Hoje Macau China / ÁsiaEUA | Blinken em Pequim para “gestão responsável” das tensões A viagem à China do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, adiada após o episódio do balão, vai finalmente acontecer este fim-de-semana. Encontro com o Presidente Xi não está, para já, confirmado O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, fará uma rara visita à China no fim de semana, onde pretende iniciar uma reaproximação diplomática com Pequim e pedir uma “gestão responsável” das tensões entre as duas grandes potências. “O secretário Blinken irá reunir-se com altos funcionários chineses e discutir a importância de manter linhas de comunicação abertas para gerir com responsabilidade o relacionamento China-Estados Unidos da América (EUA)”, disse na quarta-feira o Departamento de Estado, confirmando a tão aguardada viagem diplomática, inicialmente agendada para Fevereiro. Uma reunião com o Presidente chinês, Xi Jinping, não foi confirmada. Auto classificando-se de “realistas”, os Estados Unidos não esperam fazer grandes “avanços”, mas pelo menos acalentam a esperança de “reduzir o risco de erros de cálculo que se podem transformar em conflito”, segundo autoridades norte-americanas. “Não vamos a Pequim com a intenção de alcançar avanços ou transformações”, disse a jornalistas o chefe do Departamento de Estado para a Ásia, Daniel Kritenbrink. Outro funcionário norte-americano, Kurt Campbell, enfatizou que “os esforços para moldar ou reformar a China nas últimas décadas falharam”, dizendo que espera que a China permaneça “um actor importante no cenário internacional” por muito tempo. As relações bilaterais permanecem tensas num grande número de questões: os vínculos entre os Estados Unidos e Taiwan, a rivalidade em tecnologias e comércio, ou mesmo reivindicações territoriais chinesas no Mar da China Meridional. “Desde o início do ano, as relações China-EUA enfrentaram novas dificuldades e desafios. Está claro de quem é a responsabilidade”, disse ontem o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Qin Gang, num telefonema com Blinken, segundo Pequim. No telefonema, o ministro “explicou a posição solene da China sobre a questão de Taiwan”, principal ponto de fricção entre as duas potências, assim como “outras preocupações essenciais” de Pequim, sublinha o comunicado de imprensa. Mercado proibido Esta visita de Antony Blinken surge na sequência da reunião em Novembro passado entre o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, à margem de uma cimeira do G20 na Indonésia. Os dois líderes concordaram em cooperar em certas questões. Blinken aproveitará para colocar na mesa o problema do opioide fentanil, cujos componentes químicos são exportados da China para o México, onde, segundo Washington, a substância é fabricada. O porta-voz do Departamento de Estado, Matt Miller, enfatizou ontem que as preocupações dos EUA são “bem conhecidas” e incluem, entre outros, o comércio de fentanil e o “alinhamento” da China com a Rússia na guerra da Ucrânia. Antony Blinken deverá viajar até Pequim e Londres entre sexta-feira e 21 de Junho, confirmou ontem o Departamento de Estado norte-americano. Em Londres, Blinken vai participar na Conferência de Recuperação da Ucrânia, uma iniciativa criada para ajudar a mobilizar o apoio internacional público e privado para ajudar Kiev a recuperar dos ataques russos. Ainda em Londres, o chefe da diplomacia dos EUA também reunirá com membros do Governo britânico, assim como de Governos de países aliados.
Hoje Macau China / ÁsiaCanção de protesto de Hong Kong fora de sites de ‘streaming’ de música e redes sociais A canção de protesto “Glory to Hong Kong”, ligada às manifestações antigovernamentais de 2019, não estava disponível na quarta-feira em alguns dos principais ‘sites’ de música e redes sociais, noticiou hoje a agência Associated Press (AP). O Governo da região administrativa chinesa de Hong Kong disse, há uma semana, ter pedido ao Tribunal Superior local uma providência cautelar para proibir a transmissão da música, por alegadas “intenções sediciosas”. O objetivo é “impedir que a canção seja transmitida ou executada com a intenção de incitar outros à secessão ou para fins sediciosos”, indicou, em comunicado, o Departamento de Justiça. O Governo também pretende “impedir que a canção seja transmitida ou executada como hino nacional de Hong Kong com a intenção de insultar o hino oficial”, bem como “salvaguardar a segurança nacional e preservar a dignidade do hino” da China. Depois deste pedido de providência cautelar, a canção chegou ao topo das tabelas de plataformas digitais de distribuição de música como o iTunes, da Apple. No entanto, deixou de estar disponível, na quarta-feira, no Spotify e na Apple Music. A versão original da música também não estava disponível nas redes sociais Facebook e Instagram. O Spotify disse, num comunicado enviado por ‘e-mail’ à AP, que a música foi retirada pelo distribuidor e não pela plataforma. Facebook, Instagram e Apple Music não comentaram de imediato o sucedido. O criador da canção, DGX Music, escreveu, por sua vez, no Facebook que estava “a lidar com alguns problemas técnicos relacionados com plataformas” digitais e pediu desculpa pelo problema, que qualificou de temporário. As versões da canção, incluindo a dos criadores originais, ainda estavam disponíveis na plataforma de vídeo YouTube. A canção tornou-se o termo mais procurado no motor de busca Google para “hino nacional de Hong Kong”, e foi mesmo utilizada em competições desportivas internacionais, como o Campeonato Mundial de Hóquei no Gelo, em vez do hino da China. De acordo com o Governo, a canção “causou não só uma ofensa ao hino original, mas também graves danos ao país e a Hong Kong”.
Hoje Macau China / ÁsiaCiclone Biparjoy atinge hoje a Índia e o Paquistão O poderoso ciclone Biparjoy deve atingir hoje à tarde a fronteira entre a Índia e o Paquistão, onde as equipas de resgate já conseguiram retirar mais de 146 mil pessoas. O ciclone Biparjoy, nome que significa “desastre” em bengali, avança pelo Mar Arábico em direção ao porto de Jakhau, no estado indiano de Gujarat, e deve atingir hoje a costa entre o sul do Paquistão e o oeste da Índia, segundo os serviços meteorológicos. Na Índia, mais de 74.000 pessoas foram retiradas até agora em oito distritos do estado costeiro de Gujarat, de acordo com informações prestadas na quarta-feira à noite pelo chefe de governo do estado, Bhupendra Patel, na rede social Twitter, após uma reunião com serviços de emergência. Por sua vez, “mais de 72.000 pessoas foram retiradas de áreas sob ameaça direta do ciclone até agora”, disse Murtaza Wahab, porta-voz do governo da província de Sindh, no sul, na fronteira com a Índia. Na terça-feira, as autoridades de Gujarat disseram que as chuvas torrenciais e os ventos fortes, à medida que o ciclone se aproxima, mataram três pessoas, duas delas crianças, devido a uma parede que desmoronou, e uma mulher foi atingida por uma árvore. Em 2021, a mesma região foi atingida pelo ciclone Tauktae, que matou mais de 150 pessoas e causou estragos consideráveis. Os ciclones são uma ameaça comum nas costas do norte do Oceano Índico, onde vivem dezenas de milhões de pessoas. Segundo os cientistas, estes fenómenos tendem a tornar-se mais violentos devido ao aquecimento global.
Hoje Macau China / ÁsiaPrimeiro-ministro chinês visita França e Alemanha entre domingo e 23 de Junho O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, visitará a Alemanha e a França entre 18 e 23 de junho, anunciou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China. O dirigente chinês “fará uma visita oficial à Alemanha, onde terá lugar a sétima ronda de consultas governamentais sino-alemãs, e uma visita oficial à França, onde participará na cimeira para um Novo Pacto Financeiro Global”, disse Wang Wenbin, um porta-voz do ministério chinês. O primeiro-ministro na China geralmente é uma personalidade menos política do que o Presidente [chinês, Xi Jinping], estando mais responsável por questões económicas e financeiras. O objetivo da cimeira para um Novo Pacto Financeiro Global, organizada por iniciativa do Presidente francês, Emmanuel Macron, é ambicioso: reformar a arquitetura financeira global para melhor responder aos desafios impostos pelas alterações climáticas. Vários participantes já confirmaram presença: presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, o presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, e o chanceler alemão, Olaf Scholz. A viagem de Li Qiang à Alemanha promete ser mais agitada, após Berlim ter publicado um documento esta semana que descreve a China como uma força hostil à Alemanha. O maior parceiro económico da Alemanha e um mercado vital para o seu poderoso setor automóvel, a China há muito tempo que é poupada por Berlim, que, no entanto, endureceu o tom do seu discurso há pouco mais de um ano. Os ministros do Meio Ambiente defendem uma maior firmeza em relação a Pequim, apontando a sua atitude em relação a Taiwan e os abusos de que são acusadas as autoridades chinesas contra a minoria uigur na região de Xinjiang, no noroeste da China.
Hoje Macau China / ÁsiaAnálise | China deve expandir “amizades” Num fórum levado a cabo pela Universidade de Renmin, em Pequim, analistas chineses falaram sobre os fundamentos da ligação à Rússia e defenderam que o país deveria “fazer amizade com mais países” em resposta à política externa norte-americana A China deve reflectir sobre a sua relação com Moscovo, apesar da rivalidade comum com o Ocidente, defenderam ontem analistas chineses, numa altura em que a China enfrenta críticas, devido à posição ambígua na guerra na Ucrânia. Liu Weidong, investigador no Instituto de Estudos Americanos da Academia Chinesa de Ciências Sociais (CASS), argumentou que Moscovo tentou “aproveitar-se” de Pequim, antes e depois do início do conflito. “A Rússia está a tentar usar unilateralmente a China, mas não quer ser usada pela China”, observou o académico, durante um fórum organizado pela Academia Nacional de Desenvolvimento e Estratégia da Universidade Renmin, situada no norte da cidade de Pequim. “O que a [China] quer é uma cooperação com benefícios mútuos sob a premissa do não-alinhamento”, disse Liu, questionando se a relação sob esses termos pode ser alcançada com Moscovo. O investigador afirmou que os Estados Unidos estão a tentar unir os dois países em várias questões, visando induzir uma aliança entre Pequim e Moscovo. Se tal aliança for estabelecida, acabará por resultar numa “exaustão mútua, em vez de cooperação”, previu. A China partilha com a Rússia a defesa de uma nova ordem mundial multipolar, apontando a redistribuição de poder, em contraposição com a hegemonia norte-americana. Pequim critica também o sistema imperialista de alianças norte-americano na região do Indo-Pacífico, que inclui Japão e Austrália. O comércio bilateral entre a China e a Rússia subiu 40,7 por cento, nos primeiros cinco meses do ano, face ao mesmo período do ano anterior. Durante o mesmo período, o comércio entre os EUA e a China – as duas maiores economias do mundo – encolheu 12,3 por cento, de acordo com os últimos dados divulgados pela Administração Geral das Alfândegas da China. Altos funcionários dos dois países concordaram também em realizar mais exercícios conjuntos, apenas alguns dias após aviões militares chineses e russos terem realizado uma missão de patrulha conjunta sobre os mares do Japão e do Leste da China. Outros caminhos Zuo Xiying, professor de relações internacionais da Universidade Renmin, argumentou também que a China deve equilibrar o seu relacionamento com a Rússia, como forma de neutralizar a estratégia de Washington de unir os países aliados para conter Pequim. “A China não deve ficar nem com a Rússia nem com o Ocidente. Em vez disso, a China deve estar numa posição que priorize os seus próprios interesses nacionais”, afirmou. China e Rússia concordaram, em março passado, em fortalecer a cooperação a nível militar, visando aumentar a confiança mútua entre as suas Forças Armadas, de acordo com um comunicado conjunto, emitido após uma reunião no Kremlin entre Xi e Putin. Pequim criticou os países ocidentais, por não procurarem uma solução pacífica para a guerra. Liu disse que a China deve ser mais flexível ao lidar com confrontos entre blocos cada vez mais óbvios e competir com os EUA por “amigos”. O académico acrescentou que países que costumavam estar relutantes em escolher um lado na rivalidade China – EUA, como Japão e Coreia do Sul, estão agora firmemente alinhados com Washington. A China deve “fazer amizade com mais países”, urgiu. “Os Estados Unidos, como a potência ‘número um’, estão a fazer amigos, por isso é ainda mais necessário competir com os Estados Unidos por amigos”, disse Liu.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | EUA e China partilham preocupações sobre relações bilaterais O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Qin Gang, expressaram ontem preocupações com a deterioração da relações entre Pequim e Washington, numa conversa por telefone. “Falei esta noite com o conselheiro de Estado e ministro dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China, Qin Gang, por telefone”, afirmou Blinken, na rede social Twitter. “Discutimos esforços contínuos para manter canais abertos de comunicação e abordamos questões bilaterais e globais”, acrescentou o secretário de Estado norte-americano. Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China disse que Qin instou os Estados Unidos a respeitarem as “preocupações centrais da China”, incluindo na questão de Taiwan. O ministro chinês pediu a Washington que “pare de interferir nos assuntos internos da China e de prejudicar os interesses de soberania, segurança e desenvolvimento da China, em nome da competição”, indicou a mesma nota. Qin observou que as relações China–Estados Unidos “deparam-se com novas dificuldades e desafios” desde o início do ano, sendo “responsabilidade das duas partes trabalhar em conjunto para gerir adequadamente as diferenças, promover intercâmbios e a cooperação e estabilizar as relações”. Blinken deve realizar esta semana uma visita à China, depois de várias semanas em que os dois países fizeram aberturas diplomáticas de parte a parte, na tentativa de aliviar as tensões. Na semana passada, o secretário de Estado adjunto dos EUA para os Assuntos do Leste Asiático e do Pacífico, Daniel Kritenbrink, tornou-se o responsável norte-americano de mais alto escalão a visitar a China desde o caso do balão.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Pequim prevê que EUA abandonariam a ilha em caso de conflito O Governo chinês disse ontem que os Estados Unidos estariam dispostos a abandonar Taiwan à sua sorte a qualquer altura, acusando Washington de usar a ilha como “um peão para conter” a China. A porta-voz do Gabinete para os Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado, Zhu Fenglian, reagiu assim em conferência de imprensa à publicação, por órgãos de comunicação estrangeiros, da existência de um alegado plano dos Estados Unidos para retirar os seus cidadãos de Taiwan no caso de um conflito com a China. Se tal plano existir, “fica claro que os Estados Unidos estão a usar Taiwan apenas como um peão para conter a China e que abandonariam o território a qualquer momento”, disse a porta-voz. Acusou alguns políticos norte-americanos de “encherem a boca a falar na importância da paz e estabilidade no Estreito de Taiwan”, enquanto “encorajam continuamente a venda de armas” a Taipé. A funcionária instou os “compatriotas de Taiwan” a discernir se os EUA os estão a apoiar ou a prejudicar, bem como a avaliar se o Partido Democrático Progressista, actualmente no poder em Taipé, “está a agir como um guardião ou em detrimento” do território. A questão de Taiwan é um dos principais pontos de atrito entre Pequim e Washington, já que os EUA são o principal fornecedor de armas e o maior aliado de Taipé.
Hoje Macau China / ÁsiaIsrael / Palestina | Pequim reafirma apoio aos esforços para resolver conflito A China continua a promover as relações de amizade com as autoridades palestinianas e oferece ajuda para tentar pôr fim a um conflito que se arrasta há décadas, assumindo-se cada vez mais como um agente a ter em conta nas relações internacionais O ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Qin Gang, reafirmou ontem ao seu homólogo palestiniano, Riyad al-Malki, que Pequim apoia os esforços para resolver o conflito israelo-palestiniano. Os diplomatas reuniram-se em Pequim como parte da visita de Estado do Presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, à China. O líder da Autoridade Nacional Palestina (ANP) deve reunir-se esta semana com o Presidente chinês, Xi Jinping. Segundo um comunicado emitido pelo ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Qin observou que Abbas é o primeiro chefe de Estado árabe a ser recebido pela China este ano, o “que demonstra plenamente a amizade especial entre a China e a Palestina e o apoio da China à justa causa da Palestina”. O ministro chinês adiantou que Abbas e Xi “vão elaborar um plano de alto nível para o desenvolvimento das relações bilaterais, esclarecer a direcção estratégica e elevar as tradicionais relações amigáveis entre os dois países para um novo patamar”. “A China atribui grande importância à questão palestiniana e sempre apoiou firmemente a justa causa do povo da Palestina para restaurar os seus direitos nacionais legítimos. A China vai continuar a apoiar a direcção correcta das negociações para a paz e contribuir com a sua sabedoria e força para a solução do conflito”, lê-se na nota oficial. O ministro dos Negócios Estrangeiros palestiniano descreveu o país asiático como um “amigo de confiança” e agradeceu pelo seu apoio “firme” à “justa causa da Palestina”. “O Presidente Abbas atribui grande importância a esta visita”, acrescentou o diplomata. Tensão alta A visita do Presidente palestiniano, que decorre até 16 de Junho, ocorre numa altura em que Pequim manifestou vontade em facilitar a retoma das negociações de paz entre Israel e Palestina, e pediu às duas partes que demonstrem coragem política e tomem medidas para retomar o diálogo. Qin manifestou a sua preocupação com as actuais tensões entre os dois países, em Abril passado, e pediu que se evite uma escalada do conflito. Ele enfatizou que a saída fundamental é retomar as negociações para a paz e implementar a “solução de dois Estados”. Nos últimos meses, a China embarcou numa ofensiva diplomática para se afirmar como uma potência global. Em Março passado, Irão e a Arábia Saudita anunciaram, em Pequim, um acordo para restabelecerem as relações diplomáticas. Na Ucrânia, Pequim destacou um enviado especial para negociar um acordo político que ponha fim à guerra, que dura há 16 meses.
Hoje Macau China / ÁsiaBanco central da China | Custo de financiamento reduzido para estimular economia As autoridades tentam agora acelerar o processo de recuperação financeira iniciado após o fim das rígidas medidas de combate à pandemia que vigoraram nos últimos anos O Banco Popular da China (banco central) cortou ontem o custo de financiamento a curto prazo, visando estimular a economia, numa altura em que o país regista uma débil recuperação, após ter abandonado a estratégia ‘zero covid’. O banco central anunciou um corte na taxa para operações de venda com acordo de recompra (Repo, em inglês) de sete dias, em 10 pontos base, de 2 por cento para 1,9 por cento, injectando dois mil milhões de yuan no sistema bancário. Os acordos de recompra constituem uma forma de financiamento em que a instituição financeira cede títulos da sua carteira como contrapartida de um empréstimo e, simultaneamente, se obriga a recomprá-los numa data preestabelecida. A diferença entre os preços de venda e de recompra constitui o juro pago pelo devedor. A decisão do Banco Popular da China surge após os principais bancos estatais do país terem reduzido, na semana passada, as taxas para a remuneração dos depósitos a prazo, sinalizando uma flexibilização monetária. A medida ocorre também antes do banco central anunciar a decisão sobre as taxas de juro para empréstimos a médio prazo, prevista para quinta-feira. Num relatório, a divisão de gestão de fortunas do banco UBS disse esperar mais flexibilização da política monetária daqui para a frente. “Acreditamos que a política monetária vai continuar a concentrar-se em manter a liquidez ampla e o crescimento do crédito estável”, indicaram os analistas do UBS, prevendo que o banco central vai fazer entre um e dois cortes “modestos” este ano. Após a decisão, o preço dos títulos de dívida soberana da China subiu. O rendimento das obrigações do Governo a 10 anos caiu cerca de 4,0 pontos base, fixando-se em 2,645 por cento, o valor mais baixo dos últimos nove meses. O valor do dólar norte-americano face ao yuan subiu para 7,1610, logo após o banco central ter anunciado a sua decisão. Olhos no presente Vários indicadores económicos, incluindo o comércio externo, consumo ou actividade da indústria transformadora sugerem um abrandamento na recuperação da economia da China, após Pequim ter abolido, em Dezembro, as medidas de prevenção contra a covid-19, que no ano passado empurraram o país para um ciclo de bloqueios e estagnação. A decisão do banco central visa desencorajar a poupança, de modo a promover a actividade e apoiar a economia. O crescimento económico nos primeiros três meses do ano acelerou para 4,5 por cento, em comparação com igual período de 2022, mas os analistas dizem que o pico da recuperação provavelmente já passou. O ritmo de crescimento ficou também aquém da meta estabelecida pelo Partido Comunista para este ano: “cerca de 5 por cento”.
Hoje Macau China / ÁsiaToyota planeia introduzir baterias de estado sólido em veículos em 2027 O fabricante japonês de automóveis Toyota Motor anunciou hoje que pretende começar a comercializar entre 2027 e 2028 baterias de estado sólido, para melhorar a autonomia dos veículos elétricos. A iniciativa faz parte de uma estratégia de descarbonização futura, anunciada pelo líder mundial do setor automóvel em volume de vendas, a par de outras iniciativas como a manutenção do compromisso com o desenvolvimento de veículos com baterias de hidrogénio. A Toyota Motor desenvolveu uma tecnologia própria para baterias de estado sólido, atualmente na fase de protótipo, e, quando atingir a produção em grande escala no horizonte previsto, vai substituir as atuais baterias de iões de lítio utilizadas nos modelos híbridos. Na apresentação da estratégia, a empresa afirmou ter conseguido melhorar a capacidade das atuais baterias utilizadas, resolver o problema de durabilidade dos novos protótipos e atingir um certo nível de aplicabilidade. A Toyota tinha inicialmente planeado começar, em meados desta década, a utilizar as novas baterias de estado sólido nos veículos híbridos, mas reviu esta política com base no ritmo do desenvolvimento tecnológico. A empresa também planeia reduzir os custos de produção dos veículos elétricos e introduzir melhorias na condução autónoma e no design aerodinâmico para uma nova linha de veículos deste tipo, a ser lançada a partir de 2026. A Toyota Motor pretende vender cerca de 1,7 milhão de veículos elétricos nesse ano e aumentar esse número para 3,5 milhões até 2030, de acordo com a estratégia da empresa agora apresentada.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Homem atropela pedestres deliberadamente e mata duas pessoas na China Duas pessoas morreram e cinco ficaram feridas na cidade chinesa de Gaoyou, após um homem ter conduzido deliberadamente um carro contra um grupo de pessoas, no domingo, informou hoje o jornal local The Paper. A polícia disse que se deslocou ao local, logo após o incidente, ocorrido no domingo pelas 20:00, para coordenar o atendimento médico aos feridos e iniciar uma investigação. O suspeito, que foi preso, é um homem de 25 anos. Nos últimos meses, ocorreram vários incidentes semelhantes na China. No início de abril, um homem, de 47 anos, atropelou um grupo de pedestres na cidade de Pingdingshan, no centro do país. Três pessoas morreram e sete ficaram feridas. Em janeiro passado, um motorista atropelou vários pedestres e causou a morte de cinco pessoas na cidade de Cantão, no sudeste. Em abril passado, a justiça chinesa executou um homem por ter conduzido deliberadamente um carro contra um grupo de pessoas, causando cinco mortos, na cidade de Dalian, em 2021.
Hoje Macau China / ÁsiaLançado miniprograma em chinês com promoção turística portuguesa O Turismo de Portugal lançou ontem um miniprograma acessível a partir do Wechat, aplicação chinesa que funciona como rede social e carteira digital, visando promover a gastronomia, pontos turísticos ou festividades portuguesas no maior mercado do mundo. “É um motor de busca 100 por cento dedicado a Portugal”, descreveu Tiago Brito, o representante permanente do Turismo de Portugal na China, à agência Lusa. “O alvo é sobretudo o consumidor final, e não tanto grupos organizados”, afirmou. O conteúdo do miniprograma está todo traduzido para chinês e é composto por 750 pontos de interesse divididos por regiões, incluindo atracções turísticas, entretenimento, compras, gastronomia ou hotelaria. Um clique, por exemplo, na secção Porto e Norte permite conhecer os principiais pontos turísticos da região, desde o centro histórico portuense ao Parque Natural de Montesinho, situado no nordeste transmontano. Na subsecção Gastronomia e Vinhos, surgem apresentações em chinês sobre a posta à mirandesa, francesinha, bacalhau à Brás ou a Rota dos Vinhos Verdes. Criado em 2011 pelo gigante chinês da Internet Tencent, o Wechat é hoje indispensável no dia-a-dia na China, unindo as funções de rede social, serviço de mensagens instantâneas e carteira digital. Diferentes estimativas colocam o número de utilizadores activos da ‘app’ no país asiático em mais de 800 milhões. A iniciativa ilustra os esforços das autoridades portuguesas para gerar mais valor na China, o maior emissor de turistas do mundo. Fique por cá Em 2019, o último ano antes da pandemia, 155 milhões de chineses viajaram para o exterior, de acordo com uma análise do banco de investimento norte-americano Citigroup. No total, os turistas oriundos da China continental gastaram 255 mil milhões de dólares além-fronteiras. “O objectivo é crescer em valor: queremos que os turistas chineses retomem a procura por Portugal, mas queremos essencialmente que eles fiquem mais tempo no país”, frisou Tiago Brito. O responsável explicou que, em média, o hóspede chinês fica menos de duas noites em Portugal. “Nós queremos influenciar a procura ou qualificar a procura para que fiquem mais tempo, conheçam melhor Portugal e gerem mais receita para o país, o que nos ajudará a equilibrar a balança comercial com a China”, disse. Segundo dados facultados à Lusa pelo representante permanente do Turismo de Portugal na China, mais de 385 mil chineses visitaram Portugal em 2019, o último ano antes da pandemia. Os turistas oriundos da China gastaram, no total, 224 milhões de euros no país, um crescimento de 20 por cento, face a 2018. A ligação aérea entre Portugal e a China está a ser feita apenas duas vezes por semana. Até ao início da pandemia, o voo realizava-se três vezes por semana. A companhia aérea Beijing Capital Airlines, que opera a ligação, previu à Lusa que a reposição da frequência original deve ser feita ao longo deste ano, dependendo do aumento da procura.
Hoje Macau China / ÁsiaPyongyang | Kim Jong-un oferece “apoio total” a Putin O líder norte-coreano ofereceu o “apoio total” de Pyongyang a Moscovo numa mensagem dirigida ao Presidente russo, informaram ontem os meios de comunicação social estatais norte-coreanos. Kim Jong-un enviou uma mensagem de felicitações a Vladimir Putin por ocasião dos feriados da Rússia, um dos poucos aliados de Pyongyang. A declaração, publicada pela agência oficial de notícias norte-coreana KCNA, não menciona especificamente a invasão da Ucrânia ou o envolvimento de Moscovo num conflito armado, mas elogia a “boa decisão e liderança (…) de Putin para impedir as crescentes ameaças de forças hostis”. O povo norte-coreano oferece “total apoio e solidariedade ao povo russo na luta incansável para defender a causa sagrada da preservação dos direitos soberanos, do desenvolvimento e dos interesses do país contra as práticas arbitrárias e autoritárias dos imperialistas”. A Coreia do Norte descreveu o conflito como uma “guerra por procuração” dos Estados Unidos para destruir a Rússia e condenou a ajuda militar ocidental a Kiev. Em Janeiro, Washington acusou a Coreia do Norte de fornecer foguetes e mísseis ao grupo paramilitar russo Wagner, o que Pyongyang negou. Em Março, Washington afirmou ter provas de que Moscovo procurava obter armas de Pyongyang para a ofensiva na Ucrânia, em troca de ajuda alimentar à Coreia do Norte, cuja economia e agricultura estão em ruínas. Enquanto membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, a Rússia vetou durante muito tempo a adopção de novas sanções contra a Coreia do Norte, devido ao programa nuclear e aos repetidos lançamentos de mísseis.
Hoje Macau China / ÁsiaNova Zelândia | PM visita Pequim este mês para impulsionar comércio O primeiro-ministro da Nova Zelândia anunciou ontem que vai liderar, no final de Junho, a deslocação de uma delegação comercial à China, principal parceiro comercial do país e cuja crescente influência no Pacífico Sul suscita preocupação em Wellington. “A relação com a China é uma das mais significativas, extensas e complexas da Nova Zelândia”, afirmou Chris Hipkins, durante uma conferência de imprensa que serviu para anunciar a primeira viagem de um chefe de Governo da Nova Zelândia à China desde 2019. Hipkins disse esperar que a visita aumente o comércio com a China e diversifique a cooperação para outros “sectores emergentes”, como a saúde e bem-estar ou a indústria dos cosméticos. A Nova Zelândia exporta sobretudo laticínios e produtos à base de carne. As vendas para a China representam um quarto das exportações do país. A Nova Zelândia importa electrónicos, maquinaria, roupas e móveis do país asiático. O anúncio surge depois de o governo da Nova Zelândia ter assinado a “Declaração Conjunta contra a Coerção Económica no Comércio”, em Paris, no fim de semana, junto com a Austrália, Canadá, Japão, Reino Unido e Estados Unidos, em resposta às práticas da China. A embaixada chinesa em Wellington publicou este fim de semana, por sua vez, um comunicado no qual afirmou que “alguns países tendem a ir longe demais ou a abusar do conceito de segurança nacional para impor políticas protecionistas sob vários pretextos, que violam descaradamente tanto as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) como os compromissos realizados em conjunto por todas as partes”, numa alusão aos Estados Unidos. O primeiro-ministro da Nova Zelândia assegurou que o seu governo mantém “um diálogo sólido e contínuo com a China”. Ao contrário da Austrália, a Nova Zelândia não foi alvo de sanções chinesas. A Nova Zelândia é parceira histórica dos Estados Unidos e da Austrália, integrando a aliança de inteligência Cinco Olhos, que também inclui o Canadá e o Reino Unido.
Hoje Macau China / ÁsiaCasamentos | Ano de 2022 com menor registo desde 1986 na China A China registou 6,83 milhões de novos casamentos, em 2022, o número mais baixo desde que os registos começaram a ser feitos, em 1986, de acordo com dados oficiais divulgados ontem pela imprensa estatal. Em 2021, o número já tinha atingido um novo mínimo, com 7,63 milhões de matrimónios celebrados. De acordo com dados do Ministério dos Assuntos Civis, o número de registos de casamento na China está em queda desde 2013, quando houve 13,46 milhões de casamentos. Em 2019, o número caiu abaixo dos dez milhões pela primeira vez. Citado pelo jornal oficial Global Times, o demógrafo He Yafu disse que o ano passado marcou o número mais baixo, não apenas desde que há registos, mas desde 1980, de acordo com os seus cálculos. He destacou a contração na população jovem e a existência de mais homens do que mulheres no país asiático como factores responsáveis pela queda do número de casamentos. De acordo com o último censo populacional da China, realizado em 2020, havia 17,52 milhões mais homens do que mulheres na faixa etária entre os 20 e 40 anos. A idade média do primeiro casamento para mulheres aumentou de 24 anos, em 2010, para 27,95 anos, em 2020. O especialista apontou ainda o “alto custo” do casamento, que por vezes inclui o dote, costume ainda presente em algumas zonas do país, e as “mudanças de atitude face ao casamento entre as novas gerações” como outras razões para a queda no número de matrimónios. A China perdeu 850 mil habitantes, em 2022, no primeiro declínio populacional em mais de meio século. No 20.º Congresso do Partido Comunista Chinês, realizado em 2022, o partido no poder indicou que o país precisa de um sistema que “aumente as taxas de natalidade e reduza os custos com gravidez, parto, escolaridade e paternidade”.
Hoje Macau China / ÁsiaRiade | Fórum empresarial com acordos de mais de 9,2 MM de euros O encontro empresarial na capital da Arábia Saudita movimentou quantias astronómicas. Só o acordo entre a chinesa Human Horizons, fabricante de veículos eléctricos, e o Ministério de Investimentos saudita cifrou-se em 5,6 mil milhões de dólares O Fórum de Empresários Árabes e Chineses, que terminou ontem em Riade, promoveu acordos comerciais estimados em mais de 10 mil milhões de dólares, noticiou a imprensa internacional. Segundo os meios de comunicação sauditas, os acordos do primeiro dia incluíram, entre outros, investimentos conjuntos nos sectores de tecnologia, energia renovável, agricultura, habitação, cadeia de suprimentos, turismo e saúde. O maior destes, no valor de 5,6 mil milhões de dólares, foi assinado pelo Ministério de Investimentos saudita e pela empresa chinesa Human Horizons, especializada no desenvolvimento de tecnologias de direcção autónoma e na fabricação de veículos eléctricos com a marca HiPhi. As partes estabelecerão uma parceria para investigar, desenvolver, fabricar e vender veículos eléctricos na Arábia Saudita, segundo as fontes. Outros acordos, alguns entre empresas sauditas do sector privado, incluem o estabelecimento de investimentos conjuntos para fabricar carruagens de comboios, construir e operar um projecto de mineração de cobre ou ainda desenvolver aplicativos sobre turismo. Parceria reforçada O Fórum de Empresários Árabe e Chineses – na sua décima edição e que teve início no domingo em Riade – é visto pela Arábia Saudita como uma oportunidade para ampliar a parceria económica com a China, considerada a principal parceira comercial de Riade. O chanceler saudita, Faisal bin Farhan, estimou durante a sessão inaugural em 430 mil milhões de dólares o volume do intercâmbio comercial árabe-chinês em 2022, e em 106 mil milhões o comércio saudita-chinês no mesmo período, com um aumento de 31 por cento e 30 por cento, respectivamente, em relação a 2021. Este fórum ocorre quando os Estados Unidos estão a perder gradualmente a sua influência na região, o que fez com que a China se posicionasse no centro dos países da Liga Árabe, formada por 22 membros, principalmente nas monarquias ricas em petróleo do Golfo Pérsico. Em Dezembro passado, a China consolidou-se como o maior parceiro comercial da Arábia Saudita, assinando cerca de trinta acordos multimilionários, incluindo um acordo de “Parceria Estratégica”, durante a primeira visita do Presidente chinês, Xi Jinping, ao reino desde 2016.
Hoje Macau China / ÁsiaChina, Paquistão e Irão criam mecanismo de consulta para combate ao terrorismo China, Paquistão e Irão criaram um mecanismo de consulta sobre segurança e combate ao terrorismo, após uma reunião tripartida que se realizou na semana passada em Pequim, informou a imprensa estatal na sexta-feira, numa altura de crescente influência chinesa na região. A reunião, realizada na quarta-feira e que foi a primeira do género, serviu para “discutir em profundidade o combate ao terrorismo na região” e como “executar operações conjuntas antiterrorismo transfronteiriças”, de acordo com um comunicado difundido pelo ministério dos Negócios Estrangeiros da China. Segundo especialistas citados pelo jornal oficial Global Times, o mecanismo de consulta “vai aprofundar a cooperação na luta contra o terrorismo, a longo prazo, entre os três países”, e visa “estabelecer uma base para a cooperação futura em outras áreas de segurança”. Citado pelo jornal, o académico Zhu Yongbiao disse que o encontro “vai ampliar os mecanismos de segurança da China na região”. “Terroristas no Paquistão e no Afeganistão cruzaram as fronteiras para se esconder no Irão, o que também representa uma ameaça para aquele país”, argumentou Zhu, acrescentando que “dada a complexidade desta questão, é natural que os três países reforcem a cooperação”. De acordo com Zhu, a reunião desta semana abordou a “situação de segurança dentro e ao redor do Afeganistão, que é de grande preocupação regional e internacional” e “a situação na fronteira entre o Paquistão e o Irão, na região do Baluchistão”. “China, Paquistão e Irão provavelmente vão chegar a um consenso sobre a identificação de organizações terroristas e sobre a cooperação para combater operações terroristas transfronteiriças”, disse Zhou. A China é um dos poucos países que mantém contacto directo com Cabul desde a retirada das tropas dos Estados Unidos, apesar do governo talibã não ser reconhecido pela comunidade internacional. A China já demonstrou interesse em incluir o Afeganistão no projecto de infra-estruturas designado como Corredor Económico China – Paquistão (CPEC), uma rota comercial para ligar a cidade chinesa de Kasghar ao porto paquistanês de Gwadar, no Baluchistão, proporcionando a Pequim uma porta de entrada para o Mar Arábico. Olhos no Norte Nos últimos meses, Rússia, China, Irão e Paquistão instaram o governo talibã a adoptar “medidas visíveis e verificáveis” para combater o terrorismo, impedir que combatentes islâmicos usem o território afegão e garantir a segurança de organizações e cidadãos estrangeiros. Pequim está preocupada com o facto de o Afeganistão abrigar separatistas que se opõem ao domínio chinês na região de Xinjiang, no extremo noroeste do país. Acredita-se que várias centenas, possivelmente milhares, de muçulmanos chineses vivam nos territórios do norte do Paquistão, em grande parte sem governo, mas especialistas em terrorismo questionam se o ETIM existe mesmo de forma organizada. O Presidente chinês, Xi Jinping, recebeu também o líder iraniano, Ebrahim Raisi, em Fevereiro passado, e garantiu que a China manterá inabalavelmente a sua “amizade e cooperação” com o Irão, independentemente da “situação internacional e regional”. Em Março passado, Arábia Saudita e Irão anunciaram também o re-estabelecimento das relações diplomáticas, em Pequim, como parte de um acordo mediado pela China.
Hoje Macau China / ÁsiaBiparjoy | Ciclone sobe para extremamente severo A chegada nos próximos dias do Biparjoy, com ventos de 190 quilómetros por hora, já levou as autoridades da Índia e do Paquistão a tomar medidas de prevenção O ciclone Biparjoy intensificou-se ontem para “extremamente severo”, elevando o nível de alerta ao longo das costas da Índia e do Paquistão, onde as autoridades já começaram a tomar medidas antes da sua chegada prevista para os próximos dias. O Departamento Meteorológico da Índia (IMD) adianta no seu último boletim que o Biparjoy, que atravessa actualmente o Mar Arábico, se intensificou para um ciclone extremamente severo a cerca de 480 quilómetros a sudoeste de Naliya (costa noroeste da Índia). “Atravessará Saurashtra e Kutch (Índia) e o Paquistão por volta do meio-dia do dia 15 de Junho como uma tempestade ciclónica muito severa”, refere o IMD. O ciclone é acompanhado de ventos que atingem 190 quilómetros por hora à superfície, pelo que o IMD recomendou a suspensão de todas as actividades piscatórias na zona até à sua passagem. O departamento meteorológico prevê que estes ventos se reduzam gradualmente ao longo dos próximos dias, atingindo uma velocidade máxima de 150 km/h na quinta-feira, altura em que deverá atingir a cidade de Karachi, no sul do Paquistão, como um ciclone “muito severo”. No entanto, os seus efeitos far-se-ão igualmente sentir no estado indiano de Gujarat, onde o IMD alertou para a ocorrência de chuvas “fortes” e “muito fortes” a partir de quarta-feira, que se intensificarão para chuvas “extremas” em pontos isolados na quinta-feira. Equipas da Força Nacional de Resposta a Catástrofes (NDRF) já foram enviadas para as cidades costeiras de Gujarat, que deverão ser as mais afectadas, informou a agência noticiosa ANI. Do Paquistão Paralelamente, o Departamento Meteorológico do Paquistão informou que a costa sul do Paquistão começará a sentir os efeitos do ciclone na tarde/noite de terça-feira e referiu que “os ventos fortes podem causar danos em estruturas soltas e vulneráveis, como casas de barro”. “São esperados aguaceiros e trovoadas com algumas chuvas muito fortes e ventos tempestuosos (60-80 km/hora)” na costa sul e sudeste do Paquistão, acrescentou. Em consequência, as autoridades de Karachi proibiram no sábado o acesso às suas praias, as actividades de pesca e a navegação. A passagem de ciclones é comum na costa indiana, que no mês passado levantou o alerta sobre várias das suas províncias orientais pela tempestade ciclónica Mocha, de categoria “muito severa”, que fez mais de uma centena de mortos na Birmânia e devastou dezenas de campos de refugiados rohingya no Bangladesh. Em Maio de 2020, o ciclone Amphan fez mais de uma centena de mortos na Índia e no Bangladesh, num dos piores incidentes deste tipo dos últimos anos.
Hoje Macau China / ÁsiaBlinken deverá visitar China dia 18 após polémica com balão O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, planeia viajar para a China na próxima semana, enquanto o Governo de Joe Biden tenta melhorar essas relações após a polémica do balão chinês abatido em Fevereiro. Autoridades norte-americanas, citadas pela agência Associated Press (AP), dizem que Blinken espera estar em Pequim a 18 de Junho para reuniões com altos funcionários chineses, incluindo o ministro das Relações Exteriores, Qin Gang, e possivelmente o Presidente, Xi Jinping. As autoridades falaram com a agência sob anonimato porque nem o Departamento de Estado, nem o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, confirmaram a viagem. A visita, que foi acertada entre Xi Jinping e Joe Biden no ano passado, numa reunião em Bali, havia sido inicialmente programada para Fevereiro, mas foi adiada após o incidente com o alegado balão de espionagem, que Pequim insiste ser um dispositivo meteorológico que se desviou da rota. Desde então, os contactos entre os Estados Unidos e a China foram raros. Canais de comunicação Na semana passada, o ministro da Defesa da China rejeitou um pedido do secretário de Defesa norte-americano para uma reunião paralela a um simpósio de segurança em Singapura. No entanto, logo após adiar a sua viagem a Pequim, Blinken reuniu-se brevemente com o principal diplomata da China, Wang Yi, na Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha. Também o chefe da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) viajou para a China em Maio e o ministro do Comércio chinês deslocou-se aos Estados Unidos no mês passado. Além disso, também o conselheiro de segurança nacional de Biden, Jake Sullivan, se encontrou com Wang em Viena no início de Maio. A Casa Branca disse na ocasião que a reunião “fazia parte dos esforços contínuos para manter as linhas de comunicação abertas e administrar a concorrência com responsabilidade”. “Os dois lados concordaram em manter esse importante canal estratégico de comunicação para avançar nesses objectivos”, disse a Casa Branca. Mais recentemente, o principal diplomata norte-americano para a região da Ásia-Pacífico, Daniel Kritenbrink, viajou para a China no início desta semana junto com um alto funcionário do Conselho de Segurança Nacional.
Hoje Macau China / ÁsiaEmbaixada das Honduras inaugurada em Pequim Pouco depois do rompimento das relações com Taiwan, as Honduras inauguraram uma embaixada no país. A China saúda a iniciativa dizendo tratar-se de uma decisão correcta e que “está de acordo com os interesses de ambos os países” Honduras inaugurou ontem uma embaixada em Pequim, três meses depois de o país centro-americano ter estabelecido relações diplomáticas com a China, em detrimento de Taiwan. O ministro dos Negócios Estrangeiros hondurenho, Eduardo Enrique Reina, e o seu homólogo chinês, Qin Gang, oficializaram a inauguração ao descerrar uma placa, na presença da Presidente de Honduras, Xiomara Castro. Reina disse tratar-se de um evento “histórico” e destacou “as importantes reuniões de mais alto nível” que Castro realizou desde o início da sua visita oficial à China, na quinta-feira, avançou o governo das Honduras na rede social Twitter. O cientista Salvador Moncada, que estava radicado em Londres, será o primeiro embaixador das Honduras na China, confirmou ontem o ministro hondurenho. “Estabelecer relações com a República Popular da China foi uma decisão corajosa, trata-se também de reconhecer os seus esforços como país para criar melhores condições de vida para milhões de pessoas”, disse Reina. O diplomata hondurenho acrescentou que espera “avançar nas negociações para um acordo de livre comércio” e “participar nas iniciativas multilaterais da China, como Uma Faixa, Uma Rota, ou as recentes iniciativas globais” do país asiático. O ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Qin Gang, indicou durante o evento que o rápido desenvolvimento das relações demonstrou que a decisão das Honduras de romper relações com Taiwan é correcta e que “está de acordo com os interesses de ambos os países”. Cinco estrelas A China inaugurou a 5 de Junho a sua embaixada nas Honduras, algo que aconteceu num hotel de Tegucigalpa porque Pequim ainda não decidiu onde irá instalar a sua representação diplomática. Após vários dias na ‘capital’ financeira da China, Xangai, a Presidente das Honduras, Xiomara Castro, chegou no domingo à noite a Pequim, onde foi recebida pelo representante especial do governo chinês para assuntos latino-americanos, Qiu Xiaoqi. De acordo com o jornal oficial chinês Global Times, os dois países deverão organizar um fórum dedicado ao investimento e comércio durante a visita de Castro à capital chinesa. A Presidente hondurenha deverá também encontrar-se com o seu homólogo chinês, Xi Jinping, reunião durante a qual se prevê a assinatura de acordos e memorandos em diversas áreas. As Honduras e a China anunciaram o estabelecimento de relações diplomáticas a 26 de Março, horas depois de o país centro-americano oficializar o rompimento das relações que mantinha com Taiwan desde 1941. A decisão reduziu para 13 o número de países com os quais Taipé mantém relações diplomáticas oficiais, e tornou as Honduras o nono país – e o quinto latino-americano – que desde 2016 cortou os laços com a ilha para estabelecer relações com Pequim.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Revisto em alta crescimento económico no primeiro trimestre O ano começou bem para o país do sol nascente com os índices económicos, assentes no consumo interno, a superarem as melhores expectativas nos primeiros três meses de 2023 O Japão reviu ontem em alta a estimativa para o crescimento da economia no primeiro trimestre do ano, para 0,7 por cento, em relação aos três meses anteriores, segundo dados preliminares divulgados ontem pelo Governo nipónico. A estimativa é superior ao valor preliminar de 0,4 por cento divulgado a 17 de Maio pelo Governo japonês e deve–se a um aumento superior ao inicialmente calculado no investimento de capital das empresas. De acordo com dados oficiais, os investimentos feitos pelas empresas japonesas entre Janeiro e Março subiram 1,4 por cento em comparação com o último trimestre de 2022, uma revisão em alta do valor de 0,9 por cento publicado em Maio. Esta variação compensou uma revisão em baixa, de um décimo, para 0,5 por cento, da recuperação do consumo nos primeiros três meses do ano. O consumo é o principal motor económico do país, representando cerca de 60 por cento da economia nipónica. Em comparação com o mesmo trimestre de 2022, o Produto Interno Bruto (PIB) japonês terá crescido 1,9 por cento, mais seis décimos percentuais do que o inicialmente estimado. O PIB do Japão tinha crescido 1 por cento durante o ano passado devido a uma diminuição do consumo. O governo japonês também baixou a estimativa para o investimento público feito durante os primeiros três meses de 2023, que, segundo os dados revistos de ontem, aumentou 1,5 por cento em relação ao trimestre anterior, ante os 2,4 por cento indicados no relatório preliminar. No final de Abril, o novo governador do Banco do Japão (BoJ) disse que a instituição vai manter a ampla estratégia de flexibilização monetária, que inclui taxas ultra baixas, porque a inflação ainda não é suficientemente forte para considerar a retirada destas medidas. Défice recorde Questionado se o BoJ está a considerar alterar o plano para controlar a curva de rendimento das obrigações do Estado, Kazuo Ueda disse que isto dependeria da evolução da economia, da inflação e de outros factores. Contudo, tanto o governador cessante, Haruhiko Kuroda, como Ueda insistiram na necessidade de manter as actuais medidas de flexibilização, dada a situação da economia japonesa, e apesar da aceleração da inflação nos últimos meses devido principalmente à subida global dos preços da energia e das matérias-primas. O Japão registou um défice comercial recorde de 21,7 biliões de ienes (147,2 mil milhões de euros) no ano fiscal de 2022, que terminou a 31 de Março deste ano. As importações japonesas cresceram 32,2 por cento, para 121 biliões de ienes (818,4 mil milhões de euros), um crescimento de 32,2 por cento, duas vez mais rápido do que as exportações, que aumentaram 15,5 por cento para 99,2 biliões de ienes (671,4 mil milhões de euros). Excedentes a subir A balança de pagamentos do Japão registou um excedente de 1,89 biliões de ienes (12,7 mil milhões de euros) em Abril, mais 76,3 por cento do que em igual mês do ano passado, avançou ontem o Governo. Ainda assim, o excedente foi 16,8 por cento inferior ao obtido em Março, de acordo com os dados divulgados pelo Ministério das Finanças japonês. A balança de pagamentos do Japão permaneceu no positivo em Abril devido à balança de rendimentos, referente aos investimentos no estrangeiro, que registou um excedente de 3,1 biliões de ienes (20,5 mil milhões de euros), mais 3,1 por cento do que em igual mês de 2022. A balança de pagamentos reflecte os pagamentos e receitas do comércio exterior de bens, serviços, rendimentos e transferências, sendo considerado um dos mais amplos indicadores comerciais de um país.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Pequim manifesta “grande preocupação” com impacto humanitário da destruição de barragem A China manifestou na quarta-feira “grande preocupação” perante a destruição da barragem de Kakhovka (sul da Ucrânia) e o consequente impacto humanitário, económico e ecológico, num momento em que Kiev e Moscovo trocam acusações sobre a responsabilidade pelo sucedido. Numa conferência de imprensa, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Wenbin, afirmou que “todas as partes no conflito” devem “respeitar o direito humanitário” e “fazer tudo o que estiver ao seu alcance para proteger os civis e salvaguardar as instalações civis” no contexto do conflito em curso no território ucraniano, desencadeado pela ofensiva militar russa iniciada em Fevereiro de 2022. “A posição da China sobre a crise na Ucrânia é consistente e clara. Nas circunstâncias actuais, esperamos que todas as partes se comprometam com uma solução política para a crise e trabalhem em conjunto para aliviar a situação”, referiu o porta-voz, de acordo com uma transcrição disponibilizada no site do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. A barragem de Kakhovka situa-se na região de Kherson, anexada pela Rússia, mas as forças ucranianas controlam a parte situada na margem direita do rio Dniepre e as tropas russas a margem esquerda. Mais de 2.700 pessoas foram retiradas de zonas inundadas na sequência da destruição, na terça-feira, da barragem de Kakhovka, anunciaram as autoridades ucranianas e russas na quarta-feira. A generalidade da comunidade internacional culpou a Rússia, mas o secretário-geral da ONU, António Guterres, mostrou-se prudente numa reação divulgada na terça-feira, por falta de informações independentes. Considerou, porém, tratar-se de uma “monumental catástrofe humana, económica e ecológica”, e mais uma “consequência devastadora da invasão russa” da Ucrânia.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim quer que Portugal adopte políticas “racionais” e “autónomas” sobre 5G A China disse ontem esperar que Portugal adopte políticas “racionais” e “autónomas”, após um órgão consultivo do Governo português ter deliberado a exclusão de facto de empresas chinesas do desenvolvimento das redes de quinta geração (5G). “Esperamos que o lado português faça escolhas políticas racionais de forma autónoma e adira à criação de um ambiente de negócios aberto, justo e não discriminatório”, afirmou o ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, numa nota enviada à agência Lusa, em Pequim. A diplomacia chinesa considerou que “construir muros e barreiras” e “quebrar laços” só “prejudica os mais vulneráveis”. “A cooperação com benefícios mútuos é o único caminho certo”, realçou. No mês passado, a Comissão de Avaliação de Segurança, no âmbito do Conselho Superior de Segurança do Ciberespaço de Portugal, divulgou uma deliberação sobre o “alto risco” para a segurança das redes e de serviços 5G do uso de equipamentos de fornecedores que, entre outros critérios, sejam de fora da União Europeia, NATO ou OCDE e cujo “ordenamento jurídico do país em que estão domiciliados permita que o Governo exerça controlo, interferência ou pressão sobre as suas actividades a operar em países terceiros”. A deliberação não refere nomes de empresas ou de países, mas surge após anos de pressão exercida por Washington sobre os países aliados para que excluam o grupo tecnológico chinês Huawei das infraestruturas de telecomunicações. Os Estados Unidos apontam para a Lei Nacional de Inteligência da China, que estipula que “todas as organizações e cidadãos devem apoiar, ajudar e cooperar com o Estado em matéria de Inteligência Nacional”. A empresa negou categoricamente aquelas acusações e lembrou que a lei chinesa não exige que a Huawei instale mecanismos ocultos nas redes ou equipamentos que permitam o acesso não autorizado a dados e informações. Outros países, incluindo Reino Unido, Austrália ou Suécia, baniram já a Huawei de participar no desenvolvimento das suas redes de 5G. Conselhos vários No comunicado enviado à Lusa, o Governo chinês diz que se opõe à “politização” de questões tecnológicas, ao “abuso do poder do Estado” e à “violação das regras do comércio internacional” e dos “princípios da economia de mercado”. “A China é contra a formulação de políticas e regulamentos discriminatórios e exclusivos e opõe-se à supressão e imposição de restrições a empresas estrangeiras”, lê-se na mesma nota. “Esperamos que o lado português proteja os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas e adopte medidas práticas para atrair investimento estrangeiro e expandir as oportunidades de cooperação”, acrescentou. As redes de quinta geração, a Internet do futuro, estão na base de vários avanços tecnológicos, incluindo a condução autónoma ou fábricas inteligentes.
Hoje Macau China / ÁsiaBancos chineses reduzem remuneração dos depósitos a prazo A medida visa promover a recuperação económica após o fim da estratégia ‘zero covid’ levada a cabo nos últimos anos Os principais bancos estatais da China reduziram ontem as taxas dos depósitos a prazo, visando estimular o crescimento da segunda maior economia mundial, face à recuperação débil registada após o fim da estratégia ‘zero covid’. Vários indicadores económicos, incluindo o comércio externo, consumo ou actividade da indústria transformadora sugerem um desaceleramento na recuperação da economia da China, após Pequim ter abolido, em Dezembro, as medidas de prevenção contra a covid-19, que no ano passado empurraram o país para um ciclo de bloqueios e estagnação. Para desencorajar a poupança, de modo a promover a actividade e apoiar a economia, os principais bancos do país reduziram as taxas para a remuneração dos depósitos. O Banco Industrial e Comercial da China, o Banco de Construção da China, o Banco da China e o Banco Agrícola da China reduziram em cerca de 15 pontos base a taxa de remuneração para depósitos a prazo. A medida, que responde a um pedido do Governo chinês, entrou ontem em vigor. “É provável que os bancos menores sigam o exemplo”, afirmou Ting Lu, analista do banco de investimento japonês Nomura Bank. Os principais bancos chineses já tinham reduzido em Setembro, pela primeira vez desde 2015, a taxa de juros dos depósitos. Das quedas Segundo dados divulgados na quarta-feira pelas alfândegas da China, as exportações do país registaram em Maio uma queda homóloga de 7,5 por cento, enquanto as importações caíram 4,5 por cento. A recuperação do consumo em Maio ficou também aquém do esperado, sinalizando falta de confiança dos consumidores, perante as fracas perspectivas económicas e possíveis perdas de empregos. Segundo dados divulgados pelo Gabinete Nacional de Estatística (GNE) da China, a taxa oficial de desemprego jovem (entre os 16 e 24 anos) ascendeu a 20,4 por cento em Abril, um novo máximo histórico e muito acima do valor de 13 por cento registado em 2019, antes da pandemia. Também a actividade da indústria transformadora da China voltou a contrair no mês passado, de acordo com dados oficiais divulgados na semana passada. Cortes nas taxas fixadas pelo Banco Popular da China são esperados devido à “rápida deterioração” de vários indicadores económicos, disse Ting Lu. O crescimento económico nos primeiros três meses do ano acelerou para 4,5 por cento, em comparação com igual período de 2022, mas os analistas dizem que o pico da recuperação provavelmente já passou. O ritmo de crescimento ficou também aquém da meta estabelecida pelo Partido Comunista para este ano: “cerca de 5 por cento”.