Félix da Costa estreia-se nas 24h de Le Mans e admite “grande desafio na carreira”

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] piloto português António Félix da Costa vai estrear-se nas 24 Horas de Le Mans ao volante de um BMW, na terceira categoria da prova (LMGTE Pro), e admitiu que este é “um grande desafio na carreira”.

“Mais um enorme desafio na minha carreira. As 24 Horas de Le Mans são uma grande corrida em que todos querem participar, e eu não sou exceção, é um grande momento para mim”, disse o piloto, em declarações à sua assessoria de imprensa.

Ao lado do brasileiro Augusto Farfus e do britânico Alexander Sims, Félix da Costa vai entrar na emblemática prova de resistência francesa, que este ano organiza a sua 86.ª edição, ao volante de um BMW M8 de fábrica, arrancando hoje para os treinos livres antes da corrida, que começa no sábado, pelas 14:00.

Ainda hoje, Félix da Costa testa o carro em contexto competitivo, depois de “18 meses de testes de desenvolvimento”, na sessão de qualificação noturna, naquela que é uma estreia do português em Le Mans, que este ano será a segunda corrida da ‘supertemporada’ do Mundial de resistência 2018/19.

“Sabemos bem que a consistência, não cometer erros e a fiabilidade do carro serão as nossas maiores armas, e é com esse pensamento que encaramos esta mítica prova”, considerou Félix da Costa.

O português mostrou ainda vontade de “lutar pelo pódio” da categoria, “não apenas para participar” ao lado dos restantes 59 carros, que incluem ainda o português Pedro Lamy, na quarta categoria, e Filipe Albuquerque, na segunda.

Em Silverstone, primeira prova do Mundial, a equipa do piloto luso foi quinta classificada entre a GTE Pro, atrás de carros Ford, Ferrari e Porsche, naquele que é o regresso da BMW ao circuito de resistência.

14 Jun 2018

Donald Trump aceitou convite para visitar Pyongyang – agência coreana

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Presidente norte-americano aceitou um convite do líder norte-coreano para um encontro em Pyongyang, tendo igualmente convidado Kim Jong-un para se deslocar aos Estados Unidos da América, segundo a agência oficial da Coreia do Norte.

No primeiro balanço da cimeira de Singapura entre os responsáveis políticos dos dois países, a agência KCNA apontou que este encontro abre a porta a “uma mudança radical”.

“Kim Jong-un convidou Trump a fazer uma visita a Pyongyang num momento oportuno e Trump convidou Kim Jong-un a deslocar-se aos Estados Unidos”, referiu a KCNA.

A agência garante, também, que o Presidente dos EUA evocou “um levantamento das sanções” contra o regime de Pyongyang.

“O mundo deu um grande passo atrás numa possível catástrofe nuclear! Não há mais lançamentos de foguetões, testes nucleares ou pesquisas!”, escreveu Trump na rede social Twitter, aproveitando a longa viagem de regresso de Singapura para Washington.

O jornal oficial norte-coreano Rodong Sinmun tem na sua primeira página uma fotografia do aperto de mão histórico entre Donald Trump e Kim Jong-un. No total, publica 33 fotografias do encontro entre os dois líderes ao longo de quatro das seis páginas do jornal, que foram mostradas na televisão norte-coreana.

Ao lerem o jornal nos transportes públicos, os habitantes de Pyongyang veem pela primeira vez as fotografias do seu líder com o Presidente dos EUA, habitualmente apresentado como sendo o diabo, relatam jornalistas da AFP, no local.

“O encontro do século abre uma nova era da história das relações” entre aqueles dois países é o título da publicação Rodong Sinmun.

“A travessia movimentada em direção à desnuclearização da península coreana e uma paz permanente só está a começar”, analisa com mais prudência o jornal sul coreano Hankook.

Trump e Kim Jong-un realizaram na terça-feira a primeira cimeira da história entre os líderes dos dois países, durante a qual se comprometeram a “construir um regime de paz duradouro e estável na península coreana”.

Um simbólico aperto de mão deu início ao primeiro encontro entre os líderes dos dois países depois de quase 70 anos de confrontos políticos no seguimento da Guerra da Coreia (1950-53) e de 25 anos de tensão sobre o programa nuclear de Pyongyang.

14 Jun 2018

Washington espera que “essencial” do desarmamento norte-coreano ocorra até 2020

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s Estados Unidos esperam que “o essencial do desarmamento nuclear” da Coreia do Norte ocorra até ao final do mandato de Donald Trump, “dentro de dois anos e meio”, declarou hoje o chefe da diplomacia norte-americana, Mike Pompeo.

“Estamos esperançosos de conseguir isso nos próximos dois anos e meio”, “durante o primeiro mandato do presidente”, que termina em 2020, afirmou Pompeo em declarações aos jornalistas em Seul.

O secretário de Estado norte-americano disse ainda que o compromisso assumido na cimeira de Singapura, que reuniu o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, para “uma desnuclearização completa da península coreana” será “verificável e irreversível”, como exigiam os Estados Unidos.

A administração norte-americana tem sido alvo de críticas dado que o texto assinado pelos dois dirigentes não inclui esses termos e tem sido considerado vago.

O presidente dos Estados Unidos e o líder norte-coreano tiveram na terça-feira um encontro histórico em Singapura, no final do qual Donald Trump disse estar preparado para iniciar uma nova etapa nas relações com a Coreia do Norte e Kim Jong-un comprometeu-se com a desnuclearização completa do arsenal de Pyongyang.

14 Jun 2018

Assembleia-Geral da ONU aprova resolução que condena ofensiva de Israel

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Assembleia-Geral da ONU aprovou uma resolução que condena a resposta de Israel aos recentes protestos em Gaza e exige que seja equacionada proteção internacional à população palestiniana.

O texto, impulsionado pelos países árabes, recebeu o apoio de 120 estados-membros, os votos contra de oito e abstenções de 45.

Momentos antes, a Assembleia-Geral da ONU rejeitara, por uma escassa margem, uma emenda norte-americana que condenava o movimento islâmico palestiniano Hamas “por lançar constantemente mísseis contra Israel e incitar à violência” na Faixa de Gaza, “pondo civis em risco”.

Ao contrário das resoluções do Conselho de Segurança da ONU, as da Assembleia-Geral não são vinculativas.

Mais de uma centena de palestinianos morreram nos protestos da chamada “Grande Marcha de Regresso”, que começou em 30 de março e reclama o direito de regresso dos refugiados palestinianos.

14 Jun 2018

Pequim e Teerão fortalecem a cooperação estratégica

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s dois líderes conversaram depois de participar da 18ª cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (OCX) na cidade de Qingdao, e atingiram alguns consensos. Xi começou por dar as boas-vindas a Rouhani pela sua visita à China e a participação na cimeira.

Xi recordou que a China e o Irão anunciaram o estabelecimento da parceria estratégica abrangente durante sua visita de Estado ao Irão em 2016 e disse que os dois países aumentaram a cooperação e implementaram plenamente os consensos atingidos. “A China e o Irão atingiram resultados frutíferos em diversos âmbitos de cooperação e foram testemunhas de intercâmbios entre povos cada vez mais próximos”, disse Xi.

Além de assinalar que existe potencial para que aprofundem suas relações, Xi disse que “a China está disposta a trabalhar com o Irão para promoverem juntos o desenvolvimento estável e de longo prazo da parceria estratégica abrangente”. O presidente chinês pediu que as duas partes tomem o aprofundamento das relações políticas como princípio global para aumentar de forma constante a confiança mútua estratégica, aumentar os intercâmbios a todos os níveis e continuarem entender-se e apoiar-se em assuntos de grande preocupação relacionados com os respectivos interesses fundamentais.

“A China e o Irão devem impulsionar a cooperação pragmática concentrada na Iniciativa Uma Faixa, Uma Rota, promover a cooperação na aplicação da lei e em segurança centrada no combate ao terrorismo, e aprofundar os intercâmbios e a cooperação entre povos com o objectivo de aumentar a amizade China-Irão”, disse Xi.

Acordo nuclear é um “êxito”

O presidente chinês descreveu o acordo nuclear iraniano como um importante êxito do multilateralismo e disse que o acordo facilita a manutenção da paz e a estabilidade no Oriente Médio e o regime internacional de não proliferação, e que este deve continuar a ser implementado com sinceridade.

“A China apoia de forma constante a solução pacífica das disputas e dos assuntos conflitivos internacionais e está disposta a fortalecer a cooperação com o Irã nos marcos multilaterais e promover a construção de um novo tipo de relações internacionais”, disse Xi.

Rouhani felicitou Xi Jinping pela bem sucedida conclusão da cimeira da OCX em Qingdao. “A visita que Xi fez ao Irão há dois anos elevou de forma significativa as relações bilaterais”, disse Rouhani, acrescentando que “o Irão sente-se feliz pelo desenvolvimento sem contratempos da parceria estratégica abrangente Irão-China”.

“O Irão está disposto a aprofundar a cooperação pragmática em diversos âmbitos com a China e a implementar os acordos de cooperação sobre a construção conjunta da Iniciativa Uma Faixa, Uma Rota”, assinalou Rouhani. “A existência do acordo nuclear iraniano enfrenta actualmente desafios e o Irão espera que a comunidade internacional, incluindo a China, desempenhe um papel activo no adequado manejo dos assuntos pertinentes”, concluiu o primeiro-ministro iraniano.

Depois das conversações, Xi e Rouhani foram testemunhas da assinatura de acordos de cooperação bilateral.

14 Jun 2018

Cimeira EUA-Coreia do Norte | Quem ganhou, quem perdeu e o que se segue

A China foi, segundo analistas, um dos grandes beneficiários da cimeira entre Trump e Kim. O fim das manobras militares americanas era um antigo desiderato de Pequim

 

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]nalistas defendem que, apesar de ausente da cimeira entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte, a China foi um dos principais beneficiados do histórico encontro, com a suspensão dos exercícios militares na península coreana. O Presidente norte-americano, Donald Trump, comprometeu-se a suspender os exercícios militares conjuntos com a Coreia do Sul e, eventualmente, a reduzir o número de tropas norte-americanas na região. Pequim é contra a presença militar norte-americana na Coreia do Sul e no Japão, e apelou anteriormente a Washington para que suspenda as manobras militares na península, em troca da paragem dos testes com armamento nuclear, por parte de Pyongyang.

Com a redução da actividade militar nas fronteiras do nordeste, Pequim “pode concentrar as suas energias” no Mar do Sul da China, que reclama quase na totalidade – apesar dos protestos dos países vizinhos -, e em Taiwan, cujos laços com o continente se deterioraram desde a eleição da Presidente Tsai Ing-wen, pró-independência, explicou à agência Lusa o professor chinês de Relações Internacionais Wang Li.

Citado pela agência Associated Press, Ryan Hass, que dirigiu a política para a China do Conselho Nacional de Segurança dos EUA, durante a administração de Barack Obama, afirma que Pequim “está agora no caminho de alcançar aqueles objectivos, por um custo muito reduzido”.

Mas a China quererá também manter a sua influência sob Pyongyang, cujo isolamento fez com que dependesse quase totalmente de Pequim. “Penso que qualquer melhoria na relação bilateral entre EUA e Coreia do Norte poderá potencialmente ser vista como uma perda pela China”, disse Paul Haenle, antigo director para a China do Conselho Nacional de Segurança dos EUA, durante as administrações de Obama e George W. Bush.

Apesar do afastamento entre Pequim e Pyongyang, face aos testes nucleares do regime norte-coreano, o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, deslocou-se por duas vezes à China, desde Abril, para se encontrar com o Presidente chinês, Xi Jinping. O segundo encontro, em Dalian, cidade portuária do nordeste chinês, foi visto como um esforço da China para garantir que a sua voz seria ouvida durante o encontro entre Kim e Trump.

O Presidente norte-americano chegou a acusar a China pela “mudança de atitude” de Pyongyang, que, após a cimeira em Dalian, voltou a adoptar uma atitude hostil face a Washington. Pequim instou os dois lados a não cancelar a cimeira.

Aquelas manobras ilustram o equilíbrio que a China tem de alcançar entre encorajar o diálogo entre Pyongyang e Washington, sem permitir que os dois países se tornem demasiado próximos. Wang Li, professor na Universidade de Jilin, província chinesa situada junto à fronteira com a Coreia do Norte, lembra que “alguns cépticos” temem que a aproximação enfraqueça o papel da China, e que uma possível reunificação da península coreana venha a constituir uma ameaça para o país a longo prazo.

Já Paul Haenle afirma que Pequim está ciente que Pyongyang se quer libertar da quase total dependência face ao país, “para que a China não mantenha o tipo de influência que tem hoje”.

Wang Li lembra, no entanto, que “a RPDC [República Popular Democrática da Coreia, nome oficial da Coreia do Norte] precisa da China como tremenda retaguarda estratégica, que funciona desde aliado ideológico, parceiro político, fornecedor de apoio económico e tecnológico, e modelo institucional, até janela para o mundo exterior”.

Como demonstração de confiança que Kim sente pela China, o dirigente norte-coreano foi transportado para Singapura pela companhia aérea estatal Air China.

Pequim sugeriu já, entretanto, que o Conselho de Segurança da ONU suspenda as sanções contra a Coreia do Norte, face à nova atitude de Pyongyang. “Acreditamos que o Conselho de Segurança deve fazer esforços para apoiar as atuais iniciativas diplomáticas”, afirmou um porta-voz da diplomacia chinesa.

 

Pompeo em Pequim para abordar desenvolvimentos da cimeira

A China anunciou ontem que o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, vai reunir hoje, quinta-feira, em Pequim com o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, para abordar os desenvolvimentos alcançados durante a cimeira de Singapura. O Ministério informou que Wang e Pompeo vão participar numa conferência de imprensa conjunta, sem avançar detalhes sobre a visita, feita a convite do chefe da diplomacia chinesa.

Pompeo integrou a delegação que na terça-feira participou da histórica cimeira entre o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un. O Departamento de Estado norte-americano tinha já informado que, após a cimeira, Pompeo viajaria para a Coreia do Sul e China, para abordar com as autoridades daqueles países a desnuclearização da península coreana e as alianças regionais.

 

Imprensa | Opinião pública pode refrear acordo

A opinião pública, principalmente a americana, pode ser o principal obstáculo para conseguir o sucesso do diálogo iniciado na terça-feira pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, advertiu ontem o jornal “Global Times”.

A histórica cimeira de Singapura ocupou ontem as capas e editoriais dos veículos de imprensa chineses, onde abordaram as dificuldades enfrentadas pelo compromisso de alcançar a paz entre os dois líderes. “No futuro, o principal obstáculo para o processo de paz da península pode vir de Washington e Seul, ou inclusive de Tóquio”, disse um editorial do “Global Times”, alertando sobre os “inimigos domésticos” que Trump enfrentará na hora de acabar com as manobras militares na região. “Os legisladores e líderes de opinião podem encontrar infinitas desculpas para se opor à interacção do governo de Trump com a Coreia do Norte. Estas forças frearão Trump e Kim para impulsionar seu acordo. Os seus inimigos domésticos provavelmente estragarão tudo, dando prioridade a envergonhar Trump acima da protecção dos interesses dos Estados Unidos a longo prazo”, acrescenta.

No encontro em Singapura, Pyongyang reafirmou seu compromisso com a desnuclearização da península coreana e Washington ofereceu garantias de segurança ao regime. Embora Trump não vá retirar as tropas americanas na Coreia do Sul, nem suspender as sanções contra o regime norte-coreano “enquanto as armas nucleares permanecerem”, ele disse que vai interromper as manobras militares pois “sob as actuais circunstâncias, é inadequado realizar jogos de guerra”.

O ministro da Defesa do Japão, Itsunori Onodera, já mostrou hoje sua preocupação com a provável suspensão das manobras, alegando que elas desempenham um papel “muito importante” na segurança da Ásia Oriental.

Por sua vez, o jornal oficial “China Daily” também celebrou no seu editorial a promessa de Trump de oferecer garantias de segurança para a Coreia do Norte, eliminado desta forma um dos principais obstáculos para a paz. A publicação também destacou os esforços “incansáveis” da China e previu que Pequim seguirá desempenhando um papel activo para alcançar os objectivos e fornecerá apoio para consolidar a aproximação de ontem que “apagou a profunda desconfiança entre dois antigos inimigos”

14 Jun 2018

Gás natural | Sinosky com prejuízos em 2017

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Sinosky fechou 2017 com perdas de 4,94 milhões, elevando os prejuízos acumulados desde 2006 para 265 milhões de patacas. Segundo o relatório do conselho de administração da empresa, anexo ao balanço, publicado ontem em Boletim Oficial, as receitas da venda de gás natural foram de 487,62 milhões e os custos de 462,09 milhões de patacas.

Em 2017, A Sinosky abasteceu 178 milhões de metros cúbicos de gás natural. No ano passado, a empresa continuou a vender gás natural pelo “gate price” de 2,7357 patacas por metro cubico, aprovado pelo Governo há uma década. Até 31 de Dezembro, os activos da Sinosky totalizavam 173,89 milhões de patacas, enquanto o passivo era de 327,04 milhões.

14 Jun 2018

Comércio entre China e países de língua portuguesa subiu 25,9% até Março

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa atingiram 30,18 mil milhões de dólares norte-americanos no primeiro trimestre, traduzindo um aumento de 25,9 por cento em termos anuais homólogos.

Dados dos Serviços de Alfândega da China, publicados no portal do Fórum Macau, indicam que a China comprou aos países de língua portuguesa bens avaliados em 21,01 mil milhões de dólares – mais 24,3 por cento – e vendeu produtos no valor de 9,17 mil milhões de dólares – mais 29,6 por cento em termos anuais homólogos.

O Brasil manteve-se como o principal parceiro económico da China, com o volume das trocas comerciais bilaterais a cifrar-se em 21,47 mil milhões de dólares entre Janeiro e Março, um valor que representa uma subida de 27,9 por cento face a igual período do ano passado.

As exportações da China para o Brasil atingiram 7,47 mil milhões de dólares, reflectindo um aumento de 32,9 por cento; enquanto as importações totalizaram 13,99 mil milhões de dólares, mais 25,46 por cento comparativamente aos primeiros três meses do ano transacto.

Com Angola, o segundo parceiro lusófono da China, as trocas comerciais cresceram 22,4 por cento, atingindo 6,80 mil milhões de dólares.

Pequim vendeu a Luanda produtos avaliados em 481 milhões de dólares – mais 16,82 por cento – e comprou mercadorias avaliadas em 6,32 mil milhões de dólares, reflectindo uma subida de 22,8 por cento.

Com Portugal, terceiro parceiro da China no universo dos países de língua portuguesa, o comércio bilateral cifrou-se até Março em 1,34 mil milhões de dólares – mais 15,3 por cento – numa balança comercial favorável a Pequim.

A China vendeu a Lisboa bens na ordem de 815 milhões de dólares – mais 13,3 por cento – e comprou produtos avaliados em 528 milhões de dólares, mais 18,6 por cento face aos primeiros três meses do ano passado.

14 Jun 2018

Macau assinou memorando de pesquisa sobre gastronomia na Rota da Seda

[dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]acau assinou um memorando relativo ao projecto de pesquisa “História das Relações baseadas na Cultura da Comida na Rota da Seda”, com mais oito Cidades Criativas da UNESCO, anunciaram as autoridades da região.

De acordo com o comunicado da Direção dos Serviços de Turismo de Macau (DST), este memorando, assinado na Polónia na segunda-feira, tem como finalidade o estudo da história da gastronomia e cultura nas Cidades Criativas de Gastronomia ao longo da antiga rede comercial (Rota da Seda), terrestre e marítima.

No ano passado, Macau entrou para a Rede de Cidades Criativas da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) na área da Gastronomia.

“Macau tornou-se numa das cidades parceiras do projecto de pesquisa dada a sua história única como porto ao longo da Rota da Seda Marítima inteiramente representada pela sua culinária macaense”, pode ler-se no comunicado.

Os pratos dos sete

A directora da DST, Maria Helena de Senna Fernandes, assinou este memorando em conjunto com os representantes das cidades de Gaziantep e Hatay (Turquia), Shunde (China), Jeonju (Coreia), Östersund (Suécia) e Rasht (Irão), apontou o comunicado.

A assinatura deste memorando antecedeu a participação de Macau na 12.º Reunião Anual da Rede das Cidades Criativas da UNESCO, que arrancou na terça-feira em Cracóvia, Polónia.

De acordo com a DST, a responsável deste serviço vai apresentar, numa das sessões agendadas para quarta-feira, “as iniciativas e os planos agendados para a cidade no futuro”, assim como rever o trabalho que foi feito nas iniciativas da região como Cidade Criativa de Gastronomia.

Nesta sessão, a directora da DST vai ainda expor aos restantes participantes o plano de trabalho que está agendado para os próximos quatro anos relativo ao tema em discussão.

O fórum, coorganizado por Cracóvia e Katowice, Cidades Criativas da Literatura e da Música, respectivamente, termina amanhã.

14 Jun 2018

Negócios | Lionel Leong lidera comitiva a Portugal e Brasil

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, vai liderar uma delegação empresarial ao Brasil, que vai decorrer ainda este mês, logo a seguir a visita a Lisboa.

As deslocações a Portugal e Brasil vão decorrer de 19 a 26 de Junho. De acordo com o canal de rádio da TDM, além de Lionel Leong vão participar na delegação o presidente do IPIM, da Autoridade Monetária, a secretária geral do Fórum Macau, os deputados Pereira Coutinho e José Chuí Sai Peng.

Os empresários Kevin Ho, Frederic Ma e Pansy Ho vão só a Lisboa, onde vai decorrer o encontro dos empresários da China e países de língua portuguesa.

Integram também a comitiva Artur Santos, do Banco Well Link, Carlos Cid Álvares, novo presidente executivo do BNU e Rita Santos, conselheira das comunidades portuguesas.

Recorde-se que Edmund Ho vai liderar uma outra delegação que vai estar em Lisboa também nos dias 20 e 21 de Junho. Está previsto um encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.

No encontro dos empresários em Lisboa participa o vice-ministro do Comércio chinês. O encontro contará com uma intervenção do secretário de Estado da Internacionalização do governo português, Eurico Brilhante Dias.

14 Jun 2018

De Macau para a Arábia Saudita

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] advogado Pedro Ribeiro e Castro, que exerceu em Macau, é actualmente advogado na sociedade Al Tamimi & Company, que representa o clube na pessoa de Sami AL Jaber (presidente do Al-Hilal), foi um dos responsáveis, a par de Luís Miguel Henrique e Manuela Glória, consultores da Macedo Vitorino & Associados, pela negociação do vínculo contratual de Jorge Jesus com o clube saudita por uma época.

13 Jun 2018

Vaso Qing estabelece valor recorde em leilão

[dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m vaso chinês do século XVIII estabeleceu ontem um recorde de venda num leilão, na Sotheby’s, em Paris, ao atingir o valor final de 16,2 milhões de euros, informou a leiloeira. Criado para o Imperador Quianlong (1735-1796), o vaso de porcelana chinesa esteve esquecido durante várias décadas, no sótão de uma casa de campo francesa. A peça foi adquirida por um licitante chinês que se encontrava presente na sala e, segundo a Sotheby’s Paris, a transacção detém dois recordes, o recorde absoluto de venda na Sotheby’s Paris, desde que o mercado abriu a casas de leilão estrangeiras, e o recorde de venda para porcelana chinesa, em França.

Com um valor de venda inicial estimado entre os 500 mil e os 700 mil euros, o vaso encontrava-se em “perfeito estado de conservação”, possuindo decorações policromadas, com tons rosa dominantes, que representam uma paisagem com veados e pinheiros, numa montanha coberta de bruma. “Este vaso é o único conhecido com estes pormenores. É uma obra de arte maior. É como se se tivesse descoberto um Caravaggio”, sublinhou o especialista de arte asiática Olivier Valmier, na apresentação da obra.

Segundo a página da leiloeira, apenas um outro vaso similar é conhecido em França. Pertence à colecção do Museu Guimet, tendo origem num comerciante de arte oriental existente na capital francesa, no final do século XIX.

O vaso hoje vendido foi levado até à Sotheby’s dentro de uma caixa de sapatos, e também terá sido adquirido em França, na Exposição Universal de Paris de 1867, segundo dados da leiloeira, mantendo-se desde então na mesma família – primeiro, até 1947, num apartamento, na capital francesa, depois, conservado entre outras peças de origem chinesa, na casa de campo de descendentes do proprietário original, que se mantêm anónimos.

13 Jun 2018

República Centro-Africana quer que ONU a deixe comprar armas à China

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] República Centro-Africana pediu ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que a autorize a comprar armas à China para as suas forças armadas e policiais, segundo cópia do pedido consultado pela AFP.

A ministra da Reconstrução das Forças Armadas, Marie-Noelle Koyara, solicitou uma excepção ao embargo sobre armas, para os materiais em causa, a saber, veículos blindados, metralhadoras e granadas de gás lacrimogéneo.

“Estes meios dedicados à manutenção da ordem fazem falta ao equipamento das unidades e não permitem satisfazer os objectivos de manutenção da ordem pública nem da imposição da autoridade do Estado e o imperativo de protecção das populações”, escreveu Koyara. “Esta solicitação decorre também da constatação da insuficiência dos meios e das forças, face à dinâmica e à recrudescência dos grupos armados, cujas actividades ilegais constituem uma ameaça à paz civil”, explicou.

O Conselho de Segurança impôs um embargo às armas em 2013, quando a República Centro Africana caiu no caos depois de confrontos generalizados. Em 2017, a comissão encarregada das sanções no seio da instituição tinha levantado as restrições ao fornecimento de armas russas à República Centro-Africana.

As armas que agora estão em causa são chinesas. Trata-se de 12 veículos blindados e quatro de assalto, 50 pistolas, seis espingardas de precisão, 10 de assalto e 30 metralhadoras de vários calibres. Várias munições somam-se à lista de armas, a saber, 725 mil cartuchos, 15 mil granadas de gás lacrimogéneo, 300 rockets e 400 munições anti-carro.

Este país tem no seu território duas missões internacionais de assistência militar, uma europeia e outra da própria ONU, designada Minusca, tendo já sido mortos cinco capacetes azuis este ano.

Na República Centro-Africana, o Estado controla uma escassa parte do território. Os grupos armados confrontam-se pelo controlo dos recursos do país, como diamantes, ouro e gado.

Portugal é um dos países que integra a Minusca, tendo, no início de Março, a 3.ª Força Nacional Destacada – composta por 138 militares, dos quais três da Força Aérea e 135 do Exército, a maioria oriunda do 1.º batalhão de Infantaria Paraquedista -, partido para a República Centro-Africana. Estes militares juntaram-se aos 21 que já estavam no terreno, sediados no aquartelamento de Bangui, desde 18 de Fevereiro.

13 Jun 2018

Exportação de soja do Brasil para a China bate recorde

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s exportações de soja do Brasil para a China atingiram novo recorde mensal, em Maio, segundo dados oficiais, ilustrando a crescente importância da produção brasileira, face às crescentes disputas comerciais entre Pequim e Washington.

Segundo dados das alfandegas brasileiras, citados pela agência noticiosa AgriCensus, o Brasil exportou, no mês passado, 9,76 milhões de toneladas de soja para a China, superando o anterior recorde em 1,4 milhões de toneladas. No conjunto, o mercado chinês absorveu 80% da soja exportada pelo Brasil, durante aquele período.

O aumento das exportações brasileiras surge numa altura de renovada tensão entre Pequim e Washington, outro importante fornecedor de soja para a China, em torno de questões comerciais. O Presidente norte-americano, Donald Trump, exige uma redução do deficit do país nas trocas comerciais com Pequim, ameaçando subir os impostos sobre um total de 150.000 milhões de dólares de exportações chinesas para os EUA.

Em retaliação, a China ameaçou subir os impostos sobre a importação de soja e outros produtos alimentares dos EUA, sabendo que grande parte do eleitorado de Trump se encontra na América rural. O transporte de soja dos EUA para a China demora pelo menos 30 dias. Carregamentos feitos agora poderão ser taxados ainda antes de desembarcarem na China, caso os dois lados concretizem as ameaças, o que levou várias empresas chinesas a cancelarem encomendas.

“O que quer que [os chineses] estejam a comprar, não é dos Estados Unidos”, afirmou no mês passado o chefe-executivo do grupo Bunge Ltd, uma das maiores exportadoras do mundo de cereais e oleaginosas, citado pela agência Bloomberg. “Eles estão a comprar soja do Canadá e Brasil, sobretudo do Brasil, mas deliberadamente não estão a comprar nada dos EUA”, detalhou.

Segundo dados da National Grain and Oil Information Centre, citados pela AgriCensus, o ‘stock’ chinês de soja atingiu um nível recorde de 8,18 milhões de toneladas na semana passada. Visando evitar uma guerra comercial, Pequim comprometeu-se, porém, a “aumentar significativamente” as suas compras de produtos agrícolas e recursos energéticos norte-americanos. No entanto, os dois lados não chegaram, até à data, a um acordo definitivo.

13 Jun 2018

China | Assembleia Popular Nacional agenda sessão

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Assembleia Popular Nacional, o mais alto órgão legislativo da China, vai reunir para a sua sessão bimensal entre 19 e 22 de Junho, de acordo com um comunicado divulgado nesta segunda-feira.

Li Zhanshu, presidente do Comité Permanente do Assembleia Popular Nacional (APN), presidiu a reunião. Os legisladores vão rever o projecto da lei de comércio electrónico e os projectos revistos para as leis de organização dos tribunais populares e das procuradorias populares, de acordo com o texto.

A APN deliberará também sobre um projecto de lei sobre os deveres do Comité de Constituição e Direito, apresentado pela reunião dos presidentes do Comité Permanente da APN, e um projecto de lei sobre protecção dos direitos marítimos e aplicação da lei da Guarda Costeira da China, apresentado pela Comissão Militar Central.

Projectos nacionais de ciência e tecnologia, tratamento de resíduos sólidos, implementação da Lei de Estatística e sobre a visita de Li Zhanshu à Etiópia, Moçambique e Namíbia., bem como um relatório acerca das qualificações de representantes e a revisão de nomeações e demissões de funcionários, serão também discutidos e aprovados, segundo o comunicado.

Finalmente, a APN vai avaliar um relatório do Conselho de Estado sobre as contas finais de 2017 e um relatório de auditoria para o orçamento e receitas e despesas fiscais de 2017 do governo central, bem como examinar e aprovar as contas finais do governo central em 2017.

13 Jun 2018

Governo desincentiva uso de casaco e gravata para poupar energia

[dropcap style≠‘circle’]M[/dropcap]acau quer sensibilizar a população para a poupança energética e vai, a partir de hoje, reduzir o consumo dos aparelhos de ar condicionado dos escritórios e desincentivar o uso de gravata e casaco no trabalho.

O Gabinete para o Desenvolvimento do Sector Energético de Macau (GDSE) divulgou um comunicado sobre o combate às alterações climáticas “através da promoção de uma cultura de roupa leve, do desincentivo, sempre que possível, ao uso de gravata e de casaco, e do controlo da temperatura do ar condicionado para não menos de 25º celsius”, de forma a poupar energia.

A preocupação com o consumo energético levou as autoridades a lançarem uma campanha que incentiva os funcionários públicos a usarem roupas mais frescas e informais, para que desta forma o ar condicionado nos serviços não esteja tão frio e a consumir tanta energia. A campanha vai decorrer até ao dia 31 de agosto.

“Os trabalhadores das empresas privadas, das organizações industriais e comerciais e das associações são também convidados a participar nesta acção, a fim de se promover, conjuntamente, a cultura de conservação energética e de se criar um ambiente de poupança”, pode ler-se no comunicado.

 

Medida já aplicada

Esta medida não é inédita na Ásia. Todos os verões, geralmente muito quentes e húmidos, funcionários públicos e restantes trabalhadores do Japão são incentivados a deixar em casa o casaco e a gravata para um uso mais racional do ar condicionado nos locais de trabalho.

Esta semana decorre ainda em Macau a “Semana da Conservação Energética de Macau 2018” e por isso, no primeiro dia da semana, as autoridades do território instigaram a sociedade civil e as empresas a desligarem todas as luzes desnecessárias, em casa, nos casinos e nas empresas para promover uma cidade mais amiga do ambiente.

Segundo o GDSE inscreveram-se “seis casinos, vários hotéis, bancos, estabelecimentos comerciais e alguns locais turísticos”. A iniciativa “Desligar as luzes durante uma hora” decorreu entre as 20:30 e as 21:30.

13 Jun 2018

Mundial 2018: Portugal realiza hoje o terceiro treino em solo russo

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] selecção portuguesa de futebol realiza hoje o terceiro treino em solo russo, preparando na máxima força a estreia no Mundial2018, sexta-feira, em Sochi frente à Espanha.

Com o teste inaugural no Grupo B a aproximar-se, Fernando Santos contará com os 23 convocados a partir das 10:30 (08:30 em Lisboa), num apronto que voltará a ser aberto à comunicação social somente durante os 15 minutos iniciais.

A sessão de trabalho segue-se à conferência de imprensa de um futebolista, que começa alguns minutos mais cedo do que o habitual, às 09:50.

Este ensaio será o primeiro após William Carvalho, Bruno Fernandes e Gelson Martins terem enviado ao Sporting uma carta de rescisão unilateral, seguindo os passos do colega de seleção Rui Patrício, bem como de Podence.

A ‘equipa das quinas’ trabalha no centro de treinos do CF Saturn, em Kratovo, 50 quilómetros a sudeste de Moscovo.

Depois do duelo ibérico, Portugal defronta Marrocos a 20 de junho em Moscovo e o Irão de Carlos Queiroz a 25 em Saransk.

Mundial 2018: Trio ‘sportinguista’ sereno e finalmente sol no treino da selecção

O treino realizou-se hoje com William, Bruno Fernandes e Gelson aparentando serenidade após rescindirem com o Sporting.

O acto do trio, que se juntou ao também internacional português Rui Patrício, além de Podence e do holandês Bas Dost, dominou o início da conferência de imprensa com João Mário e mereceu a principal curiosidade de todos os órgãos de comunicação social portugueses.

William foi o primeiro dos três a chegar ao relvado, enquanto Bruno Fernandes e Gelson, sempre juntos, foram dos últimos.

Foi notório ainda a proximidade dos futebolistas que já atuaram nos ‘leões’ nesta sessão de trabalho, casos de Adrien, Cedric e João Moutinho, que se lhes juntaram em boa parte dos exercícios – realizados do lado oposto à bancada dos profissionais da comunicação social.

Além do sol, que surgiu pela primeira vez, ao terceiro dia, o segundo apronto à porta fechada, apenas 15 minutos abertos para os jornalistas, a novidade foram dois madeirenses que pedalaram de Inglaterra até Kratovo, 2.400 quilómetros em pouco mais de duas semanas para ‘inspirar’ os seus ídolos.

Depois de despenderem os primeiros momentos em roda de toques com bola com os seus companheiros, os guarda-redes Rui Patrício, Beto e Anthony Lopes trabalharam novamente à parte, apostando no jogo com os pés.

No período aberto foi possível ainda ver combinações com bola, bem como o aprimorar de passes curtos e longos.

12 Jun 2018

Macau aumenta número de alertas à subida do nível das águas

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo anunciou ontem que vai alterar os avisos de ‘storm surge’ [subida do nível das águas] dos atuais três para cinco graus, uma medida que já está em vigor.

De acordo com as informações publicadas hoje no Boletim Oficial, as autoridades decidiram aumentar os níveis de alerta emitidos pela direção dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos a “fim de assegurar a proteção da vida e bens da população, bem como de alertar o público para o nível de ameaça e o risco de ser afetado por um ‘storm surge'”.

“O ‘storm surge’ é o aumento anormal do nível da água quando uma tempestade tropical se aproxima das áreas costeiras e que pode ocasionar inundações em zonas baixas. Coincidindo com a maré astronómica, o nível da água pode elevar-se repentinamente e causar grandes inundações numa vasta zona”, explicou o governo, na nota publicada.

As autoridades decidiram alterar os valores do terceiro grau e acrescentar mais dois. O terceiro grau passa a ser emitido quando se prevê que “o nível de água acima do pavimento atinja valores entre um metro e um metro meio”.

O quarto grau, quando as previsões apontarem para a possibilidade dos níveis de água entre 1,5 metros e 2,5 metros.

Já o quinto e último grau, o grau preto, quando “o nível de água acima do pavimento atinja valores superiores a 2,5 metros”.

O grau mais elevado ainda em vigor, correspondia a todos os valores acima de um metro.

Os graus do aviso são emitidos para que a população possa adotar, atempadamente, as medidas de prevenção adequadas.

Depois da emissão do terceiro, quarto ou quinto grau, as autoridades do território aconselham a população a não estacionar os carros em parques de estacionamento, a não utilizarem elevadores – uma vez que o fornecimento de eletricidade pode sofrer cortes devido às inundações – e a manterem-se em lugares afastados das zonas baixas da cidade.

No ano passado ocorreram oito tempestades tropicais e, durante a passagem do tufão Hato, o pior nos últimos 53 anos, as rajadas máximas de vento atingiram os 217,4 quilómetros por hora.

12 Jun 2018

Francisco Neto diz esperar empenho, apesar de afastamento do Mundial 2019 feminino

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] selecionador português de futebol feminino, Francisco Neto, disse hoje esperar “qualidade, empenho e máxima dedicação” da equipa nacional nos próximos jogos de qualificação para o Mundial de 2019, o primeiro dos quais com a Roménia, na terça-feira.

Apesar de a seleção portuguesa de futebol feminina estar já matematicamente afastada do próximo Campeonato do Mundo, que se realiza em França, Francisco Neto assegurou que o compromisso das jogadoras nacionais “é sempre muito grande e a motivação está sempre presente”.

“Estamos tristes por não estarmos mais na luta pelo Mundial, que era um objetivo muito desejado. Mas estamos cientes de que há nove pontos em disputa e temos uma imagem para valorizar (…). Por isso, só espero qualidade, empenho e máxima dedicação da parte das nossas jogadoras. Vamos entrar com grande vontade de vencer”, afirmou, citado pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

Antes do treino de adaptação ao Estádio Municipal de Botosani, onde Portugal defronta na terça-feira a congénere da Roménia, Francisco Neto antecipou que a Roménia é “uma equipa forte que criará grandes dificuldades”.

A seleção portuguesa de futebol feminino ficou definitivamente afastada na sexta-feira da fase final do Mundial2019, ao perder frente à Itália, por 3-0, em jogo do Grupo 6 da fase qualificação.

Portugal necessitava de vencer as líderes do grupo para manter a possibilidade de chegar pela primeira vez a um campeonato do mundo, depois da histórica presença no Europeu de 2017, na Holanda, enquanto as italianas apenas precisavam de um ponto para confirmar o acesso à fase final da competição, em França.

A seleção de Milena Bartolini assegurou o primeiro lugar, com 21 pontos em sete jogos, mais 11 do que a Bélgica, segunda com 10, enquanto Portugal permanece no terceiro posto, com os mesmos quatro da Roménia – a Moldávia ocupa o quinto lugar, com um ponto.

12 Jun 2018

Mundial 2018: Bélgica impressiona ante Costa Rica

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Bélgica impressionou ontem no seu último jogo de preparação para o Mundial de futebol que se inicia na quinta-feira na Rússia, ao golear em Bruxelas a Costa Rica, por 4-1.

Outras duas seleções que ‘afinaram’ o seu estilo de jogo, a três dias do arranque do Mundial, foram Senegal e Coreia do Sul, com os africanos a chegarem à vitória por 2-0, em Grodig, Áustria.

No estádio Rei Balduíno, em Bruxelas, até foi a Costa Rica a marcar primeiro, através do sportinguista Bryan Ruiz, antes de os belgas tomarem conta do jogo, com uma exibição que os reforça como favoritos para o Mundial.

Mas nem tudo foram coisas positivas para a equipa belga, já que aos 70 minutos Eden Hazard teve de sair, por lesão, ligeiramente ‘tocado’ no tornozelo direito.

O golo de Bryan Ruiz, aos 24 minutos, teve o condão de ‘espicaçar’ o adversário, que aos 31 já empatava, por Dries Mertens.

Ainda antes do intervalo chegava o 2-1, marcado por Romelu Lulaku, aos 42. O goleador do Manchester United bisaria, aos 50 minutos.

Finalmente, o 4-1 foi obra de Michy Batshuayi, aos 64 minutos.

No Mundial, a Bélgica jogará no grupo G, com Panamá, Tunísia e Inglaterra.

A Costa Rica integra o grupo E, com Brasil, Suíça e Sérvia.

Em Grodig, na região de Salzburgo, o Senegal, de Sadio Mané, não deslumbrou e só venceu através de um autogolo coreano e de um golo de Konaté de grande penalidade, já para lá dos 90 minutos.

O jogo, que decorreu à porta fechada, só teve golos no segundo tempo: primeiro, foi Kim Young-Gwon a enviar a bola para as suas próprias redes, aos 67 minutos, e depois o penálti cobrado por Konaté, aos 90+1.

O Senegal integra o grupo H, juntamente com Polónia, Colômbia e Japão.

Quanto à Coreia do Sul, está no grupo F, com Alemanha, México e Suécia.

12 Jun 2018

OPA/EDP: China Three Gorges discute detalhes com a empresa

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China Three Gorges (CTG) afirmou ontem que vai continuar a debater os detalhes da OPA sobre a EDP com esta empresa, depois de a eléctrica portuguesa ter considerado que a oferta tem “mérito”, mas o modelo de implementação “não é claro”.

“Vamos discutir nos próximos meses com a EDP”, disse à agência Lusa o vice-presidente executivo da China Three Gorges (CTG) International, Wu Shengliang, em reacção ao relatório ao mercado divulgado na sexta-feira pela EDP.

O Conselho Executivo da eléctrica portuguesa, liderado por António Mexia, considerou que “há mérito nas intenções estratégicas” da CTG, que “dependem do seu modelo de implementação, o qual não é claro nesta fase”, pedindo clarificação.

A mesma nota acrescenta que a EDP não dispõe de “elementos suficientemente claros sobre quanto tempo a CTG Europe pretende preservar a identidade portuguesa da EDP e a sua qualidade de sociedade cotada em Lisboa, do modelo societário previsto que garantiria autonomia do centro de decisão e como é que este modelo proporcionaria proteção adequada aos acionistas minoritários, nomeadamente na eventualidade de conflitos de interesse decorrentes da contribuição de ativos”.

Entre os méritos reconhecidos na proposta anunciada no passado dia 11 de Maio, António Mexia refere a intenção da CTG de “aportar os ativos detidos pela China Three Gorges Corporation na EDP, através de subsidiárias, no Brasil e na União Europeia”, a possibilidade de expansão para o mercado eólico ‘offshore’ (no mar) chinês, o reforço do perfil de crédito da EDP e a intenção de manter uma política de dividendos estável.

“Os méritos das intenções acima descritas dependem do seu modelo de implementação, o qual não é claro nesta fase”, lê-se no relatório.

Em 11 de Maio passado, a CTG anunciou a intenção de lançar uma OPA voluntária sobre o capital da EDP, oferecendo uma contrapartida de 3,26 euros por cada acção, cujo pedido foi registado junto do regulador, sem alterações ao preço oferecido inicialmente.

O preço oferecido pela CTG é a principal razão pela qual a administração da EDP recomenda aos accionistas que não aceitem esta oferta, por não reflectir adequadamente o valor da eléctrica, pois o prémio implícito na oferta é baixo, considerando a prática pelas empresas europeias do sector.

“O prémio implícito no preço oferecido encontra-se significativamente abaixo do que é a prática em transacções em dinheiro no sector europeu das ‘utilities’, no mercado ibérico e mais genericamente no mercado europeu, em casos em que o oferente adquire controlo”, refere, realçando que está abaixo do oferecido em 2011, quando a CTG adquiriu 21,35% da elétrica.

Esta tomada de posição foi aprovada em reunião do Conselho de Administração Executivo da EDP realizada na quinta-feira, por unanimidade dos membros, e recebeu, na sexta-feira, parecer favorável do Conselho Geral e de Supervisão, órgão liderado por Luís Amado.

Também o Conselho de Administração da EDP Renováveis, liderado por Manso Neto, recomendou aos accionistas “não aceitar o preço da oferta” da CTG, por não traduzir o valor da empresa, e considerou que “o calendário proposto subjacente à oferta poderá não corresponder aos melhores interesses dos accionistas da EDP Renováveis e deveria ser clarificado”.

A CTG, que já detém 23,27% do capital social da EDP, pretende manter a empresa com sede em Portugal e cotada na bolsa de Lisboa.

Caso a OPA sobre a EDP tenha sucesso, a CTG avançará com uma oferta pública obrigatória sobre 100% do capital social da EDP Renováveis (EDPR) a 7,33 euros por ação. A EDP controla 82,6% do capital social da EDPR, que tem a sua sede em Madrid.

12 Jun 2018

China e Rússia criticam proteccionismo comercial dos EUA

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] presidente da China, Xi Jinping, alertou contra o unilateralismo e o proteccionismo comercial durante uma reunião de líderes asiáticos na qual ele e os seus pares, como o presidente russo, Vladimir Putin, criticaram a actual política dos EUA.

“Devemos rejeitar políticas egoístas, míopes, estreitas e fechadas. Devemos manter as regras da Organização Mundial do Comércio, apoiar o sistema de comércio multilateral e construir uma economia global aberta”, disse o líder chinês, neste domingo, durante a cimeira anual da Organização para a Cooperação de Xangai (OCX), realizada neste fim de semana.

Embora seus comentários não mencionassem o presidente dos EUA, Donald Trump, Xi procurou mostrar-se como um defensor do livre comércio, antepondo-se à posição de Trump de controlo das importações, apesar do estatuto da China como a maior economia mais fechada do mundo.

Xi também saudou a entrada de novos membros da Organização para Cooperação de Xangai, chamando a presença do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e do presidente paquistanês, Mamnoon Hussain, “de grande significado histórico”. As duas nações do Sudeste Asiático juntaram-se ao bloco como membros plenos no último ano. “Mais estados membros significa maior força da organização, bem como maior atenção e expectativa das pessoas, dos países, da região e da comunidade internacional”, disse Xi. “Também compartilhamos maiores responsabilidades na manutenção da segurança regional e estabilidade e promoção do desenvolvimento e prosperidade”, acrescentou.

A cimeira mostrou unidade de pensamento, em contraste marcante em relação ao encontro tumultuado da sete principais nações industrializados do mundo (G-7), encerrado neste sábado, no qual se viu EUA e os eus aliados divididos pela escalada das tensões comerciais. Trump atacou o primeiro-ministro canadiano Justin Trudeau num conjunto de tweets, chamando-o de “desonesto e fraco” e retirou o endosso dos EUA ao comunicado da cimeira do G-7. Trump também pediu que a Rússia fosse reintegrada no grupo. A Rússia foi suspensa em 2014 pela anexação da Crimeia.

Putin rejeitou neste domingo o G-7, como tendo sido forjado por desentendimentos internos, e elogiou a OCX por representar quase metade da população mundial. Para o presidente russo, a estrutura actual da OCX é “óptima”. Putin enfatizou também seu poder económico combinado e influência política. “Em termos de renda per capita, os países do G-7 são mais ricos, mas o tamanho combinado das economias da OCX é maior e a sua população é muito maior”. O presidente russo também salientou a importância da declaração da OCX em apoio ao livre comércio. “Reafirmamos a nossa prontidão, a nossa disposição, para seguir as regras de comércio que existem no mundo actual”, disse. “Esta é uma declaração muito importante.”

Xi, Putin e outros líderes do bloco também prometeram apoio ao Plano Global de Acção Conjunta, o acordo nuclear iraniano de 2015, do qual o presidente Donald Trump retirou os EUA no mês passado. “A China está disposta a trabalhar com a Rússia e outros países para preservar o JCPOA”, disse Xi.

A Organização para a Cooperação de Xangai, liderada por Pequim, é vista por muitos especialistas como uma tentativa de desafiar a ordem liderada pelo Ocidente. Além de China e Rússia, também inclui Cazaquistão, Uzbequistão, Quirguistão e Tajiquistão. Fundada em 2001, foi originalmente concebida como um veículo para resolver problemas de fronteira, terrorismo e para combater a influência americana na Ásia após a invasão do Afeganistão.

A China tem procurado minimizar as preocupações de que o grupo seja uma maneira de Pequim projectar a sua influência estratégica no exterior. O Global Times, jornal do Partido Comunista, disse neste domingo que, ao contrário de organizações ocidentais como a Otan e o G-7, que buscam “consolidar a ordem económica global que é favorável ao mundo ocidental”, a Organização para Cooperação de Xangai é inclusiva. “Não é uma ferramenta para jogos geopolíticos, buscando hegemonia ou envolvimento em confronto internacional “, disse o jornal.

12 Jun 2018

Hong Kong | Activista pró-independência condenado a seis anos de prisão

A juíza foi severa e condenou os arguidos de “acordo com a lei”. Mas há quem considere que a lei está a ser usada para fins políticos e que “não se ajusta aos parâmetros internacionais”

 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] activista Edward Leung, rosto do movimento independentista em Hong Kong, foi ontem condenado a seis anos de prisão na sequência de um violento confronto com a polícia local em 2016, anunciaram as autoridades. Leung, de 27 anos, foi considerado culpado pela participação num ‘motim’ com a polícia no distrito de Mong Kok, na parte continental da região administrativa especial chinesa.

Os confrontos ocorreram em Fevereiro de 2016 e foram considerados os mais violentos dos últimos anos, constituindo a maior demonstração de descontentamento popular desde os protestos pró-democracia no final de 2014. Edward Leung é o antigo porta-voz do grupo independentista local Indigenous e uma das mais proeminentes vozes do movimento pró-independência de Hong Kong. A juíza Anthea Pang afirmou que Leung participou activamente nos distúrbios e descreveu suas acções como “excessivas e cruéis”.

O jovem já se encontrava detido, desde que se declarou culpado noutro processo por agredir um polícia durante as manifestações de 2016, caso em que foi sentenciado a um ano de prisão. As duas sentenças serão acopladas.

O tribunal rejeitou a alegação de que as motivações políticas seriam circunstâncias atenuantes e considerou que a condenação deveria ter um “efeito dissuasivo”. Leung, que estava no tribunal, manteve a calma durante a audiência e acenou para os simpatizantes após a leitura da sentença. Alguns manifestantes choraram depois do anúncio da condenação.

Outros dois manifestantes foram condenados a sete e três anos e meio de prisão, respectivamente.

Da comida de rua ao protesto político

O protesto começou em Fevereiro de 2016, coincidindo com o Ano Novo Chinês, com uma manifestação de apoios aos vendedores ambulantes de comida, que as autoridades queriam afastar das ruas. Mas rapidamente evoluiu para uma mobilização de carácter político, um protesto contra as autoridades em Hong Kong e Pequim. Quase 130 pessoas ficaram feridas, incluindo 90 agentes. Durante os distúrbios, os agentes deram tiros para o ar como medida de advertência. Dezenas de pessoas foram detidas.

Na vanguarda da mobilização estavam Leung e outros jovens do movimento chamado de “localista”, nascido das cinzas da “Revolução dos Guarda-Chuvas”, como ficaram conhecidos os protestos pró-democracia de 2014 que não conseguiram obter concessões de Pequim para as reformas políticas. Numa entrevista à AFP em 2016, Leung, que na época era um estudante de Filosofia, afirmou que “uma guerra ou uma batalha são inevitáveis”.

Chris Patten não gostou

Chris Patten, o último governador do período colonial de Hong Kong, denunciou a condenação, baseada na interpretação de uma lei sobre a manutenção da ordem pública.

“As vagas definições contidas na lei são uma porta aberta para os abusos e não se ajustam aos parâmetros internacionais”, afirmou Patten num comunicado divulgado pela Hong Kong Watch, ONG que monitora as liberdades na cidade. “É decepcionante ver que a lei é usada com fins políticos para condenar de modo rígido os democratas e outros activistas”, concluiu.

Num discurso proferido o ano passado, o Presidente chinês, Xi Jinping, anunciou que qualquer actividade em Hong Kong que ameaçasse a soberania e a estabilidade da China seria “absolutamente inadmissível”.

12 Jun 2018

InspirARTE | Espectáculos extra de “O Caminho Para Casa”

[dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]m resposta à grande procura de bilhetes, o Centro Cultural de Macau (CCM) vai apresentar três espectáculos adicionais de “O Caminho Para Casa”. Vinda da Dinamarca, esta produção para crianças sobe ao palco do CCM em finais de Julho e os bilhetes para os espectáculos extra já estão disponíveis.

“O Caminho Para Casa” é uma “aventura visual sem palavras encenada através de marionetas e música e que explora a imaginação sem limites de uma criança”, refere o comunicado oficial.

Inspirada no conto ilustrado de Oliver Jeffers, a peça “reconta a história de um rapaz que um dia voa tão alto e tão longe, que o seu avião a hélice acaba por poisar na lua já avariado”, lê-se no mesmo comunicado. É aí que conhece um marciano que se encontra na mesma situação. “O Caminho Para Casa” é uma encenação da companhia dinamarquesa Theatre Refleksion que está de regresso ao território após uma passagem pelo CCM em 2014 com a produção “Música Celeste”. Esta peça é uma produção incluída no programa InspirARTE no Verão.

12 Jun 2018