Teatro polaco apresenta adaptção de o “Rei Lear”, de Shakespeare, no Centro Cultural

[dropcap style≠’circle’]É[/dropcap] uma reinvenção de Shakespeare, anunciada para 10 de Setembro. O Centro Cultural de Macau recebe o espectáculo “Canções de Lear”, uma adaptação alternativa da peça “Rei Lear”, numa encenação da companhia polaca Song of the Goat.

Entre salpicos de cantos gregorianos e salmos bíblicos, ‘Canções de Lear’ é uma versão sonora da icónica tragédia de Shakespeare dirigida pelo co-fundador da companhia Grzegorz Bral”, descreve o Instituto Cultural (IC), responsável pela organização. O espectáculo “desfia uma trama ecléctica de sons” através de 12 canções originais concebidas pelo instrumentista polaco Maciej Rychły e pelo compositor corso Jean-Claude Acquaviva.

Pontilhada por intensos rasgos de percussão, a performance é acompanhada pelo ocasional timbre metálico de um violino, o exotismo de um harmónio indiano e o alaúde africano (kora)”, conta ainda o IC. Onze artistas vão cantar e mover-se sobre excertos seleccionados da peça original, interpretados num cenário minimalista, expandindo a significância da tragédia shakesperiana para o mundo contemporâneo.

A companhia Song of the Goat foi fundada em 1996 em Wroclaw, na Polónia, por Grzegorz Bral e Anna Zubrzycki. Desde então que a trupe experimental tem expandido a sua actividade e reputação internacional, tendo-se tornado numa das mais entusiasmantes e vanguardistas companhias teatrais europeias, refere o IC.

Em 2012, as “Canções de Lear” foram muito saudadas pela crítica em Edimburgo, tendo conquistado outros palcos europeus em diversas digressões. O feitiço polifónico da companhia também atravessou o Atlântico e chegou a reconhecidos festivais como o Next Wave, de Nova Iorque, ou o Santiago a Mil, no Chile.

Para os que tenham interesse em descobrir mais sobre estas “Canções de Lear”, haverá uma tertúlia pré-espectáculo de entrada livre. Moderada em cantonense, a sessão terá lugar na sala de conferências do Centro Cultural, uma hora antes do espectáculo. A ideia será partilhar algumas perspectivas sobre a música, o teatro e o percurso da companhia.

7 Jul 2017

Pearl Horizon | Governo promete analisar proposta de deputados

[dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m dia depois de um grupo de nove deputados ter estado reunido com Chui Sai On para avançar com uma proposta concreta em relação ao Pearl Horizon, o gabinete do porta-voz do Governo emitiu uma pequena nota em que anuncia que o Executivo vai analisar a ideia apresentada pelos membros da Assembleia Legislativa.

“Relativamente à proposta relativa à solução do caso do Pearl Horizon, apresentada em 4 de Julho por nove deputados, o Governo da RAEM presta muita atenção e vai analisar e estudar a viabilidade da mesma”, indica o comunicado. “Sobre o caso do Pearl Horizon, o Governo vai salvaguardar, como sempre, na medida do possível, os interesses dos compradores do prédio em construção, de acordo com o princípio da legalidade.”

Os nove deputados – Kwan Tsui Hang, Chan Meng Kam, Si Ka Lon, Ella Lei, Song Pek Kei, Ho Ion Sang e Wong Kit Cheng – sugeriram ao Governo que concessione o projecto do Pearl Horizon ao banco que concedeu os empréstimos à Polytec, a empresa promotora, e aos particulares que ficaram lesados. O objectivo é que se avance para a construção do edifício e os compradores possam recuperar o investimento feito.

Recorde-se que, na sequência da polémica desencadeada pelo Pearl Horizon, Chui Sai On recebeu também dois pedidos de autorização de iniciativa legislativa. O mais recente é um projecto da autoria dos deputados Leonel Alves e Zheng Anting, que pretendem rever alguns pontos da Lei de Terras. Apesar de se estar já em contagem decrescente para o fim da legislatura – termina em meados de Agosto – o Chefe do Executivo ainda não se pronunciou sobre estes pedidos. Sabe-se apenas que a proposta de Leonel Alves e Zheng Anting estava a ser analisada pelo gabinete da secretária para a Administração e Justiça.

6 Jul 2017

Saúde | Hospital nega responsabilidades na morte de paciente com pneumonia

O São Januário nega a existência de erro médico no caso do doente que faleceu nas suas instalações após ter sido internado com pneumonia. A reacção chega depois da filha do falecido ter afirmado à comunicação social que o hospital não cumpriu as directrizes de prática clínica

[dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]sta semana, o site All About Macau noticiou que um homem morreu de pneumonia na sequência de um tratamento pouco eficaz. A filha do falecido alega incumprimento por parte do pessoal do Centro Hospitalar Conde de São Januário (CHCSJ) e prescrição de medicamentos errados.

O centro hospitalar nega, em comunicado, qualquer responsabilidade, especificando que o homem em causa, com 74 anos, sofria de doença respiratória crónica e insuficiência cardíaca. Além disso, o paciente apresentava sintomas de infecção do tracto respiratório e urinário, tendo sido avaliado o seu estado de saúde como instável.

Os serviços do CHCSJ argumentam que o pessoal médico procedeu com diligência ao tratamento do doente, assim como à aplicação adequada de toda a medicação. O hospital afirma que a administração de antibióticos foi realizada conforme as normas da Comissão de Antibióticos do CHCSJ.

Nesse sentido, os serviços do hospital discordam das opiniões dadas pela filha do falecido, considerando que são “acusações injustificadas relativas à decisão clínica do médico especialista” que seguiu o paciente em causa.

Conhecimento de causa

A filha do defunto mencionou à comunicação social ter conhecimento profissional no que toca a questões pneumológicas. Em entrevista à Rádio Macau, a enlutada disse ser interna complementar em cirurgia torácica de um serviço de cirurgia num hospital de referência de Taiwan. Credenciais que não convencem os serviços do CHCSJ que dizem, em comunicado, que a médica em questão não é especialista em pneumologia, ou médica especialista em doenças graves e de emergência.

Após a observação e tratamento, o médico responsável pelo paciente em questão explicou à esposa, que estava presente no hospital, que o estado de saúde do Sr. Kou era crítico, apresentando falência múltipla de órgãos, com particular destaque para a insuficiência cardíaca.

O comunicado do CHCSJ acrescenta que, de acordo com o registo constante no processo clínico, a família do paciente manifestou compreensão e concordou que o doente não fosse enviado para a Unidade de Cuidados Intensivos para tratamento adicional. Este é um dos argumentos do hospital para afastar a acusação da Sr.ª Kou que afirma terem ocorrido falhas de conhecimento de técnicas médicas e incumprimento de directrizes da prática clínica.

Os serviços hospitalares esclarecem que o Sr. Kou foi “sujeito a observação atenta”, que foi tratado adequadamente, e vigiado por um aparelho de monitorização de vida, durante 24 horas. Em comunicado, o CHCSJ desmente a alegação dos familiares do paciente que dizem ter tocado constantemente na campainha para chamar os profissionais de saúde.

O doente viria a morrer devido à falência de múltiplos órgãos, após ter sido sujeito a repetidas manobras de reanimação. Os serviços do CHCSJ adiantam ainda que, caso a família do falecido entenda ter ocorrido erro médico, deve apresentar o respectivo pedido de perícia médica à Comissão de Perícia do Erro Médico. A família pode também recorrer à via judicial para proteger os direitos que entenda terem sido posto postos em causa.

6 Jul 2017

Governo assegura que importação de veículos segue regras

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) afirma que o Executivo apenas autoriza a importação de viaturas pesadas de passageiros após um processo rigoroso que inclui a apresentação de um local para estacionamento do veículo. Os serviços de tráfego acrescentam que caso este requisito não se verifique, os pedidos não são deferidos e a viatura não é autorizada a entrar no território. A garantia foi dada em resposta a uma interpelação de Ella Lei.

A deputada pediu ao Governo que resolva a “escassez severa” de espaço para o estacionamento de viaturas pesadas, em especial as que fazem a recolha de lixo. Ella Lei especificou que, em Fevereiro deste ano, existiam em Macau 7819 veículos pesados no território. De acordo com os dados dos Serviços de Estatística, estão disponíveis no território 527 lugares de estacionamento para viaturas pesadas, das quais 44 são destinados a autocarros para transporte de passageiros. Esta situação, referiu Ella Lei, força as empresas da indústria dos transportes a violar a lei.

Nesse sentido, a DSAT lamenta a insuficiência de terrenos que possam ser usados para estacionamento deste tipo de veículos de mercadorias, assim como para os autocarros turísticos. Em resposta à interpelação de Ella Lei, os Serviços de Tráfego acrescentam que vão continuar a receber as opiniões do sector e a cooperar com as autoridades competentes para alargar espaços disponíveis.

6 Jul 2017

Hong Kong | A história que os mortos contam, por Jason Wordie

[dropcap style≠’circle’]É[/dropcap] um passeio dedicado a quem gosta de história. Está marcada para o próximo sábado, em Hong Kong, mais uma iniciativa do historiador Jason Wordie, que organiza com regularidade caminhadas por diferentes pontos da antiga colónia britânica. Os percursos são acompanhados com enquadramentos e explicações sobre o passado do território.

Desta feita, a proposta leva os interessados até Happy Valley, uma das zonas da ilha de Hong Kong “com maiores contradições urbanas”, refere a organização do evento. Nas imediações do Hong Kong Jockey Club, vários cemitérios recebem os mortos de diferentes religiões: muçulmanos, católicos romanos e hindus.

É ali também que está o Cemitério de Hong Kong – em tempos conhecido como Cemitério Colonial – onde estão sepultados protestantes europeus, ortodoxos russos e seguidores de outras religiões. Várias campas estão ocupadas com os restos mortais de japoneses que viveram em Hong Kong antes da guerra, sendo que muitas delas são de jovens mulheres.

Com o passeio pretende-se dar a conhecer, a partir dos cemitérios, as contribuições sociais e económicas das várias comunidades que passaram por Hong Kong durante o último século e meio.

Jason Wordie é um historiador que vive em Hong Kong e que organiza este tipo de visitas com regularidade. Tem vários livros publicados sobre a antiga colónia britânica e também sobre Macau.

6 Jul 2017

Pequim e Moscovo apresentam plano conjunto para Coreia do Norte

Pyongyang deve parar com os mísseis e EUA e Coreia do Sul com os exercícios militares. Para já. Depois logo se vê.

[dropcap style≠’circle’]R[/dropcap]ússia e China apresentaram nesta terça-feira um plano para tentar diminuir as tensões causadas pelo programa nuclear da Coreia do Norte. A iniciativa propõe que os norte-coreanos declarem uma moratória dos seus testes de mísseis e demais actividades nucleares e que, ao mesmo tempo, Estados Unidos e Coreia do Sul suspendam os exercícios militares conjuntos.

As sugestões foram apresentadas pelos MNE da Rússia e da China depois de conversações entre os presidentes Vladimir Putin e Xi Jinping, motivadas por um novo teste de míssil pela Coreia do Norte. As duas potências rejeitaram o uso da força e defenderam a coexistência pacífica.

Segundo Putin, as duas partes concordaram em levar adiante “uma iniciativa comum, que está baseada no plano russo de resolução do conflito coreano por etapas e a ideia chinesa de congelar paralelamente as actividades nucleares e de mísseis da Coreia do Norte e as manobras militares em larga escala de Estados Unidos e Coreia do Sul”.

Rússia e China manifestaram “profunda preocupação com o anúncio da Coreia do Norte, de 4 de Julho, sobre o lançamento de um míssil balístico”, que consideram um facto inadmissível, já que contradiz resoluções do Conselho de Segurança da ONU. “As partes pedem reiteradamente à Coreia do Norte para que cumpra de maneira estrita as cláusulas incluídas nas citadas resoluções.”

Além disso, os dois países frisaram que a instalação do escudo antimísseis Thaad dos Estados Unidos na Coreia do Sul “representa um grave prejuízo para os interesses de segurança estratégica dos países da região, incluindo Rússia e China”.

“As preocupações da Coreia do Norte devem ser respeitadas”, afirmaram. Os países envolvidos devem realizar esforços para a retomada das negociações e para a criação de “uma atmosfera de paz e de confiança mútua”.

A Coreia do Norte anunciou nesta terça-feira o lançamento do seu primeiro míssil balístico intercontinental, um marco no programa armamentista do regime coreano, embora a Rússia afirme que se trata de um míssil de médio alcance.

 

ONU | EUA pedem reunião do Conselho de segurança

A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley, pediu nesta terça-feira uma reunião urgente do Conselho de Segurança para abordar o lançamento de um míssil balístico intercontinental pela Coreia do Norte. O porta-voz da missão dos EUA na ONU, Jonathan Bachtel, informou sobre o pedido no Twitter. Além disso, Haley pediu ao embaixador da China na ONU, Liu Jieyi, que preside o Conselho de Segurança neste mês, que mantenha a sessão de emergência aberta. Os EUA confirmaram que o projéctil lançado ontem pela Coreia do Norte era um míssil balístico intercontinental, o primeiro com essas características que Pyongyang consegue lançar com sucesso. O míssil voou por mais tempo do que todos os outros testados pelo regime de Kim Jong-un até então, um total de 37 minutos, o que significa que agora a Coreia do Norte é capaz de atacar o Alasca.

6 Jul 2017

Médicos estrangeiros convidados para examinar saúde de Liu Xiaobo

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China convidou médicos estrangeiros para examinar o estado de saúde do Nobel da Paz Liu Xiaobo, recentemente colocado em liberdade condicional e hospitalizado devido a um cancro, anunciaram ontem as autoridades chinesas.

“A pedido da família de Liu Xiaobo”, o hospital de Shenyang (nordeste da China), onde está hospitalizado o dissidente, “convidou os principais especialistas mundiais em cancro do fígado, dos Estados Unidos, da Alemanha, e de outros países, para se deslocarem à China” para o examinar, indicou em comunicado o gabinete dos assuntos judiciários de Shenyang. O activista foi condenado em 2009 a 11 anos de prisão por subversão.

Vários países tinham pedido a Pequim para autorizar Liu Xiaobo a viajar para o estrangeiro para tratamento médico, um pedido também manifestado por organizações não-governamentais e de defesa dos direitos humanos.

Também em Hong Kong, na semana passada, durante a visita à cidade do Presidente chinês, Xi Jinping, foram realizados vários protestos a pedir a libertação incondicional do activista chinês e da mulher, Liu Xia, colocada em prisão domiciliária em 2010, depois da atribuição do Nobel ao marido, embora nunca tenha sido acusada de qualquer crime.

6 Jul 2017

China e Alemanha preenchem lacuna de liderança deixada pelos EUA

O presidente americano é um bónus para as outras potências mundiais.

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s EUA tradicionalmente assumem a liderança na procura de abordagens comuns aos grandes problemas mundiais do momento nas cimeiras do G-20. Mas não desta vez. Quando os líderes mundiais se reunirem em Hamburgo na sexta-feira, China e Alemanha vão tentar usurpar esse papel aos EUA.

As duas potências industriais da Ásia e da Europa estão a ser incentivadas a formar uma aliança informal para assumir a batuta da liderança que os EUA perderam desde que o presidente Donald Trump tomou posse no começo deste ano, de acordo com diplomatas e autoridades de diversos integrantes do G-20.

A situação cristalizou-se antes da reunião anual do G-20 deste ano, que será realizada no mais movimentado porto comercial da Alemanha. Pela primeira vez desde a fundação do grupo, os EUA serão representados por um presidente adepto do proteccionismo, abandonando décadas de uma fervorosa defesa do comércio livre por parte dos EUA.

“O carácter estratégico das relações entre China e Alemanha está continuamente a ganhar importância”, disse o presidente chinês, Xi Jinping, num artigo publicado na terça-feira no jornal alemão Die Welt. Os dois países “deveriam intensificar a cooperação para implementar ‘Uma Faixa, uma Rota da China’ e contribuir conjuntamente para a segurança, a estabilidade e a prosperidade dos países vizinhos”.

Os EUA também se isolaram em relação ao aquecimento global na cimeira realizada em Maio pelo G-7 em Itália, onde o comunicado final se dividiu em seis contra um nesta questão. Desta vez, Trump corre o risco de ficar sozinho contra uma frente unida de aliados europeus, vizinhos como o Canadá e o México, e antigos inimigos dos EUA na Guerra Fria nos dois tópicos mais importantes da cimeira.

Na condição de anfitriões actual e anterior, a chanceler alemã Angela Merkel e Xi Jinping teriam trabalhado juntos na programação do G-20 de qualquer modo. No entanto, três visitas do primeiro-ministro chinês Li Keqiang à Alemanha até o momento, a mais recente no mês passado, sugerem que os dois países estão alinhados para ocupar um espaço maior que, pelo menos temporariamente, os EUA deixaram vazio na presidência de Trump.

“A nova aproximação entre China e Alemanha aconteceu por causa da situação Trump”, disse Diego Ramiro Guelar, embaixador em Pequim da Argentina, que também integra o G-20. “Os dois líderes mais importantes do mundo no momento são o presidente Xi e a chanceler Merkel.”

Interesses comuns

Os vínculos entre a China e a Alemanha têm se fortalecido há anos, graças a interesses económicos comuns que não enfrentam obstáculos como as rivalidades geopolíticas que complicaram as relações entre Pequim e Washington muito antes da eleição de Trump. A Alemanha precisa de mercados para os seus veículos e máquinas industriais de ponta, e a China deseja-os — tanto que comprou a companhia alemã de robótica Kuka.

Os EUA “deixaram uma espécie de lacuna” na região quando abandonaram a proposta do acordo de comércio livre Parceria Transpacífico, disse Michael Clauss, embaixador da Alemanha em Pequim, em entrevista recente com jornalistas. O objectivo do acordo era construir um bloco de livre comércio centrado nos EUA entre os países do Círculo do Pacífico, do Chile ao Vietname, como alternativa às iniciativas mais dominadas pela China, como “Uma Faixa, uma Rota”. Trump retirou os EUA dos planos da Parceria Transpacífico um dia depois de tomar posse.

6 Jul 2017

Carrie Lam adopta tom conciliador com LegCo

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] nova líder de Hong Kong, Carrie Lam, adoptou um tom conciliador nesta quarta-feira e prometeu melhorar os laços com o Parlamento, mas sugeriu que novas reformas para levar mais democracia à cidade chinesa não entrarão na agenda tão cedo.

A ex-colónia britânica comemorou o 20º aniversário de seu retorno ao controle da China no sábado, e o presidente chinês, Xi Jinping, visitou a metrópole e alertou que esta deveria reprimir iniciativas para uma “independência de Hong Kong”.

Em 2014, Lam liderou os esforços do governo para aprovar um pacote de reforma política polémico apoiado por Pequim, que permitiria uma votação directa para a escolha do novo líder da cidade. Mas a exigência chinesa de que primeiro todos os candidatos sejam pré-seleccionados por um comité maioritariamente pró-Pequim ajudou a desencadear o movimento de desobediência civil e pró-democracia “Occupy” no final do mesmo ano.

O pacote de reforma política acabou sendo barrado em 2015 por parlamentares da oposição que o descreveram como “democracia falsa”. “A reforma política sempre foi muito sensível, muito complicada e muito difícil”, disse Lam aos deputados. “Se eu… reiniciar a reforma política imediatamente, de forma que a sociedade se envolva em conflitos sérios novamente e as questões da economia e da subsistência cheguem a um impasse, então, como a pessoa com a responsabilidade final, eu teria fracassado”, afirmou.

Na sua primeira semana no cargo, Lam passou cerca de uma hora a responder a perguntas de deputados numa reunião especialmente arranjada, na qual o clima pareceu menos hostil do que o de sessões com seu antecessor, o impopular Leung Chun-ying. Lam enfatizou seu desejo de melhorar as relações do executivo com o Conselho Legislativo (Legco).

6 Jul 2017

Coreia do Norte | Trump quer que “disparate” acabe “de uma vez por todas”

É um clima de tensão crescente numa história que pode acabar mal. No dia mais importante do ano para os Estados Unidos, a Coreia do Norte lançou um novo míssil balístico. Só que, desta vez, com capacidade para chegar ao Alasca, segundo reivindica Pyongyang. Trump não gostou da provocação e atira a batata quente para os principais países asiáticos. Pequim teme que a situação fique fora de controlo

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] dia não começou bem. Ontem, às 8h40, hora de Macau, Pyongyang realizou mais um disparo de míssil balístico em direcção ao Mar do Japão. A notícia foi dada pelo comando conjunto das forças armadas sul-coreanas, citado pelas agências internacionais. O lançamento foi feito a partir de Panghyon, a 100 quilómetros da capital Pyongyang, e o exército da Coreia do Sul estava ontem a analisar o número e o tipo de míssil usado no teste.

Poucas horas depois, ao início da tarde, a Coreia do Norte anunciou ter testado com sucesso o primeiro míssil balístico intercontinental (ICBM), uma etapa crucial para a realização do objectivo de poder ameaçar os Estados Unidos com armas nucleares. É neste sentido que o regime tem estado a trabalhar há anos. Até ontem, os especialistas na matéria consideravam que se trata de uma meta longe de ser alcançada.

O “ensaio histórico” de um míssil Hwasong-14 foi supervisionado por Kim Jong-Un, segundo afirmou uma apresentadora na televisão pública norte-coreana, num noticiário especial para dar conta do feito.

O anúncio da Coreia do Norte surgiu depois da informação divulgada por Seul e Washington de que Pyongyang tinha lançado um míssil de médio alcance. O teste desta terça-feira pode ter sido o mais bem-sucedido até à data para a Coreia do Norte. Alguns analistas acreditam que o míssil pode ser suficientemente poderoso para chegar ao Alasca, nos Estados Unidos.

Se for provado que o míssil disparado é efectivamente um ICBM, a comunidade internacional terá de repensar a estratégia usada em relação à ameaça que Pyongyang representa. O regime de Kim Jong-un tem aumentado nos últimos meses os seus ensaios com mísseis balísticos.

Fim-de-semana para pensar

Além da possível evolução da capacidade bélica da Coreia do Norte, o disparo desta terça-feira tem várias leituras. Aconteceu numa altura em que Washington e os aliados asiáticos voltaram a colocar na agenda a questão de Pyongyang: está marcado para breve um encontro trilateral entre Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul. A reunião vai realizar-se à margem da cimeira de líderes do G20, que acontece no final desta semana na Alemanha. Depois, ontem foi 4 de Julho – o dia mais significativo do ano para os norte-americanos.

De acordo com as primeiras informações divulgadas pelas forças armadas sul-coreanas, o míssil lançado percorreu uma distância de 930 quilómetros, durante 40 minutos, até cair perto da zona económica exclusiva do Japão. Tóquio já reagiu, com um forte protesto a mais “uma clara violação das resoluções das Nações Unidas”, e confirma os cálculos dos vizinhos da Coreia do Sul. O míssil atingiu uma altitude “bastante superior” a 2500 quilómetros, informou o Ministério da Defesa nipónico.

Donald Trump também não demorou a insurgir-se, num comentário feito através do Twitter. “A Coreia do Norte acabou de lançar outro míssil. Este homem não tem nada melhor para fazer na vida?”, escreveu, referindo-se ao líder norte-coreano Kim Jong-un. “É difícil acreditar que a Coreia do Sul e o Japão vão continuar a tolerar isto por muito mais tempo. Talvez a China ponha um forte travão na Coreia do Norte e acabe com este disparate de uma vez por todas!”, acrescentou.

No início desta semana, a Coreia do Norte voltou a ser o assunto principal de telefonemas entre o Presidente Xi Jinping e o homólogo norte-americano. Trump também abordou a questão numa conversa com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe. Os três líderes reiteraram o compromisso de trabalharem para a desnuclearização da Península Coreana.

Estragar a festa

Shea Cotton, um especialista norte-americano em estudos de não-proliferação, não tem dúvidas sobre a escolha do dia, de modo a coincidir com o aniversário da declaração de independência dos Estados Unidos. “Já é 4 de Julho na Coreia do Norte”, escreveu no Twitter. Não é a primeira vez que Pyongyang assinala a data com o lançamento de mísseis.

Quanto à Coreia do Sul, o Presidente Moon Jae-in convocou uma reunião do conselho nacional de segurança mal soube das notícias vindas do Norte.

Na semana passada, depois de um encontro com Moon, Donald Trump defendeu a necessidade de uma resposta determinada à Coreia do Norte, vincando a importância da aliança entre Estado Unidos e Coreia do Sul.

Washington tem uma enorme importância no que toca à segurança da Coreia do Sul, com um contingente de mais de 28 mil homens estacionado no país.

No que diz respeito aos Estados Unidos, desde que Donald Trump assumiu o poder que se ouve falar, com maior frequência, em acções para derrubar o regime mais isolado do mundo. A tensão aumentou com a morte de Otto Warmbier, um estudante norte-americano detido na Coreia do Norte durante uma viagem turística, há 18 meses. Em Junho, regressou a casa em coma, tendo morrido poucos dias depois.

O Presidente norte-americano tem insistido no papel que a China – o principal aliado diplomático e económico da Coreia do Norte – deve desempenhar para se resolver a situação na Península Coreana. No entanto, Trump admitiu na semana passada que, até ver, os seus esforços foram em vão.


Contenham-se, diz a China

A China apelou ontem à “contenção” de todas as partes envolvidas e à resolução “pacífica” do problema norte-coreano após o anúncio do teste de um míssil balístico intercontinental de Pyongyang. Pequim estava “a recolher informações” sobre o míssil e instou a Coreia do Norte a “parar as acções que violem as resoluções do Conselho de Segurança da ONU”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros Geng Shuang, na conferência de imprensa diária.

Vamos lá parar com isto

O aviso foi feito poucas horas antes do lançamento do míssil de ontem, e foi deixado na sequência da conversa ao telefone entre Xi Jinping e Donald Trump. A crise da Coreia do Norte pode ficar fora de controlo, disse o enviado da China junto das Nações Unidas. O embaixador Liu Jieyi alertou ainda para as consequências “desastrosas” se a comunidade internacional não conseguir encontrar uma via para aliviar a tensão na Península Coreana. “O clima de tensão é, neste momento, muito grande e gostaríamos que assim não fosse”, afirmou o diplomata numa conferência de imprensa na sede das Nações Unidas. “Se a tensão continuar a aumentar, mais cedo ou mais tarde ficará fora de controlo e as consequências serão desastrosas.” Pequim tem tentado demover o regime de Kim Jong-un no que diz respeito ao plano nuclear do país, mas sem sucesso. Os Estados Unidos garantem que estão prontos para se sentarem à mesa das negociações, mas só se a Coreia do Norte parar com os testes nucleares e com os ensaios de mísseis balísticos. Liu Jieyi descreveu a crise com a Coreia do Norte como sendo “muito, muito séria”, para sustentar que “outras partes” devem estar mais abertas a aceitar as propostas que vão sendo feitas. “Não podemos esperar muito mais antes de se dialogar”, vincou.


Pyongyang | O percurso da ambição militar

• Final dos anos 1970

Começam os trabalhos em torno de uma versão do soviético Scud-B (com alcance de 300 km). São feitos testes em 1984

• 1987-1992

É dado início ao desenvolvimento de uma variante do Scud-C (500 km), Rodong-1 (1300 km), Taepodong-1 (2500 km), Musudan-1 (3000 km) e Taepodong-2 (6700 km)

• 1998

É testado o Taepodong-1, em direcção ao Japão, numa tentativa falhada de lançamento de um satélite

• 1999

É declarada a suspensão nos testes de mísseis de longo alcance devido à melhoria das relações com os Estados Unidos

• 2000

A quinta ronda de conversações sobre mísseis entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte termina sem qualquer acordo, depois de Pyongyang ter exigido mil milhões de dólares por ano para suspender a exportação de mísseis

• 2005

Pyongyang comunica o fim da suspensão dos testes de mísseis de longo alcance, acusando a Administração Bush de ter uma política “hostil”

• 2006

A Coreia do Norte testa cinco mísseis, incluindo um de longo alcance, o Taepodong-2, que explode 40 segundos depois

• 2006

É feito o primeiro teste nuclear subterrâneo

• Abril de 2009

A Coreia do Norte lança um rocket que sobrevoa o Japão e cai no Pacífico, dizendo que se tratava da tentativa de colocação de um satélite em órbita. Os Estados Unidos, o Japão e a Coreia do Sul entenderam tratar-se de um teste disfarçado de um Taepodong-2

• Maio de 2009

É levado a cabo o segundo teste nuclear subterrâneo, bastante mais forte do que o primeiro

• Abril de 2012

O Norte lança um rocket de longo alcance para pôr um satélite em órbita, mas desintegra-se pouco tempo depois do lançamento

• Dezembro de 2012

O regime consegue colocar em órbita um satélite de observação da Terra

• 2013

É feito o terceiro teste nuclear subterrâneo

• Janeiro de 2016

É realizado o quarto teste nuclear subterrâneo, com o país a dizer que se trata de uma bomba de hidrogénio, uma reivindicação que os especialistas colocam em causa

• Março de 2016

Kim Jong-un diz que a Coreia do Norte conseguiu construir com sucesso uma ogiva termonuclear em miniatura

• Abril de 2016

Pyongyang faz um teste a um míssil balístico lançado de um submarino

• Julho de 2016

Os Estados Unidos e a Coreia do Sul anunciam planos para a instalação de um sistema avançado de defesa anti-mísseis (THAAD)

• Agosto de 2016

Pela primeira vez, a Coreia do Norte dispara um míssil balístico directamente para a zona livre económica do Japão

• Setembro de 2016

Quinto teste nuclear

• Março de 2017

São disparados quatro mísseis balísticos. O Norte diz que se trata de um exercício para atingir as bases norte-americanas no Japão

• Maio de 2017

O Norte dispara um míssil balístico que cai no Mar do Japão, percorrendo 700 quilómetros. Os analistas falam num alcance de 4500 quilómetros, o suficiente para atingir Guam

• Julho de 2017

O regime de Kim Jong-um dispara um míssil balístico que voa 930 quilómetros antes de aterrar no Mar do Japão. Os especialistas acreditam que tem um alcance de 6700 quilómetros, com capacidade para chegar ao Alasca

5 Jul 2017

Eleições | Fundação Macau deixa aviso sobre subsídios dados a associações

Em nome de eleições justas, a Fundação Macau promete controlar o modo como é utilizado o dinheiro pelas associações a quem dá subsídios. O organismo vai fazer uma lista de candidatos às legislativas, associações envolvidas e valores concedidos. E planeia fiscalizar as iniciativas financiadas com os montantes que deu, para evitar campanhas disfarçadas

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s subsídios concedidos pela Fundação Macau (FM) não podem ser aplicados nas eleições, avisou ontem a entidade liderada por Wu Zhilliang. Em comunicado, a FM salienta que está atenta “às preocupações sociais” sobre as medidas adoptadas para evitar que as associações gastem os montantes atribuídos pelo organismo na campanha eleitoral.

Garantindo que os pedidos de apoio financeiro são apreciados de forma rigorosa, a FM explica que, na análise feita, “a questão de se saber se o requerente é candidato ou não a deputado à Assembleia Legislativa (AL) não constitui um factor de ponderação”. “Sob o ponto de vista da Fundação Macau, tanto a solicitação de subsídios ao Governo para a prestação de serviços sociais, como a candidatura a deputado são direitos das associações e são também formas de participar nos assuntos sociais para servir a sociedade”, lê-se no comunicado. Ou seja, “não existe contradição, nem antagonismo entre estes dois direitos”.

Diferente é, no entanto, o modo como os montantes atribuídos são aplicados. “A Fundação Macau em caso algum atribui subsídios para apoiar qualquer actividade relativa às eleições para a AL, nem permite aos beneficiários dos subsídios desta Fundação que apliquem os montantes recebidos a título de subsídio na campanha eleitoral”, vinca. “Trata-se de uma linha vermelha que ninguém pode ultrapassar.”

A FM adianta que tem estado em contacto com o Comissariado contra a Corrupção para estabelecer vários critérios para a apreciação e aprovação da concessão de subsídios, assim como para o controlo da aplicação dos valores atribuídos. O reforço do controlo dos montantes entregues é feito em várias vertentes.

Lista e declarações

Os beneficiários dos subsídios ficam sujeitos à assinatura de uma declaração em que garantem que os valores não vão ser aplicados, directa ou indirectamente, nas eleições ou na campanha eleitoral. Nos últimos meses, a FM tem mantido encontros com associações ligadas à política local para as advertir de que os valores jamais poderão ser aplicados nas actividades ligadas às eleições. Estas associações devem ter, entre outros cuidados, a preocupação de evitar mal-entendidos por parte dos participantes e restantes cidadãos.

A Fundação Macau explica ainda que vai elaborar a lista dos candidatos admitidos às eleições para a AL com indicação para as relações que existem entre os candidatos e as associações beneficiárias dos subsídios da FM. “Segundo o calendário das actividades subsidiadas a realizar por estas associações, irão deslocar-se ao local trabalhadores para verificar in loco a boa aplicação dos subsídios na execução destas actividades que poderão contar com a presença dos candidatos à AL”, avisa o organismo.

A rematar, a FM faz um apelo ao público para que, caso detecte infracções cometidas por qualquer associação ou candidato relativamente ao uso de subsídios atribuídos pela Fundação, as suspeitas sejam comunicadas em tempo útil às várias entidades públicas competentes.

5 Jul 2017

Wong Sio Chak não revela duração da pena de agente que agrediu cão

[dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]ão é uma pena leve, considera o secretário para a Segurança. Wong Sio Chak disse ontem que o agente de investigação criminal da Polícia Judiciária (PJ) que maltratou um cão foi sujeito a pena de suspensão. O governante sublinhou a “total intolerância a quaisquer actos que violem a lei e as regras de conduta dentro do corpo policial”, garantindo que continuará a reforçar a formação e fiscalização disciplinar dos agentes.

Wong Sio Chak falava à margem da cerimónia de encerramento do 5.º Curso de Comando e Direcção e do 24.° Curso de Formação de Instruendos. Questionado pela comunicação social sobre a duração da pena de suspensão do agente da PJ, preferiu não responder, alegando que, “devido à regulamentação legislativa, não seria adequado divulgar” mais detalhes. Acrescentou, porém, que o processo ainda não foi concluído, uma vez que o agente goza do direito ao recurso.

Wong Sio Chak deu também algumas justificações sobre o caso. “A decisão de aplicar a pena de suspensão veio depois de terem sido considerados vários factores, incluindo a natureza do comportamento do agente, o grau de gravidade e as consequências do acto, com destaque principal para o impacto sobre a imagem do corpo de polícia, da secretaria para a Segurança, assim como de toda a sociedade”, fundamentou, citado em comunicado oficial. O governante reiterou que a punição em causa não pode ser considerada leve, uma vez que a pena “vai afectar a vida do agente de investigação criminal”.

O secretário foi ainda confrontado com o caso de um agente policial atacado durante o exercício de funções, que disparou um tiro para o ar. A situação em causa está ainda a ser avaliada, explicou. No entanto, as informações que existem neste momento apontam para que o agente tenha disparado “perante a possibilidade de ocorrer uma situação perigosa, tendo em conta o momento e o grau de emergência”. Wong Sio Chak acredita que “foi um acto adequado e decisivo”.

Ao vivo e virtual

Outro tema abordado ontem pelos jornalistas foi a bandeira nacional içada ao contrário, uma situação ocorrida no edifício do Terminal Marítimo do Porto Exterior. Wong Sio Chak considerou o caso “inaceitável”, “independentemente das razões para o sucedido”. O secretário considera que houve “um comportamento impróprio e negligente por parte do pessoal dos Serviços de Alfândega”. Já foi instruído um processo disciplinar para investigação.

Nas redes sociais, há diferentes versões das fotos da bandeira nacional içada ao contrário. Wong explicou que é difícil verificar a autenticidade, sublinhando que existe uma lei que regula a utilização da bandeira nacional, assim como da bandeira da RAEM, que deve ser respeitada por todos. “Caso as referidas fotos sejam divulgadas com má fé, podem violar a lei sobre a utilização da bandeira nacional e difamar os serviços públicos”, avisou. Os serviços competentes vão fazer a devida investigação, rematou.

5 Jul 2017

Ensino | IPOR abre Balcão de Apoio ao Estudante Internacional

[dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]ntra hoje em funcionamento o Balcão de Apoio ao Estudante Internacional, uma iniciativa que pretende ir ao encontro das necessidades dos estudantes que, através dos programas desenvolvidos pelas estruturas de Macau, escolhem instituições de ensino superior portuguesas para prosseguirem estudos. O serviço é lançado pelo Instituto Português do Oriente (IPOR), em parceria com o Gabinete de Apoio ao Ensino Superior (GAES), o Consulado-Geral de Portugal e várias universidades portuguesas.

Em comunicado, o IPOR explica que o balcão dará apoio aos alunos que seguem para Portugal ao abrigo do estatuto de estudante internacional. Dirigido a jovens que não sejam nacionais de Portugal ou de qualquer outro país da União Europeia, este estatuto enquadra-se no objectivo de internacionalização das instituições de ensino superior portuguesas. No caso de Macau e da China, permite aos estudantes que terminaram o ensino secundário aceder directamente a um contingente especial de vagas criadas pelas universidades para diferentes cursos de licenciatura e mestrado.

Com o novo balcão, será mais fácil aos estudantes obterem informações detalhadas sobre as instituições de ensino superior de Portugal, os cursos e o modo de instrução dos processos, de modo a que alunos e famílias possam ter um maior apoio na tomada de decisões.

O serviço está integrado na Biblioteca Camilo Pessanha, nas instalações do IPOR. A entrada em funcionamento do balcão vai ser assinalada com a presença do cônsul-geral de Portugal, Vítor Sereno, e o coordenador do GAES, Sou Chio Fai.

5 Jul 2017

Internet | Novas regras de controlo causam preocupação

Medidas mais rígidas têm restringido acesso a páginas, vídeos e serviços sob alegações de conteúdo impróprio. Regras representam endurecimento na fiscalização da internet antes de congresso do Partido Comunista no segundo semestre.

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] mais recente movimento do governo da China para suprimir conteúdos na internet tem preocupado uma diversa comunidade de cineastas, blogueiros, membros dos media e educadores, que temem que seus portais possam ser fechados por conta do controle mais rígido de Pequim.

No último mês, reguladores chineses fecharam páginas de celebridades, restringiram quais tipos de vídeos as pessoas podem publicar e suspenderam os serviços online de “streaming”. Tudo isso sob alegações de conteúdo impróprio.

Uma associação do sector fez circular na sexta-feira uma nova regulamentação de efeito imediato, determinando que pelo menos dois “auditores” terão que controlar todo conteúdo audiovisual publicado online – desde filmes até curtas, documentários, desportos, material educacional e animações – para garantir que esses conteúdos são fiéis aos “principais valores socialistas”.

Tópicos considerados inapropriados incluem vício em drogas e homossexualidade, disse a Associação de Serviços de Transmissão Online da China, afiliada ao governo e que representa mais de 600 membros.

Muitas pessoas no fim de semana criticaram online a nova regulamentação, com a maioria a dizer que é um retrocesso e que pode prejudicar a criatividade. Algumas notaram que pode ser quase impossível aplicar essas regras.

“De acordo com estas regras de censura, nada vai passar, o que vai exaurir a criação audiovisual artística”, escreveu Li Yinhe, uma académica que estuda sexualidade na Academia Chinesa de Ciências Sociais, mantida pelo governo.

Sob as novas regras do governo, obras como a ópera “Cármen”, de Georges Bizet, e “Otelo”, de Shakespeare, tecnicamente teriam que ser banidas por mostrarem prostituição e exibirem cenas explícitas de afecto, escreveu Li num blog.

Grandes e pequenos afectados

As regras, que afectam gigantes das redes sociais como Weibo, assim como pequenas plataformas que têm florescido no movimentado espaço criativo online da China, representam as mais recentes medidas para endurecer a fiscalização na internet antes do Congresso do Partido Comunista no segundo semestre, quando o presidente Xi Jinping deve consolidar seu poder.

A expectativa é que mercado de vídeo online da China, que inclui receita de anúncios e de compra de conteúdo, deve mais do que quadruplicar de 2015 a 2020, chegando a 96,2 mil milhões de yuans, de acordo com dados de 2016 do IHS Markit.

“Costumávamos descrever a constante regulação conta-gotas como a fervura de um sapo em água morna. Agora está escaldante com água a ferver”, disse à Reuters Wang Xiaoxiao, um agente de talentos que representa diversos actores que conquistaram fama na internet.

Zhao Jing, fundadora do Yummy, um site especializado em educação sobre temas de género, disse que usaria eufemismos para genitais e evitaria tópicos proibidos, como casos extraconjugais, para contornar palavras-chave que desencadeariam a censura.

Caso contrário, ela teme que seu portal possa ser excluído do aplicativo de mensagens instantâneas WeChat da Tencent.

 

 

5 Jul 2017

China | Fortes chuvas deixam pelo menos 56 mortos e 22 desaparecidos

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s chuvas torrenciais deixaram nos últimos dias pelo menos 56 mortos e 22 desaparecidos no centro e sul da China, onde centenas de milhares de pessoas tiveram que abandonar as suas casas, informaram nesta terça-feira as autoridades de várias províncias.

Segundo os últimos dados divulgados pela agência oficial Xinhua, um total de 27 mil casas desmoronaram e 37 mil sofreram graves por conta dos deslizamentos de terra e inundações. O Governo central designou uma ajuda de emergência de US$ 278 milhões, embora estime-se que as perdas económicas ultrapassem os US$ 3,7 mil milhões.

As fortes chuvas causaram inundações e fizeram com que os níveis de água de mais de 60 rios no sul da China tenham subido acima do seu máximo. As províncias mais afectadas são Hunan e a região autónoma de Zhuang, disse o Ministério dos Assuntos Civis.

Milhares de soldados, policiais, funcionários públicos e civis estão a lutar contra as inundações em várias províncias ao longo do rio Yangtzé. A estação de monitoramento do nível de água em Changsha (capital de Hunan) no rio Xiangjiang, um importante afluente do Yangtzé, alcançou um recorde de 39,51 metros, superando o recorde anterior de 39,18 metros estabelecidos por uma inundação em 1998.

As inundações destruíram casas, arrancaram árvores, danificaram veículos, estradas e as plantações de muitos agricultores, enquanto milhares de pessoas tiveram que deixar a região.

Em Hubei, cerca de 16 mil pessoas estão em alerta máximo pela enchente dos rios, e em Guangxi, foram confirmadas as mortes de 16 pessoas, enquanto dez estão desaparecidas.

Por outro lado, o calor está sufocante no norte do país. Na capital Pequim e em províncias como Shaanxi, Hebei e Henan, as temperaturas chegam aos 40 graus. Na Região Autónoma da Mongólia Interior, mais de 200 bombeiros estão a lutar contra um incêndio que atravessou o norte da China, a partir da Mongólia.

Nesta época do ano são frequentes as chuvas torrenciais na China e é comum que aconteçam inundações, deslizamentos e outras catástrofes motivadas por fenómenos meteorológicos.

O fato mais grave ocorrido nesta temporada aconteceu no último dia 24 de Junho, em Sichuan, quando também ocorreram fortes chuvas e parte de uma montanha caiu sobre a aldeia de Xinmo.

5 Jul 2017

China | Hospital condenado por impor reorientação sexual

[dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m hospital chinês foi condenado pela justiça por impor um tratamento de reorientação sexual a um paciente, segundo a sentença de um tribunal anunciada ontem. De acordo com a cópia do veredicto, o hospital psiquiátrico de Zhumadian, na província de Henan foi condenado por um tribunal da mesma cidade e terá de fazer um pedido público de desculpas e pagar ao queixoso 647 euros pelos danos causados.

M. Yu foi admitido na instituição em Outubro de 2015, pouco depois de ter revelado a sua homossexualidade à esposa e pedido o divórcio. O paciente foi então diagnosticado com “problemas de orientação sexual” pelo hospital, que se recusou a deixá-lo sair, e impôs um tratamento médico para garantir “cura” de Yu. A “terapia de reorientação sexual” aplicada é considerada uma prática não científica e ineficaz pelos peritos, embora continue a ser utilizada em várias clínicas do país.

Yu foi amarrado durante cerca de 20 dias à sua cama de hospital e forçado a tomar comprimidos e receber injecções concebidos “para corrigir” a sua orientação sexual, sob pena de espancamentos, explicou o próprio, numa entrevista à agência France-Presse.

Uma testemunha confirmou em tribunal que Yu foi “tratado contra a sua vontade durante 19 dias”, através de medicação que incluía antidepressivos e injecções, lê-se no documento do tribunal.

“Este veredicto é importante para a comunidade homossexual porque nenhuma lei oferece protecção” contra o tratamento forçado, disse Peng Yanhui, director de uma organização não-governamental que defende os direitos LGBT na China.

Num caso semelhante, em Dezembro de 2014, um tribunal de Pequim condenou uma clínica em Chongqing, no sudoeste da China pela prática de tratamentos com o objectivo de “curar” a homossexualidade.

A China removeu a homossexualidade da sua lista de doenças mentais em 2001, mas muitas pessoas da comunidade continuam a ser vítimas de discriminação e sofrem de pressão familiar.

5 Jul 2017

Análise | Partido Comunista Chinês a caminho do centenário

Vai a caminho dos 100 anos. Na versão oficial dos acontecimentos, contam-se mais feitos do que derrotas, mais tiros certeiros do que danos colaterais. O Partido Comunista Chinês celebrou 96 anos entre as celebrações das duas décadas da transferência de soberania de Hong Kong. Tem pela frente vários desafios, mas a corrupção é o único assumido

[dropcap style≠’circle’]“H[/dropcap]á um século, o comunismo era encarado como um fantasma. Quando foi fundado, em 1921, poucos eram aqueles que acreditavam que o Partido Comunista Chinês (PCC) poderia sobreviver. Agora, o mundo observa o maior partido do mundo no poder em direcção aos objectivos do seu primeiro centenário.”

É assim que começa um longo texto da agência oficial chinesa sobre os 96 anos do PCC, comemorados este ano à sombra da transferência de soberania de Hong Kong. O número não é redondo e o foco esteve na mais antiga (e problemática) das duas regiões administrativas especiais, com o líder do partido a deslocar-se à antiga colónia britânica.

A Xinhua encarregou-se de que a data não fosse esquecida, com um texto em que são reconhecidas dificuldades, mas em que o futuro se pinta risonho. O PCC vive este ano um momento histórico: no Outono, o congresso do partido vai escolher os líderes para mais cinco anos, com a renovação de vários elementos do Politburo, e serão eles que vão estar no poder quando se assinalar o centenário. Para os 100 anos, existe uma meta: fazer com que a China seja “um país abastado”.

Assim que este objectivo for alcançado, refere a agência oficial, quase um quinto da população mundial viverá numa “sociedade moderadamente próspera em todos os aspectos”. “O PCC está confiante e determinado”, sublinha a Xinhua.

Os autores do texto reconhecem que nem tudo foram – e são – rosas. “Desde o seu estabelecimento, o partido foi recebido com dúvidas, incapacidade de compreensão e até hostilidade. Não obstante, cresceu como uma das histórias do mundo mais bem-sucedidas e excitantes.”

Quando o PCC foi fundado, recorda-se, a China era uma nação pobre marcada por invasões estrangeiras e pela guerra civil. Hoje em dia, é a segunda maior economia do mundo e um dos principais actores do cenário político internacional.

A importância do líder

No início, era um grupo de 50 pessoas. Hoje, o partido tem mais de 89 milhões de membros, um número revisto e aumentado recentemente (ver texto nestas páginas). A estrutura partidária tem mais gente do que a população da Alemanha, congratula-se a agência de notícias.

“A legitimidade política advém da competência e da prosperidade”, atesta Zhang Weiwei, director do Instituto de Estudos da China, da Universidade Fudan, citado pela Xinhua. “A experiência do PCC demonstra que o principal teste de um bom sistema é o modo como assegura a boa governação, na percepção das pessoas que vivem nesse país.”

Não há memória de a China ter tão boas condições como as actuais, prossegue o académico, que considera existirem todas as razões para acreditar que o partido está a conduzir o país de “regresso ao centro do palco do mundo”.

No ano passado, Xi Jinping, o secretário-geral do PCC, ganhou um novo estatuto: passou a ser o líder central da estrutura, uma “promoção” que, na altura, foi entendida por analistas fora da China como sendo um reforço excessivo de poder.

A versão oficial coloca a questão noutros termos: os especialistas consultados pela Xinhua consideram que o posicionamento de Xi Jinping é a chave para o partido e para o país, para que ambos possam desenvolver-se indo pelo caminho certo.

Liu Dongchao, professor da Academia Chinesa de Governação, explica que os chineses precisam de estar unidos em torno de uma figura central, porque a sua influência pode ligar as pessoas, e garantir a sabedoria colectiva para formular e implementar políticas adequadas.

Durante os primeiros 14 anos de existência, o PCC não teve um líder forte, o que fez com que se tivessem registado “vários percalços na causa revolucionária”, contextualiza a Xinhua. “O partido esteve prestes a desaparecer.” Em 1935, Mao Zedong impôs a sua autoridade no comité central e na estrutura militar. “Desde então, a liderança do PCC tem sido essencial para ultrapassar as dificuldades.”

Agora, Xi Jinping está determinado em fazer com que “a nação cumpra o sonho chinês do rejuvenescimento nacional, tendo estabelecido um plano para promover o desenvolvimento económico, político, cultural, social e ecológico de características socialistas”. O secretário-geral do partido quer alcançar “um desenvolvimento partilhado” numa altura em que “manter o crescimento sustentável se torna cada vez mais difícil”.

O académico Xin Ming, do Escola do Partido do Comité Central do PCC, garante que “o marxismo continua e deve continuar a ser a directriz principal do partido”.

Consenso e pobreza

Nesta análise da agência oficial chinesa, as conquistas da China são totalmente atribuídas ao PCC, que criou “a receita para o sucesso” – o socialismo com características chinesas. É através deste modelo que o partido “representa os interesses da grande maioria das pessoas e as coloca em primeiro lugar”.

As reformas que têm sido levadas a cabo têm na base decisões que “reflectem o consenso generalizado da sociedade chinesa”. A estabilidade social é mantida, aponta a Xinhiua, sem fazer qualquer referência às vozes que não concordam com o regime ou às críticas sobre os direitos humanos, nem tampouco às teorias de analistas que avisam para a possível oposição de uma crescente classe média, mais exigente em termos políticos.

No aspecto económico, prossegue o texto, a relação entre Governo e mercado tem sido capaz de garantir que o país saiu ileso dos tempos conturbados vividos em termos internacionais.

O caminho escolhido tem vindo a conquistar um vasto apoio da população, “graças sobretudo ao facto de a maioria das pessoas ter visto os seus padrões de vida melhorar significativamente nas últimas décadas”, observa Liu Dongchao.

A análise do professor da Academia Chinesa de Governação é subscrita pelo académico Xin Ming, que considera que a visão de Xi Jinping acerca do sonho chinês garantiu a união da maioria das pessoas no país. “O partido inspira um espírito de luta por um futuro melhor.”

A agência oficial deixa números como prova do sucesso do caminho da China comandada pelo PCC: mais de 700 milhões de pessoas saíram da pobreza. Só nos últimos quatro anos, 55 milhões de chineses deixaram essa condição. O partido olha agora para os 40 milhões que ainda não conseguiram deixar de ser pobres.

Em 2020, os residentes das áreas rurais já não deverão ter preocupações com comida e alimentação, e deverão ter garantidos serviços médicos básicos, educação e habitação. Todos eles sairão da pobreza, perspectiva a agência.

“Desde que se preste atenção, se pense da forma correcta, se tomem medidas efectivas e se trabalhe com os pés na terra, é perfeitamente possível acabar com a pobreza”, afirmou Xi Jinping numa recente viagem à província de Shanxi, no norte do país.

A Xinhua não deixa de enviar um recado no texto publicado no seu site em língua inglesa: “Confiante no seu próprio percurso, a China não tem qualquer intenção de promover o seu modelo como uma alternativa para outras pessoas ou países.”

Crescente moderado

Só no último ano, o Partido Comunista Chinês (PCC) conseguiu acrescentar mais 688 mil membros à sua longa lista, que vai em 89.447 milhões. De acordo com dados oficiais, verificou-se uma mudança significativa entre as classes mais baixas da população: há mais 105 mil membros, para um total que vai agora em 4,518 mil milhões. Em nota oficial, o Departamento de Organização do Comité Central do PCC realça que as estatísticas demonstram que houve um reforço do vigor e da vitalidade do partido. Explica-se ainda que a taxa de crescimento de membros tem estado a diminuir desde 2013 porque o PCC implementou métodos de recrutamento que valorizam a qualidade dos candidatos. Entre os novos membros, 1571 têm menos de 35 anos.

 

O mal pela raiz

“A chave para se fazerem bem as coisas na China está no PCC.” Porque existem alguns espinhos, a agência oficial reproduz os avisos reiterados da liderança em relação à corrupção e admite que é preciso melhorar esta dimensão para que seja possível ao partido manter-se no poder.

Desde que Xi Jinping assumiu o poder – primeiro na estrutura partidária, depois como Presidente – que uma forte campanha anticorrupção tem varrido o país. Aparentemente, ninguém tem sido poupado: desde o 18.o Congresso Nacional do PCC, foram investigados pelo menos 240 altos quadros e mais de um milhão de funcionários em níveis mais baixos da hierarquia.

As avaliações internas têm mostrado resultados: mais de 50 por cento dos processos relativos a pessoas sob a alçada da Administração Central foram desencadeados por inspectores da Comissão Central para a Inspecção da Disciplina.

O partido lançou ainda uma série de campanhas nos últimos anos, com destaque para a aproximação à população e o combate aos excessos cometidos por funcionários.

Zhang Weiwei, director do Instituto de Estudos da China, destaca que, em termos internacionais, as incertezas que hoje se vivem fazem com que se questione a definição da legitimidade da governação. “Neste contexto, a quase centenária sabedoria do PCC e as suas práticas podem ser cada vez mais relevantes”, remata.

4 Jul 2017

Jogo | Lawrence Ho desiste de Espanha

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Melco International Development decidiu não concorrer a uma licença para um casino perto de Barcelona, em Espanha. Em comunicado, a empresa explica que a desistência tem que ver com o facto de a operadora ter assumido compromissos para o desenvolvimento de outros projectos.

O site GGRAsia recorda que a data para a entrega das candidaturas ao Governo da Catalunha terminou na passada sexta-feira, depois de vários atrasos no processo. No ano passado, o plano para o “Complejo Turístico y Recreativo de Vila-Seca y Salou” foi revisto, tendo sido feito um corte na dimensão do projecto.

Apesar de ter preferido não concorrer em Espanha, a empresa liderada por Lawrence Ho assegura que a expansão global continua a ser “uma estratégia importante”. O grupo – que lidera a Melco Resorts and Entertainment – tem investimentos em Macau, nas Filipinas e na Rússia. Na semana passada, anunciou que um consórcio de que faz parte ganhou uma licença para desenvolver um casino-resort em Chipre.

A Melco está ainda a expandir o City of Dreams em Macau e o resort Tigre de Cristal na Rússia. Depois, é um dos operadores interessados numa licença no Japão. Numa conferência de investidores realizada este ano em Tóquio, Lawrence Ho garantiu que a sua empresa “gastará o que for necessário” para garantir uma licença no mercado nipónico.

4 Jul 2017

Seminário | Macau reflecte sobre alterações climáticas e ambiente

Começa amanhã no território um seminário de três dias sobre o pacto internacional que visa dar uma resposta global às alterações climáticas. A análise ao Acordo de Paris traz a Macau José Eduardo Martins, ex-secretário de Estado do Ambiente de Portugal

[dropcap style≠’circle’]F[/dropcap]actos: o Acordo de Paris entrou em vigor em 4 de Novembro de 2016 e a China é uma das partes signatárias deste entendimento internacional, que tem como objectivo dar uma resposta global e eficaz à ameaça urgente das alterações climáticas. Porque Macau não deve passar ao lado de questões desta dimensão e importância, o Centro de Formação Jurídica e Judiciária e o Instituto de Estudos Europeus de Macau decidiram organizar um seminário sobre a matéria.

A iniciativa arranca amanhã e prolonga-se até sexta-feira. Conta com dois oradores convidados: José Eduardo Martins, advogado, ex-secretário de Estado do Ambiente e ex-secretário de Estado de Desenvolvimento Regional de Portugal; e Julian Laurent Chaisse, professor da Faculdade de Direito da Universidade Chinesa de Hong Kong.

A acção de formação encontra-se dividida em três módulos. Amanhã, recorda-se o “Longo Caminho para Paris, o que aprendemos em cada Conferência das Partes e o que não devemos esquecer ao executar o Acordo de Paris”. Vão ainda ser abordadas as alterações climáticas e transacções económicas.

Na quinta-feira, vão estar em análise questões como a regulação ambiental e alterações climáticas, marcos regulamentares europeus e potencialidades de réplica, sendo que num segundo painel se vai falar sobre alterações climáticas e direito comercial.

Na sexta-feira, o programa abre com uma sessão sobre energia renovável, regulação e mercados globais. O seminário fecha com um debate em torno de alterações climáticas e investimento.

O seminário está inserido no programa de cooperação na área jurídica entre a RAEM e a União Europeia, que vai já na terceira edição.

4 Jul 2017

Pequim envia navios para o Mar do Sul após incursão dos EUA

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês confirmou ontem o envio de navios militares e aviões de combate para o Mar do Sul da China, depois da incursão no domingo de um contratorpedeiro norte-americano perto de uma das ilhas Paracel. A operação foi uma “séria provocação política e militar” disse o comunicado, emitido na noite de domingo, citando o porta-voz do Ministério, Lu Kang, acrescentando que a China enviou navios de batalha e aviões de caça para advertir o Stethem.

“A China destacou navios militares e aviões de combate para colocar sobreaviso o contratorpedeiro norte-americano”, disse na noite de domingo Lu Kang, num comunicado. “A China insta os Estados Unidos a porem fim imediato a este tipo de operações provocatórias que violam a soberania do país e ameaçam a segurança”, acrescentou.

Essa foi a segunda “operação de liberdade de navegação” conduzida durante o governo do presidente Donald Trump, após um teste feito no final de Maio no qual um navio de guerra norte-americano navegou a 12 milhas náuticas de uma ilha artificial chinesa no Mar do Sul da China.

As declarações do governo chinês foram feitas depois de ser conhecida a incursão no domingo de um contratorpedeiro norte-americano em frente à ilha Trinton, uma das ilhas Paracel, ou Xisha, na designação em chinês, e que Pequim considera estarem sob a sua soberania.

De facto, um navio de guerra norte-americano aproximou-se no domingo da ilha, alvo de disputa entre China, Taiwan e Vietname, numa operação que tinha como objectivo desafiar as reivindicações concorrentes de todas as três nações, disse uma autoridade do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. O USS Stethem, um destroier de mísseis teleguiados, navegou a 12 milhas náuticas da ilha Triton. A operação foi relatada inicialmente pela Fox News, no domingo.

Apesar de os Estados Unidos e a China terem acordado posições após a reunião entre o Presidente norte-americano, Donald Trump, e o homólogo chinês, Xi Jinping, na Flórida, as tensões entre ambos no Mar do Sul da China continuam a ser recorrentes.

O conflito das Paracel remonta aos anos 1970, mas aumentou de intensidade nos últimos anos, coincidindo com uma maior implicação dos Estados Unidos na disputa.

A China tomou o controlo das Paracel em 1974, depois de vencer uma batalha naval contra o então denominado Vietname do Sul.

4 Jul 2017

Imobiliário | Arrefecimento vai afectar crescimento da economia

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] arrefecimento do mercado imobiliário na China, estimulado pelas autoridades para evitar uma bolha imobiliária, vai ter consequências negativas para a economia no segundo semestre e em 2018, disse ontem a agência de notação Fitch.

O mercado imobiliário vai continuar provavelmente a arrefecer em resposta às maiores restrições para a compra de casa em muitas cidades e a condições mais difíceis para o crédito, indicou a Fitch num relatório.

“O imobiliário é o sector cíclico chave na economia chinesa e vai influenciar o crescimento na segunda metade do ano”, afirmou.

A Fitch insistiu que o arrefecimento se deve às políticas públicas, já que as autoridades querem evitar a “excessiva ebulição no mercado”.

As restrições, sobretudo nas principais cidades, têm estado centradas em questões como o aumento do pagamento inicial ou limitações à aquisição da segunda casa pela população.

Além disso, a crescente atenção das autoridades à redução do excessivo endividamento e dos riscos financeiros conduziu a um aumento dos juros, o que também contribuiu para o abrandamento, acrescentou.

A Fitch considerou que o arrefecimento imobiliário vai causar a estabilização das vendas durante a segunda metade do ano e considera provável que os preços baixem nesse mesmo período.

Os preços nas principais cidades chinesas (Pequim, Xangai ou Cantão) subiram 90% nos últimos quatro anos, bastante acima dos 10-25% em cidades menos importantes, adiantou.

A agência considerou que a estabilização do mercado vai ter um impacto sobre toda a economia chinesa, já que o investimento na habitação representa aproximadamente 10% do produto interno bruto do país.

A Fitch previu que, devido ao período de geração do efeito, o crescimento da economia chinesa seja inferior a 6% durante 2018.

4 Jul 2017

Pequim vai garantir aplicação firme de “Um País, Dois Sistemas”

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Presidente chinês sublinhou que Pequim vai garantir a aplicação “com firmeza” do princípio “um país, dois sistemas” em Hong Kong.

O Governo de Hong Kong “deve manter-se fiel a esta direcção e respeitar integralmente” aquele princípio, afirmou Xi Jinping, perante mais de dois mil convidados que assistiram, momentos antes, à cerimónia de posse da chefe do Executivo, Carrie Lam, primeira mulher a desempenhar o cargo.

Este conceito foi criado para defender a unidade do país e qualquer desafio à soberania ou apoio à oposição representa uma ruptura do princípio “um país, dois sistemas”, acrescentou Xi. “Qualquer tentativa que ponha em perigo a soberania e segurança da China, desafie o poder do Governo central e a autoridade da Lei Básica de Hong Kong ou usar Hong Kong para infiltrações ou actividades de sabotagem contra a China é um acto que passa a linha vermelha é absolutamente inadmissível”, declarou. ”. A questão da soberania, lembrou, não esteve em discussão durante as negociações com Londres.

Xi Jinping defende ainda que é importante manter a estabilidade social: “Hong Kong é uma sociedade plural.” Por isso, observou, “não surpreendem as diferentes opiniões ou mesmo grandes diferenças em questões específicas”.  Ainda assim, “fazer de tudo política, ou deliberadamente criar diferenças e provocar a confrontação, não vai resolver problemas”.

O presidente diz que o Governo Central está preparado para o diálogo com quem “ame o país, Hong Kong e que apoie, genuinamente, o princípio ‘um país, dois sistemas’, não importa a posição política” dos interlocutores.

Xi Jinping considerou que o princípio “um país, dois sistemas” foi a melhor solução para Hong Kong e que, há vinte anos, “acabou um passado de humilhação”. O respeito e aplicação do princípio “um país, dois sistemas” responde às necessidades da população de Hong Kong, de manter a prosperidade e estabilidade de Hong Kong, serve os interesses fundamentais da nação e as aspirações partilhadas de todos os chineses, disse, de acordo com a agência noticiosa chinesa Xinhua.

Mas o Governo de Hong Kong deve fazer mais para responder aos desafios colocados pela economia, habitação, segurança e aumentar a educação patriótica, considerou. Xi Jinping ofereceu a ajuda e força económica da China como “uma oportunidade” para revitalizar Hong Kong, numa altura em que o preço das habitações é incomportável para os residentes e a competitividade internacional do território diminuiu. “Criar deliberadamente divergências políticas e provocar a confrontação não vai resolver os problemas. Pelo contrário, só vai impedir gravemente o desenvolvimento económico e social de Hong Kong”, advertiu.

Ontem, o Presidente chinês terminou a sua visita de três dias a Hong Kong, com uma inspecção aos trabalhos da futura ponte Hong Kong-Macau-Zhuhai, indicou a Rádio Televisão de Hong Kong (RTHK). Este mega-projecto, que se prevê ser a maior travessia do mundo sobre o mar, tem registado derrapagens orçamentais e acidentes industriais e, no mês passado, o governo de Hong Kong anunciou que a empresa contratada para realizar testes de segurança ao betão usado na ponte apresentou mais de 200 resultados falsificados.

Depois da visita à ponte, Xi dirigiu-se ao aeroporto de Chek Lap Kok, tendo deixado o território cerca da 13:00, a bordo de um avião da Air China.

 

Nova chefe do Executivo empossada

O Presidente chinês, Xi Jinping, empossou no sábado a nova chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, primeira mulher a exercer o cargo. Em seguida, os titulares dos principais cargos do governo prestaram juramento perante Carrie Lam, sob o olhar do Presidente da China. Mais de dois mil convidados assistiram à cerimónia de investidura do quinto executivo da Região Administrativa Especial de Hong Kong desde transferência de soberania do Reino Unido para a China, em Julho de 1997. O chefe do Executivo de Macau, Chui Sai On, estava entre os convidados oficiais.

Durante a manhã, decorreu a cerimónia do hastear das bandeiras da China e de Hong Kong, a marcar o 20.º aniversário da transferência, na praça Bauhinia, no centro da cidade.

Novos acordos económicos e culturais

Pequim e Hong Kong assinaram este fim de semana acordos sobre investimento e cooperação económica e técnica (Ecotech) no marco do Acordo de Parceria Económica entre a Parte Continental e Hong Kong (CEPA, em inglês). Segundo o acordo de investimento, a parte continental está comprometida a oferecer tratamento mais favorável a Hong Kong. Hong Kong também pode gozar de tratamento preferencial nos sectores de carga marítima, produção de aviões e exploração de energia. O acordo sobre Ecotech assinala especialmente o apoio da parte continental a Hong Kong na participação da iniciativa Uma Faixa, uma Rota.

O presidente Xi também participou da cerimónia de assinatura de um acordo de cooperação para o desenvolvimento do Museu do Palácio de Hong Kong. Segundo o acordo, a cooperação estende-se a áreas como a exibição de relíquias, formação de pessoal e trocas de pessoas. Assim, a colecção de obras de arte do Museu do Palácio será exibida no Museu do Palácio de Hong Kong.

Xi mostrou grande interesse no desenvolvimento cultural e artístico de Hong Kong, e foi informado sobre o planeamento do Distrito Cultural de Kowloon Ocidental e sobre a selecção e construção do local do Museu do Palácio de Hong Kong.

“O distrito não apenas oferecerá aos residentes locais um conveniente local cultural e de entretenimento, mas também favorecerá o desenvolvimento da indústria cultural e de inovação na RAEHK”, assinalou Xi. O presidente disse esperar que a RAEHK possa “impulsionar a cultura tradicional, desempenhar seu papel como uma plataforma que facilite as trocas culturais entre a China e o Ocidente e promover os intercâmbios e a cooperação culturais com a parte continental”.

Xi também assistiu a algumas selecções de ópera cantonense interpretadas por crianças. O presidente comentou que as formas de cultura tradicional, incluindo a ópera cantonense, apresentam novas oportunidades de desenvolvimento depois do retorno de Hong Kong à pátria. O presidente chinês incentivou ainda os actores de Hong Kong e da parte continental a realizar mais trocas e aprender uns com os outros.

Presidente inspecciona guarnição do ELP

O presidente chinês Xi Jinping inspecionou na sexta-feira a guarnição do Exército de Libertação Popular (ELP) na Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK) no quartel de Shek Kong, na véspera do 20º aniversário do retorno de Hong Kong à China. Xi, também secretário-geral do Comité Central do Partido Comunista da China e presidente da Comissão Militar Central, analisou as tropas com a companhia de Tan Benhong, comandante da Guarnição do ELP na RAEHK. Mais de 3100 oficiais e soldados participaram da actividade e mais de 100 equipamentos militares, incluindo mísseis de defesa aérea e helicópteros, foram exibidos. Cerca de quatro mil espectadores de todos os sectores da sociedade em Hong Kong compareceram como espectadores.

3 Jul 2017

Grande Baía | Chui Sai On em Hong Kong para selar acordo

Chui Sai On esteve presente no fórum que serviu para a assinatura de um acordo-quadro para o desenvolvimento do projecto da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, ao lado de Carrie Lam e do presidente Xi Jinping

[dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]o dia em que o novo Executivo de Hong Kong tomou posse, foi assinado um novo acordo que promete fomentar o desenvolvimento do projecto de integração regional Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau.

Ao lado de Carrie Lam, Chefe do Executivo de Hong Kong, e de Xi Jinping, presidente chinês, Chui Sai On, Chefe do Executivo da RAEM, testemunhou a assinatura de um acordo firmado pelo director da Comissão Nacional para o Desenvolvimento e Reforma, He Lifeng, bem como pelo governador da província de Guangdong, Ma Xingrui.

No seu discurso, Chui Sai On enumerou quatro “trabalhos prioritários a desenvolver pela RAEM”, que se centram “na iniciativa que visa o reforço da comunicação com o Governo Central”, para que haja “uma melhor integração de Macau no desenvolvimento nacional”.

O Executivo local quer ainda fomentar “o empenho na construção de Macau”, com vista à diversificação económica e a participação na política “Uma Faixa, Uma Rota”.

Chui Sai On disse ainda que deseja “um aprofundamento da integração de Macau no desenvolvimento de Guangdong e de Hong Kong”. “Persistimos na complementaridade de vantagens e na cooperação para alcançar benefícios mútuos”, referiu ainda.

O Chefe do Executivo disse ainda no fórum, realizado em Hong Kong, que pretende que haja uma “utilização activa dos recursos de todas as partes”.

Vem aí o desenvolvimento

Na visão do Chefe do Executivo de Macau, o projecto da Grande Baía “irá facultar maiores oportunidades de desenvolvimento” e “elevar a sensação de felicidade das populações”, sem esquecer a existência de uma “ampla e intensa cooperação nos vários domínios”.

São eles a “construção de infra-estruturas”, uma aposta na economia, comércio, tecnologia e inovação, sem esquecer “a boa qualidade de vida e a cooperação internacional”, acrescentou Chui Sai On.

Para o Chefe do Governo, o projecto da Grande Baía será “uma zona piloto de desenvolvimento integrado entre o Interior da China, Hong Kong e Macau”, bem como “uma região metropolitana de nível mundial, com condições ideais de vida, de trabalho e para viajar”.

Ainda assim, Chui Sai On deixou bem claro que o objectivo é o “prosseguimento da grande causa ‘Um País, Dois Sistemas”.

O fórum contou com a presença de 300 convidados, incluindo CY Leung, ex-Chefe do Executivo de Hong Kong que assumiu o cargo de vice-presidente da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês. A delegação de Macau contou com a presença do secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, bem como de outras personalidades do Governo.

3 Jul 2017

Chui Sai On teve encontro líderes de Guangdong

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Chefe do Executivo, Chui Sai On, teve ontem um encontro com o secretário do Comité Provincial de Guangdong do Partido Comunista Chinês (PCC), Hu Chunhua, e o governador de Guangdong, Ma Xingrui, em Santa Sancha, no qual fizeram um balanço sobre a cooperação entre Guangdong e Macau e trocaram opiniões para a implementação do «Acordo-Quadro para o reforço da cooperação Guangdong – Hong Kong – Macau e promoção da construção da Grande Baía».

Chui Sai On, dirigindo-se a Hu Chunhua, referiu que, desde o estabelecimento da RAEM, Guangdong, “uma província irmã importante, tem sido uma âncora forte para o desenvolvimento de Macau”, facto que se reflecte, particularmente, “na cooperação bilateral em termos de abastecimento de água, energia eléctrica e produtos alimentares, bens essenciais para a população”.

Por sua vez, Hu Chunhua sublinhou a enorme satisfação pelo presidente Xi Jinping ter testemunhado, em Hong Kong, a celebração do «Acordo-Quadro para o reforço da cooperação Guangdong – Hong Kong – Macau e promoção da construção da Grande Baía» assinado pela Comissão Nacional para o Desenvolvimento e Reforma, governos de Guangdong, Hong Kong e Macau.

Hu lembrou que tanto o presidente do país como o relatório de trabalho do Governo Central salientaram claramente a necessidade de promover a construção da Grande Baía e, por isso, esta sua deslocação ao território tem o objectivo de negociar com a RAEM a aplicação do Acordo-Quadro sobre esta matéria.

Hu disse ainda esperar que os trabalhos relativos à construção da Grande Baía sejam bem executados, por forma a concretizar em conjunto as políticas do Governo Central e, através da qual, impulsionar o desenvolvimento destas três regiões.

Entretanto, Chui Sai On afirmou que o desenvolvimento da Grande Baía desperta uma atenção geral e, por isso, o governo irá fundir a cooperação Guangdong-Macau com a construção da Grande Baía, bem como manter uma comunicação com os governos de Guangdong e Hong Kong e a Comissão Nacional para o Desenvolvimento e Reforma, com a finalidade de concretizarem juntos os diversos trabalhos no âmbito da construção da Grande Baía e torná-la numa zona económica dinâmica e num sítio com condições de vida de excelência.

3 Jul 2017