Pequim-Luanda | Comércio cresceu no primeiro semestre e asiáticos reafirmam parceria

China e Angola atravessam uma fase positiva nas relações bilaterais com benefícios no desenvolvimento económico das duas nações

As trocas comerciais entre China e Angola atingiram os 10,6 mil milhões de dólares, no primeiro semestre, um crescimento homólogo superior a 4 por cento, evidenciando o bom relacionamento bilateral defendeu na quarta-feira uma diplomata chinesa.

Chen Feng, ministra conselheira da embaixada da China em Angola, falava aos jornalistas à margem de uma conferência sobre a promoção da globalização económica universalmente benéfica e inclusiva”, no âmbito do Fórum de Cooperação China-África, e sublinhou que a proximidade com os Estados Unidos da América não compromete a relação da China com Angola.

“Somos países independentes, soberanos, temos toda a liberdade de ser amigos de qualquer país. Estamos num bom período para desenvolver as relações bilaterais China-Angola, não houve alterações nesse âmbito”, disse a diplomata enfatizando que a China quer continuar a partilhar as suas experiências com Angola.

“Queremos aprimorar a nossa cooperação bilateral e apoiar Angola a diversificar a economia e a realizar o desenvolvimento sustentável”, salientou, apontando a agricultura e a indústria como áreas preferenciais, bem como a formação de recursos humanos.

Sobre a visita do Presidente norte-americano Joe Biden a Angola, que deveria ter acontecido entre 13 e 15 de Outubro, mas foi adiada sem data, Chen Feng considerou que Angola é um país relevante e estratégico em África, com influência nas questões regionais e internacionais.

Assinalou, por outro lado, que também a China contribuiu para o desenvolvimento do Corredor do Lobito, investindo na modernização do Caminho de Ferro de Benguela e no Porto do Lobito.

Ponto chave

A China era um dos países que tinha manifestado interesse na concessão do Corredor do Lobito, que acabou por ser entregue a um consórcio europeu.

A infra-estrutura ferroviária que percorre Angola ao longo de mais de 1.300 quilómetros, ligando o Porto do Lobito à República Democrática do Congo, conta também com um financiamento norte-americano que poderá chegar aos 1,3 mil milhões de dólares.

O Corredor do Lobito é considerado estratégico para a exportação dos minerais da República Democrática do Congo, surgindo como contraponto ocidental à iniciativa de infra-estruturas chinesa Belt and Road (Faixa e Rota).

18 Out 2024

CCM | Concerto da Orquestra Chinesa a 1 de Dezembro

Está marcado para o dia 1 de Dezembro o concerto “Luzes Cintilantes, Flores Resplandecentes”, tido como um dos mais importantes espectáculos da temporada de concertos da Orquestra Chinesa de Macau (OCHM).

Assim, a partir das 20h, no grande auditório do Centro Cultural de Macau (CCM), podem ouvir-se os sons que celebram os 25 anos da RAEM, sob a batuta do Director Musical e Maestro Principal da Orquestra Chinesa de Macau, Zhang Lie.

A OCHM interpretará a peça “Luzes Cintilantes, Flores Resplandecentes”, composta especialmente para a OCHM pelo famoso compositor Gu Guanren. Segundo uma nota do Instituto Cultural (IC), esta composição “é repleta de uma atmosfera festiva e de animação, com ritmos alegres e acelerados, proporcionando um espectáculo ímpar que corresponde perfeitamente ao tema do concerto”.

A famosa intérprete de erhu, instrumento musical chinês, Yu Hongmei, interpretará a sua obra mais recente, “As Paisagens de Yimeng”, mostrando toda a sua maestria no erhu, para exprimir as saudades da terra natal de forma mais profunda e melodiosa, num concerto que marcará a estreia da peça em Macau. O famoso grupo de percussão “Oito Martelos”, composto por Wang Jianhua, Li Congnong, Ma Li e Gao Chao, subirá ao palco para interpretar a obra “Caos no Céu”. Além disso, a guitarrista de fado portuguesa, Maria Pereira da Costa, irá interpretar com Wei Qing, a Chefe de Naipe de liuqin da Orquestra, a obra “Rapsódia de Macau”, encomendada pela Orquestra Chinesa de Macau ao compositor Kuan Nai Chung para este concerto. Destaca-se aqui “o encanto de Macau como um ponto de convergência entre as culturas chinesa e ocidental, numa estreia mundial a não perder”.

Os bilhetes já estão à venda e os preços variam entre 120 e 380 patacas. Os residentes de Macau beneficiam de um desconto especial de 50 por cento dos bilhetes por se tratar de um espectáculo de celebração do 25.º aniversário da transição.

18 Out 2024

Filipe Dores seleccionado para Exposição Anual das Artes Visuais

O artista macaense Filipe Miguel das Dores foi um dos artistas escolhidos para apresentar o trabalho “Separado do antigo refúgio” na Exposição Anual das Artes Visuais de Macau 2024, juntamente com mais nove artistas chineses.

São eles Lei Hio Lam, com a obra “Se fossem reais”; Cheong Hang Fong, com “Uma aula em Julho”; Leong Wai Lap, com “Cidade Flutuante – Cidade Néon”; Leong Kit Man, com “Sem vento para lançar papagaios”; Mak Kuong Weng, com “Macau – Dragão a voar na era próspera”; Wong Kin Tong, com “0”; Wong Mei Teng, “Jogo de Fronteira”; Lao I Wo, com “A poesia de Macau de uma pessoa Nº 2” e ainda Cheong Cheng Wa com a série “Submeter-se”, “Conhecimento #1”e“O Consumo”.

Segundo uma nota do Instituto Cultural (IC), foi “esmagadora” a receptividade dos artistas nesta submissão de trabalhos, tendo sido recebidas propostas de 181 artistas e um total de 178 obras ou conjuntos. No total, foram escolhidas 45 peças individuais ou séries de obras, incluindo dez “galardoadas com o Prémio para Obras Excepcionais”.

Júri profissional

Esta mostra pretende servir de incentivo “à criação de obras artísticas contemporâneas inovadoras que expressem o espírito dos tempos e evidenciem os últimos desenvolvimentos das artes visuais em Macau”. O júri foi composto por cinco profissionais da área, incluindo representantes de escolas de arte, curadores independentes e representantes da indústria das artes.

Assim, fizeram parte do júri nomes como Feng Boyi, curador de arte independente e crítico de arte; Wang Chunchen, Vice-Director do Museu de Arte da Academia Central de Belas Artes; Che Jianquan, professor na Academia de Belas Artes de Guangzhou; Leicier, Directora de Exposições da Expo de Arte Contemporânea de Beijing; e Bridget Tracy Tan Li Lin, Directora Sénior do Instituto de Artes e Galerias de Arte do Sudeste Asiático e Conselheira Académica de Artes do Sudeste Asiático na Academia Nanyang de Belas Artes de Singapura.

A exposição com os trabalhos escolhidos acontece no final deste ano, sendo que a devolução dos projectos artísticos que não foram escolhidos terá lugar entre 1 e 3 de Novembro, das 10h às 19h, na Galeria Tap Seac.

18 Out 2024

Comércio | Ho Iat Seng reúne com delegação portuguesa

Ho Iat Seng, Chefe do Executivo ainda em funções, reuniu na quarta-feira com uma delegação portuguesa composta pelos presidentes dos municípios do Douro e Tâmega e Sousa, e os representantes da Fundação AEP, sediada no Porto e que pretende “desenvolver a sua acção em Portugal e no estrangeiro”, sobretudo no sector empresarial.

Segundo uma nota do gabinete do Chefe do Executivo, o encontro serviu para trocar “impressões sobre o aproveitamento de Macau como plataforma para aprofundar a cooperação entre a China e Portugal”.

O presidente da Câmara Municipal de Lousada e da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa, Pedro Daniel Machado Gomes, destacou o facto de a região ser produtora de vinho branco, além de “estar empenhada no desenvolvimento de indústrias inovadoras”, esperando que Macau possa trazer “melhores condições em reforçar o intercâmbio e as trocas comerciais com a China”. O encontro aconteceu no âmbito da participação destas entidades na 29.ª edição da Feira Internacional de Macau.

18 Out 2024

Ucrânia | Kremlin rejeita plano de vitória de Zelensky

O Kremlin rejeitou ontem o “plano de vitória” apresentado pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ao parlamento, em Kiev, argumentando que a Ucrânia “precisa de acordar”. “O único plano de paz possível é que o regime de Kiev compreenda que a sua política não tem perspectivas e que precisa de acordar”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, aos jornalistas.

O líder da Ucrânia esteve ontem de manhã a apresentar aos deputados ucranianos o seu “plano de vitória” para a guerra, depois de ter abordado o documento com alguns dos principais aliados ocidentais com o objectivo de os convencer a ajudá-lo a pôr em prática as medidas delineadas por Kiev e a derrotar a Rússia.

Esta apresentação no parlamento ucraniano acontece na véspera de Zelensky ir a Bruxelas para participar, como convidado, no Conselho Europeu que decorre entre hoje e amanhã. Na ocasião, o líder ucraniano irá apresentar os pormenores do plano aos 27 do bloco europeu.

O plano de Zelensky inclui uma vertente militar, prevendo-se para isso ajuda e autorizações dos aliados ocidentais – sobretudo da União Europeia (UE) e dos Estados Unidos – para usar armas de longo alcance doadas para atacar alvos em solo russo.

O plano prevê também que a Ucrânia continue a fazer avanços no terreno contra as forças russas, o que lhe daria argumentos para obrigar a Rússia a sentar-se à mesa das negociações, nomeadamente numa cimeira de paz.

Com certeza

Ontem, na intervenção no parlamento ucraniano, Zelensky rejeitou a possibilidade de ceder território à Rússia ou aceitar um “congelamento” na linha da frente, sublinhando que Moscovo vai perder a guerra iniciada em Fevereiro de 2022.

“A Rússia vai perder a guerra contra a Ucrânia. Não pode haver um ‘congelamento’ [da frente]. Não pode haver qualquer troca relativamente ao território da Ucrânia ou à sua soberania”, defendeu.

A Ucrânia e os seus aliados devem “forçar a Rússia a participar numa cimeira de paz e estar pronta para acabar com a guerra”, afirmou ainda o Presidente ucraniano, sublinhando que o plano de vitória foi preparado “para os ucranianos”.

Ainda no parlamento, Zelensky propôs a instalação na Ucrânia de um conjunto completo de medidas estratégicas de dissuasão não nucleares que, segundo defendeu, “serão suficientes para proteger a Ucrânia de qualquer ameaça militar da Rússia”.

Outra vertente do plano, mais encaminhada, é a adesão da Ucrânia à UE, indicaram esta semana funcionários europeus, que realçam os progressos ucranianos nas reformas exigidas para entrada no bloco comunitário e que servem de inspiração a outros países candidatos dos Balcãs Ocidentais, que iniciaram o processo há vários anos.

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, a 24 de Fevereiro de 2022. Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra sectores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.

17 Out 2024

Pyongyang | Mais de um milhão de jovens alistaram-se no exército

As tensões entre as duas Coreias levaram, segundo o Governo, milhões de jovens a juntarem-se ao exército norte-coreano. Pyongyang ameaça, mais uma vez, retaliar em força se o Sul praticar mais alguma acção provocatória

 

A Coreia do Norte afirmou ontem que mais de um milhão de jovens se alistaram esta semana no exército, depois de Pyongyang acusar Seul de enviar ‘drones’ para território norte-coreano e ameaçar retaliar.

“Milhões de jovens juntaram-se à luta nacional para eliminar a escória da República da Coreia que cometeu uma grave provocação ao violar a soberania da República Popular Democrática da Coreia através da infiltração de um ‘drone’”, escreveu a agência de notícias oficial norte-coreana KCNA, referindo-se aos dois países pelos nomes oficiais.

De acordo com a KCNA, mais de 1,4 milhões de jovens, incluindo estudantes e líderes de ligas juvenis, voluntariaram-se na segunda e na terça-feira para se juntarem ao Exército Popular da Coreia.

A Coreia do Norte, onde o longo serviço militar é obrigatório para todos os homens, registou no passado vagas maciças de alistamento patriótico durante períodos de grande tensão com Seul ou Washington.

O regime norte-coreano queixou-se do envio de vários ‘drones’, desde Outubro, que terão alegadamente lançado panfletos de propaganda com “rumores inflamatórios e disparates” sobre a capital. Pyongyang responsabilizou Seul pelas acções e avisou que o envio de mais um ‘drone’ vai ser considerado “uma declaração de guerra”.

No domingo, o Governo norte-coreano disse ter ordenado a oito brigadas de artilharia para estarem “totalmente preparadas para abrir fogo”, além de ter reforçado os postos de observação aérea em Pyongyang.

Olha o balão

O Ministro da Defesa sul-coreano, Kim Yong-hyun, negou qualquer envolvimento. No entanto, o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS) disse que “não podia confirmar se as alegações norte-coreanas eram verdadeiras ou não”.

O envio poderá ter partido de grupos sul-coreanos que habitualmente enviam propaganda e dólares para o Norte, normalmente em balões, mas por vezes em pequenos ‘drones’ difíceis de detectar pelas defesas aéreas do Norte e do Sul, indicaram observadores.

As autoridades da província de Gyeonggi, que faz fronteira com a Coreia do Norte, vão designar as cidades fronteiriças de Yeoncheon, Gimpo e Paju “como zonas especiais de ‘perigo’ onde qualquer pessoa que tente enviar panfletos para o Norte pode ser investigada criminalmente”, disse um funcionário à agência de notícias France-Presse.

17 Out 2024

Taiwan | Pequim protesta contra visita à Europa de Tsai Ing-wen

A embaixada da China na República Checa manifestou ontem o seu repúdio pela recente visita a Praga da antiga líder de Taiwan Tsai Ing-wen, que se encontra actualmente em Paris no âmbito de um périplo pela Europa.

“A posição da China sobre a questão de Taiwan é consistente e clara: opomo-nos firmemente a que quaisquer separatistas a favor da ‘independência de Taiwan’ visitem, sob qualquer pretexto, países que mantêm relações diplomáticas com a China”, afirmou a embaixada chinesa, num comunicado publicado no portal oficial.

“Exortamos a parte checa a aderir estritamente ao princípio de ‘uma só China’, a respeitar a soberania e a integridade territorial da China e a parar qualquer forma de apoio às forças separatistas de Taiwan, tomando medidas concretas para manter o desenvolvimento saudável e estável das relações bilaterais”, acrescentou o texto oficial.

Tsai Ing-wen (2016-2024), que deixou o poder em Maio, participou na segunda-feira no Fórum 2000 de Praga, um encontro de promoção da democracia e dos Direitos Humanos, no mesmo dia em que a China lançou uma nova vaga de manobras militares em torno de Taiwan.

Tsai aproveitou o encontro para manter conversações com a presidente da Câmara dos Deputados da República Checa, Markéta Adamová, e o presidente do Senado checo, Miloš Vystrčil, entre outros políticos.

A antiga líder da ilha, cujo programa de actividades em França não foi divulgado, deverá deslocar-se mais tarde ao Parlamento Europeu em Bruxelas, o que faria dela a primeira líder de Taiwan a visitar a capital belga.

A China opõe-se a qualquer forma de contacto oficial entre as autoridades de Taipé e políticos estrangeiros, já que considera a ilha uma província sua.

17 Out 2024

China pede ao Paquistão mais esforço na segurança após atentados suicidas

A China apontou ontem ao Paquistão a importância de um ambiente seguro para a cooperação entre os dois países, num contexto de recrudescimento da violência armada e de atentados que visam sobretudo cidadãos e projectos chineses no país.

A questão da segurança fez parte das conversações entre o primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, e o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, que se encontra em Islamabade para a 23.ª reunião do Conselho de Chefes de Governo da Organização de Cooperação de Xangai.

Num comunicado conjunto sobre a reunião, o Paquistão e a China concordaram em desenvolver esforços conjuntos em matéria de segurança.

Em Outubro passado, dois cidadãos chineses foram mortos e mais de uma dezena de pessoas ficaram feridas num atentado suicida no aeroporto do sul da cidade de Carachi. Li instou o Paquistão a adoptar “medidas de segurança específicas” para criar um ambiente seguro para a cooperação entre os dois países, de acordo com a declaração conjunta.

Em Março passado, um outro bombista suicida matou pelo menos cinco chineses e um paquistanês, todos trabalhadores do projecto hidroeléctrico de Dasu, na província de Khyber Pakhtunkhwa, no noroeste do país.

O Paquistão sublinhou “o seu compromisso firme e inabalável de continuar a aumentar a contribuição e a coordenação em matéria de segurança, de reforçar as medidas de segurança e de envidar todos os esforços para garantir a segurança do pessoal, dos projectos e das instituições chinesas no Paquistão”.

Pequim comprometeu-se a investir 64 mil milhões de dólares em projectos de infra-estruturas no Paquistão no âmbito do Corredor Económico China – Paquistão (CPEC), parte da iniciativa chinesa “Faixa e Rota”.

Injecção dourada

Durante a visita de Li Qiang, que chegou a Islamabade na segunda-feira, os países manifestaram a sua determinação em acelerar o desenvolvimento do porto de Gwadar, transformando-o num centro de ligação regional. Li Qiang e Sharif inauguraram virtualmente o Aeroporto Internacional de Gwadar, financiado pela China.

A China investiu cerca de 30 mil milhões de dólares em projectos no Paquistão desde o lançamento da CPEC em 2014, de acordo com dados do Governo paquistanês.

17 Out 2024

Hong Kong | Imposto sobre bebidas alcoólicas reduzido para reactivar vida noturna

Com a implantação das novas medidas, Hong Kong tenta recuperar a dinâmica pré-pandemia e conseguir manter os seus residentes a consumir internamente em vez de os ver a viajar para o Interior nos fins-de-semana

 

 

O líder de Hong Kong anunciou ontem um corte no imposto sobre bebidas alcoólicas, numa altura em que o centro financeiro asiático espera reavivar a reputação como destino turístico com vida nocturna e gastronomia vibrantes. Depois de promulgar uma lei de segurança nacional, como definido por Pequim, o Chefe do Executivo, John Lee, enfrenta agora desafios económicos e rivais regionais como Singapura, Japão e até cidades da China continental.

As mudanças nos estilos de vida dos residentes de Hong Kong e uma vaga de emigração da classe média durante a pandemia da covid-19 reduziram a procura local.

Muitos residentes preferem agora passar fins de semana no interior da China, atraídos pelos preços mais baixos e por uma maior variedade de opções de entretenimento. Os visitantes do continente também estão a gastar menos na cidade do que antes.

É comum ver lojas vazias nas zonas comerciais mais populares da cidade e as receitas dos bares da cidade diminuíram cerca de 28 por cento no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2019, indicam dados oficiais preliminares.

No discurso político anual, Lee disse que a taxa de imposto para bebidas alcoólicas com um preço de importação de mais de 200 dólares de Hong Kong vai ser agora reduzida de 100 por cento para 10 por cento acima desse preço.

O responsável disse esperar que esta política promova os sectores da logística, do armazenamento, do turismo e da restauração de luxo. Em 2008, quando Hong Kong aboliu as taxas sobre o vinho, as importações aumentaram 80 por cento num ano e a cidade acolheu centenas de novas empresas relacionadas com o vinho.

Lee, um antigo secretário de Segurança escolhido por Pequim para liderar a região administrativa especial chinesa, fez aprovar a nova lei de segurança em Março.

Esta lei seguiu-se a uma lei semelhante imposta a Hong Kong por Pequim em 2020, na sequência dos protestos que abalaram a cidade em 2019. Desde que entrou em vigor, muitos dos principais activistas locais foram processados e outros exilaram-se. Para o governo regional, as leis de segurança são necessárias para a estabilidade do território.

Estas mudanças políticas dramáticas levaram também muitas famílias de classe média e jovens profissionais a emigrar para Reino Unido, Canadá, Taiwan e Estados Unidos.

Bolsos cheios, portas abertas

Para atrair mais emigrantes ricos, Lee reviu também um esquema que concede residência aos candidatos que invistam um mínimo de 30 milhões de dólares de Hong Kong em certos tipos de activos. A partir de ontem, as compras de casas avaliadas em 50 milhões de dólares de Hong Kong, ou mais, podem ser contabilizadas até um terço do requisito, disse.

Horas antes do discurso de Lee, um pequeno grupo de activistas da Liga dos Sociais-Democratas organizou uma pequena manifestação diante da sede do governo. Exigiram o sufrágio universal para as eleições para o executivo e um regime de pensões de reforma: “regresso à democracia, melhoria das condições de vida das pessoas”, gritavam.

17 Out 2024

CCM | Ópera Liyuan e “Flores de Lótus Douradas” sobem ao palco este mês

O Centro Cultural de Macau volta a acolher, a partir da próxima semana, mais espectáculos que revelam as particularidades da ópera chinesa Liyuan. Tratam-se de quatro concertos organizados no âmbito da Temporada de Espectáculos de Companhias de Arte Nacionais

 

Estão à venda desde sábado bilhetes para os novos espectáculos de ópera Liyuan, um género específico da ópera chinesa, que se apresentam nos palcos do Centro Cultural de Macau (CCM) a partir da próxima semana. Tratam-se de quatro concertos, integrados na Temporada de Espectáculos de Companhias de Arte Nacionais em Macau 2024, que decorre entre terça-feira, 22, e 31 de Outubro.

O público poderá ver a nova produção de Ópera Liyuan “Dong Sheng e Li Shi” e mais dois espectáculos “Flores de Lótus Douradas”, apresentados pelo Centro de Preservação da Ópera Liyuan da Província de Fujian e pela Ópera Nacional da China, respectivamente.

Um comunicado do Instituto Cultural (IC) dá conta de que o público poderá desfrutar de “banquetes musicais de classe nacional”, sendo que esta temporada de espectáculos de ópera chinesa visa “potenciar o intercâmbio e a cooperação entre o Interior da China e Macau, bem como apoiar Macau na diversificação da sua oferta como Centro Mundial de Turismo e Lazer”. A ideia é também contribuir para o conceito de Macau como “uma base de intercâmbio e cooperação para promover a coexistência de diversas culturas, sendo a cultura chinesa a predominante”.

Com origem em Quanzhou, na província de Fujian e com uma história de mais de oito séculos, a Ópera Liyuan é cantada no dialecto de Quanzhou do sistema de Minnan, no sul de Fujian, sendo um dos géneros teatrais mais antigos existentes na China.

Fundado em 1953, o Centro de Preservação da Ópera Liyuan da Província de Fujian, anteriormente conhecido como Teatro Experimental da Ópera Liyuan da Província de Fujian, é o único grupo profissional de Ópera Liyuan, reconhecido como o “fóssil vivo da ópera do sul da China das dinastias Song e Yuan”.

Histórias clássicas

A ópera “Dong Sheng e Li Shi” conta a história do senhor Dong e da senhora Li, que superam inúmeros obstáculos para finalmente alcançarem a união e a felicidade. Esta peça lendária apresenta um enredo fluido e uma linguagem humorística, complementados com uma música melodiosa. Revestida de uma estética clássica chinesa, esta peça evidencia plenamente o glamour da Ópera Liyuan enquanto género de arte cénica tradicional, tendo vencido inúmeros prémios, nomeadamente o Prémio de Literatura Dramática Cao Yu, na sua primeira edição, o Prémio de Obras-primas de Artes Cénicas Nacionais e o Grande Prémio de Excelência em Teatro de Reportório do Ministério da Cultura.

No caso de “Flores de Lótus Douradas – Um Concerto Especial de Poesia Clássica Chinesa” é produzido e apresentado em Macau pela Ópera Nacional da China. Trata-se de uma iniciativa que “pretende construir pontes entre a tradição e a modernidade, bem como entre as culturas oriental e ocidental”.

“Através da combinação multidimensional de música, recitação, coro e elementos cenográficos, o concerto despertará no público um apreço renovado pela poesia clássica chinesa, promovendo uma compreensão mais profunda das emoções dos antigos e da riqueza da cultura tradicional da China”, é descrito.

Haverá depois um segundo espectáculo protagonizado pela Ópera Nacional, intitulado “Flores de Lótus Douradas – Um Concerto de Árias de Óperas Clássicas Seleccionadas da China e do Mundo”, sendo que a primeira parte contém trechos clássicos da ópera chinesa. Já a segunda parte está reservada a árias de ópera clássicas consagradas a nível internacional, “proporcionando ao público uma imersão no vasto património cultural musical”, explica o IC.

O espectáculo de Ópera Liyuan “Dong Sheng e Li Shi” decorre na próxima terça e quarta-feira, às 19h45, no pequeno auditório do CCM, com bilhetes a 150 patacas. Por sua vez, os concertos “Flores de Lótus” acontecem nos dias 30 e 31 de Outubro, pelas 20h, desta vez no grande auditório.

Os concertos são co-organizados pelo Departamento de Publicidade e Cultura do Gabinete de Ligação do Governo Popular Central na RAEM, pela Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude e pelo Instituto Cultural de Macau, contando com a execução da CPAA Productions Ltd. e a coordenação do Grupo de Artes e Entretenimento da China.

17 Out 2024

Consulado | Disponibilizadas mais vagas sem marcação prévia

Desde ontem que Consulado Geral de Portugal disponibiliza, a título experimental, o atendimento sem marcação prévia para emissão e renovação de cartões do cidadão e passaportes. “Consideramos estar agora em condições de, pela primeira vez desde Fevereiro de 2015, permitir o atendimento, a título experimental, no domínio dos cartões do cidadão e dos passaportes, de pessoas sem estatuto legal prioritário”, foi indicado, numa nota enviada à Lusa.

Apesar de não se exigirem marcações prévias, o Consulado lembrou que “a marcação prévia de atendimento pela plataforma” continua a ser “recomendada e prioritária”, com dois terços das vagas para esta modalidade.

O Consulado Geral indicou ainda que “entre Fevereiro de 2023 e Julho de 2024, foram atendidos 55 mil utentes pela secção de cartões do cidadão e passaportes, o que permitiu dar resposta à inédita procura acumulada durante o período da pandemia e reduzir significativamente o número diário de utentes que, desde Agosto, procuram os serviços”.

Em Agosto, os serviços consulares lançaram o atendimento prioritário sem marcação, também a título experimental, para pessoas com deficiência ou incapacidade, idosos, grávidas e pessoas acompanhadas de crianças de colo, com 16 vagas diárias para emissão e renovação de cartões do cidadão e passaportes.

“Nestes quase dois meses, em nenhum dia foi atingido o limite estabelecido”, com “dois atendimentos de pessoas com estatuto prioritário por dia, pelo que não se considera necessário aguardar mais um mês para dar por concluída esta fase experimental”, foi assinalado.

17 Out 2024

UGAMM | Sabedoria Colectiva quer melhorar Grande Prémio do Consumo

O Centro da Política de Sabedoria Colectiva, ligado à União Geral das Associações de Moradores (UGAMM), defende uma maior expansão do Grande Prémio de Consumo, medida lançada há alguns dias para potenciar o consumo fora das zonas turísticas. Segundo o jornal Ou Mun, os responsáveis deste organismo pedem maior flexibilidade no uso de cupões e que o plano se possa estender durante a semana, e não apenas aos fins-de-semana.

Estes pedidos surgem depois da UGAMM ter recebido queixas de alguns comerciantes que não constam na lista de negócios incluídos no Grande Prémio, desconhecendo quais os participantes e critérios de escolha. Assim, o Centro defende que, como esta iniciativa visa incentivar a economia comunitária, deve ser alargada a mais comerciantes, bem como reforçada a sua divulgação.

Relativamente aos cupões, um de 100 patacas exige um consumo de 300 patacas, mas o Centro entende que o valor deve ser dividido para garantir maior flexibilidade a quem consome. Assim, um cupão de 100 patacas poderia ter esse valor dividido por cinco, criando-se um cupão de 20 patacas para um consumo de 60 patacas.

17 Out 2024

Solidariedade | Fotógrafo local angaria 16.500 patacas para bombeiros

O fotojornalista português Gonçalo Lobo Pinheiro, radicado em Macau desde 2010, conseguiu arrecadar um total de 16 500 patacas para ajudar a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Góis (AHBVG) na compra de uma ambulância.

A venda das fotografias representou, segundo um comunicado, uma “humilde ajuda” aos soldados da paz que, ano após ano, enfrentam grandes dificuldades no combate aos incêndios florestais e, em particular, à entidade localizada naquele concelho português de onde é originária toda a família paterna do fotógrafo.

“Esperava ter chegado aos 2000 euros, mas já é uma boa ajuda. Como disse anteriormente, estarei sempre disponível para contribuir para Góis e para os goienses”, vincou, recordando que os Bombeiros Voluntários de Góis “estão a precisar adquirir uma ambulância que custa mais de 60 mil euros”.

Agora, as fotografias serão impressas em formato A4 e entregues ou enviadas aos compradores durante as duas últimas semanas de Outubro. “Nos próximos dias apresentarei os saldos publicamente e transferirei o valor final de 1890 euros para a conta bancária da AHBVG. Depois, os meus pais deslocar-se-ão a Góis em dia a combinar para, de modo formal, encerrar esta campanha. Ao mesmo tempo, de forma ordenada e até ao final do mês, pretendo entregar ou enviar por correio as impressões a todos aqueles que, solidariamente, as adquiriram.”

O fotojornalista agradece, ainda, às 23 pessoas solidárias de Macau, Portugal, Brasil, Hong Kong e Vietname que adquiriram por 500 patacas exemplares das três fotografias disponível na acção de solidariedade por si promovida no passado dia 19 de Setembro.

16 Out 2024

Morreu o escritor chileno autor d’”O carteiro de Pablo Neruda”

O escritor chileno Antonio Skármeta, vencedor de três prémios Planeta, autor da obra que viria a ser conhecida por “O carteiro de Pablo Neruda”, morreu ontem, aos 83 anos, informou a Universidade do Chile, à qual estava ligado.

Skármeta é conhecido do grande público pelas adaptações cinematográficas das suas obras e, em particular, de “O carteiro de Pablo Neruda”, uma produção de 1994, dirigida por Michael Radford.

“A nossa comunidade universitária despede-se com pesar de Antonio Skármeta Vranicic, escritor, Prémio Nacional de Literatura 2014, licenciado em Filosofia e académico pela Universidade do Chile em múltiplas etapas da sua inspiradora carreira, que promoveu a leitura e o amor pelos livros”, anunciou a universidade.

Um dos primeiros a lamentar a sua perda e a destacar o seu contributo para a literatura chilena, em particular, e para a literatura latino-americana, em geral, foi o Presidente da República do Chile, Gabriel Boric, numa mensagem nas redes sociais.

“Obrigado, professor, pela vida vivida. Pelos contos, pelos romances e pelo teatro. Pelo empenho político. Pelo ‘espetáculo’ de livros que alargaram as fronteiras da literatura. Por sonhar que ardia a neve no Chile que tanto lhe doía”, afirma o Presidente, referindo-se a um dos seus primeiros livros, “Soñé que la nieve ardía” (1975).

Da Croácia para o Chile

De origens croatas, Antonio Skármeta Vranicic nasceu na cidade de Antofagasta, no norte do Chile, em Novembro de 1940, e é um dos mais criativos e influentes intelectuais do país, um contador de histórias nato com grande talento para condensar a vida e a filosofia dentro da história, o formato que lhe era mais caro, afirma a agência noticiosa espanhola Efe.

Licenciado em Filosofia e Educação pela Universidade do Chile, cresceu como escritor sob a influência do pensador espanhol Francisco Soler Grima, discípulo de Julián Marías e de José Ortega y Gasset, sobre quem escreveu a sua tese de doutoramento em 1963, “Ortega y Gasset, linguagem, gesto e silêncio”, prossegue a Efe referindo que Skármeta era amante do pensamento de Jean-Paul Sartre, Albert Camus e Martin Heidegger.

Em 1964, ganhou uma bolsa ‘Fulbright’ e viajou para a Universidade de Columbia, em Nova Iorque, onde escreveu uma segunda tese, desta vez sobre a narrativa de Julio Cortazar. Em 1969, recebeu, em Havana, o Prémio Casa das Américas pelo livro “Desnudo en el tejado”.

A fama internacional chegou-lhe através dos seus romances e, em particular, através da adaptação cinematográfica do seu livro “Ardiente paciência” (1983), do qual saíram dois filmes: um com o mesmo título e outro como “O carteiro de Pablo Neruda”, protagonizado por Massimo Troisi.

Como realizador de cinema, Antonio Skármeta rodou vários documentários e longas-metragens. Intelectual de esquerda, Skármeta foi obrigado a abandonar o Chile após o golpe militar liderado pelo general Augusto Pinochet, em 1973, que transformou o país numa das mais sangrentas ditaduras da América Latina.

Depois de passar pela Argentina e outros países, em 1981 instalou-se na Alemanha, onde escreveu a história do carteiro de Neruda: primeiro para uma rádio alemã e, depois, como guião de cinema. A obra teve um enorme sucesso e catapultou-o para a fama, foi traduzida para trinta línguas, adaptada ao cinema, teatro, ópera e rádio e, como o próprio autor afirmou numa entrevista, “existem mais de uma centena de versões no mundo”.

Skármeta regressou ao Chile em 1989, no ano do fim da ditadura, e aí continuou como professor universitário, académico e, pelo meio, como diplomata na Alemanha.

16 Out 2024

Nobel | Han Kang vende mais de um milhão de livros em poucos dias

Mais de um milhão de livros da escritora sul-coreana Han Kang, recentemente galardoada com o Prémio Nobel da Literatura, foram vendidos na Coreia do Sul desde a semana passada, de acordo com livrarias do país.

Pelo menos 1,06 milhões de livros, incluindo electrónicos, de Han Kang foram vendidos desde que lhe foi atribuído o Nobel na quinta-feira, disseram à agência de notícias France-Presse (AFP) a Kyobo, a Aladin e a YES24, três grandes livrarias e lojas ‘online’ sul-coreanas.

“Os livros de Han Kang estão a ter vendas sem precedentes. Isto é algo que nunca vimos antes”, disse à AFP o porta-voz da Kyobo, maior cadeia de livrarias do país, Kim Hyun-jung.

Tendo sido a primeira mulher asiática a ganhar este prémio literário, a romancista de 53 anos foi escolhida pela “prosa poética intensa que confronta traumas históricos e expõe a fragilidade da vida humana”. É mais conhecida no estrangeiro pelo romance “A Vegetariana”, vencedor do Man Booker Prize em 2016, que narra a mudança radical de hábitos alimentares de uma mulher após pesadelos violentos, com consequências desastrosas para a vida conjugal e a saúde mental.

De acordo com o negócio de livros novos e usados Aladin, Han Kang aumentou as vendas dos livros 1.200 vezes em relação ao mesmo período do ano passado, e as da literatura sul-coreana em 12 vezes. “Nunca estive tão ocupado desde que entrei para a empresa em 2006”, disse à AFP um funcionário do Aladin.

16 Out 2024

Líbano | Mais de 400 mil crianças deslocadas em três semanas

Mais de 400 mil crianças foram deslocadas nas últimas três semanas no Líbano, afirmou ontem um alto funcionário do UNICEF, alertando sobre uma possível “geração perdida” devido à guerra entre o Hezbollah e Israel.

O director executivo adjunto para as acções humanitárias do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Ted Chaiban, visitou escolas que foram transformadas em abrigos para acolher famílias deslocadas no Líbano. “O que me impressionou foi que esta guerra tem três semanas e tantas crianças já foram afectadas”, disse Chaiban à agência de notícias Associated Press (AP) em Beirute.

“Hoje, enquanto estamos aqui, 1,2 milhões de crianças estão a ser privadas de educação. As suas escolas públicas tornaram-se inacessíveis, foram danificadas pela guerra ou estão a ser utilizadas como abrigos. A última coisa de que este país precisa, para além de tudo o que já passou, é do risco de uma geração perdida”, sublinhou o responsável do UNICEF.

“É preocupante saber que temos centenas de milhares de crianças libanesas, sírias e palestinianas que correm o risco de perder a sua aprendizagem”, disse Chaiban. Mais de 2.300 pessoas no Líbano foram mortas em ataques israelitas, quase 75 por cento destas no último mês, segundo o Ministério da Saúde libanês. Nas últimas três semanas, mais de 100 crianças foram mortas e mais de 800 ficaram feridas, disse Chaiban.

O alto funcionário do UNICEF sublinhou que as crianças deslocadas estão amontoadas em abrigos sobrelotados, onde três ou quatro famílias podem viver numa sala de aula separada por uma lona de plástico e onde 1.000 pessoas podem partilhar 12 casas de banho. Muitas famílias deslocadas montaram tendas ao longo das estradas ou em praias públicas.

Embora algumas escolas privadas libanesas ainda estejam em funcionamento, o sistema escolar público foi gravemente afectado pela guerra, juntamente com as pessoas mais vulneráveis do país, como os refugiados palestinianos e sírios.

A escalada da violência deixou fora de serviço mais de 100 unidades de cuidados de saúde primários e 12 hospitais já não funcionam ou estão a atender de forma parcial.

Desejo pelo fim

Nas últimas três semanas, 26 estações que fornecem água a quase 350 mil pessoas foram danificadas. O UNICEF está a trabalhar com as autoridades locais para as reparar, segundo Chaiban. “O que devemos fazer é garantir que isto acabe, que esta loucura acabe, que haja um cessar-fogo antes de chegarmos ao tipo de destruição, dor, sofrimento e morte que vimos em Gaza”, disse Chaiban.

Com tantas necessidades, disse, o apelo de resposta de emergência de 108 milhões de dólares para o Líbano só foi financiado em 8 por cento três semanas após o início da escalada. Chaiban pediu que a infra-estrutura civil fosse protegida e apelou a um cessar-fogo no Líbano e em Gaza, dizendo que é necessário haver vontade política e uma compreensão que o conflito não pode ser resolvido através de meios militares.

Após um ano de trocas de tiros na fronteira, Israel intensificou a sua campanha contra o grupo xiita Hezbollah no Líbano nas últimas semanas, incluindo operações terrestres. Os combates no Líbano expulsaram 1,2 milhões de pessoas das suas casas, a maioria das quais fugiu para Beirute e outras partes do norte nas últimas três semanas desde a escalada da violência.

16 Out 2024

China avisa que tensão na península coreana não interessa a nenhuma das partes

A China advertiu ontem que a “situação tensa na península coreana não é do interesse de nenhuma das partes”, depois de Pyongyang ter destruído vários troços da estrada que liga o seu território à Coreia do Sul.

A porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, disse em conferência de imprensa que a China, enquanto “vizinho próximo da península”, está “preocupada com a evolução da situação”. Mao afirmou que “é imperativo evitar uma escalada do conflito”.

“A China está empenhada em manter a paz e a estabilidade na península”, acrescentou, referindo que Pequim “não alterou a sua posição de promover uma solução política” para o conflito coreano. Mao exortou “todas as partes” a “envidarem esforços conjuntos” para encontrar uma solução política.

Na semana passada, Pyongyang anunciou que ia cortar as estradas e os caminhos-de-ferro que ligam as duas coreias e fortificar essas zonas, em resposta a uma alteração constitucional recentemente aprovada que terá redesenhado unilateralmente as fronteiras nacionais por ordem do líder norte-coreano, Kim Jong-un.

O corte de rotas de transporte por parte de Pyongyang surge numa altura de tensões acrescidas na península, devido às acusações norte-coreanas de que a Coreia do Sul enviou veículos aéreos não tripulados (“drones”) carregados de propaganda para o seu território e às ameaças de responder com fogo de artilharia se ocorrerem incidentes semelhantes.

Amizade e tradição

Este mês, o Presidente chinês, Xi Jinping, trocou mensagens de felicitações com Kim por ocasião do 75.º aniversário do estabelecimento de laços entre Pequim e Pyongyang, destacando a “amizade tradicional” entre os dois países, que “resistiu a desafios numa situação internacional em mudança”.

A troca de mensagens ocorreu numa altura em que as relações entre os dois vizinhos terão esfriado, coincidindo com a forte aproximação entre Pyongyang e Moscovo.

China e Coreia do Norte estão a celebrar este ano o “Ano da Amizade Coreia do Norte-China” para assinalar o aniversário, mas as trocas entre os dois países em 2024 têm sido escassas. No entanto, a China continua a ser o principal parceiro estratégico e comercial da Coreia do Norte, com quem partilha uma fronteira de mais de 1.400 quilómetros.

16 Out 2024

Rússia / China | Relações no “nível mais elevado da História”

O vice-presidente do principal órgão militar chinês, Zhang Youxia, disse ontem ao ministro da Defesa russo, Andrei Belousov, que as relações bilaterais atingiram “o nível mais elevado da História” e que Pequim quer “continuar a trabalhar” com Moscovo.

O ministro russo está na China para o segundo dia da sua visita oficial, sendo a guerra na Ucrânia um dos principais temas da agenda.

A visita surge uma semana antes de o Presidente chinês, Xi Jinping, se deslocar à Rússia para participar na cimeira dos BRICS. Zhang, vice-presidente da Comissão Militar Central, sublinhou que o desenvolvimento da relação ocorreu sob a “liderança estratégica” de Xi e do seu homólogo russo, Vladimir Putin.

As relações “continuam a evoluir de forma saudável e estável”, afirmou o responsável, segundo um comunicado do ministério da Defesa chinês.

O general manifestou a disponibilidade da China para continuar a trabalhar com a Rússia, considerando o 75.º aniversário das relações diplomáticas entre os dois países como um “novo ponto de partida” para consolidar e desenvolver continuamente uma “amizade de boa vizinhança a longo prazo”, bem como uma “elevada confiança estratégica” e uma “cooperação mutuamente benéfica”.

Durante a reunião, Zhang sublinhou a importância de implementar o consenso alcançado pelos dois líderes, através dos intercâmbios de alto nível e aprofundamento das relações militares, para “defender a soberania, a segurança e os interesses de desenvolvimento de ambos os países”.

Belousov elogiou a “amizade histórica” entre a Rússia e a China e manifestou disponibilidade para reforçar a cooperação e aproveitar as oportunidades para expandir a parceria estratégica em vários domínios.

Os dois líderes concordaram com a necessidade de continuar a reforçar a parceria estratégica, centrada na defesa, na segurança e na estabilidade regional.

16 Out 2024

Sichuan | Dois pandas a caminho de Washington

Um casal de pandas, aguardado com expectativa em Washington, iniciou na segunda-feira uma longa viagem da China até à capital norte-americana, anunciou a organização chinesa responsável pela protecção da espécie.

Partindo da província chinesa de Sichuan, o macho Bao Li e a fêmea Qing Bao, ambos com três anos, foram colocados em jaulas individuais com um grande fornecimento de bambu para a viagem, de acordo com a Associação de Conservação da Vida Selvagem da China e imagens transmitidas pela estação CNN.

Estes dois mamíferos, com um forte símbolo diplomático, foram ontem recebidos pelos meios de comunicação social, em Washington, uma vez que a cidade não tinha pandas há quase um ano. Os pandas viajam num avião especial, sob o controlo veterinário constante de uma equipa de cuidadores de Washington.

O anúncio da chegada de Bao Li e Qing Bao foi feito no final de Maio pela primeira-dama norte-americana, Jill Biden, e pelo Jardim Zoológico Nacional do Smithsonian. É neste jardim zoológico de Washington que o público norte-americano poderá conhecer os novos inquilinos dentro de poucas semanas, depois de passado o período de quarentena e aclimatação ao ar da capital.

Três pandas anteriores alojados em Washington regressaram à China em Novembro de 2023. Uma partida, após o termo de um contrato de empréstimo, que foi amplamente percepcionada como reflectindo as tensões entre Washington e Pequim.

O primeiro par de pandas foi oferecido por Pequim aos Estados Unidos em 1972, após uma visita histórica do presidente Richard Nixon à China comunista de Mao Tse-Tung.

16 Out 2024

Pequim pede a Irão e Israel que recorram à diplomacia para evitar escalada

O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês apelou ontem ao recurso da diplomacia para evitar nova escalada do conflito no Médio Oriente, em telefonemas com os homólogos iraniano e israelita, numa altura em que a China tenta reduzir tensões.

Numa conversa telefónica com o seu homólogo iraniano, Abbas Araghchi, Wang Yi sublinhou o dever da China de acalmar as tensões e promover o diálogo, de acordo com um comunicado divulgado pela diplomacia chinesa.

“A China sempre defendeu a resolução dos conflitos através do diálogo e da consulta”, apontou o ministro, sublinhando ainda que Pequim continuará a reforçar a comunicação entre as partes envolvidas para construir um consenso internacional mais alargado. “Opomo-nos à exacerbação das tensões e à expansão dos conflitos”, acrescentou.

Araghchi manifestou a preocupação do Irão com o risco de nova escalada e sublinhou o valor da influência da China nos assuntos internacionais, salientando a disponibilidade de Teerão para trabalhar com Pequim na procura de soluções diplomáticas.

“O Irão não quer assistir a uma nova expansão do conflito”, afirmou, exortando Israel a ser cauteloso.

O ministro iraniano sublinhou igualmente a importância de uma coordenação estreita com a China, o seu principal parceiro comercial e aliado estratégico, para resolver a situação, enquanto aguarda a resposta de Israel ao ataque iraniano com 180 mísseis balísticos contra o Estado hebreu, a 1 de Outubro.

Travão na violência

Numa outra chamada telefónica com o seu homólogo israelita, Israel Katz, Wang sublinhou que “os desastres humanitários em Gaza não devem continuar” e que “combater a violência com violência não responde verdadeiramente às preocupações legítimas de todas as partes”.

Katz informou Wang sobre os combates no norte de Israel contra o grupo xiita libanês Hezbollah, que faz parte do “Eixo de Resistência” liderado por Teerão e pelo Hamas palestiniano.

O ministro chinês dos Negócios Estrangeiros sublinhou que a China exige “um cessar-fogo imediato, completo e permanente em Gaza e a libertação de todos os reféns israelitas” raptados pelo Hamas.

Pequim tem reiterado em várias ocasiões o apoio à “solução dos dois Estados”, manifestando a sua “consternação” perante os ataques israelitas contra civis em Gaza, e mantém um papel cada vez mais activo como mediador nos conflitos do Médio Oriente, que surge em paralelo com os seus crescentes interesses económicos e energéticos enquanto maior importador mundial de petróleo.

Em Julho passado, foi assinado em Pequim um acordo entre o grupo islâmico Hamas, o partido secular Fatah e uma dúzia de outros grupos palestinianos e, no ano passado, a China mediou o restabelecimento das relações diplomáticas entre o Irão e a Arábia Saudita.

16 Out 2024

Astronomia | Pequim revela plano para se tornar líder mundial em ciências espaciais até 2050

Os passos dados nos últimos anos, e o plano em marcha no domínio da ciência espacial, visam transportar o país para a liderança internacional no estudo do universo

 

A China revelou ontem um plano para se tornar líder mundial em ciências espaciais até 2050, aproveitando o seu progresso na exploração do espaço, que inclui já a construção de uma estação espacial e trazer rochas da lua.

“A investigação em ciências espaciais do nosso país está ainda numa fase inicial”, afirmou Ding Chibiao, vice-presidente da Academia Chinesa de Ciências, o principal instituto científico do país, em conferência de imprensa.

O plano, publicado conjuntamente com a Administração Espacial Nacional da China e o Gabinete de Engenharia Espacial Tripulada da China, visa realizar feitos marcantes “com uma influência internacional significativa”, que impulsionem avanços na inovação e transformem a China numa potência no estudo do espaço.

O Plano Nacional de Médio e Longo Prazo para o Desenvolvimento das Ciências Espaciais (2024-2050), dividido em três fases, prevê que a China realize entre cinco e oito missões científicas até 2027, com o objectivo de fazer descobertas significativas no domínio da astronomia de alta energia e da exploração de Marte e da Lua.

Entre 2028 e 2035, vão ser efectuadas 15 missões, incluindo algumas de especial relevância, na procura de planetas habitáveis e no estudo das ondas gravitacionais.

Na fase 2036-2050, o país aspira a realizar mais de 30 missões espaciais, com o objectivo de fazer progressos em domínios como a origem do universo e a exploração tripulada.

Entre as áreas prioritárias do plano está a investigação sobre a origem e a evolução do cosmos, o estudo das ondas gravitacionais para explorar fenómenos como a formação de buracos negros e a natureza do espaço-tempo e a ligação Sol-Terra, centrada na análise do impacto da actividade solar no clima espacial e na tecnologia da Terra.

Será dada ainda prioridade à procura de planetas habitáveis dentro e fora do sistema solar, investigando o seu potencial para albergar vida.

Rivais “extraterrestres”

Além de colocar em órbita uma estação espacial, a China já aterrou uma sonda em Marte. O seu objectivo é colocar uma pessoa na Lua antes de 2030, o que faria da China a segunda nação a fazê-lo, depois dos Estados Unidos. O país também planeia construir uma estação de investigação na Lua.

O programa lunar faz parte de uma rivalidade crescente com os Estados Unidos – ainda líder na exploração espacial – e outros países, incluindo o Japão e a Índia. Os Estados Unidos estão a planear colocar astronautas na Lua pela primeira vez em mais de 50 anos, embora a NASA tenha adiado a data prevista para 2026, no início deste ano.

Os EUA lançaram esta semana uma nave espacial numa viagem de cinco anos e meio com destino a Júpiter, onde tentará estudar uma das luas do planeta para ver se o seu vasto oceano oculto contém vida.

16 Out 2024

“Voices of the World” | Associação 10 Marias apresenta novo cabaré

A Associação 10 Marias apresenta, este sábado, um novo espectáculo de cabaré intitulado “Voices of the World”, naquela que promete ser “a noite mais electrizante do ano”, descreve um comunicado. O espectáculo começa às 23h, com porta aberta uma hora antes, na discoteca DD3, na Doca dos Pescadores, com os bilhetes a custarem 250 patacas.

Segundo a mesma nota, esta será “uma espectacular extravagância de cabaré que apresenta muitas actuações internacionais ao vivo para deslumbrar e surpreender”, apresentando-se participantes que trazem ao palco “danças de tirar o fôlego, cantos hipnotizantes, músicos sensacionais e acrobacias de cair o queixo”.

Haverá ainda “muita representação, provocação e reacção, sensualidade e sensatez, rodopios e arrepios, suor e agitação”, sendo que “cada acto apresenta talentos notáveis de todo o mundo, fazendo deste evento uma verdadeira celebração da expressão artística”, é referido.

Segundo Mónica Coteriano, co-fundadora da associação e coordenadora do espectáculo, “esta não é apenas uma performance; é uma experiência que vos vai deixar maravilhados”. “Estamos entusiasmados por reunir alguns dos melhores talentos do mundo, e alguns inspirados estreantes locais, para uma noite que promete ser inesquecível. E sempre muito divertida”, declarou.

16 Out 2024

FRC | “Passeios com História” voltam a realizar-se no fim do mês

Cândido Azevedo, professor, volta a ser o orientador da iniciativa “Passeios com História” promovida pela Fundação Rui Cunha (FRC) para os próximos dias 26 e 27 deste mês. A ideia é descobrir mais sobre a história e o património das zonas antigas de Macau em visitas guiadas em português, nos dias 26 e 27, e também no dia 3 de Novembro, mas desta vez em inglês. As visitas decorrem entre as 10h e as 12h30.

Segundo uma nota, desde 2017 que a área dos apoios sócio-culturais e filantrópicos da FRC oferece aos interessados um programa gratuito de visitas guiadas à História e Património da “Cidade de Macau dos séculos XVI a XIX”. Ao longo de duas horas e meia terão os participantes oportunidade de conhecer as memórias, crenças, práticas quotidianas e saberes das gentes desse tempo, das duas partes da cidade: a cristã e a chinesa.

Este ano decorre, assim, a quinta edição, sendo que o objectivo é descobrir mais informações sobre as ruas becos, santuários e núcleos museológicos. O passeio intitula-se “Circuito das cidades cristã e chinesa, na Macau dos séculos XVI a XIX”. O ponto de encontro será na galeria da FRC a partir das 9h45. As inscrições fazem-se junto da FRC.

16 Out 2024

Gastronomia lusófona mostra-se entre sustentabilidade e tradições

Entre um super-alimento vindo de Angola e tradições nascidas em Timor-Leste, da resistência à ocupação indonésia, arranca na sexta-feira uma mostra que durante cinco dias vai promover em Macau a gastronomia lusófona.

“Uma super-comida do futuro”, foi como o ‘chef’ angolano Nário Tala descreveu o catato, numa apresentação à imprensa do menu da Mostra Gastronómica Lusófona, que vai decorrer na Doca dos Pescadores de Macau, até 22 de Outubro.

A surpresa fica reservada para a chegada do prato à mesa do Restaurante Vic’s, com o catato – um tipo de lagarta, típico da cozinha angolana – salteado com beringela, azeite, cebola e alho. “É um alimento muito proteico, tem vitamina C, ferro, zinco, e podes encontrar com facilidade. Não engorda, é anticancerígeno, e pode ser feito de várias maneiras”, explicou Tala à Lusa.

As sementes de linhaça, cânhamo e chia, a maca, a espirulina, o açaí e as bagas goji são alguns dos chamados superalimentos, caracterizados por uma elevada concentração de nutrientes como vitaminas, ómega 3 e proteínas.

O catato “é um alimento comum, faz parte da cultura, principalmente na parte do norte de Angola”, mas Nala admitiu que ainda “há uma resistência” a comer esta lagarta da palmeira-de-dendé. O ‘chef’ sublinhou que a lagarta “não precisa de ser cultivada” e que o seu consumo até pode encorajar a população a plantar mais palmeiras. “Acabamos por consumir o que a palmeira nos oferece, mas sem destruí-la”, explicou Tala.

A importância da sustentabilidade foi também sublinhada por Maria das Dores, que saiu pela primeira vez da Ilha de Príncipe para apresentar em Macau um ‘abobó’, com feijão, farinha de mandioca e peixe grelhado. “Nós usamos aquilo que é nosso. Por isso, o que é nosso é bom e também fica mais barato”, disse à Lusa a ‘chef’ santomense.

Tradições de Timor

Para a timorense Delfina Maria Baptista Guterres, usar ingredientes autóctones como o milho e a batata doce é também uma forma de preservar tradições de Timor-Leste. “O milho em pó, por exemplo, depois de frito, dura meses e essa era a comida que a gente levava quando vivíamos no mato, por vezes até anos, durante a ocupação, quando o inimigo vinha atacar”, recordou a ‘chef’ timorense.

A Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin) levou a cabo uma resistência armada nas matas timorenses durante décadas, após a invasão por parte da Indonésia, em 7 de Dezembro de 1975. “Mas essa malta nova já não faz muito disso, querem coisas mais instantâneas”, lamentou Guterres.

A Mostra Gastronómica Lusófona inclui ainda Martinho Moniz, um ‘chef’ português radicado em Macau, e a macaense Ana Manhão. Manhão disse que, mais do uma ‘chef’, se identifica como uma defensora das “tradições culinárias” dos macaenses, uma comunidade euro-asiática, composta sobretudo por luso-descendentes, com raízes no território.

16 Out 2024