Hoje Macau SociedadeMetro Ligeiro | GIT diz que foram definidas sanções para empresa [dropcap style≠’circle’]H[/dropcap]o Cheong Kei, coordenador do Gabinete para as Infra-estruturas de Transportes (GIT) respondeu a uma interpelação da deputada Song Pek Kei garantindo que já estão definidas sanções a aplicar à concessionária pública que vai operacionalizar o metro ligeiro. “Foram definidos, no contrato de prestação de serviços celebrado com a MTR (Macau), os critérios de avaliação do seu desempenho e as cláusulas sancionatórias a implementar nas situações em que não estejam em conformidade com as exigências de trabalho. O Governo e a futura Companhia de Operação do Metro Ligeiro irão proceder, periodicamente, à avaliação dos trabalhos efectuados pela MTR (Macau), para que fiscalize, de forma rigorosa, a referida empresa”, pode ler-se. Além disso, o GIT garante que será o Executivo a definir os valores dos bilhetes, sendo que ainda não há uma decisão final quanto ao valor. “O Governo irá estabelecer o regime tarifário do metro ligeiro. Posteriormente, com a coordenação da operadora, e tendo em conta variados factores em análise, serão definidos os preços finais dos bilhetes.” No que diz respeito ao recrutamento de recursos humanos, o GIT garante que não haverá dificuldades a este nível. “A operadora do metro ligeiro também elaborará planos específicos de recrutamento e formação de pessoal, entre os quais irá garantir a participação do pessoal local, melhorar o seu domínio técnico e preparar o caminho para o desenvolvimento gradual do metro ligeiro.” O Governo deposita também esperança na entrada em vigor do novo regime do ensino superior, em Agosto deste ano, para que se possam suprimir eventuais dificuldades a este nível. “A nova lei do ensino superior irá entrar em vigor em Agosto de 2018, o que irá criar condições para permitir às instituições do ensino superior estabelecer, de forma mais flexível, cursos de diferentes tipos, acreditando-se que isto as ajudará a se articular com os trabalhos de formação de pessoal da operadora do metro ligeiro conforme as necessidades.”
Hoje Macau China / ÁsiaXi Jinping saúda alargamento de fórum regional à Índia e Paquistão [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Presidente chinês, Xi Jinping, saudou a entrada da Índia e do Paquistão na Organização de Cooperação de Xangai, cuja reunião decorreu em contraste com a cimeira do G7. Xi deu as boas-vindas ao primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e ao Presidente do Paquistão, Mamnoon Hussain, afirmando que a presença destes é de “um grande significado histórico”. O líder chinês falava durante a abertura da cimeira da OCX, na cidade portuária de Qingdao, norte da China. Os dois países aderiram àquele bloco como membros permanentes no ano passado. “Mais estados-membros significa mais força para a organização, assim como mais atenção e expectativas dos povos dos países da região e da comunidade internacional”, disse Xi, acrescentando que o país partilha, “também, grandes responsabilidades na manutenção da segurança e estabilidade regionais e na promoção do desenvolvimento e prosperidade”. O bloco liderado por Pequim é visto como uma tentativa de desafiar a ordem global assegurada pelo ocidente. O grupo é dominado pela China e Rússia e inclui ainda o Cazaquistão, Uzbequistão, Quirguistão e Tajiquistão. Fundado em 2001, foi inicialmente concebido como um mecanismo de resolução de disputas fronteiriças, de luta antiterrorismo e, de forma mais implícita, para contrariar a influência norte-americana na Ásia Central, após a invasão do Afeganistão. Nos últimos anos, o fórum ganhou uma componente mais económica, impulsionado pela iniciativa chinesa “Nova Rota da Seda”, um gigante projeto de infraestruturas que visa reativar as antigas vias comerciais entre a China e a Europa através da Ásia Central. O projecto não é bem recebido por todos os membros do bloco, particularmente a Índia, que recusou apoiá-lo. Também a Rússia está cautelosa face à crescente influência da China, pelo que, apesar de ter apoiado a iniciativa, está também a tentar expandir a sua preponderância política e económica na região, através de uma união aduaneira designada União Económica da Eurásia. A China desvalorizou preocupações de que a organização visa projectar a influência de Pequim no exterior. O Global Times, jornal oficial do Partido Comunista Chinês, afirmou em editorial que, ao contrário das organizações ocidentais como a NATO e o G7 (grupo dos sete países mais industrializados do mundo), que procuram “consolidar a ordem económica global favorável ao ocidente”, a Organização de Cooperação de Xangai é inclusiva. “Não se trata de um instrumento para jogos de geopolítica, de procura de hegemonia ou de engrenagem em confrontação internacional”, lê-se. Mas à medida que as disputas comerciais com Washington se agravam, Pequim têm-se aproximado mais de Moscovo e Nova Deli. Na sexta-feira, Xi ofereceu ao presidente russo, Vladimir Putin, a primeira Medalha de Amizade da China, numa cerimónia em Pequim. No sábado, Xi reuniu com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, pela segunda vez em dois meses, tendo assinado acordos comerciais e de partilha de informação sobre as águas do rio Brahmaputra, que corre entre os dois países. A aparição altamente coreografada de Xi Jinping na abertura do fórum, marcou um contraste claro com a cimeira do G7, que terminou no sábado no Canadá, tendo ficado marcada pelas crescentes fricções entre os Estados Unidos e os seus aliados em torno do comércio.
Hoje Macau China / ÁsiaEUA/Coreia do Norte: China “apoia” cimeira mas com “reservas” [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] professor chinês de Relações Internacionais Wang Li afirma que, “no geral”, a China apoia a cimeira entre Coreia do Norte e Estados Unidos, admitindo existirem algumas “reservas” face à aproximação de Pyongyang a Washington. “Apesar de existirem diferentes visões sobre o envolvimento da China na península coreana (…) o papel da China na desnuclearização e estabilidade da região é tido como incontornável”, disse à agência Lusa, dias antes da cimeira, Wang, formado em Ciência Política pela universidade inglesa de Aberdeen, e professor na Universidade de Jilin, província chinesa situada junto à fronteira com a Coreia do Norte. O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o seu homólogo da Coreia do Norte, Kim Jong-un, reúnem-se na terça-feira, em Singapura, num encontro histórico que ocorre depois de, em 2017, as tensões terem atingido níveis inéditos desde o fim da Guerra da Coreia (1950-53), face aos sucessivos testes nucleares de Pyongyang e à retórica beligerante de Washington. Wang sustenta que, apesar de “alguns cépticos” temerem que a cimeira enfraqueça o papel da China e que uma possível reunificação da península coreana venha a constituir uma ameaça para o país a longo prazo, Pyongyang vai continuar a depender de Pequim. “A RPDC [República Popular Democrática da Coreia, nome oficial da Coreia do Norte] precisa da China como tremenda retaguarda estratégica, que funciona desde aliado ideológico, parceiro político, fornecedor de apoio económico e tecnologia, modelo institucional até janela para o mundo exterior”, defende. O académico recorda ainda que Kim Jong-un precisa de uma retaguarda forte na aproximação a Donald Trump, por “motivos simbólicos e reais”. Pequim e Pyongyang combateram lado a lado contra os EUA na Guerra da Coreia e a relação entre os dois países costumava ser descrita como sendo “unha com carne”. Nos mapas chineses impressos até há cerca de 20 anos, a península coreana correspondia a apenas um país, a RPDC, com a capital em Pyongyang. Seul tinha então o estatuto de cidade de província. No entanto, a insistência do regime norte-coreano em desenvolver um controverso programa nuclear levou Pequim a afastar-se do país, consciente que este representava um embaraço para a sua diplomacia e uma fonte de instabilidade regional. No entanto, os dois lados reaproximaram-se, à medida que Kim embarca numa ofensiva diplomática e põe a hipótese da desnuclearização, em troca de garantias de segurança. Em Março passado, Kim Jong-un visitou Pequim e encontrou-se com o Presidente chinês, Xi Jinping, na sua primeira visita ao estrangeiro desde que assumiu a liderança da Coreia do Norte, há mais de seis anos. Menos de dois meses depois, Kim voltou a reunir-se com Xi, na cidade chinesa portuária de Dalian, no nordeste do país, numa cimeira surpresa. Wang explica que a China “precisa de estabilidade e paz nas suas fronteiras”. Caso a península seja pacificada, Pequim “pode então concentrar as suas energias” no Mar do Sul da China, que reclama quase na totalidade – apesar dos protestos dos países vizinhos -, e em Taiwan, cujos laços com o continente se deterioraram desde a eleição da Presidente Tsai Ing-wen, pró-independência, afirma Wang. Outra vantagem no regresso ao diálogo na península é “a promoção da imagem da China como mediadora da paz e grande potência responsável”, diz o académico, numa altura em que Pequim abdica do tradicional perfil discreto na cena internacional e reclama a liderança na governação de questões globais. “A China é o principal país a defender o diálogo a seis na península”, que envolve ainda Rússia, EUA, Japão, Coreia do Sul e Coreia do Norte, “se essa proposta avançar, será verdadeiramente um grande sucesso para a imagem internacional da China”, conclui Wang.
Hoje Macau SociedadeLai Chi Vun | Alexis Tam promete continuar a ouvir opiniões [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura de Macau anunciou que vai continuar a ouvir opiniões sobre a conservação dos estaleiros navais de Lai Chi Vun, depois de o Conselho de Património Cultural se ter manifestado contra. De acordo com um comunicado, Alexis Tam disse que “vai continuar a ouvir opiniões de mais peritos” e que o “relatório final da consulta pública será conhecido na próxima semana”. O anúncio surge dois dias depois do conselho do Património Cultural de Macau manifestar-se publicamente contra a classificação dos estaleiros navais de Lai Chi Vun. A posição foi dada a conhecer na quarta-feira pela presidente do Instituto Cultural (IC), Mok Ian Ian. O secretário referiu que os “residentes desconhecem a diferença entre a classificação e o aproveitamento dos estaleiros navais, pelo que vai convidar especialistas e académicos a pronunciarem-se sobre o tema”. As opiniões recolhidas pelo IC durante a consulta pública indicam que 80% mostrou-se a favor da classificação do local e 90% a favor da revitalização, segundo o mesmo responsável. “A classificação dos estaleiros navais implicará a conservação da aparência original dos mesmos, o que poderia impedir outras formas de revitalização”, concluiu. Restam actualmente apenas 12 estaleiros em Lai Chi Vun – de onde o último barco saiu há mais de uma década –, depois de dois terem sido demolidos, em Março do ano passado, por “razões de segurança”, e de um outro ter sido arrasado, em agosto, pela passagem do tufão Hato, o mais forte em mais de meio século.
Hoje Macau China / ÁsiaDennis Rodman pode participar na cimeira entre Trump e Kim [dropcap style=’circle’] O [/dropcap] antigo jogador da NBA e concorrente do “The Celebrity Apprentice”, apresentado por Donald Trump, pode ser o elemento surpresa no histórico encontro entre os líderes norte-americano e norte-coreano, que se realiza no dia 12 de Junho, em Singapura. Rodman visitou a Coreia do Norte cinco vezes e é um improvável amigo de Kim Jong-un, uma vez que o líder do país mais isolado do mundo é um fã da NBA, em particular dos Chicago Bulls. A presença de Rodman no encontro não foi oficialmente confirmada por nenhuma das partes, mas uma fonte explicou ao The New York Post que “muitas vezes, em casos diplomáticos complexos, os países procuram encontrar embaixadores de boa vontade [que ajudem na aproximação”. “Quer se goste ou não, Dennis Rodman preenche todos os requisitos”, disse a mesma fonte ao referido jornal. Outro dos agentes da ex-estrela da NBA, Chris Volo, que acompanhou Rodman em quatro das cinco visitas realizadas a Pyongyang, revelou ao The Washington Post que o jogador “adorava ir, mas que existem alguns detalhes logísticos a tratar antes de confirmar a viagem”. Volo referiu ainda que acredita que Dennis Rodman ficaria muito feliz perante a oportunidade de marcar presença na cimeira de Singapura, para “prestar apoio moral”. O polémico ex-atleta é um dos poucos ocidentais com “livre acesso” à Coreia do Norte. A primeira das cinco vezes que visitou Pyongyang foi em 2013 e, na altura, considerou o líder norte-americano “um amigo para a vida”. Rodman descreveu sempre as suas viagens como sendo “diplomacia de basquetebol” e, em Junho do ano passado, disse que “tentava apenas abrir a porta” a um entendimento entre os dois países com a sua presença na Coreia do Norte. O fascínio da família Kim com a NBA já tem alguma história. Há 18 anos, no final de uma histórica visita à Coreia do Norte, a secretária de Estado norte-americana, Madeleine Albright, ofereceu a Kim Jong Il, pai do actual líder, uma prenda inesperada: uma bola de basquetebol assinada por Michael Jordan, a icónica estrela dos Chicago Bulls. O agente de Dennis Rodman, Darren Prince, revelou ontem à CNN que apesar de “ainda não haver planos, ou voos marcados” o antigo jogador de basquetebol está a considerar viajar para Singapura, até porque é a única pessoa no mundo que conhece os dois chefes de Estado.
Hoje Macau China / ÁsiaSecretas | “Ataque acústico” levam EUA a retirar funcionários da China [dropcap style=’circle’] O [/dropcap] s Estados Unidos retiraram vários funcionários governamentais de Cantão, sul da China, depois de testes médicos terem revelado sintomas semelhantes aos causados pelos “ataques acústicos” em Cuba, no ano passado, informou o Departamento de Estado. A porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert, revelou que “várias pessoas” foram levadas para os EUA, para além de uma outra que anteriormente registou sintomas semelhantes. Os funcionários foram retirados juntamente com as famílias depois de um segundo caso de um funcionário do consulado em Cantão ter sentido dor de cabeça, sonolência e náuseas, levando Washington a enviar uma equipa médica para realizar análises. A China reafirmou ontem que “não encontrou causas ou pistas” sobre possíveis ataques a diplomatas dos EUA no país. “Há pouco, num outro caso de um diplomata norte-americano, a China realizou investigações e informou os EUA de que não encontramos sequer pistas” de que se trata de um ataque deliberado, afirmou ontem a porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Hua Chunying, em conferência de imprensa. Alerta sonoro No primeiro caso, ocorrido no mês passado, um alerta de saúde emitido pela embaixada norte-americana em Pequim revelava que “um funcionário do Governo dos EUA reportou recentemente sensações subtis e vagas, mas anormais, de ruído e pressão”. Hua disse que o segundo alegado caso não foi sequer oficialmente notificado à diplomacia chinesa. “Se há realmente algum problema, esperamos que os EUA possam comunicá-lo directamente, para que a China adopte uma atitude responsável e investigue”, acrescentou. O Departamento de Estado comparou estes casos com os ocorridos, no ano passado, com 24 diplomatas norte-americanos e respectivos familiares estacionados em Cuba, que experimentaram misteriosos “ataques acústicos”, que provocaram sintomas como perda auditiva, náuseas, tonturas, dor facial, dor abdominal, problemas cognitivos e danos cerebrais. No caso de Cuba, a imprensa norte-americana escreveu mais tarde que o FBI não conseguiu determinar a causa dos sintomas, apesar das acusações de Washington. Funcionários do Departamento de Estado insistiram, no entanto, que as pistas apontavam todas para um ataque coordenado.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Presidente Russo visita Pequim para reforçar laços [dropcap style=’circle’] O [/dropcap] Presidente russo, Vladimir Putin, começa hoje uma visita de Estado à China, um mês depois de iniciar um novo mandato, o que ilustra a reaproximação entre Pequim e Moscovo face à crescente pressão dos Estados Unidos. A Rússia e a China têm reagido à estratégia de segurança nacional norte-americana, que classifica os dois países como os principais rivais dos EUA, com o compromisso de reforçarem a sua cooperação económica, política e militar. A reaproximação entre Pequim e Moscovo é impulsionada pela forte relação pessoal entre Putin e o Presidente da China, Xi Jinping, considerado o líder chinês mais forte desde Mao Zedong, o fundador da República Popular. Os dois líderes reuniram já por 25 vezes, cinco das quais no ano passado. Sublinhando a sua relação próxima com Xi, Putin afirmou a uma emissora estatal chinesa que o Presidente chinês é o único líder mundial que ele já convidou para a sua festa de aniversário. “Bebemos um ‘shot’ de vodka e comemos umas salsichas no final de um dia de trabalho”, afirmou Putin, na entrevista difundida na quarta-feira. O líder russo considerou Xi um “parceiro agradável” e “um amigo de confiança”. Os dois líderes reforçaram o autoritarismo nos respetivos países para travarem qualquer oposição às suas lideranças. Xi emendou a constituição para poder permanecer no poder sem limite de mandatos, enquanto Putin, o líder russo há mais tempo no poder desde Josef Stalin, acabou de ser reeleito para o sexto mandato. Moscovo depende cada vez mais do comércio e investimento chineses, após uma vaga de sanções impostas pelos países ocidentais atingir o seu sector energético e indústrias militares e limitar o acesso do país aos mercados financeiros mundiais. Unidos contra os estados “Durante a última década, desenvolvemos as relações para um nível sem paralelo no mundo actual”, afirmou Putin na entrevista. “Estas relações são baseadas na consideração de interesses mútuos”, afirmou. Entretanto, as fricções entre a China e os EUA agravaram-se, face a uma possível guerra comercial e às críticas de Washington à reclamação por Pequim da soberania do Mar do Sul da China. “Tudo o que os EUA fazem para tentar sancionar a Rússia e restringir a China levam os dois países a elevar a cooperação a todos os níveis”, afirmou Li Xin, director do Centro de Estudos da Rússia e Ásia Central do Instituto de Estudos Estrangeiros de Xangai, citado pela agência Associated Press. A Rússia e a China alinharam já posições nas Nações Unidas, ao oporem-se a uma intervenção na Síria e anularem tentativas de criticar as violações dos direitos humanos pelos dois países. Moscovo apoia a oposição de Pequim à navegação da marinha norte-americana no Mar do Sul da China. Ambos os países realizaram já exercícios militares conjuntos, incluindo no Báltico. A Rússia partilhou também com a China alguma da sua tecnologia militar mais avançada. No nível económico, no entanto, a cooperação segue aquém da cooperação política e no âmbito da segurança. A China é o principal parceiro comercial da Rússia, enquanto a Rússia surge em décimo lugar entre os parceiros de Pequim. O comércio bilateral fixou-se, em 2017, em 90 mil milhões de dólares. Em comparação, as trocas comerciais entre Pequim e Washington ascenderam a 636 mil milhões de dólares, no mesmo período, com os EUA a registaram um deficit de 375,2 mil milhões de dólares.
Hoje Macau PolíticaPearl Horizon | Grupo de 27 deputados enviou cartas à Polytex [dropcap style=’circle’] O [/dropcap] s legisladores continuam a apoiar os promitentes-compradores do empreendimento Pearl Horizon e ontem a empresa Polytex recebeu duas cartas com assinaturas de deputados. Um total de 27 deputados assinou uma carta entregue à Polytex, empresa responsável pelo empreendimento Pearl Horizon, a exigir a devolução do dinheiro aos promitentes-compradores das fracções. Entre os membros da Assembleia Legislativa, apenas Ho Iat Seng, presidente, Chui Sai Cheong, vice-presidente, Kou Hoi In, Chan Chak Mo, Sulu Sou e Leong Sun Iok não deixaram a sua assinatura no documento. “Pretendemos que a empresa assuma as responsabilidades no âmbito contratual e resolva o problema dos promitentes-compradores, pagando o que está nos termos legais”, começou por explicar o deputado José Pereira Coutinho, em declarações ao HM. “Até hoje [ontem] o valor do sinal não foi pago pela Polytex. Eles têm de cumprir as suas obrigações legais e pagar o dobro do sinal. Se já houver contratos-promessa, e presumo que não existam, a Polytex vai ter de assumir as suas responsabilidades e dar uma casa às pessoas”, acrescentou. O Pearl Horizon era para ser um empreendimento de luxo, que acabou por não ser construído, uma vez que o prazo de aproveitamento do terreno expirou, sem que a obra tivesse sido concluída. “A Polytex beneficiou muito durante a Administração Portuguesa, conseguiu ‘reinados’ com a promessa de que ia construir edifícios industriais, onde ia colocar fábricas. Foi tudo uma tetra, que está a ser desmascarada pouco a pouco. É uma empresa que ganhou imenso com o ‘açambarcamento’ dos terrenos que conseguiu na Administração portuguesa”, considerou o legislador ligado à Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau. “A infelicidade dos compradores foi terem confiando num empresa, vista como muito grande. Agora as pessoas estão em dificuldades”, sublinhou. Por sua vez, a empresa Polytex queixa-se que não teve tempo para finalizar os trabalhos devido aos atrasos do Governo na aprovação das licenças para as obras. Coutinho aponta que mesmo que a empresa tenha razão, que isso não justifica que não assuma as suas responsabilidades. “Não há contradição porque o que estamos a exigir é que a empresa cumpra as obrigações legais. São obrigações contratuais, que significam o pagamento do dobro do sinal”, apontou. Segunda carta Além do documento com 27 assinaturas, houve uma outra carta com o mesmo destinatário, que contou também com a assinatura de legisladores. Neste caso os signatários foram José Pereira Cotuinho, Agnes Lam, Au Kam San, Ng Kuok Cheong e Zheng Anting. Contudo, já antes do dia de ontem, tinha circulado uma carta entre os promitentes-compradores, enviada pela empresa, que informava as pessoas sobre a existência de um plano para a devolução do dinheiro. “Estou muito contente com o evoluir da situação por saber que há planos de efectuar os pagamentos”, disse Agnes Lam, deputada, ao HM. Também Coutinho considerou esse facto “positivo”, caso se confirme. Ainda ontem, um grupo de proprietários entregou uma carta no Banco da China a pedir para suspender o pagamento dos empréstimos para as habitações do Pearl Horizon, até receber o dinheiro da Polytex. Face a este assunto, José Pereira Coutinho mostrou-se mais cauteloso: “Os montantes eventualmente terão de ser cobrados, mas tudo depende da acção dos accionistas, que podem considerar a situação excepcional”, concluiu o legislador.
Hoje Macau SociedadeCloee Chao volta a pedir bónus para funcionários dos casinos [dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] presidente da Associação Novo Macau para os Direitos dos Trabalhadores do Jogo, Cloee Chao, entregou ontem uma carta na sede do Executivo onde exige que as operadoras de jogo atribuam bónus aos trabalhadores dos casinos. A responsável, a trabalhar como croupier, lembrou que as receitas brutas dos casinos de Maio chegaram às 25,4 mil milhões de patacas, um valor que representa um crescimento de 12,1 por cento em relação ao período igual do ano anterior, de acordo com os dados oficiais. Contudo, a presidente da associação lamenta que, apesar desse aumento dos lucros, as regalias dos funcionários tenham vindo a decair nos últimos anos. “Em 2014, as operadoras anunciaram a atribuição de um bónus, equivalente ao 14º salário. Este ano, já estamos em Junho e ainda não houve divulgação do bónus relativo ao mês de Julho.” Cloee Chao teme que o bónus possa ser anulado a partir deste ano. Na carta que entregou na sede do Governo, a dirigente associativa dá conta dos receios dos trabalhadores quanto à possibilidade das suas regalias terem diminuído nos últimos anos devido a falhas de gestão do Executivo. “Como o negócio do jogo é concessionado pelo Governo, as autoridades têm a obrigação de fiscalizar as operadoras, nomeadamente quanto às promessas que foram feitas”, frisou. Entretanto, a Sands China anunciou ontem a atribuição de um bónus aos funcionários “qualificados” a 31 de Agosto, equivalente a um mês de salário e com o limite de 50 mil patacas. A operadora disse ainda, segundo o canal chinês da Rádio Macau, que a grande maioria dos trabalhadores será beneficiada com esta medida.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Resgatados 23 mineiros após explosão que fez 11 mortos [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m total de 23 trabalhadores foram resgatados com vida após uma explosão numa mina de ferro, na província chinesa de Liaoning, no nordeste do país, que fez pelo menos 11 mortos, noticiou ontem a imprensa estatal. A explosão ocorreu na terça-feira às 16h10 à entrada da mina, na cidade de Benxi, depois de os mineiros atirarem explosivos pelo poço da mina, a cerca de mil metros de profundidade, indicou a agência noticiosa oficial Xinhua. A detonação destruiu o sistema de elevação da mina e deixou 25 mineiros presos, a maioria dos quais foi resgatada durante a madrugada de ontem. As equipas de resgate continuam a tentar localizar os restantes mineiros. Todos os mineiros resgatados não estão em perigo de vida, apesar de cinco deles terem ferimentos graves e estarem a receber tratamento hospitalar, segundo a Xinhua, que citou as autoridades locais. No ano passado, morreram 375 pessoas em 219 acidentes em minas na China, segundo dados oficiais, o que faz das minas chinesas, sobretudo as de carvão, das mais perigosas do mundo. No início da década passada, o número de mortos em acidentes em minas chinesas chegou a atingir os sete mil por ano. Cerca de dois terços da energia consumida no “gigante” asiático é produzida através da combustão de carvão. Muitos acidentes ocorrem em depósitos que operam ilegalmente e não colocam em prática medidas de segurança básicas.
Hoje Macau China / ÁsiaSite disponibiliza informações de locais “amigos das tatuagens” [dropcap style≠‘circle’]U[/dropcap]m novo site japonês disponibiliza informações sobre banhos termais e praias que permitem a entrada de pessoas com tatuagens no corpo, algo raro num país onde as tatuagens ainda são, muitas vezes, associadas à máfia. A página “Tattoo Friendly” pretende ser uma referência para turistas estrangeiros tatuados que querem ir a hotéis, spas, ou piscinas no Japão, entre outros locais públicos, onde normalmente há restrições de entrada às pessoas com tatuagens. A ideia surgiu porque “a comunicação é difícil devido à língua” e desta forma os turistas podem “aceder a novos conteúdos”, afirmou o criador do site, Miho Kawasaki. O responsável da “Tattoo Friendly” disse ainda não fazer sentido continuar a aplicar medidas “rígidas e restritivas” contra as tatuagens por causa da associação das tatuagens a grupos criminosos, como a ‘yakuza’ (máfia japonesa). O site, lançado em inglês a 28 de Maio, já registou mais de 10.000 visualizações e permite aos utilizadores verem o mapa do arquipélago japonês e verificar as regras de acesso relacionadas com a permissão de tatuagens em vários tipos de estabelecimentos. Kawasaki quer combater os preconceitos e, desta forma, evitar situações difíceis para os turistas, quando confrontados com a proibição de entrada nos locais. Mais de metade dos estabelecimentos termais e banhos públicos no Japão não permitem tatuagens, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Governo nipónico em 2015.
Hoje Macau China / ÁsiaAirbnb suspende grande maioria dos anúncios no Japão [dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] plataforma de arrendamento turístico Airbnb suspendeu ontem a grande maioria dos anúncios no Japão devido a uma nova lei imposta pelo Governo nipónico, que entra em vigor na próxima semana, para supervisionar a actividade. Os proprietários que queiram arrendar as casas através desta plataforma têm de se registar junto das autoridades, um procedimento que muitos ainda não fizeram. Além deste procedimento administrativo, a lei impõe várias restrições, como a limitação do período de arrendamento a 180 noites por ano por habitação. A cidade de Kyoto decidiu que só vai permitir arrendamentos deste tipo em áreas residenciais entre meados de Janeiro e meados de Março, ou seja, fora da temporada turística. Em Tóquio, muitos distritos, como Shinjuku, também tomaram medidas deste tipo. “Neste fim de semana, entrámos em contacto com aqueles que ainda não se registaram e informámos os proprietários que não podem arrendar as casas”, a partir de 15 de Junho, quando a lei entra em vigor, afirmou o porta-voz do Airbnb para a região da Ásia Pacífico, Jake Wilczynski. O representante da Airbnb não indicou o número de utilizadores da plataforma que vão ser afectados, mas os ‘media’ locais informaram que cerca de 80 por cento das mais de 60.000 residências registadas vão ter de encerrar. “Estamos no caminho certo para registar dezenas de milhares de novos anúncios no Japão nos próximos meses”, disse Wilczynski. O número de turistas no Japão tem vindo a aumentar ao longo dos anos e em 2017 o arquipélago recebeu quase 29 milhões de turistas. As autoridades esperam atrair 40 milhões de visitantes estrangeiros em 2020, ano dos Jogos Olímpicos de Tóquio.
Hoje Macau China / ÁsiaRegulador encerra pela primeira vez um operador de moeda virtual no Japão O regulador japonês do sector de criptomoedas vai retirar, pela primeira vez, a permissão de operação de uma correctora de moeda virtual por violação de regulamentos, anunciaram os ‘media’ locais [dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] agência de serviços financeiros do Japão (FSA) decidiu rejeitar o pedido de registo da correctora de criptomoedas FSHO, fundada em 2014, o que na prática significa que vai ter de cessar a atividade. O regulador nipónico tomou esta decisão depois de concluir que a FSHO não aplica os protocolos necessários para verificar a identidade dos utilizadores, de acordo com o jornal económico Nikkei. Esta é a primeira vez que a FSA nega permissão a uma casa de câmbio digital de poder operar, embora no passado já tenha suspendido outras empresas do sector. A FSHO já tinha sido advertida em Março, sendo mesmo forçada a suspender temporariamente a actividade. Esta penalização foi prorrogada em Abril porque a operadora continuou a não aplicar os requisitos de transparência destinados a impedir o branqueamento de dinheiro ou outros crimes financeiros. Regulador atento As autoridades japonesas intensificaram a vigilância deste mercado no país, na sequência de um ataque informático e consequente desaparecimento de 523 milhões da divisa virtual NEM, cujo valor total ascendia a 58 mil milhões de ienes (430 milhões de euros), na maior casa de câmbio de criptomoedas no país, Coincheck. Em 2014, o Japão foi palco do escândalo Mt.Gox, na altura a maior casa de câmbio de criptomoedas, que faliu após o desaparecimento de 850 mil unidades de Bitcoin, num valor estimado de 48 mil milhões de ienes (368 milhões de euros). O Japão é o segundo maior mercado mundial deste tipo de divisas e, em Abril último, passou a ser o primeiro país a reconhecê-las como forma de pagamento e a estabelecer requisitos legais para que as casas de câmbio possam operar de forma segura e para prevenir delitos como o branqueamento de capitais.
Hoje Macau China / ÁsiaÉbola | Governo chinês envia médicos e vacina para República Democrática do Congo [dropcap style≠’circle’]P[/dropcap]equim enviou esta semana uma equipa de médicos chineses para a República Democrática do Congo com uma vacina produzida na China para ajudar na luta contra o ébola, informou ontem o jornal oficial em língua inglesa China Daily. A equipa, composta por quatro especialistas em saúde pública do Centro Chinês de Controlo e Prevenção de Doenças (CCDC, na sigla em inglês) e sete de outras instituições, incluindo a Academia de Ciências Médicas Militares, vai avaliar a situação e ajudar no combate ao vírus. Os especialistas vão permanecer no país durante um mês, segundo o plano inicial, afirmou Gao Fu, director do CCDC, citado pelo China Daily. A vacina, desenvolvida em conjunto pela Academia de Ciências Médicas Militares e a CanSinobio, empresa chinesa encarregue do desenvolvimento e produção de vacinas, foi aprovada em Outubro passado pelo regulador chinês para os medicamentos. A China torna-se assim o terceiro país, a seguir aos Estados Unidos e Rússia, a conceber uma vacina para combater o ébola. A taxa de mortalidade do vírus está fixada entre 25 e 90 por cento, segundo a Organização Mundial de Saúde. O ministério da Saúde da República Democrática do Congo (RDCongo) contabilizou até Sábado 25 mortes por ébola em 53 casos confirmados ou suspeitos. A epidemia teve início a 8 de Maio em Bikoro, junto à fronteira com a República do Congo, 600 quilómetros ao norte de Kinshasa, capital da RDCongo, e atingiu também a cidade de Mbandaka, com 1,2 milhões de habitantes. Trata-se da nona vez que a RDCongo é atingida por uma epidemia de Ébola desde o surgimento da doença no território deste país da África Central em 1976.
Hoje Macau China / ÁsiaFacebook partilhou dados de utilizadores com grupo Huawei O Facebook admitiu ontem ter partilhado dados de utilizadores com quatro empresas chinesas, incluindo o grupo de telecomunicações Huawei, que Washington considera uma ameaça à segurança nacional, agravando a pressão sobre a política de privacidade da empresa [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s fabricantes chineses Huawei, Lenovo, OPPO e TCL estão entre as empresas com quem o grupo partilhou dados, de forma “controlada”, admitiu o vice-presidente do grupo Francisco Varela, em comunicado. A partilha fazia parte de um acordo entre o Facebook e os fabricantes para facilitar o acesso dos utilizadores aos serviços da rede social. A nota surge após uma investigação do jornal The New York Times ter revelado que o Facebook estabeleceu acordos com 60 fabricantes de dispositivos móveis, que tiveram acesso, sem o consentimento explícito, a vários dados pessoais dos utilizadores, como religião, tendências políticas, amigos, eventos e estado civil. O Huawei esteve sob investigação pelo Congresso dos Estados Unidos, que num relatório de 2012 considerou que a firma tem uma relação próxima com o Partido Comunista Chinês. Agências governamentais e o exército norte-americano baniram recentemente telemóveis fabricados pela Huawei devido a questões de segurança. “Queremos clarificar que toda a informação partilhada com o Huawei foi armazenada nos dispositivos e não nos servidores do Huawei”, afirmou Varela. “Justo e transparente” Em Abril passado, Zuckerberg esteve no Congresso norte-americano para testemunhar no caso que envolve a empresa Cambridge Analytica, que usou, indevidamente, dados de 87 milhões de utilizadores do Facebook. Em Maio, Zuckerberg foi ouvido no Parlamento Europeu e pediu desculpa pelo uso indevido de dados pessoais dos utilizadores. A Huawei tem escritórios em Lisboa, onde conta também com um centro de inovação e experimentação. Segundo a AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal), desde 2004, a firma chinesa investiu 40 milhões de euros em Portugal. O Governo chinês pediu ontem aos Estados Unidos que facilitem “um ambiente justo e transparente para que as empresas chinesas operem e invistam”, em resposta à denúncia de acesso a dados do Facebook por grupos tecnológicos chineses. A porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Hua Chunying, disse em conferência de imprensa que o ministério não comenta o caso, por se tratar de “cooperação entre empresas privadas”, mas insistiu na necessidade de que os EUA tratem de forma justa e transparente as firmas chinesas.
Hoje Macau SociedadeTrânsito | Almeida Ribeiro em obras para melhorar sistema de drenagem [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) vai executar obras no sistema de drenagem e de repavimentação na Avenida Almeida Ribeiro. A obra, que será dividida em duas fases, vai ser executada de 30 de Junho a 31 de Agosto. A primeira parte da obra é executada na faixa de rodagem da Avenida de Almeida Ribeiro, desde a Avenida da Praia Grande até ao Beco do Senado; enquanto a segunda no local de ligação entre a Avenida de Almeida Ribeiro e a Rua do Guimarães.
Hoje Macau SociedadeTrânsito | Anúncio de aumento de multas gera protesto [dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]e acordo com uma publicação de Cloee Chao, presidente da Associação Novo Macau para os Direitos dos Trabalhadores do Jogo, na sua página pessoal de Facebook, um grupo de residentes vai levar a cabo um protesto contra a possibilidade de virem a ser aumentadas as multas de trânsito, uma medida anunciada pela Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) esta terça-feira. A manifestação terá lugar no próximo dia 16, a partir das 15h, terminando, como é habitual, na sede do Governo. Ontem, à margem de um evento público, o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, frisou que a proposta de aumento das multas e molduras penais está ainda em processo de consulta pública, não existindo uma decisão final. Por isso, o governante pediu para a população não se preocupar sobre o assunto.
Hoje Macau PolíticaPortugal | Edmund Ho realiza visita oficial ainda este mês [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] primeiro Chefe do Executivo da RAEM, Edmund Ho, vai estar presente em Portugal para uma visita oficial a realizar entre os dias 21 e 22 deste mês, noticiou ontem a Rádio Macau. Edmund Ho, actualmente a desempenhar o cargo de vice-presidente da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC), vai liderar uma delegação composta por dirigentes e empresários, estando previstas reuniões com políticos portugueses e visitas a empresas. Está também agendado um encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva. Além desta comitiva, Macau far-se-á representar por uma outra liderada pelo secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong. Nos dias em que Edmund Ho visita Portugal, vai decorrer em Lisboa o encontro de empresários da China e dos países de língua portuguesa, uma iniciativa do Fórum Macau. Este grupo está a ser coordenado pelo Instituto da Promoção do Comércio e do Investimento de Macau e integra cerca de 60 pessoas.
Hoje Macau Política10 de Junho | Ex-secretário de Estado participa nas comemorações [dropcap style≠’circle’]J[/dropcap]osé Cesário, ex-secretário de Estado das Comunidades Portuguesas e actual deputado à Assembleia da República, estará em Macau de sexta a quarta-feira para participar nos eventos de celebração do 10 de Junho – Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas em Macau e também em Pequim. Num comunicado enviado às redacções, José Cesário adiantou ainda que manterá “contactos e reuniões com várias entidades e membros das nossas comunidades locais”, tal como o embaixador português em Pequim, Vítor Sereno, cônsul-geral de Portugal em Macau, os membros do Conselho das Comunidades Portuguesas e ainda associações como a Associação dos Macaenses e a Associação dos Aposentados, Reformados e Pensionistas de Macau (APOMAC).
Hoje Macau PolíticaTurismo | Cecília Tse com pausa de dois anos [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] vice-presidente da Direcção dos Serviços de Turismo, Cecília Tse Heng Sai, obteve uma licença sem vencimento de aproximadamente dois anos, que começa a 14 de Junho e termina a 13 de Junho de 2020. A informação foi publicada, ontem, no Boletim Oficial e diz respeito a um despacho assinado por Alexis Tam, secretário para os Assuntos Sociais e Cultural, a 18 de Maio. Segundo o estatuto dos trabalhadores da função pública, a licença tem de ter uma duração mínima de um ano e Cecília Tse não poderá regressar à DSAT se na altura não existirem vagas para o cargo que ocupa.
Hoje Macau InternacionalDonald Trump suspende transferência de embaixada para Jerusalém por questões legais [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Presidente norte-americano assinou um documento que suspende, durante seis meses, a transferência da embaixada dos EUA em Israel, apesar de ter inaugurado em maio uma nova instalação diplomática em Jerusalém. A Casa Branca confirmou que Donald Trump assinou o despacho na terça-feira, que mantém suspensa a aplicação de uma lei de 1995 que ordena ao executivo de Washington a transferência da embaixada em Israel de Telavive para Jerusalém. Esta aparente contradição de Trump com a sua própria política responde a uma exigência incluída naquela norma, que estabelece que se o Presidente não cumprir a transferência da embaixada para Jerusalém tem de dar uma explicação ao Congresso, de seis em seis meses, se não quiser perder fundos para a manutenção das embaixadas em todo o mundo. Apesar de o Governo de Trump ter inaugurado formalmente a delegação diplomática em 14 de maio passado, teve de cumprir a determinação legal, uma vez que a residência do embaixador David Friedman continua em Telavive. “A definição de ‘embaixada norte-americana’ inscrita na Lei da Embaixada, em Jerusalém inclui tanto as instalações da missão diplomática como a residência do embaixador”, explicou à agência Efe uma porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca. Na ordem que assinou, Trump usou a mesma justificação que tinham usado os seus três antecessores para não transferir a embaixada para Jerusalém, a saber, a necessidade de “proteger os interesses de segurança nacional dos EUA”. No documento, “o Presidente reconhece que ainda tem de se manter suspensa a restrição dos fundos incluída na lei, até que se possa resolver o caso da residência do chefe da missão”, acrescentou aquela porta-voz. Esta situação não implica que se esteja a recuar na transferência da embaixada e a Casa Branca tenciona “trabalhar com o Congresso para eliminar a necessidade” de o Presidente ter de assinar mais documentos destes, adiantou. A Casa Branca admite que serão precisos anos – talvez uma década – para construir um edifício que permita transferir para Jerusalém o pessoal diplomático que está a trabalhar em Telavive. Atualmente, são menos de 10 os funcionários que foram transferidos para Jerusalém.
Hoje Macau China / ÁsiaCimeira entre Trump e Kim vai decorrer em hotel de luxo em ilha de Singapura – Casa Branca [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] encontro histórico entre o Presidente norte-americano e o líder norte-coreano vai decorrer num hotel de luxo na ilha Sentosa, em Singapura, a 12 de junho, anunciou a porta-voz da Casa Branca. O encontro entre Donald Trump e Kim Jong-un vai começar às 09:00 (02:00 em Lisboa), indicou Sarah Sanders, na terça-feira, na sua páginal oficial da rede Twitter. “A cimeira de Singapura entre o Presidente dos EUA e o líder Kim Jong-Un será no Capella Hotel, na ilha Sentosa”. De acordo com a agência noticiosa norte-americana Associated Press, eram já visíveis, na terça-feira, os trabalhos preparatórios no ‘resort’, com as fachadas a serem pintadas, tapetes vermelhos a ser estendidos e a segurança reforçada na ilha, no sul de Singapura, com cerca de cinco quilómetros quadrados e 1.690 moradores. A reunião entre Trump e Kim será a primeira entre líderes destes dois países após quase 70 anos de confrontação iniciados com a Guerra da Coreia (1950-53) e de 25 anos de negociações fracassadas e de tensões por causa do programa nuclear do regime de Pyongyang. Depois de vários avanços e recuos, incluindo mesmo um anúncio por parte de Trump sobre o cancelamento da cimeira em reação “à hostilidade” manifestada pela Coreia do Norte, os dois lados retomaram os contactos e as negociações para o encontro histórico e confirmaram, novamente, a realização da reunião em Singapura a 12 de junho, a data avançada desde o início. A nova confirmação aconteceu na passada sexta-feira, depois de Trump ter recebido na Casa Branca, em Washington, o general Kim Yong-chol, apresentado como o braço direito do líder norte-coreano. No final do encontro, Trump declarou que a Coreia do Norte pretende desnuclearizar-se e sugeriu que o diálogo com Pyongyang será “um processo coroado de sucesso”. Após considerar que a reunião com o enviado norte-coreano “correu muito bem”, o chefe da Casa Branca reiterou que o encontro de dia 12 será “um começo”.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Visita de Putin considerada como de “grande significado” A futura visita do presidente russo Vladimir Putin à China é de grande significado para o planeamento da próxima fase das relações sino-russas, reiterou o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi [dropcap style≠’circle’]W[/dropcap]ang Yi comentou a importância da visita do líder máximo russo quando se encontrou com o seu homólogo, Sergei Lavrov, no passado domingo durante a reunião dos chanceleres dos BRICS, em Joanesburgo, África do Sul. O presidente Putin realizará uma visita de Estado à China entre os dias 8 e 10 de Junho e participará na cimeira da Organização de Cooperação de Shanghai (OCS), afirmou Wang. Esta será a primeira visita de Putin à China durante o novo mandato do presidente chinês, além do primeiro encontro entre Xi e Putin este ano. De acordo com informações veiculadas pela agência Xinhua a reunião reveste-se de grande significado para o planeamento para a próxima fase do crescimento das relações sino-russas, afirmou Wang. A China está disposta a reforçar a coordenação com o lado russo de modo a garantir que a visita seja bem-sucedida e frutífera, e sejam promovidos fortes impulsos ao desenvolvimento das relações bilaterais, assinalou o ministro chinês. A China e a Rússia devem fazer esforços conjuntos para que a cimeira da OCS em Qingdao, a primeira após a expansão da organização, continue a promover o “Espírito de Shanghai”, materializando os resultados positivos e práticos e transmitindo uma mensagem de solidariedade, reforçou. Por seu turno, Lavrov afirmou que Moscovo também encara o encontro entre os dois líderes máximos como sendo de grande importância à próxima visita de Estado de Putin à China. A Rússia está contente com os progressos obtidos na preparação para a visita e está disposta a fazer esforços em conjunto com a China para garantir que a mesma cumpra com todas as metas estipuladas, disse. Lavrov acrescentou ainda que a Rússia concorda totalmente com a China no seu pensamento sobre a actual situação internacional e deseja fortalecer a coordenação com Pequim nos mecanismos multilaterais, tais como a OCS, BRICS, G20 e ONU. Xinhua
Hoje Macau China / ÁsiaCorrupção | Ministro japonês abdica de um ano de salário depois de escândalo [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] ministro das Finanças do Japão anunciou que vai abdicar de um ano de vencimento, depois de um escândalo de falsificação de documentos e de favorecimento ilícito ter vindo a público. “Entrego voluntariamente 12 meses do salário de ministro, enquanto este problema continuar a abalar a confiança do público no meu Ministério e em toda a administração” japonesa, declarou Taro Aso à imprensa. As revelações sobre este escândalo, em Março, têm abalado fortemente o Governo chefiado pelo primeiro-ministro, Shinzo Abe. Os nomes de Shinzo Abe e da mulher, Akie, assim como do próprio Taro Aso foram removidos de documentos relacionados com a venda de um terreno do Estado, a um preço quase dez vezes inferior ao do mercado, a favor de uma instituição educativa privada com ligações a Abe e à mulher. “Os documentos administrativos oficiais nunca deviam ter sido alterados antes de serem apresentados ao Parlamento e por isso estou arrependido”, sublinhou o ministro das Finanças. Taro Aso, que recusou demitir-se, recebe cerca de 30 milhões de ienes (235 mil euros) por ano. Membro de uma família de industriais, Aso é um dos governantes mais abastados do Governo japonês. Este caso levou ainda à aplicação de sanções a 20 membros do Ministério, muitos dos quais viram os salários reduzidos. De acordo com as últimas sondagens, a popularidade de Shinzo Abe caiu para os 40 por cento, o que poderá pôr em perigo a reeleição, em Setembro, para um terceiro mandato à frente do Partido Liberal Democrático (PDL).