Hoje Macau SociedadeQueixas de compra de imóveis aumentam 350% [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Conselho de Consumidores (CC) recebeu 832 queixas no primeiro semestre deste ano e no topo da tabela estão questões relacionadas com a compra de imóveis. Em comparação com o mesmo período do ano passado, foi registado um aumento de 350% nestes casos, sendo que 70% das 105 queixas dizem respeito à compra de casas na China por cidadãos de Macau. No primeiro semestre foram registados um total de 3322 casos. Comparando com o mesmo período no ano passado, o número desceu 6,2%. As cinco áreas onde se registaram o maior número de queixas são os imóveis, equipamento e telecomunicações, serviços de telecomunicações, transportes públicos e comida e bebidas. Em relação às queixas com imóveis registadas na primeira metade de 2016, estas envolveram um montante de cerca de 36 milhões de patacas. Atendendo ao número elevado de queixas nesta área, o CC faz algumas considerações e dá conselhos: “escolher um edifício já construído e que tinha obtido a licença de uso e incumbir um advogado do local para examinar as cláusulas contratuais e vigiar o processo de transacção”. Quanto às queixas referentes aos serviços de dados de telemóvel, o CC avança que “apesar de terem diminuído 25% comparativamente ao período homólogo do ano anterior, ainda se registaram 48 queixas das quais cerca de 20% se prenderam com tarifas dos serviços de dados”. Quanto ao serviço de táxis foram 16 as queixas que deram entrada, sendo 12 referentes à cobrança abusiva de tarifa e à má qualidade dos serviços prestados. As queixas nesta área aumentaram “muito” se comparadas com o registado em 2015, que foi apenas dez casos. Quem se queixou menos foram os turistas. Ao todo, houve 172 casos, registando uma diminuição de 3,5% em comparação com o período homólogo do ano transacto.
Hoje Macau China / ÁsiaDetido japonês de 16 anos por suspeita homicídio de menor [dropcap style=’circle’]U[/dropcap]m japonês de 16 anos foi detido ontem pelo seu alegado envolvimento na morte de outro jovem da mesma idade, cujo corpo foi encontrado parcialmente enterrado no leito de um rio a norte de Tóquio, informou a polícia. A vítima, Tsubasa Inoue, foi encontrada sem roupa no rio Toki, na cidade de Higashimatsuyama, prefeitura de Saitama, na manhã de 23 de Agosto. O corpo de Tsubasa Inoue, residente da localidade vizinha de Yoshimi, não apresentava feridas externas e autópsia determinou que morreu afogado, segundo informações da polícia reproduzidas pela agência de notícias Kyodo. O caudal do rio ficou alterado na segunda-feira, na sequência das fortes chuvas deixadas pelo tufão Mindulle à sua passagem pelo arquipélago japonês, o que permitiu que um homem, de 72 anos, que vive perto do local, encontrasse o corpo. A polícia deteve um jovem como suspeito depois de o mesmo se ter apresentado numa esquadra e revelado que o crime teria sido cometido porque Inoue “mentia e ignorava chamadas e mensagens”, segundo indicou a polícia, em declarações reproduzidas pela televisão pública NHK. As autoridades japonesas contam com um vídeo, no qual supostamente se pode ver um grupo de rapazes a obrigar a vítima a nadar nua no rio, informou a Kyodo. O detido não foi identificado por ser menor – a idade de maioridade no Japão é 20 anos. Outro rapaz que alegadamente se encontrava na cena do crime e que era conhecido da vítima enviou uma mensagem afirmando que tinha “matado uma pessoa”, segundo indicaram fontes da investigação à agência noticiosa. A polícia interrogou vários menores, dos quais alguns admitiram o seu envolvimento no incidente, e continua a investigar a ligação entre os testemunhos e o crime. O Japão é um dos países com menor taxa de homicídios do mundo, de acordo com o mais recente relatório sobre segurança da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE), publicado em 2015, e a criminalidade juvenil também diminuiu significativamente.
Hoje Macau China / ÁsiaReveladas imagens de sonda chinesa que será enviada para Marte [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]China continua a investir no grandioso programa espacial e, recentemente, revelou imagens de uma sonda que tenciona enviar para Marte, até ao final da década, numa missão que enfrenta desafios “sem precedentes”, avançou esta quarta-feira a imprensa estatal. Numa corrida contra o tempo, para recuperar o atraso face aos Estados Unidos, Pequim está a investir num ambicioso programa espacial e quer enviar uma sonda, “por volta de 2020”, para fazer a trajectória em torno da órbita de Marte e aterrar no planeta. Zhang Rongqiao, o responsável pelo projecto afirmou na terça-feira que o lançamento da nave deverá realizar-se em Julho ou Agosto desse ano, reforçando que “os desafios que enfrentamos não têm precedentes”, de acordo com a agência Xinhua. O foguete propulsor Longa Marcha-5 será lançado desde o centro de lançamento de satélites de Wenchang, na ilha de Hainan, extremo sul do país, afirmou a Xinhua, que cita um consultor da missão. A sonda separar-se-á do foguete no final de uma viagem de cerca de sete meses, próximo da linha do Equador de Marte, onde esta irá explorar a superfície, acrescentou. Com 200 quilos, a sonda tem seis rodas e quatro painéis solares e vai funcionar ao longo de 92 dias. Tem como missão transportar equipamento como uma câmara e um radar para penetrar e estudar o solo o ambiente e a estrutura interna de Marte, visando procurar vestígios de água e gelo. A China tem investido milhares de milhões de dólares no desenvolvimento de um programa espacial, que Pequim vê como símbolo do progresso do país e um marco na sua ascensão global. A primeira sonda lunar chinesa foi enviada em 2013, e apesar de ter sofrido problemas mecânicos, ultrapassou em muito a durabilidade prevista, tendo sido encerrada no início deste mês. Grande parte do programa da China é, contudo, um replicar das actividades desenvolvidas pelos EUA e a antiga União Soviética, há várias décadas. Os EUA enviaram já duas sondas para Marte, e a Agência Espacial Europeia e a União Soviética também efectuaram missões semelhantes.
Hoje Macau Manchete SociedadeADM reabre em Setembro com preços actualizados [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Associação dos Macaenses (ADM) espera abrir portas até ao final do mês de Setembro. Depois de ter estado fechada para obras profundas, Miguel Senna Fernandes admite que os preços das quotas e da cantina vão aumentar, mas espera que aquele continue a ser um espaço de convívio para sócios e amigos. Foi um longo percurso desde que fecharam portas até ao presente momento. Mas as obras de remodelação na ADM estão concluídas, “faltando apenas uma vistoria oficial e a colocação do material da cantina e de escritório”, refere o presidente da Associação, Miguel Senna Fernandes. Conhecida como espaço de convívio e sobretudo referenciada pela cantina, a Associação estava há já algum tempo a precisar de ter “cara lavada” e fechar foi uma decisão que teve de acontecer, frisa o responsável. O período foi-se arrastando devido a questões burocráticas como licenças e vistorias. “À medida que os problemas apareciam fomos resolvendo mas a verdade é que atrasou tudo.” Durante o tempo em que as obras decorriam, a Associação manteve-se a funcionar mas, num espaço muito reduzido, onde não era possível desenvolver as actividades do costume. “Ter a sede fechada causou grandes constrangimentos e tivemos de suspender muitas actividades”, acrescenta. “Como em Outubro se festejam 20 anos de existência, a ADM gostaria que a festa já acontecesse no novo espaço”. O espaço é o mesmo mas sofreu algumas alterações, “tudo para respeitar as normas previstas”. Com capacidade para acolher o mesmo número de pessoas, vai ser ajustada cantina, que terá algumas novidades. “Reajustamos os preços que já estavam desactualizados”, no entanto, o valor dos aumentos ainda não foi discutido. As quotas também vão ser aumentadas. “Estamos a tentar alterar os cartões dos associados para que, através de acordos com empresas de prestação de serviços, possam ter alguns descontos.” Ao todo são cerca de mil os sócios, mas “há mais umas 400 pessoas que também aqui vêm e que continuam a ser bem-vindas”, indica o presidente da ADM. “Estivemos encerrados tanto tempo que espero que as pessoas não tenham perdido o hábito de aqui vir.” Quanto às obras no Costa Nunes, Miguel Senna Fernandes diz que “as pinturas já foram concluídas e falta fazer limpezas”. Acredita que a 7 de Setembro o jardim-de-infância possa estar preparado para abrir portas. O início do ano escolar é exactamente nesse dia. “Mas informaremos a imprensa quando tivermos a certeza da data da abertura até para sossegar os pais das crianças”, conclui.
Hoje Macau EventosCCM | Companhia espanhola traz “Carmen” em Novembro A Companhia Nacional de Dança de Espanha regressa ao CCM para apresentar “Carmen”, pela mão do coréografo sueco Johan Inger. O espectáculo vai estar em palco a 4 de Novembro e os bilhetes à venda a partir de domingo [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]bailado clássico “Carmen” vai estar em Macau no palco do Centro Cultural de Macau (CCM) a 4 de Novembro. Um espectáculo coreografado pelo sueco Johan Inger, que deu um cunho pessoal e “uma visão pura e descontaminada”, segundo o CCM, à adaptação do clássico de Bizet e que chega pela mão da Companhia Nacional de Dança de Espanha. Se hoje “Carmen” é um êxito incontestável e considerado uma referência, aquando da sua estreia, em Março de 1875, as críticas foram duras. Aliás, a peça só se tornou um êxito quando estreada em Viena, sete meses depois da primeira exibição, já o autor tinha morrido. Numa mistura entre a partitura original e a música contemporânea, esta história é contada a partir dos olhos de um rapazinho inocente. O enredo, com duração de 90 minutos, debruça-se sobre um triângulo amoroso, que é a génese do conto, composto por Don José, o principal guarda prisional, a sensual Carmen e o matador, que nesta adaptação surge com um visual mais contemporâneo assumindo o papel de uma estrela pop. Embora carregada de emoção, a história pelos olhos do coreógrafo John Inger “assume uma versão sóbria e contemporânea, com uma referência subtil aos anos 60”. Foi exactamente com este registo que John Inger recebeu o prémio Benois de la Danse, em 2016. Criado pela Associação Internacional de Dança de Moscovo em 1991, este é um dos prémios mais prestigiados no ballet. Com história A Companhia Nacional de Dança de Espanha foi fundada em 1979 e é considerada de “classe mundial desenvolvida através de um vasto repertório levado à cena por uma série de conceituados directores artísticos e coreógrafos, como Nacho Duato que dirigiu a Companhia ao longo de 20 anos”. Actualmente à frente desta companhia está o antigo bailarino principal do Ballet da Ópera de Paris José Carlos Martinez. “A companhia exibe um versátil elenco e uma equipa criativa”. Este espectáculo de “inveja e ciúme” pode ser visto a 4 de Setembro e os bilhetes comprados nas bilheteiras do CCM e na Rede Bilheteira de Macau.
Hoje Macau EventosRota da Seda inspira dança clássica no CCM [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]bailado “Noite de Luar de Haojiang – Rota da Seda” vai subir ao palco do Centro Cultural de Macau (CCM), nos dias 16 e 17 de Setembro, pelas 20h00. Os bilhetes estão já à venda na Bilheteira Online de Macau. “Noite de Luar” é uma criação do dramaturgo Yang Wei e vai ser interpretado pelo Grupo de Artes de Shaanxi e pela Companhia de Canto e Dança de Shaanxi. O espectáculo inclui personagens que representam exploradores, guias, enviados, comerciantes, pacificadores e vagabundos, entre outros, “numa metáfora abstracta aos feitos históricos de Xuan Zhuang, Kumarajiva, Zhang Qian, Ban Chao, Gan Ying, Marco Polo, Meng Tian, Wei Qing, Huo Qubing, General Voador, a Princesa Jie You, Wang Zhaojun e ciganos”, refere informação do CCM. Este bailado dá ênfase a vários estilos de danças: a solo, a dois, danças em grupo, populares e tradicionais. Uma história que fala sobre a rota da seda, tentando revelar o sentido deste histórico percurso e “transmitindo, através da estrutura das personagens, uma busca espiritual, espontânea e romântica”, refere a organização. As emoções são transmitidas ao público através da utilização de artefactos e de um ambiente cénico especialmente criado para enriquecer as emoções e torná-las mais vivenciais. “No palco, concebido como um deserto, as personagens caminham solitária e penosamente, permitindo ao público sentir profundamente as emoções de felicidade, ira, tristeza e alegria bem como o amor e ódio.” Os bilhetes para o bailado Noite de Luar de Haojiang – Rota da Seda encontram-se à venda e os preços variam entre as cem e as 200 patacas.
Hoje Macau BrevesAssessor prepara visita de Obama na Cimeira do G20 Brian Deese é o principal assessor dos EUA para as alterações climáticas, e está em Pequim. Encontra-se a fazer os preparativos para a visita de Obama por ocasião da Cimeira dos G20, durante os dias 4 e 5 de Setembro, em Hangzhou. Os dois países, que são os maiores emissores de gases poluentes do mundo chegaram, no passado, a importantes acordos para o combate às alterações climáticas, que se tornou um ponto-chave na relação bilateral. Exemplo disso a visita de Obama a Pequim, em Novembro de 2014, em que ambos os países assinaram um acordo histórico ao comprometerem-se a diminuir as emissões de gases com efeito de estufa, nas próximas décadas. Nestas reuniões preliminares, antes do G20, serão abordados vários temas, nomeadamente a luta contra as alterações climáticas, incluindo o plano para implementar o acordo alcançado na cimeira do clima de Paris (COP21), onde a China e os EUA chegaram a um consenso. Os representantes vão apurar os “esforços mútuos”, que são necessários para assegurar a conservação da camada do ozono, e que devem ser acrescentados ao protocolo aprovado em Montreal, em 1987, visando mais medidas contra os hidrofluorocarbonetos, um gás com efeito de estufa, que se utiliza em frigoríficos e ares condicionados. Será também abordada a criação de uma medida global, com base no mercado, que lide com as emissões com efeito de estufa da aviação internacional, como concordaram Obama e o Presidente chinês, Xi Jinping, refere o comunicado da embaixada dos EUA.
Hoje Macau BrevesMak Hang Chan é novo subdirector substituto da DSEC [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]ak Hang Chan é novo subdirector substituto da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). O anúncio foi publicado ontem, através de um despacho do Secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, publicado em Boletim Oficial. A nomeação já teve início desde 15 de Agosto e estende-se por um ano. As razões invocadas para esta nomeação estão referidas no despacho; como sendo, além da vacatura do cargo, a “competência profissional e aptidão por parte de Mak Hang Chan”. Mak Hang Chan já é funcionário da DSEC e licenciou-se em Ciências Sociais, com uma especialização em Contabilidade e Estatística pela Universidade de Southampton, no Reino Unido. Relativamente à experiência profissional, o currículo indica que de 1992 a 2007 exerceu vários cargos neste mesmo organismo, tendo entrado como técnico de estatística, subindo a técnico superior e posteriormente como chefe de divisão. De 2007 a 2009 esteve como chefe substituto do Departamento de Estatísticas Demográficas, Sociais e do Emprego, cargo que acabou por ocupar em definitivo até receber esta nomeação.
Hoje Macau SociedadeDSEJ | Ano lectivo arranca com Educação Patriótica e mais dinheiro O novo ano lectivo da DSEJ arranca com mais orçamento e manuais para uma maior formação do amor à pátria e a Macau. Aumento de alunos, de subsídios e de bolsas já estão definidos, sendo que haverá ainda um enfoque especial no ensino do Português e da área da Saúde [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]no novo vida nova. A Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) avança mais um início das aulas com o lançamento de manuais de Educação Cívica e Patriótica para o ensino primário e com um aumento geral de subsídios. Este ano marca, assim, a primeira vez que são lançados e colocados ao dispor dos alunos os manuais escolares para a “educação moral e da educação do amor pela pátria e por Macau”. Com o nome de Educação Moral e Cívica, estes são manuais dirigidos ao ensino primário e vão ser utilizados paralelamente à realização de actividades que “cultivam e promovem nos alunos o amor pela pátria e por Macau e as boas qualidade morais”. Paralelamente, são reforçados os conteúdos escolares acerca dos assuntos nacionais e história e cultura tradicional chinesas. O ensino artístico também integra este aspecto nacional e será implementado o item a que a DSEJ chama de “Apreciar a Essência Nacional – Saborear a Ópera Chinesa”. Sun Yat-Sen não será esquecido e o novo ano tem prevista a realização de uma série de actividades comemorativas do seu 150.º aniversário. Além disso, para os alunos que tenham participado na jornada de educação da defesa nacional, é organizada uma visita de estudo à Casa Memorial do Dr. Sun Yat Sen, encorajando-os a darem maior atenção ao território através do conhecimento da sua história. De olho nas necessidades A DSEJ diz ainda que teve como referência a necessidade de quadros qualificados em Macau, pelo que lança também bolsas especiais para apoiar alunos que optem por estudos nos cursos de Enfermagem, Terapia da fala e ocupacional, Fisioterapia, Estudos Portugueses e Tradução, áreas que têm vindo a sofrer com falta de profissionais. “[Vão ser] adoptadas novas medidas para garantir a qualidade do ensino, incluindo integração dos cursos desta língua no ‘plano de desenvolvimento das escolas’ como itens de financiamento prioritário”, frisa ainda a DSEJ sobre o ensino do Português, acrescentando que vai ser definido um limite mínimo do número de horas do ensino de Português nas escolas particulares. Os aumentos dos subsídios são ainda alargados à alimentação e a bolsas dentro e fora de Macau. Aumentos para todos A DSEJ destaca ainda o aumento dos subsídios escolares para “o aperfeiçoamento da qualidade educativa”. Segundo os dados fornecidos pela entidade, os valores correspondentes aos subsídios para a escolaridade gratuita por turma: nos ensinos infantil o apoio sobe para 913.600 patacas, no primário para um milhão, no secundário geral para 1,2 milhões e no secundário complementar para mais de 1,3 milhões. Há ainda a registar a integração de uma escola particular no sistema escolar da escolaridade gratuita somando um total de 55 destas instituições no território. São mais de 77 mil os alunos inscritos nas 77 escolas de Macau para o ano lectivo de 2016/2017 e o número de professores aumentou para 7340 docentes, mais 3% do que no ano anterior. Desenvolvimento sem limites A DSEJ anunciou ainda o arranque da terceira fase do Programa de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento Contínuo. Segundo os dados divulgados pela TDM, na segunda fase do programa participaram cerca de 136 mil pessoas registando um aumento de 18% relativamente à primeira fase, em Dezembro de 2013. As autoridades enviaram 40 casos de abuso do apoio para o Ministério Público, sem serem ainda conhecidos os resultados. A terceira fase compreenderá um montante idêntico ao da anterior, em que são atribuídas seis mil patacas a cada residente que integrar o programa. Até agora o valor usado no programa foi de 560 milhões de patacas.
Hoje Macau China / ÁsiaXi Jinping reorganiza exército e prevê despedimento de milhares de efectivos [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo de Pequim está a reestruturar as forças armadas e vai reorganizar os seus 1,55 milhões de efectivos nas Forças Terrestres do Exército de Libertação Popular (ELP) com o objectivo de aliviar a estrutura militar e melhorar a capacidade de combate em guerras modernas. Com este plano vários milhares de efectivos serão afastados. Este era um assunto até agora, intocável, mas desde a subida ao poder de Xi, a reforma é mesmo para avançar. Segundo avançou ontem o jornal de Hong Kong South China Morning Post (SCMP), o ELP, que conta com as maiores Forças Terrestres do mundo, irá transformar as suas 18 divisões actuais em “25 ou 30”. O plano deve incluir o despedimento de dezenas de milhares de efectivos, pelo que deverá encarar resistência dentro do ELP, refere o SCMP, que cita fontes próximas das Forças Armadas chinesas. Trata-se de mais um passo na reforma do Exército, anunciada no ano passado pelo Presidente chinês, Xi Jinping, e que inclui a redução de 300.000 efectivos, entre outras medidas. Mais eficaz Xi Jiping que chefia também a Comissão Militar Central (CMC), o braço político do ELP, quer que a reforma esteja completa em 2020. Desta forma, o Executivo chinês espera eliminar, aos poucos a estrutura soviética do ELP, tornando-a mais ligeira, rápida e funcional, enquanto moderniza as forças navais e combate a endémica corrupção dentro do Exército. Considerada intocável até há pouco tempo, desde que Xi ascendeu ao poder, em 2013, dois ex vice-presidentes da CMC foram já investigados por corrupção: Guo Boxiong, que foi sentenciado com prisão perpétua, em Julho passado, e Xu Caihou, que faleceu devido a um cancro, no ano passado, antes de ser julgado. A reforma ocorre numa altura em que a China se revela mais assertiva no Mar do Sul da China, onde mantém disputas territoriais com vários países vizinhos, e aumenta a influência militar em África e no Médio Oriente, após décadas em que adoptou uma política de “não interferência”.
Hoje Macau China / ÁsiaMísseis | Pequim contra programa nuclear da Coreia do Norte A Coreia do Norte continua a testar o programa de desenvolvimento de mísseis próximo dos países vizinhos. Desta vez foi o Japão que denunciou a entrada de um engenho na sua zona de identificação aérea. Há uns meses foi a vez da Coreia do sul reclamar. A China já repudiou publicamente estes actos e voltou a mostrar “solidariedade” com os dois países em causa. Em Março o governo de Pequim já havia acordado com um pacote de sanções aprovado por maioria na ONU [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China é contra o programa nuclear e de desenvolvimento de mísseis norte-coreano, afirmou ontem o ministro dos Negócios Estrangeiros, horas após Pyongyang ter testado o lançamento de um míssil balístico na direcção do Japão. “A China opõe-se ao processo de desenvolvimento de capacidade nuclear e de mísseis, pela Coreia do Norte, e é contra acções que geram tensão na península coreana”, afirmou Wang aos jornalistas, após um encontro com os seus congéneres da Coreia do Sul e Japão, em Tóquio. Referindo-se à resolução aprovada em Março pelas Nações Unidas, que condena as acções militares da Coreia do Norte, incluindo o lançamento de mísseis, Wang acrescentou que “a China é contra qualquer acção que viole a resolução 2270 do Conselho de Segurança da ONU”. A China é o aliado mais importante da Coreia do Norte e é responsável por 90% do comércio externo daquele país. Até há pouco tempo, as relações entre Pequim e Pyongyang eram descritas como “unha com carne”, mas a China tem assumido publicamente, um distanciamento face ao comportamento do líder daquele país. Acto “imperdoável” O míssil balístico lançado ontem pela Coreia do Norte, a partir de um submarino, entrou na zona de identificação aérea do Japão pela primeira vez, denunciou o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe. “Esta é a primeira vez que um míssil da Coreia do Norte foi lançado a partir de um submarino para a zona de identificação aérea do nosso país”, disse Abe aos jornalistas, de acordo com a televisão pública NHK. O mesmo responsável qualificou o acto de “imperdoável”, considerando que constitui uma “grave ameaça” para a segurança do Japão e indicou que, apesar de ambos os países não manterem relações diplomáticas, Tóquio apresentou o seu protesto formal a Pyongyang através da sua embaixada em Pequim. O míssil caiu em águas que correspondem à zona de identificação aérea (ADIZ), área em que o Estado titular da mesma exige identificação às aeronaves estrangeiras que a atravessem. Gigantes de acordo À margem da Cimeira de Segurança Nuclear, que teve lugar em Washington, em Abril, Barack Obama e Xi Jiping acordaram unir esforços face à ameaça nuclear da Coreia do Norte, que já na altura, havia testado um novo míssil próximo da Coreia do Sul. Concordam em discutir formas “de desencorajar as acções com os testes mísseis nucleares que fazem escalar tensões na área e que violam as obrigações internacionais”, disse Obama. Por sua vez Xi, citado pela agência estatal chinesa Xinhua declarou que espera que todos os envolvidos implementem de “forma completa e estrita” o novo pacote de sanções ao regime de Kim Jong-un, recentemente aprovadas pelo Conselho Geral da ONU com o aval da China. Depois da reunião ao mais alto nível ter acontecido, foi a vez do Ministro dos Negócios Estrangeiros ter afirmado à imprensa que foi “uma conversa cândida e aprofundada e alcançaram um importante consenso”. Depois deste “acordo” Pyongyang tem continuado a fazer demonstrações da sua capacidade bélica. Sanções pesadas O pacote de sanções imposto à Coreia do Norte foi discutido no Conselho de Segurança das Nações Unidas e aprovado por unanimidade, em Março deste ano. Daqui resultaram restrições ao comércio, importação e exportação de matérias-primas, obrigação de inspecção de cargas provenientes e com destino a Pyongyang e sanções económicas pesadas contra bancos coreanos. Sanções diplomáticas e um embargo total à venda de armas ligeiras fazem parte deste pacote classificado por Samantha Power, embaixadora norte americana na ONU, “Como as mais severas medidas impostas pela ONU em 20 anos”. Antony Blinken, secretário de Estado adjunto dos EUA disse que as medidas “deixam uma mensagem forte e clara ao regime Norte coreano”. Mensagem essa que parece não tirar o sono nem demover das suas intenções de Kim jong-un que continua a atacar os vizinhos Japão e Coreia do Sul.
Hoje Macau VozesDireito de Resposta do Gabinete do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura [dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]a sequência da publicação de um artigo de opinião publicado na edição do Hoje Macau, do dia 23 de Agosto, entende este gabinete prestar alguns esclarecimentos relativamente à deslocação do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura ao Brasil entre os dias 3 e 8 deste mês. 1. Sabemos há mais de 20 anos, das dificuldades inerentes ao desejo de sermos acolhidos na família olímpica. Macau não era membro do Conselho Olímpico Asiático e em Dezembro de 1988 conseguiu-o. O comprometimento público para com a causa olímpica, manifestamente demonstrada na construção de infra-estruturas, nas políticas para os atletas mas também na organização de eventos desportivos internacionais cuja capacidade organizativa, foi e é recorrentemente reconhecida, permite-nos acreditar que vale a pena prosseguir com aquela pretensão. Estamos naturalmente conscientes das dificuldades que a sua concretização acarreta nomeadamente do facto de dependermos de um conjunto de boas vontades dos membros do Comité Olímpico Internacional e também porque outros territórios chineses, como é o caso de Hong Kong e Taiwan, já fazem parte da família olímpica. 2. Macau, desde 2009, preside à Associação dos Comités Olímpicos de Língua Oficial Portuguesa (ACOLOP), o que revela bem a importância que a RAEM assume naquela organização. Aliás, esta presidência confere a Macau um prestígio e uma dimensão que ultrapassa largamente a pequena dimensão geográfica ou demográfica que, na verdade, a nossa região representa. 3. O Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura deslocou-se ao Rio de Janeiro após ter recebido um convite para, no âmbito da organização das olimpíadas, presidir a um jantar com os membros da ACOLOP, representados ao nível ministerial, como foi o caso do Brasil ou de Cabo Verde, ou ao nível dos comités olímpicos nacionais dos membros daquela organização. Neste contexto, o Doutor Alexis Tam foi, também, convidado para assistir à cerimónia de abertura e a visitar algumas instalações desportivas. 4. A República Popular da China, tal como a grande maioria dos países e regiões presentes, fez-se, igualmente, representar ao nível ministerial, de vice-ministro e ao nível de director-geral. 5. O Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, seguiu aliás uma tradição que já remonta ao tempo da administração portuguesa, onde a Administração se fazia representar também ao nível de membro do governo e considera que a sua curta presença no Rio serviu para estreitar laços de cooperação, não apenas com os membros da ACOLOP mas também com os dirigentes desportivos da República Popular da China. 6. A presença nos Jogos Olímpicos, ainda que ao nível político, porque o desportivo nos está vedado por não sermos membros do COI, ajuda a projectar a imagem de Macau e a aprofundar as relações de cooperação com outros países. Aliás, só assim foi possível conhecer, em particular, as medidas adoptadas pelo governo do Brasil relativas à segurança em grandes eventos desportivos, como são realizadas as acções de controlo antidoping, como são estabelecidos os protocolos de transportes de e para os locais dos eventos, e num âmbito mais político, como foram definidas as políticas do governo brasileiro na formação dos atletas que participaram nestas olimpíadas. Por outro lado, no âmbito da saúde pública e preventiva, dos atletas, foi também possível compreender, in loco, como é que a organização brasileira dos Jogos Olímpicos lidou com as medidas para evitar a propagação e proliferação de mosquitos que provocam a doença pelo vírus Zika. 7. Recorde-se ainda que o Governo Central confiou à RAEM a prestigiante tarefa de estabelecer uma plataforma entre a República Popular da China e os países de língua portuguesa. Este desiderato só é possível através da aproximação entre os países e através do estreitamento das relações pessoais e institucionais que se estabelecem entre os governantes. Daí que estes encontros internacionais, além de propícios, sejam fundamentais para o êxito dos desígnios que nos foram confiados. 8. Refira-se, ainda, que a qualidade das infra-estruturas desportivas existentes em Macau, mercê do grande investimento do Governo, continua a ser reconhecida e recordada por várias equipas olímpicas que por aqui passaram aquando da preparação para os Jogos Olímpicos de Pequim em 2008. Disso nos deram conta. Daí que todo o trabalho efectuado pelo Governo em prol da evolução do Desporto deva ser contínuo e promovido a todos os níveis. Continuamos a acreditar que a construção do centro de alto rendimento permitirá dotar a cidade de uma infra-estrutura fundamental para a melhoria da qualidade dos nossos atletas. 9. Por último: Macau terá um atleta no Rio de Janeiro, nos Jogos Paraolímpicos que decorrem no próximo mês de Setembro. Desde 1988 que a RAEM faz parte do Comité Paralímpico Internacional e participa desde então, naquela competição. É de toda a justiça reforçar e relembrar que o Governo de Macau decidiu, em 2016, igualar o prémio monetário atribuído aos atletas sejam eles portadores de deficiência ou não. No desporto também seguimos o lema olímpico: Queremos ser mais rápidos, mais altos e mais fortes.
Hoje Macau SociedadeItália | Sismo deixa rasto de destruição na região de Perugia [dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]a madrugada de quarta-feira a região centro de Itália foi assolada por um violento sismo de magnitude 6,2 na escala de Richter. O abalo deixou um cenário de destruição em várias localidades de Perugia. Com o epicentro a dez quilómetros de profundidade, foi sentido na capital, Roma, a mais de 150 quilómetros. O número de vítimas mortais não pára de aumentar. Até ao fecho desta edição havia 38. Equipas de resgate encontram-se no terreno e governo disponibilizou contingente especial. O relógio registava exactamente 15h36 quando a região de Perugia foi sacudida pelo sismo. Várias réplicas se seguiram – de 5,5 e 4,6 e 4,3 – acabando por deitar abaixo o que tinha resistido aos cerca de 20 segundos que durou o abalo. Povoações isoladas As cidades mais afectadas são Accumoli, Amatrice, Posta e Arquata del Tronto e as primeira vítimas registadas foram um casal de idosos cuja casa em Pescara del Toro, na região de Marcas, ruiu logo após o primeiro abalo, de acordo com a imprensa italiana. “Não temos luz, nem telefones”, afirmou Stefano Petrucci, o autarca de Accumoli, localidade com um hotel onde se suspeita haver turistas bloqueados. O facto do sismo se ter registado durante a madrugada não permitiu às primeiras horas do dia ter uma ideia clara da dimensão do acidente. “Agora que há luz do dia, vemos que a situação é mais terrível do que temíamos, com edifícios que colapsaram, pessoas debaixo dos escombros e nem sinal de vida”, acrescentou. Outra das localidades afectadas é Amatrice que fica numa região montanhosa, pelo que a possibilidade de haver deslizamentos de terra é grande. A cidade tem cerca de 2800 habitantes. Na região de Lácio, a zona é das mais atingidas pelo forte sismo, tendo Sergio Pirozzi, autarca da cidade, referindo que “metade da cidade desapareceu” . “Não há estradas de acesso à cidade, a povoação está praticamente isolada, por isso quem vier para cá tem de encontrar uma via alternativa. Há zonas que deixaram de existir. Estamos a tentar desimpedir outras vias para deixar circular os veículos de emergência.” Exército no terreno O governo italiano está a acompanhar a situação tendo o Ministro das Infra-estruturas, Graziano Delrio, visitado a região atingida. Foram também mobilizados meios de socorro de Roma para prestar auxílio a toda a região devastada. O exército também está no terreno com um contingente especial e participa nas operações de salvamento e resgate, juntamente com os bombeiros e grupos de voluntários. A polícia está em força nas ruas, não apenas para prestar apoio mas para prevenir situações de roubo ou pilhagem nos edifícios afectados pelo sismo. Num comunicado feito pelo Gabinete de Gestão de Crises do Turismo (GGCT), foi dado conta que este organismo está a acompanhar a situação. “Das informações recolhidas, não há indicações de que grupos de excursão de Macau ou residentes de Macau tenham sido afectados.”
Hoje Macau China / ÁsiaFabricante ferroviário chinês recebe mais 126% de pedidos do estrangeiro [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]CRRC, o maior fabricante chinês de material ferroviário, recebeu mais do dobro de pedidos do exterior, no primeiro semestre de 2016, face ao mesmo período do ano passado, consolidando a posição da China no sector. No total, o grupo recebeu 14.880 milhões de yuan em encomendas, nos primeiros seis meses do ano, uma subida de 126%, em termos homólogos, anunciou ontem a empresa em um comunicado enviado à bolsa de Xangai. Entre os contratos fechados pela CRRC encontra-se a venda de 846 carruagens de metro para a cidade de Chicago, nos Estados Unidos da América, no que supõe um recorde nas exportações da China para os países desenvolvidos. O grupo acordou também fabricar 56 locomotivas movidas a diesel para o Quénia, 96 carruagens de metro para a Tailândia e outros 76 para a Índia, entre outros pedidos. A expansão da procura internacional contribuiu para aumentar os lucros da empresa em 2,04%, no primeiro semestre de 2016, face ao mesmo período do ano passado, assinalou o comunicado. O CRRC é o resultado da fusão, no ano passado, dos dois maiores fabricantes de material ferroviário da China, visando competir no mercado mundial de comboios de alta velocidade. País com a maior rede de alta velocidade ferroviária do mundo – 19.000 quilómetros – a China tem apostado num modelo de tecnologia avançada e baixos custos para aumentar as exportações no sector.
Hoje Macau EventosArte | Competição criativa da Sands desafia a olhar passado e presente Chama-se Concurso de Arte Criativa e é uma iniciativa do grupo Sands que pretende levar os cidadãos a pensar e a expressar Macau através de qualquer forma de arte. As inscrições abrem hoje e vão até dia 23 de Outubro [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]grupo Sands arranca hoje com um concurso para avaliar as várias expressões de arte locais. A iniciativa conta com a participação de associações locais ligadas às artes e com o apoio do Instituto Cultural (IC) e da Direcção dos Serviços de Turismo (DST). O “Concurso de Arte Criativa” tem por objectivo contribuir para o desenvolvimento de várias expressões artísticas e dar continuidade à iniciativa governamental de diversificar e promover o desenvolvimento industrial. Todos os residentes podem participar com vários trabalhos e as candidaturas podem ser entregues até 23 de Outubro. O tema deste concurso é “O passado e o presente de Macau” e os trabalhos podem ser apresentados em qualquer suporte. Fotografias, pinturas, esculturas e trabalhos em 3D: não há limites para a apresentação de trabalhos criativos e podem ser feitos em nome individual ou em grupo. Os formulários de candidatura podem ser descarregados no site da Sands, bem como nos dos hotéis do grupo. Todos os residentes podem participar e há prémios para todos os participantes, sendo que o primeiro classificado, com o Trophy plus, recebe 20 mil patacas. O valor total entregue em prémios é de 150 mil patacas. Pompa e circunstância Os trabalhos serão expostos entre 25 de Novembro e 26 de Dezembro. Haverá também uma gala para entrega de prémios. O grupo decidiu criar um prémio específico em todas as categorias, para os trabalhos cujo tema seja o Parisian Macao, o novo resort da operadora no Cotai com inauguração prevista para 13 de Setembro. O painel de jurados será composto por nomes de vários quadrantes do mundo das artes de Macau e do exterior. Durante a conferência de imprensa no Venetian, ontem, foram convidados vários representantes das entidades envolvidas nesta organização que se juntaram pela primeira vez na realização deste concurso. “Olhar Macau e perceber o que mudou nos últimos tempos, valorizar a arquitectura e o espaço é o desafio que lançamos”, refere o comunicado da operadora. Durante a conferência, o presidente do grupo, Wilfred Wong, foi mais longe dizendo que “espera que Macau inspire os artistas do concurso, de tal forma que as peças possam vir a ser vendidas nos resorts do grupo”.
Hoje Macau China / ÁsiaDois mil polícias de elite mobilizados para as eleições de Hong Kong [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]polícia de Hong Kong vai organizar exercícios de segurança sem precedentes na próxima semana, antes das eleições legislativas, para as quais vão ser mobilizados dois mil polícias de elite para prevenir episódios de violência. De acordo com o jornal South China Morning Post, cerca de 2.000 agentes de cinco contingentes de resposta regionais, criados a partir nomeadamente das unidades de elite da polícia – Unidade Táctica e Unidade de Emergência – vão estar em ‘stand by’ para o caso de se verificar violência entre multidões no dia 4 de Setembro, quando mais de 3,7 milhões de eleitores vão às urnas. Uma fonte policial disse ao jornal que o nível de risco durante o período das eleições não é “muito elevado”, com base em avaliações preliminares, mas as forças de segurança não querem permitir margem para erros, tendo em conta, principalmente, as preocupações com protestos de grupos ‘localistas’ radicais. “As cinco equipas regionais vão ficar em ‘stand by’ durante este período e serão destacadas imediatamente em caso de algum problema. Conhecem bem os seus distritos e delinearam planos claros de distribuição de pessoal. [No entanto], uma forte presença policial pode pressionar os eleitores e impactar a forma como votam. Por isso temos de ser cuidadosos”, disse a mesma fonte, não identificada. Pelo menos quatro agentes vão estar presentes em cada uma das 595 mesas de voto. Juntamente com as cinco equipas de resposta regionais em ‘stand by’ e pessoal necessário para guardar a central de contagem dos votos na AsiaWorld-Expo, pelo menos 5.000 agentes vão ser responsáveis por garantir a ordem. Em 2014, Hong Kong foi palco do movimento pró-democracia ‘Occupy Central’, que se opunha a uma reforma eleitoral proposta por Pequim. Apesar de maioritariamente pacífico, verificaram-se momentos de tensão e violência entre os manifestantes e a polícia, que chegou mesmo a lançar gás lacrimogéneo e pimenta sobre a multidão.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Grupos pró-independência aumentam nas escolas [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]ctivistas estudantis de Hong Kong criaram pelo menos 21 grupos em escolas para discutir a independência da cidade e alguns não excluem o uso de violência para atingirem os seus objectivos, avança ontem o jornal South China Morning Post. A discussão sobre a independência de Hong Kong nas escolas, e o papel dos professores nesse processo, tem estado no centro do debate público. Na segunda-feira, Fanny Law Fan Chiu-fun, membro do Conselho Executivo, entrou no debate afirmando que discussões sobre independência eram “demasiado complicadas” para campus escolares. Há uma semana, o Departamento da Educação alertou que os professores arriscavam desqualificação se encorajassem os estudantes a envolverem-se em debates pró-independência. O ministro da Educação Eddie Ng Hak-kim disse, mais tarde, que os estudantes apenas podiam participar em tais discussões sob supervisão dos professores e dentro dos limites da Lei Básica. Ng pôs de parte a possibilidade de serem criadas orientações para as escolas, remetendo para o “profissionalismo” dos professores e directores das escolas. Segundo o South China Morning Post, pelo menos 21 grupos ‘localistas’ foram criados através do Facebook, incluindo 16 que já tinham nascido em resposta a apelos do grupo ‘Studentlocalism’. Tony Chung Hon-lam, do ‘Studentlocalism’, disse que mais pessoas se inscreveram no seu grupo, passando de “nem uma [inscrição] por semana” para cinco ou seis numa semana, depois de o assunto entrar na discussão pública. O grupo, explicou, impôs um rigoroso sistema de filtragem que inclui o preenchimento de formulários com pormenores sobre as suas contas de Facebook e Instagram para verificação de ‘background’. Aqueles que insistem em apenas recorrer a acções racionais e não-violentas são rejeitados, disse. Chung não afasta o recurso a violência para atingir os seis objectivos. Um porta-voz de outro grupo estudantil ‘localista’ da Munsang College disse igualmente ao jornal que apoiava “quaisquer meios de acção para defender a nossa autonomia”. Pelo contrário Em sentido oposto, Degas Chan Pui-chung, do grupo da Ying Wa College disse que a organização se opõe ao uso de violência pois acredita que alunos do ensino secundário são muito novos para serem expostos a tais perigos. Fanny Law, antiga responsável pela pasta da Educação, apelou, através de um programa de rádio, para que os grupos pró-independência sejam banidos das escolas, e os seus representantes impedidos de liderarem associações de estudantes. Law, conselheira próxima do chefe do Executivo, disse que o contexto histórico da discussão de independência era “demasiado complicado” para as escolas, e que os estudantes do ensino secundário podem ser induzidos em erro se não tiverem um conhecimento profundo do contexto, como a Primeira Guerra do Ópio e o processo de elaboração da Lei Básica. “É compreensível que os jovens estejam frustrados com a actual situação em Hong Kong, mas a independência não pode resolver todos os problemas”, disse. Law pediu ainda que os professores evitem trazer o tema para as salas de aulas e sugeriu que se analisasse o ‘background’ familiar dos estudantes que fazem campanha pela independência, de modo a melhor compreender o que os motiva. Destaque “É compreensível que os jovens estejam frustrados com a actual situação em Hong Kong, mas a independência não pode resolver todos os problemas” Fanny Law, antiga responsável pela pasta da Educação
Hoje Macau EventosClube de Ténis comemora aniversário com campeonato O Clube Civil de Ténis de Macau comemora 90 anos de existência e planeia a organização de um campeonato com duplas mistas e masculinas, cuja soma de idades seja de 90 anos, tal como a idade do clube. As inscrições para participar neste campeonato começam dia 29 de Agosto e fecham dia 18 de Setembro. A competição terá início no dia 26 de Setembro e vai estender-se durante duas semanas. Durante a semana os jogos começam às 19h00 e aos fins-de-semana arrancam às 9h00. Todos os interessados devem dirigir-se ao clube e preencher o formulário disponibilizado para o efeito e sem o qual não podem ter acesso ao campeonato de ténis por equipas. Com características portuguesas e chinesas, este clube abriu as portas a 10 de Agosto de 1926 e “desde a sua inauguração tem contribuído de forma significativa para a divulgação e prática da modalidade”, de acordo com informação divulgada. É com este espírito de iniciativa sempre presente que o clube vai agora chamar a jogar todos os amantes deste desporto. Tendo como patrocinador a Sociedade de Jogos de Macau, os prémios serão concedidos aos campeões e aos segundos e terceiros lugares de ambas as categorias com o montante total do prémio a ser de 20 mil patacas.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Mais de um terço de corruptos repatriados [dropcap style=’circle’]U[/dropcap]m terço dos cem suspeitos de corrupção mais procurados pela China no estrangeiro foram já repatriados, anunciou esta semana o órgão máximo anti-corrupção do Partido Comunista Chinês (PCC). A China conseguiu assim reaver uma parte do dinheiro que havia sido desviado de forma ilícita e cujos autores já estão identificados, mas nem todos foram ainda detidos por estarem em paradeiro incerto. Em Abril do ano passado a secção chinesa da Interpol publicou uma lista com os nomes de cem altos quadros suspeitos que terão fugido para o estrangeiro, com o objectivo de tentar garantir a sua detenção e extradição. Entre estes, 60 eram suspeitos de corrupção e os restantes acusados de negligência no cumprimento das suas funções e abuso de poder, de acordo com o jornal oficial China Daily. A lista que pode ser consultada na página oficial da Comissão Central de Inspecção e Disciplina (www.ccdi.gov.cn), o órgão máximo anti-corrupção do governo chinês, contém os nomes, fotografias, números de passaporte e presumíveis países onde se refugiaram os altos quadros em fuga. A maioria dos acusados assumia cargos locais e provinciais e as autoridades referiram então que muitos optaram por se esconder nos Estados Unidos e Canadá, apesar de também serem identificados presumíveis fugitivos na Nova Zelândia, Reino Unido, França ou Tailândia, entre outros destinos. A campanha Skynet foi também criada para travar o uso ilegal de companhias registadas em paraísos fiscais e a transferência de activos para fora das fronteiras por parte de bancos ilegais. De acordo com o órgão máximo anti-corrupção do PCC, mais de 380 fugitivos chineses, incluindo 57 funcionários do Governo, foram repatriados a partir de 40 países e regiões, no primeiro semestre de 2016. No total, as autoridades chinesas recuperaram 1,24 mil milhões de yuan, que tinham sido desviados por funcionários corruptos. O mais mediático alvo da campanha Skynet é o empresário Ling Wancheng, irmão do ex-director do Comité Central do PCC e adjunto do antigo presidente Hu Jintao, Ling Jihua, que foi condenado este ano a prisão perpétua. O paradeiro de Ling Wancheng, 58 anos, está dado como desconhecido desde Outubro de 2014, quando se crê que vivia numa moradia nos subúrbios de Sacramento, no estado norte-americano da Califórnia.
Hoje Macau EventosExposição de artesanato pelos alunos e professores do IFT [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Instituto de Formação Turística (IFT) organiza até 30 de Outubro uma exposição de artesanato de peças feitas a partir de couro. Professores e alunos são os responsáveis pelas criações, que estão à venda nas instalações da instituição. Tratar e trabalhar a pele dos animais é uma tradição que, segundo registos, remonta a 1450 DC. Existem mesmo gravuras encontradas em cavernas no Egipto, que “contam” esta prática. A China não é excepção e durante o período do Imperador Amarelo, considerado o fundador da nação chinesa, as pessoas faziam vários utensílios em pele, nomeadamente sapatos. Com a introdução das máquinas, o artesanato passou para segundo plano e esta arte quase desapareceu. Mas a moda e as vontades são cíclicas e actualmente as pessoas valorizam este género de trabalhos. Se, por parte do público há grande aceitação destes produtos manufacturados, por parte de quem os faz também há vontade de criar e inovar. Para dar resposta a esta “necessidade”, o IFT começou a dar formação através da organização de cursos, que começaram em 2013. Artistas conceituados desta área vieram ensinar novas técnicas e designs na tentativa de dinamizar o artesanato. Em 2015, Sin Mei Cheong e Sin Mei I, que tiveram formação em Hong Kong, Taiwan e no Japão juntaram-se à equipa do IFT no âmbito de um curso de Design e produção de artesanato em couro. Agora, de malas a capas de telemóvel, são diversos os trabalhos demonstrados pelos alunos e professores. Esta exposição pretende mostrar que a nova geração de artesões “domina a arte” e que estes “são verdadeiros herdeiros” de uma tradição que estava no esquecimento, mas que está a ser reintroduzida no quotidiano.
Hoje Macau DesportoOlímpicos | Portugueses em sofrimento na maratona. Brasil termina em festa O último dia de competição não foi feliz para os portugueses, com os atletas a sofrerem para terminarem as provas e com algumas desclassificações pelo meio. A chuva caia no sambódromo onde, no final da maratona, escolas de samba com ritmos frenéticos e bailarinas pulantes aguardavam os maratonistas para acabar em festa e passar o testemunho a Tóquio [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]s provas decorreram debaixo de chuva e nem sempre se mostraram fáceis. Os maratonistas portugueses; Rui Pedro Silva e Ricardo Ribas sofreram para cumprir a prova, acabando em 123.ª e 134.ª lugar respectivamente. O triunfo foi direitinho para o atleta do Quénia Eliud Kipchoge. Rui Pedro Silva gastou 2:30.52 horas e Ricardo Ribas precisou de 2:38.29, marcas muito longe dos recordes pessoais e inferiores à conseguida por Dulce Félix, 16.ª na maratona feminina (2:30.39). Ambos os maratonistas reconheceram um enorme sofrimento ao longo dos 42,195 quilómetros, num ‘dia mau’, mas que, apesar das dificuldades, quiseram chegar ao final da prova. O queniano Eliud Kipchoge conquistou o título olímpico, ao vencer a prova em 2:08.44 horas, superando em 1.10 minutos o etíope Feyisa Lilesa (2:09.54), medalha de prata, e em 1.21 o norte-americano Galen Rupp (2:10.05), medalha de bronze. A prova de ‘cross country’ olímpico revelou-se infeliz para Tiago Ferreira que foi eliminado devido ao atraso que tinha, após um furo na roda. David Rosa palmilhou meia volta com a bicicleta na mão, com a roda traseira partida, e teve o mesmo fim. Ambos foram vítimas da regra que determina a eliminação dos corredores com um atraso superior a 80% do tempo feito pelo líder no final da primeira volta. O suíço Nino Schurter conquistou a medalha de ouro, à frente do campeão de Londres, o checo Jaroslav Kulhavy, enquanto o espanhol Carlos Coloma foi medalha de bronze. Russa emocionada Yelena Isinbayeva, a melhor atleta do mundo no salto com vara, não evitou ontem as lágrimas no juramento olímpico como membro do COI, lugar para o qual foi eleita apesar de excluída dos Jogos do Rio devido ao caso de doping que envolveu o seu país, a Rússia. A atleta foi um dos quatro novos membros a ser admitida por votação, com a alemã Britta Heidemann (esgrima), a sul-coreana Ryu Seug-min (ténis de mesa) e o húngaro Daniel Gyurta (natação), mais a neozelandesa Sarah Walker (BMX), que foi a votos na Assembleia por escolha do presidente do COI. A russa, que anunciou o final da carreira há dois dias, viu um terço dos votantes entre os membros do COI opor-se à sua entrada, ao contrário dos votos unânimes para os quatro outros atletas. Ouro para Espanha A espanhola Ruth Beitia conquistou a medalha de ouro no salto em altura, com 1,97 metros, precisamente menos um centímetro do que saltaram as duas melhores nesta especialidade no heptatlo. Tanto a britânica Katarina Johnson-Thompson, que terminou no 2º lugar, como a belga Nafissatou Thiam, que viria a conquistar o ouro nas combinadas, saltaram 1,98 metros. Johnson-Thompson reagiu imediatamente no Twitter ao concurso, com três sorrisos de cabeça para baixo, mas este desfecho deve ter sido mais pesado para Thiam, que até estava inscrita no salto em altura e não alinhou. “O meu Rio 2016 foi mais do que um sucesso e acaba aqui. Estou física e mentalmente exausta e não vou competir nas qualificações para o salto em altura. O heptatlo era o meu objectivo principal e agora chegou a altura de descansar e gozar esta medalha de ouro”, escreveu Thiam, antes de ver a consagração de Beitia. Irlanda a braços com a justiça A polícia brasileira fez buscas às instalações do Comité Olímpico Irlandês (OCI) no Rio de Janeiro e apreendeu telemóveis, computadores portáteis e passaportes. A informação foi dada pelo próprio Comité, acrescentando que “nenhuma detenção foi feita”, mas que a polícia apreendeu “passaportes, bem como telemóveis e portáteis” de vários membros do OCI (sigla em inglês). O organismo diz ainda que alguns membros do seu Comité foram convocados para se “apresentarem na terça-feira na polícia, para serem ouvidos”. Em causa está uma investigação a uma rede de venda ilegal de bilhetes no Rio 2016 e que levou à detenção de Patrick Hickey, presidente do Comité Olímpico Irlandês e membro do COI, que na sexta-feira foi levado para uma prisão do Rio de Janeiro. A secretaria de administração prisional confirmou na ocasião que o dirigente foi transferido para a prisão de Bangú, nos arredores do Rio de Janeiro, depois de a justiça brasileira ter ordenado a sua detenção na quarta-feira. Hickey, de 71 anos, foi detido na quarta-feira no hotel onde se encontrava e sentiu-se mal, razão pela qual foi conduzido ao hospital. Mais tarde foi-lhe decretada a prisão preventiva. O dirigente, que é também presidente da Associação dos Comités Olímpicos Europeus, renunciou temporariamente a todos os cargos no movimento olímpico, incluindo o do COI e da presidência do Comité Irlandês. A polícia apreendeu cerca de mil bilhetes e, segundo a polícia, os ingressos eram vendidos a preços cinco vezes acima do valor normal. O principal negócio incidiu na venda para a cerimónia de abertura, onde chegaram a pedir 8 mil dólares por bilhete, e de encerramento, que planeavam vender a 15 mil dólares. Brasileiros divididos A maioria dos brasileiros pensa que a organização do Rio 2016 fará mais mal do que bem ao país, mas ao mesmo tempo sentem-se orgulhosos pela organização do maior evento desportivo mundial. De acordo com uma sondagem feita e publicada ontem no Estadão, 62% consideram os Jogos mais negativos do que positivos para o país, enquanto 57% dizem que o evento impulsionou a imagem internacional. Quando questionados em relação à forma como decorreu, a imagem é positiva: 42% dizem que foi bom ou excelente, 30% razoável e 24% que foi pobre. “A maioria apoia os jogos, mas têm dúvidas em relação ao uso de dinheiros públicos quando existem prioridades, considerando a crise económica que se vive”, explicou Marcia Cavallari, uma das responsáveis da empresa de sondagens.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Exercícios militares em clima de tensão [dropcap style=’circle’]T[/dropcap]aiwan já deu início às suas manobras militares mais importantes do ano que vão, durante cinco dias, simular um ataque da China numa altura de tensão entre Taipé e Pequim, após a subida ao poder da independentista Tsai Ing-wen. Os exercícios com fogo real Han Kuang, prolongam-se até sexta-feira e espera-se que Tsai assista à operação na quinta-feira. Este ano as manobras vão também incluir exercícios contra possíveis ciber ataques, segundo informação da agência taiwanesa CNA. Os exercícios começam com a força aérea e nos dias seguintes vão juntar-se forças terrestres e navais, indica a mesma fonte. A imprensa local indica que até dez mil tropas na reserva foram mobilizadas para as Han Kuang, que Taiwan realiza anualmente para se preparar para uma eventual invasão chinesa, caso a ilha declare formalmente a sua independência. As manobras coincidem este ano com um momento de tensão entre os dois territórios, após a subida de Tsai à presidência de Taiwan. Tsai recusou-se a reconhecer o chamado “Consenso de 1992”, que para Pequim significa que “Taiwan é parte da China”. Desde a sua chegada ao poder, a China tem pressionado Tsai a aceitar este consenso, através da redução do envio de turistas e de importações. O “Consenso de 1992” é um conceito ambíguo, referente a negociações realizadas em Hong Kong em 1992 entre a China e o Governo de Taiwan, na altura do Partido Kuomintang, em que as duas partes acordaram que há apenas uma China, mas verbalmente cada parte podia defini-la à sua maneira. Este acordo permitiu as primeiras negociações entre a China e Taiwan desde 1949, celebradas em Singapura em 1993, e também levou a uma aproximação económica e social de 2008 a 2016 sob a presidência de Ma Ying-jeou, em Taiwan. Uma aproximação que pode agora estar em perigo devido à postura de Tsai.
Hoje Macau China / ÁsiaMais 20 turistas chineses colocados na “lista negra” por comportamento impróprio [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]s autoridades chinesas estão a aplicar regras mais rigorosas sobre o comportamento dos turistas do país, com 20 infractores acusados de perturbar a ordem pública a serem incluídos na “lista negra”, avançou a imprensa estatal. Os turistas que registem comportamentos impróprios, incluindo discutir, trepar estátuas ou roubar património paisagístico, serão incluídos na lista, ao longo de três anos, segundo os novos regulamentos aprovados pela administração do turismo chinês. Durante aquele período, os infractores ficam proibidos de voar para fora do país ou participar em excursões. Nos últimos anos, vários casos de comportamento impróprio foram noticiados na China. Em Janeiro passado, 25 passageiros foram detidos pela polícia para interrogatório depois de se terem envolvido em confrontos com membros da tripulação de um avião na sequência de um atraso devido ao mau tempo e de terem aberto as saídas de emergência. Em 2014, uma disputa motivada pela disposição dos assentos levou uma passageira a despejar sobre uma hospedeira uma taça de massa com água a ferver. Em 2013, um funcionário do Governo destruiu computadores num balcão de embarque e tentou partir uma janela com uma tabuleta, depois de ter perdido dois voos. Numa iniciativa semelhante, a administração do turismo chinês publicou o “Guia do turista bem comportado”, com recomendações como evitar meter os dedos no nariz em público ou limpar os dentes com os dedos. Segunda maior economia mundial, a seguir aos Estados Unidos da América, a China é o maior emissor mundial de turistas. Pelas contas do Governo chinês, 120 milhões de chineses viajaram para fora da China Continental em 2015, um aumento de 19,5% face ao ano anterior.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim questiona veracidade das imagens de Omram, o menino Sírio [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]televisão estatal chinesa questionou no domingo passado, a autenticidade do vídeo do rapaz sírio Omran, que se tornou viral em todo o mundo, alegando que se pode tratar de uma montagem feita pela “propaganda de guerra” ocidental. O registo mostra uma criança de quatro anos em choque, coberta de sangue e pó, após um ataque aéreo executado na semana passada na cidade de Aleppo. Pequim suporta o governo sírio, liderado por Bashar al-Assad, e goza de boas relações com a Rússia, ambos responsáveis pelos ataques aéreos contra os rebeldes, levados a cabo naquela cidade. A televisão estatal CCTV questionou o vídeo com Omran, exibindo as imagens de sofrimento, com o subtítulo “Vídeo suspeito de ser falso”. Sugeriram que o vídeo é parte de propaganda de guerra designada para justificar o envolvimento dos países ocidentais na Síria, com o argumento falso de altruísmo. “Os trabalhadores, em vez de avançaram prontamente para prestarem auxílio às vítimas, instalaram a câmara”, acrescenta. Omran e a família foram atingidos por escombros, na sequência dos bombardeamentos de quarta-feira passada no bairro de Qaterji, uma área no leste de Aleppo, controlada pelos rebeldes que combatem Assad. No vídeo, a criança surge numa ambulância, com os olhos fixados, antes de levantar os braços e tocar a testa coberta de sangue, olhando depois para mão, que limpa no assento cor de laranja. O irmão mais velho de Omran, Ali, morreu no sábado, após não ter resistido aos ferimentos provocados pelos bombardeamentos. A CCTV alega que o grupo de defesa civil sírio que filmou o vídeo, também conhecido como “Capacetes Brancos”, é de “discutível independência” e tem ligações ao exército do Reino Unido. Na semana passada, o oficial superior do exército chinês Guan Youfe reuniu com o ministro da Defesa da Síria, em Damasco, e afirmou que quer estreitar os laços militares com o governo sírio, segundo a imprensa estatal. O porta-voz do governo russo Igor Konashenkov classificou as imagens da criança como uma “exploração cínica” e “propaganda cliché contra a Rússia”. O conflito sírio causou já mais de 290.000 mortes e milhões de deslocados, desde o seu início, em 2011.