Hoje Macau EventosGuterres recebe hoje prémio da CPLP pela promoção da língua portuguesa [dropcap]O[/dropcap] secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, vai receber hoje em Lisboa o prémio José Aparecido de Oliveira, atribuído pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), pelo contributo para a promoção da língua portuguesa. Os chefes de Estado e de Governo da CPLP tomaram esta decisão em julho de 2018, na cimeira de Santa Maria (Sal, Cabo Verde), “pela atuação singular, com projeção internacional, na defesa e promoção dos princípios e valores da CPLP, bem como pelo elevado contributo na promoção e difusão da Língua Portuguesa”, adianta a organização lusófona num comunicado. O antigo primeiro-ministro português e ex-alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados, António Guterres. participou, enquanto primeiro-ministro de Portugal, na cimeira constitutiva da CPLP, a 17 de julho de 1996. O prémio homenageia a ação do embaixador José Aparecido de Oliveira, que “marcou, de forma indelével, o surgimento da CPLP, convertendo em realidade um sonho acalentado pelos povos dos países de língua portuguesa, espalhados por quatro continentes, e fazendo do seu autor um arauto do futuro”, acrescenta o comunicado. O prémio, criado em 2011, seria atribuído pela primeira vez no ano seguinte ao antigo Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2014, receberam a distinção o antigo Presidente e primeiro-ministro timorense Xanana Gusmão e a Igreja Católica Timorense, enquanto em 2016 os distinguidos foram o antigo chefe de Estado português Jorge Sampaio, o ex-secretário executivo da Comissão Económica das Nações Unidas para África Carlos Lopes e o embaixador Lauro Barbosa da Silva Moreira, diplomata de carreira do Brasil e primeiro representante permanente junto da CPLP.
Hoje Macau China / ÁsiaMinistro da Agricultura tenta concluir processo para venda de carne de suíno na China [dropcap]O[/dropcap] ministro da Agricultura está em Xangai, na China, para promover bens agrícolas portugueses e concluir o processo de entrada da carne de suíno no mercado chinês, onde já são vendidos vinho, azeite ou produtos lácteos. “A China é um mercado gigantesco, com uma grande diversidade de produtos, entre os quais se situam os produtos agrícolas portugueses. Temos vindo a negociar com as autoridades chinesas – é sempre um processo de paciência – em alguns casos, há alguns anos, para a abertura do mercado a alguns produtos, como a carne de porco, os produtos lácteos, os bovinos, as frutas, como peras, maçãs ou uvas de mesa”, disse hoje à agência Lusa Luís Capoulas Santos. Alguns destes processos já estão concluídos e os operadores portugueses já estão a entrar no mercado chinês como é o caso do vinho, dos azeites e dos produtos lácteos, explicou o ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, em declarações a partir de Shangai. “Estamos mesmo à beira de resolver o último problema relativamente à carne de suíno português e amanhã mesmo [na segunda-feira] terei contacto com dois ministros, da Agricultura e das Alfândegas” da China, avançou o governante. “Estive com produtores portugueses e os seus parceiros chineses e [neste caso] todo o processo já está pronto a entrar em funcionamento mal seja dado o último passo burocrático”, acrescentou. Capoulas Santos participa na grande feira das importações da China que se inicia na segunda-feira, em Xangai, cidade com cerca de 20 milhões de habitantes. O início oficial da feira foi hoje marcado com um jantar oferecido pelo Presidente chinês às delegações de dezenas de países, algumas lideradas por chefes de Estado e de governo. Para o ministro português, que está acompanhado pelo secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, Luís Medeiros Vieira, a iniciativa “é um sinal que a China dá de abertura dos seus mercados”. Outros processos estão em curso para a entrada no mercado chinês, apontou, “uns mais adiantados, outros mais atrasados, referentes a outros produtos designadamente frutícolas”. Para Capoulas Santos, esta “é uma grande oportunidade” porque os produtores portugueses têm na Europa “uma concorrência muito forte”. Por isso, “tudo o que constitua a abertura de mercados é uma oportunidade mais para os nossos operadores e para a afirmação dos produtos portugueses”, salientou. O responsável pela Agricultura relatou ter visitado uma grande superfície comercial onde o dia era dedicado a Portugal, com apresentação de uma vasta gama de produtos portugueses para lojas orientadas para a classe média chinesa. “Estamos a procurar que os produtos portugueses sejam cada vez mais referenciados como de gama alta, produtos de qualidade destinados a determinado segmento de consumidores com poder de compra médio e elevado já que Portugal não produz em grandes quantidades”, explicou. Capoulas Santos recordou que a meta do Governo é, no horizonte de uma legislatura, equilibrar a balança comercial em valor, ou seja, aumentar as exportações em montante para que compensem as importações. No setor agro-alimentar, “temos ainda uma balança desequilibrada, ainda que no caso da China, a balança agro-alimentar seja bastante positiva para Portugal”, referiu. O setor dos vinhos é o exemplo apontado pelo governante do reconhecimento da qualidade do produto português, que é exportado para cerca de 150 países e ganha prémios em todo o mundo, quando há 30 anos atrás era considerado de baixa qualidade e era exportado a granel. “Foi um esforço muito grande” realizado no sector do vinho que “queremos agora alargar a outros produtos e o passo seguinte, e está a ser conseguido, é com o azeite”, resumiu. A comitiva do ministro da Agricultura integra uma delegação da AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal que está a participar na Feira Internacional de Importação da China, uma iniciativa que conta com o apoio da Organização Mundial do Comércio (OMC) e da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO).
Hoje Macau China / ÁsiaParlamento timorense aprova voto de pesar por queda de avião na Indonésia [dropcap]O[/dropcap] Parlamento Nacional (PN) de Timor-Leste aprovou hoje um voto de pesar e solidariedade para com a Indonésia na sequência da queda na semana passada de um avião da Lion Air, com 189 pessoas a bordo, no mar de Java. “Neste momento de dor e consternação, o PN expressa pesar e sentidas condolências às famílias enlutadas e solidariedade com as autoridades da Indonésia”, refere-se no voto de pesar aprovado hoje por unanimidade. Na quinta-feira, as autoridades indonésias encontraram a caixa negra do Boeing 737 MAX 8 que caiu no Mar de Java apenas 13 minutos depois da descolagem de Jacarta, na Indonésia, matando todas as 189 pessoas que estavam a bordo. O chefe do Comité Nacional de Segurança nos Transportes indonésio, Soerjanto Tjahjono, afirmou na quarta-feira que um relatório preliminar da investigação do acidente deve ser divulgado dentro de um mês e o documento final entre quatro a seis meses. No mesmo dia, o Governo indonésio pediu o afastamento de funções do diretor técnico da Lion Air e de vários funcionários da companhia aérea de baixo custo. O avião estava ao serviço da companhia aérea indonésia há poucos meses e tinha registado um problema técnico no voo anterior que, segundo o diretor da empresa, tinha sido resolvido. O aparelho, que fazia a ligação entre Jacarta e Samatra, despenhou-se no mar de Java minutos depois de ter levantado voo, tendo emitido uma autorização para regressar ao aeroporto da capital da Indonésia. Ainda não se conhecem os motivos do acidente.
Hoje Macau DesportoPresidente do Sporting recusa confirmar Marcel Keiser como novo treinador [dropcap]O[/dropcap] presidente do Sporting, Frederico Varandas, negou-se ontem a falar sobre o novo treinador da equipa de futebol, depois do triunfo por 2-1 no reduto do Santa Clara, na nona jornada da I Liga. “Isso não é assunto para agora”, respondeu Frederico Varandas, no Estádio São Miguel, em Ponta Delgada, quando questionado pelos jornalistas se o holandês Marcel Keiser é o novo treinador do Sporting. Os ‘leões’ foram orientados interinamente por Tiago Fernandes, mas, segundo notícias da imprensa portuguesa, será Marcel Keiser, de 49 anos, o sucessor de José Peseiro, algo sobre o qual o líder do Sporting não quis falar. “Este grupo dedica os três pontos ao Battaglia (saiu lesionado). A segunda palavra vai para os sportinguistas, que vieram aqui encher este estádio, com chuva, com vento. Debaixo de um temporal, apoiaram a equipa até ao fim”, disse Varandas. O presidente dos ‘leões’ deixou ainda uma “terceira palavra para todos os sportinguistas, mesmo os que não estiveram” no estádio dos açorianos. “Enquanto estiver aqui, posso dar a garantia que nunca me vai faltar a coragem para tomar as decisões que eu entender que são as melhores para o Sporting Clube de Portugal”, frisou. Varandas sublinhou ainda que as decisões tomadas pelo presidente serão sempre provenientes da sua “razão” e “instinto”, garantindo que o “Sporting vai voltar a ser forte, muito forte”.
Hoje Macau EventosAna Margarida de Carvalho recebe Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco [dropcap]O[/dropcap] Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco, atribuído pela Associação Portuguesa de Escritores, é entregue hoje, em Vila Nova de Famalicão, autarquia que o patrocina, à escritora Ana Margarida de Carvalho, pelo livro “Pequenos Delírios Domésticos”. Ana Margarida de Carvalho foi uma das autoras convidadas da última edição do festival literário Rota das Letras. “Um júri constituído por Cândido Oliveira Martins, Fernando Batista e Isabel Cristina Mateus decidiu, por unanimidade, atribuir o prémio ao livro ‘Pequenos Delírios Domésticos’, de Ana Margarida de Carvalho”, divulgou no passado dia 29 de outubro, a Associação Portuguesa de Escritores (APE), em comunicado. Segundo o júri, “trata-se de um conjunto de contos que surpreende o leitor pela invulgar atualidade temática e sociológica (dos incêndios que devastaram o país, em 2017, aos dramas íntimos de portugueses convertidos ao estado islâmico, de refugiados sírios num lar de velhos ou de uma mulher tunisina que dá à luz num barco apinhado de gente durante a travessia do Mediterrâneo, entre outros)”. A escritora alia a estas histórias “um notável trabalho de precisão e depuramento da palavra e, acima de tudo, a um olhar atento aos dramas humanos, independentemente do lugar mais ou menos doméstico que lhes serve de palco”, afirma o júri, em ata, citada pela APE. A estreia literária de Ana Margarida de Carvalho, “Que importa a fúria do mar”, valeu-lhe o Grande Prémio de Romance e Novela da APE, em 2013, que voltou a receber em 2016 com “Não se pode morar nos olhos de um gato”, que foi também distinguido com o Prémio Manuel Boaventura. Jornalista, Ana Margarida de Carvalho foi finalista este ano do Prémio P.E.N. na categoria narrativa, com esta sua primeira obra de contos. O Grande Prémio, com o valor pecuniário de 7.500 euros, é patrocinado pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão. Foi instituído, em 1991, pela APE e “destina-se a distinguir uma obra em língua portuguesa de um autor português ou de país africano de expressão portuguesa, publicada em livro, primeira edição, no decurso do ano de 2017”. O ano passado a vencedora foi Teolinda Gersão, com a obra “Prantos, Amores e Outros Desvarios”.
Hoje Macau China / ÁsiaPresidente chinês promete abrir mercado mas não refere políticas industriais [dropcap]O[/dropcap] Presidente chinês prometeu hoje abrir a China aos produtos estrangeiros, no arranque de uma feira que promove o país como importador, mas não respondeu às queixas sobre transferência forçada de tecnologia e obstáculos ao investimento externo. “É o nosso sincero compromisso abrir o mercado chinês”, afirmou Xi Jinping no discurso de abertura da Feira Internacional de Importações da China, perante uma audiência composta por vários chefes de Estado e de Governo, incluindo o primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev. Xi prometeu “abraçar o mundo”. O evento, que decorre em Xangai, faz parte dos esforços do país em promover a sua abertura ao comércio internacional, numa altura em que as potências ocidentais acusam as políticas industriais de Pequim de violar os seus compromissos de abertura do mercado. Washington e Bruxelas condenam a transferência forçada de tecnologia por empresas estrangeiras, em troca de acesso ao mercado, a atribuição de subsídios a empresas domésticas e obstáculos regulatórios que protegem os grupos chineses da competição externa. Grupos empresariais queixam-se de que Pequim está a ampliar as suas importações, visando atender à procura dos consumidores e fabricantes domésticos, mas que bloqueia o acesso a vários setores. Na semana passada, os embaixadores da França e Alemanha em Pequim emitiram um comunicado conjunto a apelar a mudanças, incluindo o fim de regulamentos que forçam as empresas estrangeiras a fazer ‘joint-ventures’ com firmas estatais locais. A China pratica um capitalismo de Estado, em que os setores importantes da economia são dominados por grupos estatais, enquanto as firmas chinesas compraram, nos últimos anos, empresas e ativos estratégicos em todo o mundo. Um plano de modernização designado “Made in China 2025” visa transformar as firmas estatais do país em líderes globais em setores de alto valor agregado, como inteligência artificial, energia renovável, robótica e carros elétricos. Cerca de 3.600 empresas oriundas de 152 países, incluindo de Portugal, de todos os sectores, desde tâmaras egípcias a maquinaria, participam no evento de cinco dias em Xangai. O certame faz também parte de um esforço para desenvolver uma rede comercial centrada na China e aumentar a influência do país num sistema global dominado pelas potências ocidentais. Xi não referiu as disputas comerciais com os Estados Unidos, em torno das ambições chinesas para o setor tecnológico, mas numa indireta ao líder norte-americano, Donald Trump, afirmou que “o sistema de comércio multilateral deve ser defendido”. A China reduziu taxas alfandegárias e anunciou outras medidas este ano, visando impulsionar as importações, que aumentaram 15,8%, em 2017, para 1,8 biliões de dólares. Contudo, não endereçou as queixas de Washington, que levaram Trump a impor taxas alfandegárias de até 25% sobre cerca de metade das importações oriundas da China. Pequim retaliou com taxas sobre vários bens norte-americanos.
Hoje Macau China / ÁsiaÁsia-Pacífico | ONU lamenta poucos avanços na luta contra a subnutrição [dropcap]A[/dropcap]s Nações Unidas lamentaram ontem os poucos avanços na luta contra a subnutrição na região da Ásia-Pacífico, devido à pobreza, desigualdade e alterações climáticas, especialmente na infância. “A região da Ásia-Pacífico alberga mais da metade das pessoas subnutridas do mundo”, disse a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês), numa declaração conjunta com outras agências da ONU. A FAO lamentou o “progresso lento” contra a desnutrição e a obesidade, apesar de décadas de crescimento económico na região, e exortou os países a aumentarem os esforços para acabarem com todas as formas de desnutrição até 2030, um objectivo alinhado com os compromissos da ONU. Em 2017, o número de pessoas subnutridas na Ásia-Pacífico totalizou 486,1 milhões (11,4% da população total), em comparação com 486,5 milhões (11,5% do total) no ano anterior, apontou a FAO. A desnutrição afectou 11,6% da população da região em 2015, 13,8% em 2010 e 17,7% em 2005. Especialistas do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), do Programa Alimentar Mundial e da Organização Mundial de Saúde das Nações Unidas também colaboraram no relatório. “A desnutrição cobre um espectro muito amplo e afecta pessoas de todas as idades – variando desde a desnutrição severa ao sobrepeso e à obesidade”, disseram as agências no comunicado conjunto, que alertou para estes perigos especialmente em crianças. Triste real Um total de 79 milhões de crianças, ou uma em cada quatro com menos de cinco anos, sofre de problemas de desenvolvimento e 12 milhões sofrem de desnutrição severa que coloca as suas vidas na Ásia-Pacífico em risco. “A triste realidade é que um número inaceitável de crianças na região continua a enfrentar os múltiplos problemas da desnutrição, apesar de décadas de crescimento económico. Isto pressupõe uma perda humana colossal, dada a associação entre desnutrição e um pobre desenvolvimento cognitivo”, sublinham os autores. O aumento dos desastres naturais devido às mudanças climáticas, bem como o acesso limitado a alimentos saudáveis, água potável e instalações sanitárias, contribuem para a desnutrição entre adultos e crianças. O relatório também observa que cerca de 14,5 milhões de crianças com menos de cinco anos têm excesso de peso devido ao aumento do consumo de alimentos baratos e insalubres devido ao seu alto teor de sal, açúcar e gordura e baixo teor de nutrientes. Embora o excesso de peso tenha aumentado em toda a região desde 2000, os dados variam, desde a redução de 16% no leste da Ásia e um aumento de 128% no sudeste da Ásia.
Hoje Macau VozesMacau na WebSummit Marco Rizzolio [dropcap]A[/dropcap] WebSummit é “a conferência” anual sobre empreendedorismo: uma das mais importantes do mundo, focada na Internet e em Tecnologia. Trata-se do maior e mais importante marketplace de tecnologia da Europa. Os empreendedores ligados à tecnologia estão constantemente a procurar melhorias, e ali é onde encontram ferramentas para que isso aconteça. Hoje em dia, a maioria das inovações é impulsionada pela “Internet das Coisas”. Quando falamos de siglas como VR (Realidade Virtual), AR (Realidade Aumentada), AI (Inteligência Artificial) ou Crypto (BlockChain), muitas destas inovações têm um impacto disruptivo na sociedade, transformando a nossa maneira de viver. Estamos a falar de novos produtos ou de serviços que criaram novos mercados mudando os hábitos das pessoas, como a Netflix, AirBnB, Uber, Drones … Mas todos nós temos que concordar que a transformação da nossa sociedade pela tecnologia deve ser sustentável e tem que criar um impacto positivo na sociedade. Os empreendedores que usam a tecnologia são sempre curiosos e querem manter-se atualizados sobre as novas tendências que ocorrem nos seus segmentos de negócios. Este ano, a WebSummit terá nove áreas, onde diretores de inovação e pesquisa, CEOs, CTOs, CMOs de empresas como Huawei, Xiaomi, Apple, IBM, etc., irão cobrir tópicos desde Data-Science, Big-Data, e até, e mais urgente, tecnologia e inovação que visam a melhoria imediata do meio ambiente e sustentabilidade do planeta. Websummit não é apenas um encontro onde aprendemos sobre as novas inovações tecnológicas. Todo o ecossistema de startups estará presente na conferência, formada por incubadoras, aceleradoras, universidades, organizações financiadoras, investidores, assessores jurídicos, multinacionais, governos. É um melting pot de participantes, desde pequenas startups a multinacionais, que têm a oportunidade de marcar reuniões e fechar acordos durante o evento de três dias. Todos os participantes da conferência procurarão fazer network, tentando estabelecer novos acordos parcerias. O CEO da Uber afirma que o acordo de investimento mais importante da vida dele foi assinado durante a Websummit de 2011 em Dublin. Dois tipos de eventos acontecerão durante a Websummit: • Side Events: sessões com um formato de mini apresentações durante as horas fora da agenda do evento, para as pessoas socializarem. (ou seja, Sunset Summit e outros eventos privados patrocinados por grandes empresas) • Night Events: Durante a noite, os participantes são convidados a continuar o network em 3 locais diferentes para cada noite: LX Factory, Bairro Alto e Rua Cor de Rosa no Cais do Sodré. Aqui, o network será muito mais leve, mas não menos eficaz. Ecossistema de Startups na RAEM O governo de Macau está a tentar acompanhar a tendência destes ecossistemas que já existem em várias partes do mundo há mais de 20 anos e onde o empreendedorismo provou impulsionar o desenvolvimento rápido e sustentável do conceito de cidades inteligentes. Macau não quer perder o comboio com as cidades vizinhas da Grande Baía, como Hong Kong, Shenzhen, onde as primeiras incubadoras nasceram no início dos anos 2000. Lugares como Sillicon Valley, Shenzhen, Hong Kong, Lisboa, Tel-Aviv, Berlim e muitas outras cidades perceberam há anos a importância destas estruturas empresariais e o ganho económico real para a comunidade, trazendo a troca de conhecimento; conectando investidores com stakeholders e criação de talentos. A nossa cidade vizinha, Hong Kong já viu o nascimento de empresas 7 unicórnios (empresa com valorização acima de 1B $USD), entre elas a GoGoVan, Klook, Bitmex, Sensetime, Lalamove, TinkLabs e WeLab. Em Macau, as primeiras incubadoras começaram a surgir em 2014. O Macau Design Centre e o Centro de Serviços Integrados Culturais e Criativos de Macau, financiadas pelo FIC (Fundo de Indústrias Culturais de Macau), foram as primeiras incubadoras que tiveram a pretensão de incubar e acelerar as empresas instaladas na suas estruturas. Ambas aceitam principalmente empresas ligadas as indústrias criativas, como design, multimédia e artes. O Macau Envision é outro acelerador também fundado no ano passado e alberga actualmente cerca de 10 startups. Em 2017, o Departamento de Economia de Macau também lançou um espaço de trabalho partilhado sob a administração da empresa Parafuturo. O MYIEC (Centro de Jovens Empreendedores de Macau) é a primeira incubadora/aceleradora “de verdade”, que abrange sectores mais diversificados, como software, medicina, multimédia, viagens, logística e financiamento directo do governo. A Parafuturo recebeu mais de 120 pedidos e cerca de 60 projectos estão a ser incubados no MYEIC, ajudando as startups a conectarem-se com potenciais parceiros, investidores, mas também mentores. Macau está a abraçar esta nova onda de empreendedorismo e já está a construir o seu próprio ecossistema de startups. No início deste ano, a Parafuturo juntou-se a uma competição de startups “Protechting”, aberta a empresários locais, em cooperação com os grupos de investimento e tecnologia chineses Fosun e Alibaba. O Protechting é um programa de aceleração de startups lançado há três anos e desenvolvido pela Fosun e pela Fidelidade. Este ano, as startups locais de Macau vão participar na competição dedicada à Healthtech, Fintech e Insurtech, que será realizada no dia 8 de Novembro, no WebSummit Lisbon. Do desenvolvimento As Startups são fundamentais para ajudar a diversificar a economia de Macau. O desenvolvimento deste ecossistema faz parte do plano de desenvolvimento de cinco anos de Macau e também faz parte de uma das 19 acções governamentais sugeridas pela Secretaria do Fórum Económico de Macau. Apesar de Macau ser uma cidade com 650.000 habitantes e uma economia dependente do jogo, muitos empreendedores estão a gerir negócios nas mais variadas áreas, desde desportos, produtos de saúde, designers de moda, programadores, consultores, multimédia… O pequeno tamanho do mercado de Macau é uma vantagem para as startups locais, já que menos investimentos são necessários para conquistar uma participação de mercado, enquanto isso, possivelmente chamando a atenção de um possível parceiro de investimentos chinês. Há também uma mudança de mentalidade da nova geração que quer trabalhar de forma independente e construir seu próprio negócio. Macau está já a trabalhar na expansão das oportunidades de desenvolvimento local e internacional para os seus empresários da área da Grande Baía e dos países de língua oficial portuguesa. O MYEIC assinou um acordo de cooperação com a empresa portuguesa Beta-i, em Lisboa, e concordou em criar uma “Zona Interactiva Macau”, onde ambos os membros podem solicitar o uso do espaço de trabalho e desfrutar dos seus serviços de incubação. O Centro de Incubação de Jovens Empreendedores de Macau estará a trabalhar no próximo ano com a incubadora brasileira Fábrica de Startups Rio, para estender a “Macau Interactive Zone” ao Brasil e procurar oportunidades de projectos empresariais de alta qualidade para entrar em Macau e na China. Um modelo semelhante já foi criado no 760 Creative Industry Park em Zhongshan, na província de Guangdong. O MYEIC e a DSE estão a reforçar a cooperação com muitas incubadoras da grande área da baía: em Henqhin, Zhongshan, Guagdong, Shenzen e Hong Kong. Empresários locais com o ID de Macau poderão usar esta rede de centros de Incubadoras na China, que os ajudarão a facilitar a abertura de uma empresa na China, tendo escritórios, participando em programas de aperfeiçoamento e ajudando a encontrar trabalhadores qualificados e potenciais investidores chineses. Um outro acordo foi assinado no ano passado entre o Gabinete Económico de Macau e a Fábrica de Startups, permitindo que vários empresários de Macau pudessem usufruir de programas de consultoria/mentoring em Portugal, ao mesmo tempo que tinham um escritório de partilha no Second Home em Lisboa. Algumas empresas do MYEIC já têm sucesso internacional como é o caso de Aomi e Bingui. O papel de Macau no futuro do ecossistema de grandes startups da Grande Baía é conectar-se com empresas de países de língua portuguesa que querem ter acesso ao mercado chinês. Isso também funciona ao contrário com empresas da Grande Baía que queiram ter acesso ao mundo ocidental. A estratégia de longo prazo passa pelo fortalecimento das relações e parcerias entre os diversos pólos de empreendedorismo: vinculando toda a cadeia de ciclo do ecossistema: incubadoras, aceleradoras, investidores, universidades, entidades governamentais, assessores jurídicos, mentores etc. São serão sempre necessários programas permanentes de Incubação e Aceleração para empreendedores locais: mentoring avançado que abrange vários aspectos relacionados à gestão de negócios e à abertura de canais de investimento para facilitar o desenvolvimento dessas startups. A consolidação do ecossistema existente na área da Grande Baía precisa de leis que ajudem a quebrar as barreiras da cooperação. No caso dos Países de Língua Portuguesa, ainda estamos num estágio menos avançado devido à distância, mas certamente veremos os frutos das parcerias que têm sido criadas, nos próximos anos.
Hoje Macau DesportoChina | Shanghai SIPG e Vítor Pereira muito perto de se sagrarem campeões [dropcap]O[/dropcap] Shanghai SIPG, treinado pelo português Vítor Pereira, deu sábado um passo, provavelmente, decisivo, para se sagrar campeão chinês de futebol, ao vencer por 5-4 no estádio do perseguidor e heptacampeão Guangzhou Evergrande, na 28.ª e antepenúltima jornada. A equipa orientada por Vítor Pereira – que poderá em breve juntar o título de campeão chinês aos que já conquistou em Portugal, no FC Porto, em 2012 e 2013, e na Grécia, no Olympiacos, em 2015 -, passou a dispor de cinco pontos de vantagem na liderança do campeonato, com apenas seis em disputa. O Guangzhou Evergrande, pelo qual foi totalista o brasileiro Talisca, ex-jogador do Benfica, até chegou ao intervalo a vencer por 3-2, num jogo com nove golos, um dos quais marcado pelo compatriota Hulk, antigo futebolista do FC Porto, aos 89 minutos, de grande penalidade. Os restantes golos do Shanghai SIPG foram marcados por Lu Wenjun (14 minutos), Cai Huikang (40), Wu Lei (50) e Zhang Chenglin (79, na própria baliza), tendo o heptacampeão ‘facturado’ por intermédio de Paulinho (30 e 45+3) e Alan (43 e 90+5, o último de grande penalidade).
Hoje Macau China / ÁsiaRepública Dominicana abre embaixada em Pequim [dropcap]O[/dropcap] Presidente da República Dominicana, Danilo Medina, inaugurou sábado a embaixada do país em Pequim, na sequência do estabelecimento das relações diplomáticas com a China, no passado dia 1 de Maio. A cerimónia contou com a presença dos ministros dos Negócios Estrangeiros dos dois países, Miguel Vargas e Wang Yi. Na primeira visita oficial de um Presidente dominicano ao gigante asiático, na sexta-feira, Medina reuniu-se com o homólogo chinês, Xi Jinping, e juntos assinaram vários acordos de cooperação bilateral, no âmbito do comércio, educação e finanças. “A história e os factos vão provar que a decisão de estabelecer relações diplomáticas entre a China e a República Dominicana é absolutamente correcta”, afirmou o Presidente chinês, citado pela agência estatal Xinhua.No passado dia1de Maio, a República Dominicana decidiu reformular a sua política externa, ao quebrar os laços históricos com Taiwan e estabelecer relações com a China.
Hoje Macau China / ÁsiaPaquistão | Pequim dispõe-se a ajudar o país a superar crise fiscal [dropcap]O[/dropcap] Governo chinês afirmou sábado estar disposto a oferecer assistência ao Paquistão para ajudar o país a superar a actual crise fiscal, mas sublinhou que as condições ainda estão a ser discutidas. O anúncio do vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Kong Xuanyou, surgiu depois de uma reunião, em Pequim, entre o primeiro-ministro chinês Li Keqiang e o recém-eleito primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan. O responsável chinês escusou-se, no entanto, a avançar o montante específico da ajuda que a China está disposta a oferecer. A emergente crise fiscal no Paquistão tem levantado dúvidas sobre a capacidade do país devolver os empréstimos concedidos por Pequim no âmbito da iniciativa chinesa “Uma Faixa, uma Rota”. A China prometeu mais de 60 mil milhões de dólares ao Paquistão, através de empréstimos e investimentos, para estradas, portos e parques industriais. Anunciada pelo Presidente chinês, Xi Jinping, a iniciativa “Faixa económica da rota da seda e a Rota da seda marítima do século XXI”, mais conhecida como “Uma Faixa, Uma Rota”, está avaliada em 900 mil milhões de dólares e visa reactivar as antigas vias comerciais entre a China e a Europa através da Ásia Central, África e Sudeste Asiático.
Hoje Macau China / ÁsiaXi Jinping promete medidas para apoiar sector privado Após um encontro com administradores das maiores empresas privadas do país, o Presidente chinês deixou uma mensagem de apoio ao sector que se tornou “numa força indispensável” no desenvolvimento económico do país [dropcap]O[/dropcap] Presidente chinês, Xi Jinping, prometeu medidas para apoiar o desenvolvimento do sector privado no país, incluindo a redução da carga fiscal ou a facilitação no acesso ao crédito, informou sexta-feira a imprensa estatal. Xi teve na quinta-feira um raro encontro com representantes das maiores empresas privadas chinesas, incluindo os gigantes da Internet Baidu e Tencent. Na reunião estiveram ainda presentes os vice-primeiros ministros chineses Han Zheng e Liu He. “Estou hoje aqui para vos dar confiança”, assegurou o líder chinês. “Nos últimos quarenta anos, o sector privado converteu-se numa força indispensável do desenvolvimento da China”, disse. Citado pela imprensa estatal, Xi Jinping prometeu reduzir a carga fiscal e dar isenções às empresas novas e pequenas, facilitar o financiamento, eliminar restrições no acesso ao mercado, promover a relação entre o Governo e as empresas e proteger a segurança e propriedade dos empreendedores. Apesar de as empresas privadas chinesas partilharem do mesmo estatuto legal das firmas estatais, na prática, as segundas têm mais apoio dos bancos, dominados pelo Estado, e gozam de tratamento preferencial por parte das autoridades. As palavras de Xi surgem numa altura de abrandamento da economia chinesa e de renovadas tensões com os Estados Unidos, em torno de disputas comerciais. Também a Europa se queixa frequentemente dos obstáculos no acesso ao mercado chinês, e de tratamento desigual, face às firmas estatais. Outro ritmo Xi apelou ainda a maior confiança na economia chinesa, assegurando que conta com grande capacidade de recuperação e potencial. No terceiro trimestre do ano, o crescimento da economia chinesa abrandou para 6,5%, em termos homólogos, o ritmo mais lento desde o primeiro trimestre de 2009, segundo dados publicados na semana passada. O investimento em activos fixos, motor fundamental do crescimento, abrandou para 5,4%, nos primeiros nove meses do ano, face ao mesmo período do ano passado. O sector privado contribui hoje para mais de metade da receita tributária do país, 60% do Produto Interno Bruto ou 80% dos postos de trabalho nas cidades, segundo dados oficiais.
Hoje Macau China / ÁsiaCapitalismo de Estado alimenta discórdia com Ocidente e ameaça economia, dizem analistas Economistas alertam para os efeitos nocivos que o retrocesso na política de abertura e reforma lançada em 1978 poderão ter no desenvolvimento do país [dropcap]A[/dropcap]nalistas alertam para os crescentes riscos políticos e económicos na China, à medida que o Partido Comunista reforça o domínio sobre a segunda maior economia mundial, quarenta anos após ter aberto o país ao investimento privado. O modelo de capitalismo de Estado vigente na China, em que os sectores chave da economia são dominados pelas firmas estatais, alimenta riscos de um conflito com o Ocidente, alertaram esta semana dois conhecidos economistas chineses. “O modelo chinês é para o Ocidente uma anomalia alarmante, e leva à discórdia com a China”, afirma Zhang Weiying, professor da Universidade de Pequim, num discurso publicado no portal oficial da instituição, e entretanto apagado. “Aos olhos do Ocidente, o modelo chinês é incompatível com o comércio justo e a paz mundial, e não deve avançar triunfante”, observa. Pequim interdita o acesso de empresas estrangeiras a vários sectores, enquanto as firmas chinesas compraram, nos últimos anos, empresas e activos estratégicos em todo o mundo. Sheng Hong, director executivo da unidade de investigação Unirule Institute of Economics, com sede em Pequim, adverte as autoridades chinesas que, ao recuarem na política de Reforma e Abertura, lançada em 1978, e que abriu o país ao comércio e mercado livres, aumentam o potencial de conflito com o Ocidente. “A reforma e abertura da China é a garantia de cooperação estratégica entre a China e os Estados Unidos”, afirma Sheng, num artigo difundido pelo jornal Financial Times, atribuindo à abertura da economia chinesa “a convergência de valores com o Ocidente”. Grande plano No entanto, desde a ascensão ao poder do Presidente chinês, Xi Jinping, em 2013, o Partido Comunista da China (PCC) reforçou o seu controlo sobre a sociedade civil, ensino ou economia. Um plano de modernização designado “Made in China 2025” visa transformar as estatais do país em líderes globais em sectores de alto valor agregado, como inteligência artificial, energia renovável, robótica e carros eléctricos. Dinny McMahon, autor do livro “China Great Wall of Debt” (“A Grande Muralha de Dívida da China”), alerta para os perigos económicos do modelo chinês, face à obsessão de Pequim em assegurar altas taxas de crescimento económico, consideradas essenciais para assegurar a estabilidade social, uma preocupação constante do PCC. “Desde a crise financeira global [em 2008], o crescimento da economia chinesa tem assentado no investimento alimentado por dívida”, explica McMahon, que foi também correspondente em Pequim do Wall Street Journal, entre 2009 e 2015, estimando que o país criou, nos últimos dez anos, “63% do novo dinheiro a nível global”. No espaço de uma década, enquanto as economias desenvolvidas estagnaram, a China construiu a maior rede ferroviária de alta velocidade do mundo, mais de oitenta aeroportos ou dezenas de cidades de raiz, alargando a classe média chinesa em centenas de milhões de pessoas. No entanto, segundo a agência suíça Bank for International Settlements (BIS), durante o mesmo período, a dívida chinesa quase duplicou, para 257% do Produto Interno Bruto (PIB). “Penso que no núcleo desta questão reside a necessidade política de garantir um determinado ritmo de crescimento”, afirma Dinny McMahon. O problema é exacerbado pelas autoridades locais e empresas estatais, cuja promoção dos quadros depende sobretudo do ritmo de crescimento do PIB das respectivas províncias ou cidades. “Visto que um presidente da câmara tem um mandato de cinco anos, mas por norma fica apenas três ou quatro, a forma mais fácil de estimular o crescimento económico é contrair dívida para construir”, afirma McMahon. Um dos efeitos mais visíveis do desperdício gerado por este ciclo são as dezenas de cidades “fantasma” erguidas por todo o país: condomínios, torres de escritórios, centros administrativos, edifícios governamentais, teatros ou complexos desportivos totalmente abandonados. “Enquanto mais dívida contraí, mais constrói, e maior crescimento alcança”, descreve. “Mas quando chega a altura de pagar as dívidas contraídas, o responsável já foi promovido”, explica.
Hoje Macau Eventos“A Sombra Manifesta” vai representar Macau na Bienal de Veneza 2019 [dropcap]“A[/dropcap] Sombra Manifesta” de Lio Sio Man e Heidi Lau foi a proposta escolhido apara representar Macau na Bienal de Veneza, em Itália. Esta obra vai, no evento que se realiza em Maio do próximo ano vai, desconstruir a “imagem actual demasiadamente simplificada de Macau e revelar a sua identidade cultural intrincada, mostrando assim a Macau invisível”, revela o Instituto Cultural (IC), em comunicado. “A Sombra Manifesta”, é uma obra que utiliza a sobretudo o trabalho em cerâmica e que tem como objectivo, “alterar a impressão estereotipada das pessoas sobre Macau e mexer com a re-imaginação da cidade e da sua identidade através da reconstrução mental da terra natal na memória, da introspecção sobre as ruínas da cidade e da inferência de mitos paranormais”, refere a mesma fonte. A obra de Lio Sio Man e Heidi Lau foi considera pelo júri como detentora de um discurso estético completo além de representar uma “retrospecção sobre o homem e a sua cultura”. A obra reflecte ainda sobre a “monstruosidade” do território materializada “na diversidade de culturas, na mistura de diversas religiões, na tradição e na modernidade do real e do irreal”, indicadores relevantes do contexto híbrido de Macau.
Hoje Macau SociedadeSaúde | Inaugurado centro de procriação medicamente assistida [dropcap]O[/dropcap] centro de procriação medicamente assistida do Hospital Kiang Wu foi inaugurado no passado sábado. A valência é composta por dez profissionais que, de acordo com o subdirector do hospital, Chan Tai Ip, são suficientes para esta fase, sendo esperado que o centro venha a dar resposta a cerca de mil casos por ano. De acordo com o Jornal do Cidadão, o mesmo responsável mostrou-se satisfeito com o período experimental de funcionamento do centro que decorreu nos últimos 15 dias de Outubro, tendo recebido 40 casais. O responsável recordou que, segundo as informações de regiões vizinhas, um em cada seis casais tem problemas de fertilidade. Em Macau, Chan estima que existam cerca de setecentos casais nestas circunstâncias, por ano. Apesar de considerar que a equipa composta por dez pessoas seja suficiente para corresponder à procura local, Chan Tai Ip admite a possibilidade de vir a contratar mais profissionais se as necessidades assim o exigirem. O serviço de inseminação artificial no centro de procriação medicamente assistida do Hospital Kiang Wu vai custar 70 mil patacas e as expectativas de sucesso rondam os 50 por cento das intervenções, aponta o responsável à mesma fonte. No entanto, a nova valência não permite fazer o diagnóstico genético de pré-implantação na medida em que ainda não existe um regime para o efeito. Mas, “em casos especiais o hospital vai cooperar com entidades em regiões vizinhas e vai ter em conta a possibilidade de transferência de casos para o exterior”, cita o Jornal do Cidadão. Em declarações ao Jornal Ou Mun, a deputada Wong Kit Cheng referiu que a entrada em funcionamento do centro de procriação medicamente assistida marca um novo avanço nos serviços de saúde.
Hoje Macau SociedadeExplosão | Restaurante corre o risco de ter licença suspensa [dropcap]N[/dropcap]a sequência do caso de explosão num restaurante no Porto Interior, Lo Chi Kin, vice-presidente do conselho de administração do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), explicou aos jornalistas que a licença emitida ao restaurante em causa prevê o uso de fogão eléctrico, mas os gerentes optaram por usar bilhas de gás. Lo Chi Kin considera que os casos em que se utilizam fogões diferentes sem autorização não são comuns e alerta que, nessas situações, os restaurantes em causa correm o risco de verem a sua licença suspensa. De acordo com o Jornal do Cidadão, Lo Chin Kin disse que o Governo tem vindo a reforçar os trabalhos periódicos de fiscalização no sector da restauração, agendando inspecções anualmente. Ainda assim, o responsável do IACM defende que o mais importante é aumentar a consciência do sector em prol de uma maior segurança ao nível do fornecimento de energia.
Hoje Macau SociedadeTaxista adormece e bate em dezoito veículos [dropcap]U[/dropcap]m táxi atingiu na madrugada do passado sábado 15 motas e três carros estacionados na Rua de Foshan na Taipa. O acidente ocorreu depois do taxista ter, alegadamente, adormecido ao volante. De acordo com o Jornal Ou Mun, do acidente não resultaram feridos, incluindo o passageiro que abandonou o táxi depois do choque. As forças policiais foram chamadas ao local e foi feito o teste de alcoolemia ao motorista sem registos de álcool. Foi concluído que o acidente se ficou a dever ao facto do taxista ter momentaneamente adormecido ao volante.
Hoje Macau SociedadeReceitas de jogo superiores a 27 mil milhões de patacas em Outubro [dropcap]O[/dropcap]s casinos de Macau fecharam o mês de Outubro com receitas de 27.328 milhões de patacas, mais 2,6 por cento que no período homólogo de 2017, anunciaram as autoridades do território. Em Outubro do ano passado, as receitas dos casinos tinham atingido 26.633 milhões de patacas, de acordo com os dados publicados na página online da Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ). Em relação ao mês de Setembro, as receitas dos casinos em Outubro deste ano subiram cerca de 5.376 milhões de patacas. As receitas brutas acumuladas nos dez primeiros meses do ano totalizaram 251.383 milhões de patacas, um aumento de 14,3 por cento em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados oficiais.
Hoje Macau PolíticaGabinete de Ligação | Cinzas de Zheng Xiasong depositadas em Pequim [dropcap]A[/dropcap]s cinzas do ex-director do Gabinete de Ligação do Governo Central em Macau, Zheng Xiasong, foram depositadas no sábado no cemitério revolucionário de Babaoshan, em Pequim, de acordo com o canal de rádio da TDM. A escolha do local, aponta a mesma fonte, deve-se ao facto de ser essa a vontade manifestada pela família. Recorde-se que Zheng morreu na sequência de uma queda da sua casa, no passado dia 20 de Outubro, em Macau.
Hoje Macau DesportoGP Malásia | Miguel Oliveira é vice-campeão do mundo de Moto 2 [dropcap]M[/dropcap]iguel Oliveira terminou hoje em segundo lugar no Grande Prémio da Malásia de Moto2, permitindo já ao italiano Francesco Bagnaia festejar o título da classe intermédia, ficando o português como vice-campeão mundial. O piloto da KTM terminou a cerca de um segundo do italiano Luca Marini, irmão de Valentino Rossi, um resultado insuficiente para levar a discussão do título até à derradeira corrida da temporada, em Valência, devido ao terceiro lugar do italiano Francesco Bagnaia, novo campeão, numa Kalex da Sky Racing. Oliveira, que nesta corrida não teve apoio do colega de equipa, o sul-africano Brad Binder, precisava de vencer e esperar que Bagnaia fosse pelo menos terceiro classificado. Assim, ficou a 32 pontos do italiano da equipa de Valentino Rossi quando ficam 25 pontos em disputa na última prova. Depois do segundo lugar em 2015 no Mundial de Moto3, Miguel Oliveira volta a ser vice-campeão mundial.
Hoje Macau EventosVhils ofereceu obra para leilão em Londres de apoio à saúde mental masculina [dropcap]O[/dropcap] artista português Alexandre Farto, que assina como Vhils, é um dos nove artistas urbanos que produziram obras para um leilão em Londres a favor da Fundação Movember e do trabalho na área da saúde mental masculina e prevenção do suicídio. Em parceria com a leiloeira Sotheby’s, a iniciativa foi conduzida pelo artista e galeria Dean Stockton, mais conhecido por D*Face, cujos murais de arte pop são comparados ao estilo observado nas telas de Roy Lichtenstein. “Na sua essência, a arte urbana sempre procurou quebrar barreiras físicas e sociais. Da mesma forma, eu acredito plenamente que a Arte Urbana tem a capacidade de romper o estigma social da saúde mental dos homens e quebrar essa fronteira invisível que faz com que os homens mantenham os problemas para si mesmos”, disse, citado num comunicado. Stockton revela que artistas como ele sofrem muitas vezes de problemas como isolamento e solidão, e que a arte urbana pode ser um catalisador para o debate sobre a saúde mental masculina. O seu trabalho, intitulado “Confortem os solitários”, que retrata duas figuras masculinas abraçadas, pretende abordar o assunto frontalmente para que inspire conversas entre amigos do sexo masculino em relação ao seu bem-estar mental. “Tanto pode ser alcançado em poucas palavras, alguém apenas precisa de começar a conversa”, referiu. Vhils contribui com “Babel Series #10”, uma obra feita a partir de posters colados uns sobre os outros, e nos quais o artista talhou rasgos que, no conjunto, formam um olho humano. A peça tem um valor de venda estimado entre 6.000 e 8.000 libras (6.743 a 8.991 euros). “Vhils usa cartazes encontrados nas ruas, que ele esculpe em retratos cativantes de pessoas. Com a contribuição dele para o grupo de solidariedade Movember, ele colocou em destaque o olhar de um observador anónimo, talvez referindo-se à necessidade de ‘ficar de olho’ nas pessoas em nosso redor”, comentou Boris Cornelissen, diretor adjunto da Sotheby’s e especialista em arte contemporânea, em declarações à agência Lusa. Nascido em 1987, Alexandre Farto cresceu no Seixal, onde começou por pintar paredes e comboios com ‘graffiti’, aos 13 anos, tendo estudado mais tarde Belas Artes na universidade Central Saint Martins, em Londres. É reputado pelo uso de ferramentas como martelos pneumáticos para ‘escavar’ retratos em paredes ou muros exteriores, tendo feito intervenções em Portugal, Tailândia, Malásia, Hong Kong, Itália, Estados Unidos, Ucrânia, Macau e Brasil. Além de Vhils e D*Face, associaram-se à iniciativa Shepard Fairey, Jonathan Yeo, Ben Eine, Alexis Diaz, Okuda, Felipe Pantone e Conor Harrington. As obras poderão ser vistas na galeria da Sotheby’s, em Londres, no âmbito da exposição “Contemporary Curated”, de 16 a 19 de novembro, antes de serem vendidas no leilão de arte contemporânea que vai realizar-se no dia 20 de novembro, em Londres, em paralelo com um leilão ‘online’ que decorre até ao dia seguinte. A Fundação Movember, cujo nome junta as palavras “moustache” e “november”, promove anualmente uma campanha durante o mês de novembro, quando apoiantes deixam crescer o bigode para sensibilizar para vários aspetos da saúde masculina, como o cancro da próstata e do testículo.
Hoje Macau SociedadeExposição internacional de importações em Xangai recebe produtos lusófonos [dropcap]O[/dropcap] Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM), vai apresentar, a partir de hoje, produtos locais e dos países lusófonos na primeira exposição internacional de importações da China (CIIE), em Xangai. A exposição, que reúne a participação de mais de 130 países, vai acolher 39 empresas de Macau responsáveis pelo comércio de produtos locais, mas também de países de língua portuguesa com canais de distribuição no território, de acordo com um comunicado do IPIM. “Com uma área completamente aberta (…) os dois pavilhões [reservados a Macau] vão apresentar produtos alimentares e bebidas macaenses e lusófonos, visando promover o papel de Macau como plataforma sino-lusófona”, lê-se no comunicado da instituição. A delegação de Macau, liderada pelo Secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, conta com representantes do comércio, serviços financeiros, ciência e tecnologia, hotelaria, turismo, restauração, indústria transformadora, entre outros. Anunciada pelo Presidente chinês, Xi Jinping, em maio do ano passado, durante o fórum “Uma Faixa, Uma Rota” para a cooperação internacional, a CIEE constitui uma importante medida de Pequim para apoiar a liberalização do comércio e a globalização económica, abrindo ainda mais, por iniciativa própria, o mercado chinês ao mundo.
Hoje Macau ReportagemPraia, a cidade estaleiro em Cabo Verde [dropcap]A[/dropcap] cidade da Praia, em Cabo Verde, assemelha-se a um estaleiro, com obras públicas e privadas a crescerem em vários sítios e em simultâneo, o que para uns é incomodativo, mas para outros um sinal de esperança. Avelino Mendes Tavares, conhecido como Caló, é pescador desde “a barriga da mãe”, como faz questão de sublinhar, e a sua vida junto ao mar de Cabo Verde permitiu-lhe assistir a muitas mudanças na orla marítima da cidade da Praia. E foi junto ao mar que viu erguer-se um edifício majestoso na praia da Gamboa, onde costuma pescar, que faz parte do megaprojeto de hotel e casino da Macau Legend Development Ltd, do magnata David Chow. Trata-se do maior empreendimento turístico previsto para Cabo Verde, com um investimento superior a 200 milhões de euros, e que consiste num complexo turístico com hotel, marina, centro de convenções e casino. “Acompanhei esta obra desde o seu início. Digo que é a maior infraestrutura que será feita em Cabo Verde. Quanto estiver tudo pronto, tudo bonito, vai atrair mais turistas, mais câmbio, podemos ser vistos por todo o mundo como algo importante”, disse Caló, que não esconde o entusiasmo com a obra, mesmo que saia com a pescaria prejudicada. David Chow. Foto HM E explica: “Para os pescadores é mau porque tapou a praia. Assim muitos peixes já não entram como dantes. Para nós é mau, mas para o Estado de Cabo Verde é bom porque ganha-se mais dinheiro”. Questionado sobre a beleza da obra, para alguns considerada de dimensão exagerada, dado estar junto ao mar, Caló não tem dúvidas de que “é uma obra bonita que vai trazer muito rendimento para Cabo Verde” e “vai trazer muitos turistas para o país”. O pescador encontra ainda outra vantagem neste crescimento urbanístico, acreditando que tantas obras estão a dar emprego a quem não o tinha. “No ano passado não choveu e muitas pessoas do interior não tinham emprego e estão a trabalhar aqui agora. São muitos pedreiros, pintores e muitos vieram [das ilhas] de Santo Antão, São Nicolau”. Arlindo Gomes, 56 anos, e uma vida dedicada à construção civil, não subscreve o mesmo optimismo. Junto à obra onde irá nascer o Parque Tecnológico de Cabo Verde, também na Praia, aguardava pelo encarregado enquanto partilhava com a Lusa o desânimo de estar quase a chegar ao fim do ano sem ter faturado nenhum dinheiro. “Vim aqui procurar trabalho. Estou desempregado. Este ano ainda não consegui nada. Já procurei em várias obras, agora venho aqui para falar com o encarregado para ver se alguém me dá emprego”, disse. Questionado sobre o impacto de tantas obras no desemprego que atinge tantos cabo-verdianos, Arlindo Gomes disse nada notar. “Há muitos profissionais sem trabalho, apesar das obras. Está tudo parado”, afirmou. E o elevado desemprego leva a que muitos aceitem trabalhar muito, em más condições e por menos dinheiro: “Se não estava contente, mudava e arranjava sempre outro trabalho. Agora, mesmo que esteja amargurado, maltratado, tenho que aguentar. Está muito difícil”. A vida corre melhor para Ailton Rocha, 28 anos, frequentador da praia Quebra-Canela, uma das três que na orla marítima da capital estão a sofrer intervenções devido às construções que aí se erguem. Gosta da praia “porque é maravilhosa” e ali encontra o que considera o mais importante: “Mulheres”. Sobre os vários bares e restaurantes que na falésia estão a ser construídos só encontra vantagens, embora reconheça que as obras provocam algum incómodo. “Talvez incomode”, mas “vale a pena”, porque as obras são “muito importantes para embelezar a praia”. Além disso, referiu, “as obras são muito importantes para as pessoas que não têm emprego e agora estão a trabalhar”. Após umas horas de descontração nas areias da Quebra Canela, a enfermeira espanhola Lina Monteiro disse à Lusa que assim que chegou à cidade da Praia se apercebeu do volume de obras na capital. Considera que este nível de construção é bom para o país, mas só espera que os edifícios sejam construídos até ao fim, coisa que nem sempre acontece na cidade. A trabalhar no Hospital Agostinho Neto, o principal de Cabo Verde, Lina Monteiro espera que as obras “sejam importantes para o desenvolvimento” do Estado. Além das praias de Quebra Canela e Gamboa, também a Prainha está cercada por obras: O hotel Jasmin, uma unidade hoteleira de cinco estrelas do grupo Sana, de um lado, a recuperação do farol de D. Maria Pia, também conhecido por farol da ponta Temerosa, no outro, e, paralela à linha do mar, a residência oficial do Presidente da República de Cabo Verde, propriedade do Estado. As novas construções são vizinhas de edifícios recuperados e de alguma importância, como a nova sede do Banco de Cabo Verde, com a obra em curso, que fica na mesma rua que o Palácio da Assembleia Nacional, ainda com algumas chapas das obras de que foi alvo. A reabilitação do Palácio da Assembleia Nacional foi financiada pelo Governo chinês, no âmbito da cooperação existente entre Cabo Verde e a China. Já a obra da nova sede do Banco de Cabo Verde, cujo projeto de arquitetura foi elaborado por uma equipa liderada pelo arquiteto português Álvaro Siza Vieira, movimenta diariamente dezenas de homens e máquinas que ali fazem crescer o edifício numa das principais zonas da cidade, conhecida como a rua das embaixadas, na Achada de Santo António. Outra das principais obras na Praia é a requalificação da Praça do Palmarejo, a cargo do grupo Khym Negoce, que prevê a ocupação de um quinto da área com infraestruturas, estacionamento, espaços verdes e lojas. Para já, a parte central da praça está cercada por chapas de metal, sendo visível o avanço das obras através da porta por onde entram e saem os veículos de apoio. Na terra do pó, estas obras aumentam ainda mais a presença de detritos no ar e nas superfícies, exigindo maiores cuidados de limpeza, principalmente por parte dos estabelecimentos comerciais, como a “Padaria”, uma popular pastelaria portuguesa situada na praça do Palmarejo. À Lusa, Patrícia Santos, que gere a “Padaria”, disse que os primeiros dias foram os mais complicados e que, para já, as obras só são prejudicais à vista. Na sua casa, que já ganhou fama, os clientes que optam pela esplanada tiveram de se habituar a aumentar a voz para serem ouvidos, mas todos compreendem a razão do incómodo. “Compreendemos que as obras são para embelezar aqui o centro do Palmarejo”, reconhecendo que o pó agora é mais que nunca, levando a mais cuidados de higiene. Ligeiramente afastado do centro da cidade, mas ainda na zona do Palmarejo Grande, o novo Campus Universitário de Cabo Verde é das maiores obras em curso na cidade. Os carateres chineses que rodeiam as redes de proteção dos edifícios são um primeiro sinal do investimento chinês nesta obra, projetada para cerca de 5.000 estudantes e perto de 500 docentes, 61 salas de aulas e cinco auditórios com 150 lugares. Com finalização prevista para 2020, o novo campus foi financiado pelo Governo chinês em 15 milhões de dólares. Para já, ocupa uma vasta área na cidade, movimentando trabalhadores, máquinas e material, presença a que os praienses já se habituaram.
Hoje Macau EventosLuísa Sobral faz o elogio da imperfeição em “Rosa”, o novo álbum, quase como um concerto [dropcap]A[/dropcap] cantora e autora Luísa Sobral definiu o seu novo álbum, “Rosa”, a editar na próxima semana, como “um disco de ‘cantautor’, em que as letras são mais importantes”, em que “é quase como estar num concerto”. Em entrevista à agência Lusa, Luísa Sobral afirmou que pensou neste novo álbum, que é editado na próxima sexta-feira, como “um disco de ‘cantautor’, em que as letras são mais importantes, e que é quase como estar num concerto, porque é tudo muito verdadeiro”, “Gravámos tudo ao mesmo tempo, os ‘takes’ imperfeitos, deixámo-los imperfeitos, porque tanto eu como o produtor [Raül Refree] gostamos da imperfeição. Foi tudo muito orgânico, muito verdadeiro, e era isso que me importava”, disse. Relativamente ao novo CD, todo gravado em português, a cantora afirmou que pretendia “algo mais despido, simples e direto”, e daí o convite ao espanhol Raül Refree, que trabalhou com Sílvia Pèrez Cruz e Rosalía, para o produzir. Luísa Sobral assina, letra e música, das onze canções que constituem o CD, que tomou o nome de “Rosa”, em homenagem à sua filha, pois foi composto durante a sua gravidez, o que influenciou o trabalho final. “Este disco conta histórias e fala de amor, como todos os meus álbuns, mas este tem uma sonoridade diferente, e as canções estão mais expostas, além da minha voz estar um bocadinho diferente, porque durante a gravidez fiquei muito rouca, o que influenciou a forma como compus, mas decidi gravar assim, com a voz que me fez escrever as canções”, disse. Luísa Sobral reconheceu existirem expectativas, relativamente a este seu novo álbum, mas disse: “Tentei não pensar muito nisso, para sair tudo de uma forma natural: não pensei, mesmo, muito nisso”. “O mais diferente é o disco ser todo cantado em português, o facto de ser tão despido, e mudei o grupo de acompanhadores, que anteriormente eram guitarra, piano, bateria e contrabaixo, mas continuo a ser eu na composição, e com as minhas características”. Neste CD, Luísa Sobral, além da voz, toca guitarra clássica, e é acompanhada pelos músicos Raül Refree, que assina a produção, nas guitarras clássica, acústica, elétrica, ‘Hammond’ e ‘Fender Rhodes’, Antonio Moreno, na percussão, Sérgio Charrinho, no fliscorne, Gil Gonçalves, na tuba, e Ângelo Caldeira, na trompa. Um disco “simples”, disse, mas que é o que mais gosta na arte, “pois é mais directo e chega ao coração das pessoas”. “A palavra simples é muitas vezes subestimada, mas, para mim, simples é o melhor, é o mais fácil de chegar às pessoas. E, às vezes, vamos analisar o ‘simples’ e não é nada tão simples assim, mas acaba por parecer, e é o que mais gosto na arte, parecer simples e afinal não é”, argumentou. Neste CD, a intérprete partilha a canção “Só um Beijo”, com o irmão Salvador Sobral, que poderá vir a ser um dos convidados dos concertos de apresentação do álbum, em Fevereiro, no Porto, dia 9, na Casa da Música, e, no dia 22, no TivoliBBVA, em Lisboa. “Não pensei ainda nestes concertos, mas, a convidar, seria o meu irmão [Salvador Sobral], a ver se ele pode, e o Raül Refree”, disse. O CD abre com a canção “Nádia”, que remete para o drama dos migrantes que atravessam o mar Egeu, para alcançarem a Europa, para sobreviverem. E, através de outras, como “Querida Rosa”, “Benjamim”, “Mesma Rua, Mesmo Lado”, “Dois Namorados” ou “Maria do Mar”, Luísa Sobral vai apresentando personagens e contando a suas histórias.