China | Bancos alertam para aumento do crédito mal parado

Cada vez mais os chineses têm dificuldade em saldar as suas dívidas. Quem o diz são os gigantes bancários do país que alertam para o aumento do crédito mal parado

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s quatro maiores bancos estatais chineses anunciaram um aumento do crédito mal parado, no primeiro semestre do ano, numa altura em que a economia chinesa cresce ao menor ritmo do último quarto de século. Em comunicado enviado à bolsa de Hong Kong, o ICBC, o maior banco do mundo em capitalização em bolsa e por depósitos, revelou que a taxa de incumprimento entre os devedores em Junho, subiu para 1,55%, acima do valor registado no mesmo mês do ano passado, de 1,50%.
A mesma nota detalha que, no primeiro semestre, os lucros do banco subiram 0,8%, em termos homólogos.
Os três outros gigantes estatais anunciaram também um aumento no crédito mal parado, à medida que Pequim recorre a crédito barato visando impulsionar o crescimento económico.
O Banco da China, o mais utilizado para troca de divisas estrangeiras, disse na terça-feira que a quantidade de crédito malparado subiu para 1,47%, no final de Junho, acima do valor de 1,43% registado em Dezembro 2015.
Na semana passada, o China Construction Bank, o segundo maior credor do país, anunciou um aumento da taxa de incumprimento de 0,05%, para 1,63%, enquanto o Agricultural Bank of China fixou aquela cifra em 2,40%, ligeiramente acima do registado no ano passado.
No final do ano passado, o endividamento da China atingiu os 168,48 biliões de yuan o equivalente a 249% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo estimativas da Academia de Ciências Sociais da China. A mesma fonte diz ainda que o maior risco reside no sector corporativo não financeiro, no qual a proporção da dívida em relação ao PIB é estimada em 156%, incluindo as dívidas contraídas por mecanismos de financiamento dos governos locais.
Em Junho passado, um funcionário da Comissão Reguladora do Sistema Bancário da China revelou que nos últimos três anos, os bancos do país amortizaram mais de 300.000 milhões de dólares em crédito mal parado, mais de três vezes o valor do resgate económico acordado em 2011 entre o Governo português e a “troika”.
A economia chinesa cresceu 6,9%, em 2015, o ritmo mais lento dos últimos 25 anos.

1 Set 2016

Sócia da Uber fecha acordos com 50 empresas de táxis

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] aplicativo de transporte chinês Didi Chuxing, que este mês adquiriu as operações da Uber na China, assinou ontem acordos de cooperação com 50 companhias locais de táxis, prevendo ampliar as suas operações conjuntas.
Os acordos prevêem que o Didi Chuxing disponibilize às empresas os pedidos dos utilizadores do seu aplicativo móvel e a informação recolhida pela sua unidade de ‘big data’ (processamento em massa de dados dos clientes), para melhorarem a sua eficiência.
As 50 empresas que se aliaram ao Didi Chuxing, uma firma na qual a Apple investiu 1.000 milhões de dólares em Maio passado, operam numa dezena de cidades chinesas, entre as quais Pequim e Xangai.
Com este modelo, a empresa chinesa inclui no seu aplicativo os serviços de 1,8 milhões de taxistas, em 380 cidades, e de condutores privados, em 400.
A firma, que tem uma quota de quase 90% do mercado chinês, recebendo por dia cerca de 16 milhões de pedidos, garante que melhorou o sistema para solicitar um táxi, permitindo saber a distância entre os clientes e os condutores, estado do trânsito, e a oferta e procura.

1 Set 2016

China | Demolido um dos maiores altos-fornos do noroeste do país

[dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m dos maiores altos-fornos do noroeste da China, utilizado na produção de ferro, foi ontem demolido, numa altura em que a segunda maior economia mundial tenta eliminar o excesso de capacidade de produção no sector secundário.
Segundo a agência noticiosa oficial Xinhua, 200 trabalhadores iniciaram a demolição do alto-forno número 2 do Baogang Group, uma estrutura com meio século de existência e 1.800 metros cúbicos de dimensão.
A sua capacidade de produção anual está fixada em 1,33 milhões de toneladas de ferro
No conjunto, a estrutura do forno, oleodutos e outras partes da construção pesam 10 mil toneladas, segundo técnicos responsáveis pela demolição, citados pela Xinhua.
É o maior forno a ser demolido na China, desde que Pequim anunciou um plano designado “reforma do lado da oferta”, que visa reduzir o excesso de capacidade na indústria pesada, refere a agência.
No ano passado, o maior grupo especializado em exploração de carvão, no noroeste da China, anunciou que vai eliminar 100.000 postos de trabalho até 2018, para “tentar minimizar os prejuízos”, num dos maiores despedimentos em massa registados no país nos últimos anos.
De acordo com o Ministério de Recursos Humanos e Segurança Social da China, só nas indústrias do carvão e do aço, a China deverá extinguir 1,8 milhão de empregos.
Depois de três décadas a crescer em média quase 10% ao ano, a China cresceu 6,9%, no ano passado, o ritmo mais lento do último quarto de século, enquanto o rápido processo de urbanização regista sinais de abrandamento.
Pequim quer transformar o sector dos serviços e o consumo interno nos novos motores de crescimento económico.

1 Set 2016

Direitos Humanos | HRW apela ao G20 para pressionar a China

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s líderes dos países membros do G20, que se reunirão na próxima semana na China, devem apelar ao Governo chinês para que acabe com a repressão “implacável” sobre activistas chineses, defendeu a organização não-governamental Human Rights Watch (HRW).
Numa carta dirigida aos líderes das maiores economias do mundo, a organização de defesa dos Direitos Humanos apela ainda para o protesto contra as restrições impostas por Pequim à participação de grupos da sociedade civil na Cimeira do G20.
“O desprezo da China por activistas é evidente na repressão levada a cabo no seu território e nas restrições impostas durante a Cimeira do G20”, afirma em comunicado divulgado ontem Sophie Richardson, directora para a China da Human Rights Watch.
“É importante que os líderes do G20 chamem a atenção, publicamente e em privado, para as práticas abusivas da China, ou então que partilhem da culpa pelo vergonhoso tratamento dado aos activistas durante a Cimeira”, acrescentou.

Controlo apertado

A organização aponta os esforços chineses para reprimir a sociedade civil, incluindo sobre manifestantes anti-corrupção ou activistas pelos direitos dos trabalhadores, recorrendo a ameaças e perseguição, ou a leis restritivas, como a nova directriz que limita a actuação das organizações não-governamentais.
Durante a liderança do actual Presidente chinês, Xi Jinping, as autoridades reforçaram o controlo sob académicos, advogados e jornalistas.
A carta foi enviada para a Argentina, Austrália, Canadá, União Europeia, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Japão, México, Coreia do Sul, Reino Unido e Estados Unidos da América.
“Se o G20 quer seriamente ouvir grupos da sociedade civil, os seus líderes devem então visitar as prisões chinesas, e não as salas de conferências de Hangzhou”, apontou Richardson.
“Permitir que a China receba este evento e permanecer em silêncio sobre os abusos irá enviar ao Governo chinês – e às pessoas na China – uma mensagem completamente errada”, apontou.
Ao contrário dos governos e da opinião pública dos países mais ricos, que tendem a enfatizar a importância da liberdade política individual, as autoridades chinesas defendem “o direito ao desenvolvimento” como “o mais importante dos direitos humanos”.

1 Set 2016

China | Trabalhadores de férias e fábricas fechadas para G20

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]s autoridades estão a preparar-se para a chegada da cimeira do G20, que reúne 20 potências económicas na China. Ordenaram aos trabalhadores que gozassem férias de 1 a 7 de Setembro e pediram que o fizessem, de preferência, fora da cidade. Algumas fábricas vão fechar durante 12 dias bem como estabelecimentos na baixa do município de Hangzhou, de acordo com informação veiculada em conta oficial nas redes socais. Todos os esforços são no sentido de diminuir os níveis de poluição e permitir um céu azul.
Esta não é a primeira vez que a China tenta aliviar os índices de poluição com o encerramento obrigatório de algumas fábricas em várias das principais cidades. A última vez que tal aconteceu foi no ano passado, por ocasião de uma grande parada militar para assinalar o aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial. Desde esse dia a atmosfera limpa foi baptizada, pelos chineses, como “azul parada” fazendo eco do “azul APEC” que puderam apreciar em 2014, antes da cimeira do grupo de Cooperação Económica Ásia-Pacífico em Pequim
Por estes dias a ordem para encerramento abrange as unidades de produção de químicos, materiais de construção e manufactura de têxteis que se estendem de Xangai a outras quatro províncias, de acordo com páginas oficiais da internet.
Para além de tentar despoluir o ambiente, as autoridades tentam também descongestionar o trânsito e permitir que a circulação seja mais fácil.
A Cimeira realiza-se nos dias 4 e 5 de Setembro.

31 Ago 2016

Anterior chefe máximo do Tibete nomeado para Xinjiang

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Partido Comunista da China (PCC) anunciou a nomeação de Chen Quanguo como novo responsável máximo da organização na região autónoma de Xinjiang depois deste ter ocupado, até à data, aquele cargo no Tibete. Estas são as duas regiões chinesas mais vulneráveis ao separatismo.
O Tibete foi ocupado por tropas chinesas em 1951. A 14 de Março de 2008 várias manifestações degeneraram em violência em Lassa, capital da região autónoma, e em locais onde residem minorias tibetanas, causando 21 mortos, de acordo com Pequim, e mais de 200, segundo o governo tibetano no exílio.
Chen Quanguo que é da etnia chinesa maioritária han, assumiu o cargo de secretário-geral do PCC, o mais importante nas regiões autónomas chinesas, no Tibete em 2011. Desde então, “a região permaneceu estável e alcançou um rápido crescimento económico”, referiu o jornal oficial China Daily.
A sua chegada a Xinjiang, palco dos mais violentos conflitos étnicos registados nas últimas décadas na China, ocorre num período em que Pequim intensifica a luta contra o “separatismo” nesta região habitada pela minoria étnica chinesa de origem muçulmana uigur e a maioria han, predominante em cargos de poder político e empresarial regional.
Peritos e grupos de defesa dos Direitos Humanos consideraram que a política repressiva de Pequim relativamente à cultura e religião dos uigures alimenta as tensões étnicas. O Governo chinês acusa o que considera ser grupos separatistas exilados, como o Movimento Islâmico do Turquestão Oriental, de estar por detrás dos ataques terroristas ocorridos no Xinjiang.”Prevenir actividades terroristas tem sido o maior desafio para os altos funcionários no Xinjiang, que tem sido a linha da frente da China no combate ao terrorismo”, apontou o China Daily.
Chen substituiu Zhang Chunxian que foi nomeado secretário do PCC no Xinjiang, em 2010, meses após terem acontecido tumultos entre uigures e han de onde resultaram cerca de 200 mortos e 1.700 feridos.
O PCC anunciou também a substituição dos secretários gerais das províncias de Hunan e Yunnan no sul do país, por dois aliados do Presidente chinês, Xi Jinping, que trabalhou junto com este na sua época como principal responsável do partido em Xangai, a “capital” económica da China.
 

31 Ago 2016

Alegado assassino em série capturado

O alegado autor de 11 assassinatos na China e na Mongólia foi detido, na sexta-feira, na província de Gansu. O homem assumiu a autoria de crimes cometidos entre 1988 e 2002. As vítimas eram mulheres jovens, vestidas de vermelho. A sua identificação foi um golpe de sorte

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]polícia de Gansu, província do noroeste da China, capturou um alegado assassino em série, acusado de ter violado e assassinado 11 vítimas, entre as quais uma menina de oito anos, avançou a imprensa estatal.
Gao Chengyong, de 52 anos, foi detido na sexta-feira, quando se encontrava num supermercado, na cidade de Baiyin, onde ocorreram nove dos 11 assassinatos. De acordo com o ministério de Segurança Pública da China, o suspeito confessou os crimes, cometidos entre 1988 e 2002, em Gansu e na região autónoma da Mongólia Interior.
A polícia alega que todas as vítimas de Gao correspondiam a um perfil: raparigas novas, que vestiam roupa vermelha na altura em que ocorriam as mortes. O assassino seguia as vítimas até à casa onde elas moravam com o propósito de as violar, matar e mutilar. Segundo relatos na imprensa chinesa, as notícias sobre os assassinatos terão causado uma onda de pânico na região, levando a que muitas mulheres deixassem de sair de casa sozinhas. Em 2004 as autoridades ofereciam uma recompensa a quem desse informações sobre o autor dos crimes, mas sem efeito.
Devido ao “modus operandi” de Gao, que envolvia mutilar as vítimas, a imprensa chinesa refere-se a este como “Jack, o Estripador” da China, numa referência ao assassino em série não identificado que agia em Londres, no final do século XIX.
Em Lisboa, na década de 90 também um assassino foi denominado “estripador”. Na altura foram mortas três prostitutas em Lisboa. A identidade do autor permanece desconhecida.
Segundo a polícia que traçou o perfil do autor, “O suspeito tem uma perversão sexual e odeia mulheres”, acrescentando que “vive só, não é sociável, mas é paciente”.
A polícia acabou por identificar o autor dos crimes através da recolha do ADN, impressões digitais e pegadas. Acontece que quem foi detido e sujeito a exames periciais foi um familiar do presumível autor, um tio. Detido em Março por crimes menores foi sujeito a testes de ADN que acabaram por coincidir com as provas recolhidas nos locais dos crimes do “estripador”. Depois de feita uma triagem, as autoridades chegaram até Gao, que assumiu a autoria dos crimes. Depois da sua detenção a região respira de alívio.

30 Ago 2016

Cinco milhões para sondagem geotécnica

O Laboratório de Engenharia Civil de Macau está encarregue da sondagem geotécnica no solo da Avenida de Venceslau de Morais, onde vai nascer habitação pública. A entidade vai receber 5,7 milhões de patacas pelo serviço, de acordo com um despacho ontem publicado em Boletim Oficial. Este será o primeiro passo para a construção de prédios de habitação pública no local onde está actualmente a Central Térmica da CEM, na Areia Preta.

30 Ago 2016

Barco afunda com cinco pessoas a bordo

Um barco afundou ontem ao largo do Terminal Marítimo do Porto Exterior. Os cinco tripulantes a bordo foram resgatados e já estão em casa. O acidente deveu-se à quebra do braço do guindaste da embarcação, que fazia obras de manutenção das bóias, e que fez tombar o barco, levando a que se afundasse. A circulação de ferries foi afectada, mas volta hoje ao normal. Os cinco homens estão todos bem. Apenas um foi encaminhado para o hospital apresentando ferimentos numa mão. O acidente provocou atrasos na circulação de barcos e 22 embarcações foram afectadas. A navegação será reposta hoje, ao final da tarde, após ser retirado o barco que afundou. Até lá os ferries fazem um desvio que demora mais dez minutos que o normal. Os homens a bordo, com idades entre os 18 e os 55 anos, eram todos do continente, para onde foram transportados depois de serem assistidos no hospital público.

30 Ago 2016

Pequim | No regresso às aulas, prédios degradados valem milhões

[dropcap style=’circle’]E[/dropcap]maranhados de fios eléctricos, paredes descascadas, rabiscadas com anúncios, e tralha amontoada nas escadas: são estes os “atributos” de um dos mais caros bairros de Pequim, cujo preço por metro quadrado ronda os 11.000 euros.
Construído nos anos 1980, o bairro número 42 da Dongzhongjie é uma herança do passado operário da capital chinesa, com as paredes de tijolo nu e as escadas em betão a dar-lhe um aspecto inacabado.
O pátio resume-se a um espaço estreito, sem verde, quase todo ocupado por automóveis.
Um detalhe, contudo, torna este lugar apetecível: a propriedade aqui confere, à criança do comprador, vaga numa das melhores escolas básicas de Pequim, a Shijia Shiyan.
Os alunos daquele estabelecimento de ensino “têm maiores probabilidades de acesso directo à prestigiada Beijing Erzhong (Escola Secundária Número Dois de Pequim)”, explica Xing, um agente imobiliário local.
A Beijing Erzhong aceita todos os anos cerca de 800 alunos; muitos são filhos de quadros do Governo.
É assim que, naquele quarteirão degradado, um T1 de 58 metros quadrados custa 4,6 milhões de yuan, bem acima do metro quadrado mais caro de Lisboa – cerca de sete mil euros.
“E vende-se muito bem!”, afirma Xing, que garante que, só no último mês, a sua agência negociou quatro apartamentos naquela área. “Comprar casa aqui é a única forma de obter uma vaga na Shijia Shiyan”, garante.
O fenómeno, comum às grandes cidades da China, desvirtua os princípios do ensino público gratuito no país, um legado da revolução comunista e visto como “crucial à meritocracia chinesa”.
“A política que garante ao aluno vaga na escola básica da sua área de residência foi pensada para que houvesse igualdade no sistema”, explica à Lusa Lu Xiaoli, investigadora na área da Educação.
Mas, o que acontece é “apenas outra forma de injustiça”, realça.
“Os filhos das famílias que não conseguem pagar por uma casa nas imediações das melhores escolas são excluídos”, acrescenta.
Fruto da pressão gerada por mais de 30 anos da política de filho único, os casais chineses investem, em média, dois terços dos seus rendimentos na educação dos filhos, segundo estimativas chinesas.
Zhang Jian, por exemplo, vendeu o apartamento de 110 metros quadrados onde vivia há 10 anos, no norte do município de Pequim, por 230 mil euros, e comprou um T1 de 56 metros quadrados por 340 mil euros, no centro da capital.
“Não quero que a minha filha seja inculta como eu”, explica à Lusa.
Numa das sociedades mais competitivas do mundo, garantir que a criança frequenta uma escola básica prestigiada é, porém, apenas o início de um dispendioso percurso.
De acordo com um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), a República Popular da China é o país com mais estudantes além-fronteiras – 459.800, o dobro de há dez anos.
Mais de metade – 273.439 – frequentam universidades norte-americanas, apesar dos custos elevados.
Consultada pela Lusa, uma conhecida agência chinesa que intermedeia a ida de estudantes para os EUA, estimou os gastos entre 35.000 e 65.000 dólares por ano lectivo.
De um total de quase dez milhões de adolescentes que este ano se submeteu ao Gaokao – o exame de acesso ao ensino superior na China – apenas 3,25 milhões conseguiram entrar na universidade.
E, entre aqueles, só alguns milhares obtiveram vaga numa universidade chinesa de topo, garantia de um bom futuro profissional ou académico.
Perante estes números, Zhang Jian faz prontamente as contas: “Gastei um pouco de dinheiro, mas se a minha filha não frequentasse uma boa escola, as perdas seriam para toda a vida”.

30 Ago 2016

Profissionais partilham experiências sobre Moda

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]importância da “diversificação de culturas dos jovens”, a “especialização numa área concreta” e a capacidade de introduzir “a modernidade” foram alguns dos conselhos deixados por especialistas na área da Moda. No seminário “Fashion Talk”, que decorreu no sábado no Museu de Arte de Macau, Xander Zou, designer no interior da China, Trunk Xu e Nic Lei partilharam experiências com Macau.
Xander Zou foi o primeiro chinês a entrar no programa oficial da semana de Moda masculina de Londres. Trunk Xu é fotógrafo e Nic Lei, mestre de maquilhagem colaborador com a Semana Internacional de Moda realizadas em Macau, Pequim e Xangai.
Os três falaram perante uma plateia de criadores de marcas e designers e partilharam experiências, nomeadamente sobre o funcionamento das marcas de produtos e a cooperação comercial entre sectores. Ferramentas que podem ajudar a levar o nome destes novos empresários mais longe, dizem.
Xander Zhou disse que a “diversificação de culturas dos jovens é o foco da nossa era e que a Moda já vai muito mais além do diálogo espacial entre o palco de desfile e os espectadores”. Já Nic Lei sugeriu que, no processo de criação de uma marca de Moda, os designers de Macau sejam “especialistas numa técnica em especial, para além de estudar os outros conhecimentos profissionais da indústria, procurando ser especialistas e sabendo introduzir o elemento de modernidade”.
Na perspectiva de Trunk Xu, “a indústria da Moda exige constantemente forte elemento de modernidade, podendo o visual do empacotamento valorizar uma marca singular”. 
O Fundo das Indústrias Culturais (FIC), uma das entidades organizadoras, pretende com estes colóquios o desenvolvimento das actividades de design de Moda e vestuário e da criação da própria marca. Os profissionais presentes, todos experientes, ajudaram os mais novos, partilhando histórias, experiências e “cedendo importantes ferramentas, para que o desenvolvimento deste sector, um ramo importante das indústrias culturais, chegue a bom porto, difundindo a imagem de Macau além fronteiras e dando estímulo ao desenvolvimento de marcas Made in Macau”, indica o Governo .

29 Ago 2016

Chefe das Estatísticas chinês expulso por abuso de poder

O antigo “número um” do gabinete de estatísticas chinês foi expulso do Partido Comunista por gostar de luxo e usar a sua posição para obter favores sexuais. A notícia foi avançada na sexta-feira por uma comissão oficial

[dropcap style=’circle’]W[/dropcap]ang Baoan dirigiu até Janeiro o gabinete nacional de estatísticas, organismo encarregue de calcular e anunciar os indicadores económicos do país. Durante esse mesmo mês, foi-lhe aberto um inquérito que chegou à conclusão que Wang agia “desprovido de qualquer fé política”. O comunicado em que se revela as conclusões da investigação, foi feito pela comissão central de inspecção disciplinar, o órgão anti-corrupção do Partido Comunista Chinês (PCC). Segundo este mesmo relatório, Wang Baoan “participava regularmente em actividades supersticiosas, violava gravemente as regras e a disciplina política e expressou opiniões contrárias às do comité central do PCC sobre questões maiores”, indicou. A exactidão das estatísticas económicas chinesas foi questionada regularmente, e alguns argumentaram que até podiam ter sido alvo de manipulação política.
Wang é o último alvo da vasta campanha anti-corrupção levada a cabo por Pequim, desde a chegada ao poder do presidente Xi Jinping em 2013. Uma operação por vezes suspeita de servir as intensas lutas de poder internas no PCC.
A comissão descreveu Wang Baoan como um homem “em falência moral”, apreciador de hotéis de luxo, amante de divertimentos dispendiosos e que usava a sua posição para obter favores sexuais. “Wang aceitou presentes e dinheiro e usou a sua influência para conseguir benefícios e vantagens comerciais para familiares e outras pessoas, sendo suspeito de corrupção”, de acordo com o mesmo comunicado.
O dossier de Wang Baoan vai ser entregue à Justiça, mas por regra, os inquéritos internos do PCC terminam com a exclusão do partido, uma condenação e pena de prisão.
Em Julho foi a vez do antigo braço direito do presidente chinês, Hu Jintao, ter sido apanhado e condenado a prisão perpétua. Ling Jihua um dos representantes mais destacados, foi acusado de abuso de poder e obtenção de segredos de estado ilegalmente.
Na altura da condenação a agência Xinhua adiantou que, Ling tinha aceite subornos no valor de 11 milhões de dólares, pessoalmente ou com a conivência de familiares. O antigo alto funcionário aceitou a condenação.
De referir que Ling Jihua foi durante anos um nome sonante nas listas para a nomeação a cargos públicos. A sua queda começou quando tentou encobrir a morte do filho, ao volante de um Ferrari, em excesso de velocidade. Afastado para cargos menores, acabou por ser alvo de uma investigação, que culminou com a sentença e a sua prisão.
Desde que chegou ao poder em 2013, o Presidente chinês montou uma caça aos infractores, revelando mão pesada para todos os que ousam não respeitar as regras. Wang Baoan é o último caso tornado público.

29 Ago 2016

Li Keqiang vai a Cuba e Setembro

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, vai visitar Cuba no próximo mês e leva na mala a assinatura de vários acordos. O anúncio foi feito no fim-de-semana, no final da XXVIII Comissão Intergovernamental para as relações económicas entre os dois países, que decorreu em Havana. Entretanto, o Governo de Pequim continua a afirmar-se como segundo parceiro comercial do Governo de Havana.
O ministro do Comércio Externo e Investimento Estrangeiro de Cuba, Rodrigo Malmierca, que afirmou que o seu país e a China têm uma “visão estratégica de futuro”, adiantou que ambas as partes preparam as condições para a próxima visita do primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, à ilha, segundo os ‘media’ oficiais. No entanto não foi avançado nenhuma data para o encontro.
O ministro assinalou que o investimento chinês já começou a manifestar-se no mercado da ilha, e que trabalham, de forma conjunta, com uma projecção de “médio e longo prazo para impulsionar as relações económicas” com base nos planos que ambos os países elaboraram até 2030.
No final da reunião, Malmierca e o vice-presidente de Negociações Comerciais Internacionais do Ministério do Comércio chinês, Zhang Xiangchen, que lideraram as conversações, assinaram as actas de três projectos já executados. Estes projectos de cooperação destinaram-se ao fornecimento de equipamentos de medição de água, ao saneamento de Havana e à implantação da televisão digital na ilha.
Em Julho de 2014, durante a visita de Estado do Presidente chinês, Xi Jinping, à ilha, foram assinados 29 acordos de cooperação que ampliaram o alcance das relações económicas bilaterais. A China figura como o segundo parceiro comercial de Cuba.

29 Ago 2016

Coreia | Seul e Washington atentos a submarinos do Norte

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Coreia do Sul e os EUA acordaram partilhar informação para um acompanhamento mais exaustivo do programa de submarinos da Coreia do Norte, depois do lançamento, com êxito, a semana passada, de um míssil balístico a partir de um submergível.
Os dois aliados estudam já mecanismos para analisar e partilhar dados sobre o ambiente subaquático nas águas da península coreana, segundo explicou fonte do Ministério da Defesa sul-coreano à agência de notícias Yonhap.
As águas em território sul-coreano estariam incluídas nesse âmbito, em que o objectivo passa por analisar com especial atenção tudo o que sucede nas proximidades de Sinpo, província norte-coreana de Hamyong do Sur (nordeste), onde o regime de Kim Jong-un tem a sua maior base de submarinos e desenvolve o seu programa de mísseis SLBM.
“Os dados compreendem, por exemplo, as características topográficas, a temperatura da água, a profundidade ou as correntes. Uma análise detalhada de todas essas informações ajudará a detectar as actividades submarinas” da Coreia do Norte, disse a mesma fonte.
O interesse de Seul e de Washington relativamente ao programa de submarinos da Coreia do Norte cresceu nos últimos meses com os diversos lançamentos de mísseis balísticos a partir de submarinos (SLBM) que Pyongyang levou a cabo desde Dezembro.
Na semana passada um submarino norte-coreano realizou o lançamento de um míssil mais bem-sucedido até à data.
O projéctil, lançado a partir das imediações de Sinpo, percorreu aproximadamente 500 quilómetros e caiu em águas que correspondem à zona de identificação aérea do Japão.
Os avanços na tecnologia SLBM por parte da Coreia do Norte têm gerado alarme, já que o seu total desenvolvimento tornaria muito mais difícil detectar os seus lançamentos e aumentaria o alcance do arsenal de mísseis do Exército Popular norte-coreano, atendendo à natureza móvel dos submarinos.

29 Ago 2016

Gotas para os olhos retiradas de mercado

Todos os produtos de solução oftálmica vendidos pelo fornecedor de medicamentos de Wuhan Wujing Medicine vão ser recolhidos do mercado, por terem sido detectadas falhas pela entidade que regula esse sector. Segundo registos locais, o medicamente “Ribavirin Eye Drops – 8ml” vai ser recolhido do mercado e os Serviços de Saúde pedem a todos os utentes que aviaram esta receita para contactar o médico.

29 Ago 2016

Desemprego mantém-se nos 1,9%

A taxa de desemprego permaneceu sem grandes alterações entre o período de Maio a Julho de 2016. A informação é dada pelos Serviços de Estatística e Censos e o números apontam para uma taxa de 1,9%, dados semelhantes aos registados entre Abril e Junho deste ano. A população activa na RAEM totaliza 399.400 pessoas (72,5%) e a população empregada teve um aumento de 1600 pessoas comparativamente ao período anterior que foi registado foi essencialmente no sector do comércio e vendas a retalho. O sector do Jogo decresceu. A taxa de desempregados à procura do primeiro emprego registou um acréscimo de 6,5%, atingindo os 15,5% do total da população desempregada, subida que é atribuída à saída de novos licenciados para o mercado de trabalho.

29 Ago 2016

Casa de Angela Leong em HK foi arrombada

A casa de Angela Leong, directora-executiva da Sociedade de Jogos de Macau (SJM) e deputada, foi alegadamente arrombado no sábado. A polícia de Hong Kong já começou a investigação, mas ainda nenhum suspeito foi encontrado. Segundo o jornal Apple Daily de Hong Kong, a casa que foi arrombada fica na Repulse Bay Road, ocupa um área total de 12 mil metros quadrados e está em renovação. No sábado de manhã, a empregada doméstica da casa viu que a casa tinha sido remexida e denunciou o caso à polícia. Outra casa na mesma rua, propriedade do Cheng Yu-tung, bilionário que detém as Chow Tai Fook Enterprises, também foi arrombada no início do mês. A policia está a investigar se os dois casos foram perpetrados pela mesmo pessoa.

29 Ago 2016

Queixas de compra de imóveis aumentam 350%

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Conselho de Consumidores (CC) recebeu 832 queixas no primeiro semestre deste ano e no topo da tabela estão questões relacionadas com a compra de imóveis. Em comparação com o mesmo período do ano passado, foi registado um aumento de 350% nestes casos, sendo que 70% das 105 queixas dizem respeito à compra de casas na China por cidadãos de Macau.
No primeiro semestre foram registados um total de 3322 casos. Comparando com o mesmo período no ano passado, o número desceu 6,2%.
As cinco áreas onde se registaram o maior número de queixas são os imóveis, equipamento e telecomunicações, serviços de telecomunicações, transportes públicos e comida e bebidas.
Em relação às queixas com imóveis registadas na primeira metade de 2016, estas envolveram um montante de cerca de 36 milhões de patacas. Atendendo ao número elevado de queixas nesta área, o CC faz algumas considerações e dá conselhos: “escolher um edifício já construído e que tinha obtido a licença de uso e incumbir um advogado do local para examinar as cláusulas contratuais e vigiar o processo de transacção”.
Quanto às queixas referentes aos serviços de dados de telemóvel, o CC avança que “apesar de terem diminuído 25% comparativamente ao período homólogo do ano anterior, ainda se registaram 48 queixas das quais cerca de 20% se prenderam com tarifas dos serviços de dados”.
Quanto ao serviço de táxis foram 16 as queixas que deram entrada, sendo 12 referentes à cobrança abusiva de tarifa e à má qualidade dos serviços prestados. As queixas nesta área aumentaram “muito” se comparadas com o registado em 2015, que foi apenas dez casos.
Quem se queixou menos foram os turistas. Ao todo, houve 172 casos, registando uma diminuição de 3,5% em comparação com o período homólogo do ano transacto.

26 Ago 2016

Detido japonês de 16 anos por suspeita homicídio de menor

[dropcap style=’circle’]U[/dropcap]m japonês de 16 anos foi detido ontem pelo seu alegado envolvimento na morte de outro jovem da mesma idade, cujo corpo foi encontrado parcialmente enterrado no leito de um rio a norte de Tóquio, informou a polícia.
A vítima, Tsubasa Inoue, foi encontrada sem roupa no rio Toki, na cidade de Higashimatsuyama, prefeitura de Saitama, na manhã de 23 de Agosto.
O corpo de Tsubasa Inoue, residente da localidade vizinha de Yoshimi, não apresentava feridas externas e autópsia determinou que morreu afogado, segundo informações da polícia reproduzidas pela agência de notícias Kyodo.
O caudal do rio ficou alterado na segunda-feira, na sequência das fortes chuvas deixadas pelo tufão Mindulle à sua passagem pelo arquipélago japonês, o que permitiu que um homem, de 72 anos, que vive perto do local, encontrasse o corpo.
A polícia deteve um jovem como suspeito depois de o mesmo se ter apresentado numa esquadra e revelado que o crime teria sido cometido porque Inoue “mentia e ignorava chamadas e mensagens”, segundo indicou a polícia, em declarações reproduzidas pela televisão pública NHK.
As autoridades japonesas contam com um vídeo, no qual supostamente se pode ver um grupo de rapazes a obrigar a vítima a nadar nua no rio, informou a Kyodo.
O detido não foi identificado por ser menor – a idade de maioridade no Japão é 20 anos.
Outro rapaz que alegadamente se encontrava na cena do crime e que era conhecido da vítima enviou uma mensagem afirmando que tinha “matado uma pessoa”, segundo indicaram fontes da investigação à agência noticiosa.
A polícia interrogou vários menores, dos quais alguns admitiram o seu envolvimento no incidente, e continua a investigar a ligação entre os testemunhos e o crime.
O Japão é um dos países com menor taxa de homicídios do mundo, de acordo com o mais recente relatório sobre segurança da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE), publicado em 2015, e a criminalidade juvenil também diminuiu significativamente.

26 Ago 2016

Reveladas imagens de sonda chinesa que será enviada para Marte

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]China continua a investir no grandioso programa espacial e, recentemente, revelou imagens de uma sonda que tenciona enviar para Marte, até ao final da década, numa missão que enfrenta desafios “sem precedentes”, avançou esta quarta-feira a imprensa estatal.
Numa corrida contra o tempo, para recuperar o atraso face aos Estados Unidos, Pequim está a investir num ambicioso programa espacial e quer enviar uma sonda, “por volta de 2020”, para fazer a trajectória em torno da órbita de Marte e aterrar no planeta. Zhang Rongqiao, o responsável pelo projecto afirmou na terça-feira que o lançamento da nave deverá realizar-se em Julho ou Agosto desse ano, reforçando que “os desafios que enfrentamos não têm precedentes”, de acordo com a agência Xinhua.
O foguete propulsor Longa Marcha-5 será lançado desde o centro de lançamento de satélites de Wenchang, na ilha de Hainan, extremo sul do país, afirmou a Xinhua, que cita um consultor da missão. A sonda separar-se-á do foguete no final de uma viagem de cerca de sete meses, próximo da linha do Equador de Marte, onde esta irá explorar a superfície, acrescentou. Com 200 quilos, a sonda tem seis rodas e quatro painéis solares e vai funcionar ao longo de 92 dias. Tem como missão transportar equipamento como uma câmara e um radar para penetrar e estudar o solo o ambiente e a estrutura interna de Marte, visando procurar vestígios de água e gelo.
A China tem investido milhares de milhões de dólares no desenvolvimento de um programa espacial, que Pequim vê como símbolo do progresso do país e um marco na sua ascensão global. A primeira sonda lunar chinesa foi enviada em 2013, e apesar de ter sofrido problemas mecânicos, ultrapassou em muito a durabilidade prevista, tendo sido encerrada no início deste mês.
Grande parte do programa da China é, contudo, um replicar das actividades desenvolvidas pelos EUA e a antiga União Soviética, há várias décadas. Os EUA enviaram já duas sondas para Marte, e a Agência Espacial Europeia e a União Soviética também efectuaram missões semelhantes.

26 Ago 2016

ADM reabre em Setembro com preços actualizados

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Associação dos Macaenses (ADM) espera abrir portas até ao final do mês de Setembro. Depois de ter estado fechada para obras profundas, Miguel Senna Fernandes admite que os preços das quotas e da cantina vão aumentar, mas espera que aquele continue a ser um espaço de convívio para sócios e amigos.
Foi um longo percurso desde que fecharam portas até ao presente momento. Mas as obras de remodelação na ADM estão concluídas, “faltando apenas uma vistoria oficial e a colocação do material da cantina e de escritório”, refere o presidente da Associação, Miguel Senna Fernandes.
Conhecida como espaço de convívio e sobretudo referenciada pela cantina, a Associação estava há já algum tempo a precisar de ter “cara lavada” e fechar foi uma decisão que teve de acontecer, frisa o responsável.
O período foi-se arrastando devido a questões burocráticas como licenças e vistorias. “À medida que os problemas apareciam fomos resolvendo mas a verdade é que atrasou tudo.”
Durante o tempo em que as obras decorriam, a Associação manteve-se a funcionar mas, num espaço muito reduzido, onde não era possível desenvolver as actividades do costume. “Ter a sede fechada causou grandes constrangimentos e tivemos de suspender muitas actividades”, acrescenta.
“Como em Outubro se festejam 20 anos de existência, a ADM gostaria que a festa já acontecesse no novo espaço”.
O espaço é o mesmo mas sofreu algumas alterações, “tudo para respeitar as normas previstas”. Com capacidade para acolher o mesmo número de pessoas, vai ser ajustada cantina, que terá algumas novidades. “Reajustamos os preços que já estavam desactualizados”, no entanto, o valor dos aumentos ainda não foi discutido.
As quotas também vão ser aumentadas. “Estamos a tentar alterar os cartões dos associados para que, através de acordos com empresas de prestação de serviços, possam ter alguns descontos.”
Ao todo são cerca de mil os sócios, mas “há mais umas 400 pessoas que também aqui vêm e que continuam a ser bem-vindas”, indica o presidente da ADM. “Estivemos encerrados tanto tempo que espero que as pessoas não tenham perdido o hábito de aqui vir.”
Quanto às obras no Costa Nunes, Miguel Senna Fernandes diz que “as pinturas já foram concluídas e falta fazer limpezas”. Acredita que a 7 de Setembro o jardim-de-infância possa estar preparado para abrir portas. O início do ano escolar é exactamente nesse dia. “Mas informaremos a imprensa quando tivermos a certeza da data da abertura até para sossegar os pais das crianças”, conclui.

26 Ago 2016

CCM | Companhia espanhola traz “Carmen” em Novembro

A Companhia Nacional de Dança de Espanha regressa ao CCM para apresentar “Carmen”, pela mão do coréografo sueco Johan Inger. O espectáculo vai estar em palco a 4 de Novembro e os bilhetes à venda a partir de domingo

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]bailado clássico “Carmen” vai estar em Macau no palco do Centro Cultural de Macau (CCM) a 4 de Novembro. Um espectáculo coreografado pelo sueco Johan Inger, que deu um cunho pessoal e “uma visão pura e descontaminada”, segundo o CCM, à adaptação do clássico de Bizet e que chega pela mão da Companhia Nacional de Dança de Espanha.

Se hoje “Carmen” é um êxito incontestável e considerado uma referência, aquando da sua estreia, em Março de 1875, as críticas foram duras. Aliás, a peça só se tornou um êxito quando estreada em Viena, sete meses depois da primeira exibição, já o autor tinha morrido.

Numa mistura entre a partitura original e a música contemporânea, esta história é contada a partir dos olhos de um rapazinho inocente. O enredo, com duração de 90 minutos, debruça-se sobre um triângulo amoroso, que é a génese do conto, composto por Don José, o principal guarda prisional, a sensual Carmen e o matador, que nesta adaptação surge com um visual mais contemporâneo assumindo o papel de uma estrela pop.

Embora carregada de emoção, a história pelos olhos do coreógrafo John Inger “assume uma versão sóbria e contemporânea, com uma referência subtil aos anos 60”. Foi exactamente com este registo que John Inger recebeu o prémio Benois de la Danse, em 2016. Criado pela Associação Internacional de Dança de Moscovo em 1991, este é um dos prémios mais prestigiados no ballet.

Com história

A Companhia Nacional de Dança de Espanha foi fundada em 1979 e é considerada de “classe mundial desenvolvida através de um vasto repertório levado à cena por uma série de conceituados directores artísticos e coreógrafos, como Nacho Duato que dirigiu a Companhia ao longo de 20 anos”.

Actualmente à frente desta companhia está o antigo bailarino principal do Ballet da Ópera de Paris José Carlos Martinez. “A companhia exibe um versátil elenco e uma equipa criativa”.

Este espectáculo de “inveja e ciúme” pode ser visto a 4 de Setembro e os bilhetes comprados nas bilheteiras do CCM e na Rede Bilheteira de Macau.

26 Ago 2016

Rota da Seda inspira dança clássica no CCM

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]bailado “Noite de Luar de Haojiang – Rota da Seda” vai subir ao palco do Centro Cultural de Macau (CCM), nos dias 16 e 17 de Setembro, pelas 20h00. Os bilhetes estão já à venda na Bilheteira Online de Macau.
“Noite de Luar” é uma criação do dramaturgo Yang Wei e vai ser interpretado pelo Grupo de Artes de Shaanxi e pela Companhia de Canto e Dança de Shaanxi.
O espectáculo inclui personagens que representam exploradores, guias, enviados, comerciantes, pacificadores e vagabundos, entre outros, “numa metáfora abstracta aos feitos históricos de Xuan Zhuang, Kumarajiva, Zhang Qian, Ban Chao, Gan Ying, Marco Polo, Meng Tian, Wei Qing, Huo Qubing, General Voador, a Princesa Jie You, Wang Zhaojun e ciganos”, refere informação do CCM.
Este bailado dá ênfase a vários estilos de danças: a solo, a dois, danças em grupo, populares e tradicionais. Uma história que fala sobre a rota da seda, tentando revelar o sentido deste histórico percurso e “transmitindo, através da estrutura das personagens, uma busca espiritual, espontânea e romântica”, refere a organização.
As emoções são transmitidas ao público através da utilização de artefactos e de um ambiente cénico especialmente criado para enriquecer as emoções e torná-las mais vivenciais.
“No palco, concebido como um deserto, as personagens caminham solitária e penosamente, permitindo ao público sentir profundamente as emoções de felicidade, ira, tristeza e alegria bem como o amor e ódio.”
Os bilhetes para o bailado Noite de Luar de Haojiang – Rota da Seda encontram-se à venda e os preços variam entre as cem e as 200 patacas.

26 Ago 2016

Assessor prepara visita de Obama na Cimeira do G20

Brian Deese é o principal assessor dos EUA para as alterações climáticas, e está em Pequim. Encontra-se a fazer os preparativos para a visita de Obama por ocasião da Cimeira dos G20, durante os dias 4 e 5 de Setembro, em Hangzhou. Os dois países, que são os maiores emissores de gases poluentes do mundo chegaram, no passado, a importantes acordos para o combate às alterações climáticas, que se tornou um ponto-chave na relação bilateral. Exemplo disso a visita de Obama a Pequim, em Novembro de 2014, em que ambos os países assinaram um acordo histórico ao comprometerem-se a diminuir as emissões de gases com efeito de estufa, nas próximas décadas.
Nestas reuniões preliminares, antes do G20, serão abordados vários temas, nomeadamente a luta contra as alterações climáticas, incluindo o plano para implementar o acordo alcançado na cimeira do clima de Paris (COP21), onde a China e os EUA chegaram a um consenso. Os representantes vão apurar os “esforços mútuos”, que são necessários para assegurar a conservação da camada do ozono, e que devem ser acrescentados ao protocolo aprovado em Montreal, em 1987, visando mais medidas contra os hidrofluorocarbonetos, um gás com efeito de estufa, que se utiliza em frigoríficos e ares condicionados. Será também abordada a criação de uma medida global, com base no mercado, que lide com as emissões com efeito de estufa da aviação internacional, como concordaram Obama e o Presidente chinês, Xi Jinping, refere o comunicado da embaixada dos EUA.
 

26 Ago 2016