Jogo | Pansy Ho considerada a mais rica de Hong Kong pela Bloomberg

[dropcap style=’circle’] O [/dropcap] s últimos meses parecem ter sido de alegria para a filha do magnata do jogo Stanley Ho. Após a abertura do empreendimento da MGM China no Cotai, Pansy Ho acaba de ser considerada pelo Bloomberg’s Billionaire’s Index (índice de bilionários elaborado pela agência de notícias de economia) como a mulher mais rica da região vizinha, com uma fortuna pessoal avaliada em 6.01 mil milhões de dólares norte-americanos. Com esta subida na lista elaborada pela Bloomberg, Pansy Ho ocupa agora a posição número 286 na lista mundial de bilionários, de acordo com a publicação Inside Asian Gaming.

A mesma publicação refere que Pansy Ho roubou o lugar a Pollyanna Chu, cuja empresa Kingston Financial Group Ltd perdeu quase metade do seu valor no ano passado. A empresa de Pollyanna Chu detém os casinos Casa Real e Grandview, operados com uma licença da Sociedade de Jogos de Macau (SJM), concessionária da qual Pansy Ho é também uma das accionistas principais.

A queda da Kingston Financial Group Ltd deveu-se ao facto da Hong Kong’s Securities and Futures Commission ter alertado, em Janeiro, os investidores de que a posse das acções da empresa estava demasiado concentrada, uma vez que apenas 20 pessoas detinham 91 por cento das acções. A empresa registou uma queda de 8.7 por cento na Segunda-feira na bolsa de valores de Hong Kong, depois do Grupo FTSE Russell, sediado em Londres, ter retirado as acções da empresa da sua lista de referências.

21 Mar 2018

Computador é menos usado pelas famílias de Macau

[dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] “Inquérito à Utilização da Tecnologia Informática dos Agregados Familiares” relativo ao ano passado revela que 145.100 famílias utilizam o computador, o que representa 75,8 por cento do total dos agregados familiares, uma quebra de 2,1 por cento face a 2016. De acordo com o comunicado ontem divulgado pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), esta descida deve-se a um maior acesso a “aplicações noutros equipamentos, nomeadamente, nos telemóveis”.

“A taxa de penetração de computador entre os indivíduos com idade igual ou superior a 3 anos correspondeu a 52,8 por cento, menos 1,7 pontos percentuais”, aponta o mesmo comunicado. Em relação ao consumo de Internet, um total de 168.800 agregados familiares navegaram online, o que representa 88,1 por cento, ou seja, mais 1200 famílias em relação a 2016. Um total de 513.600 pessoas com idade igual ou superior a três anos utilizaram a internet, um aumento de 2,7 por cento face a 2016. “Destaca-se que as taxas de penetração de internet dos indivíduos com idade entre os 35 e os 44 anos, bem como entre os 25 e os 34 anos foram de 97,6 por cento e 97,4 por cento, respectivamente, tendo subido 1,3 e 0,3 pontos percentuais, respectivamente, em termos anuais.”

Quanto às finalidades de utilização da internet, a maioria dos utilizadores de internet usou-a para “comunicação” (93,7 por cento) e “entretenimento on-line” (81,4 por cento), mais 2,2 e 4,8 pontos percentuais, respectivamente, face a 2016. Além disso, 53,2 por cento utilizaram a internet para a “pesquisa de informação”, menos 8,1 pontos percentuais, em termos anuais. Registou-se que 87.900 utilizadores de internet fizeram “compras on-line”, mais 16,0 por cento, em termos anuais. No que diz respeito ao uso de telemóvel, houve uma ligeira diminuição de 0,1 por cento face a 2016. Já a “proporção de utilizadores de internet que usaram telemóvel para aceder à internet (91,5 por cento) caiu 0,4 pontos percentuais, em termos anuais”.

21 Mar 2018

APN | Aprovada lei que estenderá práticas anticorrupção à função pública

[dropcap style=’circle’] O [/dropcap] órgão máximo legislativo chinês aprovou ontem a Lei de Supervisão, que aplicará na função pública as práticas anticorrupção do Partido Comunista. Uma medida que tem sido criticada por organizações de defesa dos direitos humanos

A lei foi aprovada pela quase totalidade dos cerca de 3000 delegados da Assembleia Popular Nacional, no Grande Palácio do Povo, em Pequim.

A aprovação mune com legislação a recém-criada Comissão Nacional de Supervisão, poderoso organismo de combate à corrupção com estatuto superior ao dos ministérios encarregue de monitorar mais de 200 milhões de funcionários públicos.

A Comissão, incluída na Constituição chinesa desde 11 de Março, e que analistas comparam a um poder equivalente ao do Executivo, legislativo ou judicial, será dirigida por Yang Xiaodu, até agora o “número dois” da campanha anticorrupção no seio do Partido Comunista Chinês (PCC).

A nova lei prevê a criação de subcomissões a nível provincial, local e municipal, e a fusão de organismos anticorrupção do Estado e do Partido.

Organizações de defesa dos direitos humanos, como a Amnistia Internacional (AI), temem que com a nova lei se inicie um período de maior repressão estatal, ao estenderem-se as práticas anticorrupção do PCC, que incluem torturas, isolamento dos suspeitos ou detenções até seis meses sem julgamento.

 

Vigiar e punir

“A lei abre uma nova era na qual se abandona qualquer ambição em ter qualquer tipo de limite no exercício do poder estatal”, afirma o diretor da AI para a Ásia Oriental, Nicolas Bequelin.

A campanha anticorrução lançada há cinco anos pelo Presidente chinês, Xi Jinping, puniu já mais de um milhão e meio de membros do PCC e investigou 440 altos quadros do regime. Entre os altos funcionários investigados, 43 faziam parte do Comité Central do PCC – os 200 membros mais poderosos da China.

Críticos apontam que a campanha anticorrupção de Xi serviu para afastar rivais políticos, promovidos por outros grupos internos do PCC.

 

Destaque: A aprovação mune com legislação a recém-criada Comissão Nacional de Supervisão, poderoso organismo de combate à corrupção com estatuto superior ao dos ministérios encarregue de monitorar mais de 200 milhões de funcionários públicos.

21 Mar 2018

Li Keqiang apela a Washington que aja racionalmente em disputas comerciais

[dropcap style=’circle’] O [/dropcap] primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, apelou ontem a Washington que “actue racionalmente” e evite perturbar o comércio nos sectores do aço, tecnologia e outros, prometendo que Pequim se “abrirá ainda mais” às importações e investimento

“Ninguém sairá vencedor de uma guerra comercial”, afirmou Li, na conferência de imprensa que encerrou a sessão anual da Assembleia Popular Nacional. Li não mencionou possíveis retaliações por parte da China caso o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, imponha mais barreiras sobre as importações oriundas do país asiático, mas outros funcionários garantiram já que Pequim está preparado para agir.

O governo de Trump subiu já as importações sobre máquinas de lavar roupa e outros bens oriundos da China, para travar o que considera apoios inapropriados das autoridades chinesas a alguns sectores industriais.

Trump lançou ainda uma investigação para averiguar se Pequim exige indevidamente que as empresas estrangeiras transfiram tecnologia, em troca de acesso ao mercado, o que poderá resultar em mais penalizações sobre produtos chineses.

“O que esperamos é que ambos os lados ajam racionalmente, em vez de se deixarem levar pelas emoções”, afirmou Li Keqiang. “Nós não queremos uma guerra comercial”, vincou.

O ministro chinês do Comércio disse este mês que a China irá “defender firmemente” os seus interesses, sem avançar com mais detalhes.

Associações empresariais dizem que Pequim talvez tente atingir as exportações norte-americanas de aviões, soja e outros bens que têm na China o seu maior mercado.

Questionado se Pequim considera usar os títulos de tesouro norte-americanos que detém, no valor de biliões de dólares, para exercer influência nas negociações, Li afirmou que os investimentos chineses têm como base os princípio do mercado e que “a China é um investidor responsável e a longo prazo”.

 

Reformas lentas

Li Keqiang prometeu que a China abrirá mais o seu mercado, numa altura em que as autoridades chinesas estão a encetar uma reforma do sector estatal, visando aumentar a sua produtividade.

O primeiro-ministro chinês afirmou que Pequim facilitará o processo para registo de empresas e abrirá mais indústrias à competição do sector privado e de firmas estrangeiras.

Em 2013, o Partido Comunista Chinês prometeu atribuir um maior papel às forças do mercado e aos empresários, que geram a maioria dos novos empregos e riqueza do país, a segunda maior economia do mundo. Mas críticos apontam que as reformas estão a decorrer muito lentamente, e dizem ter agora esperança que Xi Jinping, que ascendeu ao poder em 2012, acelere o processo, depois de ter focados os primeiros cinco anos a reforçar os seus poderes.

“Se há algo que será diferente do passado, será que a China se abrirá ainda mais”, afirmou Li.

Pequim planeia reduzir os impostos sobre as importações, e “isentar totalmente fármacos, sobretudo aqueles mais necessários, como os anticancerígenos”, disse.

E repetiu a promessa feita no início do mês, de que abrirá “completamente o sector manufatureiro” a competidores estrangeiros. “Não existirão requisitos obrigatórios para transferência de tecnologia e os direitos de propriedade intelectual terão melhor protecção”, afirmou.

Num sinal da perda de estatuto de Li Keqiang, à medida que Xi acumula poderes, o primeiro-ministro surgiu ontem na conferência de imprensa acompanhado de oito altos-funcionários recentemente promovidos, em contraste com os anos anteriores, em que surgia só. Um dos funcionários é Liu He, que tem servido como um dos principais assessores de Xi Jinping, e ascendeu esta semana a vice-primeiro-ministro encarregue da economia e finanças do país.

21 Mar 2018

Discurso de Xi Jinping refere Macau governado pelas suas gentes

[dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] Presidente chinês prometeu que Macau vai continuar a ser governado pelas suas gentes. Xi Jinping fez a habitual referência no discurso de encerramento da Assembleia Popular Nacional. Na parte em que se referiu às duas regiões administrativas especiais, o presidente da China afirmou que o Governo se vai concentrar em implementar integralmente o princípio Um País, Dois Sistemas, assim como respeitar o elevado grau de autonomia dos dois territórios.

Xi Jinping prometeu igualmente uma governação que vai seguir rigorosamente a Constituição do país e a Lei Básica das RAE. No mesmo discurso, o Presidente prometeu um esforço do Governo para continuar a desenvolver o país, aumentar o consenso nacional e o patriotismo, tanto em Macau como em Hong Kong.

21 Mar 2018

Pianista Maria João Pires cria Fundação Partitura para “orientar e educar” músicos

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] pianista Maria João Pires criou a Fundação Partitura, através da qual pretende “orientar e educar” músicos jovens, dando-lhes a oportunidade de partilharem palco com artistas experientes, foi ontem anunciado.

“A sua ambição é orientar e educar intensamente um grupo em constante evolução de músicos jovens, e excecionalmente talentosos, e facilitar a sua evolução para uma atividade saudável de concertos, oferecendo-lhes a oportunidade de se juntarem em palco a alguns artistas experientes que desejem transmitir o seu ofício e ideais”, lê-se num comunicado sobre a Fundação Partitura, divulgado hoje pela agência internacional Askonas Holt, que representa a artista.

A conclusão de que “a obsessão contemporânea com as ‘superestrelas’ criadas pelo marketing tornou a música um ideal difícil de viver” inspirou a pianista a criar a fundação.

A “esperança” da Partitura, “tão humilde quanto ambiciosa, é ser um refúgio seguro para a arte como manifestação universal do espírito humano, desligada de objetivos económicos ou egoístas”.

A fundação terá um ‘Laboratório’, que inclui a “descoberta de talentos musicais”, através de concertos em várias cidades pelo mundo com oficinas e “sessões mensais”, com Maria João Pires e os restantes membros da Partitura a reunirem-se durante três ou quatro dias para trocarem ideias.

A fundação propõe a realização de “concertos partilhados, nos quais músicos consagrados e jovens se unem em palco”, dando assim a oportunidade aos mais novos “de se mostrarem a públicos que não os conhecem”.

Além disso, a Partitura “deseja investir tempo e energia consideráveis em gravações” e Maria João Pires e outros membros “irão assumir a direção artística dos discos a solo de jovens músicos”.

A Partitura decidiu também criar o Projeto Equinox [Equinócio, em português], dedicado à “criação e desenvolvimento de coros infantis”.

“[O Projeto] recruta principalmente entre crianças que tiveram um inicio de vida difícil por causa do sítio onde vivem (devastado por pobreza generaliza ou conflitos, ou ambos) e/ou por histórias pessoais particulares”, lê-se no documento hoje divulgado.

O Equinox “tenta instituir a criação musical em ambientes onde as condições não são diretamente favoráveis ao desenvolvimento natural desta prática”.

Em dezembro, a agência internacional de Maria João Pires confirmou à agência Lusa que a pianista deixaria de realizar digressões, mantendo apenas alguns concertos em agenda, ao longo deste ano.

Ao longo de mais de seis décadas de carreira, Maria João Pires foi reconhecida pela crítica internacional como uma das principais intérpretes de Mozart e Schumann, tendo as suas gravações do compositor austríaco, nomeadamente a integral das Sonatas para piano, assim como as suas interpretações do compositor alemão, editadas por discográficas como a Denon, Erato e Deutsche Grammophon, chegado ao primeiro lugar de escolhas de publicações internacionais como a Diapason, Gramophone e Clássica, além dos chamados “Guias Penguin”.

Esta não foi a primeira vez que a pianista, natural de Lisboa, anunciou uma retirada das salas de concerto. Em 2010, numa entrevista ao jornal britânico Evening Standard, declarou que “gostaria de se poder retirar”. “Já toquei muito. Toquei durante 60 anos, e acho que é demais”.

Um ano mais tarde, numa entrevista ao diário espanhol El País, a pianista afirmou que se sentia cansada e que tinha acordado com a sua agência internacional deixar os palcos em 2014, quando completasse 70 anos.

Todavia, tal não veio a acontecer. Maria João Pires voltou aos palcos e aos estúdios de gravação.

Em 2015, ganhou o Prémio Gramophone, pela gravação dos concertos n.º 3 e n.º 4, para piano e orquestra, de Beethoven, com a qual se estreou na discográfica Onyx, com a qual assinou em 2014, quando deixou a Deutsche Grammophon.

Maria João Pires nasceu em Lisboa, a 23 de julho de 1944. É a mais internacional e reputada das pianistas portuguesas, com um percurso artístico que remonta a finais dos anos 1940, quando se apresentou pela primeira vez em público, aos quatro anos.

Em 2010, obteve a nacionalidade brasileira.

20 Mar 2018

ONU faz apelo para pôr fim a “situação catastrófica” em Ghouta oriental e Afrine

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] ONU lançou ontem um apelo urgente para “pôr fim à situação catastrófica de dezenas de milhares de pessoas em Ghouta oriental e Afrine”, nos arredores de Damasco, a capital, e a noroeste da Síria, respetivamente.

“Depois de ver em primeira mão as condições das pessoas da Ghouta oriental e Afrine, que estão cansadas, famintas, traumatizadas e temerosas, necessitamos de lhes proporcionar ajuda urgente”, referiu, em comunicado, Ali al Zaatari, coordenador da ajuda humanitária na Síria.

O responsável da ONU classificou de “angustiantes” as condições que são enfrentadas pelas pessoas.

“Muitas permanecem presas pelo conflito no interior de Ghouta oriental e Afrine. Todas necessitam desesperadamente de ajuda”, defendeu.

Ali al Zaatari garantiu que a ONU e os seus parceiros estão totalmente mobilizados para entregar ajuda no terreno, deixando elogios aos “esforços incansáveis” que têm desenvolvido.

“Instamos os Estados-membros [das Nações Unidas] a fornecerem os necessários suprimentos e fundos”, afirmou, apelando também a todas as forças envolvidas no conflito que facilitem o acesso humanitário às pessoas necessitadas e que protejam os civis e os funcionários médicos e humanitários.

Tanto Afrine como Ghouta oriental são alvo de ofensivas que causaram dezenas de milhares de pessoas deslocadas.

Localizado no noroeste da Síria, Afrine, que era controlada por milícias curdas, é alvo de uma campanha militar da Turquia, que é apoiada por fações rebeldes sírias, desde 20 de janeiro.

Ghouta oriental é o principal feudo da oposição fora de Damasco e sofreu uma ofensiva do Governo desde 18 de fevereiro, que começou com uma intensificação de bombardeios aéreos e de artilharia, e depois uma incursão terrestre.

20 Mar 2018

Diplomacia | Jornal do PC Chinês defende aliança com a Coreia do Norte

Um jornal do Partido Comunista Chinês defendeu ontem a importância da aliança entre Pequim e Pyongyang, numa altura em que se prepara uma cimeira entre o Presidente norte-americano, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un

 

[dropcap style≠’circle’]”M[/dropcap]anter laços amigáveis entre a China e a Coreia do Norte está em linha com os interesses de ambos os lado”, lembra o Global Times, jornal em língua inglesa do grupo do Diário do Povo, o órgão central do PCC.

Pequim é o principal aliado diplomático e o maior parceiro comercial do regime de Kim Jong-un.

No entanto, a relação entre os dois países vizinhos, outrora descrita como sendo de “unha com carne”, tem-se deteriorado nos últimos anos, face à insistência da Coreia do Norte em avançar com um programa nuclear.

A recente aproximação de Pyongyang a Seul e a Washington, com a participação norte-coreana nos Jogos Olímpicos de Inverno na Coreia do Sul, e a possibilidade de uma cimeira entre Trump e Kim, serviu para aliviar as tensões, que no ano passado atingiram níveis inéditos desde o fim da Guerra da Coreia (1950 a 1953).

Em editorial, o Global Times lembra que seria “difícil e perigoso [para Pyongyang] lidar sozinha com Seul, Washington e Tóquio”. “O apoio da China pode reduzir em muito os riscos”, afirma.

O jornal escreve ainda que a aliança com a Coreia do Norte “favorece a estratégia periférica de Pequim e cria mais espaço para a China gerir os assuntos do nordeste da Ásia”.

Amizade necessária

“Acreditamos ser extremamente necessário manter relações amigáveis entre a China e a Coreia do Norte e minimizar o impacto de outros países nesses laços”, acrescenta. Nos anos 1950, os dois países lutaram juntos contra os EUA.

Pequim abdicou, entretanto, da ortodoxia comunista e escolheu o desenvolvimento económico como “tarefa central”.

A China é hoje a segunda maior economia mundial, mas o “papel dirigente” do Partido Comunista continua a ser um “princípio cardinal” e, em teoria, o país é governado sob a égide da doutrina marxista-leninista, tornando Pyongyang no seu único aliado ideológico no nordeste asiático, onde o Japão e a Coreia do Sul mantêm uma estreita aliança com Washington.

“Pyongyang tem o direito a escolher o seu próprio sistema político, sem intervenções do mundo exterior. Existem diferenças enormes entre sistemas políticos por todo o mundo. É injusto destacar e atacar a Coreia do Norte”, sublinha o Global Times.

20 Mar 2018

Aliado de Xi Jinping ascende a vice-primeiro-ministro responsável pela economia

[dropcap style≠’circle’]F[/dropcap]ormado na Universidade norte-americana de Harvard e defensor do mercado livre, Liu He, o novo vice-primeiro-ministro chinês encarregue da economia e finanças do país, serviu como um dos principais assessores do Presidente chinês.

A Assembleia Popular Nacional confirmou ontem a ascensão de Liu a um dos postos de máxima responsabilidade no Governo da República Popular. Os outros vice-primeiros-ministros escolhidos pelo regime são Han Zheng, Sun Chunlan e Hu Chunhua.

A ascensão de Liu, de 66 anos e natural de Pequim, surge numa altura em que o Partido Comunista tenta tornar o sector estatal mais produtivo, o que acarretará desafios políticos, com uma maior abertura ao sector privado e a competidores estrangeiros.

Como vice-primeiro-ministro, Liu teria que responder ao primeiro-ministro Li Keqiang, cujo cargo é tradicionalmente o de responsável máximo pela política económica do país.

Mas Xi retirou já muitas das competências a Li, ao auto eleger-se chefe do organismo do Partido Comunista encarregue de supervisionar as reformas económicas.

Liu estava, desde 2013, encarregue do gabinete de assuntos económicos e financeiros do PCC. E desde esse ano tem servido como um dos principais assessores de Xi Jinping.

Formado na universidade de Harvard, Liu integra o Politburo do PCC, que reúne os 25 membros mais poderosos do regime chinês, desde o XIX Congresso do partido, que se realizou em outubro passado.

Liu ficou conhecido em Janeiro passado, após fazer um discurso no Fórum Económico Mundial, na Suíça, onde no ano anterior discursou o próprio Xi Jinping. Com a sua ascensão, Xi continua a colocar os seus principais aliados na cúpula do Governo, depois de no Sábado passado ter elevado Wang Qishan, amigo pessoal desde a juventude, a vice-presidente da China.

20 Mar 2018

Nomeações | Executivo chinês aponta onze novos ministros

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo chinês apontou ontem onze novos ministros, entre os quais o da Defesa e da Justiça, parte de uma remodelação do Executivo que inclui ainda novos conselheiros de Estado e vice-ministros.

Wei Fenghe é o novo ministro da Defesa, substituindo Chang Wanquan. Fu Zhenghua sucede a Zhang Jun na Justiça. Wang Zhigang é o novo ministro da Ciência e Tecnologia e Liu Kun fica responsável pelas Finanças, enquanto o seu antecessor Xiao Jie ascende a conselheiro de Estado. O Ministério dos Recursos Humanos e da Segurança Social fica a cargo de Zhang Jinan, e Lu Hao ocupará o Ministério dos Recursos Naturais e E Jingping o dos Recursos Hídricos. Ma Xiaowei substitui Li Bin à frente do Ministério da Saúde.

Os dois novos ministérios aprovados na semana passada, de Gestão de Emergências e Assuntos dos Veteranos, serão dirigidos por Wang Yupu e Sun Shaocheng, respetivamente.

As mudanças afectam 10 dos 26 ministérios ou instituições com estatuto ministerial que compõem o Governo chinês.

Os ministérios de maior importância mantêm, no entanto, os responsáveis, incluindo o dos Negócios Estrangeiros (Wang Yi), a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (He Lifeng) ou de Segurança Pública (Zhao Kezhi).

As mudanças foram aprovadas pelos cerca de 3000 delegados da Assembleia Popular Nacional. A APN aprovou ainda quatro novos vice-primeiros-ministros e cinco conselheiros de Estado.

20 Mar 2018

Shinzo Abe diz-se inocente em escândalo de favorecimento

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, garantiu ontem que nunca pediu modificações a documentos numa transacção imobiliária, respondendo num caso de alegado favorecimento a uma instituição privada que prejudicou a sua popularidade

 

[dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]uma audição no parlamento, Abe declarou que não deu instruções aos funcionários para alterarem documentos oficiais relativos à venda, com desconto, de um terreno propriedade do Estado. “Eu nunca pedi modificações”, declarou.

Os registos manipulados versam sobre um acordo alcançado em 2016 para vender, a cerca de um décimo do seu valor de mercado, um terreno propriedade estatal em Psaka (oeste) à Moritomo Gakuem, uma controversa instituição ligada à área da educação que promovia ideias ultranacionalistas e que tinha ligações ao primeiro ministro nipónico, Shinzo Abe, e à sua mulher, Akie Abe.

Um total de 14 documentos foram reescritos pelo ministério das Finanças após o caso ser revelado, no ano passado, e posteriormente apresentados no parlamento como prova para afastar o Executivo da polémica, indicam os resultados de uma investigação revelados na Segunda-feira.

O nome de Akie Abe e o seu apoio explícito ao projecto da Moritomo Gakuem foram eliminados dos documentos originais, assim como as referências a Shinzo Abe e ao ministro das Finanças e o apoio de ambos a uma organização ultraconservadora em que o chefe da instituição também ocupava uma posição de topo.

Comunhão de bens

A mulher do primeiro-ministro japonês deveria ser nomeada directora honorária da escola, cujo projeto de construção foi abandonado quando o escândalo surgiu, em Fevereiro de 2017.

Abe defendeu ontem que nada indica um envolvimento seu ou da sua mulher neste caso. O Primeiro-Ministro reiterou o seu pedido de desculpa e disse ter um “sentido agudo” de sua responsabilidade num escândalo que “prejudicou a confiança na administração”.

O caso representa um golpe para a sua popularidade e reduz as suas hipóteses de ser reeleito para a liderança de Partido Liberal Democrata em Setembro, um passo que o tornaria o Primeiro-Ministro mais antigo do Japão.

Na semana passada, mais de mil pessoas concentraram-se na Segunda-feira à noite junto à residência oficial do primeiro-ministro do Japão, pedindo a sua demissão e a do titular da pasta das Finanças.

Uma nova sondagem do jornal Asahi Shimbun, que teve 905 respostas válidas, mostra uma queda de 13 pontos para uma percentagem de 31 por cento de taxa de aprovação, o valor mais baixo desde que Shinzo Abe chegou ao poder, no final de 2012.

20 Mar 2018

Aliança | Xi Jinping felicita Putin pela reeleição e destaca relação exemplar

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Presidente chinês, Xi Jinping, felicitou ontem o seu homólogo russo, Vladimir Putin, pela sua reeleição, saudando uma relação sino-russa no seu melhor nível histórico e exemplar para as relações internacionais, noticiou a agência Nova China.

A relação entre Pequim e Moscovo “está no seu melhor nível histórico, o que constitui um exemplo para a edificação de um novo tipo de relações internacionais, fundado sobre o respeito mútuo, a equidade e a justiça”, indicou numa mensagem o Presidente chinês, que também foi reeleito no sábado por unanimidade pelo parlamento chinês.

O Presidente russo, Vladimir Putin, garantiu 76,41 por cento dos votos expressos nas eleições presidenciais de domingo quando estavam escrutinados 90 por cento dos boletins, informou ontem a Comissão Eleitoral Central.

Putin já ultrapassava os 45,6 milhões de votos recebidos em 2012 e quando faltavam contar 10 por cento dos sufrágios, ultrapassando assim o resultado de há seis anos, quando regressou ao Kremlin após um período de quatro anos como primeiro-ministro.

Este resultado histórico, que supera o que garantiu nas presidenciais de 2004, vai permitir-lhe permanecer no poder até 2024.

20 Mar 2018

Reunião entre da Coreia do Sul, Japão e EUA prepara cimeiras com Norte

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s responsáveis de segurança nacional da Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos reuniram-se este Domingo em São Francisco para preparar as cimeiras previstas com a Coreia do Norte, informaram ontem as autoridades de Seul.

O responsável de segurança nacional sul-coreano, Chung Eui-yong, e o japonês, Shotaro Yachi, viajaram para os Estados Unidos para se encontrarem com o assessor de segurança da Casa Branca, H.R. McMaster, anunciou fonte da presidência de Seul, em comunicado.

As três partes “mantiveram consultas sobre a completa desnuclearização da península coreana e sobre as cimeiras entre as duas Coreias e entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos”, adiantou a mesma fonte sobre este encontro, cuja realização não tinha sido divulgada. “Os participantes assinalaram a importância de não repetir os erros cometidos por estes países no passado e acordaram continuar a trabalhar de forma estreita durante as próximas semanas”, segundo a mesma nota.

Desde a semana passada, Seul, Washington e Tóquio intensificaram os seus contactos diplomáticos para preparar as cimeiras previstas entre o Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e entre este e o chefe de Estado norte-americano, Donald Trump.

Chung já se tinha deslocado aos EUA no início deste mês, após ter liderado a delegação norte-americana que se deslocou à capital norte-coreana, Pyongyang, para se reunir com o líder norte-coreano, que se disponibilizou para realizar as duas cimeiras ao mais alto nível.

Dois altos responsáveis de Pyongyang também viajaram nos últimos dias para a Suécia e Finlândia, movimentos também aparentemente destinados a acelerar os contactos diplomáticos, através destes países terceiros, e em particular para tratar da possível libertação dos três cidadãos norte-americanos actualmente presos na Coreia do Norte.

A realizar-se, o encontro entre Trump e Kim será a primeira vez em que os líderes da Coreia do Norte e dos EUA se reúnem, após quase 70 anos de confrontação iniciados com a Guerra da Coreia (1950-1953) e de 25 anos de tensões e negociações falhadas,

20 Mar 2018

Sondagem | Apoio à independência de Taiwan cai para 38,3 por cento

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] apoio à independência de Taiwan baixou de 51,2 por cento para 38,3 por cento, desde Maio de 2016, altura em que a actual Presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, assumiu o cargo, segundo uma sondagem divulgada ontem pela fundação Opinião Pública Taiwanesa. “É uma mudança rara e inesperada”, afirmou o presidente da fundação, You Ying-long, ao apresentar os resultados numa conferência de imprensa, em Taipei.

O apoio à unificação com a República Popular da China alcançou também um apoio recorde, de 20,1 por cento, enquanto 24,1 por cento optou por manter o status quo, e 17,5 por cento não respondeu.

A sondagem foi feita com uma amostra de 1.071 pessoas, com idade superior a 20 anos, entre os dias 11 e 13 deste mês.

A actual política de Pequim, de antagonizar o Governo taiwanês liderado por Tsai, do Partido Democrático Progressista (DPP), pró-independência, enquanto oferece incentivos a indivíduos ou empresas de Taiwan, poderá ter contribuído para elevar o apoio à unificação da ilha, segundo vários especialistas.

Taiwan, a ilha onde se refugiou o antigo Governo chinês depois de o Partido Comunista (PCC) tomar o poder no continente, em 1949, assume-se como República da China, mas Pequim considera-a uma província chinesa e ameaça usar a força caso declare independência.

20 Mar 2018

Manifestações | Assembleia Legislativa protegida de protestos

[dropcap style=’circle’] A [/dropcap] Assembleia Legislativa vai passar a estar incluída nos espaços em que as autoridades podem exigir às manifestações que respeitem uma distância não superior a 30 metros. A novidade não foi revelada pelo porta-voz do Conselho Executivo, Leong Heng Teng, na apresentação do diploma, mas consta no documento enviado ao hemiciclo. Caso o diploma seja aprovado sem alterações, a AL passa assim a incorporar um grupo locais de que já fazem parte a sede do Governo, prisões, tribunais, entre outros. Além desta alteração, a proposta de lei passa as competência de aceitar a organização de manifestações do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais para o Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP).

 

20 Mar 2018

Tufão Hato | Fundação Macau tem ainda 30 por cento dos pedidos por aprovar

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Fundação Macau (FM) reuniu ontem com órgãos de comunicação social e Wu Zhiliang, presidente do conselho de administração, adiantou que ainda há 30 por cento dos pedidos de apoio financeiro no âmbito do tufão Hato por aprovar.

De acordo com um comunicado, “existem dúvidas sobre e legalidade e a complexidade das obras a executar com os subsídios solicitados bem como questões relacionadas com os direitos de propriedade”. Foi ainda referido que 28 por cento dos pedidos não reúnem ainda todos os documentos necessários.

Relativamente ao “Projecto de Ajuda Especial aos Prejuízos Causados pela Passagem do Tufão Hato”, a FM recebeu um total de 6600 pedidos, “registando um aumento significativo de pedidos recebidos em comparação com os anos anteriores, implicando uma grande carga de trabalho para os trabalhadores da fundação”, explicou Wu Zhiliang. Quanto aos pagamentos dos subsídios de morte para as dez vítimas mortais do tufão Hato, foram feitos em Setembro.

O prazo para a entrega do pedido de apoio financeiro chegou ao fim a 30 de Dezembro do ano passado, tendo a FM recebido um total de 6344 pedidos. No que diz respeito aos apoios financeiros no geral, a FM concedeu, o ano passado, cerca de 1100 milhões de patacas para apoiar cerca de 2222 acções, tendo sido a maior parte daquele valor aplicado em acções no âmbito da educação e investigação (44 por cento), seguido de serviços de assistência social (15 por cento) e de actividades de caridade e voluntariado (11 por cento). Por outro lado, o valor atribuído a título de bolsas de estudo atingiu 74 milhões de patacas.

20 Mar 2018

Vladimir Putin garante 76,41% dos votos nas eleições presidenciais

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Presidente russo, Vladimir Putin, garantiu 76,41% dos votos expressos nas eleições presidenciais de domingo quando estavam escrutinados 90% dos boletins, informou a Comissão Eleitoral Central.

Putin já ultrapassava os 45,6 milhões de votos recebidos em 2012 e quando faltavam contar 10% dos sufrágios, ultrapassando assim o resultado de há seis anos, quando regressou ao Kremlin após um período de quatro anos como primeiro-ministro.

Este resultado histórico, que supera o que garantiu nas presidenciais de 2004, vai permitir-lhe permanecer no poder até 2024.

O presidente russo obteve mais de 90% dos votos na Crimeia, península anexada exatamente há quatro anos e cujos habitantes participaram pela primeira vez em eleições presidenciais russas. De acordo com a Comissão Central de Eleições (CEC), Putin obteve 91,69% dos votos expressos pelos 1,5 milhões de eleitores convocados na Crimeia para as eleições.

O segundo resultado, após o escrutínio de 20,49% dos votos na península, corresponde ao candidato comunista, Pável Grudinin, com 2,23% dos votos.

Há quatro anos, Putin assinou a anexação de Crimeia e da cidade de Sevastopol, que antes pertenciam à Ucrânia, numa cerimónia oficial no Kremlin, decisão que foi unanimemente condenada no Ocidente.

Dois dias antes, quase 97% da população da Crimeia apoiou a reunificação com a Rússia num referendo que nem a Ucrânia nem a comunidade internacional reconheceram.

Vladimir Putin foi reeleito para um quarto mandato na liderança da Rússia com 73,9% dos votos, segundo sondagens à saída das urnas divulgadas pelo instituto público VTsIOM, após o encerramento das últimas assembleias de voto.

Na segunda posição, o candidato do Partido Comunista Pavel Groudinine obteve 11,2%, à frente do ultranacionalista Vladimir Jirinovski (6,7%) e da jornalista próxima da oposição liberal Ksenia Sobtchak (2,5%), no final de uma eleição que quase assumiu a forma de plebiscito e que permitirá ao Presidente russo manter-se no poder até 2024.

19 Mar 2018

Turismo | Estaleiros Lai Chi Vun com hotéis e museu

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo de Macau está a ponderar construir hotéis de pequena dimensão e um museu sobre a indústria de construção naval em Lai Chi Vun.

A hipótese foi avançada no Sábado por Deland Leong Wai Man, após uma sessão de consulta pública. Segundo a vice-presidente do Instituto Cultural foram recebidas mais de 200 opiniões, que agora vão ser analisadas.

Ainda de acordo com Leong quase todas as opiniões reconhecerem o valor cultural de Lai Chi Vun. A responsável sublinhou também a intenção de criar vários elementos culturais e turísticos na zona.

19 Mar 2018

Arte de rua | Banksy pinta mural em protesto contra detenção de artista turca

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] artista britânico Banksy pintou um mural em Nova Iorque, nos Estados Unidos, em protesto contra a prisão da artista e jornalista Zehra Dogan, por ter pintado a bandeira turca sobre os escombros de uma cidade.

O mural, com cerca de vinte metros de comprimento, é composto por vários conjuntos de traços, como os que os prisioneiros pintam para contar os dias de cárcere, que se assemelham a barras das celas. Num desses conjuntos, que representam os dias de prisão de Zehra Dogan, surge o rosto da jovem turca, agarrada a duas grades, uma das quais assemelhando-se a um lápis.

De acordo com o grupo de defesa dos Direitos Humanos PEN International, a artista e jornalista turca foi condenada em Março do ano passado por “propaganda para uma organização terrorista”.

Banksy, numa publicação na sua página oficial na rede social Instagram, escreveu que Zehra Dogan “foi condenada a quase três anos de prisão por ter pintado uma única imagem”.

No canto inferior direito do mural lê-se: “Libertem Zehra Dogan”. Na origem da condenação de Zehra Dogan está uma pintura da cidade turca de Nusaybin, no sudeste maioritariamente curdo da Turquia, destruída pelas forças governamentais turcas. A pintura foi feita a partir de uma fotografia, onde se vê várias bandeiras turcas suspensas em edifícios destruídos.

A imagem foi projectada na quinta-feira à noite no mural que Banksy pintou em Nova Iorque. A pintura foi feita num muro celebrizado por vários artistas ligados ao ‘graffiti’, no cruzamento da Houston Street com Bowery, na zona de Manhattan.

A ‘Parede Mural de Bowery’, tem acolhido, desde finais dos anos 1970, trabalhos de, entre outros, o norte-americano Keith Haring, os brasileiros Os Gémeos e o francês JR.

Nos últimos dias, Banksy, cuja verdadeira identidade é desconhecida, criou uma outra obra em Manhattan: um rato, figura frequente nos trabalhos do artista, a correr num relógio situado num prédio, que vai ser demolido, num cruzamento da Sexta Avenida e a Rua 14.

19 Mar 2018

Direito de Reposta de Jorge Marques

[dropcap style≠‘circle’]S[/dropcap]ou Jorge Marques, pai de Rodrigo Marques que teve destaque nas notícias publicadas no vosso Jornal, como sendo o “agressor” da EPM.

A notícia contém factos ofensivos, inverídicos e revela falta de imparcialidade jornalística, pelo que, venho por este meio, dar a nossa versão dos factos de forma a contribuir para o esclarecimento da verdade.

Antes de começar, faço uma declaração de princípio.

Sou contra qualquer tipo ou forma de violência, seja ela qual for, considero inadmissível, intolerável, sem desculpa. Desejo desde já, a total recuperação dos dois jovens envolvidos.

Factos ofensivos ao bom nome do meu filho.

A notícia fez crer que existe um único “agressor”, um adolescente mais velho, maior, que bate numa criança mais nova.

A verdade é que, meu filho com 15 anos e 1,66 metros, envolveu-se num confronto físico na EPM, com um colega de 13 anos, por sinal bastante mais alto e encorpado.

Até prova em contrário o meu filho não é “agressor”, no máximo é um dos envolvidos no acontecimento, logo o termo “ agressor” é ofensivo ao seu bom nome.

Factos inverídicos.

A notícia assenta num relato inverídico – um agressor cobarde e um agredido à traição.

Na realidade, o que ocorreu foi uma série de provocações entre ambos os adolescentes que, resultaram num lamentável confronto físico, traduzido por um murro de cada parte, seguido imediatamente pela separação efetuada pelos vigilantes da EPM. Nada mais do que isto, ao contrário do que foi relatado.

A agressão mútua resultou, num olho negro e em escoriações no meu filho, que justificou uma ida ao hospital.

A falta de rigor e de imparcialidade jornalística.

A notícia baseou-se unicamente na versão do pai de um dos intervenientes, logo facciosa, daí pouco rigorosa.

O jornalista, autor do artigo, fez o seu trabalho, mas para ser imparcial, tinha obrigação de pelo menos tentar contactar a parte acusada, para obter a nossa versão e não o fez, nem antes da publicação, nem até á data de hoje.

O princípio da imparcialidade mais relevante se torna uma vez que se trata de menores de idade.

Então, no mínimo deveria mencionar no artigo que não foi efecuada qualquer tentativa de contacto connosco.

Com os melhores cumprimentos,

Jorge Marques

Adelaide Ferreira

19 Mar 2018

Primeiro-ministro chinês reeleito e aprovada reestruturação do governo

O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, foi hoje reeleito chefe do Governo até 2023, pela Assembleia Popular Nacional, enquanto Yang Xiaodu é o director da Comissão Nacional de Supervisão, uma espécie de “superministério”

 

[dropcap style≠‘circle’]L[/dropcap]i Keqiang, de 62 anos, que chegou a chefe do Executivo em 2013, obteve a maioria dos votos dos cerca de 3000 legisladores que assistiram à sessão plenária, no Grande Palácio do Povo, em Pequim. Nos seus primeiros cinco anos como primeiro-ministro, Li teve muito menos atenção mediática que o seu antecessor Wen Jiabao e o actual Presidente do país, Xi Jinping, que tem muito mais poder do que os seus antecessores e organizou uma máquina de propaganda mais poderosa ao seu redor, noticia a agência Efe.

A APN aprovou ainda Yang Xiaodu como director da Comissão Nacional de Supervisão, um novo e poderoso órgão com estatuto superior ao dos ministérios e que tem como missão intensificar a luta contra a corrupção na China.

Yang, de 64 anos, era até agora ministro da Supervisão, área que com a reestruturação governamental aprovada esta semana na APN passou a ter uma importância maior no Executivo chinês.

Alguns observadores esperavam que a liderança da Comissão Nacional de Supervisão, “superministério” como é designado por alguns, que é considerado um dos cargos de maior poder na nova estrutura do regime, fosse assumida pelo actual chefe anticorrupção do Partido Comunista, Zhao Leji. Contudo, a escolha recaiu em Yang Xiaodu que também teve um papel na luta anticorrupção no partido como subdiretor da Comissão de Inspeção e Disciplina.

A nova Comissão Nacional de Supervisão é entendida por observadores de política da China como um “quarto poder”, semelhante aos tradicionais legislativo, executivo e judicial. Na prática, a missão deste organismo é alargar a todo o estado a campanha anticorrupção que durante a presidência de Xi Jinping se concretizou no seio do partido comunista.

Na mesma sessão da APN, entre outras votações, foi aprovada a continuidade de Zhou Qiang como presidente do Supremo Tribunal Popular para os próximos cinco anos e a substituição do procurador-geral Cao Jianming (no lugar desde 2008) por Zhang Jun. No sábado, a Assembleia Popular Nacional já tinha votado por unanimidade a reeleição do Presidente do país, Xi Jinping, para um segundo mandato (2018-2023).

 

Reforma executiva

A APN aprovou no Sábado o plano de reestruturação estatal que afecta 11 ministérios. Na sessão plenária, a APN aprovou a reorganização governamental com 2966 votos a favor (99,8 por cento do total), dois contra e duas abstenções, informa a agência EFE.

O plano de reforma estatal, apresentado na Terça-feira e debatido pelos legisladores da APN ao longo desta semana, prevê, entre outras mudanças, a criação dos ministérios dos Assuntos dos Veteranos, que “visa proteger os direitos e interesses legítimos do pessoal militar”, e de Gestão de Desastres Naturais e de Emergências.

O Ministério da Cultura passa a incluir também o Turismo, enquanto o Ministério da Terra e Recursos será designado de Recursos Naturais.

Entre outras alterações está, ainda, a fusão dos reguladores da banca e seguros, com o objectivo de aumentar a estabilidade financeira da segunda economia mundial.

No plano, o Ministério de Supervisão deixa de existir, dado que será elevado a Comissão Nacional de Supervisão, acumulando poderes comparados aos do executivo, legislativo ou judicial. No total, o Governo chinês passa a ter 26 ministérios, segundo noticiou a agência noticiosa oficial Xinhua.

A proposta, cuja aprovação era quase certa tendo em conta que a Assembleia chinesa nunca recusou um documento, prevê igualmente a criação da Administração Estatal da Imigração, que ficará encarregue dos cidadãos estrangeiros que trabalham na China.

Será também criada a Agência de Cooperação Internacional, para que a ajuda prestada por Pequim além-fronteiras “seja uma parte chave da diplomacia” chinesa.

19 Mar 2018

Lei em Hong Kong prevê prisão para quem insultar hino da China

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap]s autoridades de Hong Kong revelaram uma proposta de lei que punirá quem insultar o hino da China com pena de prisão até três anos e obrigará à sua aprendizagem entre os estudantes do território.

A proposta obriga ainda quem estiver presente quando for tocada a “Marcha dos Voluntários” a “levantar-se e manter uma postura respeitosa”.

O hino chinês tornou-se sensível em Hong Kong, que mantém um estatuto semiautónomo face a Pequim, por os adeptos de futebol locais vaiarem quando este é tocado nos estádios do território. A Lei do Hino Nacional foi promulgada o ano passado por Pequim.

Em Novembro, a Assembleia Popular Nacional aprovou a sua inclusão nos anexos das Leis Básicas de Hong Kong e Macau, que regulam as leis nacionais a aplicar nas duas regiões administrativas especiais.

A proposta de lei surge numa altura de crescente preocupação em Hong Kong, de que Pequim está a reduzir liberdades fundamentais, apesar das promessas de que estas seriam mantidas após o retorno à China da ex-colónia britânica, em 1997.

Activistas e deputados pró-democracia temem que a lei possa ser usada para enfraquecer a liberdade de expressão em Hong Kong.

Segundo a proposta Lei do Hino Nacional em Hong Kong, quem “publicamente e deliberadamente alterar as letras ou as notas”, cante de “forma distorcida ou depreciativa” ou insulte “de qualquer maneira” o hino chinês, será punido com multa até 50.000 dólares de Hong Kong e punido com pena de prisão até três anos.

A proposta, que será discutida em 23 de Março no legislativo de Hong Kong, impõe também às escolas do ensino primário e secundário que ensinem o hino aos alunos.

Composto nos anos 1930, o hino chinês foi elevado ao seu estatuto atual após a instauração da República Popular em 1949.

19 Mar 2018

Governo chinês insta Washington a corrigir erro em relação a Taiwan

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] China instou os Estados Unidos da América a “corrigirem o seu erro” sobre Taiwan, depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter aprovado uma lei para reforçar os laços com a ilha.

O “Taiwan Travel Act”, aprovado na Câmara dos Representantes e no Senado, encoraja os altos representantes norte-americanos a viajar para Taiwan para encontros com os seus homólogos, assim como o inverso.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lu Kang, declarou que a lei “viola gravemente” o princípio de uma só China e envia um “muito mau sinal às forças separatistas pró-independência de Taiwan”.

“A China opõe-se fortemente a isto”, afirma o porta-voz num comunicado distribuído no sábado e citado pela France Press.

No mesmo comunicado, Pequim pede a Washington que “corrija o erro e termine prosseguir qualquer ligação oficial com Taiwan ou de reforçar, de forma substancial, as suas relações actuais com Taiwan”.

China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas. No entanto, Pequim considera Taiwan parte do seu território, e não uma entidade política soberana.

 

Tolerância zero

No passado dia 5, o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, advertiu Taiwan de que Pequim não vai tolerar qualquer fantasia independentista, numa altura de renovadas tensões devido à maior aproximação de Taipei a Washington.

“Não será tolerada qualquer actividade relacionada com a independência de Taiwan”, afirmou Li, na apresentação do relatório do Governo aos cerca de 3000 delegados da Assembleia Popular Nacional (APN).

19 Mar 2018

Xi Jinping reeleito Presidente da China por unanimidade

A Assembleia Popular Nacional votou no Sábado, por unanimidade, a reeleição do Presidente do país, Xi Jinping, para um segundo mandato (2018-2023), na sessão plenária, no Grande Palácio do Povo, em Pequim

[dropcap style≠‘circle’]X[/dropcap]i Jinping, de 64 anos, que devido à reforma constitucional aprovada esta semana também pela Assembleia Popular Nacional (APN) pode continuar na presidência da China após 2023, foi eleito com 2.970 votos a favor, nenhum contra e zero abstenções.
O chefe de Estado foi igualmente reeleito, de forma unânime, presidente da Comissão Militar Central, o órgão máximo do Exército chinês, pelo que vai continuar a assumir os três cargos de maior poder na República Popular da China (Presidente, chefe das Forças Armadas e secretário-geral do Partido Comunista).
As reeleições foram recebidas com muitos aplausos e com saudações de Xi que fez depois o juramento, colocando a mão sobre a Constituição do país. “Desempenharei honestamente as minhas funções, aceitarei a supervisão do povo e trabalharei arduamente para construir um país socialista moderno”, referiu no seu juramento.
Na sessão foi ainda eleito Wang Qishan, de 69 anos, vice-presidente da China, sucedendo a Li Yuanchao, enquanto que Li Zhanshu, de 67 anos, passou a ser presidente da APN, substituindo Zhang Dejiang.
No Domingo, a APN aprovou uma emenda constitucional que estabelece uma presidência indefinida para Xi Jinping.
Outra das alterações aprovadas inclui as teorias políticas de Xi Jinping sobre o desenvolvimento do “socialismo com características chinesas numa nova era” na Carta Magna chinesa.

Emenda constitucional

A actual Constituição chinesa, que entrou em vigor em 1982, foi alterada pela última vez em 2004.
A aprovação das emendas constitucionais pressupõe uma consolidação ainda maior do poder de Xi Jinping, que acaba de terminar o seu primeiro mandato de cinco anos e atinge assim um poder indefinido que os analistas comparam ao de Mao Zedong.
Além disso, o retorno a uma liderança indefinida implica uma ruptura com o sistema criado por Deng Xiaoping, que estabeleceu um poder mais colegiado, com limites temporais para os altos cargos, a fim de evitar os excessos que causaram a acumulação do poder pessoal desmedido durante a época de Mao Zedong (1949-1976).
Constitucionalmente, a APN é o “supremo órgão do poder de Estado na China”, mas cerca de 70 por cento dos seus quase 3000 deputados são membros do Partido Comunista Chinês, assegurando a sua lealdade ao poder político.
A abolição do limite de mandatos permitirá a Xi Jinping, um dos mais fortes líderes na história da República Popular, ficar no cargo depois de 2023, quando termina o seu segundo mandato.

19 Mar 2018