Hoje Macau China / ÁsiaCO2 | China corta emissão em 3 mil milhões de toneladas na última década A China reduziu a emissão de CO2 em 3 mil milhões de toneladas na última década, num esforço para promover o consumo verde, assinala ontem um livro branco. A economia de energia da China nos últimos dez anos foi equivalente a cerca de 1,4 mil milhões de toneladas de carvão, já que a sua reestruturação e actualização industriais e tecnologias de redução de carbono aumentaram muito a eficiência energética, segundo o livro branco intitulado “Transição Energética da China” emitido pelo Departamento de Comunicação do Conselho de Estado, indica o diário do Povo. Controlar tanto o volume como a intensidade do uso de energia tornou-se uma medida institucional crucial do país, diz o documento. A China intensificou os esforços para melhorar a conservação e a eficiência energéticas em sectores-chave, desde a produção industrial até à construção e ao transporte. Na última década, o consumo de energia por unidade de valor agregado das empresas industriais com receita anual de 20 milhões de yuans, ou mais, caiu mais de 36 por cento. O consumo energético abrangente por unidade de produto no aço, alumínio electrolítico, cimento e vidro diminuiu em mais de 9 por cento em média. Em 2023, o valor total da produção da indústria de serviços de conservação energética ultrapassou 500 mil milhões de yuans, o dobro de 2013. Em transição Como a China atravessa o maior processo de urbanização do mundo, o país implementou padrões mais altos de eficiência energética para novos edifícios e está a avançar estavelmente no reequipamento dos edifícios existentes para economia energética, acrescenta a publicação estatal. Até ao final de 2023, a área de piso dos edifícios com eficiência energética ultrapassou 32,68 mil milhões de metros quadrados, representando mais de 64 por cento do total dos edifícios urbanos, um aumento de quase 30 pontos percentuais em relação a 2013. Edifícios com consumo de energia ultrabaixo ou quase zero ultrapassaram 43,7 milhões de metros quadrados. No final de 2023, a China tinha mais de 20,4 milhões de veículos de nova energia e quase 8,6 milhões de instalações de carregamento e mais de 450 estações de abastecimento de hidrogénio em todo o país. O consumo energético abrangente por unidade de carga para o transporte ferroviário em 2023 caiu cerca de 19 por cento face a 2013. O país também promoveu activamente modelos verdes de consumo de energia, com esforços para incentivar o consumo de energia renovável, promover a electrificação e a transição de baixo carbono do consumo final de energia e adoptar modos de vida verdes e de baixo carbono. Tanto os Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim 2022 como os Jogos Asiáticos de Hangzhou 2023 utilizaram 100 por cento de electricidade verde, indica o livro branco.
Hoje Macau China / ÁsiaEconomia | Promovido financiamento ao longo do Rio Yangtzé Criada em 2016, a iniciativa Faixa Económica do Rio Yangtzé, pretende transformar o corredor ao longo da maior hidrovia do país numa região ecológica de sucesso O governo chinês reiterou recentemente o seu compromisso de promover o financiamento verde ao longo da Faixa Económica do Rio Yangtzé com o objectivo de apoiar o desenvolvimento verde, de baixo carbono e de alta qualidade da região. Conforme um conjunto de directrizes divulgadas por várias agências governamentais, incluindo o Banco Popular da China (banco central) e o Ministério da Ecologia e Meio Ambiente, o país fará uso total das ferramentas estruturais de política monetária e incentivará mais investimentos sociais na transformação verde e de baixo carbono da região económica, indica o Diário do Povo. As instituições financeiras e as empresas ao longo da região serão orientadas a emitir títulos verdes de acordo com os padrões nacionais e internacionais, facilitando a participação global na transição de baixo carbono do país, de acordo com as directrizes. As empresas verdes e de baixo carbono elegíveis terão permissão para obter financiamento através de formas como ofertas públicas iniciais, refinanciamento e fusões e aquisições. O país usará o seu fundo nacional de desenvolvimento verde para impulsionar a redução da poluição, a restauração ecológica e o desenvolvimento de redes de transporte verde e energia limpa ao longo da região económica, acrescenta a publicação estatal. Boas intenções A China lançou a iniciativa da Faixa Económica do Rio Yangtzé no início de 2016, com o objectivo de transformar a região numa faixa dourada com uma ecologia mais bonita, redes de transporte mais fluidas, uma economia mais coordenada, um mercado mais bem integrado e uma quantidade maior de mecanismos científicos. O rio Yangtzé é a maior hidrovia da China, com mais de 6.300 quilómetros de extensão, passando por 11 regiões de nível provincial antes de desaguar no Mar do Leste da China. Várias potências económicas, megacidades e grandes áreas produtoras de arroz da China estão localizadas dentro e ao redor da bacia do rio.
Hoje Macau China / ÁsiaTóquio | Pequim verifica se algum dos seus aviões violou espaço aéreo japonês A China divulgou ontem estar a “verificar” se algum dos seus aviões militares violou na segunda-feira o espaço aéreo do Japão, como acusou Tóquio, apelidando a acção como uma “grave violação” da sua soberania. “As autoridades chinesas competentes estão em processo de investigação e verificação”, informou Lin Jian, porta-voz da diplomacia chinesa, quando questionado sobre o assunto. Um dia após o incidente junto às ilhas Danjo, na província de Nagasaki, o porta-voz do governo japonês, Yoshimasa Hayashi, tinha referido tratar-se além de uma “violação grave da soberania”, “uma ameaça à segurança”. “E é completamente inaceitável”, acrescentou aos jornalistas. De acordo com o Ministério da Defesa japonês, um “avião espião de reconhecimento do tipo Y-9” do exército chinês entrou no espaço aéreo japonês às 11:29 de segunda-feira, durante cerca de dois minutos. O Japão enviou caças e emitiu avisos após a incursão, mas, de acordo com a televisão pública NHK, não foi disparada qualquer arma, como foguetes sinalizadores. O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros do Japão, Masataka Okano, convocou na segunda-feira o embaixador interino da China no país, a quem apresentou um “forte protesto”, além de solicitar medidas para evitar a repetição de tais incidentes, de acordo com um comunicado da tutela da diplomacia de Tóquio. O diplomata chinês respondeu que o assunto seria comunicado a Pequim, segundo o ministério. As autoridades chinesas não tinham comentado até agora a situação. O Japão aumentou as despesas com a defesa, adquirindo capacidades de contra-ataque e flexibilizando as regras sobre exportação de armas, além de fornecer financiamento e equipamentos, como navios de patrulha, a países da região e, em Julho, concluiu um acordo com as Filipinas.
Hoje Macau China / ÁsiaMar do Sul | Pequim rejeita acusações de Manila de destruir a paz A China rejeitou ontem as acusações das Filipinas de destruir a paz no Mar do Sul da China, considerando que o “rótulo” utilizado pelo ministério da Defesa filipino não pode ser aplicado. Em conferência de imprensa, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, sublinhou que os países da região sabem claramente que a China não é culpada pela instabilidade. “Quem está realmente a infringir e a provocar no Mar do Sul da China? Quem está a introduzir forças externas, minando a paz e a estabilidade regionais?”, questionou. Lin instou as Filipinas a “reconhecerem a raiz do problema, a evitarem provocações e a não continuarem com falsas acusações”, notando que qualquer tentativa de inverter a verdade irá aumentar as tensões na região. A China garantiu ontem que a sua guarda costeira agiu “legal e profissionalmente” depois de Manila ter relatado que um navio filipino foi atacado com canhões de água pelas forças chinesas no Mar do Sul da China. O secretário da Defesa das Filipinas acusou na segunda-feira a China de ser “o maior perturbador” da paz no Sudeste Asiático e apelou a uma censura internacional mais forte contra Pequim. Gilberto Teodoro Jr. falava numa conferência militar internacional organizada em Manila, tendo depois acrescentando aos jornalistas que as declarações internacionais de preocupação contra as acções da China em águas disputadas e noutros locais “não eram suficientes”. “O antídoto é uma acção multilateral colectiva mais forte contra a China”, disse Teodoro, afirmando que os diplomatas e as autoridades de defesa deveriam aplicar medidas mais fortes. Entretanto, os Estados Unidos admitiram ontem a possibilidade de escoltar navios filipinos, dependendo de consultas no âmbito do Tratado de Defesa Mútua de 1951 dos aliados, segundo o chefe do Comando Indo-Pacífico norte-americano, Samuel Paparo. A hipótese foi avançada durante uma conferência de imprensa, em Manila, com a presença do chefe das Forças Armadas das Filipinas, general Romeo Brawner Jr. “Certamente, no contexto das consultas”, respondeu quando questionado sobre a hipótese de escolta, referindo ser “inteiramente razoável dentro do Tratado de Defesa Mútua, através desta estreita aliança” entre os dois países, sem dar mais detalhes. Mar agitado A chegada ao poder de Ferdinand Marcos Jr. fez aumentar a pressão diplomática de Manila para recuperar a sua soberania marítima através, nomeadamente, das denúncias públicas de presença chinesa em águas disputadas. As Filipinas acusaram no sábado a China de disparar duas vezes foguetes de aviso contra um dos seus aviões de patrulha civil sobre ilhotas disputadas no mar do Sul da China. Na sexta-feira, Pequim tinha anunciado contramedidas contra aviões militares filipinos acusados de terem entrado no seu espaço aéreo nas proximidades do recife de Subi em 22 de Agosto, também reivindicado por Manila. O Mar do Sul da China recebe cerca de 30 por cento do comércio global e abriga 12 por cento dos pesqueiros mundiais, além de possuir potenciais depósitos de petróleo e gás.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Pequim quer discussões “substantivas” com conselheiro de Biden A China quer discussões “substantivas” com os Estados Unidos, afirmou ontem o chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, antes do encontro com o conselheiro de segurança do Presidente norte-americano, num contexto de tensões bilaterais e regionais. Jake Sullivan chegou ontem à China, naquela que é a primeira visita de um conselheiro de segurança nacional da Casa Branca desde 2016. “Como sempre, espero que este intercâmbio não seja apenas estratégico, mas também substantivo e construtivo”, afirmou Wang Yi. Por seu lado, o responsável norte-americano afirmou-se “impaciente” para iniciar as conversações, indicando que serão abordadas várias questões. “Aquelas nas quais concordamos e aquelas (…) em que ainda existem divergências”, indicou. Jake Sullivan e Wang Yi encontraram-se cinco vezes nos últimos 18 meses, incluindo uma vez em Washington e outra durante a cimeira de Novembro entre o Presidente norte-americano, Joe Biden, e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, na Califórnia (EUA). As relações bilaterais entre os dois países continuam tensas, com obstáculos devido a disputas comerciais, às querelas no Mar do Sul da China e à questão de Taiwan, território reivindicado pela China. A visita de Sullivan, que se prolonga até amanhã, decorre numa altura em que o Japão, signatário de um tratado de segurança com os Estados Unidos, acusou a China de “grave violação” da sua soberania depois de um avião ter entrado no seu espaço aéreo. Por seu lado, as Filipinas, ligadas aos Estados Unidos por um tratado de defesa mútua, acusaram Pequim de ser o “maior perturbador” da paz na região. A China já respondeu negando as acusações.
Hoje Macau China / ÁsiaMadeira / Incêndios | Timor-Leste concede donativo de 2,2 milhões de euros O Governo de Timor-Leste aprovou ontem um donativo de 2,2 milhões de euros de apoio à Madeira, segundo o comunicado do Conselho de Ministros. O projecto de resolução foi apresentado pelo primeiro-ministro, Xanana Gusmão, e o donativo tem como objectivo apoiar a “recuperação dos danos causados pelo incêndio”. “O Governo da República Democrática de Timor-Leste, no espírito de solidariedade e compromisso com a cooperação entre os povos, expressa o seu apoio ao povo irmão português e à população da ilha da Madeira, concedendo este donativo para auxiliar na recuperação dos danos causados pelos incêndios”, salienta o Governo timorense no comunicado. O incêndio rural na ilha da Madeira deflagrou a 14 de Agosto nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e Santana. Na terça-feira, ao fim de 13 dias, a protecção civil regional indicou que o fogo estava “totalmente extinto”. Dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais apontam para mais de 5.104 hectares de área ardida. Durante os dias em que o fogo lavrou, as autoridades deram indicação a perto de 200 pessoas para saírem das suas habitações por precaução e disponibilizaram equipamentos públicos de acolhimento, mas muitos moradores foram regressando a casa. O combate às chamas foi dificultado pelo vento e pelas temperaturas elevadas, mas, segundo o Governo Regional, não há registo de feridos ou da destruição de casas e infra-\estruturas públicas essenciais, embora algumas pequenas produções agrícolas tenham sido atingidas, além de áreas florestais. A Polícia Judiciária está a investigar as causas do incêndio, mas o presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, disse tratar-se de fogo posto.
Hoje Macau China / ÁsiaGaza / UE | Pedida pressão sobre Israel em defesa dos jornalistas Cerca de 60 organizações não governamentais (ONG) que defendem a imprensa pediram ontem à União Europeia que suspenda o acordo de associação com Israel, devido aos ataques à liberdade de imprensa e mortes de jornalistas. Numa carta conjunta, as ONG acusam o Governo liderado por Benjamin Netanyahu de “restringir a liberdade dos meios de comunicação social, o que resultou efectivamente no estabelecimento de um regime de censura”. O documento, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP), é assinado, entre outras organizações, pelo Comité para a Protecção dos Jornalistas, a Repórteres Sem Fronteiras, a Human Rights Watch e a Federação Europeia de Jornalistas. A carta exige ao chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, e ao comissário do Comércio, Valdis Dombrovskis, a suspensão do acordo de associação – que diz respeito em particular ao comércio – e “sanções dirigidas contra os responsáveis” por violações dos direitos humanos. Mais de 100 jornalistas palestinianos, dois israelitas e três libaneses morreram desde que Israel lançou uma ofensiva contra o movimento islamita palestiniano Hamas, fazendo deste “o período mais mortífero” para a imprensa em décadas, referiram as ONG. As organizações signatárias alegaram que algumas das vítimas poderão ter sido alvo directo de ataques do exército de Israel. As ONG recordaram ainda a proibição de facto do acesso de jornalistas estrangeiros à Faixa de Gaza e as “detenções arbitrárias” de pelo menos 49 profissionais da informação. “O efeito cumulativo destes abusos cria as condições para um vácuo de informação, e deixa também espaço para a propaganda e a desinformação”, apontaram os signatários. Direitos reclamados A carta exige “manter a liberdade” dos meios de comunicação social, “proteger as vidas dos jornalistas” e “acabar com a impunidade”, antes de uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, na quinta-feira, em Bruxelas. O Hamas lançou a 7 de Outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, que causou a morte de mais de 1.140 pessoas, a maioria civis, de acordo com uma contagem da AFP, baseada em números oficiais israelitas. Cerca de 240 pessoas foram raptadas e levadas para Gaza, segundo as autoridades israelitas. Destas, perto de cem foram libertadas no final de Novembro, durante uma trégua em troca de prisioneiros palestinianos, e 105 reféns continuam detidos no território palestiniano, 34 dos quais terão morrido. Em resposta ao ataque, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infra-estruturas do grupo e impondo um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e electricidade. A campanha militar israelita fez 40.405 mortos e 93.468 feridos na Faixa de Gaza, informou no domingo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte testa novos drones explosivos durante exercício militar do Sul O líder da Coreia do Norte acompanhou uma demonstração de novos drones explosivos, noticiou ontem a imprensa estatal norte-coreana, num momento em que os exércitos do Sul e dos EUA conduzem exercícios militares. De acordo com a agência de notícias estatal KCNA, Kim Jong–un prometeu estimular o desenvolvimento destes drones, para aumentar a prontidão de guerra do exército da Coreia do Norte. Fotos divulgadas pela KCNA mostraram um drone branco, com caudas e asas em forma de X, a colidir e alegadamente a destruir um alvo semelhante ao K-2, o principal carro de combate da Coreia do Sul, num teste que terá decorrido no sábado. A maioria dos drones de combate distancia-se dos alvos e ataca com mísseis. A KCNA disse que o teste envolveu vários tipos de drones desenhados para voar diferentes distâncias e atacar alvos inimigos em terra ou no mar. A agência referiu que os drones voaram ao longo de várias rotas antes de atingirem com precisão os alvos. Kim disse que as tendências globais nas tecnologias militares e no combate moderno mostram a importância dos drones na guerra e que as forças armadas da Coreia do Norte deveriam ser equipadas com drones avançados “o mais cedo possível”. O líder apelou ao desenvolvimento e produção acelerados de vários sistemas, incluindo drones explosivos para serem utilizados pelas unidades de infantaria e operações especiais, drones de reconhecimento e ataque multiusos e drones subaquáticos, disse a KCNA. Simulações realísticas Os exércitos da Coreia do Sul e dos Estados Unidos iniciaram na segunda-feira passada as manobras militares de Verão, num momento marcado pelas más relações com o regime norte-coreano, que se aproximou militarmente da Rússia. Os exercícios, denominados ‘Ulchi freedom shield’ (escudo da liberdade Ulchi), decorrem até quinta-feira e incluem um exercício de posto de comando, baseado em simulações informáticas, bem como manobras de fogo real no terreno e exercícios de defesa civil, segundo o Estado-Maior Conjunto sul-coreano. As manobras assemelham-se em escala aos exercícios do ano passado, envolvendo cerca de 19 mil soldados sul-coreanos, embora incluam 48 exercícios de campo no total, contra 38 em 2023. Os exercícios de defesa civil também vão simular este ano, pela primeira vez, um ataque nuclear norte-coreano, disse fonte militar à agência de notícias Yonhap. As manobras surgem numa altura de relações transfronteiriças difíceis, especialmente desde que Kim Jong-un declarou, no início do ano, o Sul como “principal inimigo nacional”. Pyongyang reforçou a cooperação militar com Moscovo no último ano e Kiev tem acusado a Coreia do Norte de fornecer enormes quantidades de armas à Rússia, incluindo mísseis usados em território ucraniano.
Hoje Macau China / ÁsiaChina-Indonésia | Pedida maior cooperação em plantas medicinais Funcionários e especialistas que participaram numa conferência internacional na China disseram que estão ansiosos para ver mais conservação de plantas medicinais e cooperação em pesquisa entre a China e a Indonésia. Na sexta-feira, cerca de 50 representantes dos dois países participaram da quarta sessão do comité conjunto da base de conservação, pesquisa e inovação de plantas medicinais China-Indonésia, realizada em Haikou, capital da Província de Hainan, no sul da China, indica o Diário do Povo. Os representantes discutiram a construção da base e o foco dos próximos trabalhos e promoveram a transformação da cooperação em pesquisa científica e a coordenação de padrões entre os dois lados. A área de construção actual da base ultrapassa 30 hectares. O trabalho no projecto está a progreir de forma estável e deve ser concluído oficialmente em Outubro, de acordo com o vice-ministro da Coordenação do Meio Ambiente e Gestão Florestal do Ministério Coordenador de Assuntos Marítimos e Investimentos da Indonésia, Nani Hendiarti. Chen Shuai, vice-director-geral do Departamento de Cooperação Internacional da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China, expressou a esperança de que as instituições de pesquisa científica e as empresas farmacêuticas dos dois países com capacidade de pesquisa e desnvolvimento (P&D) e inovação continuem a realizar P&D sistemático de plantas medicinais e melhorem constantemente os níveis técnicos na aplicação de recursos medicinais. As instituições de pesquisa dos dois países aprofundarão a cooperação em pesquisas relacionadas aos padrões de qualidade de materiais medicinais, fortalecerão a aprendizagem mútua relacionada com esses padrões de qualidade e fortalecerão a pesquisa sobre políticas e regulamentos, de acordo com a sessão. A reunião serviu também para o lançamento de uma iniciativa relacionada ao fortalecimento da cooperação em pesquisa sobre padrões de materiais médicos.
Hoje Macau China / ÁsiaEgipto | Aviões da Força Aérea Chinesa em show aéreo Oito aviões da Força Aérea do Exército de Libertação Popular (ELP) partiram ontem de um aeroporto no noroeste da China para um show aéreo no Egipto, programado para ocorrer de 3 a 5 de Setembro, indica a agência estatal Xinhua. A formação de voo inclui um Y-20, a grande aeronave de transporte desenvolvida internamente pela China, e sete caças furtivos J-10 da Equipe Acrobática Bayi, de acordo com a Força Aérea. Xie Peng, porta-voz da Força Aérea, disse que esta será a primeira apresentação da equipa acrobática Bayi num país africano e será também o voo mais distante no exterior até o momento, acrescenta a publicação. A formação sobrevoará as pirâmides enquanto estiver no Egipto, com a aeronave Y-20 pronta para fazer a sua estreia no exterior, observou Xie. De acordo com especialistas militares, o voo estender-se-á por quase 10 mil quilómetros com transferências e cruzará vários fusos horários em temperaturas que mudam rapidamente, apresentando desafios “extremos” para os pilotos. A tripulação, resolveu, assim, simplificar os suprimentos que os acompanham e projectou um conjunto específico de manobras para o show inaugural do Y-20, disse o piloto Yuan Bo.
Hoje Macau China / ÁsiaRobots | Li Qiang pede maior cooperação global para impulsionar sector O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, enfatizou a necessidade de promover um ambiente aberto para a inovação técnica e apoiar empresas e instituições de pesquisa estrangeiras para investir na China, ao falar sobre o avanço da indústria de robots através de uma colaboração global mais próxima. Li fez as observações durante uma visita de pesquisa de campo no domingo à Exposição Mundial de Robots 2024, em Pequim, indica a Xinhua. O responsável afirmou que é necessário estabelecer e fazer bom uso de plataformas de cooperação para intercâmbios industriais, manter a estabilidade e a fluidez das cadeias industriais e de suprimentos e facilitar a inovação técnica do sector de robots em todo o mundo. Li visitou o salão de exposições da feira e questionou sobre o desempenho, as vantagens tecnológicas e, em particular, as aplicações de alguns robots em exposição. A exposição fez parte da Conferência Mundial de Robots, com duração de cinco dias, que foi aberta na quarta-feira e teve como tema “Co-fomentando novas forças produtivas de qualidade para um futuro inteligente compartilhado”. Mais bem-estar Li pediu mais esforços para impulsionar a inovação técnica e o desenvolvimento industrial para cultivar novos motores de crescimento e melhorar continuamente o bem-estar das pessoas. Referindo-se aos robots como um “parâmetro importante para a inovação técnica e a força da manufactura de ponta”, Li disse que a inovação relevante deve ter como alvo a actualização industrial, a demanda de actualização do consumo e as fronteiras industriais líderes mundiais, acrescenta a publicação estatal. O primeiro-ministro chinês acrescentou que as vantagens da China, que vão desde um mercado interno superdimensionado até cenários de inovação abundantes, devem ser aproveitadas ao máximo, enquanto as aplicações da inovação tecnológica relacionada a robots em sectores como manufatura, agricultura e serviços devem ser aceleradas. Para impulsionar o sector de robots, Li também enfatizou a necessidade de envolver mais investimentos de capital de risco, incubar mais empresas unicórnio e mais “pequenas empresas gigantes”, pequenas e médias, mais especializadas num mercado específico e que ostentam tecnologias de ponta, além de promover clusters industriais com especialidades e vantagens.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Reino Unido e China esperam mais diálogo entre os dois países O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, afirmou na sexta-feirfa esperar “discussões abertas, francas e honestas” com a China, durante a primeira conversa telefónica com o Presidente chinês Xi Jinping, que pediu o “fortalecimento do diálogo e cooperação”. O chefe do governo trabalhista afirmou “esperar que os líderes possam ter discussões abertas, francas e honestas para abordar e compreender as áreas de desacordo, quando necessário, como Hong Kong, a guerra da Rússia na Ucrânia e os direitos humanos”, segundo um comunicado divulgado. Por seu lado, Xi Jinping afirmou que a China continua “empenhada” no “desenvolvimento pacífico”, manifestando-se esperançado numa “perspectiva estratégica e de longo prazo” e com “objectividade e racionalidade”, de acordo com um comunicado divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. O líder chinês afirmou que a industrialização da China abrirá “novas oportunidades de cooperação” com o Reino Unido e outros países do mundo, apelando ainda a um “maior alinhamento” das estratégias de desenvolvimento dos dois países e à expansão da cooperação em áreas como as finanças, a economia verde e a inteligência artificial. Citado pela mesma fonte, o primeiro-ministro britânico reafirmou que o seu governo continua a aderir à política de “uma só China” e garantiu que Londres está disposta a “manter a comunicação com a China sobre as principais questões internacionais e regionais e contribuir para a manutenção da segurança e estabilidade globais”.
Hoje Macau China / ÁsiaEUA | Representante da Casa Branca vai a Pequim O assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, desloca-se a Pequim esta semana para se reunir com altos funcionários, levando uma mensagem conciliatória, mas também preocupação com o aumento da pressão sobre Taiwan. Um alto funcionário da Casa Branca afirmou à imprensa que, nas conversações da próxima semana, serão manifestadas “preocupações” sobre o “aumento da pressão militar, diplomática e económica sobre Taiwan”. Essas são actividades “desestabilizadoras” e coloca-se o “risco de uma escalada”, pelo que os norte-americanos vão continuar a instar Pequim a “encetar um diálogo significativo com Taipé”, afirmou a mesma fonte, reiterando que Washington continua a seguir a “política de uma só China”. “Opomo-nos a alterações unilaterais do ‘status quo’ por qualquer das partes. Não apoiamos a independência de Taiwan e esperamos que as diferenças entre as duas margens do Estreito sejam resolvidas facilmente”, acrescentou. A viagem de Sullivan a Pequim decorre entre 27 e 29 de Agosto e deverá incluir uma reunião com o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, naquele que será o quinto encontro entre os dois. Além de Taiwan, outros pontos da reunião passam por “questões-chave” como o tráfico de droga, a segurança e a inteligência artificial. Sullivan irá também abordar o apoio da China à base industrial de defesa da Rússia, as tensões no Mar do Sul da China, o Irão e a crise no Médio Oriente.
Hoje Macau China / ÁsiaMar do Sul | Pequim tomou “medidas de controlo” contra navio filipino A China afirma que a sua guarda costeira tomou “medidas de controlo” contra um navio filipino que entrou em águas próximas de um atol que é disputado no Mar do Sul da China, segundo a imprensa estatal de Pequim. “O navio filipino 3002 entrou ilegalmente em águas próximas do recife de Xianbin, nas ilhas Nansha, sem permissão do governo chinês”, disse o canal de televisão estatal CCTV. O barco “continuou a aproximar-se perigosamente de um navio da guarda costeira chinesa que realizava operações de rotina”, indicou a mesma fonte, precisando que aquela autoridade chinesa havia “tomado medidas de controlo contra o navio filipino, de acordo com as leis e os regulamentos”. As tensões entre Pequim e Manila têm aumentado nos últimos meses e marcadas por uma série de confrontos no Mar do Sul da China. As Filipinas acusaram no sábado a China de disparar duas vezes foguetes de aviso contra um dos seus aviões de patrulha civil sobre ilhotas disputadas no Mar do Sul da China. Na sexta-feira, Pequim tinha anunciado que tinha tomado “contramedidas” contra aviões militares filipinos acusados de terem entrado no seu espaço aéreo nas proximidades do recife de Subi a 22 de Agosto, também reivindicado por Manila.
Hoje Macau China / Ásia“Black Myth – Wukong” | Sucesso ilustra importância dos videojogos no “soft power” do país, diz especialista Um especialista português radicado na China afirmou à Lusa que a indústria de videojogos pode servir como instrumento para Pequim projectar influência cultural, numa altura em que o título chinês “Black Myth: Wukong” bate recordes no sector. “Os videojogos, mais que o cinema ou a música, são de facto a grande potência actual do ‘soft power’ [poder de influência] chinês”, explicou Daniel Camilo, radicado desde 2012 em Shenzhen, no sudeste da China. “Da mesma forma que o público se familiarizou com o Japão devido às suas exportações culturais nos anos 1980 e 1990, a China está a seguir o mesmo caminho, com ênfase nos videojogos”, descreveu. “Black Myth: Wukong” tornou-se na terça-feira, dia do seu lançamento, o título com o maior número de sempre de jogadores simultâneos na plataforma Steam, líder mundial na distribuição de videojogos. Produzido pela empresa chinesa Game Science, com um custo de 400 milhões de yuan, o jogo inspirou-se na “Viagem ao Oeste”, obra clássica da mitologia chinesa. Na sexta-feira, na rede social X, foi avançado que o jogo tinha vendido 10 milhões de cópias em todo o mundo desde o seu lançamento. A popularidade do jogo de acção teve impacto imediato no mercado bolsista: as acções do grupo Huayi Brothers, ligada ao desenvolvimento do jogo, subiram 20 por cento. O sucesso pode incentivar a indústria dos videojogos na China a criar mais títulos AAA, que são produções de alto orçamento e alta qualidade, comparáveis às grandes produções cinematográficas, segundo explicou à Lusa Daniel Camilo. “É um enorme marco e mudança de paradigma até para a forma como o resto da indústria vê a China daqui para a frente”, apontou o português, que acompanhou o desenvolvimento do sector na China na última década. Pequim, que há muito se queixa que a imprensa ocidental domina o discurso global e alimenta preconceitos contra a China, tem investido milhares de milhões de dólares para elevar a imagem do país à altura do seu poder económico e militar. Mas, ao contrário do Japão e da Coreia do Sul, cujas obras cinematográficas, desenhos animados e a música conquistaram milhões de fãs em todo o mundo, o gigante asiático carecia de uma indústria de entretenimento com sucesso além-fronteiras. “Acho que o motivo é bastante óbvio: a censura proíbe que na China se toque em vários temas”, observou o português. Na indústria dos jogos, os reguladores chineses têm, no entanto, uma postura “mais relaxada” sobre o conteúdo, que é também menos susceptível de tocar em temas que incomodem Pequim. “O cinema toca em questões realistas da sociedade. Os jogos são mais fantasiosos”, sublinhou Daniel Camilo. Equilíbrio a encontrar Grandes grupos chineses, como a Tencent, Netease ou Bytedance são já líderes num sector que facturou 184 mil milhões de dólares a nível mundial, em 2023, segundo a consultora especializada Newzoo. Em 2021, as autoridades chinesas restringiram o acesso dos menores de idade aos jogos de computador a três horas por semana – de sexta a domingo, entre as 20:00 e as 21:00 -, com o objectivo declarado de “proteger eficazmente a saúde mental e física” e o “crescimento saudável” dos jovens. A regulação fez de 2022 o ano mais difícil para a indústria na China, com uma contracção das receitas, obrigando os produtores locais a focarem-se no mercado externo. “O mercado chinês é o maior do mundo, mas é simultaneamente um dos mais limitados e restritos”, observou o especialista. Licenciado em Estudos Orientais pela Universidade do Minho, Daniel Camilo visitou a China pela primeira vez em 2008, para realizar um ano de intercâmbio na cidade portuária de Tianjin, no nordeste do país. Entusiasta de videojogos e comentador frequente na rede social X, o português passou a ser frequentemente citado na imprensa internacional, incluindo BBC, Voice of America, Newsweek ou The Guardian, sobre os desenvolvimentos da indústria na China. “Há um vazio informativo, sobretudo em inglês, sobre a actualidade na China fora do âmbito político ou macroeconómico”, justificou.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Pequim condena passagem de navio norte-americano O Exército chinês condenou ontem a passagem do contratorpedeiro norte-americano USS Ralph Johnson pelo Estreito de Taiwan, manobra que os Estados Unidos classificaram como uma demonstração do empenho de Washington em preservar a “liberdade de navegação”. “O USS Ralph Johnson navegou pelas águas do Estreito de Taiwan a 22 de Agosto, procurando notoriedade”, disse o porta-voz do Exército de Libertação Popular, Li Xi, numa declaração publicada na conta oficial do Teatro de Operações Oriental do Exército chinês na rede social Wechat. De acordo com o porta-voz, o Teatro de Operações Oriental organizou “tropas para seguir e monitorizar todos os movimentos” do navio, que foi afugentado “de acordo com a lei”. “As forças do Teatro de Operações Oriental estão sempre em alerta máximo, prontas para defender a soberania nacional, a segurança e a paz e estabilidade regionais”, acrescentou o representante. O contratorpedeiro USS Ralph Johnson efectuou um “trânsito de rotina” por aquelas águas “de acordo com o direito internacional”, segundo um comunicado divulgado pela Marinha dos Estados Unidos da América (EUA).
Hoje Macau China / ÁsiaRússia | Putin recebe Li Qiang e saúda acordo de investimento O Presidente russo, Vladimir Putin, recebeu na quarta-feira no Kremlin o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, que assinou durante a manhã um acordo de cooperação em investimentos no âmbito da sua visita oficial a este país. “Os nossos países desenvolveram planos conjuntos de grande escala nas esferas económica e humanitária, esperamos que para muitos anos”, disse Putin no início da reunião. O líder russo, que visitou a China em Maio passado, assegurou que as relações comerciais bilaterais estão a desenvolver-se “com sucesso”. Acompanhado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov, Putin recordou que o dia 2 de Outubro assinalará o 75.º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países e convidou Li a participar no Fórum Económico Oriental, que se realizará em Setembro em Vladivostok, capital do Extremo Oriente russo. Li sublinhou que esta é a sua primeira visita ao estrangeiro desde que assumiu a liderança do Conselho de Estado e recordou que a a economia russa tem crescido de forma constante “nos últimos dois anos”, coincidindo com a guerra na Ucrânia, sob a direcção “bem-sucedida” de Putin. “Estamos prontos para implementar plenamente os acordos convosco ao mais alto nível e expandir constantemente a cooperação multilateral mutuamente benéfica”, prometeu o primeiro-ministro chinês. Li e o seu homólogo russo, Mikhail Mishustin, assinaram na quarta-feira, após negociações em Moscovo, um plano de cooperação de investimento e dois memorandos de cooperação nos transportes e na indústria química. O primeiro-ministro chinês sublinhou que o seu país, em face de uma “mudança da situação internacional”, está disponível para avançar com a Rússia “com mais firmeza” na linha definida pelos líderes de ambos os países para o bem do seu povo e também “para a justiça em todo o mundo”.
Hoje Macau China / ÁsiaEspionagem | Confirmada detenção de cidadão japonês A China confirmou ontem que está a investigar um cidadão japonês por suspeita do crime de espionagem, embora não tenha revelado a identidade do suspeito entretanto detido. “A China está a investigar e a tratar de assuntos legais e criminais de acordo com a lei”, disse a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Mao Ning, numa conferência de imprensa, em resposta a uma pergunta sobre o paradeiro de um funcionário japonês da farmacêutica Astellas Pharma. De acordo com a porta-voz da diplomacia chinesa, Pequim está “a proteger os direitos e interesses legítimos das partes envolvidas, incluindo os funcionários consulares que se encontram na China para desempenhar as suas funções”. “No entanto, espera-se que o Japão eduque os seus cidadãos a respeitarem as leis chinesas e a não se envolverem em actividades ilegais e criminosas”, acrescentou. No ano passado, o Japão apelou a Pequim para que libertasse um cidadão japonês detido pelas autoridades chinesas que se encontrava preso há vários meses por suspeita de espionagem. Tóquio confirmou então que se tratava de um funcionário da empresa farmacêutica Astellas Pharma que foi detido quando se preparava para viajar da China para o Japão. O cidadão japonês terá sido acusado de violação das leis de contra-espionagem, embora não tenham sido divulgados mais pormenores sobre o caso. A China intensificou o controlo sobre os cidadãos estrangeiros depois de ter introduzido e revisto a legislação de contra-espionagem, a fim de reforçar a segurança do Estado e também de processar a posse de “equipamento de espionagem”. Desde 2015, pelo menos 16 cidadãos japoneses, excluindo este caso, foram detidos pelo seu alegado envolvimento em actividades de espionagem e cinco deles continuam presos em território chinês.
Hoje Macau China / ÁsiaAntidumping | Pequim justifica inquérito com “precipitação” de Bruxelas A China justificou ontem a sua investigação ‘antidumping’ contra as importações de produtos lácteos da União Europeia, argumentando que foi iniciada “a pedido da indústria nacional chinesa” em resposta à “iniciativa precipitada” da Comissão Europeia sobre veículos eléctricos chineses. “De acordo com a legislação chinesa e as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), as indústrias nacionais têm o direito de apresentar pedidos de medidas comerciais para salvaguardar a concorrência no mercado e os seus próprios direitos legítimos”, disse o porta-voz do ministério do Comércio, He Yadong, em conferência de imprensa. O porta-voz do Ministério do Comércio, He Yadong, disse que “foram iniciadas consultas prévias após a recepção do pedido, em conformidade com os procedimentos legais”, “analisando as provas apresentadas pelos requerentes”. “O pedido dos empregadores chineses preenche as condições para a apresentação de um inquérito ‘antidumping’ (venda abaixo do custo de produção) e é por isso que está a ser feito”, acrescentou. De acordo com o porta-voz, o inquérito é “aberto e transparente” e tem por objectivo “proteger os direitos de todas as partes interessadas”. O anúncio do inquérito da China sobre os produtos lácteos europeus ocorreu um dia depois de a Comissão Europeia ter ajustado as taxas punitivas propostas sobre as importações de veículos eléctricos oriundos da China. Os inquéritos da China centrar-se-ão nos produtos importados entre Abril de 2023 e Março de 2024 e nos “danos” que estas compras causaram ao sector chinês entre 2020 e 2024. O processo analisará os produtos lácteos, como o queijo fresco, o requeijão e as natas, e os efeitos dos programas de subsídios aos produtos lácteos na Irlanda, Áustria, Bélgica, Itália, Croácia, Finlândia, Roménia e República Checa. De acordo com o pedido dos empregadores chineses, os produtos objecto de investigação receberam subsídios da UE e dos governos dos seus Estados-Membros, tendo algumas empresas de lacticínios da UE beneficiado de um total de 20 subsídios. Boxe económico Em Maio, a imprensa estatal chinesa previu possíveis retaliações contra as taxas europeias, incluindo investigações ‘antidumping’ sobre a carne de porco proveniente da Europa, que já se tornaram realidade, e contra os produtos lácteos. Em Julho, Bruxelas propôs a imposição de taxas punitivas sobre os veículos eléctricos chineses, considerando, após uma investigação de meses, que a sua penetração no mercado europeu prejudica os produtores da UE. Na passada terça-feira, a Comissão Europeia ajustou a sua proposta de imposição de taxas sobre as importações de veículos eléctricos chineses para a UE para 36,3 por cento, contra o máximo de 37,6 por cento proposto em Julho. A taxa máxima de 36,3 por cento para combater estas práticas comerciais desleais, que será acrescentada à tarifa habitual de 10 por cento sobre os veículos eléctricos chineses, aplicar-se-á à empresa chinesa SAIC e a todas as empresas não incluídas nas investigações que não tenham cooperado com a investigação da UE. Serão impostas taxas de 17 por cento e 19,3 por cento à BYD e à Geely, respectivamente. Estes valores são ligeiramente inferiores aos propostos em Julho, na sequência de uma correcção dos cálculos durante a fase de consulta com as empresas. Os fabricantes chineses que colaboraram no inquérito, mas que não foram incluídos no mesmo, serão sujeitos a uma taxa adicional de 21,3 por cento, ligeiramente superior aos 20,8 por cento sugeridos na primeira proposta de taxas.
Hoje Macau China / ÁsiaCorrupção | Antigo presidente de superliga de futebol condenado Um tribunal condenou ontem o antigo presidente da Superliga chinesa, prova máxima do futebol na China, a 10 anos de prisão, por aceitar subornos e usar o cargo para obter lucros, após outros dirigentes terem sido punidos por corrupção. Um tribunal da província de Hubei, centro do país, decidiu que Ma Chenquan deve também pagar uma multa de 800 mil yuan, noticiou ontem o jornal oficial Global Times. As autoridades anticorrupção da província anunciaram há cerca de um ano que estavam a investigar Ma, suspeito de cometer “graves violações da disciplina e da lei”. Na terça-feira, um outro tribunal condenou o antigo presidente e secretário-geral da Associação de Futebol da Cidade Central de Chengdu, Gu Jimiang, a seis anos de prisão e a uma multa de 400.000 yuan por desvio de fundos e por receber e oferecer subornos. No mesmo dia, o antigo director de competições da Associação Chinesa de Futebol (CFA), Huang Song, foi condenado a sete anos de prisão por receber subornos. O antigo vice-presidente da CFA, Li Yuyi, foi condenado, na segunda-feira, a 11 anos de prisão por ter aceite um total de cerca de um milhão de yuan em subornos. Vários dirigentes do futebol chinês foram investigados por corrupção nos últimos anos, incluindo o antigo presidente da Superliga chinesa, Liu Jun, e até o antigo seleccionador nacional de futebol, Li Tie, uma das lendas do futebol chinês.
Hoje Macau China / ÁsiaSector automóvel na China acusa Comissão Europeia de “distorcer realidade” A Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis acusou ontem a Comissão Europeia (CE) de “distorcer a realidade” do sector automóvel chinês, após a instituição europeia ajustar a proposta de aumento das taxas sobre veículos eléctricos oriundos do país. A agência, citada pela televisão estatal CCTV, disse que as taxas alfandegárias punitivas impostas pela CE representam “um risco considerável para as operações e investimentos das empresas chinesas” no mercado europeu. A mesma entidade expressou “forte insatisfação”, alertando que a decisão pode “minar a confiança” das empresas chinesas nas suas operações na Europa, bem como “futuros investimentos” na região. A Comissão Europeia reduziu as taxas punitivas sobre as importações de veículos eléctricos chineses dos 37,6 por cento máximos propostos em Julho para 36,3 por cento. No entanto, aumentou ligeiramente as taxas sobre empresas não incluídas numa investigação de Bruxelas, mas que colaboraram na mesma. Segundo a Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis, a imposição destas taxas pode “afectar negativamente” o desenvolvimento do sector automóvel na Europa, bem como as “oportunidades de emprego” na região. A agência considerou também que a medida põe em causa os esforços para alcançar um “desenvolvimento verde e sustentável”. Os fabricantes chineses instaram o bloco europeu a concentrar-se em “manter um ambiente comercial justo” e “garantir a segurança da cadeia de abastecimento global” da indústria automóvel. Choque eléctrico Em Julho passado, Bruxelas propôs a imposição destas taxas sobre veículos eléctricos oriundos da China, considerando, após uma investigação que durou vários meses, que a sua penetração no mercado europeu prejudica os produtores da União Europeia. Nas palavras da Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que anunciou a investigação há onze meses, os mercados mundiais estão a ser inundados “por veículos eléctricos chineses mantidos artificialmente a preços baixos graças a enormes subsídios estatais”. A taxa máxima adicional de 36,3 por cento para combater estas práticas comerciais consideradas “desleais” por Bruxelas, que será acrescentada à taxa habitual de 10 por cento sobre os veículos eléctricos chineses, aplicar-se-á à empresa chinesa SAIC e a todas as empresas que não colaboraram com a investigação. As outras empresas incluídas no inquérito, a BYD e a Geely, ficariam sujeitas a taxas punitivas de 17 por cento e 19,3 por cento, respectivamente. Estes valores são ligeiramente inferiores aos propostos em Julho (17,4 por cento e 19,9 por cento), na sequência de uma correcção dos cálculos durante a fase de consulta com as empresas. Os fabricantes chineses que colaboraram no inquérito, mas que não foram incluídos no mesmo, serão sujeitos a uma taxa de 21,3 por cento, ligeiramente superior aos 20,8 por cento sugeridos na primeira proposta. A China apresentou este mês uma queixa à Organização Mundial do Comércio sobre as medidas europeias e respondeu nas últimas semanas com investigações “antidumping” contra a carne de porco europeia.
Hoje Macau China / ÁsiaEUA | Pequim preocupada com reorientação da política de armamento A China afirmou ontem estar “seriamente preocupada” com a informação de que o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aprovou um plano estratégico nuclear que reorienta a estratégia de Washington perante a expansão do arsenal nuclear de Pequim. A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, disse em conferência de imprensa que o arsenal nuclear da China “não está ao mesmo nível que o dos Estados Unidos”, lembrando que o país asiático segue a política de “só utilizar armas nucleares como retaliação” contra um primeiro ataque externo. A porta-voz acrescentou que a “teoria da ameaça nuclear chinesa avançada pelos Estados Unidos” é “apenas um pretexto” de Washington “para fugir à sua responsabilidade em matéria de desarmamento nuclear, expandir o seu arsenal e procurar vantagens estratégicas”. A China “adere a uma estratégia de autodefesa nuclear”, mantém sempre as suas forças nucleares “ao nível mínimo necessário” e “não tem qualquer intenção de se envolver numa corrida ao armamento com qualquer país”, frisou. Mao Ning afirmou igualmente que “os Estados Unidos possuem o maior e mais avançado arsenal nuclear” e “aderem obstinadamente à política de dissuasão nuclear baseada na utilização de armas nucleares sem que tenham sido atacados primeiro”. “Os Estados Unidos são a maior ameaça nuclear e o maior tomador de riscos estratégicos do mundo”, acrescentou a porta-voz, instando Washington a “cumprir efectivamente a sua responsabilidade de dar alta prioridade ao desarmamento nuclear” e a “continuar a reduzir substancialmente o seu arsenal”. Altamente secreto O plano estratégico, que Biden terá alterado em Março, segundo avançou o jornal The New York Times, procura também, pela primeira vez, preparar os Estados Unidos para eventuais desafios nucleares coordenados da China, da Rússia e da Coreia do Norte. O documento em questão é actualizado aproximadamente de quatro em quatro anos e é tão altamente secreto que não existem cópias electrónicas, apenas um pequeno número de cópias em papel distribuídas a alguns funcionários da segurança nacional e comandantes do Pentágono. O The New York Times referiu que se espera que o Congresso norte-americano seja informado antes de Biden deixar o cargo após as eleições presidenciais de 5 de Novembro. O documento examina em pormenor se o país está preparado para crises nucleares ou para uma combinação de armas nucleares e não nucleares. Em Outubro do ano passado, o Pentágono afirmou que a China tinha 500 ogivas nucleares em Maio de 2023, um número que estava a caminho de exceder as projecções anteriores, e que poderia chegar a 1.000 em 2030.
Hoje Macau China / ÁsiaUE | Pequim lança inquérito ‘antidumping’ sobre produtos lácteos A China anunciou ontem uma investigação ‘antidumping’ – venda abaixo do custo de produção – contra certas importações de produtos lácteos da União Europeia (UE), num contexto de tensões com Bruxelas sobre os veículos eléctricos provenientes da China. A petição para investigar produtos lácteos europeus importados pela China foi apresentada a 29 de Julho pela Associação da Indústria de Laticínios da China, de acordo com o ministério do Comércio chinês. As investigações vão incidir sobre os produtos importados entre Abril de 2023 e Março de 2024 e os “danos” que estas compras causaram ao sector chinês. O processo vai analisar produtos lácteos como queijo fresco, requeijão e natas e os efeitos dos programas de subsídios atribuídos à produção de produtos lácteos na Irlanda, Áustria, Bélgica, Itália, Croácia, Finlândia, Roménia e República Checa. “O Ministério do Comércio decidiu abrir um inquérito ‘antidumping’ sobre determinados produtos lácteos importados da União Europeia, com efeito a partir de 21 de Agosto de 2024”, lê-se no comunicado. O procedimento visa uma série de subsídios concedidos no âmbito da Política Agrícola Comum (PAC) da UE. Na terça-feira, a Comissão Europeia confirmou a sua intenção de impor taxas punitivas sobre automóveis eléctricos fabricados na China, incluindo os da norte-americana Tesla, que tem uma fábrica em Xangai. Bruxelas considera que os preços dos veículos chineses são artificialmente baixos devido a subsídios estatais que distorcem o mercado e prejudicam a competitividade dos fabricantes europeus. Estas taxas, que podem atingir os 36 por cento, substituem os impostos provisórios aplicados no início de Julho aos veículos elétricos oriundos da China. Pequim criticou a decisão e ameaçou com retaliações em várias ocasiões nos últimos meses.
Hoje Macau China / ÁsiaCorrupção | Antigo funcionário da Associação Chinesa de Futebol condenado O antigo director de competições da Associação Chinesa de Futebol Huang Song foi ontem condenado a sete anos de prisão por aceitar subornos, logo após o antigo vice-presidente do organismo ser condenado a 11 anos de prisão. Um tribunal da província de Hubei, no centro do país, decidiu que Huang Song deve pagar ainda uma multa de 600.000 yuan ao tesouro público, informou ontem a agência de notícias oficial Xinhua. No mesmo dia, um outro tribunal da mesma cidade condenou o antigo presidente e secretário-geral da Associação de Futebol da cidade central de Chengdu, Gu Jimiang, a seis anos de prisão por desvio de fundos e por receber e oferecer subornos. O tribunal aplicou a Gu uma multa de 400.000 yuan, que reverterá igualmente para o tesouro público. Na segunda-feira, o antigo vice-presidente da Associação Chinesa de Futebol, Li Yuyi, foi condenado a onze anos de prisão por ter recebido subornos num total de cerca de um milhão de yuan. Nos últimos anos, vários dirigentes do futebol chinês foram investigados por corrupção, incluindo o antigo presidente da Superliga Chinesa, Liu Jun, e o antigo seleccionador nacional de futebol, Li Tie, uma das lendas do futebol chinês. Em Março passado, o antigo presidente da CFA, entre 2019 e 2023, Chen Xuyuan, foi condenado a prisão perpétua por aceitar mais de 81 milhões de yuan em subornos ao longo de 13 anos de carreira. Em Outubro passado, a CFA prometeu “mais abertura e transparência” face aos vários casos de corrupção nas suas fileiras. Após a sua chegada ao poder em 2012, o actual secretário-geral do Partido Comunista da China (PCC) e Presidente do país, Xi Jinping, iniciou uma campanha anticorrupção, no âmbito da qual vários altos quadros chineses foram condenados por aceitarem subornos milionários.