Joana Freitas SociedadeNg Lap Seng diz-se vítima de perseguição política pelos EUA [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]defesa de Ng Lap Seng diz que a acusação de que o empresário de Macau está a ser alvo nos EUA é mera perseguição política. Acusado de corrupção a altos dirigentes da ONU, Ng Lap Seng aponta o dedo ao governo norte-americano para dizer que está a ser “perseguido por razões geo-políticas, para abrandar a influência da China sobre os países em vias de desenvolvimento”. Segundo a agência Reuters e a Associated Press, o empresário de Macau, que aguarda julgamento para o próximo ano, entregou documentos no Tribunal Federal de Manhattan onde refere que “o caso parece querer silenciar a sua posição de que um centro de conferências em Macau iria permitir aos países em desenvolvimento um local permanente de reunião na China. O empresário, recorde-se, foi acusado juntamente com o assistente Jeff Yin de ter pago elevadas somas de dinheiro a John Ashe, antigo presidente da Assembleia Geral da ONU (que faleceu em Julho enquanto esperava juglamento) para que o centro fosse construído em Macau. Ng Lap Seng iria ser o responsável pela construção deste centro através da sua empresa, a Sun Kian Ip. “O interesse geopolítico dos EUA em abrandar o progresso da China sobre os países em vias de desenvolvimento foi atingido. Todas estas circunstâncias indicam que a acusação do senhor Ng não é, nem nunca foi, sobre a integridade das operações da ONU”, referem os advogados, assegurando que documentos classificados mostra os motivos dos EUA para acusarem o empresário. Mais ainda, os advogados dizem que as perguntas do FBI se focaram mais em identificar um possível “agente chinês” como parceiro de Ng Lap Seng, do que propriamente no caso de alegada corrupção. Ng Lap Seng foi detido em Setembro em Nova Iorque e vai acusado de corrupção e lavagem de dinheiro. Desde Outubro que está em prisão domiciliária. É membro da Conferência Política do Povo Chinês e da Comissão Eleitoral do Chefe do Executivo. O julgamento está marcado para Janeiro de 2017.
Joana Freitas SociedadePalácio Imperial | Proprietário autorizado a entrar para obras [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Hotel Palácio Imperial Beijing já recebeu autorização da Direcção dos Serviços de Turismo (DST) para entrar no hotel até Novembro, de forma a poder rectificar as infracções que terão sido cometidas pelo espaço. É o que diz o Jornal Ou Mun, que cita o responsável da empresa gestora. O espaço hoteleiro, na Taipa, foi encerrado provisoriamente pela DST no mês passado, depois do Governo considerar que o estabelecimento que um dia foi o New Century “não cumpre as condições de segurança mínimas”, nomeadamente relativas à prevenção e combate a incêndios. O período de encerramento é de seis meses, sendo que ninguém poderia entrar no hotel. Agora, a empresa que gere o espaço poderá ter acesso ao interior: o Jornal Ou Mun “confirmou com um responsável” da Empresa Hoteleira Macau, Limitada que a companhia tinha pedido, nos dias 5 e 8 de Agosto, permissão para entrar no hotel para realizar trabalhos de melhoria e já recebeu a aprovação pelo organismo. O pessoal que foi devidamente autorizado pelo organismo pode entrar no hotel por um período que começou no passado dia 12 de Agosto e que se estende até 11 de Novembro. A ideia é realizar trabalhos de manutenção de saneamento, da segurança das infra-estruturas e rectificação das infracções. Segundo a publicação, os selos na porta do hotel já foram retirados. Na altura do encerramento, Helena de Senna Fernandes, directora da DST, indicava que a decisão tem por base a detecção de “graves infracções administrativas e a ameaça da segurança pública e da imagem da indústria turística de Macau”. A medida foi implementada quando ainda estavam hóspedes e funcionários no local. O facto de ser um hotel de cinco estrelas exige o cumprimento de determinadas características que também já não existiam. Várias instalações do hotel, como a sauna, espaços de lazer e restaurantes, tinham encerrado por motivos alheios à DST, mas que contribuem para que o hotel não possa ser classificado com cinco estrelas. Agora, a DST diz que o hotel poderá ser reaberto com antecedência se conseguir melhorar a situação e cumprir as exigências. Se depois de seis meses não houve mudanças, o hotel vai ser encerrado permanentemente.
Joana Freitas SociedadeRua da Entena | Estrutura do prédio estável. PSP pede testemunhas Onze pessoas continuam internadas e outras tantas realojadas devido ao acidente com um autocarro turístico na Rua da Entena. O Governo garante a estabilidade do edifício onde embateu o autocarro, mas a PSP está a apelar a quem saiba de algo sobre o acidente para falar [dropcap style=’circle’]E[/dropcap]stá estável o edifício que foi atingido por um autocarro turístico na Rua da Entena e em menos de uma semana deverá estar minimamente pronto o plano de reparação. O Governo assegura que o Wa Keong não corre qualquer risco, uma vez que “o pilar que foi danificado no acidente não faz parte da carga estrutural mais importante e poderá ser reparado com as actuais tecnologias de engenharia”. Em vários comunicados lançados ao longo do fim-de-semana, o Executivo garante estar a acompanhar a situação do prédio, atingido por um acidente que fez mais de 30 feridos. A Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes , (DSSOPT), assegura a segurança do prédio e diz que vai tentar-se concluir as obras provisórias do reforço da estrutura do prédio antes da chegada do próximo tufão. Os serviços das Obras Públicas estão também a elaborar o plano de reparação, esperando que tal possa ficar pronto dentro de dez dias (a contar de sexta-feira), sendo que o princípio do plano é “manter o nível da segurança da estrutura do prédio igual a antes do incidente”, indica um comunicado. O Governo vai pagar as despesas das obras provisórias do reforço da estrutura do prédio e da inspecção “adiantadamente”, sendo depois as despesas recuperadas junto dos responsáveis pelo incidente, como garante o Executivo. Segundo os dados recolhidos, “a estabilidade estrutural do prédio não está em causa, a maioria das fracções reúne condições de utilização, podendo ser habitada”, asseguram ainda as Obras Públicas. Há cinco fracções e uma loja que não podem ser utilizadas, mas o prédio mantém-se numa situação estável. A DSSOPT acredita mesmo que, após a reparação, a resistência estrutural do prédio vá ser maior do que antes do incidente. Sem interesse A DSSOPT realizou sessões de explicação aos pequenos proprietários. Os donos das fracções têm vindo a queixar-se de ser “ignorados” pelo Governo e de obter informações sobre o caso através dos média, mas de acordo com a DSSOPT, entre os 25 pequenos proprietários contactados para uma reunião que explicava o estado do prédio, nem metade apareceu: seis disseram que não iriam comparecer e nove disseram que talvez fossem. Dez confirmaram presença, “mas apenas quatro compareceram e participaram da sessão”. Já na sexta-feira, e acompanhados pelo deputado Ho Ion Sang, parte dos pequenos proprietários do entregou uma petição na Sede do Governo exigindo o estabelecimento de uma equipa governamental especializada para apoiar os proprietários acompanhar o incidente. O pedido foi feito também pelo deputado na AL, no mesmo dia. Alguns proprietários também criticaram que a DSSOPT, sabendo que iriam entregar uma petição às 12h30, os informou sobre a realização de uma sessão de apresentação sobre o estado do prédio no mesmo horário e rejeitou os pedidos da mudança da hora para o encontro. A DSSOPT diz ainda que, desde que fixou o resultado de vistoria na entrada do edifício e comunicou o mesmo aos pequenos proprietários, a linha aberta do organismo recebeu apenas duas consultas. O Laboratório de Engenharia Civil de Macau foi a terceira parte no processo de vistoria ao prédio, fazendo parte nos trabalhos de inspecção e monitorização. Realojados e à espera O acidente com o autocarro turístico que aconteceu há uma semana deixou o pilar do prédio danificado e 32 pessoas feridas. Ainda há 11 feridos que se encontram hospitalizados, depois de um homem que já tinha tido alta voltou a ser hospitalizado devido a uma dor de cabeça e hipertensão quando recebeu acompanhamento médico e troca de curativos. Todos estão no Kiang Wu, sendo que apenas uma pessoa ainda permanece na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI). Os internados estão estáveis, à excepção dessa vítima mais grave, que se mantém em coma depois de uma operação craniofacial. Uma outra turista foi submetida “a uma cirurgia ortopédica”. Seis pessoas continuam alojadas no Centro de Sinistrados com o apoio do Instituto de Acção Social (IAS) e quatro outros agregados familiares, num total de 18 pessoas, foram temporariamente realojados em fracções temporárias sob a tutela do IAS ontem, depois de terem passado mais de uma semana em hotéis. Um homem que, de acordo com a DSSOPT, podia regressar a casa, não o quis fazer, pelo que o IAS voltou a alojá-lo no Centro de Sinistrados. Pedido de ajuda A PSP apelou na semana passada às pessoas que testemunharam o incidente ou que possam fornecer informações úteis para que telefonem o mais breve possível para o Departamento de Trânsito. Apelou ainda para que os residentes ou turistas que tenham captado, na altura, vídeos ou fotos que entreguem os mesmos à Polícia para ajudar na investigação. Segundo informações obtidas, antes da chegada do pessoal de salvamento, verificou-se que havia uma testemunha, do sexo masculino, que se encontrava nas imediações do autocarro turístico. A PSP tenta procurar essa pessoa. “Este homem, aparentemente de vinte e pouco anos, de peso médio, vestia uma camisa de manga curta de cor branca acinzentada, calças curta de cor bege e calçado desportivo de cor de azul e tinha óculos. Ele ou as pessoas que o conheçam por favor contactem a polícia o mais breve possível.”
Joana Freitas Manchete PolíticaErro Médico | Lei aprovada mas já com pedidos de revisão Uma lei que pode ser perversa e que, apesar de aprovada, não agrada totalmente aos deputados. O Regime Jurídico do Erro Médico passou na especialidade, mas não sem várias críticas e pedidos para que seja revista em breve [dropcap style=’circle’]”[dropcap]Debates acalorados”, “horas intensas de trabalho” e três anos de análise depois, foi finalmente aprovado pela Assembleia Legislativa (AL) o Regime Jurídico do Erro Médico. Apesar das críticas, especialmente levantadas por Cheung Iek Lap, também médico, o diploma passou com aprovação total do hemiciclo, incluindo com o voto a favor do deputado. A Comissão de Perícia e o que os deputados consideram ser falta de protecção dos direitos dos profissionais de saúde foram as críticas mais ouvidas, num dia em que diversos foram os pedidos de revisão da lei que ainda não está sequer em vigor. “Só daqui a uns anos é que poderemos avaliar se esta lei cumpre [a sua] função”, referiu Leonel Alves, apoiado por Chui Sai Cheong, que referiu esperar que “daqui a dois ou três anos a lei seja revista para reforçar os direitos”, porque noutros países “também se verificam problemas” com este tipo regime. Alves considerou ainda poderem existir dificuldades no recrutamento de sete pessoas com uma década de experiência para a Comissão de Perícia, como se prevê, sendo duas delas juristas especialistas na área da Saúde. “Não sei se, no universo dos juristas de Macau, temos dois especializados nesta matéria”, frisou, relembrando que estes, ao contrário dos profissionais de saúde que integram a Comissão, não podem ser de fora. “Provavelmente não há nenhum. Mas também não entendo em que medida é que dois juristas podem contribuir para perceber se houve erro médico.” A ideia que os médicos podem vir de fora foi criticada pelo médico e deputado Chan Iek Lap, que apontou a possibilidade de a futura Comissão vir a ter um “trabalho volumoso” que obrigue a que estes elementos tenham de vir ao território semanalmente. O deputado considerou mesmo que a decisão “parece” estar a indicar “falta de confiança nos médicos locais”. “Perversidades” Cheung Iek Lap foi o deputado mais crítico, considerando ainda que não existe protecção dos direitos dos médicos. “Votei a favor mas não vejo, ao longo de todos os artigos, qualquer um que preste garantias aos médicos. Há necessidade de criar meios para salvaguardar os seus direitos e tal não foi conseguido”, frisou, sem deixar de mencionar que “a pressão e a introdução de uma medicina defensiva” só vai aumentar, até porque a lei não impede que se recorra a outras legislações para processar os médicos. Leonel Alves, também advogado, disse mesmo que a legislação em causa “pode ter efeitos perversos, completamente contrários, em relação ao que propõe” devido à falta de garantia dos direitos de todos, nomeadamente face a um eventual recurso. “Não se prevê aqui o mecanismo de recurso [dos resultados da perícia]. Aqui só se fala em impugnação pelo mesmo órgão, que é a Comissão, com os mesmos membros. A reclamação para o mesmo órgão fragiliza a defesa do direito de quem se considerar prejudicado”, frisou, dizendo que as “portas estão completamente fechadas” a isso e pedindo “prudência e a revisão do diploma” para que tal seja contornado. Alexis Tam, Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, mostrou-se satisfeito com a aprovação da lei, dizendo que esta “favorece a promoção de um bom relacionamento entre médicos e doentes”. A lei foi aprovada volvidos mais de 12 anos desde o arranque da discussão sobre o tema e vai entrar em vigor em seis meses para dar tempo aos profissionais de se adaptarem às novas regras. Segundo Tam, o montante global pago pelo Governo desde 2012 face a erros médicos ascendeu a 885 mil patacas.
Joana Freitas BrevesWynn Palace com 150 mesas O novo casino Wynn Palace vai abrir este mês cem mesas de jogo e passar a 150 nos próximos dois anos, revelou o Secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong. Na abertura do empreendimento, a 22 de Agosto, a Wynn vai dispor de uma centena de mesas, passando a 125 em 2017 e 150 em 2018. O Wynn Palace foi ainda autorizado a instalar 1145 slot-machines. A operadora tinha solicitado ao Governo autorização para instalar 400 mesas de jogo, mas o Executivo decidiu autorizar 150 para cumprir o princípio da taxa média anual de aumento de mesas não ser superior aos 3% até 2023. A autorização das 150 mesas em três anos “é exactamente para cumprir o princípio de não ultrapassar” esse limite anual, como assegura o Secretário. Citado por um comunicado, Lionel Leong disse ainda que já recebeu o pedido de mesas de jogo do Parisian, novo empreendimento da Sands no Cotai, mas este “ainda está em apreciação”. Macau tinha, no final de Junho, 5998 mesas de jogo distribuídas por 36 casinos.
Joana Freitas BrevesIdosa morre atropelada por shuttle-bus Uma idosa morreu depois de ter sido atropelada por um shuttle-bus. O caso aconteceu no sábado, no Posto Fronteiriço da Flor de Lótus e o acidente foi violento. A mulher de 84 anos ficou presa debaixo do autocarro, conduzido por um motorista do continente que poderá ser acusado de homicídio por negligência. A senhora ficou com fracturas expostas nos ossos das pernas e hematomas na cabeça e nas mãos. Ficou presa por baixo do veiculo até à chegada dos Bombeiros, tendo acabado por morrer no hospital.
Joana Freitas BrevesMais um caso de dengue importado Os Serviços de Saúde confirmaram na sexta-feira a detecção de mais um caso de febre de dengue importado no território. A vítima é uma mulher de 59 anos, residente na Rua de Seng Tou da Taipa, que entre 17 de Julho e 4 de Agosto fez uma viagem a Bali, na Indonésia. Após o regresso à RAEM, que ocorreu no passado dia 5 de Agosto, a doente manifestou sintomas de febre, dor de cabeça, dores musculares e recorreu ao Hospital Kiang Wu. O Laboratório de Saúde Pública confirmou os resultados do teste ao dengue do tipo IV. O facto de ter efectuado esta viagem, a data de apresentação de sintomas e os resultados do teste laboratorial, fez com que este caso fosse classificado como o quinto caso de febre de dengue importado registado na RAEM desde o início do ano. A doente está ainda internada a receber tratamento e tem febre baixa.
Joana Freitas PolíticaGoverno prolonga prazo para abono na habitação social [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Governo vai estender o prazo de candidaturas para o plano provisório de atribuição de abono de residência a agregados familiares da lista de candidatos a habitação social. O projecto de regulamento administrativo que estende o prazo foi ontem aprovado pelo Conselho Executivo. Foi em 2008 que o Governo aprovou o plano, que tem como objectivo apoiar os agregados familiares em situação económica desfavorecida admitidos como candidatos na lista geral da habitação social. O prazo foi agora prorrogado até 31 de Setembro. “A fim de continuar a apoiar a diminuição dos encargos habitacionais dos agregados familiares em situação económica desfavorecida que se encontrem na lista de espera de habitação social, (…) o número de prestações do abono continua a ser de 12, atribuindo aos agregados familiares compostos por uma a duas pessoas o abono mensal no montante de 1650 patacas e aos agregados familiares compostos por três pessoas ou mais, o abono mensal no montante de 2500 patacas”, pode ler-se num comunicado do Executivo. Num outro despacho, o Chefe do Executivo alterou o montante máximo do total do rendimento mensal dos agregados familiares candidatos, passando este a ser de 9560 para uma pessoa e 29460 para um agregado de sete ou mais pessoas. Mas não foi esta a única decisão do Executivo. “O projecto estipula [também] que os agregados familiares beneficiários do plano provisório de atribuição de abono de residência mantêm o direito à atribuição do abono de residência sem necessidade de apresentação de nova candidatura. Os novos candidatos ao abono devem apresentar a sua candidatura no Instituto de Habitação”, frisa ainda.
Joana Freitas PolíticaEconomia | Ho Ion Sang quer Governo a ajustar diplomas financeiros Se Macau quer impulsionar a diversificação económica, tem de começar por actualizar a legislação e mudar a forma como as políticas deste sector são feitas, diz o deputado Ho Ion Sang [dropcap style=’circle’]H[/dropcap]o Ion Sang quer que o Governo reveja os diplomas relacionados com o sector financeiro. O deputado considera que se Macau continuar a depender apenas do modelo tradicional de economia, dificilmente será possível satisfazer o desenvolvimento e impulsionar a diversificação económica. “Após o retorno à pátria, o sector financeiro desenvolveu-se rápida e significativamente, mas o seu desenvolvimento continua a estar restringido devido à unicidade das entidades financeiras, à pequena dimensão do mercado, à imperfeição do ambiente de desenvolvimento e à debilidade dos diplomas legais”, frisa o deputado numa interpelação entregue ao Governo. Ho Ion Sang recorda que, para promover a diversificação da economia, o Governo apresentou no ano passado a proposta de desenvolvimento de um sector financeiro com características próprias de Macau. Mas a carência de recursos e de espaço físico têm sido as principais limitações ao desenvolvimento de Macau, uma situação que, em conjunto com a predominância da indústria do jogo, constitui factor para o atraso no processo de diversificação adequada da economia e de reajustamento da estrutura económica, considera o deputado. “A procura de novos motores de crescimento económico é uma tarefa urgente com que o Governo se depara neste momento. Macau é um porto franco com vantagens tais como impostos simples e baixos, sem controlo cambial, e livre entrada e saída de capitais. E estas vantagens merecem o reconhecimento das regiões ao nosso redor e fomentam uma base sólida e firme para o desenvolvimento internacional do sector financeiro. Mas atendendo à actual conjuntura financeira complicada e com muitas mudanças, o Governo tem mesmo de aperfeiçoar, quanto antes, a legislação em matéria financeira”, indica. Ajustar as políticas e estruturas da economia e criar um bom ambiente externo de desenvolvimento para os sectores da locação financeira e da gestão de bens são algumas das sugestões do deputado, que quer ainda que o Executivo consiga “incentivar as entidades financeiras a desenvolver e a introduzir produtos e serviços financeiros peculiares”, para concretizar o desenvolvimento diversificado dos serviços financeiros de Macau e “injectar nova força motriz à diversificação adequada da economia”.
Joana Freitas BrevesChui Sai On em Pequim na próxima semana O Chefe do Executivo, Chui Sai On, vai estar em Pequim no próximo dia 15 de Agosto. O líder do Governo leva consigo uma delegação responsável pela elaboração do Plano Quinquenal de Desenvolvimento da RAEM e vai, na capital, ter um encontro com as autoridades chinesas “para auscultar opiniões” sobre o documento. O documento formal do plano quinquenal de desenvolvimento vai ser divulgado em Setembro, pretendendo o Governo introduzir as opiniões de Pequim. De delegação fazem parte a chefe do Gabinete do Chefe do Executivo, O Lam, o coordenador do Gabinete de Estudo das Políticas, Lao Pun Lap, o professor do Centro de Estudos Políticos, Económicos e Sociais do Instituto Politécnico de Macau Chen Qingyun, a coordenadora-adjunta do Gabinete de Estudo das Políticas, Ung Hoi Ian, o professor adjunto do Centro de Estudos Políticos, Económicos e Sociais do Instituto Politécnico de Macau Yin Yifen e outros responsáveis. Chui Sai On regressa a Macau no dia 17 de Agosto.
Joana Freitas Manchete SociedadeJockey Club violou a lei e tem até final do mês para recompor situação Contas que, segundo a lei, levariam empresas à dissolvência ou administradores à prisão. São assim as contas da Macau Jockey Club, que não são detalhadamente publicadas em BO e que indicam prejuízos há mais de dez anos. A DICJ confirma e espera uma solução até ao fim de Agosto [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Companhia de Cavalos Macau Jockey Club violou a lei e tem até ao final deste mês para recompor a situação. As contas da empresa não batem certo com o que é obrigatório segundo o Código Comercial e o problema não é de agora. Mas a Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ) assegura estar atenta à situação. “O assunto levantado pelo HM tem sido alvo de acompanhamento por parte desta direcção de serviços”, começa por confirmar a este jornal o organismo dirigido por Paulo Chan. “Designadamente através da interpelação da concessionária para apresentar uma proposta com vista a solucionar a questão em causa até ao final do mês de Agosto de 2016.” A Macau Jockey Club apresentou prejuízos de 88 milhões de patacas só no ano passado e, de acordo com contas de 2015 publicadas em Boletim Oficial em Julho, o seu capital social é inferior a metade do original, apresentando a empresa dívidas de milhões de patacas. De acordo com o Código Comercial, o administrador da empresa que apresentar capital social inferior à metade viola a lei, devendo propor a dissolvência da empresa ou injectar o capital social novamente em 60 dias. Tal não aconteceu. Mais ainda, de acordo com o mesmo Código, se não se respeitar a regra de injecção de capital ou propor a dissolvência, o administrador é punido com pena de multa ou de prisão de três meses. A questão, contudo, reside no facto de que a empresa terá contas a negativo desde, no mínimo, 2005. Diversos artigos publicados no mês passado indicavam isso mesmo, especialmente em média dedicados aos casinos, como o World Casino Directory. E como indicam as contas da empresa, que mostram que, em 2014, por exemplo, as perdas foram de 54 milhões de patacas. Em 2013, foram de mais de 41 milhões. À espera da renovação? A DICJ não se adiantou muito no que à violação legal ou à falência da empresa diz respeito. Contudo, e apesar de garantir que o problema tem de ser solucionado até ao final de Agosto deste ano, a verdade é que a Macau Jockey Club viu o seu contrato estendido até Agosto de 2017. O organismo liderado por Paulo Chan não explica o que se poderá passar se a empresa não encontrar uma solução. A empresa detém o monopólio das corridas de cavalos desde 1978 e conseguiu, desde 2005, pagar apenas 15 milhões de patacas anuais ao Governo, quando deveria estar a pagar o dobro de acordo com o contrato assinado em 1999, ade acordo com o Macau Business Daily. As apostas nas corridas de cavalos tem descido mais de 50% ano após ano e significa, para as receitas da Administração, 0,1% do total dos lucros do sector do Jogo. As contas fazem Albano Martins, economista, questionar-se. “(…) Com dívidas superiores aos seus activos em 876 milhões de patacas como é que [empresa] não é dissolvida nos termos dos artigos 206º e 485º do Código Comercial?”, questiona, numa opinião publicada no Jornal Tribuna de Macau no mês passado. “Fica a pergunta com um misto de curiosidade e alguma expectativa: vai o Governo renovar essa concessão? Com base em exactamente o quê?” Contas escondidas Relatos de más condições no Jockey Club têm sido constantemente feitos pela imprensa: ainda no ano passado, um grupo de membros do clube escreveu uma carta aberta onde apontava, por exemplo, que os estábulos estavam tão velhos que um cavalo ficou ferido por causa de um telhado que colapsou. O Jockey Club disse ter feito reparações, mas fontes internas disseram ao HM que não passaram de “pintar as portas” das boxes. Angela Leong, deputada e responsável pela empresa ligada à Sociedade de Jogos de Macau, atribuiu os resultados negativos ao recente declínio das receitas de jogo. No ano passado, Leong disse mesmo que a abertura de mais hotéis e resorts levava a que as corridas de animais ficassem para trás na lista de desejos dos turistas. Mas uma das maiores questões, levantada também por Albano Martins no artigo de opinião, é que o Governo continua a autorizar a empresa a não publicar os detalhes das contas. Isso, como experienciou o HM, não facilita a leitura no que aos resultados negativos diz respeito. “O Governo veio autorizar que as contas da sociedade fossem publicadas sob a forma de sinopse, com indicação do resultado líquido, total do activo, total do passivo e situação líquida. Os casinos dão todos os detalhes das suas contas (…) mas o Canídromo e o Jockey Club querem esconder exactamente o quê?”, questionava o economista, como colunista no JTM. “Mas que raio de negócio se esconde numa concessão que devia publicamente e de forma transparente prestar contas à sociedade da sua actividade? Ou há negócio de imobiliário escondido ou não estou a ver razão para tanta dedicação à causa das corridas.” A questão fica por responder pelo menos até ao final deste mês. O HM tentou contactar o Jockey Club mas não conseguiu obter reacções até ao fecho desta edição.
Joana Freitas PolíticaScott Chiang detido por protesto no Estoril [dropcap style=’circle’]S[/dropcap]cott Chiang, presidente da Novo Macau, foi detido por alegadamente ter sido o autor de um protesto ontem. O líder da associação terá colocado nas paredes do Hotel Estoril uma faixa que dizia “Alexis Tam: Assassino de Património”. A faixa negra foi retirada 15 minutos depois de ter sido colocada. A polícia correu para dentro do Hotel Estoril e levou Scott Chiang, o presidente da Associação Novo Macau, e o membro do conselho, Lam Leng. Os jornalistas no local, preparados para receber a cerimónia de abertura do Encontro de Mestres de Wushu, perguntaram à polícia por que razão levaram os dois, mas polícia não deu nenhuma resposta. Segundo a publicação All About Macau, pouco antes da cerimónia de abertura, a faixa preta apareceu no Hotel Estoril. Depois foi afirmado que tinha sido uma “acção flash” organizada por dois membros da Associação Novo Macau. Alexis Tam, Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, não fez comentários.
Joana Freitas EventosLe Syndicate Du Chrome anima noite com sons Afro e Funk [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]banda francesa Le Syndicat Du Chrome está de regresso a Macau para um concerto já amanhã. Depois de, em Outubro, terem não só pisado palcos com a ajuda da Alliance Française como actuado nas ruas do território, a banda de Afro e Funk chega agora para tocar na Live Music Association (LMA) e no Padre Café e Cuccina. Axel Bagréau, encarregue do saxofone, Maxime Briard, na bateria, e Benoit Campens, no sousafone, juntaram-se a Lionel Espagne (trompete), Bastien Langlois (trombone) e Clément Serre (guitarra) para formar a Le Syndicat Do Chrome, um grupo que promete “conquistar o mundo” como o bando de “mafiosos” que é. Inspirados nos sons de Nova Orleães e nos que vêm da Etiópia e Nigéria, o Le Syndicate Du Chrome promete “pôr todos a dançar”, como assegura Clément Serre ao HM. A música, uma mistura contagiante de sons Afro e Funk, é “também profundamente influenciada” pelos locais por os seis membros passam e pelas pessoas que os ouvem e que com eles interagem. Quem o diz é Serre, que já sabe o que esperar do território. “Viemos cá em Outubro e tivemos uma recepção incrível por parte do público”, frisa. Talvez tenha sido essa uma das razões que os levou a querer voltar e a mostrar tanto entusiasmo. “O público daqui é muito disponível para novos sons e mostrou grande abertura ao nosso género musical.” A banda que gosta de tocar na rua e interagir com as pessoas, confessa que já tocou em vários espaços públicos, nomeadamente “jardins” até de Macau, onde não se pode fazê-lo. Mas, pelo que parece, todos ficam agradados com a música do Syndicate. “Todos têm sido muito simpáticos connosco, inclusivamente a polícia”, diz Serre. O entusiasmo da banda é tal que fizeram uma música dedicada a Macau. “Provavelmente vai chamar-se A-Má Temple Groove”, dedicada à deusa que deu origem ao nome desta península. Com a promessa de muita diversão, os Syndicate esperam por si: amanhã na LMA, pelas 22h00, e domingo no Padre Café e Cuccina, ao início da noite. Os bilhetes para o concerto na Live Music Association custam cem patacas se comprados anteriormente, na Livraria Portuguesa ou Macau Design Center, e 120 patacas se comprados à porta.
Joana Freitas SociedadeAcidente com autocarro obriga a obras em cinco fracções e uma loja [dropcap style=’circle’]C[/dropcap]inco fracções e uma loja do edifício em que embateu, na segunda-feira, um autocarro turístico em Macau, vão ter de ser reparadas, com moradores e lojistas temporariamente afastados, revelou ontem o Secretário para os Transportes e Obras Públicas. “A estrutura global do edifício não foi afectada e, tanto quanto sei, hoje, (ontem), em 16 das 21 habitações [os moradores] foram autorizados a regressar às suas casas, e o mesmo aconteceu com cinco das seis lojas. Só na loja que foi afectada e nas cinco habitações que estão nessa prumada é que [os ocupantes] ainda não têm autorização para regressar. As restantes podem ser habitadas normalmente, essas têm que ser alvo de reparação”, indicou ontem Raimundo do Rosário. Na segunda-feira, um autocarro de turismo embateu contra um edifício na Rua da Entena, causando 32 feridos. Investigações preliminares das autoridades revelam que um veículo terá batido na traseira do autocarro, que estava parado, e o condutor, ao sair para verificar o que se tinha passado, não puxou o travão-de-mão, permitindo que o autocarro avançasse. Por agora, o Governo está a avançar com as reparações necessárias, garantindo as despesas, e espera vir a ser reembolsado quando forem apuradas responsabilidades. “A vistoria demonstra que o edifício tem condições para reparação. É uma questão de segurança pública, nós fazemos tudo e depois vamos recorrer aos responsáveis. Temos de averiguar a responsabilidade, até hoje ainda não sabemos bem quem é o responsável pelo acidente”, disse o director dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes, Li Canfeng. Actualmente, há ainda dez feridos que se encontram hospitalizados, um deles em risco de vida, após ter sido submetido a uma operação cirúrgica a um trauma craniofacial.
Joana Freitas BrevesVia especial na Ponte de Sai Van passa a definitiva “Por motivos de segurança e por solicitação do público sobre a segurança do trânsito entre Macau e a Taipa”, a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) vai mesmo passar a via especial para ciclomotores e motociclos na Ponte de Sai Van em permanente. A medida entra em vigor a 15 de Agosto, depois de estar em experiência desde 2012.
Joana Freitas BrevesAbertas inscrições para seminário sobre financiamento cinematográfico A Feira de Investimento na Produção Cinematográfica entre Guangdong-Hong Kong-Macau tem lugar nos próximos dias 16 e 17 de Agosto no Regency Hotel, onde vai estar incluído um seminário sobre financiamento cinematográfico, para o qual se encontram abertas as inscrições. Co-organizada pelo Instituto Cultural, pelo Hong Kong Film Development Council e pela Administração de Imprensa e Publicação, Rádio, Cinema e Televisão da Província de Guangdong, a Feira vai trazer a Macau os cineastas de Hong Kong, Patrick Tong e Mathew Tang, “entre outros nomes importantes desta área”, que vão partilhar experiências e falar sobre as novas tendências na área do financiamento cinematográfico entre as três regiões. As inscrições online gratuitas para o seminário encontram-se abertas a partir de hoje, sendo que o fórum acontece pelas 14h30 do dia 17. Patrick Tong, com mais de 20 anos de experiência de gestão financeira e investimento cinematográfico, desempenhou o papel de produtor e produtor executivo de filmes. Mathew Tang foi coordenador, planeador, realizador e produtor de filmes chineses e estrangeiros, tendo participado nas filmagens de cerca de 40 filmes. Liu Xiaofeng é também outros dos convidados. Estão disponíveis 30 lugares para o seminário “Financiamento Cinematográfico”, que serão atribuídos por ordem de inscrição. O seminário acontece em Cantonês e Mandarim, mas tem tradução simultânea para Português. Os interessados podem inscrever-se na página do IC.
Joana Freitas BrevesBelas Artes celebra aniversário com exposição A Associação dos Artistas de Belas Artes festeja 60 anos e para assinalar a data foi organizada uma exposição com trabalhos de todos os membros. Vão estar expostos no edifício do Antigo Tribunal, de 17 de Agosto a 7 de Setembro, e a inauguração é dia 16, às 18h30. A mostra é subordinada ao tema “Exposição das Obras dos Membros da Associação dos Artistas de Belas Artes de Macau 2016” e daqui resultaram várias formas de expressão artística, provenientes de 169 associados. Aguarelas, pinturas a óleo, desenhos, pinturas a tinta, caligrafias e esculturas são alguns dos exemplos. Segundo comunicado da Associação, estes trabalhos “manifestam uma diversidade de géneros, visando dar oportunidade aos visitantes para apreciarem a arte local e o seu significado de grande alcance em termos do desenvolvimento artístico em Macau”. A iniciativa conta com a parceria do Instituto Cultural e a entrada é livre.
Joana Freitas BrevesExposição de pintores da China Abre hoje a exposição Obras de Pintores Veteranos da China em Macau. A ter lugar nas Galeria do Museu das Ofertas sobre a Transferência de Soberania de Macau, a mostra apresenta 60 trabalhos “excelentes de 12 pintores de renome da China”, como indica a Fundação Macau num comunicado. A mostra tem o apoio do Comissariado do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China na RAEM, do Gabinete do Secretariado para os Assuntos Sociais e Cultura e da Academia Nacional de Pintura da China, estando a inauguração marcada para as 10h30. A exposição está patente ao público até dia 16 de Agosto, das 10h00 às 19h00 e excepto às segundas-feiras. A entrada é livre.
Joana Freitas Eventos MancheteCasas-Museu | Sábado de Jazz com Vincent Herring, Eric Alexander e prodígios asiáticos São nomes sonantes na cena musical e vão estar em Macau para um concerto com entrada livre. Vincent Herring, Eric Alexander, Yoichi Kobayashi, Yuichi Inoue e Peng Ji actuam este sábado, num concerto onde não vai faltar talento local [dropcap style=’circle’]V[/dropcap]incent Herring e Eric Alexander vão tomar o espaço do anfiteatro das Casas-Museu da Taipa. As duas estrelas do Jazz sobem ao palco para mais uma edição do “Concerto ao Anoitecer” e onde partilham o final de tarde com Yoichi Kobayashi, Yuichi Inoue, Peng Ji e o saxofonista de Macau Chak Seng Lam. O espectáculo “O Poder do Saxofone” está marcado para este sábado, das 17h30 às 19h00. Organizado pelo Instituto Cultural e pelo Jazz Club de Macau, o concerto conta com os norte-americanos Eric Alexander e Vincent Herring: o primeiro é vencedor de um Grammy e um músico e educador reconhecido internacionalmente, sendo mesmo considerado um dos saxofonistas líderes da sua geração. “Eric Alexander é um saxofonista, produtor e compositor contemporâneo, cuja carreira inclui a gravação de inúmeros álbuns de cariz singular, perfazendo um total de quase 70 álbuns. Em 1991, participou no Concurso Internacional de Jazz Thelonious Monk, a mais famosa competição de saxofone jazz do mundo, competindo no mesmo palco com saxofonistas proeminentes como Joshua Redman e Chris Potter e vencendo o segundo lugar, assegurando assim o lançamento da sua carreira como músico jazz profissional”, pode ler-se no comunicado da organização. “Os seus vários álbuns têm recebido grande aclamação, sendo muito apreciados nos círculos do bebop tradicional, e as suas interpretações destacam-se pela sua criatividade e ritmo subversivo, levando o público numa viagem pelo mundo da música jazz tradicional e contemporânea.” Outros impactos Já Herring é tido como capaz de produzir uma sonoridade de grande impacto. No início da década de 80 iniciou uma colaboração com o saxofonista de jazz Nat Adderley, que se viria a prolongar ao longo de nove anos. Colaborou ainda durante três décadas “com inúmeros mestres do jazz”. Nas suas interpretações, Vincent Herring inspira-se em diferentes géneros musicais, tendo lançado 19 álbuns a solo e participado na gravação de mais de 240 álbuns. Mas os dois “mestres do Jazz” não estão sozinhos: o concerto contará ainda com a colaboração de “músicos de topo” do Japão, incluindo o pianista jazz Yuichi Inoue e o baterista vencedor de um disco de ouro Yoichi Kobayashi, bem como de Peng Ji, um baixista de Pequim cujo percurso musical se baseia em sons tanto orientais, como ocidentais. Foi convidado a actuar no concerto o jovem músico local Chak Seng Lam, “uma nova estrela da música jazz de Macau”, que estuda música desde a infância, tendo passado por escolas em Singapura e na Holanda. O concerto, que conta também com sessão de improviso, tem entrada livre, fazendo parte de uma longa lista de concertos que acontecem até Outubro, ao segundo sábado de cada mês.
Joana Freitas BrevesProfessor da UM distinguido na área da Criminologia O professor Liu Jianhong, do Departamento de Sociologia da Universidade de Macau (UM), foi distinguido com o troféu “Freda Adler Distinguishe Scholar Award” da American Society of Criminology (ASC). Esta distinção deve-se “ao seu inquestionável contributo no campo da criminologia”, como refere a UM em comunicado. A cerimónia de entrega vai realizar-se durante a conferência anual da ASC em Novembro. Este distinção é atribuída anualmente a alguém que, sendo fora do departamento da ASC, contribui de forma decisiva para a área da Criminologia. Nomes como os de David Farrington, da Universidade de Cambridge, e Hans Kerner, da Faculdade de Direito da Universidade de Tuebingen, também já foram agraciados com este troféu. Liu Jianhong é um nome sobejamente conhecido da criminologia internacional, tendo assumido por várias vezes a direcção de associações de criminologia internacionais. Com vários artigos e livros publicados sobre a matéria, é actualmente o presidente da Scientific Comission of the International Society for Criminology e da General Assembly of the Asian Criminological Society, entre outros cargos ocupados.
Joana Freitas BrevesPeter Lam é vice-presidente do Conselho de Ciência Peter Lam passou a ser o vice-presidente do Conselho de Ciência e Tecnologia. O anúncio foi ontem feito em Boletim Oficial, num despacho assinado por Chui Sai On, Chefe do Executivo. Lam já fazia parte do Conselho, mas agora passa a ocupar o cargo da presidência. Peter Lam é também membro do Conselho Executivo e da Fundação Macau. O mandato do novo cargo que ocupa tem a duração de dois anos.
Joana Freitas PolíticaIACM já estuda lei para regular veterinários [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) está já a estudar a elaboração de propostas de lei para regular as clínicas veterinárias, as lojas de animais de estimação e os locais de reprodução para estes animais. O anúncio foi ontem feito por uma responsável do Instituto. Há anos que se fala na falta de leis que regulem as clínicas veterinárias em Macau, território onde qualquer pessoa pode abrir uma clínica e exercer a profissão. Em 2014, o Governo assinou um acordo de cooperação com a China continental no âmbito da medicina veterinária, mas nada adiantou. Para Albano Martins, que já falou do caso diversas vezes, este vazio legal é particularmente problemático, principalmente numa altura em que a Lei de Protecção dos Animais vai entrar em vigor no próximo mês. O ano passado, o presidente da Sociedade Protectora dos Animais – ANIMA frisava que “antes da Lei de Protecção de Animais devia haver um regulamento ou uma lei que regulasse o exercício da actividade veterinária”. O acordo de cooperação com o Ministério da Agricultura da República Popular da China (RPC) tinha como objectivo “fomentar a articulação de legislação da actividade de medicina veterinária de Macau e dos trabalhos de prevenção e controlo das epidemias animais”, de acordo com um comunicado.
Joana Freitas EventosBandas de Macau e Hong Kong no Heart Bar [dropcap style=’circle’]S[/dropcap]exta-feira, o Heart Bar recebe bandas locais e da região vizinha para um concerto com outras performances à mistura. “All from Heart – Music Sharing” acontece a partir das 20h00 no bar que fica no Hotel Ascott, nos NAPE. A organização lança um desafio: quão bem conhece as bandas de Macau? Assim, pretende apresentar alguns dos grupos independentes do território, mas também de Hong Kong. “Convidamos algumas boas bandas, DJs e performances de bartenders”, pode ler-se na página do Facebook do Heart Bar. Entre os convidados estão os Crosslines, grupo fundado em 2009 com cinco membros. Rock é o estilo que Gary, Yu, Ray, Ng e Carina apresentam. Os Pink Elephant são outros dos convidados: a banda, direccionada também para o Rock, tem músicas originais e covers de clássicos do Pop, Rock e até Reggae. Zenith chega com a promessa de Rock alternativo. Fundada em 2013, a banda conta com Jason Loi na bateria, Chanpong Lam, Wai Yu Si e Dash Lao nas guitarras, Lugus Hoi no baixo e Chi Lap Lei nas teclas, tudo acompanhado com as vozes de Hyun Tak e Justin Mok. De Hong Kong chega a banda All in One, com o DJ 421 a fechar as hostes, numa festa que dura até à meia-noite com House. Os bilhetes para a festa custam 150 patacas se comprados antecipadamente e 180 à porta, ambos com direito a duas bebidas. As reservas podem ser feitas na página do Facebook do Heart Bar.
Joana Freitas Manchete SociedadeAcidente | Pedida proibição de autocarros na Rua da Entena. Mulher em risco de vida [dropcap style=’circle’]U[/dropcap]ma mulher que foi operada depois do acidente com um autocarro que vitimou 32 pessoas entrou em coma. A vítima, de 46 anos e que vinha numa excursão de Shenzen, foi operada a um trauma craniofacial e está “em estado crítico”, de acordo com um comunicado do Executivo. As repercussões do acidente, que ocorreu na Rua da Entena, já levaram a diversos pedidos de proibição da circulação de autocarros naquela estrada. Na segunda-feira, 32 pessoas foram transportadas para o S. Januário e para o Kiang Wu após um acidente que envolveu um autocarro de turismo. Pelo que as autoridades apuraram até agora, o condutor do veículo, “local e com anos de experiência”, terá saído do autocarro para verificar eventuais danos que um outro carro teria feito à traseira do pesado que conduzia. Foi aí que o autocarro desceu a Rua da Entena e foi embater contra o pilar de um prédio, que teve também de ser evacuado devido aos danos. Dez das 32 pessoas assistidas continuam hospitalizadas, com uma das vítimas em estado crítico e duas outras em observação na UCI mas em “estado clínico estável”. Sete mantêm-se em observação, mas também estão estáveis. Uma das vítimas, com 73 anos de idade, já teve alta hospitalar. Peso desequilibrado Ontem, a PSP indicou que, segundo câmaras de vigilância no local, um pequeno camião branco parou atrás do autocarro de turismo, suspeitando-se que tenha atingido a traseira do autocarro. O motorista saiu para observar os danos e, ao mesmo tempo, os passageiros “começaram a entrar no veículo”, o que levou, segundo a PSP citada pela publicação Macau Concealres, a que o veículo ficasse pesado e avançasse de repente. O motorista, que está a ser questionado pelas autoridades por condução perigosa de meio de transporte, assegurou ao Jornal Ou Mun puxou o travão de mão quando estacionou o veículo. As autoridades dizem que ainda estão a investigar a concreta razão do acidente, mas o caso já levou a diversos pedidos de associações como a União Geral das Associações dos Moradores de Macau (UGAMM ou Kaifong), que querem a proibição de autocarros de grande dimensão na Rua da Entena. Segundo o canal chinês da rádio, os Kaifong consideram que a rua é demasiado estreita para se permitir a passagem de autocarros. Também Lam U Tou e Ho Ion Sang concordam. O vice-presidente da Associação Choi In Tong Sam diz mesmo que, diariamente, cerca de uma centena de autocarros turísticos passam na Rua da Entena “a horas de ponta”. Já o deputado fala em diversos acidentes semelhantes, com os mais recentes a serem cada vez mais graves. “Depois de um acidente tão severo, o Governo deve tomar uma decisão para tratar do problema de haver muitos autocarros turísticos a parar nesta rua, para ir buscar os turistas”, frisou Lam U Tou. “O local é um percurso turístico para as Ruínas de São Paulo e todos os dias passam lá autocarros turísticos. No passado já aconteceram vários acidentes semelhantes, por isso devem ser proibidos os autocarros [na rua]”, acrescentou Ho Ion Sang. Ho Ion Sang relembra casos em 2006, quando um autocarro turístico bateu numa loja e um trabalhador ficou ferido, em 2009, quando um veículo deste tipo bateu noutros dois autocarros quando estava a descer a rua e provocou 45 feridos, e um de 2012, quando um outro autocarro bateu numa loja no local. O proprietário da farmácia chinesa que foi vítima do acidente disse também ontem que são constantes os autocarros que batem no letreiro exterior dos espaço e nas instalações de ar-condicionado, apesar dele ter colocado sinalização para evitar os choques. O responsável espera agora uma compensação do Governo. O acidente de segunda-feira levou também à evacuação de um prédio, que está agora a ser analisado devido à possibilidade da estrutura estar demasiado danificada para que as 21 fracções sejam ocupadas em segurança. Até ontem, ao meio-dia, sete agregados familiares foram apoiados pelo IAS, tendo sido alojados no Centro de Sinistrados. Dez outras pessoas foram temporariamente alojadas em hotéis.