Hoje Macau China / ÁsiaAmnistia Internacional | Chinesa Haiyu viola leis moçambicanas de exploração mineira [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Amnistia Internacional acusa a empresa mineira chinesa Haiyu Mozambique Mining de violar as leis moçambicanas e internacionais numa exploração de areias pesadas em Nagonha (Nampula), considerando que a operação mineira resultou no desalojamento de 290 pessoas. “A Haiyu violou a legislação nacional nas áreas do ambiente e da exploração mineira. Antes de estabelecer as suas operações, a empresa não consultou os residentes de Nagonha; não realizou uma Avaliação de Impacto Ambiental adequada para identificar os riscos de minerar e despejar areias nas zonas húmidas; e não monitorizou e reportou os seus próprios impactos ambientais ao governo para verificação e aprovação”, indica a Amnistia Internacional num relatório que foi apresentado ontem em Maputo e ao qual a Agência Lusa teve acesso. No relatório “As Nossas Vidas Não Valem Nada – O Custo Humano da Exploração Mineira Chinesa em Nagonha, Moçambique”, a organização de direitos humanos considera que “as práticas da Haiyu transformaram a topografia da área e afectaram o sistema de drenagem das zonas húmidas”, alterações que “tiveram impactos negativos sobre o ambiente e a população local”. O mais importante desses impactos deu-se na manhã de 7 de Fevereiro de 2015, quando uma inundação súbita destruiu parcialmente Nagonha, uma aldeia litoral no distrito de Angoche, na província de Nampula, norte de Moçambique. “Quarenta e oito casas foram imediatamente arrastadas para o mar, pois a água das inundações abriu um novo canal em direcção ao mar que atravessou a aldeia, dividindo em duas a duna sobre a qual a aldeia está situada. As inundações deixaram cerca de 290 pessoas desalojadas. A edilidade local registou mais 173 casas parcialmente destruídas”, recorda a Amnistia Internacional (AI). Segundo os especialistas consultados pela AI, esta situação deveu-se ao “impacto das operações mineiras da Haiyu (…), nomeadamente o impacto das contínuas descargas de areias da mineração sobre as zonas húmidas e os cursos de água”, o que causou alteração na topografia e, em última análise, as inundações de Nagonha em 2015. Direito à terra Por outro lado, quando confrontada pelos residentes desalojados de Nagonha para a necessidade de os compensar pelos estragos, a empresa chinesa primeiro recusou e depois apresentou uma proposta considerada inaceitável. “O plano de reassentamento proposto pela Haiyu era extremamente inadequado e os residentes de Nagonha sentiram-se insultados e recusaram a oferta”, escreve a AI. Ou seja, para a organização não-governamental, “a Haiyu (…) não seguiu o processo de diligência devida adequado em termos de direitos humanos para identificar, impedir, atenuar e, se necessário, reparar os impactos adversos das suas operações sobre os residentes”. A AI considera também que o Governo moçambicano sabia que a Haiyu não tinha feito as avaliações de impactos ambientais nem, como é de lei, consultou os residentes em Nagonha para obter deles o “direito de uso e aproveitamento da terra” (DUAT), um direito que estes têm quando vivem num terreno por mais de dez anos. “O Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural (MITADER) tinha conhecimento de que a Haiyu não tinha consultado e ouvido os residentes de Nagonha para obter a transferência do DUAT” e “sabia que a Haiyu não tinha realizado as auditorias de impacto ambiental”, adianta a AI. Ainda assim, concluiu a AI, o governo permitiu que a Haiyu avançasse com a exploração mineira em Nagonha. “Apesar das provas sobre os impactos negativos das operações mineiras sobre as pessoas de Nagonha, o governo permitiu a continuação de práticas de exploração mineira prejudiciais, sem qualquer controlo. (…) As falhas do governo em fazer cumprir a legislação e regulamentos existentes constituem uma omissão evidente no seu dever de proteger os direitos humanos de interferências de actores não estatais”, aponta a ONG. A Haiyu, que explora areias pesadas em duas concessões em Nampula (Nagonha e Sangage) desde 2011, das quais extrai minerais como a ilmenite, o titânio e o zircão, continua a negar qualquer responsabilidade. “Em primeiro lugar, as chuvas foram intensas, muito violentas e de uma escala nunca vista durante 100 anos. Isto constitui força maior. Foi uma catástrofe natural, não foi provocada por actividade humana. Em segundo lugar, a extracção de areias pesadas envolve a separação por gravidade e os resíduos (na forma de areia branca, neste caso) são devolvidos ao seu ponto de origem, imediatamente após a separação. 99 por cento da areia permanece no seu ponto de origem e não é extraída. Isto contradiz a ideia de que houve uma alteração no canal para as águas subterrâneas, o que não é verdade”, argumentou a empresa numa mensagem à AI. Após ouvir especialistas, a AI considerou que “a reivindicação de que as chuvas de Fevereiro de 2015 ‘foram de uma escala nunca vista durante 100 anos’ é falsa”. A Haiyu continua a despejar areias sobre as zonas húmidas até hoje.
Hoje Macau SociedadeTáxis eléctricos | Recebidas mais de mil propostas de exploração [dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]ecorreu ontem o acto público de abertura de propostas para o concurso público de exploração de 100 licenças de táxis eléctricos. De acordo com um comunicado, a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) recebeu um total de 1024 propostas, com valores que variam entre as 810 e 988 mil patacas. Das 1024 propostas, houve 43 desistências e 13 não foram admitidas pelos responsáveis do concurso. A DSAT recorda que, apesar das críticas do sector relativamente à adopção de veículos eléctricos para este tipo de transporte, a verdade é que os números não ficaram aquém dos que foram registados nos concursos públicos anteriores. “O Governo lançou, no final de Fevereiro, o concurso público exigindo a utilização de veículos eléctricos de forma a corresponder ao desenvolvimento da protecção ambiental. Embora esta exigência tenha suscitado a apresentação de várias opiniões por parte do sector, foram recebidas 1.024 propostas pela Administração, valor superior às propostas recebidas nos concursos dos últimos três anos, atribuindo a este concurso público a maior percentagem de participação”, pode ler-se.
Hoje Macau SociedadePlataforma | Mercado de rua em Macau destaca produtos lusófonos [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] primeiro mercado de rua dedicado à promoção e distribuição de produtos lusófonos vai estar a funcionar em Macau até domingo, com 20 expositores de bebidas e alimentos locais e dos países de língua portuguesa. “O certame irá permitir que mais residentes e turistas possam entrar em contacto com a cultura e os produtos típicos da RAEM e dos países de língua portuguesa”, de acordo com um comunicado do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM), um dos organizadores do evento, divulgado na terça-feira. Além dos produtos alimentares, o mercado oferece também oficinas de pintura de azulejos portugueses, demonstrações de culinária, concertos de cantores macaenses e dos países de língua portuguesa, assim como actuações de bandas e danças, entre outros. O IPIM indicou esperar que os produtos dos países de língua portuguesa possam integrar-se nos bairros comunitários, “promovendo o fluxo de pessoas e consumo nos círculos comerciais na vizinhança”.
Hoje Macau SociedadeComércio externo de Macau sobe 26,8 por cento em Janeiro e Fevereiro [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] comércio externo de mercadorias de Macau subiu 26,8 por cento nos primeiros dois meses do ano, em relação ao período homólogo anterior, para 16,9 mil milhões de patacas, foi ontem divulgado. De acordo com a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), Macau exportou bens avaliados em 1,94 mil milhões de patacas, mais 3,4 por cento do que em Janeiro e Fevereiro de 2017. O défice da balança comercial dos dois primeiros meses de 2018 fixou-se nos 13 mil milhões de patacas, já que o valor das importações alcançou os 15 mil milhões de patacas, mais 30,6 por cento em termos anuais. Segundo a DSEC, as exportações para a China continental atingiram, no período em análise, 323 milhões de patacas, mais 38,4 por cento em termos anuais. O valor das exportações para as nove províncias do Delta do Rio das Pérolas, vizinhas de Macau, no sul do país, representaram 97,8 por cento da totalidade das exportações para a China continental. Já as vendas para os Estados Unidos e a União Europeia caíram 39,4 por cento e 33,2 por cento, respectivamente, em termos anuais. As exportações para Hong Kong registaram uma descida de 2 por cento.
Hoje Macau Manchete PolíticaZheng Xiaosong pede diplomas complementares ao artigo 23.º da Lei Básica [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] director do Gabinete de Ligação, Zheng Xiaosong, defendeu melhorias ao ordenamento jurídico de Macau, nomeadamente através da elaboração de leis complementares ao artigo 23.º da Lei Básica, de acordo com as necessidade reais do território. A ideia foi transmitida num encontro com o Chefe do Executivo e com deputados à Assembleia Legislativa (AL), noticiou o jornal Ou Mun. Esta posição parece ir ao encontro da manifestada recentemente num texto publicado no portal do gabinete do Secretário para a Segurança, que defende a revisão da Lei relativa à defesa da Segurança do Estado. Isto apesar de Wong Sio Chak ter referido não haver, de momento, “quaisquer orientações ou projectos concretos” para o diploma. Destacando que 2018 é o ano que dá início à implementação plena do espírito do 19.º Congresso do Partido Comunista da China, Zheng Xiaosong afirmou que o órgão legislativo tem grande responsabilidade em fomentar a implementação do princípio “Um País, Dois Sistemas”, defendendo ser necessário governar de acordo com a Constituição da China e a Lei Básica. Também se mostrou esperançado que os deputados desempenhem um papel de liderança a espalhar o amor por Macau e pela pátria, tendo salientado que, em nenhum momento, se permite que a segurança da soberania nacional seja prejudicada, ou que os poderes do Governo Central sejam desafiados. O director do Gabinete de Ligação sublinhou ainda que Macau é parte importante do desenvolvimento nacional. Zheng Xiaosong destacou ainda o papel de liderança desempenhado pelo Chefe do Executivo aquando da passagem do tufão Hato, no crescimento económico do território, as melhorias para a vida da população e a harmonia social. Por seu lado, o presidente da AL apelou aos deputados que estudem a Constituição da China com atenção, afirmando que espera unir os legisladores, sob o apoio do Gabinete de Ligação, numa visita a cidades da zona da Grande Baía para fazer preparação de trabalhos legislativos.
Hoje Macau PolíticaPCC | Si Ka Lon e Chan Kam Meng destacam papel de Macau [dropcap]S[/dropcap]i Ka Lon, delegado de Macau à Assembleia Popular Nacional (APN), e Chan Kam Meng, membro da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC), estiveram ontem presentes no programa “Fórum Macau”, do canal chinês da Rádio Macau, onde defenderam os contributos dos residentes de Macau nos órgãos políticos da China. Si Ka Lon, também deputado à Assembleia Legislativa, lembrou que Macau tem vindo a dar o seu contributo ao formar jovens da China nas suas universidades, tendo defendido que, com o projecto da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, haverá um maior fluxo de pessoas a trabalhar e viajar nestas regiões. Por sua vez, Chan Kam Meng destacou o trabalho dos residentes de Macau e Hong Kong na tentativa de redução da pobreza que ainda existe no Interior da China. Si Ka Lon explicou ainda que a maioria dos delegados à APN recolhem opiniões junto da sociedade para as mostrar em Pequim, e que reflectem as verdadeiras necessidades da população local. Já Chan Kam Meng frisou que tem tido contactos com residentes das classes sociais mais baixas, sendo a APN e CCPPC importantes canais de diálogo, que funcionam sem grandes obstáculos.
Hoje Macau China / Ásia MancheteDiplomacia | Líderes da Coreia do Norte e da China reuniram-se na capital chinesa Nem a China quer ser deixada de fora, nem a Coreia do Norte pretende transmitir essa mensagem numa altura em que faz uma aproximação a Washington e Seul, defendem analistas. A visita surpresa de Kim Jong-un a Pequim serve também para Pyongyang mostrar aos Estados Unidos e à Coreia do Sul que tem outras opções no caso do diálogo fracassar [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s rumores espalharam-se como um fogo florestal, mas só ontem chegou a confirmação oficial: os líderes da Coreia do Norte e de Pequim estiveram reunidos. Foi a primeira viagem de Kim Jong-un ao estrangeiro e o primeiro encontro que manteve com outro chefe de Estado desde que chegou ao poder em Dezembro de 2011. Tudo começou quando duas emissoras japonesas deram conta da chegada (imprevista) de um comboio blindado com origem da Coreia do Norte, acompanhada por um invulgar reforço da segurança em torno da residência de hóspedes de Diaoyutai, e limitações no acesso à Praça de Tiananmen, um protocolo habitual quando ocorrem visitas de líderes estrangeiros ao Grande Palácio do Povo. Tanto a China como a Coreia do Norte confirmaram finalmente a visita que Kim Jong-un realizou, de acordo com o China Daily entre domingo e quarta-feira. Durante a histórica estadia em Pequim, o líder norte-coreano transmitiu ao Presidente chinês, Xi Jinping, o seu compromisso para com a desnuclearização da península coreana. Segundo a agência oficial chinesa Xinhua, Kim revelou a Xi que a situação “estava a começar a melhorar”, afirmando estar “comprometido com a desnuclearização na península. Neste âmbito, o jovem líder, de 34 anos, afirmou que a desnuclearização pode ser alcançada. “Se a Coreia do Sul e os Estados Unidos responderem com boa vontade aos nossos esforços, criarem uma atmosfera de paz e estabilidade e tomarem medidas faseadas e sincronizadas para alcançar a paz, a questão da desnuclearização da península pode ser resolvida”, declarou Kim Jong-un. “Tive discussões frutuosas com Xi Jinping sobre o desenvolvimento das relações entre os dois partidos e os dois países, as nossas situações internas respectivas, a manutenção da paz e a estabilidade na península coreana, entre outras questões”, acrescentou. “Este ano têm havido mudanças promissoras na situação da península coreana e expressámos o nosso apreço pelos grandes esforços que a Coreia do Norte tem feito a este nível”, afirmou Xi Jinping, também citado pela Xinhua. Depois de anos de provocações, que ganharam forma em inúmeros testes nucleares e de mísseis, que lhe valeram sucessivas sanções impostas pela ONU, Pyongyang tem feito um esforço diplomático inesperado recentemente. O primeiro passo visível foi dado quando Kim Yo-jong, irmã de Kim Jong-un, liderou, no mês passado, uma delegação aos Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang que levou a conversações directas com a Coreia do Sul. Tanto que Kim deve encontrar-se com o Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, em Abril, assim como participar numa cimeira com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, possivelmente em Maio. Um compromisso que deve manter-se de pé, a avaliar pelas palavras de Kim Jong-un em Pequim que terá manifestado vontade de “ter um diálogo” com Washington. Não tirar o tapete Esta visita parece sugerir que Kim valoriza ou precisa do aval de Pequim ou, eventualmente, do seu aconselhamento, escreveu o New York Times. Enquanto faz uma aproximação aos Estados Unidos e à Coreia do Sul, Pyongyang não quer, porém, transmitir a mensagem de que a China foi posta de lado, defendem analistas. “Perante um potencial momento histórico, antes do início de uma peça dramática na península coreana, a China estava a perder o centro das atenções”, afirmou Cheng Xiaohe, especialista em assuntos da Coreia do Norte, na Universidade Renmin, em Pequim. “É extremamente difícil para os Estados Unidos fazer um roteiro para um processo de desnuclearização viável que vá ao encontro das condições prévias da Coreia do Norte sem o apoio ou envolvimento da China”, afirmou, citado pela agência Reuters. “A China quer mostrar que não pode ser deixada de parte”, frisou. Em paralelo, ao reforçar os laços com Pequim, a Coreia do Norte envia também uma sinal a Washington e a Seul de que tem outras opções caso o diálogo fracasse. Afinal, não obstante o recente distanciamento, Pequim é o mais importante aliado de Pyongyang. Para além da afinidade ideológica, a China combateu ao lado da Coreia do Norte na Guerra da Coreia (1950-53). “O Norte obviamente acredita que manter a sua tradicional relação com a China permite-lhe ter maior influência sobre os Estados Unidos”, afirmou Koh Yu-hwan, especialista em assuntos da Coreia do Norte, da Universidade sul-coreana de Dongguk, citado pela agência Associated Press. “Mesmo que o diálogo com Seul e Washington corra bem à Coreia do Norte, o país continuará a precisar da ajuda da China. E caso não funcione, a Coreia do Norte definitivamente precisará do apoio da China”, acrescentou. A visita de Kim ocorre também numa altura em que a economia norte-coreana é fortemente atingida pelas sanções impostas pelas Nações Unidas devido ao programa nuclear e de mísseis balísticos. As provocações do regime levaram Pequim a afastar-se e a aprovar as sanções no Conselho de Segurança da ONU, onde tem poder de veto. Cerca de 90 por cento do comércio externo da Coreia do Norte é feito com a China, sendo que, recentemente, Pequim restringiu o fornecimento de petróleo, levando o regime a procurar agora uma solução diplomática. Se, por um lado, a China não pretende ter uma ameaça nuclear junto às suas fronteiras, por outro, não deseja também o colapso de um regime que serve como tampão entre a fronteira chinesa e a Coreia do Sul, país aliado dos Estados Unidos. Com efeito, caso o diálogo com a Coreia do Sul e os Estados Unidos fracasse, Pyongyang poderá voltar a exibir as suas capacidades nucleares. Nesse caso, defende Du Hyeogn Cha, investigador do Instituto de Estudos Políticos de Asan, em Seul, a Coreia do Norte procurará que a China não se comprometa a reforçar ainda mais as sanções. Qualificada de “não oficial” pela China, apesar de terem sido publicadas fotografias dos dois líderes, a histórica deslocação à capital chinesa apenas foi confirmada por Pequim e Pyongyang depois de Kim Jong-un ter regressado ao hermético país. A acompanhar o líder norte-coreano esteve a sua mulher, Ri Sol-ju, e vários altos quadros de Pyongyang, incluindo o ministro dos Negócios Estrangeiros, Ri Yong Ho, e altos funcionários do Partido dos Trabalhadores. Descrevendo a visita como um “dever solene”, num banquete oferecido pelas autoridades chinesas, Kim Jong-un afirmou que não poderia ter escolhido outro destino. “É apropriado que a minha primeira visita ao estrangeiro seja à capital da República Popular da China, como é também um dos meus deveres valorizar a amizade entre a China e a Coreia do Norte, da mesma forma que valorizo a minha própria vida”, afirmou, de acordo com a KCNA. A agência de notícias oficial norte-coreana também destacou a “profunda” troca de opiniões sobre as relações bilaterais e a segurança na península coreana entre os dois líderes. Contudo, de acordo com o Guardian, não fez qualquer referência à promessa de desnuclearização feita por Kim Jong-un. Washington e Tóquio pedem explicações Horas depois de confirmada a realização da cimeira, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reagiu, afirmando estar ansioso por reunir-se com o líder norte-coreano. “Durante anos e através de diversas administrações toda a gente dizia que a paz e a desnuclearização da península coreana não eram sequer uma pequena possibilidade. Agora, há uma boa oportunidade de Kim Jong-un fazer o que é certo pelo seu povo e pela Humanidade”. Quem não gostou particularmente da visita surpresa foi Tóquio que pediu, entretanto, satisfações a Pequim. “Queremos receber uma explicação completa por parte da China”, afirmou ontem o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, durante um discurso no Parlamento, indicando que Tóquio “está a recolher e a analisar as informações desta visita secreta com grande interesse”. Apesar de valorizar a “disposição para o diálogo da Coreia do Norte”, Abe reiterou que Pyongyang “deve abandonar seus programas nucleares e de mísseis de forma completa e irreversível”. Forte defensor da política de “pressão máxima” sobre Pyongyang, em linha com Washington, o primeiro-ministro japonês tem mostrado cepticismo quanto à disposição do regime norte-coreano para dialogar.
Hoje Macau SociedadeCrime | Burlas telefónicas em Macau resultam em prejuízos de 418 mil patacas [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]ma vaga de burlas telefónicas em Macau resultou em prejuízos equivalentes a 418 mil patacas em menos de três meses, disse à Lusa a Polícia Judiciária (PJ). Desde o início do ano, foram já registados 452 casos de burla telefónica de acordo com dados da PJ, Polícia de Segurança Pública (PSP) e Serviços de Alfândega (SA). Entre Julho e Agosto de 2017, os alvos de burlas telefónicas foram, sobretudo, estudantes universitários e os prejuízos, registados em menos de um mês, rondaram as 13 milhões de patacas. Entre Setembro e Dezembro, os dados das autoridades apontavam para 1.596 casos e prejuízos superiores a 310 mil patacas. O esquema dos burlões é fazerem-se passar por funcionários públicos ou de órgãos jurídicos da China continental. A PJ indicou, na segunda-feira, ter detido um cidadão de Taiwan, apontado pelas autoridades como um dos principais membros de um grupo de burlas activo em Macau no verão passado.
Hoje Macau EventosClube Militar | Exposição de fotografias de Au Thien Yn inaugurada hoje [dropcap style≠’circle’]“S[/dropcap]entimentos e Paixão – Exposição de fotografias de Au Thien Yn” é hoje inaugurada no Clube Militar. Organizada pela Fundação Macau, a exposição mostra 70 obras do artista de Macau, estando também prevista a apresentação de um livro com imagens de Au Thien Yn. De acordo com um comunicado, “Au Thien Yn é um artista famoso de Macau e muito conhecido por ser um reputado fotógrafo e designer de arquitectura”, sendo também membro da Sociedade Real Fotográfica do Reino Unido. Em 1960 começou a estudar e a investigar as técnicas fotográficas e durante 10 anos, de 1978 a 1988, visitou o país para fotografar os costumes mais genuínos, as paisagens naturais e a ecologia do Interior da China no início da reforma e abertura ao exterior. Realizou exposições e intercâmbios de cultura fotográfica em várias cidades do Interior da China, incluindo Pequim, Guangzhou, Xinhui e Zhuzhou e em Taiwan. As fotografias em exposição no Clube Militar “versam sobre as paisagens e monumentos de Macau, nomeadamente o Lago Nam Van, o Lago Sai Van, a Capela de Nossa Senhora da Penha, o Farol da Guia, o Centro de Ciência de Macau, o Centro de Ecuménico Kun Iam, a Taipa Pequena, as Casas-Museu da Taipa e outros pontos turísticos muito conhecidos dos residentes.” “Sob os efeitos de luz e sombra diferentes, Au Thien Yn definiu a arquitectura de Macau, que apresenta os estilos chinês e ocidental do passado e de hoje, como a ‘Eternidade gloriosa’ que, além de mostrar o contexto histórico e cultural específico de Macau, também permite aos visitantes apreciar a composição única e os sentimentos do fotógrafo.” A exposição estará patente até à próxima terça-feira.
Hoje Macau EventosIC | Han Lili traduziu contos de Eça de Queiroz para chinês [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] subdirectora da Escola Superior de Línguas e Tradução do Instituto Politécnico de Macau (IPM), Han Lili, traduziu para chinês alguns contos do escritor português Eça de Queiroz, falecido no ano de 1900. De acordo com um comunicado, este trabalho integra o novo livro “Contos Seleccionados de Eça de Queiroz”, uma edição bilingue que se integra na “Colecção de Literatura Chinesa e Portuguesa”, publicada pelo Instituto Cultural (IC). De acordo com um comunicado oficial, o livro inclui os contos “Um Poeta Lírico”, “No Moinho”, “A Aia”, “O Suave Milagre”, “Singularidades de uma Rapariga Loura” e “O Tesouro”. Han Lili debruçou-se também sobre um conjunto de artigos que Eça de Queiroz publicou no jornal brasileiro Gazeta de Notícias, no ano de 1893, numa coluna que teve o nome “Chineses e Japoneses”. De frisar que a história de “Singularidades de uma Rapariga Loura” foi adaptado para cinema, em 2009, pelo realizador português Manoel de Oliveira. A publicação de obras no âmbito da “Colecção de Literatura Chinesa e Portuguesa” tem como objectivo, de acordo com o IC, que “autores e leitores ultrapassem barreiras linguísticas, reconhecendo outro mundo literário nas obras traduzidas para as línguas chinesa e portuguesa ou estrangeiras”. Neste sentido, “a publicação da edição traduzida dos ‘Contos Seleccionados de Eça de Queiroz’ permite dar a conhecer aos leitores o estilo de escrita realista das obras de Eça de Queiroz, aprofundando assim o intercâmbio da cultura luso-chinesa”. A sátira social Nascido em 1845, na Póvoa do Varzim, e falecido em França, Eça de Queiroz é um dos nomes mais sonantes do realismo literário português, tendo dedicado a sua vida à escrita de romances, contos e crónicas de jornal. O IC considera que “os seus textos têm um estilo de escrita objectivo, directo e repleto de sátira, suscitando, muitas vezes, a reflexão dos leitores através do riso”. Os seus livros “Os Maias”, leitura obrigatória no ensino secundário em Portugal, e “O Crime do Padre Amaro”, ambos adaptados para séries de televisão e filmes, são as obras mais conhecidas do autor. Estes romances “desvendam crimes e vícios da sociedade portuguesa de então”, tendo já sido traduzidas para mandarim nos anos 90. Formada na Universidade de Pequim e Universidade de Macau, Han Lili publicou uma série de obras, tais como a antologia de contos infantis “Climbing a Tree for Fish”, o poemário traduzido “Poemas de Nalan Xingde”, a antologia de co-tradução “Pluck a Lotus for Pleasure: Women Poets of the Song Dynasty” e “Antologia de Poetas Portugueses de Macau”. Publicou as suas colecções de poemas “The Story of Winter” e “Estória da Primavera”. O livro “Contos Seleccionados de Eça de Queiroz” encontra-se à venda por 100 patacas no Centro de Informações ao Público, no Plaza Cultural Macau, Lda., no Arquivo de Macau e no Centro Ecuménico Kum Iam.
Hoje Macau China / ÁsiaRússia | Pequim pede “tranquilidade” face a vaga de expulsão de diplomatas A China apelou ontem à “tranquilidade” e ao “abandono da mentalidade da Guerra Fria” após a expulsão de diplomatas russos por países em todo o mundo, na sequência do envenenamento do ex-espião russo Sergei Skripal no Reino Unido. “Os países implicados deviam obedecer à lei internacional e às normas básicas das relações diplomáticas, visando evitar uma maior escalada das confrontações”, disse a porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Hua Chunying. A porta-voz reagia assim à decisão dos Estados Unidos e cerca de vinte outros países de expulsar, no conjunto, quase uma centena de diplomatas russos dos seus territórios, em apoio ao Reino Unido. Na semana passada, Londres expulsou 23 funcionários como represália pelo alegado envenenamento com um gás neurotóxico do ex-espião russo Sergei Skripal e da sua filha. Hua afirmou que a China “se opõe firmemente ao uso de armas químicas”, mas defende que o caso “deve ser adequadamente tratado entre o Reino Unido e a Rússia, e os factos aclarados”. “Todas as partes deveriam abandonar a mentalidade da Guerra Fria, renunciar à confrontação e trabalhar em conjunto para a paz, estabilidade e tranquilidade”, disse. Hoje Macau China / ÁsiaEspaço | Faltam quatro dias para estação espacial chinesa atingir a Terra As últimas previsões apontam para que seja a 1 de Abril que os detritos da estação espacial chinesa, Tiangong-1, atinjam a Terra. A maior parte deverá desintegrar-se na reentrada na atmosfera A estação espacial chinesa, Tiangong-1, que pesa oito toneladas, deverá cair na Terra a 1 de Abril. A maior parte da infraestrutura deverá ser consumida na reentrada da atmosfera terrestre, devido às altas temperaturas, mas é provável que alguns detritos consigam sobreviver e atingir o Planeta. Fora de controlo desde 2016, o laboratório especial chinês, também conhecido por “Palácio Celestial”, deverá reentrar na atmosfera no próximo fim-de-semana, de acordo com as últimas estimativas da ESA. Uma estimativa, que diz o organismo, é “altamente variável”. As possibilidades de ser atingido por um detrito do Tiangong-1 são zero, refere o jornal britânico The Guardian. “Se qualquer uma das estações espaciais chegar à superfície, é improvável que acerte em pessoas”, é referido na publicação. Aliás, a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) referiu que não há registo de uma pessoa ter sido ferida por lixo espacial. “Existe mais probabilidade de se ser atingido por um carro ao atravessar uma rua de Sydney hoje do que de ser atingido pela estação espacial chinesa”, garante o engenheiro espacial Wareick Holmes, director executivo do Departamento de Engenharia Espacial da Faculdade de Aeronáutica da Universidade de Sidney. Citado pelo site ABC News, este especialista refere que cerca de 70 por cento da Terra é coberta por água e, por isso, há poucas hipóteses de os detritos da Tiangong-1 caírem em solo terrestre. Local de aterragem Segundo o The Guardian, a China não revelou todos os pormenores sobre a estação espacial, pelo que se torna difícil perceber quais as partes que podem sobreviver às altas temperaturas que se fazem sentir na reentrada da atmosfera terrestre. A ESA prevê que a reentrada na atmosfera possa acontecer sobre qualquer ponto da terra entre as latitudes 43ºN e 43ºS. “Áreas acima ou abaixo destas latitudes estão excluídas”, pode ler-se na página da Agência Espacial Europeia. O especialista espacial norte-americano William Ailor, citado pelo ABC News, afirma que será possível ver no céu os detritos da estação espacial como se fossem pequenas bolas de fogo em Adelaide, Camberra, Melbourne e Sidney. “É como um meteorito, mas é muito mais pequeno. Por isso é uma imagem bonita de se ver”, diz. A Tiangong-1 é a primeira estação espacial chinesa, lançada no espaço em Setembro de 2011. Pesa cerca de oito toneladas e mede 12 metros de comprimento. É descrita por um conselheiro da NASA, aquando do seu lançamento, como “um potente símbolo político” do país e parte de um ambicioso projecto científico da China em tornar-se uma superpotência espacial. Tiangong-1 é composta por dois módulos laboratoriais para experiências, revelou, em 2011, a agência de notícias chinesa Xinhua. Foi criada para durar uma década e apoiar astronautas em vários trabalhos científicos. A estação espacial recebeu várias missões, numa das quais fazia parte a primeira mulher chinesa astronauta, Liu Yang, em 2012. Hoje Macau China / ÁsiaChina | Lucros industriais aumentam em Janeiro e Fevereiro As principais empresas da China registaram crescimento anual de lucros nos primeiros dois meses do ano, anunciou o Departamento Nacional de Estatísticas (DNE). As companhias com receita anual de mais de 20 milhões de yuans relataram lucros de 969 biliões de yuans em Janeiro e Fevereiro, um aumento de 16,1 por cento em comparação com o ano anterior, segundo um comunicado do DNE. O índice foi 5,3 pontos percentuais maior que a taxa de crescimento registada em Dezembro de 2017. Entre as 41 indústrias pesquisadas, 29 obtiveram crescimento anual de lucro nos dois primeiros meses do ano. Todas as indústrias de produtos farmacêuticos, mineração de carvão e têxteis registaram um grau de crescimento mais rápido em Janeiro e Fevereiro, segundo o DNE. He Ping, investigador do departamento, comenta que “além do crescimento rápido e contínuo nos lucros industriais, foram feitas melhorias na eficiência e rentabilidade”. Nos primeiros dois meses, os custos por cada 100 yuans de receita das empresas industriais caíram 0,33 yuan em termos anuais, informou He. O técnico do DNE indicou que a razão de alavancagem das empresas industriais da China também diminuiu. Até o final de Fevereiro, a relação dívida/activos caiu 0,8 ponto percentual em relação ao ano anterior para ficar em 56,3 por cento. Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Líder norte-coreano fez uma visita não anunciada a Pequim O líder norte-coreano, Kim Jong-un, está em Pequim, numa visita histórica que as autoridades chinesas não confirmam e que antecede a cimeira com os presidentes sul-coreano e norte-americano [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Bloomberg cita múltiplas fontes, sem mencionar nomes “devido à sensibilidade da informação”, para garantir que Kim esteve na capital chinesa, na sua primeira deslocação ao exterior desde que ascendeu ao poder, em 2012. Na segunda-feira à noite, duas emissoras japonesas noticiaram a chegada de um comboio com origem na Coreia do Norte a Pequim, e um invulgar reforço da segurança em torno da residência onde altos quadros de Pyongyang costumam ficar na capital chinesa. As ruas em torno da Residência de Hóspedes Oficiais Diaoyutai estiveram ontem bloqueadas, enquanto agentes da polícia à paisana impedem fotógrafos de se aproximar do local, segundo a agência Associated Press. Um vídeo transmitido pela televisão japonesa NTV mostra várias limusinas pretas a aguardar na estação de comboios e soldados chineses a marchar na plataforma da estação, na noite de segunda-feira. Reportagens dão ainda conta de que foram tomadas fortes medidas de segurança na Ponte da Amizade, que liga a Coreia do Norte à China, antes do comboio atravessar. O acesso à praça de Tiananmen foi também limitado, um protocolo habitual quando ocorrem visitas de líderes estrangeiros ao Grande Palácio do Povo, que se encontra junto à praça. O comboio verde e amarelo, com 21 carruagens, é semelhante àquele que anteriormente transportou o ex-líder norte-coreano Kim Jong il, na sua última deslocação a Pequim, em 2011. Uma porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros disse não ter informações, enquanto a imprensa norte-coreana não noticiou qualquer visita oficial a Pequim. Amigos em Pequim O governo da Coreia do Sul afirmou, entretanto, que “mantém comunicações próximas com os países relevantes e que está a acompanhar a situação”. Kim Jong-un tem encontros planeados com o Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, no final de Abril, e com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Maio. Mas apesar de um encontro com líderes chineses não ter sido falado, Pequim continua a ser o mais importante aliado do regime norte-coreano. Os dois países são aliados, apesar do crescente distanciamento devido ao programa nuclear e de misseis balísticos empreendido por Pyongyang. Na semana passada, o jornal oficial do Partido Comunista Chinês Global Times defendeu a importância da aliança entre Pequim e Pyongyang. “Será difícil e perigoso [para Pyongyang] lidar só com Seul, Washington e Tóquio. O apoio da China pode reduzir em muito os riscos”, afirmou. O jornal lembrou que a aliança com a Coreia do Norte “favorece a estratégia periférica de Pequim e cria mais espaço para a China gerir os assuntos do nordeste da Ásia”. “Acreditamos ser extremamente necessário manter relações amigáveis entre a China e a Coreia do Norte e minimizar o impacto de outros países nesses laços”, disse.</p Hoje Macau SociedadeMacau Water | Concessionária registou lucros em 2017 A Macau Water registou lucros, após dedução de impostos, no valor de 77,5 milhões de patacas o ano passado. Entre os ganhos, 50,61 milhões de patacas resultaram “do seu principal serviço, o do abastecimento de água, que registou um decréscimo de três por cento face a 2016”, aponta um comunicado oficial. Neste sentido, a zona do Cotai registou um crescimento no consumo de água de seis por cento face a 2016. O ano passado a concessionária investiu um total de 233,3 milhões de patacas na construção de novas infra-estruturas, sendo uma delas a Estação de Tratamento de Águas de Seac Pai Van. Para este ano, a empresa “espera que o montante total do investimento em 2018 aumente para 400 milhões de patacas”. Entre os projectos a desenvolver estão a construção da referida estação de tratamento de água, “o reforço e melhoria das medidas de precaução em todas as estações de tratamento contra tufões e inundações, a manutenção e substituição da rede de condutas de abastecimento de água e melhoria dos vários sistemas de aplicação e promoção de tecnologias Smart Water”. Hoje Macau PolíticaCooperação | Macau e Siem Reap do Camboja assinam memorando [dropcap]O[/dropcap] Governo assinou um memorando de entendimento com a província de Siem Reap, do Camboja, para reforçar a cooperação no turismo, cultura e comércio, entre outras, indicou um comunicado oficial. Os objectivos deste entendimento bilateral são o reforço da colaboração nas “áreas do turismo, cultura, comércio, educação, ciência e tecnologia, protecção ambiental e preservação de património cultural”, acrescentou. Já em 2016, Macau e a província de Siem Reap tinham assinado um outro acordo, desta vez na área de formação turística. A província de Siem Reap acolheu em 2017 cerca de 5,5 milhões de turistas, a maioria dos quais oriundos da China. O memorando foi assinado pelo chefe do executivo de Macau e pelo governador da província de Siem Reap, Khim Bunsong. O comissário do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China na Região Administrativa Especial de Macau, Ye Dado, e alguns membros do Governo de Macau estiveram presentes na cerimónia, bem como vários responsáveis cambojanas. Hoje Macau EventosLisboa investe 110 mil euros na candidatura da calçada portuguesa a Património da Humanidade [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Câmara de Lisboa vai debater hoje uma proposta no sentido de atribuir um apoio de 110 mil euros à Associação Calçada Portuguesa (PORPAV), para aplicar na candidatura da calçada portuguesa a Património Cultural Imaterial da Humanidade. De acordo com a proposta, será debatida em reunião privada do executivo, e à qual a agência Lusa teve acesso, vai estar em cima da mesa a “transferência da comparticipação financeira para o ano de 2018, no valor de 110.000,00 euros (cento e dez mil euros), relativa à comparticipação da Câmara Municipal de Lisboa para o projeto de candidatura da Calçada Portuguesa a Património Cultural Imaterial da Humanidade” (da UNESCO). O documento, assinado pelos vereadores do Urbanismo (Manuel Salgado) e da Cultura (Catarina Vaz Pinto), lembra que a 15 de dezembro de 2016, foi “aprovada por unanimidade” em reunião de Câmara a autorização do “início da preparação do processo de candidatura da calçada portuguesa” a esta classificação. Para os eleitos, esta candidatura “constitui um instrumento muito interessante para assegurar o evidente interesse público local subjacente à proteção, promoção e valorização da calçada portuguesa enquanto património cultural da cidade de Lisboa”. Assim, a PORPAV incluiu no seu plano de atividades dar início a uma série de projetos “ainda no presente ano”, entre os quais um “levantamento exaustivo do património em calçada portuguesa na cidade de Lisboa e à identificação de elementos representativos da calçada portuguesa noutras cidades de Portugal e no mundo”. No plano de atividades da associação está prevista também a “criação e regulamentação de um programa de criação artística, tendo por base a calçada portuguesa”, bem como a “definição e calendarização de um plano, a curto e médio prazo, de ações de sensibilização e divulgação da calçada portuguesa”. De acordo com o protocolo que será assinado entre o município e a associação, e que é anexo à proposta, o financiamento será dividido, pelo que a Câmara de Lisboa vai transferir 66 mil euros “após a assinatura do protocolo”, 38.500 euros “no prazo de cinco meses a contar da assinatura” e o restante valor (5.500 euros) mediante a “apresentação do relatório” com “explicitação dos resultados alcançados e respetivos documentos justificativos da despesa, no prazo de 30 dias a contar da conclusão dos projetos”. O texto elenca que cabe à PORPAV a “realização dos estudos necessários com vista ao enquadramento da Calçada Portuguesa enquanto elemento a valorizar em diferentes vertentes: património cultural; património económico; património turístico; património ambiental”. A PORPAV fica também responsável pela ” definição da estrutura adequada ao processo da candidatura da calçada portuguesa a Património Cultural Imaterial da Humanidade, tendo nomeadamente presente os ‘timings’ [prazos] e as formalidades associados a estes processos”. O protocolo será válido durante um ano e “cessa com a conclusão dos projetos apoiados”, é referido. Na mesma reunião, os vereadores vão apreciar também a adjudicação à empresa ‘Construções Gabriel A.S. Couto, S.A.’ do projeto relativo aos realojamentos do Bairro da Cruz Vermelha, por 11.5 milhões de euros e com o prazo de execução de 600 dias. Em meados do ano passado, a Câmara de Lisboa estimou que a demolição integral do Bairro da Cruz Vermelha, na freguesia do Lumiar, ocorra em 2019, depois do realojamento dos moradores em novos ou reabilitados fogos. O projeto em causa prevê a construção de 130 fogos onde serão realojados os moradores do Bairro da Cruz Vermelha, depois da demolição integral daquele edificado. Hoje Macau EventosMacau acolhe pela primeira vez anúncio dos “50 Melhores Restaurantes da Ásia” [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]acau acolhe hoje, pela primeira vez, o anúncio da lista dos “50 Melhores Restaurantes da Ásia em 2018”, depois de hoje vários chefes de cozinha galardoados terem partilhado experiências numa sessão de conferências e demonstrações. As “50 Melhores Conversas” (“50 Best Talks”), que decorreram durante o dia de hoje num hotel de Macau, tiveram como pano de fundo o tema “Explorando a Identidade” na cozinha asiática, em que os ‘chefs’ partilharam histórias e novas tendências. Entre os vários oradores estiveram o premiado deste ano dos “50 Melhores Restaurantes” com o Prémio de Carreira, “número dois” da lista dos “50 Melhores Restaurantes da Ásia em 2017”, e o único chefe chinês na lista dos “50 Melhores Restaurantes do Mundo”, André Chiang, original da região de Taiwan, que falou sobre o seu percurso. Um dos outros intervientes foi a chefe japonesa Hiroe Higuchi, que falou sobre sustentabilidade e combinação de ingredientes japoneses com técnicas francesas. Organizada com o apoio da Direção dos Serviços de Turismo (DST), a cerimónia de divulgação da lista e a respetiva entrega de prémios são alguns dos eventos em destaque da iniciativa “2018 Ano da Gastronomia de Macau”. Macau entrou para a Rede de Cidades Criativas da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) na área da Gastronomia em 31 de outubro de 2017, tornando-se a terceira cidade na China, a seguir a Chengdu e Shunde, a conquistar tal feito. Por essa razão, foi nomeada também, pela primeira vez, como cidade anfitriã da cerimónia de entrega de prémios e outras atividades relacionadas entre 2018 e 2019, anunciou, em novembro, a DST. A lista dos 50 melhores restaurantes asiáticos é votada por um comité de 300 membros, incluindo especialistas de restauração, escritores especializados em gastronomia, ‘chefs’ e donos de restaurantes de toda a região asiática. Em 2017, dois restaurantes macaenses foram distinguidos, ocupando as posições 32 e 39 da tabela. Este ano, serão também entregues dez prémios especiais, incluindo o “Prémio Restaurante Sustentável”. Lançada em 2013, esta é uma adaptação regional da lista dos “50 melhores restaurantes do mundo”, publicada pela Restaurant Magazine, da empresa William Reed Business Media, desde 2002. Hoje Macau PolíticaCampo dos Operários | Song Pek Kei exige melhorias à gestão do estacionamento [dropcap style=’circle’] A [/dropcap] deputada Song Pek Kei interpelou o Governo sobre a gestão do parque de estacionamento no Campo dos Operários, perto da fronteira de Gongbei. Song Pek Kei fala de casos de estacionamentos ilegais por parte de veículos e a confusão da gestão do parque, o que causa dificuldades na circulação. A deputada fala de uma grande procura do parque por parte dos residentes, mas que existem muitos casos de ocupação indevida de lugares de estacionamento. Na sua interpelação, a deputada recorda que, em 2015, a Direcção dos Serviços de Finanças prometeu recuperar o auto-silo do Campo dos Operários e abrir um concurso público para a sua gestão. Contudo, passados três anos, Song Pek Kei lamenta que ainda não tenham sido registadas melhorias no funcionamento do espaço. Song Pek Kei denuncia também a existência de situações caóticas nos auto-silos públicos, geridos por empresas concessionárias, uma vez que permanecem muitos lugares ocupados por veículos. A deputada defende que muitos casos estão relacionados com as inundações causadas com a passagem do tufão Hato e a consequente falta de veículos para o respectivo reboque, bem como a acumulação de processos administrativos. Hoje Macau China / ÁsiaCooperação judicial com países lusófonos é de “grande importância” [dropcap style =’circle’] X [/dropcap] i Jinping considerou ser de “grande importância” o fórum de cooperação entre os sistemas judiciais dos países de língua portuguesa e da China, que arrancou em Cantão. “O encontro é de grande importância para promover o intercâmbio e cooperação judicial entre a China e outras nações”, escreveu Xi numa carta citada pela agência noticiosa oficial Xinhua. “O encontro vai ajudar no desenvolvimento de um ambiente legal favorável e na construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade”, disse Xi. O presidente do Tribunal Supremo de Justiça de Portugal, António Henriques Gaspar, esteve presente no encontro, assim como os seus homólogos da China, Angola, Brasil, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Moçambique e São Tome e Príncipe. Na ocasião, o juiz português afirmou que é a “altura certa para construir uma base de cooperação e intercâmbio” entre os sistemas judiciais dos países de língua portuguesa e da China. “Portugal está disposto a avançar com o diálogo mútuo e partilha de informação com a China”, afirmou o responsável português, segundo um comunicado difundido pelo Tribunal Supremo Popular da China. Apresentando pelas autoridades chinesas como um novo mecanismo de cooperação e intercâmbio entre a China e os países de língua portuguesa no domínio judicial, o fórum surge numa altura em que Pequim procura maior entrosamento com as autoridades estrangeiras, visando garantir o sucesso da “Nova Rota da Seda”. “O fórum servirá como uma nova plataforma e irá abrir um novo capítulo nos intercâmbios e comunicação no domínio jurídico”, afirmou Zhou Qiang, presidente do Tribunal Supremo Popular da China, num comunicado difundido por aquele organismo. “O Tribunal Supremo Popular da China está disposto a ter uma cooperação mais prática com os países de língua portuguesa no estudo de casos, treino de juízes, partilha de informação, protecção dos direitos de propriedade intelectual e combate contra crimes transnacionais”, disse. Segundo a Xinhua, que não avança com mais detalhes, o tema do fórum é a governança do ciberespaço. Hoje Macau China / ÁsiaParlamento da Birmânia vai eleger na quarta-feira um novo Presidente [dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] parlamento birmanês (Myanmar) agendou para quarta-feira a eleição do novo Presidente do país, depois da renúncia por motivos de saúde do anterior chefe de Estado, Htin Kyaw, noticiou a imprensa. O favorito para o cargo é Win Myint, que renunciou à presidência da câmara baixa do parlamento, tendo sido nomeado na sexta-feira por essa mesma instância candidato a chefe de Estado. À votação também se apresentará o vice-presidente e actual presidente em exercício, Myint Swe, e o segundo vice-presidente, Henry Van Thio. Win Myint, de 67 anos, é representante político da última junta militar e veterano da Liga Nacional para a Democracia (NLD), que tem o apoio da líder do governo, Aung San Suu Kyi. A Constituição birmanesa prevê que o presidente do país seja escolhido entre três candidatos propostos pela câmara alta e baixa do parlamento, e o exército, respectivamente, em votação conjunta da legislatura. Os dois candidatos derrotados são automaticamente nomeados vice-presidentes. O novo presidente substituirá Htin Kyaw, de 71 anos, que renunciou na quarta-feira, depois que o Governo ter admitido que o chefe do Executivo viajou várias vezes para o exterior para se submeter a tratamento médico. A Birmânia teve o seu primeiro Governo democraticamente eleito – o actual liderado pelo NLD – a 30 de Março de 2016, após quase meio século de ditadura militar. A última junta militar foi dissolvida em 2011 e transferiu o poder para um governo civil formado por ex-generais, que foi substituído pelo Executivo da NLD após a vitória dessa formação nas eleições de 2015. A Constituição birmanesa reserva amplos poderes para as Forças Armadas, incluindo um quarto das cadeiras do Parlamento e ministérios chave como o Interior, Defesa e Fronteiras. Hoje Macau China / ÁsiaColigação em Timor queixa-se de polícia que deteve equipa de comunicação A coligação timorense AMP criticou ontem a acção da polícia, que deteve para interrogatório membros da sua equipa de comunicação partidária, sem queixas ou indícios de qualquer crime e alegadamente por publicar comentários e opiniões na rede social Facebook [dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] Aliança de Mudança para o Progresso (AMP) – que reúne os partidos da oposição CNRT, PLP e KHUNTO – considera que se tratou de um “abuso de poder”, pelo que vai avançar com uma queixa civil contra a Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL). “A polícia cometeu um acto de abuso de poder. Não havia indício de qualquer crime, nem qualquer queixa. Dar opiniões no Facebook, ou onde quer que seja, não é crime. Insultos ou criticar o Governo não é crime”, afirmou o advogado Pedro Aparício, em conferência de imprensa. Pedro Aparício foi ontem apresentado por Arão Noé, um dos elementos da Comissão Jurídica da AMP, como o advogado que lidera a equipa jurídica que vai acompanhar os militantes e dirigentes da coligação durante o processo das eleições antecipadas de 12 de Maio. Arão Noé explicou que se trata de responder a eventuais incidentes que possam constituir “violações da lei eleitoral” ou das restantes leis timorenses e que afectem a equipa da AMP no terreno. Pedro Aparício explicou que, “de forma urgente”, a atenção vai concentrar-se, para já, na actuação da polícia relativamente à equipa de comunicação da AMP que foi interrogada e ouvida “sem qualquer indício de crime” ou “sem qualquer queixa”. “O serviço no media centre da AMP é apenas opinião, ideias, relacionadas com aspectos da liderança ou do Governo. Não constitui crime”, afirmou. “A polícia ultrapassou a sua competência. Ficamos tristes que a acção da polícia não tenha cumprido a lei, o código do processo penal e que isto ainda aconteça em 2018. Isto não devia acontecer num Estado de direito”, afirmou. Questionado pela Lusa sobre se a AMP não confia na capacidade de fiscalização eleitoral da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Arão Noé afirmou que sim, mas que não cabe à autoridade eleitoral levar o caso aos tribunais. “Como partido e como cidadãos, temos o dever de proteger os nossos militantes que foram atingidos como vítimas nesta acção. Temos responsabilidade e dever moral de proteger os nossos militantes e simpatizantes”, considerou. “Esta acção policial foi muito grave. A polícia não pode fazer este tipo de acções sem autorização do órgão judicial. A polícia tem que trabalhar conforme a lei diz e não fazer política dentro da polícia, não deve executar interesses políticos dentro da polícia”, considerou. Nas últimas semanas, várias pessoas, incluindo um assessor do primeiro-ministro, Mari Alkatiri, foram interrogadas pela polícia alegadamente por publicações no Facebook que incluem insultos e críticas aos líderes políticos do país. Os visados pela acção policial terão insultado quer líderes da Fretilin, no Governo, quer da AMP, na oposição, entre eles Alkatiri e Xanana Gusmão, presidente do CNRT. Hoje Macau China / ÁsiaCuca Roseta em exibição esgota bilhetes numa hora [dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] fadista portuguesa Cuca Roseta actuou no domingo à noite na mais prestigiada universidade da China, numa exibição rara do fado naquele país, para a qual os bilhetes esgotaram uma hora após colocados à venda. Acompanhada de três guitarristas, Cuca Roseta interpretou durante cerca de hora e meia um alinhamento que alternou entre temas tradicionais, como “Estranha Forma de Vida”, e outros mais dinâmicos, como “Marcha da Esperança”. “O meu fado não é propriamente ligado à tristeza”, comentou a fadista antes do espectáculo. “O fado é um reflexo do que nós somos: eu sou uma pessoa positiva, que agarra a tristeza e vê o lado bom da vida”, explicou. O concerto decorreu na sala de espectáculos da Qinghua, considerada a mais prestigiada universidade chinesa, localizada no norte de Pequim, e onde se formou o actual Presidente chinês, Xi Jinping, e o seu antecessor, Hu Jintao. Estabelecido em 1911, o campus da Qinghua foi construído a partir de um antigo jardim imperial do século XVIII, preservando os lagos, espaços verdes e edifícios centenários. A universidade tem mais de 25.000 estudantes, segundo o seu ‘site’ oficial. Lá fora, a temperatura ultrapassava os vinte graus, anunciando o início da primavera em Pequim. “Fantástico”, afirmou no final do concerto uma professora chinesa, que ouviu fado pela primeira vez numa visita recente a Portugal. “A sua música transmite tristeza e força”, disse. Guitarra na universidade Mas havia também quem fosse pesquisando pelo termo ‘Faduo’ (fado, em chinês) no Baidu, revelando o exotismo daquele género musical entre a plateia. “Comparado ao flamenco, por exemplo, o fado é ainda desconhecido do público chinês”, comentou uma jornalista chinesa. Tratou-se do segundo espectáculo de fado organizado numa universidade chinesa, depois de em 2014 a fadista Liana ter actuado na Beijing Language and Culture University (BLCU), também em Pequim. Colocados à venda há duas semanas, os bilhetes para o concerto de Cuca Roseta, com um custo de 100 yuan (quase 13 euros), esgotaram numa hora. Cuca Roseta já tocou em África, Américas e Europa, mas o concerto de domingo foi a sua estreia na Ásia. “Os estrangeiros não percebem a nossa língua, mas sentem a nossa música”, disse. “Porque somos muito calorosos e muito intensos e afectivos, passamos isso através da música: o fado transmite essas emoções sem fronteira e sem língua”. Hoje Macau China / ÁsiaPequim declara fim da “intimidação económica” norte-americana O ministério chinês dos Negócios Estrangeiros afirmou ontem que “terminou a intimidação económica e hegemonia” praticada pelos Estados Unidos, numa crítica à intenção de Washington de aumentar as taxas alfandegárias de produtos oriundos da China [dropcap style≠‘circle’]”A[/dropcap]ltos funcionários dos EUA afirmam que a era de rendição do seu país terminou, mas penso que estão enganados”, disse a porta-voz da diplomacia chinesa, Hua Chunying, numa referência às afirmações recentes do vice-presidente norte-americano, Mike Pence. “A sua intimidação económica e hegemonia é que terminaram”, acrescentou. Em conferência de imprensa, Hua afirmou que Washington deve voltar a respeitar as leis da Organização Mundial do Comércio “para salvaguardar os intercâmbios transparentes e não discriminatórios”. A porta-voz acrescentou que a China e os EUA negociaram no passado outras disputas comerciais e que essa porta de diálogo “continua aberta”, desde que aconteça “na base do respeito e do benefício mútuo”. A China “tem a confiança e a capacidade para defender os seus interesses legais”, afirmou. Matemática diferente O Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou, na semana passada, um aumento de 25 por cento e de 15 por cento nas taxas alfandegárias sobre o aço e alumínios importados da China, respectivamente. Trump aprovou ainda uma possível subida das taxas alfandegárias sobre produtos tecnológicos chineses, numa retaliação contra a alegada fraca protecção dos direitos de propriedade intelectual por Pequim. As medidas anunciadas por Trump poderão afectar as importações chinesas num valor de até mais de 48 mil milhões de euros. Pelas contas do Governo chinês, no ano passado, a China registou um superavit de 223,5 mil milhões de euros no comércio com os Estados Unidos. As contas de Washington fixam o superavit chinês ainda mais acima, em 304,1 mil milhões de euros. «1...677678679680681682683...852»
Hoje Macau China / ÁsiaEspaço | Faltam quatro dias para estação espacial chinesa atingir a Terra As últimas previsões apontam para que seja a 1 de Abril que os detritos da estação espacial chinesa, Tiangong-1, atinjam a Terra. A maior parte deverá desintegrar-se na reentrada na atmosfera A estação espacial chinesa, Tiangong-1, que pesa oito toneladas, deverá cair na Terra a 1 de Abril. A maior parte da infraestrutura deverá ser consumida na reentrada da atmosfera terrestre, devido às altas temperaturas, mas é provável que alguns detritos consigam sobreviver e atingir o Planeta. Fora de controlo desde 2016, o laboratório especial chinês, também conhecido por “Palácio Celestial”, deverá reentrar na atmosfera no próximo fim-de-semana, de acordo com as últimas estimativas da ESA. Uma estimativa, que diz o organismo, é “altamente variável”. As possibilidades de ser atingido por um detrito do Tiangong-1 são zero, refere o jornal britânico The Guardian. “Se qualquer uma das estações espaciais chegar à superfície, é improvável que acerte em pessoas”, é referido na publicação. Aliás, a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) referiu que não há registo de uma pessoa ter sido ferida por lixo espacial. “Existe mais probabilidade de se ser atingido por um carro ao atravessar uma rua de Sydney hoje do que de ser atingido pela estação espacial chinesa”, garante o engenheiro espacial Wareick Holmes, director executivo do Departamento de Engenharia Espacial da Faculdade de Aeronáutica da Universidade de Sidney. Citado pelo site ABC News, este especialista refere que cerca de 70 por cento da Terra é coberta por água e, por isso, há poucas hipóteses de os detritos da Tiangong-1 caírem em solo terrestre. Local de aterragem Segundo o The Guardian, a China não revelou todos os pormenores sobre a estação espacial, pelo que se torna difícil perceber quais as partes que podem sobreviver às altas temperaturas que se fazem sentir na reentrada da atmosfera terrestre. A ESA prevê que a reentrada na atmosfera possa acontecer sobre qualquer ponto da terra entre as latitudes 43ºN e 43ºS. “Áreas acima ou abaixo destas latitudes estão excluídas”, pode ler-se na página da Agência Espacial Europeia. O especialista espacial norte-americano William Ailor, citado pelo ABC News, afirma que será possível ver no céu os detritos da estação espacial como se fossem pequenas bolas de fogo em Adelaide, Camberra, Melbourne e Sidney. “É como um meteorito, mas é muito mais pequeno. Por isso é uma imagem bonita de se ver”, diz. A Tiangong-1 é a primeira estação espacial chinesa, lançada no espaço em Setembro de 2011. Pesa cerca de oito toneladas e mede 12 metros de comprimento. É descrita por um conselheiro da NASA, aquando do seu lançamento, como “um potente símbolo político” do país e parte de um ambicioso projecto científico da China em tornar-se uma superpotência espacial. Tiangong-1 é composta por dois módulos laboratoriais para experiências, revelou, em 2011, a agência de notícias chinesa Xinhua. Foi criada para durar uma década e apoiar astronautas em vários trabalhos científicos. A estação espacial recebeu várias missões, numa das quais fazia parte a primeira mulher chinesa astronauta, Liu Yang, em 2012. Hoje Macau China / ÁsiaChina | Lucros industriais aumentam em Janeiro e Fevereiro As principais empresas da China registaram crescimento anual de lucros nos primeiros dois meses do ano, anunciou o Departamento Nacional de Estatísticas (DNE). As companhias com receita anual de mais de 20 milhões de yuans relataram lucros de 969 biliões de yuans em Janeiro e Fevereiro, um aumento de 16,1 por cento em comparação com o ano anterior, segundo um comunicado do DNE. O índice foi 5,3 pontos percentuais maior que a taxa de crescimento registada em Dezembro de 2017. Entre as 41 indústrias pesquisadas, 29 obtiveram crescimento anual de lucro nos dois primeiros meses do ano. Todas as indústrias de produtos farmacêuticos, mineração de carvão e têxteis registaram um grau de crescimento mais rápido em Janeiro e Fevereiro, segundo o DNE. He Ping, investigador do departamento, comenta que “além do crescimento rápido e contínuo nos lucros industriais, foram feitas melhorias na eficiência e rentabilidade”. Nos primeiros dois meses, os custos por cada 100 yuans de receita das empresas industriais caíram 0,33 yuan em termos anuais, informou He. O técnico do DNE indicou que a razão de alavancagem das empresas industriais da China também diminuiu. Até o final de Fevereiro, a relação dívida/activos caiu 0,8 ponto percentual em relação ao ano anterior para ficar em 56,3 por cento. Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Líder norte-coreano fez uma visita não anunciada a Pequim O líder norte-coreano, Kim Jong-un, está em Pequim, numa visita histórica que as autoridades chinesas não confirmam e que antecede a cimeira com os presidentes sul-coreano e norte-americano [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Bloomberg cita múltiplas fontes, sem mencionar nomes “devido à sensibilidade da informação”, para garantir que Kim esteve na capital chinesa, na sua primeira deslocação ao exterior desde que ascendeu ao poder, em 2012. Na segunda-feira à noite, duas emissoras japonesas noticiaram a chegada de um comboio com origem na Coreia do Norte a Pequim, e um invulgar reforço da segurança em torno da residência onde altos quadros de Pyongyang costumam ficar na capital chinesa. As ruas em torno da Residência de Hóspedes Oficiais Diaoyutai estiveram ontem bloqueadas, enquanto agentes da polícia à paisana impedem fotógrafos de se aproximar do local, segundo a agência Associated Press. Um vídeo transmitido pela televisão japonesa NTV mostra várias limusinas pretas a aguardar na estação de comboios e soldados chineses a marchar na plataforma da estação, na noite de segunda-feira. Reportagens dão ainda conta de que foram tomadas fortes medidas de segurança na Ponte da Amizade, que liga a Coreia do Norte à China, antes do comboio atravessar. O acesso à praça de Tiananmen foi também limitado, um protocolo habitual quando ocorrem visitas de líderes estrangeiros ao Grande Palácio do Povo, que se encontra junto à praça. O comboio verde e amarelo, com 21 carruagens, é semelhante àquele que anteriormente transportou o ex-líder norte-coreano Kim Jong il, na sua última deslocação a Pequim, em 2011. Uma porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros disse não ter informações, enquanto a imprensa norte-coreana não noticiou qualquer visita oficial a Pequim. Amigos em Pequim O governo da Coreia do Sul afirmou, entretanto, que “mantém comunicações próximas com os países relevantes e que está a acompanhar a situação”. Kim Jong-un tem encontros planeados com o Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, no final de Abril, e com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Maio. Mas apesar de um encontro com líderes chineses não ter sido falado, Pequim continua a ser o mais importante aliado do regime norte-coreano. Os dois países são aliados, apesar do crescente distanciamento devido ao programa nuclear e de misseis balísticos empreendido por Pyongyang. Na semana passada, o jornal oficial do Partido Comunista Chinês Global Times defendeu a importância da aliança entre Pequim e Pyongyang. “Será difícil e perigoso [para Pyongyang] lidar só com Seul, Washington e Tóquio. O apoio da China pode reduzir em muito os riscos”, afirmou. O jornal lembrou que a aliança com a Coreia do Norte “favorece a estratégia periférica de Pequim e cria mais espaço para a China gerir os assuntos do nordeste da Ásia”. “Acreditamos ser extremamente necessário manter relações amigáveis entre a China e a Coreia do Norte e minimizar o impacto de outros países nesses laços”, disse.</p Hoje Macau SociedadeMacau Water | Concessionária registou lucros em 2017 A Macau Water registou lucros, após dedução de impostos, no valor de 77,5 milhões de patacas o ano passado. Entre os ganhos, 50,61 milhões de patacas resultaram “do seu principal serviço, o do abastecimento de água, que registou um decréscimo de três por cento face a 2016”, aponta um comunicado oficial. Neste sentido, a zona do Cotai registou um crescimento no consumo de água de seis por cento face a 2016. O ano passado a concessionária investiu um total de 233,3 milhões de patacas na construção de novas infra-estruturas, sendo uma delas a Estação de Tratamento de Águas de Seac Pai Van. Para este ano, a empresa “espera que o montante total do investimento em 2018 aumente para 400 milhões de patacas”. Entre os projectos a desenvolver estão a construção da referida estação de tratamento de água, “o reforço e melhoria das medidas de precaução em todas as estações de tratamento contra tufões e inundações, a manutenção e substituição da rede de condutas de abastecimento de água e melhoria dos vários sistemas de aplicação e promoção de tecnologias Smart Water”. Hoje Macau PolíticaCooperação | Macau e Siem Reap do Camboja assinam memorando [dropcap]O[/dropcap] Governo assinou um memorando de entendimento com a província de Siem Reap, do Camboja, para reforçar a cooperação no turismo, cultura e comércio, entre outras, indicou um comunicado oficial. Os objectivos deste entendimento bilateral são o reforço da colaboração nas “áreas do turismo, cultura, comércio, educação, ciência e tecnologia, protecção ambiental e preservação de património cultural”, acrescentou. Já em 2016, Macau e a província de Siem Reap tinham assinado um outro acordo, desta vez na área de formação turística. A província de Siem Reap acolheu em 2017 cerca de 5,5 milhões de turistas, a maioria dos quais oriundos da China. O memorando foi assinado pelo chefe do executivo de Macau e pelo governador da província de Siem Reap, Khim Bunsong. O comissário do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China na Região Administrativa Especial de Macau, Ye Dado, e alguns membros do Governo de Macau estiveram presentes na cerimónia, bem como vários responsáveis cambojanas. Hoje Macau EventosLisboa investe 110 mil euros na candidatura da calçada portuguesa a Património da Humanidade [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Câmara de Lisboa vai debater hoje uma proposta no sentido de atribuir um apoio de 110 mil euros à Associação Calçada Portuguesa (PORPAV), para aplicar na candidatura da calçada portuguesa a Património Cultural Imaterial da Humanidade. De acordo com a proposta, será debatida em reunião privada do executivo, e à qual a agência Lusa teve acesso, vai estar em cima da mesa a “transferência da comparticipação financeira para o ano de 2018, no valor de 110.000,00 euros (cento e dez mil euros), relativa à comparticipação da Câmara Municipal de Lisboa para o projeto de candidatura da Calçada Portuguesa a Património Cultural Imaterial da Humanidade” (da UNESCO). O documento, assinado pelos vereadores do Urbanismo (Manuel Salgado) e da Cultura (Catarina Vaz Pinto), lembra que a 15 de dezembro de 2016, foi “aprovada por unanimidade” em reunião de Câmara a autorização do “início da preparação do processo de candidatura da calçada portuguesa” a esta classificação. Para os eleitos, esta candidatura “constitui um instrumento muito interessante para assegurar o evidente interesse público local subjacente à proteção, promoção e valorização da calçada portuguesa enquanto património cultural da cidade de Lisboa”. Assim, a PORPAV incluiu no seu plano de atividades dar início a uma série de projetos “ainda no presente ano”, entre os quais um “levantamento exaustivo do património em calçada portuguesa na cidade de Lisboa e à identificação de elementos representativos da calçada portuguesa noutras cidades de Portugal e no mundo”. No plano de atividades da associação está prevista também a “criação e regulamentação de um programa de criação artística, tendo por base a calçada portuguesa”, bem como a “definição e calendarização de um plano, a curto e médio prazo, de ações de sensibilização e divulgação da calçada portuguesa”. De acordo com o protocolo que será assinado entre o município e a associação, e que é anexo à proposta, o financiamento será dividido, pelo que a Câmara de Lisboa vai transferir 66 mil euros “após a assinatura do protocolo”, 38.500 euros “no prazo de cinco meses a contar da assinatura” e o restante valor (5.500 euros) mediante a “apresentação do relatório” com “explicitação dos resultados alcançados e respetivos documentos justificativos da despesa, no prazo de 30 dias a contar da conclusão dos projetos”. O texto elenca que cabe à PORPAV a “realização dos estudos necessários com vista ao enquadramento da Calçada Portuguesa enquanto elemento a valorizar em diferentes vertentes: património cultural; património económico; património turístico; património ambiental”. A PORPAV fica também responsável pela ” definição da estrutura adequada ao processo da candidatura da calçada portuguesa a Património Cultural Imaterial da Humanidade, tendo nomeadamente presente os ‘timings’ [prazos] e as formalidades associados a estes processos”. O protocolo será válido durante um ano e “cessa com a conclusão dos projetos apoiados”, é referido. Na mesma reunião, os vereadores vão apreciar também a adjudicação à empresa ‘Construções Gabriel A.S. Couto, S.A.’ do projeto relativo aos realojamentos do Bairro da Cruz Vermelha, por 11.5 milhões de euros e com o prazo de execução de 600 dias. Em meados do ano passado, a Câmara de Lisboa estimou que a demolição integral do Bairro da Cruz Vermelha, na freguesia do Lumiar, ocorra em 2019, depois do realojamento dos moradores em novos ou reabilitados fogos. O projeto em causa prevê a construção de 130 fogos onde serão realojados os moradores do Bairro da Cruz Vermelha, depois da demolição integral daquele edificado. Hoje Macau EventosMacau acolhe pela primeira vez anúncio dos “50 Melhores Restaurantes da Ásia” [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]acau acolhe hoje, pela primeira vez, o anúncio da lista dos “50 Melhores Restaurantes da Ásia em 2018”, depois de hoje vários chefes de cozinha galardoados terem partilhado experiências numa sessão de conferências e demonstrações. As “50 Melhores Conversas” (“50 Best Talks”), que decorreram durante o dia de hoje num hotel de Macau, tiveram como pano de fundo o tema “Explorando a Identidade” na cozinha asiática, em que os ‘chefs’ partilharam histórias e novas tendências. Entre os vários oradores estiveram o premiado deste ano dos “50 Melhores Restaurantes” com o Prémio de Carreira, “número dois” da lista dos “50 Melhores Restaurantes da Ásia em 2017”, e o único chefe chinês na lista dos “50 Melhores Restaurantes do Mundo”, André Chiang, original da região de Taiwan, que falou sobre o seu percurso. Um dos outros intervientes foi a chefe japonesa Hiroe Higuchi, que falou sobre sustentabilidade e combinação de ingredientes japoneses com técnicas francesas. Organizada com o apoio da Direção dos Serviços de Turismo (DST), a cerimónia de divulgação da lista e a respetiva entrega de prémios são alguns dos eventos em destaque da iniciativa “2018 Ano da Gastronomia de Macau”. Macau entrou para a Rede de Cidades Criativas da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) na área da Gastronomia em 31 de outubro de 2017, tornando-se a terceira cidade na China, a seguir a Chengdu e Shunde, a conquistar tal feito. Por essa razão, foi nomeada também, pela primeira vez, como cidade anfitriã da cerimónia de entrega de prémios e outras atividades relacionadas entre 2018 e 2019, anunciou, em novembro, a DST. A lista dos 50 melhores restaurantes asiáticos é votada por um comité de 300 membros, incluindo especialistas de restauração, escritores especializados em gastronomia, ‘chefs’ e donos de restaurantes de toda a região asiática. Em 2017, dois restaurantes macaenses foram distinguidos, ocupando as posições 32 e 39 da tabela. Este ano, serão também entregues dez prémios especiais, incluindo o “Prémio Restaurante Sustentável”. Lançada em 2013, esta é uma adaptação regional da lista dos “50 melhores restaurantes do mundo”, publicada pela Restaurant Magazine, da empresa William Reed Business Media, desde 2002. Hoje Macau PolíticaCampo dos Operários | Song Pek Kei exige melhorias à gestão do estacionamento [dropcap style=’circle’] A [/dropcap] deputada Song Pek Kei interpelou o Governo sobre a gestão do parque de estacionamento no Campo dos Operários, perto da fronteira de Gongbei. Song Pek Kei fala de casos de estacionamentos ilegais por parte de veículos e a confusão da gestão do parque, o que causa dificuldades na circulação. A deputada fala de uma grande procura do parque por parte dos residentes, mas que existem muitos casos de ocupação indevida de lugares de estacionamento. Na sua interpelação, a deputada recorda que, em 2015, a Direcção dos Serviços de Finanças prometeu recuperar o auto-silo do Campo dos Operários e abrir um concurso público para a sua gestão. Contudo, passados três anos, Song Pek Kei lamenta que ainda não tenham sido registadas melhorias no funcionamento do espaço. Song Pek Kei denuncia também a existência de situações caóticas nos auto-silos públicos, geridos por empresas concessionárias, uma vez que permanecem muitos lugares ocupados por veículos. A deputada defende que muitos casos estão relacionados com as inundações causadas com a passagem do tufão Hato e a consequente falta de veículos para o respectivo reboque, bem como a acumulação de processos administrativos. Hoje Macau China / ÁsiaCooperação judicial com países lusófonos é de “grande importância” [dropcap style =’circle’] X [/dropcap] i Jinping considerou ser de “grande importância” o fórum de cooperação entre os sistemas judiciais dos países de língua portuguesa e da China, que arrancou em Cantão. “O encontro é de grande importância para promover o intercâmbio e cooperação judicial entre a China e outras nações”, escreveu Xi numa carta citada pela agência noticiosa oficial Xinhua. “O encontro vai ajudar no desenvolvimento de um ambiente legal favorável e na construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade”, disse Xi. O presidente do Tribunal Supremo de Justiça de Portugal, António Henriques Gaspar, esteve presente no encontro, assim como os seus homólogos da China, Angola, Brasil, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Moçambique e São Tome e Príncipe. Na ocasião, o juiz português afirmou que é a “altura certa para construir uma base de cooperação e intercâmbio” entre os sistemas judiciais dos países de língua portuguesa e da China. “Portugal está disposto a avançar com o diálogo mútuo e partilha de informação com a China”, afirmou o responsável português, segundo um comunicado difundido pelo Tribunal Supremo Popular da China. Apresentando pelas autoridades chinesas como um novo mecanismo de cooperação e intercâmbio entre a China e os países de língua portuguesa no domínio judicial, o fórum surge numa altura em que Pequim procura maior entrosamento com as autoridades estrangeiras, visando garantir o sucesso da “Nova Rota da Seda”. “O fórum servirá como uma nova plataforma e irá abrir um novo capítulo nos intercâmbios e comunicação no domínio jurídico”, afirmou Zhou Qiang, presidente do Tribunal Supremo Popular da China, num comunicado difundido por aquele organismo. “O Tribunal Supremo Popular da China está disposto a ter uma cooperação mais prática com os países de língua portuguesa no estudo de casos, treino de juízes, partilha de informação, protecção dos direitos de propriedade intelectual e combate contra crimes transnacionais”, disse. Segundo a Xinhua, que não avança com mais detalhes, o tema do fórum é a governança do ciberespaço. Hoje Macau China / ÁsiaParlamento da Birmânia vai eleger na quarta-feira um novo Presidente [dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] parlamento birmanês (Myanmar) agendou para quarta-feira a eleição do novo Presidente do país, depois da renúncia por motivos de saúde do anterior chefe de Estado, Htin Kyaw, noticiou a imprensa. O favorito para o cargo é Win Myint, que renunciou à presidência da câmara baixa do parlamento, tendo sido nomeado na sexta-feira por essa mesma instância candidato a chefe de Estado. À votação também se apresentará o vice-presidente e actual presidente em exercício, Myint Swe, e o segundo vice-presidente, Henry Van Thio. Win Myint, de 67 anos, é representante político da última junta militar e veterano da Liga Nacional para a Democracia (NLD), que tem o apoio da líder do governo, Aung San Suu Kyi. A Constituição birmanesa prevê que o presidente do país seja escolhido entre três candidatos propostos pela câmara alta e baixa do parlamento, e o exército, respectivamente, em votação conjunta da legislatura. Os dois candidatos derrotados são automaticamente nomeados vice-presidentes. O novo presidente substituirá Htin Kyaw, de 71 anos, que renunciou na quarta-feira, depois que o Governo ter admitido que o chefe do Executivo viajou várias vezes para o exterior para se submeter a tratamento médico. A Birmânia teve o seu primeiro Governo democraticamente eleito – o actual liderado pelo NLD – a 30 de Março de 2016, após quase meio século de ditadura militar. A última junta militar foi dissolvida em 2011 e transferiu o poder para um governo civil formado por ex-generais, que foi substituído pelo Executivo da NLD após a vitória dessa formação nas eleições de 2015. A Constituição birmanesa reserva amplos poderes para as Forças Armadas, incluindo um quarto das cadeiras do Parlamento e ministérios chave como o Interior, Defesa e Fronteiras. Hoje Macau China / ÁsiaColigação em Timor queixa-se de polícia que deteve equipa de comunicação A coligação timorense AMP criticou ontem a acção da polícia, que deteve para interrogatório membros da sua equipa de comunicação partidária, sem queixas ou indícios de qualquer crime e alegadamente por publicar comentários e opiniões na rede social Facebook [dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] Aliança de Mudança para o Progresso (AMP) – que reúne os partidos da oposição CNRT, PLP e KHUNTO – considera que se tratou de um “abuso de poder”, pelo que vai avançar com uma queixa civil contra a Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL). “A polícia cometeu um acto de abuso de poder. Não havia indício de qualquer crime, nem qualquer queixa. Dar opiniões no Facebook, ou onde quer que seja, não é crime. Insultos ou criticar o Governo não é crime”, afirmou o advogado Pedro Aparício, em conferência de imprensa. Pedro Aparício foi ontem apresentado por Arão Noé, um dos elementos da Comissão Jurídica da AMP, como o advogado que lidera a equipa jurídica que vai acompanhar os militantes e dirigentes da coligação durante o processo das eleições antecipadas de 12 de Maio. Arão Noé explicou que se trata de responder a eventuais incidentes que possam constituir “violações da lei eleitoral” ou das restantes leis timorenses e que afectem a equipa da AMP no terreno. Pedro Aparício explicou que, “de forma urgente”, a atenção vai concentrar-se, para já, na actuação da polícia relativamente à equipa de comunicação da AMP que foi interrogada e ouvida “sem qualquer indício de crime” ou “sem qualquer queixa”. “O serviço no media centre da AMP é apenas opinião, ideias, relacionadas com aspectos da liderança ou do Governo. Não constitui crime”, afirmou. “A polícia ultrapassou a sua competência. Ficamos tristes que a acção da polícia não tenha cumprido a lei, o código do processo penal e que isto ainda aconteça em 2018. Isto não devia acontecer num Estado de direito”, afirmou. Questionado pela Lusa sobre se a AMP não confia na capacidade de fiscalização eleitoral da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Arão Noé afirmou que sim, mas que não cabe à autoridade eleitoral levar o caso aos tribunais. “Como partido e como cidadãos, temos o dever de proteger os nossos militantes que foram atingidos como vítimas nesta acção. Temos responsabilidade e dever moral de proteger os nossos militantes e simpatizantes”, considerou. “Esta acção policial foi muito grave. A polícia não pode fazer este tipo de acções sem autorização do órgão judicial. A polícia tem que trabalhar conforme a lei diz e não fazer política dentro da polícia, não deve executar interesses políticos dentro da polícia”, considerou. Nas últimas semanas, várias pessoas, incluindo um assessor do primeiro-ministro, Mari Alkatiri, foram interrogadas pela polícia alegadamente por publicações no Facebook que incluem insultos e críticas aos líderes políticos do país. Os visados pela acção policial terão insultado quer líderes da Fretilin, no Governo, quer da AMP, na oposição, entre eles Alkatiri e Xanana Gusmão, presidente do CNRT. Hoje Macau China / ÁsiaCuca Roseta em exibição esgota bilhetes numa hora [dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] fadista portuguesa Cuca Roseta actuou no domingo à noite na mais prestigiada universidade da China, numa exibição rara do fado naquele país, para a qual os bilhetes esgotaram uma hora após colocados à venda. Acompanhada de três guitarristas, Cuca Roseta interpretou durante cerca de hora e meia um alinhamento que alternou entre temas tradicionais, como “Estranha Forma de Vida”, e outros mais dinâmicos, como “Marcha da Esperança”. “O meu fado não é propriamente ligado à tristeza”, comentou a fadista antes do espectáculo. “O fado é um reflexo do que nós somos: eu sou uma pessoa positiva, que agarra a tristeza e vê o lado bom da vida”, explicou. O concerto decorreu na sala de espectáculos da Qinghua, considerada a mais prestigiada universidade chinesa, localizada no norte de Pequim, e onde se formou o actual Presidente chinês, Xi Jinping, e o seu antecessor, Hu Jintao. Estabelecido em 1911, o campus da Qinghua foi construído a partir de um antigo jardim imperial do século XVIII, preservando os lagos, espaços verdes e edifícios centenários. A universidade tem mais de 25.000 estudantes, segundo o seu ‘site’ oficial. Lá fora, a temperatura ultrapassava os vinte graus, anunciando o início da primavera em Pequim. “Fantástico”, afirmou no final do concerto uma professora chinesa, que ouviu fado pela primeira vez numa visita recente a Portugal. “A sua música transmite tristeza e força”, disse. Guitarra na universidade Mas havia também quem fosse pesquisando pelo termo ‘Faduo’ (fado, em chinês) no Baidu, revelando o exotismo daquele género musical entre a plateia. “Comparado ao flamenco, por exemplo, o fado é ainda desconhecido do público chinês”, comentou uma jornalista chinesa. Tratou-se do segundo espectáculo de fado organizado numa universidade chinesa, depois de em 2014 a fadista Liana ter actuado na Beijing Language and Culture University (BLCU), também em Pequim. Colocados à venda há duas semanas, os bilhetes para o concerto de Cuca Roseta, com um custo de 100 yuan (quase 13 euros), esgotaram numa hora. Cuca Roseta já tocou em África, Américas e Europa, mas o concerto de domingo foi a sua estreia na Ásia. “Os estrangeiros não percebem a nossa língua, mas sentem a nossa música”, disse. “Porque somos muito calorosos e muito intensos e afectivos, passamos isso através da música: o fado transmite essas emoções sem fronteira e sem língua”. Hoje Macau China / ÁsiaPequim declara fim da “intimidação económica” norte-americana O ministério chinês dos Negócios Estrangeiros afirmou ontem que “terminou a intimidação económica e hegemonia” praticada pelos Estados Unidos, numa crítica à intenção de Washington de aumentar as taxas alfandegárias de produtos oriundos da China [dropcap style≠‘circle’]”A[/dropcap]ltos funcionários dos EUA afirmam que a era de rendição do seu país terminou, mas penso que estão enganados”, disse a porta-voz da diplomacia chinesa, Hua Chunying, numa referência às afirmações recentes do vice-presidente norte-americano, Mike Pence. “A sua intimidação económica e hegemonia é que terminaram”, acrescentou. Em conferência de imprensa, Hua afirmou que Washington deve voltar a respeitar as leis da Organização Mundial do Comércio “para salvaguardar os intercâmbios transparentes e não discriminatórios”. A porta-voz acrescentou que a China e os EUA negociaram no passado outras disputas comerciais e que essa porta de diálogo “continua aberta”, desde que aconteça “na base do respeito e do benefício mútuo”. A China “tem a confiança e a capacidade para defender os seus interesses legais”, afirmou. Matemática diferente O Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou, na semana passada, um aumento de 25 por cento e de 15 por cento nas taxas alfandegárias sobre o aço e alumínios importados da China, respectivamente. Trump aprovou ainda uma possível subida das taxas alfandegárias sobre produtos tecnológicos chineses, numa retaliação contra a alegada fraca protecção dos direitos de propriedade intelectual por Pequim. As medidas anunciadas por Trump poderão afectar as importações chinesas num valor de até mais de 48 mil milhões de euros. Pelas contas do Governo chinês, no ano passado, a China registou um superavit de 223,5 mil milhões de euros no comércio com os Estados Unidos. As contas de Washington fixam o superavit chinês ainda mais acima, em 304,1 mil milhões de euros. «1...677678679680681682683...852»
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Lucros industriais aumentam em Janeiro e Fevereiro As principais empresas da China registaram crescimento anual de lucros nos primeiros dois meses do ano, anunciou o Departamento Nacional de Estatísticas (DNE). As companhias com receita anual de mais de 20 milhões de yuans relataram lucros de 969 biliões de yuans em Janeiro e Fevereiro, um aumento de 16,1 por cento em comparação com o ano anterior, segundo um comunicado do DNE. O índice foi 5,3 pontos percentuais maior que a taxa de crescimento registada em Dezembro de 2017. Entre as 41 indústrias pesquisadas, 29 obtiveram crescimento anual de lucro nos dois primeiros meses do ano. Todas as indústrias de produtos farmacêuticos, mineração de carvão e têxteis registaram um grau de crescimento mais rápido em Janeiro e Fevereiro, segundo o DNE. He Ping, investigador do departamento, comenta que “além do crescimento rápido e contínuo nos lucros industriais, foram feitas melhorias na eficiência e rentabilidade”. Nos primeiros dois meses, os custos por cada 100 yuans de receita das empresas industriais caíram 0,33 yuan em termos anuais, informou He. O técnico do DNE indicou que a razão de alavancagem das empresas industriais da China também diminuiu. Até o final de Fevereiro, a relação dívida/activos caiu 0,8 ponto percentual em relação ao ano anterior para ficar em 56,3 por cento. Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Líder norte-coreano fez uma visita não anunciada a Pequim O líder norte-coreano, Kim Jong-un, está em Pequim, numa visita histórica que as autoridades chinesas não confirmam e que antecede a cimeira com os presidentes sul-coreano e norte-americano [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Bloomberg cita múltiplas fontes, sem mencionar nomes “devido à sensibilidade da informação”, para garantir que Kim esteve na capital chinesa, na sua primeira deslocação ao exterior desde que ascendeu ao poder, em 2012. Na segunda-feira à noite, duas emissoras japonesas noticiaram a chegada de um comboio com origem na Coreia do Norte a Pequim, e um invulgar reforço da segurança em torno da residência onde altos quadros de Pyongyang costumam ficar na capital chinesa. As ruas em torno da Residência de Hóspedes Oficiais Diaoyutai estiveram ontem bloqueadas, enquanto agentes da polícia à paisana impedem fotógrafos de se aproximar do local, segundo a agência Associated Press. Um vídeo transmitido pela televisão japonesa NTV mostra várias limusinas pretas a aguardar na estação de comboios e soldados chineses a marchar na plataforma da estação, na noite de segunda-feira. Reportagens dão ainda conta de que foram tomadas fortes medidas de segurança na Ponte da Amizade, que liga a Coreia do Norte à China, antes do comboio atravessar. O acesso à praça de Tiananmen foi também limitado, um protocolo habitual quando ocorrem visitas de líderes estrangeiros ao Grande Palácio do Povo, que se encontra junto à praça. O comboio verde e amarelo, com 21 carruagens, é semelhante àquele que anteriormente transportou o ex-líder norte-coreano Kim Jong il, na sua última deslocação a Pequim, em 2011. Uma porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros disse não ter informações, enquanto a imprensa norte-coreana não noticiou qualquer visita oficial a Pequim. Amigos em Pequim O governo da Coreia do Sul afirmou, entretanto, que “mantém comunicações próximas com os países relevantes e que está a acompanhar a situação”. Kim Jong-un tem encontros planeados com o Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, no final de Abril, e com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Maio. Mas apesar de um encontro com líderes chineses não ter sido falado, Pequim continua a ser o mais importante aliado do regime norte-coreano. Os dois países são aliados, apesar do crescente distanciamento devido ao programa nuclear e de misseis balísticos empreendido por Pyongyang. Na semana passada, o jornal oficial do Partido Comunista Chinês Global Times defendeu a importância da aliança entre Pequim e Pyongyang. “Será difícil e perigoso [para Pyongyang] lidar só com Seul, Washington e Tóquio. O apoio da China pode reduzir em muito os riscos”, afirmou. O jornal lembrou que a aliança com a Coreia do Norte “favorece a estratégia periférica de Pequim e cria mais espaço para a China gerir os assuntos do nordeste da Ásia”. “Acreditamos ser extremamente necessário manter relações amigáveis entre a China e a Coreia do Norte e minimizar o impacto de outros países nesses laços”, disse.</p Hoje Macau SociedadeMacau Water | Concessionária registou lucros em 2017 A Macau Water registou lucros, após dedução de impostos, no valor de 77,5 milhões de patacas o ano passado. Entre os ganhos, 50,61 milhões de patacas resultaram “do seu principal serviço, o do abastecimento de água, que registou um decréscimo de três por cento face a 2016”, aponta um comunicado oficial. Neste sentido, a zona do Cotai registou um crescimento no consumo de água de seis por cento face a 2016. O ano passado a concessionária investiu um total de 233,3 milhões de patacas na construção de novas infra-estruturas, sendo uma delas a Estação de Tratamento de Águas de Seac Pai Van. Para este ano, a empresa “espera que o montante total do investimento em 2018 aumente para 400 milhões de patacas”. Entre os projectos a desenvolver estão a construção da referida estação de tratamento de água, “o reforço e melhoria das medidas de precaução em todas as estações de tratamento contra tufões e inundações, a manutenção e substituição da rede de condutas de abastecimento de água e melhoria dos vários sistemas de aplicação e promoção de tecnologias Smart Water”. Hoje Macau PolíticaCooperação | Macau e Siem Reap do Camboja assinam memorando [dropcap]O[/dropcap] Governo assinou um memorando de entendimento com a província de Siem Reap, do Camboja, para reforçar a cooperação no turismo, cultura e comércio, entre outras, indicou um comunicado oficial. Os objectivos deste entendimento bilateral são o reforço da colaboração nas “áreas do turismo, cultura, comércio, educação, ciência e tecnologia, protecção ambiental e preservação de património cultural”, acrescentou. Já em 2016, Macau e a província de Siem Reap tinham assinado um outro acordo, desta vez na área de formação turística. A província de Siem Reap acolheu em 2017 cerca de 5,5 milhões de turistas, a maioria dos quais oriundos da China. O memorando foi assinado pelo chefe do executivo de Macau e pelo governador da província de Siem Reap, Khim Bunsong. O comissário do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China na Região Administrativa Especial de Macau, Ye Dado, e alguns membros do Governo de Macau estiveram presentes na cerimónia, bem como vários responsáveis cambojanas. Hoje Macau EventosLisboa investe 110 mil euros na candidatura da calçada portuguesa a Património da Humanidade [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Câmara de Lisboa vai debater hoje uma proposta no sentido de atribuir um apoio de 110 mil euros à Associação Calçada Portuguesa (PORPAV), para aplicar na candidatura da calçada portuguesa a Património Cultural Imaterial da Humanidade. De acordo com a proposta, será debatida em reunião privada do executivo, e à qual a agência Lusa teve acesso, vai estar em cima da mesa a “transferência da comparticipação financeira para o ano de 2018, no valor de 110.000,00 euros (cento e dez mil euros), relativa à comparticipação da Câmara Municipal de Lisboa para o projeto de candidatura da Calçada Portuguesa a Património Cultural Imaterial da Humanidade” (da UNESCO). O documento, assinado pelos vereadores do Urbanismo (Manuel Salgado) e da Cultura (Catarina Vaz Pinto), lembra que a 15 de dezembro de 2016, foi “aprovada por unanimidade” em reunião de Câmara a autorização do “início da preparação do processo de candidatura da calçada portuguesa” a esta classificação. Para os eleitos, esta candidatura “constitui um instrumento muito interessante para assegurar o evidente interesse público local subjacente à proteção, promoção e valorização da calçada portuguesa enquanto património cultural da cidade de Lisboa”. Assim, a PORPAV incluiu no seu plano de atividades dar início a uma série de projetos “ainda no presente ano”, entre os quais um “levantamento exaustivo do património em calçada portuguesa na cidade de Lisboa e à identificação de elementos representativos da calçada portuguesa noutras cidades de Portugal e no mundo”. No plano de atividades da associação está prevista também a “criação e regulamentação de um programa de criação artística, tendo por base a calçada portuguesa”, bem como a “definição e calendarização de um plano, a curto e médio prazo, de ações de sensibilização e divulgação da calçada portuguesa”. De acordo com o protocolo que será assinado entre o município e a associação, e que é anexo à proposta, o financiamento será dividido, pelo que a Câmara de Lisboa vai transferir 66 mil euros “após a assinatura do protocolo”, 38.500 euros “no prazo de cinco meses a contar da assinatura” e o restante valor (5.500 euros) mediante a “apresentação do relatório” com “explicitação dos resultados alcançados e respetivos documentos justificativos da despesa, no prazo de 30 dias a contar da conclusão dos projetos”. O texto elenca que cabe à PORPAV a “realização dos estudos necessários com vista ao enquadramento da Calçada Portuguesa enquanto elemento a valorizar em diferentes vertentes: património cultural; património económico; património turístico; património ambiental”. A PORPAV fica também responsável pela ” definição da estrutura adequada ao processo da candidatura da calçada portuguesa a Património Cultural Imaterial da Humanidade, tendo nomeadamente presente os ‘timings’ [prazos] e as formalidades associados a estes processos”. O protocolo será válido durante um ano e “cessa com a conclusão dos projetos apoiados”, é referido. Na mesma reunião, os vereadores vão apreciar também a adjudicação à empresa ‘Construções Gabriel A.S. Couto, S.A.’ do projeto relativo aos realojamentos do Bairro da Cruz Vermelha, por 11.5 milhões de euros e com o prazo de execução de 600 dias. Em meados do ano passado, a Câmara de Lisboa estimou que a demolição integral do Bairro da Cruz Vermelha, na freguesia do Lumiar, ocorra em 2019, depois do realojamento dos moradores em novos ou reabilitados fogos. O projeto em causa prevê a construção de 130 fogos onde serão realojados os moradores do Bairro da Cruz Vermelha, depois da demolição integral daquele edificado. Hoje Macau EventosMacau acolhe pela primeira vez anúncio dos “50 Melhores Restaurantes da Ásia” [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]acau acolhe hoje, pela primeira vez, o anúncio da lista dos “50 Melhores Restaurantes da Ásia em 2018”, depois de hoje vários chefes de cozinha galardoados terem partilhado experiências numa sessão de conferências e demonstrações. As “50 Melhores Conversas” (“50 Best Talks”), que decorreram durante o dia de hoje num hotel de Macau, tiveram como pano de fundo o tema “Explorando a Identidade” na cozinha asiática, em que os ‘chefs’ partilharam histórias e novas tendências. Entre os vários oradores estiveram o premiado deste ano dos “50 Melhores Restaurantes” com o Prémio de Carreira, “número dois” da lista dos “50 Melhores Restaurantes da Ásia em 2017”, e o único chefe chinês na lista dos “50 Melhores Restaurantes do Mundo”, André Chiang, original da região de Taiwan, que falou sobre o seu percurso. Um dos outros intervientes foi a chefe japonesa Hiroe Higuchi, que falou sobre sustentabilidade e combinação de ingredientes japoneses com técnicas francesas. Organizada com o apoio da Direção dos Serviços de Turismo (DST), a cerimónia de divulgação da lista e a respetiva entrega de prémios são alguns dos eventos em destaque da iniciativa “2018 Ano da Gastronomia de Macau”. Macau entrou para a Rede de Cidades Criativas da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) na área da Gastronomia em 31 de outubro de 2017, tornando-se a terceira cidade na China, a seguir a Chengdu e Shunde, a conquistar tal feito. Por essa razão, foi nomeada também, pela primeira vez, como cidade anfitriã da cerimónia de entrega de prémios e outras atividades relacionadas entre 2018 e 2019, anunciou, em novembro, a DST. A lista dos 50 melhores restaurantes asiáticos é votada por um comité de 300 membros, incluindo especialistas de restauração, escritores especializados em gastronomia, ‘chefs’ e donos de restaurantes de toda a região asiática. Em 2017, dois restaurantes macaenses foram distinguidos, ocupando as posições 32 e 39 da tabela. Este ano, serão também entregues dez prémios especiais, incluindo o “Prémio Restaurante Sustentável”. Lançada em 2013, esta é uma adaptação regional da lista dos “50 melhores restaurantes do mundo”, publicada pela Restaurant Magazine, da empresa William Reed Business Media, desde 2002. Hoje Macau PolíticaCampo dos Operários | Song Pek Kei exige melhorias à gestão do estacionamento [dropcap style=’circle’] A [/dropcap] deputada Song Pek Kei interpelou o Governo sobre a gestão do parque de estacionamento no Campo dos Operários, perto da fronteira de Gongbei. Song Pek Kei fala de casos de estacionamentos ilegais por parte de veículos e a confusão da gestão do parque, o que causa dificuldades na circulação. A deputada fala de uma grande procura do parque por parte dos residentes, mas que existem muitos casos de ocupação indevida de lugares de estacionamento. Na sua interpelação, a deputada recorda que, em 2015, a Direcção dos Serviços de Finanças prometeu recuperar o auto-silo do Campo dos Operários e abrir um concurso público para a sua gestão. Contudo, passados três anos, Song Pek Kei lamenta que ainda não tenham sido registadas melhorias no funcionamento do espaço. Song Pek Kei denuncia também a existência de situações caóticas nos auto-silos públicos, geridos por empresas concessionárias, uma vez que permanecem muitos lugares ocupados por veículos. A deputada defende que muitos casos estão relacionados com as inundações causadas com a passagem do tufão Hato e a consequente falta de veículos para o respectivo reboque, bem como a acumulação de processos administrativos. Hoje Macau China / ÁsiaCooperação judicial com países lusófonos é de “grande importância” [dropcap style =’circle’] X [/dropcap] i Jinping considerou ser de “grande importância” o fórum de cooperação entre os sistemas judiciais dos países de língua portuguesa e da China, que arrancou em Cantão. “O encontro é de grande importância para promover o intercâmbio e cooperação judicial entre a China e outras nações”, escreveu Xi numa carta citada pela agência noticiosa oficial Xinhua. “O encontro vai ajudar no desenvolvimento de um ambiente legal favorável e na construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade”, disse Xi. O presidente do Tribunal Supremo de Justiça de Portugal, António Henriques Gaspar, esteve presente no encontro, assim como os seus homólogos da China, Angola, Brasil, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Moçambique e São Tome e Príncipe. Na ocasião, o juiz português afirmou que é a “altura certa para construir uma base de cooperação e intercâmbio” entre os sistemas judiciais dos países de língua portuguesa e da China. “Portugal está disposto a avançar com o diálogo mútuo e partilha de informação com a China”, afirmou o responsável português, segundo um comunicado difundido pelo Tribunal Supremo Popular da China. Apresentando pelas autoridades chinesas como um novo mecanismo de cooperação e intercâmbio entre a China e os países de língua portuguesa no domínio judicial, o fórum surge numa altura em que Pequim procura maior entrosamento com as autoridades estrangeiras, visando garantir o sucesso da “Nova Rota da Seda”. “O fórum servirá como uma nova plataforma e irá abrir um novo capítulo nos intercâmbios e comunicação no domínio jurídico”, afirmou Zhou Qiang, presidente do Tribunal Supremo Popular da China, num comunicado difundido por aquele organismo. “O Tribunal Supremo Popular da China está disposto a ter uma cooperação mais prática com os países de língua portuguesa no estudo de casos, treino de juízes, partilha de informação, protecção dos direitos de propriedade intelectual e combate contra crimes transnacionais”, disse. Segundo a Xinhua, que não avança com mais detalhes, o tema do fórum é a governança do ciberespaço. Hoje Macau China / ÁsiaParlamento da Birmânia vai eleger na quarta-feira um novo Presidente [dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] parlamento birmanês (Myanmar) agendou para quarta-feira a eleição do novo Presidente do país, depois da renúncia por motivos de saúde do anterior chefe de Estado, Htin Kyaw, noticiou a imprensa. O favorito para o cargo é Win Myint, que renunciou à presidência da câmara baixa do parlamento, tendo sido nomeado na sexta-feira por essa mesma instância candidato a chefe de Estado. À votação também se apresentará o vice-presidente e actual presidente em exercício, Myint Swe, e o segundo vice-presidente, Henry Van Thio. Win Myint, de 67 anos, é representante político da última junta militar e veterano da Liga Nacional para a Democracia (NLD), que tem o apoio da líder do governo, Aung San Suu Kyi. A Constituição birmanesa prevê que o presidente do país seja escolhido entre três candidatos propostos pela câmara alta e baixa do parlamento, e o exército, respectivamente, em votação conjunta da legislatura. Os dois candidatos derrotados são automaticamente nomeados vice-presidentes. O novo presidente substituirá Htin Kyaw, de 71 anos, que renunciou na quarta-feira, depois que o Governo ter admitido que o chefe do Executivo viajou várias vezes para o exterior para se submeter a tratamento médico. A Birmânia teve o seu primeiro Governo democraticamente eleito – o actual liderado pelo NLD – a 30 de Março de 2016, após quase meio século de ditadura militar. A última junta militar foi dissolvida em 2011 e transferiu o poder para um governo civil formado por ex-generais, que foi substituído pelo Executivo da NLD após a vitória dessa formação nas eleições de 2015. A Constituição birmanesa reserva amplos poderes para as Forças Armadas, incluindo um quarto das cadeiras do Parlamento e ministérios chave como o Interior, Defesa e Fronteiras. Hoje Macau China / ÁsiaColigação em Timor queixa-se de polícia que deteve equipa de comunicação A coligação timorense AMP criticou ontem a acção da polícia, que deteve para interrogatório membros da sua equipa de comunicação partidária, sem queixas ou indícios de qualquer crime e alegadamente por publicar comentários e opiniões na rede social Facebook [dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] Aliança de Mudança para o Progresso (AMP) – que reúne os partidos da oposição CNRT, PLP e KHUNTO – considera que se tratou de um “abuso de poder”, pelo que vai avançar com uma queixa civil contra a Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL). “A polícia cometeu um acto de abuso de poder. Não havia indício de qualquer crime, nem qualquer queixa. Dar opiniões no Facebook, ou onde quer que seja, não é crime. Insultos ou criticar o Governo não é crime”, afirmou o advogado Pedro Aparício, em conferência de imprensa. Pedro Aparício foi ontem apresentado por Arão Noé, um dos elementos da Comissão Jurídica da AMP, como o advogado que lidera a equipa jurídica que vai acompanhar os militantes e dirigentes da coligação durante o processo das eleições antecipadas de 12 de Maio. Arão Noé explicou que se trata de responder a eventuais incidentes que possam constituir “violações da lei eleitoral” ou das restantes leis timorenses e que afectem a equipa da AMP no terreno. Pedro Aparício explicou que, “de forma urgente”, a atenção vai concentrar-se, para já, na actuação da polícia relativamente à equipa de comunicação da AMP que foi interrogada e ouvida “sem qualquer indício de crime” ou “sem qualquer queixa”. “O serviço no media centre da AMP é apenas opinião, ideias, relacionadas com aspectos da liderança ou do Governo. Não constitui crime”, afirmou. “A polícia ultrapassou a sua competência. Ficamos tristes que a acção da polícia não tenha cumprido a lei, o código do processo penal e que isto ainda aconteça em 2018. Isto não devia acontecer num Estado de direito”, afirmou. Questionado pela Lusa sobre se a AMP não confia na capacidade de fiscalização eleitoral da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Arão Noé afirmou que sim, mas que não cabe à autoridade eleitoral levar o caso aos tribunais. “Como partido e como cidadãos, temos o dever de proteger os nossos militantes que foram atingidos como vítimas nesta acção. Temos responsabilidade e dever moral de proteger os nossos militantes e simpatizantes”, considerou. “Esta acção policial foi muito grave. A polícia não pode fazer este tipo de acções sem autorização do órgão judicial. A polícia tem que trabalhar conforme a lei diz e não fazer política dentro da polícia, não deve executar interesses políticos dentro da polícia”, considerou. Nas últimas semanas, várias pessoas, incluindo um assessor do primeiro-ministro, Mari Alkatiri, foram interrogadas pela polícia alegadamente por publicações no Facebook que incluem insultos e críticas aos líderes políticos do país. Os visados pela acção policial terão insultado quer líderes da Fretilin, no Governo, quer da AMP, na oposição, entre eles Alkatiri e Xanana Gusmão, presidente do CNRT. Hoje Macau China / ÁsiaCuca Roseta em exibição esgota bilhetes numa hora [dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] fadista portuguesa Cuca Roseta actuou no domingo à noite na mais prestigiada universidade da China, numa exibição rara do fado naquele país, para a qual os bilhetes esgotaram uma hora após colocados à venda. Acompanhada de três guitarristas, Cuca Roseta interpretou durante cerca de hora e meia um alinhamento que alternou entre temas tradicionais, como “Estranha Forma de Vida”, e outros mais dinâmicos, como “Marcha da Esperança”. “O meu fado não é propriamente ligado à tristeza”, comentou a fadista antes do espectáculo. “O fado é um reflexo do que nós somos: eu sou uma pessoa positiva, que agarra a tristeza e vê o lado bom da vida”, explicou. O concerto decorreu na sala de espectáculos da Qinghua, considerada a mais prestigiada universidade chinesa, localizada no norte de Pequim, e onde se formou o actual Presidente chinês, Xi Jinping, e o seu antecessor, Hu Jintao. Estabelecido em 1911, o campus da Qinghua foi construído a partir de um antigo jardim imperial do século XVIII, preservando os lagos, espaços verdes e edifícios centenários. A universidade tem mais de 25.000 estudantes, segundo o seu ‘site’ oficial. Lá fora, a temperatura ultrapassava os vinte graus, anunciando o início da primavera em Pequim. “Fantástico”, afirmou no final do concerto uma professora chinesa, que ouviu fado pela primeira vez numa visita recente a Portugal. “A sua música transmite tristeza e força”, disse. Guitarra na universidade Mas havia também quem fosse pesquisando pelo termo ‘Faduo’ (fado, em chinês) no Baidu, revelando o exotismo daquele género musical entre a plateia. “Comparado ao flamenco, por exemplo, o fado é ainda desconhecido do público chinês”, comentou uma jornalista chinesa. Tratou-se do segundo espectáculo de fado organizado numa universidade chinesa, depois de em 2014 a fadista Liana ter actuado na Beijing Language and Culture University (BLCU), também em Pequim. Colocados à venda há duas semanas, os bilhetes para o concerto de Cuca Roseta, com um custo de 100 yuan (quase 13 euros), esgotaram numa hora. Cuca Roseta já tocou em África, Américas e Europa, mas o concerto de domingo foi a sua estreia na Ásia. “Os estrangeiros não percebem a nossa língua, mas sentem a nossa música”, disse. “Porque somos muito calorosos e muito intensos e afectivos, passamos isso através da música: o fado transmite essas emoções sem fronteira e sem língua”. Hoje Macau China / ÁsiaPequim declara fim da “intimidação económica” norte-americana O ministério chinês dos Negócios Estrangeiros afirmou ontem que “terminou a intimidação económica e hegemonia” praticada pelos Estados Unidos, numa crítica à intenção de Washington de aumentar as taxas alfandegárias de produtos oriundos da China [dropcap style≠‘circle’]”A[/dropcap]ltos funcionários dos EUA afirmam que a era de rendição do seu país terminou, mas penso que estão enganados”, disse a porta-voz da diplomacia chinesa, Hua Chunying, numa referência às afirmações recentes do vice-presidente norte-americano, Mike Pence. “A sua intimidação económica e hegemonia é que terminaram”, acrescentou. Em conferência de imprensa, Hua afirmou que Washington deve voltar a respeitar as leis da Organização Mundial do Comércio “para salvaguardar os intercâmbios transparentes e não discriminatórios”. A porta-voz acrescentou que a China e os EUA negociaram no passado outras disputas comerciais e que essa porta de diálogo “continua aberta”, desde que aconteça “na base do respeito e do benefício mútuo”. A China “tem a confiança e a capacidade para defender os seus interesses legais”, afirmou. Matemática diferente O Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou, na semana passada, um aumento de 25 por cento e de 15 por cento nas taxas alfandegárias sobre o aço e alumínios importados da China, respectivamente. Trump aprovou ainda uma possível subida das taxas alfandegárias sobre produtos tecnológicos chineses, numa retaliação contra a alegada fraca protecção dos direitos de propriedade intelectual por Pequim. As medidas anunciadas por Trump poderão afectar as importações chinesas num valor de até mais de 48 mil milhões de euros. Pelas contas do Governo chinês, no ano passado, a China registou um superavit de 223,5 mil milhões de euros no comércio com os Estados Unidos. As contas de Washington fixam o superavit chinês ainda mais acima, em 304,1 mil milhões de euros. «1...677678679680681682683...852»
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Líder norte-coreano fez uma visita não anunciada a Pequim O líder norte-coreano, Kim Jong-un, está em Pequim, numa visita histórica que as autoridades chinesas não confirmam e que antecede a cimeira com os presidentes sul-coreano e norte-americano [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Bloomberg cita múltiplas fontes, sem mencionar nomes “devido à sensibilidade da informação”, para garantir que Kim esteve na capital chinesa, na sua primeira deslocação ao exterior desde que ascendeu ao poder, em 2012. Na segunda-feira à noite, duas emissoras japonesas noticiaram a chegada de um comboio com origem na Coreia do Norte a Pequim, e um invulgar reforço da segurança em torno da residência onde altos quadros de Pyongyang costumam ficar na capital chinesa. As ruas em torno da Residência de Hóspedes Oficiais Diaoyutai estiveram ontem bloqueadas, enquanto agentes da polícia à paisana impedem fotógrafos de se aproximar do local, segundo a agência Associated Press. Um vídeo transmitido pela televisão japonesa NTV mostra várias limusinas pretas a aguardar na estação de comboios e soldados chineses a marchar na plataforma da estação, na noite de segunda-feira. Reportagens dão ainda conta de que foram tomadas fortes medidas de segurança na Ponte da Amizade, que liga a Coreia do Norte à China, antes do comboio atravessar. O acesso à praça de Tiananmen foi também limitado, um protocolo habitual quando ocorrem visitas de líderes estrangeiros ao Grande Palácio do Povo, que se encontra junto à praça. O comboio verde e amarelo, com 21 carruagens, é semelhante àquele que anteriormente transportou o ex-líder norte-coreano Kim Jong il, na sua última deslocação a Pequim, em 2011. Uma porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros disse não ter informações, enquanto a imprensa norte-coreana não noticiou qualquer visita oficial a Pequim. Amigos em Pequim O governo da Coreia do Sul afirmou, entretanto, que “mantém comunicações próximas com os países relevantes e que está a acompanhar a situação”. Kim Jong-un tem encontros planeados com o Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, no final de Abril, e com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Maio. Mas apesar de um encontro com líderes chineses não ter sido falado, Pequim continua a ser o mais importante aliado do regime norte-coreano. Os dois países são aliados, apesar do crescente distanciamento devido ao programa nuclear e de misseis balísticos empreendido por Pyongyang. Na semana passada, o jornal oficial do Partido Comunista Chinês Global Times defendeu a importância da aliança entre Pequim e Pyongyang. “Será difícil e perigoso [para Pyongyang] lidar só com Seul, Washington e Tóquio. O apoio da China pode reduzir em muito os riscos”, afirmou. O jornal lembrou que a aliança com a Coreia do Norte “favorece a estratégia periférica de Pequim e cria mais espaço para a China gerir os assuntos do nordeste da Ásia”. “Acreditamos ser extremamente necessário manter relações amigáveis entre a China e a Coreia do Norte e minimizar o impacto de outros países nesses laços”, disse.</p
Hoje Macau SociedadeMacau Water | Concessionária registou lucros em 2017 A Macau Water registou lucros, após dedução de impostos, no valor de 77,5 milhões de patacas o ano passado. Entre os ganhos, 50,61 milhões de patacas resultaram “do seu principal serviço, o do abastecimento de água, que registou um decréscimo de três por cento face a 2016”, aponta um comunicado oficial. Neste sentido, a zona do Cotai registou um crescimento no consumo de água de seis por cento face a 2016. O ano passado a concessionária investiu um total de 233,3 milhões de patacas na construção de novas infra-estruturas, sendo uma delas a Estação de Tratamento de Águas de Seac Pai Van. Para este ano, a empresa “espera que o montante total do investimento em 2018 aumente para 400 milhões de patacas”. Entre os projectos a desenvolver estão a construção da referida estação de tratamento de água, “o reforço e melhoria das medidas de precaução em todas as estações de tratamento contra tufões e inundações, a manutenção e substituição da rede de condutas de abastecimento de água e melhoria dos vários sistemas de aplicação e promoção de tecnologias Smart Water”.
Hoje Macau PolíticaCooperação | Macau e Siem Reap do Camboja assinam memorando [dropcap]O[/dropcap] Governo assinou um memorando de entendimento com a província de Siem Reap, do Camboja, para reforçar a cooperação no turismo, cultura e comércio, entre outras, indicou um comunicado oficial. Os objectivos deste entendimento bilateral são o reforço da colaboração nas “áreas do turismo, cultura, comércio, educação, ciência e tecnologia, protecção ambiental e preservação de património cultural”, acrescentou. Já em 2016, Macau e a província de Siem Reap tinham assinado um outro acordo, desta vez na área de formação turística. A província de Siem Reap acolheu em 2017 cerca de 5,5 milhões de turistas, a maioria dos quais oriundos da China. O memorando foi assinado pelo chefe do executivo de Macau e pelo governador da província de Siem Reap, Khim Bunsong. O comissário do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China na Região Administrativa Especial de Macau, Ye Dado, e alguns membros do Governo de Macau estiveram presentes na cerimónia, bem como vários responsáveis cambojanas.
Hoje Macau EventosLisboa investe 110 mil euros na candidatura da calçada portuguesa a Património da Humanidade [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Câmara de Lisboa vai debater hoje uma proposta no sentido de atribuir um apoio de 110 mil euros à Associação Calçada Portuguesa (PORPAV), para aplicar na candidatura da calçada portuguesa a Património Cultural Imaterial da Humanidade. De acordo com a proposta, será debatida em reunião privada do executivo, e à qual a agência Lusa teve acesso, vai estar em cima da mesa a “transferência da comparticipação financeira para o ano de 2018, no valor de 110.000,00 euros (cento e dez mil euros), relativa à comparticipação da Câmara Municipal de Lisboa para o projeto de candidatura da Calçada Portuguesa a Património Cultural Imaterial da Humanidade” (da UNESCO). O documento, assinado pelos vereadores do Urbanismo (Manuel Salgado) e da Cultura (Catarina Vaz Pinto), lembra que a 15 de dezembro de 2016, foi “aprovada por unanimidade” em reunião de Câmara a autorização do “início da preparação do processo de candidatura da calçada portuguesa” a esta classificação. Para os eleitos, esta candidatura “constitui um instrumento muito interessante para assegurar o evidente interesse público local subjacente à proteção, promoção e valorização da calçada portuguesa enquanto património cultural da cidade de Lisboa”. Assim, a PORPAV incluiu no seu plano de atividades dar início a uma série de projetos “ainda no presente ano”, entre os quais um “levantamento exaustivo do património em calçada portuguesa na cidade de Lisboa e à identificação de elementos representativos da calçada portuguesa noutras cidades de Portugal e no mundo”. No plano de atividades da associação está prevista também a “criação e regulamentação de um programa de criação artística, tendo por base a calçada portuguesa”, bem como a “definição e calendarização de um plano, a curto e médio prazo, de ações de sensibilização e divulgação da calçada portuguesa”. De acordo com o protocolo que será assinado entre o município e a associação, e que é anexo à proposta, o financiamento será dividido, pelo que a Câmara de Lisboa vai transferir 66 mil euros “após a assinatura do protocolo”, 38.500 euros “no prazo de cinco meses a contar da assinatura” e o restante valor (5.500 euros) mediante a “apresentação do relatório” com “explicitação dos resultados alcançados e respetivos documentos justificativos da despesa, no prazo de 30 dias a contar da conclusão dos projetos”. O texto elenca que cabe à PORPAV a “realização dos estudos necessários com vista ao enquadramento da Calçada Portuguesa enquanto elemento a valorizar em diferentes vertentes: património cultural; património económico; património turístico; património ambiental”. A PORPAV fica também responsável pela ” definição da estrutura adequada ao processo da candidatura da calçada portuguesa a Património Cultural Imaterial da Humanidade, tendo nomeadamente presente os ‘timings’ [prazos] e as formalidades associados a estes processos”. O protocolo será válido durante um ano e “cessa com a conclusão dos projetos apoiados”, é referido. Na mesma reunião, os vereadores vão apreciar também a adjudicação à empresa ‘Construções Gabriel A.S. Couto, S.A.’ do projeto relativo aos realojamentos do Bairro da Cruz Vermelha, por 11.5 milhões de euros e com o prazo de execução de 600 dias. Em meados do ano passado, a Câmara de Lisboa estimou que a demolição integral do Bairro da Cruz Vermelha, na freguesia do Lumiar, ocorra em 2019, depois do realojamento dos moradores em novos ou reabilitados fogos. O projeto em causa prevê a construção de 130 fogos onde serão realojados os moradores do Bairro da Cruz Vermelha, depois da demolição integral daquele edificado.
Hoje Macau EventosMacau acolhe pela primeira vez anúncio dos “50 Melhores Restaurantes da Ásia” [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]acau acolhe hoje, pela primeira vez, o anúncio da lista dos “50 Melhores Restaurantes da Ásia em 2018”, depois de hoje vários chefes de cozinha galardoados terem partilhado experiências numa sessão de conferências e demonstrações. As “50 Melhores Conversas” (“50 Best Talks”), que decorreram durante o dia de hoje num hotel de Macau, tiveram como pano de fundo o tema “Explorando a Identidade” na cozinha asiática, em que os ‘chefs’ partilharam histórias e novas tendências. Entre os vários oradores estiveram o premiado deste ano dos “50 Melhores Restaurantes” com o Prémio de Carreira, “número dois” da lista dos “50 Melhores Restaurantes da Ásia em 2017”, e o único chefe chinês na lista dos “50 Melhores Restaurantes do Mundo”, André Chiang, original da região de Taiwan, que falou sobre o seu percurso. Um dos outros intervientes foi a chefe japonesa Hiroe Higuchi, que falou sobre sustentabilidade e combinação de ingredientes japoneses com técnicas francesas. Organizada com o apoio da Direção dos Serviços de Turismo (DST), a cerimónia de divulgação da lista e a respetiva entrega de prémios são alguns dos eventos em destaque da iniciativa “2018 Ano da Gastronomia de Macau”. Macau entrou para a Rede de Cidades Criativas da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) na área da Gastronomia em 31 de outubro de 2017, tornando-se a terceira cidade na China, a seguir a Chengdu e Shunde, a conquistar tal feito. Por essa razão, foi nomeada também, pela primeira vez, como cidade anfitriã da cerimónia de entrega de prémios e outras atividades relacionadas entre 2018 e 2019, anunciou, em novembro, a DST. A lista dos 50 melhores restaurantes asiáticos é votada por um comité de 300 membros, incluindo especialistas de restauração, escritores especializados em gastronomia, ‘chefs’ e donos de restaurantes de toda a região asiática. Em 2017, dois restaurantes macaenses foram distinguidos, ocupando as posições 32 e 39 da tabela. Este ano, serão também entregues dez prémios especiais, incluindo o “Prémio Restaurante Sustentável”. Lançada em 2013, esta é uma adaptação regional da lista dos “50 melhores restaurantes do mundo”, publicada pela Restaurant Magazine, da empresa William Reed Business Media, desde 2002.
Hoje Macau PolíticaCampo dos Operários | Song Pek Kei exige melhorias à gestão do estacionamento [dropcap style=’circle’] A [/dropcap] deputada Song Pek Kei interpelou o Governo sobre a gestão do parque de estacionamento no Campo dos Operários, perto da fronteira de Gongbei. Song Pek Kei fala de casos de estacionamentos ilegais por parte de veículos e a confusão da gestão do parque, o que causa dificuldades na circulação. A deputada fala de uma grande procura do parque por parte dos residentes, mas que existem muitos casos de ocupação indevida de lugares de estacionamento. Na sua interpelação, a deputada recorda que, em 2015, a Direcção dos Serviços de Finanças prometeu recuperar o auto-silo do Campo dos Operários e abrir um concurso público para a sua gestão. Contudo, passados três anos, Song Pek Kei lamenta que ainda não tenham sido registadas melhorias no funcionamento do espaço. Song Pek Kei denuncia também a existência de situações caóticas nos auto-silos públicos, geridos por empresas concessionárias, uma vez que permanecem muitos lugares ocupados por veículos. A deputada defende que muitos casos estão relacionados com as inundações causadas com a passagem do tufão Hato e a consequente falta de veículos para o respectivo reboque, bem como a acumulação de processos administrativos.
Hoje Macau China / ÁsiaCooperação judicial com países lusófonos é de “grande importância” [dropcap style =’circle’] X [/dropcap] i Jinping considerou ser de “grande importância” o fórum de cooperação entre os sistemas judiciais dos países de língua portuguesa e da China, que arrancou em Cantão. “O encontro é de grande importância para promover o intercâmbio e cooperação judicial entre a China e outras nações”, escreveu Xi numa carta citada pela agência noticiosa oficial Xinhua. “O encontro vai ajudar no desenvolvimento de um ambiente legal favorável e na construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade”, disse Xi. O presidente do Tribunal Supremo de Justiça de Portugal, António Henriques Gaspar, esteve presente no encontro, assim como os seus homólogos da China, Angola, Brasil, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Moçambique e São Tome e Príncipe. Na ocasião, o juiz português afirmou que é a “altura certa para construir uma base de cooperação e intercâmbio” entre os sistemas judiciais dos países de língua portuguesa e da China. “Portugal está disposto a avançar com o diálogo mútuo e partilha de informação com a China”, afirmou o responsável português, segundo um comunicado difundido pelo Tribunal Supremo Popular da China. Apresentando pelas autoridades chinesas como um novo mecanismo de cooperação e intercâmbio entre a China e os países de língua portuguesa no domínio judicial, o fórum surge numa altura em que Pequim procura maior entrosamento com as autoridades estrangeiras, visando garantir o sucesso da “Nova Rota da Seda”. “O fórum servirá como uma nova plataforma e irá abrir um novo capítulo nos intercâmbios e comunicação no domínio jurídico”, afirmou Zhou Qiang, presidente do Tribunal Supremo Popular da China, num comunicado difundido por aquele organismo. “O Tribunal Supremo Popular da China está disposto a ter uma cooperação mais prática com os países de língua portuguesa no estudo de casos, treino de juízes, partilha de informação, protecção dos direitos de propriedade intelectual e combate contra crimes transnacionais”, disse. Segundo a Xinhua, que não avança com mais detalhes, o tema do fórum é a governança do ciberespaço.
Hoje Macau China / ÁsiaParlamento da Birmânia vai eleger na quarta-feira um novo Presidente [dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] parlamento birmanês (Myanmar) agendou para quarta-feira a eleição do novo Presidente do país, depois da renúncia por motivos de saúde do anterior chefe de Estado, Htin Kyaw, noticiou a imprensa. O favorito para o cargo é Win Myint, que renunciou à presidência da câmara baixa do parlamento, tendo sido nomeado na sexta-feira por essa mesma instância candidato a chefe de Estado. À votação também se apresentará o vice-presidente e actual presidente em exercício, Myint Swe, e o segundo vice-presidente, Henry Van Thio. Win Myint, de 67 anos, é representante político da última junta militar e veterano da Liga Nacional para a Democracia (NLD), que tem o apoio da líder do governo, Aung San Suu Kyi. A Constituição birmanesa prevê que o presidente do país seja escolhido entre três candidatos propostos pela câmara alta e baixa do parlamento, e o exército, respectivamente, em votação conjunta da legislatura. Os dois candidatos derrotados são automaticamente nomeados vice-presidentes. O novo presidente substituirá Htin Kyaw, de 71 anos, que renunciou na quarta-feira, depois que o Governo ter admitido que o chefe do Executivo viajou várias vezes para o exterior para se submeter a tratamento médico. A Birmânia teve o seu primeiro Governo democraticamente eleito – o actual liderado pelo NLD – a 30 de Março de 2016, após quase meio século de ditadura militar. A última junta militar foi dissolvida em 2011 e transferiu o poder para um governo civil formado por ex-generais, que foi substituído pelo Executivo da NLD após a vitória dessa formação nas eleições de 2015. A Constituição birmanesa reserva amplos poderes para as Forças Armadas, incluindo um quarto das cadeiras do Parlamento e ministérios chave como o Interior, Defesa e Fronteiras.
Hoje Macau China / ÁsiaColigação em Timor queixa-se de polícia que deteve equipa de comunicação A coligação timorense AMP criticou ontem a acção da polícia, que deteve para interrogatório membros da sua equipa de comunicação partidária, sem queixas ou indícios de qualquer crime e alegadamente por publicar comentários e opiniões na rede social Facebook [dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] Aliança de Mudança para o Progresso (AMP) – que reúne os partidos da oposição CNRT, PLP e KHUNTO – considera que se tratou de um “abuso de poder”, pelo que vai avançar com uma queixa civil contra a Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL). “A polícia cometeu um acto de abuso de poder. Não havia indício de qualquer crime, nem qualquer queixa. Dar opiniões no Facebook, ou onde quer que seja, não é crime. Insultos ou criticar o Governo não é crime”, afirmou o advogado Pedro Aparício, em conferência de imprensa. Pedro Aparício foi ontem apresentado por Arão Noé, um dos elementos da Comissão Jurídica da AMP, como o advogado que lidera a equipa jurídica que vai acompanhar os militantes e dirigentes da coligação durante o processo das eleições antecipadas de 12 de Maio. Arão Noé explicou que se trata de responder a eventuais incidentes que possam constituir “violações da lei eleitoral” ou das restantes leis timorenses e que afectem a equipa da AMP no terreno. Pedro Aparício explicou que, “de forma urgente”, a atenção vai concentrar-se, para já, na actuação da polícia relativamente à equipa de comunicação da AMP que foi interrogada e ouvida “sem qualquer indício de crime” ou “sem qualquer queixa”. “O serviço no media centre da AMP é apenas opinião, ideias, relacionadas com aspectos da liderança ou do Governo. Não constitui crime”, afirmou. “A polícia ultrapassou a sua competência. Ficamos tristes que a acção da polícia não tenha cumprido a lei, o código do processo penal e que isto ainda aconteça em 2018. Isto não devia acontecer num Estado de direito”, afirmou. Questionado pela Lusa sobre se a AMP não confia na capacidade de fiscalização eleitoral da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Arão Noé afirmou que sim, mas que não cabe à autoridade eleitoral levar o caso aos tribunais. “Como partido e como cidadãos, temos o dever de proteger os nossos militantes que foram atingidos como vítimas nesta acção. Temos responsabilidade e dever moral de proteger os nossos militantes e simpatizantes”, considerou. “Esta acção policial foi muito grave. A polícia não pode fazer este tipo de acções sem autorização do órgão judicial. A polícia tem que trabalhar conforme a lei diz e não fazer política dentro da polícia, não deve executar interesses políticos dentro da polícia”, considerou. Nas últimas semanas, várias pessoas, incluindo um assessor do primeiro-ministro, Mari Alkatiri, foram interrogadas pela polícia alegadamente por publicações no Facebook que incluem insultos e críticas aos líderes políticos do país. Os visados pela acção policial terão insultado quer líderes da Fretilin, no Governo, quer da AMP, na oposição, entre eles Alkatiri e Xanana Gusmão, presidente do CNRT.
Hoje Macau China / ÁsiaCuca Roseta em exibição esgota bilhetes numa hora [dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] fadista portuguesa Cuca Roseta actuou no domingo à noite na mais prestigiada universidade da China, numa exibição rara do fado naquele país, para a qual os bilhetes esgotaram uma hora após colocados à venda. Acompanhada de três guitarristas, Cuca Roseta interpretou durante cerca de hora e meia um alinhamento que alternou entre temas tradicionais, como “Estranha Forma de Vida”, e outros mais dinâmicos, como “Marcha da Esperança”. “O meu fado não é propriamente ligado à tristeza”, comentou a fadista antes do espectáculo. “O fado é um reflexo do que nós somos: eu sou uma pessoa positiva, que agarra a tristeza e vê o lado bom da vida”, explicou. O concerto decorreu na sala de espectáculos da Qinghua, considerada a mais prestigiada universidade chinesa, localizada no norte de Pequim, e onde se formou o actual Presidente chinês, Xi Jinping, e o seu antecessor, Hu Jintao. Estabelecido em 1911, o campus da Qinghua foi construído a partir de um antigo jardim imperial do século XVIII, preservando os lagos, espaços verdes e edifícios centenários. A universidade tem mais de 25.000 estudantes, segundo o seu ‘site’ oficial. Lá fora, a temperatura ultrapassava os vinte graus, anunciando o início da primavera em Pequim. “Fantástico”, afirmou no final do concerto uma professora chinesa, que ouviu fado pela primeira vez numa visita recente a Portugal. “A sua música transmite tristeza e força”, disse. Guitarra na universidade Mas havia também quem fosse pesquisando pelo termo ‘Faduo’ (fado, em chinês) no Baidu, revelando o exotismo daquele género musical entre a plateia. “Comparado ao flamenco, por exemplo, o fado é ainda desconhecido do público chinês”, comentou uma jornalista chinesa. Tratou-se do segundo espectáculo de fado organizado numa universidade chinesa, depois de em 2014 a fadista Liana ter actuado na Beijing Language and Culture University (BLCU), também em Pequim. Colocados à venda há duas semanas, os bilhetes para o concerto de Cuca Roseta, com um custo de 100 yuan (quase 13 euros), esgotaram numa hora. Cuca Roseta já tocou em África, Américas e Europa, mas o concerto de domingo foi a sua estreia na Ásia. “Os estrangeiros não percebem a nossa língua, mas sentem a nossa música”, disse. “Porque somos muito calorosos e muito intensos e afectivos, passamos isso através da música: o fado transmite essas emoções sem fronteira e sem língua”.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim declara fim da “intimidação económica” norte-americana O ministério chinês dos Negócios Estrangeiros afirmou ontem que “terminou a intimidação económica e hegemonia” praticada pelos Estados Unidos, numa crítica à intenção de Washington de aumentar as taxas alfandegárias de produtos oriundos da China [dropcap style≠‘circle’]”A[/dropcap]ltos funcionários dos EUA afirmam que a era de rendição do seu país terminou, mas penso que estão enganados”, disse a porta-voz da diplomacia chinesa, Hua Chunying, numa referência às afirmações recentes do vice-presidente norte-americano, Mike Pence. “A sua intimidação económica e hegemonia é que terminaram”, acrescentou. Em conferência de imprensa, Hua afirmou que Washington deve voltar a respeitar as leis da Organização Mundial do Comércio “para salvaguardar os intercâmbios transparentes e não discriminatórios”. A porta-voz acrescentou que a China e os EUA negociaram no passado outras disputas comerciais e que essa porta de diálogo “continua aberta”, desde que aconteça “na base do respeito e do benefício mútuo”. A China “tem a confiança e a capacidade para defender os seus interesses legais”, afirmou. Matemática diferente O Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou, na semana passada, um aumento de 25 por cento e de 15 por cento nas taxas alfandegárias sobre o aço e alumínios importados da China, respectivamente. Trump aprovou ainda uma possível subida das taxas alfandegárias sobre produtos tecnológicos chineses, numa retaliação contra a alegada fraca protecção dos direitos de propriedade intelectual por Pequim. As medidas anunciadas por Trump poderão afectar as importações chinesas num valor de até mais de 48 mil milhões de euros. Pelas contas do Governo chinês, no ano passado, a China registou um superavit de 223,5 mil milhões de euros no comércio com os Estados Unidos. As contas de Washington fixam o superavit chinês ainda mais acima, em 304,1 mil milhões de euros.