LMA com cartaz diversificado a partir do próximo dia 20

A sala de espectáculos da Live Music Association prepara-se para receber três concertos com diferentes estilos musicais. O primeiro espectáculo está marcado para dia 20, com a banda “Mutant Monster”, do Japão. Segue-se o grupo de jazz “High and Low Speeding DAB”, de Taiwan, que actua a 26 de Julho e no dia 28 é a vez dos norte-americanos “Colin Phils”

 

[dropcap]A[/dropcap] partir do próximo dia 20 deste mês que sala de espectáculos da Live Music Association (LMA) recebe três concertos de géneros musicais diversificados. O primeiro concerto está marcado para sábado, dia 20, e é protagonizado pelo trio de rockeiras Mutant Monster, uma banda de punk no feminino formada no Japão em 2008, e que agora se encontra em digressão pela Ásia.

Be e Meana decidiram formar a banda quando ainda estavam na escola secundária, e em 2012, Chad juntou-se ao grupo. Desde o início que as Mutant Monster foram buscar inspiração aos sons do punk rock dos The Clash, Sex Pistols e Ramones.

Em 2016 a banda actuou na Japan Expo Sud na cidade francesa de Marselha, um evento marcante para o trio por ter sido o primeiro concerto fora do Japão. No ano passado as Mutant Monster tocaram pela primeira vez no Reino Unido, nas cidades de Birmingham, Cardiff, Bristol, Londres e Brighton.

No ano seguinte, fizeram uma digressão em Taiwan, que integrou os festivais “Spring Scream” e “No Fear Festival”. Depois da passagem pela Formosa, a banda japonesa rumou ao Canadá para tomar os palcos de ataque. No ano passado, a tourné das Mutant Monster foi mais abrangente, com espectáculos marcados para os Estados Unidos, Europa e China, movidas pelo registo mais recente da banda. O disco foi lançado em Setembro de 2018, e intitula-se “TO TSU ZE N HE N I”, com a chancela da Angry Cat records.

No fim-de-semana seguinte, no dia 26, é a vez de actuarem os High and Low Speeding DAB, oriundos de Taiwan, e que prometem animar o público do LMA com sonoridades mais ligadas ao jazz.

O grupo é formado por Hao-Wen Cheng, saxofonista, que nasceu na Ilha Formosa e que se licenciou na Universidade Nacional de Taiwan. A sua formação musical completou-se com a ajuda de mestres como Antonio Hart, Tim Armacost, David Berkman, Michael Mossman e Jeb Patton. Na China, tocou em vários espaços até avançar para a produção do álbum, “Monday Morning”, que está previsto para final deste ano.

Na guitarra está Shih-Chun Lee, também de Taiwan e que começou nas lides musicais aos 18 anos. Já tocou em países como EUA, China, Reino Unido e Macau, onde participou em digressões com grupos japoneses e chineses. Actualmente, Shih-Chun Lee reside em Taipei, onde é professor de guitarra de Jazz na universidade. Também é proprietário do Sappho Live Jazz Club, um dos mais conhecidos da capital de Taiwan. O trio fecha-se com Steven Ma na bateria, um músico que se formou na Drummer Collective School, na cidade de Nova Iorque, e com o teclista Mike Tseng.

Americanos com Aki

O ciclo de concertos do LMA encerra a 28 de Julho, domingo, com os Colin Phils, uma banda americana de post-rock formada na Coreia do Sul em 2013. Os Colin Phils juntam-se ao músico Aki, oriundo do Japão e residente em Macau, conhecido pelas suas sonoridades electrónicas e experimentalistas.

O primeiro álbum, “Right at Home”, foi lançado em 2014. Em 2016, a banda lançou “E,R,Som,Sa…” em Hong Kong, iniciando depois uma digressão pelas maiores cidades da China, à qual deram o nome de “Big China Tour”. Em Janeiro do ano passado, a banda voltou a fazer uma digressão pelo país, onde se incluiu a presença no festival MIDI, em Shenzhen. Este ano foi lançada em álbum uma versão acústica da canção “Don Cabs”.

Os Colin Phils misturam as paisagens sonoras típicas do math rock e post-rock, oferecendo “uma complexa música instrumental”, com “linhas de sintetizador, baixo distorcido e uma intricada percussão”.

Os bilhetes são vendidos directamente no LMA e custam entre 100 a 120 patacas, dependendo se são comprados previamente ou à porta da sala de espectáculos.

12 Jul 2019

São Tomé e Príncipe enfrenta um longo caminho no comércio com a China, diz Rodrigo Brum

[dropcap]O[/dropcap] secretário-geral adjunto do Fórum de Macau, Rodrigo Brum, considerou ontem que São Tomé e Príncipe “tem muito caminho a fazer” para atingir um nível satisfatório no contexto do comércio e do investimento com a China.

“São Tomé e Príncipe é um parceiro recente que tem certamente muito caminho para fazer. As condições não são fáceis, o caminho não é fácil, certamente, mas faz-se caminhando”, disse Rodrigo Brum, em declarações à Lusa.

São Tomé e Príncipe foi o último membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), à excepção da Guiné Equatorial, a entrar para o Fórum de Cooperação Económica e Comercial entre a China e os países de língua portuguesa (Fórum de Macau), em Março de 2017.

Brum tem estado na capital são-tomense para participar na 14.ª edição do Encontro dos Empresários para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, cujo programa terminou ontem com uma visita ao norte do país.

Trabalho a ser feito

Rodrigo Brum considerou que os países da CPLP “pretendem acompanhar” a “evolução muito intensa” do crescimento económico chinês. O economista considerou, contudo, que os países de língua portuguesa têm que “fazer muito trabalho de casa”.

“Não basta cedermos ao mais fácil que é vender as matérias-primas, vender as madeiras, vender produtos agrícolas ou outros minerais que são não trabalhados, que não têm qualquer mais-valia”, referiu Rodrigo Brum.

“É preciso criarmos as condições para convencer ao investimento chinês que nos ajude a transformar, no local de origem, nos países de língua portuguesa, alguns desses produtos que depois serão exportados, naturalmente, em grande quantidade para a China, mas com mais-valias acrescidas deixadas nos países de origem”, acrescentou.

Em relação particularmente a São Tomé e Príncipe, o responsável garantiu que a China vai investir no país, particularmente no sector das pescas.

“A China vai investir garantidamente no sector das pescas. Há já contactos nesse sentido e digo com alguma segurança que vai investir”, adiantou.

No entanto, advertiu: “Tem que haver um plano da parte de São Tomé e Príncipe para que algum desse pescado, desse produto no investimento das pescas que venha a ser feito, seja aqui transformado”.

12 Jul 2019

Jogo | Wynn Macau anuncia expansão de resort no Cotai

[dropcap]A[/dropcap] Wynn Macau anunciou um investimento de dois mil milhões de dólares americanos na primeira fase de expansão de um ‘resort’ de luxo, segundo uma informação divulgada ontem pela Bolsa de Hong Kong. As obras de expansão do Cristal Pavilion (Pavilhão de Cristal) devem começar no final de 2021.

Trata-se de um projecto – uma mega-estrutura de vidro – no Cotai onde está instalado o resort Wynn Palace, prolongando-se a primeira fase dos trabalhos durante 36 meses. Uma das construções previstas para a primeira fase das obras é uma torre com 650 quartos, bem como uma sala de espectáculos.

A segunda fase de trabalhos integra uma nova torre, com igual número de quartos, sem que tenha sido avançada, neste caso, informação sobre datas, prazos e valores. A empresa estima vir a ter entre sete a dez milhões de visitantes anuais. O Wynn Palace abriu em Agosto de 2016, um investimento que superou os quatro mil milhões de dólares.

12 Jul 2019

Jogo | Grupo Suncity colocou em risco licença para explorar sector

Tendo em conta o recente processo de angariação ilegal de jogadores online protagonizada pelo grupo Suncity, a intenção de conseguir licença para explorar o sector pode estar em causa. A ideia foi defendida pela analista da Bloomberg Intelligence, Margaret Huang

 

[dropcap]A[/dropcap] analista da Bloomberg Intelligence especializada na indústria do jogo, Margaret Huang, disse ontem à Lusa que o Grupo Suncity pode ter colocado em risco a possibilidade de garantir em 2022 uma das licenças para casinos em Macau.

Representantes do Suncity, o maior angariador de apostadores VIP do mundo, foram já ouvidos pela Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos de Macau (DICJ) por alegada promoção ilegal do jogo ‘online’, indicou aquela entidade a um ‘site’ especializado em informação sobre casinos na Ásia, o GGRAsia.

“Penso que a possível violação do jogo ‘online’ poderá colocar em risco as suas possibilidades em termos de garantir uma licença em Macau”, assinalou Margaret Huang.

“Ainda assim, está a fazer progressos para corrigir a situação ao reunir-se com a DICJ, para esclarecer melhor como e se estavam de facto envolvidos”, acrescentou a analista.

Na quarta-feira, o especialista em jogo Changbin Wang disse à Lusa não acreditar que o Grupo Suncity seja afastado da exploração de salas de casinos em Macau, mas admitiu danos na sua reputação.

“Mesmo que se confirme que o Suncity opera [ilegalmente] jogos ‘online’, não creio que seja banido de Macau, pois o jogo ‘online’ é operado fora” do território, afirmou o director do Centro de Pesquisa e Ensino do Jogo do Instituto Politécnico de Macau (IPM).

Danos colaterais

Contudo, admitiu o professor, a confirmar-se a informação de que promoveu ilegalmente o jogo ‘online’ “o dano político pode ser significativo” para o grupo que já expressou a sua vontade de concorrer a uma licença para explorar o jogo em Macau a partir de 2022. A DICJ disse ainda ao GGRAsia, que já ouviu representantes do Grupo Suncity, acusado de actividades de “jogo online” e “apostas por procuração”.

À Lusa, o grupo já negou ter cometido qualquer ilegalidade, após um artigo do Economic Information Daily, um jornal afiliado da agência de notícias oficial chinesa Xinhua, ter denunciado o recrutamento de apostadores no interior da China por parte do Suncity para actividades que estão proibidas em Macau.

Em declarações à Lusa, a 21 de Maio, o director executivo do Suncity anunciou a pretensão do grupo de concorrer às concessões de novas licenças de jogo em Macau, em 2022.

O Sun City é o maior angariador do mundo de jogadores de grandes apostas, com mais de 40 por cento do mercado das apostas VIP em Macau, com 17 salas no território em todas as grandes concessionárias e subconcessionárias na capital mundial do jogo: Melco, MGM, Sociedade de Jogos de Macau (SJM), Galaxy, Sands e Wynn.

12 Jul 2019

Ilha Verde | Funcionários do IC impedidos de entrar no convento jesuíta

[dropcap]O[/dropcap]s funcionários do Instituto Cultural (IC) foram impedidos de entrar no antigo convento jesuíta localizado na colina da Ilha Verde, espaço que foi investigado pelo Comissariado contra a Corrupção (CCAC), devido a falhas de gestão e preservação. O Jornal do Cidadão citou ontem declarações de Leong Wai Man, vice-presidente do IC, que adiantou que, desta forma, não é possível ver de perto o estado de conservação do convento. Foi verificado, no entanto, que há uma coluna do edifício danificada que ainda não foi restaurada.

Desta forma, o IC promete enviar uma carta aos proprietários do terreno exigindo obras de conservação num curto espaço de tempo possível. Estes devem entregar ao Governo um plano de reparação e manutenção do antigo convento no espaço de 30 dias. Caso não o façam, cabe ao IC executar as obras, de acordo com a lei da salvaguarda do património cultural, e aos proprietários pagar as despesas.

Em 2016, o IC emitiu um parecer sobre o antigo convento com regras “claras e rigorosas”, adiantou Leong Wai Man. “Como se trata de uma propriedade privada, comunicámos várias vezes com os proprietários para entender as suas opiniões e dificuldades. No entanto, depois do parecer do CCAC, consideramos que é necessário sermos mais activos e exigir que os proprietários tratem do assunto o mais breve possível”, frisou.

12 Jul 2019

Brasileira Embraer apresenta novo avião em Macau para conquistar mercado asiático

[dropcap]A[/dropcap] fabricante brasileira Embraer apresentou ontem em Macau o novo avião “TechLion”, mais eficiente e silencioso, com o qual pretende reforçar a presença no mercado asiático.

Foi na RAEM que o novo modelo E-195-E2 realizou a segunda paragem de uma demonstração mundial, que arrancou esta segunda-feira em Xiamen, na costa sudeste da China, seguindo depois para mais países na região da Ásia-Pacífico.

“Esperamos que as actuais companhias aéreas e também aquelas interessadas em operar em Macau compreendam a vantagem que este avião pode trazer a este mercado”, afirmou, em declarações aos jornalistas, o vice-presidente do departamento de Vendas e Marketing para a China da Embraer, Guo Qing.

A maior aeronave comercial já fabricada pela Embraer, com capacidade até 146 assentos e autonomia de 4,8 mil quilómetros, quer ajudar Macau a explorar o mercado secundário, com o aumento de ligações a cidades mais pequenas, explicou o responsável.

“É exactamente o que Macau precisa para expandir a sua rede aérea para cidades secundárias e terciárias”, sustentou, sublinhando que, actualmente, operam essencialmente em Macau aeronaves com mais de 150 lugares.

Mais rotas, mais possibilidades

Para Guo Qing, o aumento contínuo de rotas e de novas companhias aéreas alinha-se com a ambição do território em tornar-se “não só a capital mundial do jogo, mas um centro mundial de turismo e lazer”, contribuindo também para a integração da cidade na região da Grande Baía Hong Kong-Zhuhai-Macau.

Sem avançar se já alguma companhia aérea, nomeadamente a Air Macau, manifestou interesse pelo novo avião, Qing indicou que a fabricante está em negociações e acredita que terá “potenciais compradores” na região.

No entanto, falta ainda a certificação na China – e nas regiões administrativas especiais -, depois de já ter recebido a ‘luz verde’ das Agência Nacional de Aviação do Brasil (ANAC), da Administração Federal de Aviação (FAA – Estados Unidos) e da Agência Europeia para a Segurança da Aviação.

12 Jul 2019

Táxis | Membro dos Kaifong sugere actualização permanente de tarifas

[dropcap]C[/dropcap]hoi Seng Hong, membro da direcção do Centro da Política da Sabedoria Colectiva (CPSC), uma entidade ligada ao universo da União Geral das Associações de Moradores de Macau (Kaifong), defende o estabelecimento de um mecanismo de actualização permanente das tarifas de táxi.

“Com a inflação e o aumento dos custos operacionais, a proposta do aumento das tarifas de táxis é razoável, mas deve estar dentro da capacidade dos residentes e visitantes”, apontou. O sector defende um aumento de 15 por cento da bandeirada inicial, além de um aumento de 15 patacas por viagem durante o Ano Novo Lunar. Choi Seng Hong defende a actualização, porque desde 2017 não são feitos aumentos, mas salientou que o sector deve garantir um serviço de qualidade proporcional aos valores pagos pelos passageiros.

Nesse sentido, deveriam ser implementadas novas fórmulas de cálculo para garantir um mecanismo permanente de aumento e a adopção de equipamentos para melhorar os métodos de pagamento e a emissão de recibos, tendo em conta as diferentes necessidades dos turistas. O responsável exige também a introdução de um sistema público de avaliação do sector dos táxis.

12 Jul 2019

CAECE | Residente pede para verificar a elegibilidade de Ho Iat Seng

[dropcap]C[/dropcap]han Kuok Sam, residente local, pediu à Comissão de Assuntos Eleitorais do Chefe do Executivo que verificasse a elegibilidade do ex-presidente da Assembleia Legislativa, Ho Iat Seng, para o cargo de Chefe do Executivo, segundo o canal chinês da Rádio Macau.

Em causa está um processo acerca de um erro médico, em 2014, no Hospital de São Januário que resultou na morte da filha de Chan. Perante esta situação, o residente entregou uma carta à Assembleia Legislativa a denunciar o caso a Ho Iat Seng.

Para o residente, Ho teria a responsabilidade de dar seguimento ao caso, coisa que não fez, pelo que considera que o candidato favorito ao cargo de Chefe do Executivo não reúne condições para avançar na sua candidatura.

12 Jul 2019

Ambiente | Ho Ion Sang quer menos poluição nas águas costeiras

[dropcap]O[/dropcap] deputado Ho Ion Sang pediu por interpelação escrita mais atenção para o problema dos micro-plásticos e para a protecção da biodiversidade marinha em Macau, solicitando esclarecimentos do Governo sobre os estudos e testes à poluição por micro-plásticos no território.

Ho Ion Sang salientou que os danos e a poluição das águas costeiras não podem ser ignorados. Segundo o Relatório do Estado do Ambiente de Macau, “nos últimos dez anos, o índice de avaliação da exposição não metálica apresentou uma tendência crescente e ultrapassou os valores-padrão. E os índices de eutrofização [mudança de cor] das águas costeiras subiram”, citou.

Ho Ion Sang quer saber o que o Executivo vai fazer para controlar a situação, qual o progresso da pesquisa sobre micro-plásticos nas drenagens e se vai alargar os testes até às praias. Outra preocupação do deputado é a capacidade de filtragem destes materiais pelas Estações de Tratamento de Águas Residuais e o resultado da investigação à morte dos dois golfinhos encontrados nas águas de Macau.

12 Jul 2019

Eleições | TJB aplica multa de 15 mil por fotografia ilegal

[dropcap]O[/dropcap] Tribunal Judicial de Base (TJB) decidiu multar um indivíduo em 15 mil patacas por ter fotografado, no passado dia 16 de Junho, “um voto branco com o seu telemóvel” numa assembleia de voto, no âmbito das eleições para a Comissão de Assuntos Eleitorais de Chefe do Executivo.

De acordo com um comunicado oficial, “o indivíduo bem sabia que nas áreas das assembleias de voto é proibido o uso de qualquer dispositivo de telecomunicações, ou dispositivo com função de gravar sons, de imagem em fotografia ou vídeo, e o mesmo assim tirou a fotografia dolosamente”.

O valor da multa diz respeito a 200 patacas pagas pelo período de 75 dias, uma pena que pode ser convertível em 50 dias de prisão se a multa não fosse paga ou substituída pelo trabalho, nos termos do Código Penal.

11 Jul 2019

“Igreja de Portugueses negros” na Era Marítima

Ritchie Lek Chi, Chan

 

[dropcap]A[/dropcap] capital da Indonésia, Jacarta, era conhecida na Idade Média como a “Rainha do Oriente”. Hoje tem uma população de mais de 30 milhões e tornou-se a segunda maior área metropolitana do mundo. Esta cidade densamente povoada esconde a história primitiva da Indonésia, a história dos imigrantes chineses e os vestígios dos europeus que pisaram esta terra durante o período da “Descoberta Geográfia”. Não é difícil encontrar materiais históricos preciosos quando se viaja pela a cidade velha de Jacarta.

Apesar da forte atmosfera islâmica, Jacarta preservou igrejas católicas de grande valor histórico. Recentemente, fui a Jacarta e um dos meus familiares que lá mora acompanhou-me na visita a duas igrejas. Uma igreja está localizada no centro da cidade onde os holandeses construíram uma magnífica “Catedral da Assunção” em 1825.

A outra está localizada na cidade velha, a antiga e medíocre igreja de “Sião”*1 . A sua existência testemunha a história do desenvolvimento da cidade de Jacarta, bem como o processo histórico da competição e troca de poder entre as duas grandes potências marítimas, Portugal e Holanda da Idade Média. Portanto, em termos de valor histórico, a igreja de “Sião” é a mais importante.

Durante a minha visita, conheci uma pessoa de Ambon que se encarregava desta igreja* 2. Ele entusiasticamente apresentou a história da igreja e da antiga cidade de Taman Sari, devido a relações estreitas entre as duas.

No início do século XVI, os portugueses antes da sua chegada a Macau, já tinham viajado de Malaca para Maluku e depois para Batávia (o nome antigo de Jacarta). O primeiro local onde os portugueses chegaram foi numa pequena vila de pescadores de Sunda Kelapa (cidade de coco), na cidade velha de Ciliwung, onde construíram uma fortaleza pequena e uma igreja rudimentar fora da muralha antiga da cidade, um seminário e onde residiam escravos vindos da África. Os habitantes locais chamavam de “Igreja portuguesa exterior (muralha)” ou “Igreja de portugueses negros”. De acordo com um documento português, “No século V, foi o Reino Sunda que controlava essa área. Foi o local de nascimento de Jacarta e mais tarde se tornou num importante porto. No século XII, ficou conhecido por seu comércio de pimenta”. No início do século XVII, a igreja de “Sião” foi reconstruída após os holandeses ocuparem Jacarta. Neste momento, o povo Tang (chinês) imigraram e começaram a fazer negócios até ao presente, a região tornou-se numa das maiores Chinatown na Indonésia e no mundo fora.

O interior da Igreja de Sião foi conservado por mais de 300 anos, o distinto altar, órgão, mobiliário, móveis e utensílios utilizados nas cerimónias pertencentes à época holandesa. Antes de deixar a igreja, visitei o cemitério holandês fora da igreja e encontrei um dos túmulos que é do vigésimo governador das Índias Orientais Holandesas, Hendrick Zwaardecroon, que governou a Batávia entre 1718 e 1725. As visitas que fiz às igrejas em Jacarta foram o equivalente a frequentar um curso de “Descoberta Geográfica”. Por lá em aprendi mais sobre a importante relação histórica entre a Indonésia, a Europa e a China.

*1: “Sião” refere-se ao Monte Sião no sul de Jerusalém. O catolicismo refere-se a Jerusalém ou a Israel, e mais tarde usado como o nome geral da nação judaica.

*2: Ambon, a capital das ilhas Molucas, na Indonésia. Explorador português, Francisco Serrão chegou a Ambon em 1512 e tornou-se numa colónia portuguesa em 1526.

Artigo publicado no Macao Daily Newspaper em 12 de Junho de 2019

11 Jul 2019

Xinjiang | Pedido para acabar com violações a muçulmanos junta 22 países

Um total de 22 países apresentou ontem ao Conselho dos Direitos Humanos da ONU um pedido para que a China acabe com detenções arbitrárias e violações contra muçulmanos na região de Xinjiang, anunciou ontem a Human Rights Watch

 

[dropcap]A[/dropcap] posição tomada perante o organismo da ONU para a defesa dos direitos humanos é classificada pela Human Rights Watch como “inédita” e apela também à cooperação da China com a Alto comissária das Nações Unidas Michelle Bachelet e outros especialistas da organização e à permissão de acesso à região em causa. “Vinte e dois países pediram à China que acabe com o horrível tratamento dado aos muçulmanos em Xinjiang”, afirmou o director da Human Rights Watch (HRW) em Genebra, John Fisher.

“A declaração conjunta é importante não só para a população de Xinjiang, mas também para todas as pessoas do mundo que dependem do organismo da ONU para os direitos humanos para travar até o mais poderoso dos países”, explicou.

Os países expressaram a sua preocupação face a relatórios de detenções arbitrárias em larga escala, vigilâncias generalizadas e outras violações contra uigures (povo de origem turcomana que habita principalmente a Ásia Central) e outros muçulmanos em Xinjiang.

Os 22 Estados apelaram à China para que “permita acesso verdadeiro a Xinjiang” aos observadores independentes e das Nações Unidas e pediram à Alto comissária da ONU que informe com regularidade o Conselho dos Direitos Humanos sobre a situação.

Nos últimos anos, organizações de direitos humanos, como por exemplo a HRW, e vários órgãos de comunicação social denunciaram a existência de campos de “educação política” em Xinjiang, onde cerca de um milhão de uigures e outros muçulmanos turcomanos são detidos sem passarem por qualquer processo legal. Uma vez detidas, estas pessoas são sujeitas a doutrinação política, maus tratos e, por vezes, a tortura.

O Governo chinês ora nega a existência de abusos, ora procura justificar a sua conduta como parte de uma estratégia nacional contra o terrorismo.

Mais do dobro

Em Março, na sua Revisão Periódica Universal – um registo regular do estado dos direitos em cada país da ONU – a China solicitou que fossem retiradas do seu registo as críticas a abusos de direitos. “O país tentou manipular a avaliação, fornecendo descaradamente respostas falsas sobre questões críticas como liberdade de expressão e Estado de Direito, e pediu a delegações que não comparecessem a um painel sobre direitos humanos em Xinjiang ‘no interesse das relações bilaterais’”, adianta a organização.

Para a HRW, o facto de muitos países estarem agora dispostos a pedir uma avaliação independente internacional mostra o cepticismo em relação às declarações da China sobre a situação em Xinjiang.

A última posição conjunta tomada acerca da China no Conselho dos Direitos Humanos da ONU foi liderada pelos Estados Unidos, em Março de 2016, e juntou 12 signatários.

A quase duplicação do número de signatários mostra um aumento das preocupações internacionais com a situação em Xinjinag, considerou a HRW.

A posição conjunta ontem divulgada foi assinada pela Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Holanda, Islândia, Irlanda, Japão, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Nova Zelândia, Noruega, Reino Unido, Suécia e Suíça.

“Os governos estão a reconhecer cada vez mais o sofrimento de milhões de pessoas em Xinjiang, com famílias separadas e a viver com medo e um Estado chinês que acredita que pode cometer violações em massa sem qualquer contestação”, disse o director da HRW em Genebra.

“A posição conjunta demonstra que Pequim está errado em pensar que consegue escapar ao escrutínio internacional dos seus abusos em Xinjiang”, defendeu John Fisher, garantindo que “a pressão vai aumentar até que os aterradores abusos acabem”.

11 Jul 2019

Mão Morta editam novo álbum em Setembro com concertos no Outono

[dropcap]O[/dropcap]s Mão Morta editam em Setembro “No fim era o frio”, um álbum que conta uma história de perda, criada de raiz por Adolfo Luxúria Canibal, e que é apresentado no Outono no Porto, Lisboa, Loulé e Luxemburgo. “No fim era o frio” é, de acordo com o vocalista do grupo, um álbum “diferente do anterior – “Pelo meu relógio são horas de matar” de 2014 –, como é, aliás, apanágio dos Mão Morta”.

“É um disco conceptual, muito centrado numa história, que atravessa todo o disco, uma distopia, uma história de perda”, contou o músico, referindo que, na génese do novo trabalho da banda, esteve “uma ideia musical de construção, de composição a partir de módulos, uma ideia retirada da música electrónica”, e que a banda quis “aplicar à música eléctrica”.

Adolfo Luxúria Canibal fala em módulos, porque as 11 faixas que compõem o álbum “não [são] propriamente músicas”. “São longos ambientes, a que chamamos módulos. Alguns são mais próximos do que podia ser uma canção, apesar de não serem canções, não têm refrões, não têm pontes, não têm estrofes, mas são mais próximas na sua estrutura do que seria uma canção tradicional”, referiu.

A maioria das onze faixas “são grandes espaços ambientais de grande produção, muito mais próximo do que seria o ‘krautrock’, nos anos 1960 e 70, do que propriamente músicas, canções”.

A história contada em “No fim era o frio” foi “criada de raiz” pelo vocalista e, tanto a história como a música serviram o espectáculo de dança, com Inês Jacques, que a banda apresentou este ano em locais como Guimarães e Castelo Branco. “Ou seja, a música desse espectáculo serviu também para ser a música do disco, cerca de 80 por cento, digamos. Há pormenores, há tempos, há coisas que são diferentes, mas o grosso, a base, é a mesma”, explicou.

Novo álbum ao vivo

“No fim era o frio” é apresentado ao vivo entre Setembro e Novembro, nas cidades do Porto, Lisboa, Loulé e Luxemburgo, onde a banda tocará ainda outros temas do repertório que conta com mais de 30 anos de carreira. No palco, em termos cénicos, “a ideia é acentuar o lado frio do disco”.

“Este lado frio da história, este lado de desamparo, criando um cenário que, de alguma forma, faça a ponte com os espectáculos de dança que estivemos a fazer. As coisas são profundamente separadas, mas ao mesmo tempo estão intimamente ligadas”, disse Adolfo Luxúria Canibal.

No espectáculo de dança havia seis bailarinos em palco, “uma componente mais visual”, nestes concertos “não há nada disso, mas há uma espécie de ponte, uma ideia de palco que havia no espectáculo de dança para a ideia de palco de apresentação do disco”.

Os Mão Morta, além de Adolfo Luxúria Canibal (voz), são também Miguel Pedro (bateria), António Rafael (teclados e guitarra), Sapo (guitarra), Vasco Vaz (guitarra) e Joana Longobardi (baixo).

11 Jul 2019

Grupo Suncity | Governo reuniu com operadoras de jogo

[dropcap]A[/dropcap] Direcção dos Serviços de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ) reuniu ontem com representantes das seis operadoras de jogo depois de ter sido noticiado o alegado envolvimento do Grupo Suncity na gestão de uma rede de jogo online ilegal na China, apesar da empresa liderada por Alvin Chau ter negado essas informações.

Paulo Martins Chan, director da DICJ, referiu que “a exploração de qualquer actividade relacionada com jogos de fortuna ou azar online na RAEM pode constituir um crime”, uma vez que “o Governo não permite ao sector do jogo efectuar qualquer promoção de jogos de fortuna ou azar on-line, de colocação de apostas via telefónica e outras actividades relacionadas, através dos casinos da RAEM”.

Paulo Martins Chan esclareceu também que “as actividades de promoção de jogo exploradas dentro e fora da RAEM têm sido alvo de atenção do Governo”, havendo “ainda a necessidade de relembrar os respectivos sócios para o cumprimento rigoroso das normas legais”.

Do lado dos junkets, ficou a promessa de que as empresas “irão reforçar, junto dos respectivos sócios e dos seus colaboradores, a ideia da necessidade de que a exploração da actividade de promoção de jogos decorra dentro dos parâmetros das normas legais”.

11 Jul 2019

Concurso | Expansão da Central de Incineração de Resíduos Sólidos

[dropcap]O[/dropcap] concurso público para a concepção e construção da 3ª fase de expansão da Central de Incineração de Resíduos Sólidos de Macau, localizada nos terrenos do Pac On, na Taipa, foi ontem anunciado em Boletim Oficial pela Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA).

A entidade promotora da empreitada definiu, como prazo de validade das propostas, 90 dias a contar da data do acto público de abertura das mesmas, e um prazo máximo de construção de 1100 dias úteis. A adjudicação da empreitada será pelo preço global orçamentado, sem valor de base.

Só podem participar no concurso sociedades constituídas e registadas na RAEM, cujo objecto social esteja relacionado com a concepção e construção de instalações de incineração de resíduos sólidos. As propostas deverão ser entregues até às 17h do dia 8 de Outubro de 2019, na DSPA (Edifício CEM), local onde irá decorrer também o acto público de abertura das propostas, no dia seguinte, 9 de Outubro, pelas 10h.

11 Jul 2019

Economia | Jovens empresários receberam 20,5 milhões em subsídios

[dropcap]O[/dropcap] Plano de Apoio a Jovens Empreendedores (PAJE) atribuiu 20,5 milhões de patacas, de Janeiro a Junho de 2019, para ajudar projectos de empresários em início de carreira, conforme revela a Direcção dos Serviços de Economia (DSE) na sua página electrónica. De acordo com os dados oficiais disponíveis, durante a primeira metade do ano foi acusada a recepção de 121 pedidos de apoio financeiro, dos quais 104 foram já aprovados e 11 indeferidos.

Os jovens empresários de Macau, que recorreram aos subsídios, fizeram-no para investir maioritariamente em negócios de comércio a retalho, ou seja 7,5 milhões de patacas, a que corresponde a maior quantia das verbas atribuídas durante o primeiro semestre (36,7 por cento).

Outras actividades económicas que motivaram a candidatura ao subsídio foram a prestação de serviços a empresas, que conseguiram 2,4 milhões de patacas (11,8 por cento); a reparação de automóveis e motocicletas, barbearias e outros não especificados, aos quais foram concedidos 2,3 milhões (11,3 por cento); a educação, serviços médicos e assistência social, que receberam 2 milhões (10 por cento); e a restauração e hotelaria, que arrecadaram 1,9 milhões (9,5 por cento do total) das verbas da DSE.

O plano de apoio existe desde 2013 e recebeu um total de 1854 pedidos até ao final do ano passado, com aprovação de 1364. O montante global concedido até 2018 foi de 317,7 milhões de patacas. Esta ajuda financeira a jovens para a criação de negócios próprios, quando não dispõem de capital suficiente, tem um tecto individual máximo de 300 mil patacas e deverá ser reembolsada na íntegra no prazo de oito anos, isenta de juros.

11 Jul 2019

Maior pirata informático mundial de banda desenhada japonesa detido nas Filipinas

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades filipinas anunciaram hoje a detenção de um fugitivo japonês, de 28 anos, considerado o maior pirata informático do mundo de banda desenhada nipónica (Manga), acusado de causar prejuízos ao sector de mais 2.600 milhões de euros.

Romi Hoshino dirigiu, entre Janeiro de 2016 e Abril de 2018, o site “Manga Mura”, no qual disponibilizou ilegalmente cerca de 60 mil séries de Manga e novelas gráficas japonesas. Segundo as autoridades, este site japonês recebia uma média de 100 milhões de visualizações mensais.

O japonês, conhecido no mundo ‘online’ como “Zakay Romi”, foi detido no domingo no aeroporto de Manila, enquanto tentava embarcar num voo para Hong Kong, informou o Departamento de Imigração das Filipinas.

Perante as indicações de que Hoshino poderia estar escondido nas Filipinas, a embaixada do Japão em Manila pediu ajuda às autoridades filipinas para o localizar, uma operação que foi realizada com a ajuda da Interpol em Tóquio.

“A sua presença no país é um risco para a segurança pública”, disse o comissário do Departamento de Imigração, Jaime Morrente. Hoshino tem nacionalidade alemã e israelita e, por essa razão, a embaixada japonesa já entrou em contacto com a missão diplomática alemã em Manila para o deportar para o Japão, explicou Jaime Morrente.

10 Jul 2019

Selecção lusa de râguebi de sub-20 vence Hong Kong na estreia no World Trophy

[dropcap]A[/dropcap] selecção portuguesa de râguebi de sub-20 venceu hoje a congénere de Hong Kong por 59-27, no encontro de estreia no Junior World Trophy que se disputa em São Paulo.

Portugal obteve o ponto de bónus ofensivo graças aos oito ensaios (contra três dos asiáticos), obtidos por Raffaele Storti (3), Francisco Salgado (2), Rodrigo Marta, Pedro Lucas e Tomás Lamboglia, sete dos quais transformados por Jerónimo Portela (6) e Tomás Lamboglia.

Os jovens ‘lobos’ lideram o Grupo B com cinco pontos, os mesmos de Tonga, que bateu o Canadá por 26-25, e vão agora defrontar o Canadá, no sábado às 21h00, hora de Lisboa.

10 Jul 2019

IAM | Moedas atiradas para lagos totalizam 3 mil patacas

[dropcap]O[/dropcap] Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) recolheu 3.000 patacas “nos últimos anos” de lagos dos jardins do território. A informação foi avançada pelo organismo que não foi capaz de explicar a duração do período em que as 3.000 patacas foram recolhidas. “O IAM procede a limpezas regulares das moedas que estão dentro dos lagos sob a sua gestão. Na sua grande maioria, são moedas de 10 ou 50 avos.

O montante recolhido ao longo dos anos é de cerca 3000 patacas”, escreveu o IAM, face a uma questão do HM. Em relação ao destino do dinheiro, o IAM explicou que “é utilizado para caridade e acção social. Por outro lado, o organismo presidido por José Tavares deixou o apelo para que as pessoas não lancem moedas aos lagos e que se o fizerem arriscam-se a serem advertidas pelos trabalhadores destes espaços públicos.

“Lançar moedas para dentro dos lagos não é considerada uma prática correcta. Cabe aos trabalhadores dos parques transmitir essas instruções caso se deparem com tal situação”, foi apontado.

10 Jul 2019

DSEJ | Programa de aperfeiçoamento contínuo estende-se a Zhuhai

[dropcap]O[/dropcap] programa de desenvolvimento contínuo vai arrancar em Zhuhai com cursos de software, redes de internet e manutenção de veículos aéreos não tripulados. A informação foi adiantada pelo Chefe da Divisão de Extensão Educativa da Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ), Wong Chi Iong ao programa Fórum Macau.

“A próxima fase do Programa de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento Contínuo vai subsidiar os residentes que frequentem cursos e realizem exames de credenciação na área da Grande Baía e vai aplicar-se primeiro em Zhuhai”, disse.

Relativamente à aprovação de projectos dentro do referido programa, o responsável assegurou que “todas as candidaturas são estritamente analisadas” e que o organismo “dá muita importância às qualificações dos formadores, sublinhando que na terceira fase do programa “o 82 por cento dos instrutores possuem ‘mestrado e doutoramento’, um aumento significativo em relação aos 63 por cento das fases anteriores”.

10 Jul 2019

Crime | Excursionistas queixam-se de extorsão

[dropcap]U[/dropcap]m grupo de excursionistas do Interior da China que visitou Macau e Hong Kong queixou-se de ter sido burlado. Além dos 2000 renminbis pagos pela visita de três dias e duas noites, com dormidas incluídas, acabou por ter várias despesas que supostamente já estavam incluídas no pacote de viagens.

De acordo com um trabalho da MASTV, entre as despesas extra esteve uma deslocação ao Hotel e Casino Venetian, pela qual cada excursionista teve de pagar 200 renminbis à agência. Contudo, mais tarde, essa cobrança acabou mesmo por ser cancelada, uma vez que os turistas apresentaram queixa junto das autoridades locais.

Porém, apesar de terem poupado os 200 renminbis, o mesmo não terá acontecido em outras deslocações em Hong Kong e Macau onde aos excursionistas foi cobrado um valor extra. Além disso, em Hong Kong foram ainda obrigados a fazer compras em lojas à escolha da agência.

10 Jul 2019

DST | Esperada ocupação hoteleira de 90 por cento no Verão

[dropcap]H[/dropcap]elena de Senna Fernandes, directora dos Serviços de Turismo, disse que a taxa de ocupação de hotéis durante as férias de Verão deverá ser superior a 90 por cento. A responsável adiantou ainda que apesar do esperado aumento do número de excursionistas, com a abertura da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, tal não se deve reflectir na taxa de ocupação hoteleira.

De acordo com o Jornal do Cidadão, Helena de Senna Fernandes adiantou também que o número de visitantes aumentou 20 por cento nos primeiros cinco meses deste ano, números que explicam a elevada taxa de ocupação esperada para os meses de Verão.

“Antes da abertura da nova ponte os excursionistas chegavam a Macau de noite e começavam a visita no dia seguinte. Mas agora eles chegam primeiro a Zhuhai, depois visitam Macau no dia seguinte de manha e à noite voltam para seu local de residência”, acrescentou a directora.

Quanto ao alojamento de baixo custo, a directora disse ainda que foram recebidas muitas candidaturas nos últimos anos, mas que muitas envolvem projectos de remodelação de edifícios, o que obriga a coordenação entre vários departamentos públicos.

10 Jul 2019

China pede aos EUA que cancelem “imediatamente” venda de armas a Taiwan

[dropcap]A[/dropcap] China pediu ontem aos Estados Unidos que “cancelem imediatamente” uma venda de armamento a Taiwan no valor de 2,2 mil milhões de dólares e aprovada pelo Departamento de Estado norte-americano.

“Devemos evitar mais danos nas relações sino-norte-americanas”, afirmou o porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Geng Shuang, em conferência de imprensa.

China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas. No entanto, Pequim considera Taiwan parte do seu território, e não uma entidade política soberana.

Pequim cortou os mecanismos de diálogo com Taipé desde a eleição da Presidente Tsai Ing-wen do Partido Democrático Progressista, pró-independência, em 2016, e afirma que só aceita voltar atrás se a líder taiwanesa declarar que a ilha é parte da China.

Desde o XIX Congresso do Partido Comunista Chinês (PCC), em 2017, que as incursões de aviões militares chineses no espaço aéreo taiwanês se intensificaram, levando analistas a considerarem como cada vez mais provável que a China invada Taiwan.

A venda, que inclui 108 tanques e 250 lançadores de mísseis terra-ar, foi notificada ao Congresso dos EUA, que tem agora 30 dias para se opor, o que parece improvável.

Esta não é a primeira vez que os EUA vendem armas a Taiwan, apesar da oposição de Pequim.
“A China pede aos Estados Unidos (…) que cancelem imediatamente o projecto de venda de armas a Taiwan e que travem qualquer vínculo militar com Taiwan”, disse Geng.

“Devemos evitar minar ainda mais as relações sino-americanas, a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan”, acrescentou. A venda coincide também com uma altura em que a relação entre Pequim e Washington se deteriora, face a uma guerra comercial que dura há um ano.

“A venda de armas pelos Estados Unidos a Taiwan é uma violação grave dos princípios fundamentais do direito internacional e das relações internacionais”, disse Geng Shuang.

“O lado chinês exprime a sua profunda insatisfação, bem como oposição resoluta, e já protestou oficialmente com Washington”, apontou. Washington, que rompeu relações diplomáticas com Taipei em 1979 e passou a reconhecer o Governo de Pequim como o único representante da China, continua a ser o maior aliado de Taipé e o seu principal fornecedor de armas.

10 Jul 2019

Hong Kong | Activistas prometem mais protestos apesar de lei polémica ser dada como “morta”

[dropcap]O[/dropcap] principal grupo que está na base das manifestações nas últimas semanas em Hong Kong desvalorizou o facto de a chefe do Governo ter declarado hoje a “morte” da lei da extradição e prometeu novas manifestações.

Estas palavras “não significam nada de novo”, disse a porta-voz da Frente Civil de Direitos Humanos, Bonnie Leung, em conferência de imprensa, numa alusão à declaração da chefe do executivo de Hong Kong, Carrie Lam, que deu como “morta” a lei da extradição, que provocou uma série de protestos maciços desde 9 de Junho.

“Eu considero a lei da extradição morta”, disse Lam durante uma conferência de imprensa, acrescentando que os trabalhos de preparação desta medida foram “um completo fracasso”.

Na opinião de Bonnie Leung, a líder do Governo da antiga colónia britânica não garantiu que a lei vai ser completamente abandonada: “Lam ainda se recusa a dizer que remove a iniciativa”, afirmou.

“Se as nossas cinco exigências não forem ouvidas por Carrie Lam e pelo seu Governo, a Frente Civil de Direitos Humanos continuará a realizar manifestações e comícios”, sublinhou a porta-voz.

A activista exigiu a retirada definitiva do projecto de lei, a demissão de Carrie Lam, que os protestos não sejam identificados como motins, a libertação dos detidos e a abertura de uma investigação sobre a violência policial.

Esta última reivindicação já foi aceite pela chefe do executivo que, na sua declaração aos jornalistas, anunciou a criação de um comité de investigação independente para supervisionar a acção da polícia durante os protestos que se verificaram na cidade durante o último mês.

“Como é que o Governo pode pedir aos manifestantes que respeitem o Estado de Direito, quando ele próprio não o faz?”, questionou a activista. Bonnie Leung criticou ainda a acção policial no último domingo, cujos agentes “se recusaram a mostrar os seus crachás de identificação ou usar uniformes no exercício das suas funções”.

Durante as manifestações de domingo, seis manifestantes, quatro homens e duas mulheres, entre os 20 e os 66 anos, foram detidos. Dos seis, um foi detido por se recusar a ser identificado e os restantes por “obstrução e agressão de um agente no exercício das suas funções”, adiantou a polícia de Hong Kong, em comunicado.

Desde o início dos protestos, a 9 de Junho, registaram-se 71 detenções, sendo que 15 ocorreram após a invasão do parlamento no dia 1 de Julho, segundo dados avançados pelo movimento pró-democracia à agência de notícias EFE.

A organização não-governamental Amnistia Internacional (AI) também já se pronunciou sobre as palavras proferidas hoje por Carrie Lam, considerando-as de “vagas”. “A recusa de Lam em reconhecer as consequências fatais da lei extradição promete continuar a inflamar a situação em Hong Kong”, disse em comunicado o director da organização não-governamental em Hong Kong, Man-kei Tam.

9 Jul 2019