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que a Rússia, membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, apoiou anteriormente. Tanto a Rússia como a Coreia do Norte rejeitaram as acusações. Troca de interesses Mas a especulação sobre os carregamentos de armas norte-coreanas aumentou depois de o líder norte-coreano, Kim Jong-un, se ter encontrado, em Setembro, na Rússia, com o Presidente russo, Vladimir Putin, e visitado instalações militares russas. Os Estados Unidos e os aliados acusam a Coreia do Norte de procurar tecnologia russa para modernizar o arsenal de armas nucleares e mísseis, em troca de armas convencionais. Numa reunião privada com deputados, na quarta-feira, o Serviço Nacional de Informações (NIS) sul-coreano disse que mais de um milhão de projécteis de artilharia norte-coreanos foram enviados para a Rússia, desde Agosto. O NIS afirmou que a Coreia do Norte está provavelmente a receber assistência tecnológica russa no projecto para lançar o primeiro satélite espião militar para o espaço. As duas recentes tentativas de lançamento pela Coreia do Norte fracassaram devido a problemas técnicos. De acordo com as forças armadas sul-coreanas, a Coreia do Norte também quer receber da Rússia tecnologia relacionada com o sector nuclear, aviões de combate, equipamento aeronáutico e assistência para a criação de redes de defesa antiaérea.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim | Registadas temperaturas mais elevadas desde 1961 Pequim registou uma temperatura média de 14,5 graus Celsius no final do mês de Outubro, a mais elevada desde 1961 e um acréscimo de 3,4 graus face ao mesmo período do ano passado, informou ontem o Observatório Meteorológico da cidade. De acordo com especialistas citados pelo jornal oficial Global Times, o aquecimento global está a fazer com que a diferença de temperatura entre as regiões norte e sul do país seja cada vez menor. A ausência de ventos frios, comuns nesta altura do ano, também contribuiu para as elevadas temperaturas registadas na capital chinesa nos últimos dias. Para além de Pequim, todo o norte da China registou temperaturas elevadas no final de Outubro: a cidade de Tianjin atingiu uma temperatura média recorde de 16,2 graus Celsius em 28 de Outubro, a segunda mais elevada para esse dia desde 1961. “Os fortes ventos do norte costumavam trazer ar frio que arrefecia grande parte do país, mas este ano não”, observou o meteorologista Zhang Mingying, citado pelo jornal. Esta situação também afectou a poluição atmosférica nas zonas do norte. Os especialistas avisaram que os altos níveis de poluição vão manter-se até à chegada de ar mais frio nos próximos dias. Em 2022, a China registou 16,4 dias com uma temperatura média superior a 35 graus Celsius, a mais elevada desde 1961, de acordo com a Administração Meteorológica Nacional do país. Os meteorologistas locais sublinharam que os períodos de calor intenso, que começam “cada vez mais cedo e terminam cada vez mais tarde”, podem tornar-se o “novo normal” no país asiático, sob o “efeito das alterações climáticas”.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Julgamento de português marcado para Fevereiro Um tribunal de Hong Kong marcou ontem para 27 de Fevereiro de 2024 o início formal do julgamento do cidadão português Joseph John, acusado de incitação à subversão, crime com uma pena máxima de 10 anos de prisão. No tribunal do distrito de Wanchai, após cinco adiamentos devido a mudanças na defesa do português, o juiz Kwok Wai-kin marcou para o próximo ano uma sessão em que o arguido poderá declarar-se culpado ou inocente, assim como a defesa poderá apresentar eventuais atenuantes. A defesa voltou a não apresentar ontem qualquer pedido para que Joseph John, detido desde o final de Outubro de 2022, saísse em liberdade sob fiança. Em Agosto, um outro juiz rejeitou um pedido do anterior advogado para que o português saísse sob uma fiança no valor de 26 mil dólares de Hong Kong (cerca de três mil euros), considerando que continua a representar um perigo para a segurança nacional da China Kwok Wai-kin é um dos juízes nomeados pelo governo de Hong Kong para lidar com casos ligados à lei de segurança nacional, promulgada em 2020 por Pequim. De acordo com a acusação, Joseph John era administrador do perfil na rede social Facebook do Partido para a Independência de Hong Kong. O suspeito, funcionário do Royal College of Music no Reino Unido, terá usado o perfil para, desde Setembro de 2019, “lançar uma campanha de angariação de fundos para despesas militares, enviar petições para páginas de governos estrangeiros e apelar ao apoio de tropas estrangeiras”. Na sessão de ontem esteve presente o cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong, Alexandre Leitão.
Hoje Macau China / ÁsiaConflito em Gaza em foco durante presidência chinesa do Conselho de Segurança da ONU A China detém em Novembro a presidência rotativa do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), durante a qual estará em destaque o conflito em Gaza, com as autoridades chinesas a procurar um cessar-fogo. O embaixador chinês junto à ONU, Zhang Jun, apresentou na quarta-feira à imprensa a sua agenda para o mês, indicando que uma das prioridades da sua presidência será resolver o conflito entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas, nomeadamente o conflito em Gaza, que ameaça estender-se à restante região do Médio Oriente. “O Conselho tem-se concentrado nesta questão há algumas semanas e continuará a ser o foco do trabalho do Conselho e também da presidência chinesa”, assegurou, acrescentando que apelará a um cessar-fogo, à protecção dos civis e à prevenção de uma ainda maior catástrofe humanitária. Jun admitiu que o impasse que o Conselho de Segurança atravessa “é decepcionante”, uma vez que já foram a votos quatro projectos de resolução sobre o conflito em Gaza desde o ataque do Hamas, mas não se conseguiu alcançar consenso em nenhuma dessas ocasiões, rejeitando todos os projectos. Ainda sobre esta questão, o diplomata chinês insistiu na necessidade de se continuar a construir consenso, elogiando o trabalho que o secretário-geral da ONU, António Guterres, tem feito nesse sentido, defendendo a implementação da solução de dois Estados como a única capaz de levar a uma paz duradoura entre Israel e a Palestina. Porém, a China posicionou-se contra qualquer ideia de desenhar um futuro para Gaza que não tenha em conta o consentimento dos próprios palestinianos. Questionado sobre o envio de uma força multinacional para Gaza – seja “capacetes azuis” da ONU ou uma força multinacional de outra natureza – após o fim da guerra actual, Zhang Jun esclareceu que este aspecto não está actualmente na agenda do Conselho de Segurança, que está agora focado em discutir um quinto projecto de resolução. “O que quer que afecte os palestinianos deve ter o seu consentimento, ninguém pode decidir em seu nome”, alertou. Questionado sobre se a China pode ter alguma influência sobre o Hamas ou os seus aliados, como o Hezbollah ou o Irão, Jun foi evasivo e optou por declarar que o seu país “não é tão influente” como alguns jornalistas acreditam. Na agenda Durante Novembro, outros temas relacionados com o Médio Oriente serão debatidos no Conselho de Segurança das Nações Unidas, como o Líbano, Síria ou Iémen, assim como assuntos relacionados com África, como a Líbia, Sahel, Sudão e Sudão do Sul, República Centro-Africana ou Somália. O Conselho deverá realizar este mês o seu debate semestral sobre a Bósnia e Herzegovina e votar a reautorização da força de estabilização multinacional liderada pela União Europeia. Também é provável que se realizem reuniões sobre a Ucrânia, Coreia do Norte e Afeganistão. A China planeia organizar um evento especial durante a sua presidência mensal, que se concentrará na relação entre paz, segurança e desenvolvimento, e que deverá contar com a presença de António Guterres. Em Novembro, o Conselho de Segurança realizará ainda seu ‘briefing’ anual com os chefes das componentes policiais das operações de paz da ONU. “Adoptaremos uma abordagem muito responsável, construtiva, objectiva e inclusiva na execução do trabalho da presidência chinesa”, disse Zhang Jun aos jornalistas, em Nova Iorque.
Hoje Macau China / ÁsiaÓbito | Xi assistiu à cerimónia de despedida de antigo primeiro-ministro Li Keqiang O Presidente chinês, juntamente com a sua esposa e outros dirigentes, marcou presença na cerimónia que elogiou Li Keqiang como “excelente membro do partido, um soldado comunista leal e um revolucionário proletário excepcional, estadista e líder do Estado e do partido” Os restos mortais do antigo primeiro-ministro chinês Li Keqiang foram cremados ontem em Pequim, após uma cerimónia em que participaram o Presidente chinês, Xi Jinping, e vários membros da direcção do Partido Comunista da China (PCC). A cremação e a cerimónia tiveram lugar no Cemitério Revolucionário de Babaoshan, no norte da capital chinesa, onde, tal como em todos os edifícios oficiais da China, as bandeiras estiveram ontem hasteadas a meia haste em homenagem a Li, que morreu de ataque cardíaco em Xangai a 27 de Outubro, aos 68 anos. Xi chegou ao início da manhã ao salão de festas do cemitério acompanhado pela sua mulher, Peng Liyuan, e juntamente com outros dirigentes “permaneceu em silêncio solene, caminhou lentamente até aos restos mortais de Li para prestar homenagem e fez três vénias”, informou a agência noticiosa oficial Xinhua. De seguida, apertou a mão à família do antigo primeiro-ministro, a quem apresentou as suas condolências. Para além de Xi, estiveram também presentes o sucessor de Li, o primeiro-ministro Li Qiang, o presidente da Assembleia Popular Nacional, Zhao Leji, o vice-primeiro-ministro Han Zheng, o vice-primeiro-ministro Ding Xuexiang e o chefe do Conselho Consultivo, Wang Huning. Embora não se tratasse de um funeral de Estado como os que os antigos presidentes chineses recebem, a cerimónia foi solene, com música fúnebre em fundo e uma grande faixa preta onde se lia em letras brancas “profundo luto pelo camarada Li Keqiang”. Sob a faixa, um retrato do falecido e os restos mortais de Li foram cobertos com uma bandeira do PCC e rodeados de flores e ramos de cipreste, incluindo uma coroa de flores enviada pelo antigo Presidente Hu Jintao, que era muito próximo do antigo primeiro-ministro. Elogio fúnebre Na cerimónia, Li foi elogiado como um “excelente membro do partido, um soldado comunista leal e um revolucionário proletário excepcional, estadista e líder do Estado e do partido”. O protocolo do funeral é comparável ao seguido após a morte, em 2019, de Li Peng, também antigo primeiro-ministro. No sistema hierárquico de formalidades da China, apenas os secretários-gerais do PCC, como o antigo presidente Jiang Zemin, que recebeu um funeral de Estado em Dezembro do ano passado, têm direito a honras de topo.
Hoje Macau China / ÁsiaGaza | Filipinas não conseguem localizar 49 cidadãos O Ministério dos Negócios Estrangeiros filipino informou que 49 dos 136 cidadãos do país na Faixa de Gaza estão incontactáveis e os 87 restantes enfrentam “problemas crescentes” para encontrar água potável. “Por enquanto, 49 filipinos ainda estão incontactáveis”, admitiu, na segunda-feira, o embaixador das Filipinas na Jordânia, Wilfredo Santos, de acordo com a agência de notícias estatal filipina PNA. Santos acrescentou que as autoridades estão em contacto com 87 dos filipinos que permanecem em Gaza, e que, “embora o seu abastecimento alimentar seja suficiente, o acesso à água está a tornar-se cada vez mais difícil”. Até ao momento, as Filipinas confirmaram a morte de pelo menos quatro cidadãos do país asiático no conflito entre Israel e o Hamas, na sequência do ataque surpresa do grupo islamita palestiniano em 07 de Outubro. O governo israelita publicou na quarta-feira uma lista de titulares de passaportes estrangeiros que se encontravam entre os raptados pelo Hamas durante o ataque, incluindo dois cidadãos filipinos. Manila não confirmou a identidade destas duas pessoas. O ministro dos Negócios Estrangeiros das Filipinas, Enrique Manalo, disse, na segunda-feira, que ia “investigar se é possível, pelo menos, localizar” os dois filipinos. No domingo, o exército israelita elevou para 239 o número de pessoas raptadas e detidas em Gaza pelo Hamas, apesar de um dia antes ter referido que 230 pessoas se encontravam em cativeiro. Entretanto, o quarto comboio de cidadãos filipinos a serem repatriados de Gaza chegou a Manila na segunda-feira, com cerca de 60 pessoas a bordo. Antes do início do conflito, cerca de 30 mil filipinos encontravam-se em Israel e cerca de 17.500 no Líbano, de onde pelo menos 124 pediram para ser repatriados, indicaram, na segunda-feira, as autoridades filipinas.
Hoje Macau China / ÁsiaFronteira | China e Myanmar discutem segurança O ministro da Segurança Pública da China abordou ontem com a junta militar do Myanmar (antiga Birmânia) a estabilidade na fronteira entre os dois países, após confrontos entre o exército do Myanmar e grupos étnicos armados. De acordo com a imprensa do Myanmar, Wang Xiaohong abordou com o ministro da Administração Interna, Yar Pyae, “medidas de cooperação em matéria de segurança” para manter a paz ao longo da fronteira. O encontro decorreu em Nepiedó, a capital do Myanmar desde 2005. Segundo as Nações Unidas, mais de 6.000 pessoas terão sido deslocadas em quatro dias devido aos combates no norte do país. Várias centenas terão fugido para a China. Na sexta-feira, uma aliança entre três grupos étnicos lançou uma série de ataques coordenados no Estado de Shan, junto à fronteira com a China e local previsto para a construção de um grande projecto ferroviário financiado por Pequim, no âmbito da Iniciativa Faixa e Rota. O Exército de Libertação Nacional Taaung (TNLA), o Exército Arakan (AA) e a Aliança Democrática Nacional do Myanmar (MNDAA) anunciaram, entretanto, a tomada de várias posições militares e estradas estratégicas. Os três movimentos envolvidos nos combates representam um total de 15.000 combatentes. Estes movimentos lutam regularmente contra as forças governamentais pela autonomia e pelo controlo dos recursos. Pelo menos dez postos militares na província de Shan foram atacados desde sexta-feira, segundo a junta. China e Birmânia partilham uma fronteira de 2.129 quilómetros.
Hoje Macau China / ÁsiaDefesa | Singapura pede à China que lidere redução de tensões na região No encerramento do Fórum de Xiangshan, organizado pela China, o ministro da Defesa de Singapura, Ng Eng Hen, alertou para as consequências devastadoras de uma guerra na Ásia e apelou a Pequim para assumir um papel de liderança no aliviar das tensões regionais O ministro da Defesa de Singapura instou ontem a China a liderar a redução das tensões na Ásia, alertando que uma guerra como a da Ucrânia ou entre Israel e Hamas seria devastadora para a região. No último dia de uma conferência anual sobre Defesa organizada pela China, Ng Eng Hen sublinhou a importância da comunicação entre exércitos para gerir crises, manifestando a esperança de que os Estados Unidos e a China retomem a utilização da sua linha directa militar. “A paz é precária e nunca é um dado adquirido em nenhuma parte do mundo”, observou. “O que aconteceu na Europa e no Médio Oriente nunca se deve repetir aqui. Temos de fazer tudo o que pudermos para o evitar”, apelou. O Fórum de Xiangshan, que decorreu no norte de Pequim, reuniu responsáveis pela Defesa de dezenas de países e organizações. A China, que recentemente demitiu o seu ministro da Defesa, foi representada por Zhang Youxia, vice-presidente da Comissão Militar Central, o braço político das Forças Armadas chinesas. O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, aproveitou o fórum para realçar o aprofundamento dos laços entre Rússia e China, numa altura em que o país enfrenta isolamento internacional, devido à invasão da Ucrânia. Shoigu foi recebido por uma guarda de honra militar antes de reunir com Zhang na segunda-feira. Citado pela agência de notícias russa Tass, Zhang afirmou que a China está pronta para responder com a Rússia às ameaças e desafios de segurança e “manter conjuntamente o equilíbrio estratégico global e a estabilidade”. Referindo-se às disputas territoriais no Mar do Sul da China e à ameaça nuclear da Coreia do Norte, Ng disse que é “vital que as instituições militares e de Defesa se empenhem para reduzir o risco de erros de cálculo e acidentes”. O responsável enalteceu os códigos que foram adoptados para gerir encontros militares não planeados no mar e disse que deveriam ser alargados para incluir as guardas costeiras, que frequentemente se defrontam em águas disputadas. Diálogo à vista Pequim reivindica a quase totalidade do Mar do Sul da China, via marítima fundamental para o comércio mundial, apesar das reivindicações das Filipinas, Vietname, Malásia e Brunei. O diálogo com os EUA em questões de Defesa está congelado desde Agosto de 2022 quando a então líder da Câmara dos Representantes norte-americana, Nancy Pelosi, se deslocou a Taiwan numa visita polémica e considerada pelas autoridades chinesas como altamente provocatória. Mas as duas partes parecem estar a reiniciar o diálogo, incluindo sobre segurança, antes de uma possível reunião entre os Presidentes Joe Biden e Xi Jinping, em Novembro. Os EUA enviaram uma representante ao fórum de Xiangshan, Cynthia Carras, directora principal do Departamento de Defesa para a China, Taiwan e Mongólia. Ng pediu à China que garanta às outras nações que não constitui uma ameaça à medida que se torna mais poderosa. “Quer a China o aceite ou não, quer o queira ou não, já é vista como uma potência dominante e deve, portanto, actuar como uma potência benevolente”, defendeu. A China tem procurado apresentar-se como potência global não ameaçadora e diferente das potências ocidentais. Um funcionário do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, citando o presidente do país, disse na conferência que a China salvaguardaria melhor a paz mundial através do seu próprio desenvolvimento. “Este caminho não é nem o velho caminho da colonização e da pilhagem, nem o caminho tortuoso seguido por alguns países que procuram a hegemonia quando se tornam fortes. É antes o caminho certo do desenvolvimento pacífico”, disse Nong Rong, ministro-adjunto dos negócios estrangeiros.
Hoje Macau China / ÁsiaONU alerta para bombardeamentos junto a três hospitais em Gaza As Nações Unidas alertaram ontem que durante o fim de semana, Israel bombardeou os arredores de três hospitais de Gaza, incluindo o mais importante do enclave, Al-Shifa, onde estão milhares de pacientes e deslocados internos. No seu relatório diário sobre a situação em Gaza, que pode ser actualizado graças ao regresso das telecomunicações ao enclave palestiniano no domingo, o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA, na siga em inglês) indicou que houve ataques próximos dos hospitais de Al-Shifa, Al-Quds (ambos na capital Gaza) e do Hospital Indonésio, na parte norte do território palestiniano. “Os dez hospitais ainda operacionais, na cidade de Gaza e no norte do enclave, receberam repetidas ordens de evacuação nos últimos dias”, afirmou a ONU, acrescentando que cerca de 117 mil pessoas deslocadas internamente estão abrigadas nestas instalações, juntamente com milhares de pacientes. No balanço da ONU recorda-se o apelo da Organização Mundial da Saúde (OMS) para suspender estas ordens de evacuação, uma vez que na opinião da agência de saúde das Nações Unidas, “é impossível retirar os pacientes sem colocar as suas vidas em risco”. Ordem em colapso Outro motivo de preocupação para a ONU, é o saque no sábado de vários armazéns de ajuda humanitária da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA), um sinal, segundo as Nações Unidas, de que “a ordem civil está a colapsar depois semanas de guerra e cerco severo”. No domingo, houve um aumento no número de camiões com ajuda humanitária autorizados a entrar em Gaza através da passagem de Rafah (Egipto), para 33, elevando o total desde o início destas entradas, em 21 de Outubro, para 117, dos quais cerca de 70 destes levaram material médico. De acordo com a ONU, que cita números do Ministério da Saúde de Gaza, 302 palestinianos morreram no enclave, elevando o número de mortes desde o início das hostilidades em 07 de Outubro para 8.005, incluindo 3.324 crianças e 2.062 mulheres, além de 1,4 milhões de deslocados internos. Na Cisjordânia, a morte de mais quatro palestinianos nas últimas 24 horas elevou o número de vítimas das forças de segurança israelitas e dos colonos judeus nas últimas três semanas para 115, incluindo 33 crianças, enquanto cerca de mil pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas. Em Gaza “os ataques aéreos parecem estar a destruir sistematicamente áreas residenciais inteiras”, denunciou o relatório das Nações Unidas, que citou bombardeamentos como o de Jabalia (norte de Gaza) que causou 26 mortes no domingo, deixando outras 14 pessoas soterradas entre os escombros. Num ambiente onde o sul de Gaza já não é visto como mais seguro do que o norte, “as pessoas deslocadas internamente deslocam-se de uma área para outra com base na possibilidade de obter água e alimentos”, indicou o relatório da ONU.
Hoje Macau China / ÁsiaAmérica Latina e Caribe em Pequim para cimeira empresarial A 16ª Cimeira Empresarial China-América Latina e Caribe (ALC) será realizada de 2 a 3 de novembro em Pequim pela primeira vez, com o objectivo de promover o comércio e o investimento da China na região. A cimeira é realizada anualmente na China e nos países da ALC em rotação. Foram realizadas com sucesso 15 sessões em Chongqing, Hangzhou, Chengdu e outros lugares na China, bem como no Chile, Colômbia, Peru e México, entre outros países. Cerca de 400 representantes de organizações internacionais, autoridades governamentais de países da ALC, representantes de associações empresariais e empresas confirmaram participação na cimeira, que envolve 26 países da ALC, como Argentina, Brasil, Chile e Colômbia, segundo Sun Xiao, secretário-geral da Câmara de Comércio Internacional da China. Guo Huaigang, director do subconselho de Pequim do Conselho Chinês para a Promoção do Comércio Internacional, disse que “no ano passado, Pequim candidatou-se com sucesso para sediar a cimeira, e isso abre uma nova janela de oportunidade para a cooperação económica e comercial entre a cidade e os países da ALC”. A cimeira deste ano, com o tema “Inovação Aberta, Desenvolvimento Compartilhado”, “exibirá plenamente as características da capital, mostrando a liderança exemplar e o papel como capital de Pequim na situação geral da cooperação China-ALC”, de acordo com Guo. “Os países da ALC são ricos em recursos energéticos e Pequim tem tecnologias avançadas em energia verde e veículos de nova energia. Os dois lados têm uma boa base e um amplo espaço para cooperação. Os dois lados são ricos em recursos culturais e turísticos. Há também um enorme potencial de cooperação em indústrias culturais, turismo transfronteiriço e intercâmbios entre pessoas”, concluiu Guo.
Hoje Macau China / ÁsiaXi Jinping enfatiza formação de forte senso de comunidade da nação chinesa, incluindo todos os grupos étnicos Enquanto presidia uma sessão de estudo colectivo do Gabinete Político do Comité Central do PCC, Xi Jinping enfatizou “a criação de um forte senso de comunidade para a nação chinesa a fim de promover o desenvolvimento de alta qualidade do trabalho do Partido em assuntos étnicos na nova era”. “Devem ser feitos esforços para permitir que o povo cultive a consciência de que pessoas de todas as etnias estão na mesma comunidade, onde compartilham o bem e a desgraça e permanecem unidas nos bons e maus momentos”, frisou Xi. Elogiando as novas conquistas históricas no trabalho do Partido sobre assuntos étnicos desde o 18º Congresso Nacional do PCC em 2012, Xi disse que “o importante pensamento do Partido sobre o fortalecimento e melhoria do trabalho foi formulado e uma nova fronteira foi aberta na adaptação das teorias marxistas de etnicidade para o contexto chinês e as necessidades dos tempos”. Observando as novas circunstâncias e tarefas no trabalho do Partido sobre assuntos étnicos desde o 20º Congresso Nacional do PCCh em 2022, Xi garantiu que “nenhum grupo étnico será deixado para trás na construção de um grande país socialista moderno em todos os aspectos”. “É necessário estabelecer um sistema teórico científico e sólido para a comunidade nacional chinesa”, assinalou Xi, sublinhando que “devem ser feitos esforços para integrar as teorias étnicas marxistas com as realidades específicas e a excelente cultura tradicional da China”. Xi pediu foco na construção da civilização chinesa moderna, com o objetivo de estabelecer uma base espiritual e cultural sólida para forjar um forte sentido de comunidade para a nação chinesa e enfatizou o fortalecimento da educação das teorias, linhas, princípios e políticas do Partido entre pessoas de todos os grupos étnicos e a promoção da evolução criativa e do desenvolvimento inovador da excelente cultura tradicional chinesa. “Esforços abrangentes devem ser feitos para promover a língua chinesa padrão falada e escrita e o uso de livros didácticos unificados compilados pelo Estado”, acrescentou. Pedindo mais intercâmbios e interações entre os diferentes grupos étnicos, Xi sublinhou que deve ser promovida “a mobilidade populacional e a habitação integrada entre vários grupos étnicos, numa tentativa de promover continuamente a unidade e o progresso étnico”. Xi destacou ainda a melhoria dos meios de subsistência das pessoas e “a garantia de que os benefícios do desenvolvimento sejam entregues de forma justa às pessoas de todos os grupos étnicos”, além de encetar esforços “para contar melhor as histórias da nação chinesa e intensificar a comunicação pública sobre o sentido de comunidade da nação chinesa”. “Os comités do Partido e os governos de todos os níveis devem aderir à abordagem correcta e distintamente chinesa para lidar com os assuntos étnicos, e as autoridades devem dar as devidas contribuições para a unidade e o progresso étnico”, conclui o presidente.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Revelado número de funcionários punidos este ano Um total de 405.000 funcionários de todos os níveis foram punidos durante os primeiros nove meses deste ano, de acordo com um comunicado publicado no portal da Comissão Central de Inspecção Disciplinar (CCDI) do Partido Comunista da China e da Comissão Nacional de Supervisão no domingo, acrescentando que 34 eram funcionários superiores a nível provincial ou ministerial. “A China tratou de mais de 36.000 casos relacionados com a corrupção com impacto no interesse público no primeiro semestre de 2023, com mais de 52.000 indivíduos a receberem críticas, educação, assistência ou punição”, anunciou a mais alta autoridade de supervisão e anti-corrupção da China. De janeiro a setembro de 2023, as autoridades de inspecção e supervisão disciplinar de todo o país receberam 2,617 milhões de relatórios, dos quais 819.000 eram denúncias ou acusações. Dos 470.000 casos registados, 133.534 funcionários de todos os níveis estavam envolvidos. De acordo com a declaração, as autoridades de inspecção e supervisão da disciplina reforçaram de forma consistente o seu trabalho de inspecção, abrangendo a implementação de políticas de apoio ao interesse público e punindo actos de desvio de fundos, apropriação indevida, falsas denúncias e extorsão. A formação e a rectificação da equipa oficial nacional de inspecção e supervisão disciplinar também continuam em curso. No primeiro semestre de 2023, o sistema nacional de inspecção e supervisão da disciplina recebeu um total de mais de 20 200 denúncias ou relatórios públicos envolvendo funcionários de inspecção e supervisão da disciplina. Além disso, foram tratadas mais de 18 700 denúncias relacionadas com funcionários de inspecção e supervisão disciplinar, tendo 2 482 funcionários sido objeto de relatórios disciplinares, 1 647 punidos e 73 transferidos para órgãos judiciais. As autoridades de inspecção disciplinar também se concentraram na investigação de casos de suborno, tendo arquivado 12.000 casos de suborno e transferido 2.365 suspeitos de crimes para os órgãos procuradores. Zhuang Deshui, director-adjunto do Centro de Investigação para a Construção da Integridade Governamental da Universidade de Pequim, disse que é urgente estipular o sistema de funcionamento, as responsabilidades de trabalho e o mecanismo das comissões de inspecção disciplinar das instituições do Partido e do Estado. “Todos os departamentos dos órgãos centrais e estatais precisam de melhorar o sistema de inspecção disciplinar de acordo com as condições reais, promover as organizações do Partido e os membros do Partido a implementarem rigorosamente, e reforçar a consciência de tomar a iniciativa de realizar a supervisão e aceitar conscientemente a supervisão”, disse Zhuang.
Hoje Macau China / ÁsiaWang Yi na América | Biden no prato O Ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, reuniu-se com o Presidente dos EUA, Joe Biden, na Casa Branca, na sexta-feira. O objectivo desta visita foi “comunicar com os EUA e implementar eficazmente o importante consenso alcançado na reunião entre os dois chefes de Estado em Bali, no ano passado, e aguardar com expectativa São Francisco, a fim de promover a estabilização e a recuperação das relações China-EUA para que estas regressem rapidamente a uma via de desenvolvimento saudável e estável”, disse Wang a Biden. Durante a sua reunião com Biden, Wang declarou que “o princípio de uma só China e os três comunicados conjuntos entre a China e os EUA constituem a base política mais importante para as relações bilaterais e devem ser mantidos sem interferência”. “A China atribui importância ao desejo dos EUA de estabilizar e melhorar as relações bilaterais”, disse Wang, por isso “todas as partes devem actuar de forma responsável em relação ao mundo, à história e às pessoas, e promover o desenvolvimento estável e positivo das relações China-EUA com base nos três princípios de respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação vantajosa para todos, propostos pelo Presidente Xi Jinping. Isto não só serve os interesses fundamentais de ambos os países e dos seus povos, mas também satisfaz as expectativas comuns da comunidade internacional”. Do lado americano, Joe Biden expressou que a parte americana está disposta a manter a comunicação com a China e a trabalhar em conjunto para enfrentar os desafios globais. Após a reunião de Biden com Wang, a Casa Branca disse que o presidente enfatizou a “necessidade de gerir a concorrência no relacionamento de forma responsável e manter linhas abertas de comunicação”. “Ele sublinhou que os Estados Unidos e a China devem trabalhar juntos para enfrentar os desafios globais”. Problemas detectados Durante a sua visita aos EUA, Wang também se encontrou com o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e com o Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan. “O secessionismo de Taiwan é a maior ameaça à paz e à estabilidade no Estreito de Taiwan e o maior desafio às relações entre a China e os EUA, devendo ser firmemente combatido através de políticas e acções específicas”, disse Wang a Sullivan. Os dois concordaram num esforço conjunto para uma potencial reunião entre os dois chefes de Estado em São Francisco. Os EUA vão acolher a APEC em 2023, sob o tema “Criar um futuro resiliente e sustentável para todos”, em São Francisco. No seu encontro com Blinken, na quinta-feira, Wang afirmou que se ouvem frequentemente vozes dissonantes nas relações entre a China e os EUA, mas que a China está calma em relação a elas, porque considera que “o critério do certo e do errado não é determinado por quem tem mais bravata ou uma voz mais alta, mas sim pelo facto de se comportar de acordo com as disposições dos três comunicados conjuntos China-EUA, com o direito internacional e as normas básicas das relações internacionais e com a tendência dos tempos”. Biden e Xi | Encontro em Novembro Os Estados Unidos e a China concordaram em trabalhar na organização de um encontro no próximo mês entre os dois presidentes, depois de uma reunião na sexta-feira entre Joe Biden e o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi. Apesar das tensões bilaterais, o Presidente dos Estados Unidos espera reencontrar-se com o homólogo chinês, Xi Jinping, na cimeira da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), que se realiza em São Francisco, na Califórnia, em meados de novembro. Xi Jinping ainda não confirmou a presença na cimeira. O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, não deu qualquer indicação se Pequim tinha respondido positivamente ao convite para que Xi Jinping visitasse os Estados Unidos. “Estamos a trabalhar em conjunto” tendo em vista essa visita por ocasião da cimeira da Apec, assegurou um funcionário americano que pediu anonimato.
Hoje Macau China / ÁsiaApesar das sanções, Huawei aumenta receitas O grupo tecnológico chinês Huawei disse que as suas receitas aumentaram nos primeiros três trimestres do ano, apesar das sanções impostas por Washington, que dificultam a venda dos seus produtos e a aquisição de tecnologia avançada. A empresa com sede em Shenzhen, no sudeste da China, informou que obteve 456,6 mil milhões de yuans em receitas, nos primeiros nove meses do ano, um aumento de 2,4%, em comparação com o mesmo período do ano passado. A Huawei, o maior fabricante do mundo de equipamentos de rede, disse que a sua margem de lucro líquido ascendeu a 16%, mas não deu nenhuma base de comparação. Ken Hu, o presidente rotativo da Huawei, afirmou que os números estavam “em linha com as previsões”, agradecendo aos clientes e parceiros da Huawei pela sua confiança e apoio. “No futuro, continuaremos a aumentar o nosso investimento em pesquisa e desenvolvimento para tirar o máximo partido da nossa carteira de negócios e elevar a competitividade dos nossos produtos e serviços para novos patamares”, afirmou. A Huawei, que não está cotada em bolsa, é alvo de sanções norte-americanas desde que o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump proibiu a empresa de fazer negócios com empresas norte-americanas, acusando-a de estar sujeita a cooperar com os serviços de espionagem da China. A medida cortou efetivamente o acesso da Huawei a semicondutores e a outras tecnologias dos EUA. A Huawei nega as acusações de que constitui um risco para a segurança e insiste que não espia para o Governo chinês. A empresa, que já foi um dos principais fabricantes de telemóveis, caiu do topo da classificação mundial, depois de ter perdido o acesso aos serviços Google para os seus dispositivos. Desde então, a Huawei dedicou-se a ajudar as empresas, fábricas e minas a digitalizarem-se. O grupo tem um dos maiores orçamentos mundiais para pesquisa e desenvolvimento, incluindo em tecnologias como ‘chips’ semicondutores e condução autónoma. Em setembro, a Huawei causou agitação depois de ter lançado a sua série de telemóveis Mate 60 na China. O topo de gama Mate 60 Pro utiliza um chip avançado de fabrico nacional, o que, segundo os especialistas, sugere que a empresa começou a ultrapassar as sanções impostas pelos EUA. Os consumidores chineses compraram os telemóveis Mate 60, dando à Huawei um aumento de 37% nas vendas de telemóveis, no terceiro trimestre, em comparação com o mesmo período do ano passado, mesmo quando outras marcas como a Apple, Oppo e Vivo registaram um declínio no crescimento das vendas, de acordo com a empresa de pesquisa de mercado Counterpoint Research. A Huawei disse no início desta semana que lançou um laboratório de saúde em Helsínquia, na Finlândia, como parte dos seus esforços para aprofundar a investigação em algoritmos de monitorização da saúde, a colocar em dispositivos.
Hoje Macau China / ÁsiaChina e EUA concordam em aumentar para 70 voos semanais entre os dois países A Administração de Aviação Civil chinesa (CAAC, na sigla em inglês) confirmou o aumento do número de voos semanais diretos de passageiros entre a China e os EUA para 70, a partir de 9 de novembro. O Departamento de Transportes dos Estados Unidos também já tinha anunciado os novos regulamentos na sexta-feira, aumentando o limite atual de 48 voos semanais (24 viagens de ida e volta) para 70. Entre as companhias aéreas chinesas que poderão lançar mais voos para os EUA estão a Air China, a Beijing Capital Airlines, a China Eastern Airlines, a China Southern Airlines e a Hainan Airlines, referiu o jornal chinês Global Times. As autoridades norte-americanas manifestaram o desejo de continuar o “diálogo produtivo” com a CAAC para facilitar uma reabertura gradual e mais ampla do mercado de serviços aéreos entre a China e os Estados Unidos. As ligações directas entre os dois países foram reduzidas ao mínimo durante a pandemia, devido à política chinesa de ‘covid zero’, que incluiu um encerramento quase total das fronteiras a estrangeiros. A agência de viagens online chinesa Qunar sugeriu que, “embora ainda haja uma diferença significativa em comparação com o volume de vôos em 2019, este último aumento, que é o segundo ajuste na frequência de vôos num curto período, indica uma tendência para ambos os lados expandirem as operações de vôo”. O aumento do número de vôos permite aos passageiros aceder a mais vôos diretos, o que é de “grande importância” para o fluxo de passageiros entre os dois países, afirmou a agência. Os 24 voos semanais entre a China e os EUA corresponde a 6% do volume de 2019, lamentou em junho o vice-presidente para o Norte da Ásia da Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA), Xie Xingquan. A retoma das inúmeras rotas aéreas que existiam antes da pandemia entre os dois países tem sido lenta, o que tem feito com que o preço dos bilhetes entre as duas maiores economias do mundo tenha permanecido elevado. O aumento da frequência dos vôos surge após a visita do ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, aos Estados Unidos, numa tentativa de melhorar as relações entre as duas potências. A viagem de Wang seguiu-se a visitas à China de vários responsáveis norte-americanos este ano, incluindo o secretário de Estado, Antony Blinken, os secretários do Tesouro e do Comércio, Janet Yellen e Gina Raimondo, e o enviado especial para as Alterações Climáticas, John Kerry. No início de outubro, o líder chinês Xi Jinping afirmou que a relação bilateral “irá determinar o destino da humanidade” após se reunir com a primeira delegação de senadores dos EUA a visitar a China em quatro anos.
Hoje Macau China / ÁsiaCaça chinês repele bombardeiro estratégico dos EUA Um caça chinês aproximou-se a menos de três metros de um bombardeiro norte-americano B-52, capaz de transportar ogivas nucleares, que sobrevoava o Mar do Sul da China, quase provocando um acidente, disse na sexta-feira o Exército dos Estados Unidos, que divulgou um vídeo de 38 segundos sobre o incidente. Durante a intercepção noturna, o caça bimotor Shenyang J-11 aproximou-se do avião da Força Aérea dos Estados Unidos a uma “velocidade excessiva e descontrolada, voando por baixo, à frente e a menos de três metros do B-52, colocando ambas as aeronaves em risco de embate”, afirmou o Comando para o Indo-Pacífico dos EUA, em comunicado. “Estamos preocupados com o facto de o piloto não ter consciência de que esteve muito perto de provocar um embate”, lê-se na mesma nota. O Governo chinês lê de forma diferente o incidente. “Para mostrar a verdade sobre o reconhecimento próximo dos EUA às portas da China, o Ministério da Defesa Nacional chinês publicou um vídeo que mostra que os EUA são os provocadores e causadores de problemas”, escreve o jornal Global Times. “Algumas horas antes da divulgação do vídeo dos EUA, a China tinha acabado de divulgar um vídeo dos militares dos EUA no Mar do Sul da China a aproximarem-se e a interromperem o treino normal dos militares chineses”, narra o Global Times. “Ainda mais crítico, mas não mencionado pelos EUA, é o facto de o B-52 dos EUA ser um bombardeiro estratégico que pode transportar ogivas nucleares, o que não é o mesmo que um bombardeiro normal. Porque é que apareceu no Mar do Sul da China? O que fez exactamente para que o lado chinês fizesse uma intercepção de emergência durante a noite? Em 2015, dois bombardeiros estratégicos B-52 invadiram sem autorização o espaço aéreo adjacente às ilhas Nansha, na China, e o Pentágono fez uma declaração especial mais tarde. A aparição do B-52 no Mar do Sul da China também recebeu atenção internacional muitas vezes desde então. Os militares norte-americanos não só o consideraram um dado adquirido, como acusaram a parte chinesa de intercepção injustificada. Pode ver-se que, no que diz respeito ao “encontro perigoso” causado pelo reconhecimento próximo dos militares dos EUA na vizinhança da China, a preocupação real dos militares dos EUA com a situação perigosa é muito menor do que o seu interesse em aumentar o perigo”, conclui o Global Times. “Condutores de autoestrada” O B-52 estava “legalmente a realizar operações de rotina sobre o Mar do Sul da China no espaço aéreo internacional” quando foi interceptado pelo J-11 na terça-feira, disseram os militares dos EUA. As Forças Armadas norte-americanas afirmaram no comunicado que o incidente não vai alterar a sua abordagem. “Os Estados Unidos vão continuar a voar, navegar e operar – de forma segura e responsável – onde a lei internacional permitir”, afirmaram os militares. Segundo Pequim, “no âmbito da sua estratégia de contenção da China, os EUA não querem genuinamente evitar o conflito, mas têm um forte impulso para demonstrar o seu poder militar através de acções provocatórias contra a China, uma vez que procuram obter uma vantagem psicológica sobre este país e dar ao mundo a impressão de que podem “conter” a China. É como os condutores que, na autoestrada, cortam frequentemente à frente dos outros só para mostrarem as suas capacidades de condução. Estas pessoas imprudentes são a verdadeira fonte de perigo. Em contrapartida, todas as acções da China são tomadas em legítima autodefesa. Como salientou o porta-voz do Ministério da Defesa Nacional chinês, os encontros directos entre navios e aviões chineses e americanos ocorrem todos nas zonas marítimas e aéreas que rodeiam a China, e não no Golfo do México ou ao largo da costa dos EUA. É o lado americano que vem à porta da China para provocar e causar problemas.”
Hoje Macau China / ÁsiaGaza | ONU alerta que “nenhum lugar é seguro A coordenadora dos assuntos humanitários da ONU para os territórios palestinianos alertou ontem que “nenhum lugar é seguro em Gaza” devido aos bombardeamentos israelitas no território desde o início da guerra com o Hamas. Lynn Hastings afirmou em comunicado que os “avisos prévios” emitidos pelo exército israelita para que as pessoas se retirem das zonas que pretende atingir “não fazem qualquer diferença”. “Nenhum sítio é seguro em Gaza”, afirmou Hastings, citada pela agência francesa AFP. A guerra foi desencadeada por um ataque do Hamas em Israel em 07 de Outubro, que as autoridades israelitas dizem ter causado mais de 1.400 mortos. Israel prometeu aniquilar o grupo islamita palestiniano e, desde então, tem bombardeado a Faixa de Gaza, com um saldo de mais de 6.500 mortos, segundo o Hamas. Hasting disse que o exército israelita “continua a avisar os habitantes da cidade de Gaza de que aqueles que permanecem em casa estão a colocar-se em perigo”. Referiu que, em alguns casos, a notificação do exército israelita] “encoraja as pessoas a irem para uma zona humanitária em Al-Mawasi”, situada a oeste da cidade de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza. “Para as pessoas que não podem fugir, porque não têm para onde ir ou não podem deslocar-se, os avisos precoces não fazem qualquer diferença”, disse a coordenadora da ONU. Hastings lamentou que as pessoas tenham de enfrentar escolhas impossíveis “quando as rotas de evacuação são bombardeadas, (…) quando faltam os bens essenciais à sobrevivência e quando não há garantias de regresso”.