Hoje Macau China / ÁsiaHuman Rights Watch apela a Hong Kong que retire acusações a líderes pró-democracia [dropcap]A[/dropcap] organização não-governamental Human Rights Watch apelou às autoridades de Hong Kong que suspendam as acusações sobre nove líderes das manifestações pró-democracia de 2014, do movimento apelidado de “guardas-chuva amarelos”, que vão a julgamento na próxima segunda-feira, dia 19. Para a organização de defesa dos direitos humanos a repressão do Governo e os processos subsequentes de acusações aos activistas, após as manifestações que ocorreram entre 28 de setembro e 15 de dezembro de 2014, violaram os direitos de reunião pacífica e as liberdades de associação e expressão garantidas pelo Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos (PIDCP), que se aplica em Hong Kong. “Essas nove pessoas não fizeram nada além de pressionar pacificamente o Governo de Hong Kong a cumprir a sua obrigação de entregar uma democracia genuína às pessoas no território”, disse a directora da Human Rights Watch (HRW) para a China, Sophie Richardson. “Esses processos levantam outras questões sobre as iniciativas das autoridades de Hong Kong para politizar os tribunais”, denunciou Sophie Richardson. Os réus são os co-fundadores do movimento “guardas-chuva amarelos” (Umbrella Movement) Benny Tai (professor da Faculdade de Direito da Universidade de Hong Kong), Chan Kin-man e Rev Chu Yiu-ming, os deputados Tanya Chan e Shiu Ka-chun, o activista político Raphael Wong, os ex-líderes estudantis Tommy Cheung e Eason Chung e o ex-deputado Lee Wing-tat. Os nove enfrentam várias acusações criminais, incluindo “incitação para cometer distúrbios públicos”, sendo que os três co-fundadores enfrentam uma acusação adicional de “conspiração para cometer distúrbios públicos” e podem ser condenados até sete anos de prisão. De acordo com a HRW, após as manifestações, cerca de 200 manifestantes foram acusados por terem participado nas manifestações e dezenas destes foram condenados a crimes como reunião ilegal, posse de arma ofensiva e agressão comum. Três líderes estudantis – Joshua Wong, Alex Chow e Nathan Law – também foram condenados em 2016 por reunião ilegal e incitamento à violência. Chow recebeu uma sentença de três semanas com uma suspensão de um ano, enquanto Wong e Law receberam ordens para realizarem serviço comunitário de 80 horas e 120 horas, respectivamente. Durante mais de dois meses, centenas de milhares de pessoas paralisaram quarteirões inteiros da cidade para exigir um verdadeiro sufrágio universal. Mas Pequim não recuou. Os manifestantes treparam pelas barreiras metálicas e entraram na Civic Square, uma praça situada num complexo governamental. Esta acção desencadeou manifestações mais importantes e dois dias mais tarde teria início o movimento pró-democracia, quando a polícia disparou granadas de gás lacrimogéneo para dispersar a multidão, que se protegeu com guarda-chuvas. “Desde o movimento “guardas-chuva amarelos”, os governos de Hong Kong e da China têm restringido cada vez mais as liberdades civis daqueles que estavam envolvidos nos protestos”, sublinhou a HRW. Recentemente, o cancelamento de eventos literários e artísticos e a recusa em permitir a entrada de um jornalista do Financial Times em Hong Kong reacenderam a preocupação com a liberdade de expressão naquele território administrado pela China.
Hoje Macau InternacionalAcordo do ‘Brexit’ é muito satisfatório e Portugal foi dos que mais batalharam, diz MNE português [dropcap]O[/dropcap] ministro dos Negócios Estrangeiros considerou que o rascunho do acordo de saída do Reino Unido da União Europeia é “muito satisfatório” e afirmou que Portugal foi “daqueles que mais batalharam” para este resultado. “O acordo é bastante satisfatório do meu ponto de vista e, sobretudo, é muito satisfatório do ponto de vista dos interesses de Portugal”, declarou Augusto Santos Silva à agência Lusa e à Antena 1, à margem da 26.ª Cimeira Ibero-Americana, em Antigua, na Guatemala. Segundo o ministro, o rascunho do acordo alcançado “resolve de forma muitíssimo razoável a questão dos direitos dos cidadãos” e, por outro lado, “garante que os compromissos financeiros do Reino Unido são honrados pelo Reino Unido até ao fim deste quadro financeiro plurianual”. Além disso, é um acordo positivo porque “permite respeitar as indicações geográficas de origem” e porque evita “criar um problema na Irlanda do Norte”, considerou. “O facto de o Governo britânico ter endossado esse acordo é de bom augúrio para o que é preciso fazer agora. O Conselho Europeu tem de validar o acordo. O parlamento britânico tem de aprová-lo. A seguir, o Conselho e o Parlamento Europeu têm também de aprová-lo”, referiu. Augusto Santos Silva afirmou que “Portugal esteve do lado daqueles que mais batalharam para que houvesse acordo”. De seguida, há que fazer “um trabalho suplementar”, que consiste em “examinar com cuidado um texto que tem 586 páginas”, para que “os chefes de Estado e de Governo, quando reunirem, tenham toda a informação para poderem decidir”, acrescentou. O ministro salientou que, havendo acordo, é assegurado “um período de transição que vai até ao fim de 2020, em que, na prática, tudo continua como dantes, excepto a participação do Reino Unido nas decisões europeias”, que dá tempo para se preparar e negociar o futuro relacionamento entre as duas partes. “Livra-nos de ter de acudir em emergência, em contingência, a problemas muito práticos e muito difíceis que ocorreriam se no dia 30 de Março de 2019 o Reino Unido já não fizesse parte da União Europeia, já não se aplicando nenhuma das regras europeias e o Reino Unido estivesse fora automaticamente dos 750 tratados e acordos internacionais de que é parte enquanto membro da União Europeia”, apontou. Questionado se já não há forma de voltar atrás, o ministro dos Negócios Estrangeiros respondeu: “Eu sou um democrata e, portanto, não posso falar como se o parlamento britânico já tivesse tomado a sua decisão e como se o Parlamento Europeu já tivesse tomado a sua decisão”. “Agora, evidentemente que, do lado dos 27 [Estados-membros da União Europeia], para nós a negociação está concluída. Portanto, o Reino Unido agora faz os seus processos internos de aprovação de um acordo que do nosso ponto de vista está tecnicamente concluído”, completou.
Hoje Macau EventosGuia Michelin regressa a Macau em Dezembro para lançar 11.ª edição Hong Kong Macau [dropcap]O[/dropcap] lançamento da 11.ª edição do Guia Michelin Hong Kong Macau vai realizar-se a 11 de Dezembro, em Macau, anunciou a organização. Depois da edição de 2017, também apresentada em Macau, o guia vai mostrar “mais uma vez a força e a qualidade da cena culinária local”, de acordo com um comunicado. O Guia Michelin Hong Kong Macau foi lançado em 2009 e a edição passada atribuiu classificações a 18 dos 65 restaurantes referenciados em Macau. Em Hong Kong, o Guia incluiu 227 restaurantes. Na apresentação da edição de 2017, o director internacional dos Guias Michelin, Michael Ellis, manifestou a sua satisfação pela vitalidade da actividade culinária. “Dez anos após a primeira selecção para Hong Kong e Macau, estamos satisfeitos por verificar a vitalidade da actividade culinária: o número de restaurantes com estrelas triplicou”, disse. O responsável destacou a “identidade única de Macau, um cruzamento entre Ocidente e Oriente, especialmente reflectida na cozinha macaense”.
Hoje Macau EventosPrimeiro álbum de João Caetano “Rhythm & Fado” com estreia no London Jazz Festival [dropcap]O[/dropcap] primeiro álbum do percussionista e cantor João Caetano, “Rhythm & Fado”, uma “miscigenação do fado português com o jazz de Londres”, vai ser apresentado no London Jazz Festival, no próximo dia 21 de Novembro. “Há uma miscigenação do fado português com o jazz aqui de Londres, onde vivo e passo a maior parte do meu tempo, mas também há elementos da música chinesa, porque nasci em Macau e essas influências estão sempre retratadas na minha música”, afirmou à Lusa. O álbum de estreia, com “mais referências ao jazz e mais maduro”, explora diferentes dimensões musicais, com diversos instrumentos, e conta com a participação de músicos e guitarristas portugueses como Ângelo Freire, André Dias e Diogo Clemente. Os 13 temas, incluindo um fado original e arranjos de canções de Toquinho e Vinicius de Moraes, vão ser apresentados pela primeira vez na capital britânica, no London Jazz Festival, o verdadeiro “pontapé de saída”. Ao restante público, o músico vai dar a conhecer, a partir dessa data, apenas um tema por semana. Uma escolha, lembrou, que se prende com a “realidade da música hoje em dia” e com o “envolvimento das redes sociais”. “Este lançamento ‘online’ tem a ver com a realidade da música hoje em dia, que eu conheço e que estou envolvido também. Vou lançar o álbum em duas partes: a primeira parte até 2 de Janeiro e a segunda um pouco depois, ainda no primeiro trimestre de 2019”, disse. A vontade de apresentar o álbum em Portugal e em Macau, onde nasceu e cresceu, é enorme. Mas, sublinhou, “está a trabalhar para ser apresentado no mundo inteiro”. O projecto tem o apoio do Instituto Cultural de Macau, um apoio que o músico vê como “muito importante” para si e outros jovens do território, onde ainda não existe uma “indústria desenvolvida nesse aspeto”. “Já saí de Macau há anos, mas tenho fortes relações com Macau. É muito bom poder representar e dar a conhecer Macau noutras vertentes que não seja só o jogo”, disse. Com um percurso musical amplo e variado, João Caetano é percussionista há oito anos da banda de jazz britânica Incognito.
Hoje Macau SociedadeNotários privados | 52 candidatos aprovados para 40 licenças disponíveis [dropcap]A[/dropcap] Direcção dos Serviços de Assuntos de Justiça (DSAJ) publicou ontem a lista de classificação final dos candidatos ao Curso de Formação de Notários Privados, cujo concurso foi aberto em Agosto, com vista à atribuição de 40 licenças de notário privado. No total, houve 121 candidatos, dos quais 52 foram aprovados. Os restantes 68 foram excluídos por terem desistido do curso, excedido o número de faltas, faltado a uma ou a ambas as fases da prova escrita, por terem desistido durante a prova escrita final ou por terem tido classificação inferior a 50 valores. Este foi o sexto curso desde a criação dos notários privados na década de 1990. Actualmente, de acordo com dados disponíveis no portal da DSAJ existem 53 advogados que exercem funções de notário privado, a maioria dos quais portugueses.
Hoje Macau SociedadeGestão de Crises | Helena de Senna Fernandes mantém liderança [dropcap]A[/dropcap] directora dos Serviços de Turismo, Maria Helena de Senna Fernandes, viu-lhe ser renovada a designação, em regime de acumulação, como coordenadora do Gabinete de Gestão de Crises do Turismo (GGCT). Segundo o despacho do secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, publicado ontem em Boletim Oficial, a renovação, pelo período de dois anos, produz efeitos a partir de 20 de Dezembro. O GGCT, criado há uma década, tem como missão “garantir uma intervenção imediata, operacional e eficaz em situações de crise ou emergência, resultantes da ocorrência de acidente grave, catástrofe ou calamidade, envolvendo residentes da RAEM, que se encontrem a viajar fora de Macau, bem como turistas que se encontrem na RAEM”.
Hoje Macau SociedadeGalgos | Yat Yuen pagou três milhões em despesas até Outubro [dropcap]O[/dropcap] presidente do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), José Tavares, afirmou ontem que a Yat Yuen pagou aproximadamente três milhões de patacas relativas a despesas com o cuidado dos galgos, correspondentes ao período entre Julho e 6 de Outubro. Actualmente, permanecem no Canídromo 463 galgos, disse o mesmo responsável, em declarações reproduzidas pelo canal chinês da Rádio Macau, apontando que a ANIMA vai continuar a dar seguimento ao processo de adopções.
Hoje Macau SociedadeFundação Rui Cunha | Doadas mais de 13 mil patacas à Caritas [dropcap]A[/dropcap] Fundação Rui Cunha (FRC) realizou um leilão de obras que foram expostas na mostra “Art for Charity – Concurso de pintura do lado Nam Van” que resultou em receitas de 13.700 patacas, entregues ontem ao secretário-geral da Caritas, Paul Pun. A exposição marcou o sexto aniversário da FRC e contou com a participação de uma centena de artistas. As obras foram leiloadas por valores que variam entre 1,100 e 3,800 patacas, tendo a Fundação Oriente adquirido duas delas, no valor total de quatro mil patacas.
Hoje Macau PolíticaLei de Terras | CCAC chamado a estudar o assunto [dropcap]O[/dropcap] Chefe do Executivo, Fernando Chui Sai On, vai solicitar ao Comissariado Contra a Corrupção (CCAC) um estudo sobre a Lei de Terras, noticiou ontem a TDM-Rádio Macau. O diploma, em vigor há quatro anos, começou a gerar controvérsia depois de o Governo ter decidido avançar em força com a reversão de terrenos por falta de aproveitamento dentro do prazo estabelecido. O caso mais mediático foi o do terreno destinado ao empreendimento Pearl Horizon, que o Executivo decidiu recuperar em 2015 por o projecto residencial não ter sido edificado dentro.
Hoje Macau PolíticaPacto Internacional | Consulta pública até 15 de Dezembro [dropcap]C[/dropcap]omeça hoje uma consulta pública sobre a aplicação em Macau do Pacto Internacional sobre os Direitos Económicos, Sociais e Culturais (PIDESC), que será entregue junto da Organização das Nações Unidas (ONU) em Maio de 2019. A referida consulta terá a duração de um mês. De acordo com um comunicado oficial, o Governo está a preparar o relatório que será submetido à ONU juntamente com os documentos relativos à China e Hong Kong. O relatório irá conter “as medidas que foram adoptadas pelo Governo para dar cumprimento às diversas disposições do PIDESC e às recomendações do respectivo Comité, bem como os progressos alcançados relativamente ao último relatório”. Esta análise do Executivo versa sobre o período compreendido entre 1 de Janeiro de 2014 e 31 de Dezembro deste ano.
Hoje Macau PolíticaSulu Sou insiste na urgência da implementação de uma lei sindical [dropcap]O[/dropcap] deputado Sulu Sou volta a apelar ao Governo para avançar com a Lei Sindical. De acordo com o pró-democrata, trata-se de uma obrigação do próprio Executivo para proteger os direitos dos trabalhadores. Sulu Sou sublinha ainda, em interpelação oral, que só com uma Lei Sindical se pode garantir o equilíbrio das relações entre empregadores e trabalhadores, “contribuindo para a estabilidade económica e social”. O deputado lamenta que 19 anos depois da transferência de administração os trabalhos para uma Lei Sindical ainda sejam nulos e que os projectos propostos por vários deputados neste sentido tenham sido permanentemente chumbados na Assembleia Legislativa. Para Sulu Sou, “o direito à greve e o direito à manifestação e reunião deveriam ser direitos básicos dos residentes de Macau e exemplos da liberdade prevista e garantida na Lei Básica”. Como tal, o deputado acusa o Governo de privar a população dos seus direitos fundamentais.
Hoje Macau EventosEspectáculo com ‘robertos’, viola campaniça e fado representa Portugal na China [dropcap]O[/dropcap] espectáculo de marionetas “Uma Tourada dos Diabos”, que combina os tradicionais “robertos”, a viola campaniça e o fado, da autoria de uma companhia de Évora, vai representar Portugal num festival na China, a partir de sábado. “É um espectáculo em que juntámos três tradições numa só. Temos a tradição dos ‘robertos’ e, a estas marionetas tipicamente portuguesas, juntámos a viola campaniça, que é tradicional do Alentejo, e o fado, característico de Lisboa e do país”, realçou hoje à agência Lusa Manuel Costa Dias, da companhia TRULÉ. A peça “Uma Tourada dos Diabos”, que junta a companhia TRULÉ e a associação cultural É Neste País, de Évora, vai ser a representante de Portugal, a partir de sábado e até ao dia 24 deste mês, num festival promocional de teatro de marionetas para grupos chineses, na cidade de Langzhong. Segundo Manuel Costa Dias, trata-se da sétima edição do National Puppetry and Shadow Art Inheritance Showcase by Young and Mid-aged Puppeteers and International Forum on Inheritance and Contemporary Development of Puppetry and Shadow Art. “É um festival que promove os grupos de teatro de marionetas de sombras da China e, este ano, apenas foram convidados a participar cinco grupos estrangeiros”, dos quais o TRULÉ “é um deles”, acompanhado pela associação É Neste País, explicou. O marionetista alentejano referiu que os grupos chineses “são muito bons” nas marionetas “de sombras, de luva e de varão”, mas “não têm muita experiência” em relação “ao que se faz fora do país”. Por isso, continuou, a organização pretende mostrar a esses grupos, “alguns dos quais estão agora a iniciar-se nesta actividade, gente de outras partes do mundo que também faz marionetas, mas de formas diferentes e proveniente de culturas diferentes”. No espectáculo escolhido para mostrar na China, Manuel Costa Dias contou que vai “estar dentro de uma barraquinha” a manipular os “robertos”, tradicionais marionetas portuguesas de luva, mas, fora do “palco”, há duas inovações. “Cá fora, vão estar dois músicos, o António Bexiga, a tocar a viola campaniça, e o Nuno do Ó, a tocar viola e a cantar fado”, assinalou, referindo tratar-se de um espetáculo relativamente novo, mas que “já anda por aí”, a ser também promovido por Portugal. Segundo a companhia alentejana, esta vai ser a sexta deslocação do TRULÉ a festivais internacionais realizados em território chinês. Esta participação tem apoios da Fundação Oriente, Fundação Stanley Ho, Embaixada de Portugal em Pequim, Direção Regional de Cultura do Alentejo – Ministério da Cultura e União de Freguesias de Évora.
Hoje Macau China / ÁsiaReactor nuclear na China atinge temperatura sete vezes superior à do Sol [dropcap]U[/dropcap]m reactor nuclear experimental localizado no leste da China atingiu uma temperatura do plasma superior a 100 milhões graus celsius, quase sete vezes superior ao centro do Sol e capaz de realizar a fusão do núcleo dos átomos. O reactor manteve aquela temperatura durante quase dez segundos, informou hoje o portal de notícias China.org.cn, acrescentando que é a primeira vez que o reator de fusão termonuclear EAST (sigla em inglês para Tokamak Supercondutor Experimental Avançado), conhecido como “Sol artificial”, atinge aquela temperatura. O Instituto de Física de Hefei, que está sob alçada da Academia de Ciências da China, afirmou que o feito “lança as bases para o desenvolvimento de energia nuclear limpa”, devido ao uso de deutério e trítio, dois isótopos radioactivos que existem em grande quantidade nos oceanos. A fusão nuclear é o processo de geração de calor das estrelas, e é considerada a forma mais eficiente e limpa de gerar energia, não produzido material radioactivo. Este avanço contribuirá para a construção do Reator Experimental Termonuclear Internacional (ITER, sigla em inglês), no sul de França, e que conta com a colaboração de 35 países, incluindo China, Estados Unidos e Rússia, e da União Europeia. Por agora, o EAST é um dos poucos dispositivos no mundo capazes de levar a cabo experiências relacionadas com a fusão do núcleo atómico. A fusão é uma reação química que consiste na união de dois átomos, para formar um superior, um processo que liberta uma enorme quantidade de energia, maior inclusive do que a fissão realizada em centrais nucleares, onde se rompem átomos grandes em partículas mais pequenas. Há dois anos, cientistas da Academia de Ciências da China conseguiram manter estável a fusão do núcleo durante 102 segundos, um recorde até à data, após elevarem a temperatura do hidrogénio até 50 milhões de graus celsius. Após o aumento térmico, o hidrogénio passou de gás a plasma, o quarto estado da matéria – além do sólido, líquido e gasoso -, em que as partículas se movem a tal velocidade e chocam com tanta força que os electrões se separam do núcleo dos átomos, formando um conjunto ionizado. O desafio actual é prolongar ao máximo o tempo de fusão, de forma estável e controlada, um esforço que poderá levar ainda vários anos ou décadas, segundo especialistas.
Hoje Macau China / ÁsiaTailândia quer proibir muay thai a menores de 12 anos depois da morte de jovem [dropcap]A[/dropcap] Tailândia quer proibir a prática da arte marcial mais popular naquele país a menores de 12 anos e obrigar ao uso de protecções até aos 15, depois da morte de um jovem de 13 anos no sábado. De acordo com os ‘media’ locais, o ministro do Desporto está a preparar a reforma da lei que incide sobre o boxe tailandês, o muay thai. “O ministério vai acelerar o processo para ser apresentado ao Governo o mais rápido possível”, disse Weerasak Kowsurat, citado pelo jornal Bangkok Post. Actualmente a lei tailandesa não estabelece nenhuma idade mínima para a participação de crianças e jovens em lutas de boxe e apenas recomenda que os menores de 15 anos devem combater com protecções. Anucha Thasako, de 13 anos, morreu de uma hemorragia cerebral durante uma luta no sábado, um evento de caridade dentro do templo de Samut Prakan, nos arredores de Banguecoque. O menor foi atingido por um soco na terceira ronda e foi levado para o hospital, onde acabou por morrer. De acordo com a imprensa local, Anucha treinava boxe tailandês desde os oito anos e já tinha participado em de cerca de 170 lutas. O boxe tailandês é um dos desportos mais populares na Tailândia, praticado por milhares de crianças, a maioria delas oriundas de famílias pobres que lutam para obterem mais rendimentos.
Hoje Macau InternacionalCNN processa Trump e exige regresso de repórter à Casa Branca [dropcap]A[/dropcap] cadeia de televisão norte-americana CNN anunciou que vai processar a administração Trump, exigindo a restituição da acreditação para a Casa Branca ao jornalista Jim Acosta. A acreditação de Jim Acosta como correspondente da CNN na Casa Branca foi revogada na semana passada na sequência de um confronto verbal entre o Presidente Donald Trump e o repórter. “A indevida revogação das acreditações da CNN e de Acosta viola os seus direitos de liberdade de imprensa e de um processo justo”, consagrados na primeira e quinta emendas da Constituição norte-americana, adiantou a própria CNN em antena. O processo visa o Presidente norte-americano e cinco membros da sua equipa, nomeadamente o chefe de Gabinete, John Kelly; a porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders; o chefe adjunto de Comunicação, Bill Shine; o diretor dos Serviços Secretos, Joseph Clancy, e um agente anónimo do mesmo serviço. O processo foi intentado na jurisdição de Washington, segundo a CNN, que exige “a restituição imediata da acreditação” ao jornalista. A administração Trump revogou, na semana passada, no rescaldo das eleições intercalares norte-americanas, a acreditação do correspondente da CNN após uma tensa conferência de imprensa em que Acosta recusou devolver o microfone quando o Presidente norte-americano o mandou calar. Trump chamou a Acosta “rude e mal-educado” e um agente dos Serviços Secretos pediu a acreditação ao repórter quando este deixou a Casa Branca. A Casa Branca justificou, na altura, a retirada da acreditação com o facto de Acosta ter tocado numa das estagiárias durante a disputa pelo microfone. A administração Trump não comentou até ao momento o anúncio da CNN. O Presidente Donald Trump tem uma relação conflituosa com a cadeia de televisão, que acusa constantemente de ser a encarnação do fenómeno ‘fake news’. A Associação de Correspondentes da Casa Branca emitiu um comunicado a expressar “forte apoio” à acção judicial da CNN, denunciando a decisão do Governo como uma “reação desproporcionada aos factos” que ocorreram na passada quarta-feira.
Hoje Macau EventosFuturo do Circuito da Guia é tema de várias palestras O arquitecto Rui Leão e os historiadores João Guedes e Vicent Ho vão realizar na quarta e na quinta-feira, em Macau, palestras sobre o futuro do circuito da Guia, onde decorre o Grande Prémio. Organizadas pela Associação para a Promoção e Desenvolvimento do Circuito da Guia de Macau (APDCGM), por ocasião do segundo aniversário, as palestras vão ser apresentadas em português, chinês e inglês, estando previstas mais sessões no dia 19 e 20 de Novembro. O piloto de Macau André Couto vai também marcar presença no evento, estando prevista uma sessão de autógrafos. Na segunda-feira, a APDCGM inaugurou a segunda edição da exposição colectiva “O Circuito da Guia como Património Mundial da UNESCO”, que apresenta trabalhos de 20 artistas e que estará patente ao público até 21 de novembro próximo. A 65.ª edição do Grande Prémio de Macau vai decorrer entre quinta-feira e domingo próximos e inclui três corridas de carros, as taças do mundo de Fórmula 3, GT e de carros de turismo (WTCR), bem como o 52.º grande prémio de motos, além da taça de carros de turismo de Macau e a taça da Grande Baía.
Hoje Macau China / ÁsiaSuspensa medida que permitia comércio de animais em vias de extinção Depois de muitos protestos de organizações de defesa dos direitos dos animais, o Governo voltou atrás e decidiu suspender para análise a alteração que iria permitir que caçadores furtivos e contrabandistas comercializassem partes de tigres e rinocerontes [dropcap]A[/dropcap] China suspendeu a alteração à lei que permitiria o comércio de produtos feitos à base de partes de tigres e rinocerontes em perigo de extinção, após o protesto de vários grupos de defesa dos animais. A agência noticiosa oficial Xinhua citou ontem Ding Xuedong, funcionário do Conselho de Estado, que informa que a alteração que permitiria o comércio de chifres de rinoceronte e ossos de tigre, sob “circunstâncias especiais”, foi “suspensa para análise”. “Os departamentos relevantes do Governo chinês vão em breve continuar a organizar campanhas especiais de combate focadas em travar o comércio ilegal de rinocerontes, tigres ou produtos derivadas destes animais”, afirmou Ding, citado pela agência. “Vamos lidar com acções ilegais de forma rigorosa”, acrescentou. A agência detalha que a interdição total da importação e exportação de partes daqueles animais, que estão em perigo de extinção, ou o seu uso na medicina tradicional chinesa, vão-se manter. Ding não esclareceu se a suspensão significa que a decisão pode ser revogada. Questão de imagem Ossos de tigre e chifres de rinoceronte são usados na medicina tradicional chinesa, apesar da falta de evidência sobre a sua eficácia no tratamento de doenças e do impacto na vida selvagem. No mês passado, as autoridades afirmaram que iriam permitir o comércio à base de partes do corpo de tigres e rinocerontes, sob “circunstâncias especiais”, levando a protestos de grupos de defesa dos animais. O Fundo Mundial para a Natureza considerou que a decisão de Pequim iria ter “consequências devastadoras a nível global”, ao permitir que caçadores furtivos e contrabandistas se ocultassem por detrás do comércio legal. O Partido Comunista Chinês raramente responde à pressão internacional, e a decisão parece reflectir preocupações sobre a reputação do país como apoiante da preservação do ambiente. A China é já um dos principais destinos para partes de animais em risco de extinção, incluindo marfim e pele de elefante, ou carne e escalas de pangolim. Em 2016, o Fundo Mundial para a Natureza e o Global Tiger Forum contabilizaram cerca de 3.890 tigres, em todo o mundo. Estimativas apontam para menos de 30.000 rinocerontes.
Hoje Macau EventosTIMC | Weng Wen e Pet Conspiracy em Macau [dropcap]W[/dropcap]ang Wen, o conhecido grupo chinês de pós-rock, e Pet Conspiracy, a banda do continente conhecida pela sua sonoridade electro-punk, juntam-se ao cartaz da edição deste ano do This is My City Festival (TIMC) que acontece entre os dia 22 e 25 de Novembro. Weng tem concerto marcado em Macau a 24 e Pet Conspitracy a 25, ambos nas Oficinas Navais 2. Estes nomes juntam-se a Re-TROS, Celeste Mariposa, Dj Kitten e Wu Tiao Rien, num cartaz que se estende por Zhuhai, Shenzhen e Macau.
Hoje Macau SociedadeInfra-estruturas | Apresentada planta de canalizações subterrâneas [dropcap]A[/dropcap] Direcção dos Serviços de Cartografia e Cadastro (DSCC) anunciou ontem ter lançado, no mês passado, a planta de canalizações subterrâneas, em linha com o anunciado nas Linhas de Acção Governativa para 2018 no âmbito da área de Transportes e Obras Públicas. Desde ontem os serviços podem utilizar o sistema das informações geográficas de canalizações subterrâneas urbanas, que contém nove tipos de dados de canalizações, designadamente da electricidade, de gás natural, de água canalizada, de água reciclada, de telecomunicações, da TV cabo, de instalações ambientais e equipamentos de fiscalização do tráfego.
Hoje Macau PolíticaAL | Número de funcionários públicos aumentou 11 por cento [dropcap]O[/dropcap] número de funcionários públicos cresceu 11 por cento desde o ano de 2010 até 2018. A informação foi dada ontem pelo presidente da 2ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa Chan Chak Mo, depois da reunião de análise da proposta de execução orçamental de 2017. Os deputados da comissão estão preocupados com os gastos com salários da função pública e pediram justificações ao Governo para o aumento de trabalhadores no sector. O Executivo afirmou, de acordo com Chan, que a abertura do novo posto fronteiriço e a melhoria dos Serviços de Saúde implicaram a contratação de funcionários. Em custos, o aumento médio anual de despesas com a função pública no período considerado foi de 1600 milhões de patacas.
Hoje Macau SociedadeDireito | Aprovados 56 advogados no curso de notários [dropcap]F[/dropcap]oram aprovados 56 candidatos que frequentaram o curso de notários que terminou em Julho, de acordo com o canal de rádio da TDM. A formação de notários teve a participação de 126, sendo que houve desistências, candidatos excluídos por excesso de faltas e outros que não compareceram nas duas provas exigidas. A lista dos candidatos aprovados deve ser publicada hoje, em Boletim Oficial, aponta a mesma fonte, sendo que no anúncio de abertura do concurso o Governo indicou que seriam atribuídas 40 licenças. Este foi o sexto curso, desde a criação dos notários privados, nos anos de 1990. Actualmente, há 57 advogados que exercem as funções de notário.
Hoje Macau SociedadeDICJ | Pedida proibição de uso de telemóveis na lei [dropcap]O[/dropcap] director da Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), Paulo Martins Chan, afirmou ontem que pretende clarificar a instrução relativa à proibição de uso de telemóveis nas mesas de jogo e inclui-la na proposta de alteração à lei sobre o condicionamento da entrada, do trabalho e do jogo nos casinos. Este diploma encontra-se actualmente em análise em sede de especialidade na Assembleia Legislativa.
Hoje Macau China / ÁsiaMercado imobiliário chinês vai enfrentar recessão em 2019, diz banco estatal [dropcap]O[/dropcap] mercado imobiliário chinês vai enfrentar uma recessão em 2019, segundo um relatório publicado hoje pelo banco estatal de investimento Corporação Internacional de Capital da China (CICC), confirmando o receio de vários analistas. O documento prevê um “decréscimo significativo” das vendas, investimento e novas construções, no próximo ano, o que já levou muitas promotoras a cancelar a compra de terrenos, face à contracção do mercado. Pequim “deve alterar as políticas destinadas a arrefecer o mercado imobiliário”, recomenda a CICC, nomeadamente através da redução do valor mínimo de entrada na compra de um imóvel, facilitar o acesso ao crédito e reduzir as taxas de juro. A mesma nota refere que, devido à baixa procura, em setembro e outubro os proprietários tiveram de fazer “grandes promoções”, incluindo oferecer carros na compra de habitação ou baixar os preços até 30%, o que levou a protestos dos anteriores compradores, que pagaram preços mais altos. Os últimos dados revelam uma queda homóloga do investimento no sector imobiliário de 8,9%, em Setembro, e 9,2%, em Agosto. A CICC considera “provável” que a venda de propriedades na China “abrande [em 2019], pela primeira vez em cinco anos”, apontando para uma queda de 10%, tanto no volume de vendas como nos preços. O investimento e as novas construções também devem registar uma queda de 5% e 10%, respectivamente, aponta. O mercado imobiliário é um dos principais motores de crescimento da economia chinesa e os economistas temem que sinais de sobre-endividamento dos construtores abalem o sistema financeiro do país. No espaço de uma década, enquanto as economias desenvolvidas estagnaram, a China construiu a maior rede ferroviária de alta velocidade do mundo, mais de oitenta aeroportos e dezenas de cidades de raiz, alargando a classe média chinesa em centenas de milhões de pessoas. No entanto, segundo a agência suíça Bank for International Settlements (BIS), durante o mesmo período, a dívida chinesa quase duplicou, para 257% do Produto Interno Bruto (PIB). Um dos efeitos mais visíveis do desperdício gerado por uma década de crescimento assente na construção são as mais de 50 milhões de casas vazias, cerca de 22% do imobiliário urbano no país, de acordo com um estudo a nível nacional, designado China Household Finance Survey. “Os principais agentes económicos e financeiros da China não abordaram as perspectivas de arrefecimento no mercado imobiliário”, afirmou o CICC. Também um relatório publicado na semana passada pela agência de avaliação de risco Standard & Poor’s (S&P) indica que o preço do imobiliário na China atingiu o seu valor máximo e pode cair até cinco por cento, em 2019. A agência adverte que as cidades pequenas são “muito mais vulneráveis” a uma possível desaceleração, que poderá fazer com que passem “rapidamente” de “motores de crescimento” a “travões ao crescimento”. Para os promotores imobiliários chineses, os grandes riscos são a “liquidez e refinanciamento”, lê-se no relatório, que aponta para um “panorama de financiamento mais desfavorável em anos”.
Hoje Macau China / ÁsiaNATO apela à China para aderir a tratado de controlo de armas nucleares [dropcap]O[/dropcap] secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, criticou hoje o programa de desenvolvimento de mísseis de médio alcance da China, apelando ao país para aderir ao tratado internacional de controlo deste armamento. “Vimos que a China investiu fortemente em armas novas e modernas, incluindo mísseis, e a metade dos seus mísseis violaria o tratado INF (Intermediate Nuclear Forces) se a China fosse signatária”, disse Jens Stoltenberg numa entrevista à cadeia de televisão pública alemã ZDF. Stoltenberg fazia referência ao tratado sobre armas nucleares de médio alcance (INF), assinado em 1987 pelos então dirigentes norte-americano e soviético, Ronald Reagan e Mikhaïl Gorbatchev, que visa eliminar os mísseis lançados a partir do solo e com um alcance entre 500 a 5.500 quilómetros. “Somos favoráveis ao alargamento deste tratado de forma a que a China também possa fazer parte”, disse. O presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou recentemente a retirada do seu país deste tratado, alegando violações do acordo por parte da Rússia e evocando os programas de armamento da China como fundamentos. Relativamente a Moscovo, os Estados Unidos questionam o novo sistema russo 9M729, mísseis disparados a partir de um dispositivo terrestre e cujo alcance ultrapassa, segundo Washington, os 500 quilómetros, o que Moscovo desmente. “A NATO não vê uma nova corrida ao armamento, mas estamos muito preocupados com os novos mísseis russos. São móveis, podem transportar cargas nucleares e podem atingir cidades da Europa central como Berlim”, assinalou Stoltenberg.