Galgos | Borba quer acolher centro internacional de Macau

A construção do Centro Internacional de Realojamento de Galgos de Macau pode estar em causa. Uma das razões é a necessidade de alterar a finalidade do terreno no Pac On que foi anunciado como o destino da infra-estrutura. Entretanto, em Borba abrem-se portas para receber o projecto

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]presidente da Câmara de Borba disse à Lusa que a autarquia está interessada em receber o Centro Internacional de Realojamento de Galgos para acolher mais de 500 cães do canídromo de Macau que encerrou em Julho. António Lopes Anselmo afirmou que este projecto seria importante para o concelho, permitindo a criação de “postos de trabalho diferenciados”, bem como na sensibilização pedagógica junto das gerações mais novas.

“Era extremamente importante para nós, este tipo de investimento (…) além de salvar esses animais todos, fazer um trabalho interessante em termos pedagógicos, para as escolas”, explicou à Lusa o presidente da Câmara de Borba, distrito de Évora. “Estamos claramente interessados” afirmou, acrescentando: “Aqui os animais estão tranquilos e têm espaço”.

Na quinta-feira, à margem de uma visita de jornalistas ao Canídromo de Macau, o presidente da Sociedade Protetora dos Animais de Macau, ANIMA, que está envolvido no processo de realojamento dos 533 galgos, admitiu a hipótese de ser construído um centro internacional de realojamento de galgos, único no mundo, em Borba.

“A Yat Yuen deu-me carta branca para eu poder começar a pensar no terreno”, disse à Lusa Albano Martins.

Percurso sinuoso

No dia 27 de Julho, a empresa, que abandonou 533 cães no Canídromo, comprometeu-se a construir um centro internacional de realojamento de galgos. Contudo, a utilidade do terreno escolhido é de finalidade industrial, sendo a alteração deste fim necessária para que as autoridades do território aprovem a construção deste centro. Caso as autoridades de Macau não aprovem o terreno, a opção será Borba. Quer o financiamento do projecto como o transporte dos animais será assegurado pela Yat Yuen, disse Albano Martins.

“Espero que quando [o presidente da Anima] regresse a Portugal possamos falar de uma forma mais objectiva, porque é do nosso interesse”, declarou António Lopes Anselmo.

Em 2017, em declarações ao Ponto Final, Albano Martins já havia afirmado estar a ponderar a construção de um centro internacional de realojamento de galgos em Portugal.

“O Albano falou comigo em 2016 e disse-me que havia essa possibilidade”, confirmou o presidente da Câmara de Borba. Em 2016, o Governo de Macau deu dois anos ao Canídromo da cidade para mudar de localização e melhorar as condições dos cães usados nas corridas ou para encerrar a pista, cujas receitas se encontram em queda há vários anos.

A 12 de Julho, pouco antes de o contrato de exploração terminar, o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais já tinha exigido à Companhia de Corridas de Galgos a entrega imediata de um plano concreto para realojamento dos galgos, depois de a Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos ter recusado prolongar o contrato de exploração do Canídromo, a operar há mais de 50 anos no território.

13 Ago 2018

Trovoada 18” | Mil identificados em operação policial

[dropcap style=’circle’]D[/dropcap]urante a operação “Trovoada 18”, levada a cabo entre as 23h de sexta-feira e as 04h de sábado, foram identificados 999 indivíduos, dos quais 47 (40 homens e sete mulheres foram levados para a esquadra para averiguações. Segundo os Serviços de Polícia Unitários (SPU), durante as rusgas a casinos, bares e ‘karaokes’, foram detectados cinco indivíduos, todos de nacionalidade chinesa, em excesso de permanência, bem como dois suspeitos de imigração ilegal. A operação, coordenada pelos SPU, mobilizou mais de 280 agentes da Polícia Judiciária e da Polícia de Segurança Pública, e dez pelotões cinotécnicos.

13 Ago 2018

Estágios | ‘Geração INOV’ despede-se de Macau com expectativas superadas

 

Vêm para Macau por seis meses em busca de uma experiência internacional. Mas para muitos dos estagiários que integram o programa INOV, a passagem pelo território ficou muito além do esperado. O bom acolhimento pela comunidade portuguesa e pelos colegas contribuiu para isso

 

[dropcap style=’circle’]M[/dropcap]ais de 20 jovens portugueses terminam, na sexta-feira, o estágio em empresas de Macau depois de meio ano de experiências que superaram as expectativas, muito graças à ajuda dos ‘ex-INOV’ que ficaram no território.
Qualidade de vida, a experiência profissional e a grande recepção da comunidade portuguesa em Macau são algumas das razões apontadas pelos jovens do programa INOV Contacto para considerarem que as suas expectativas foram superadas. “As minhas expectativas eram altas quanto à experiência em Macau e foram superadas”, disse à Lusa Gonçalo Gomes, um dos 21 estagiários que chegaram a Macau em Fevereiro e que integram a 22.ª edição, nesta região asiática, do programa INOV Contacto, gerido pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), entidade responsável pela internacionalização da economia portuguesa. “Eu acho que o INOV é um programa interessante que junta pessoas que querem sair do país a empresas que querem receber portugueses”, explicou o engenheiro civil de 28 anos.
Diana Roque, jurista com a mesma idade, decidiu embarcar neste projeto porque sempre quis ter experiência profissional internacional, fora da sua zona de conforto. “Em termos profissionais foi muito diferente, tive a oportunidade de trabalhar com clientes muito diferentes daqueles que são os clientes típicos num escritório de advogados português”, contou à Lusa.

Elos patriotas

Apesar da experiência profissional ter sido um sucesso, a vida em Macau ficou marcada, tanto para Gonçalo como para Diana, pela forma como foram recebidos pela comunidade portuguesa em Macau, muitos deles que já tinham participado em edições anteriores deste programa e que decidiriam ficar a trabalhar no território.
“Há um elo que se cria entre edições de INOV”, afirmou Diana, acrescentado ter sido uma óptima surpresa a recepção feita pelas pessoas que já tinham passado pela mesma experiência. “Todos os ex-INOV que cá estão absorvem-nos. Criaram um grupo no Facebook para trocarmos mensagens entre nós, algumas dicas e especialmente para nos dizerem que não tínhamos necessidade de irmos para um hotel porque eles nos davam casa, alguns de nós ficaram duas, três semanas em casa deles”.
O apoio aos ‘recém-chegados’ não acaba após os seis meses de estágio. Gonçalo é um bom exemplo disso: “ainda agora, que vou acabar o estágio, e vou ficar aqui mais uns tempos, imensa gente já se disponibilizou para me dar casa”, disse, admitindo que ambiciona ficar a trabalhar em Macau devido à qualidade de vida, do trabalho e pela “grande mais valia, tanto a nível profissional como pessoal”.
João Coelho e Inês Veloso Mendes participaram na edição anterior do INOV, ambos receberam propostas para trabalhar em Macau e decidiram ficar. Ao chegarem foram também eles bem-recebidos e agora foi a vez de retribuírem e ajudar os que chegaram.
Os dois, que já chegaram a partilhar casa, receberam dois INOV no apartamento, uma delas Diana Roque.
“Este ano coube-nos receber quem chegava”, contou João Coelho, que vive em Macau há mais de um ano e meio e fez o estágio em 2017 numa empresa de engenharia, que acabou por o contratar.
“As pessoas que já cá estão arranjam sempre forma de acolher quem vem”, argumentou.
Inês Veloso Mendes, advogada de 31 anos, depois de terminar os seis meses de estágio, em 2017, foi também contratada pela mesmo escritório que a recebeu na altura.

Oportunidade de crescer

“Tenho mais autonomia aqui (…) o que me fez aprender e crescer imenso”, disse Inês Veloso Mendes, acrescentando que algumas das razões que a fizeram ficar em Macau foram os ordenados, que são superiores aos de Portugal, e “aproveitar para conhecer melhor a cultura asiática e aprender mandarim”.
Ao contrário da edição do ano passado, em que a maioria das pessoas recebeu propostas para ficar a trabalhar em Macau, este ano o número deverá descer consideravelmente. “Este ano foi um bocadinho peculiar (…) na edição anterior foi muita gente absorvida e este ano tem havido algumas propostas, mas pelo que sei acho que as propostas não têm sido tão boas quando comparadas com os anos anteriores”, afirmou Diana Roque.
O INOV Contacto é um programa de estágios profissionais internacionais dirigido a jovens com formação superior e entidades que queiram reforçar as suas equipas. Este programa engloba 81 países e os participantes só sabem para que país vão poucos dias antes. “Vamos para um campus com as pessoas todas que foram seleccionadas, mais ou menos umas 300 pessoas e ainda ninguém sabe para onde vai”, explicou João Coelho. “Estamos num auditório onde estão a passar uns slides, aparece o teu nome primeiro, depois o nome da empresa onde se é colocado e depois a bandeira do país (neste caso a da China) e a cidade [Macau]”, concluiu.

13 Ago 2018

Protecção Civil | Nova lei antes da época de tufões de 2019

[dropcap style=’circle’]W[/dropcap]ong Sio Chak espera que a nova Lei da Protecção Civil entre em vigor a tempo da época de tufões do próximo ano. A consulta pública da lei que criminaliza os “rumores e boatos” está terminada e, segundo o canal chinês da Rádio Macau, o secretário para a Segurança espera que dê entrada na Assembleia Legislativa ainda antes do final do ano. Segundo Wong Sio Chak, o novo diploma vai obrigar os serviços a desenvolver vários trabalhos complementares, com muitos pormenores para ultimar, de forma a lidar de forma mais eficaz com as catástrofes naturais.

13 Ago 2018

Pátio da Eterna Felicidade | Casas vão receber projectos culturais, diz secretário

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, reagiu ontem à notícia da entrega ao Governo de 13 casas localizadas no Pátio da Eterna Felicidade, na zona do Porto Interior, e que pertenciam à Associação de Beneficência do Hospital Kiang Wu. Alexis Tam disse estar “satisfeito” com essa decisão, sendo que o Executivo “já a tratar do processo da recepção e que no futuro o referido pátio será vitalizado com educação cultural e artística, bem como com exposições e espectáculos culturais”, lê-se num comunicado oficial.

Alexis Tam afirmou ainda que o Pátio da Eterna Felicidade está localizado perto das Ruínas de São Paulo, pelo que se pode transformar “num espaço cultural e de lazer que se enquadra bem com o património mundial circundantes”. Por essa razão, “é adequado aproveitar o Pátio da Eterna Felicidade para a educação cultural e artística, bem para realizar exposições e espectáculos culturais, promovendo, por exemplo, a ópera cantonense e as canções narrativas Naamyam, entre outros elementos de conservação do património cultural intangível”.

O secretário frisou ainda que o pátio não terá “elementos gastronómicos”, podendo ser apenas “um bairro comunitário com elementos gastronómicos, culturais e criativos”.

O Instituto Cultural (IC) já tinha instalado umas estruturas para garantir a segurança das fracções seculares, sendo que, depois da entrega das casas ao Governo, os Serviços de Saúde e o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais “irão tratar adequadamente da higiene pública do pátio”.

Propostas avaliadas

À margem de um evento público, o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura garantiu também que as propostas do concurso público para a reconstrução do antigo Hotel Estoril e piscina municipal do Tap Seac já foram avaliadas. “A concepção mantém o mosaico e alguns elementos arquitectónicos da fachada do antigo hotel”, refere o mesmo comunicado.

13 Ago 2018

Substâncias Perigosas | Residentes protestam em Seac Pai Van

[dropcap style=’circle’]U[/dropcap]m grupo de residentes ocupou ontem Seac Pai Van em protesto contra a instalação temporária do depósito e armazém provisório de substâncias perigosas na Rua Marginal da Concórdia. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, vários moradores mostraram-se preocupados com o plano do Governo e revelaram temer que a sua segurança seja colocada em causa. Ao mesmo tempo, os habitantes da zona consideram que a decisão do Executivo foi demasiado apressada. Anteriormente, um grupo de 7 mil residentes da área já tinha entregue uma petição na sede do Chefe do Executivo contra este projecto.

13 Ago 2018

Europeus de atletismo | Nelson Évora campeão europeu de triplo salto

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] português Nelson Évora sagrou-se ontem pela primeira vez campeão europeu do triplo salto, conquistando o ouro nos campeonatos disputados em Berlim, com a marca de 17,10 metros na final.

 

O atleta do Sporting, campeão mundial em 2007 e campeão olímpico em 2008, conseguiu hoje, aos 34 anos, o único grande título que lhe faltava ao ar livre, com a sua melhor marca da temporada, alcançada ao quinto ensaio.

Nelson Évora sobe ao lugar mais alto pódio, ladeado por Alexis Copello, do Azerbaijão, que conquistou medalha de prata (16,93), e pelo grego Dimitrios Tsiámis, que arrecadou o bronze (16,78).

Esta é a segunda medalha de ouro de Portugal nestes Europeus, depois da vitória de Inês Henriques nos 50 km marcha.

O presidente da República portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, felicitou o atleta pela sua vitória. “O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa saúda calorosamente Nelson Évora, novo Campeão Europeu de triplo salto, um feito heróico que prestigia um fantástico atleta e prestigia Portugal”, lê-se numa mensagem divulgada na página da Presidência da República.

13 Ago 2018

Europeus de Atletismo | Portuguesa Liliana Cá ficou em sétimo lugar na final do disco

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] portuguesa Liliana Cá terminou a sua participação nos Campeonatos Europeus de atletismo com o sétimo lugar na final do lançamento do disco, em Berlim, depois de relegar Irina Rodrigues para a nona posição.

As duas viram-se a lutar pelo apuramento para os três lançamentos finais, precisamente na última ronda dos três primeiros lançamentos.

Irina Rodrigues tinha conseguido lançar a 58,00 metros (marca que chegou a dar-lhe o terceiro lugar ao segundo ensaio), e Liliana Cá, no último lançamento, depois de dois nulos, alcançou 58,01 metros, eliminando a compatriota. As duas portuguesas abraçaram-se na pista, chorando, e Liliana Cá continou em prova.

Depois, ao quinto ensaio, Liliana melhorou parra 58,91 metros e subiu para o sétimo lugar, numa prova em que a croata Sandra Perkovic lançou 67,62 metros, garantindo assim o seu quinto título europeu consecutivo desde 2010, impedindo uma tripla alemã. A segunda foi precisamente Nadine Muller (63,00) e a terceira foi Shanice Craft (62,46).

“Este sétimo lugar deixa-me feliz, mas tenho de confessar que estava à espera de melhor, queria mesmo fazer o meu recorde pessoal”, afirmou Liliana Cá.

Sobre a luta com Irina Rodrigues, o desfecho de a ter “empurrado” para fora dos três últimos ensaios deixou-a triste, com ambas abraçadas na pista após esse desfecho.

“Pois, estou feliz por ter estado na fina e ser sétima, mas triste por ela, por ter sido eu. Queria tanto que fossemos as duas aos lançamentos finais. Mas ali era eu ou ela?”, referiu.

Já na final, sem a compatriota, Liliana Cá estava finalmente na nata dos lançamentos europeus.

“Senti que estava ali por pleno direito e a meio senti que todas podíamos chegar às medalhas. E todas nós melhorámos em relação ás marcas da qualificação, por isso foi renhida esta final”, notou.

“Este resultado dá-me mais motivação para trabalhar mais, o resultado que me deixa entrar no Plano de Preparação Olímpica vai ajudar-me em coisas fundamentais, como aquisição de material para treinar, que é o que mais nos preocupa”, concluiu a atleta.

Já Irina Rodrigues cumpriu o seu sonho de chegar à final de uma grande competição, mas ainda não foi desta que conseguiu ser totalmente feliz.

“Estou contente por estar numa final de uma grande competição, especialmente nos Europeus. Acho que já foi bom, mas não foi ainda o que queria”, referiu a atleta.

Sobre o momento em que se viu afasada pelo terceiro lançamento de Liliana Cá, Irina Rodrigues diz que “foi pura competição”.

“Ela tinha de lutar por aquele lugar e foi o que fez. Estou contente por ela”, completou Irina Rodrigues, que vai competir campeonatos Ibero-Americanos, em Trujillo (Peru), de 24 a 26 de agosto.

Evelise Veiga oitava no comprimento nos Europeus de Atletismo

A portuguesa Evelise Veiga fechou ontem a sua participação nos Campeonatos Europeus de atletismo, em Berlim, com o oitavo lugar na final do salto em comprimento.

Evelise Veiga abriu o concurso com a marca de 6,47 metros (v: +0,6 m/s), que viria a ser a sua melhor em toda a final, que lhe garantiu o acesso aos três últimos saltos. Os seus outros saltos foram 6,39, nulo, 6,14, 6,30 e nulo.

A vencedora do concurso foi a alemã Malaika Mihambo, com 6,75 metros, no terceiro ensaio, à frente de Marina Bekh, da Ucrânia (6,73) e da britânica Shara Proctor (6,70).

12 Ago 2018

Futebol | Jonas confirma permanência e quer acabar carreira no Benfica

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] avançado brasileiro Jonas assegurou ontem a sua continuidade ao serviço do Benfica nesta temporada e anunciou também a sua vontade de terminar a carreira de futebolista na Luz.

Em declarações à BTV, o jogador, de 34 anos, colocou desta forma um ponto final nos rumores das últimas semanas sobre uma transferência para o futebol saudita, no qual era desejado pelo Al Nassr e pelo Al Hilal, de Jorge Jesus, garantindo “com muita alegria” a sua permanência.

“Estou feliz e convicto de que esta foi a melhor decisão. Muitas coisas pesaram para eu permanecer no Benfica. Conversei muito com as pessoas que estão no Benfica e que me mostraram que o melhor era ficar. A minha felicidade é aqui e por isso decidi continuar neste clube que amo tanto”, afirmou o melhor marcador da I Liga em 2017/18, com 34 golos.

Depois do cenário de uma saída neste mercado de transferências, Jonas assumiu que na sua mente está agora o fim da carreira com a camisola ‘encarnada’. Sem se pronunciar sobre uma renovação de contrato, que expira no final desta época, o brasileiro deu força a um prolongamento do vínculo, ao garantir que a despedida não será já em 2019.

“[Terminar a carreira no Benfica?] É isso que vai acontecer. Estou convicto que será dessa maneira. Isso tocou-me muito. Tudo o que eu pensava em relação a terminar a carreira aqui, tudo o que eu vivi e quero viver… coloquei tudo na balança e ficar foi o que pesou mais. Não será este ano, mas vou terminar aqui a minha carreira”, afirmou.

Além da importância da família nesta tomada de posição, o avançado destacou ainda o papel do presidente do clube, Luís Filipe Vieira.

“Disse-me que o melhor caminho era a minha permanência. Aquilo tocou-me muito, porque o presidente tem essa relação próxima com os jogadores, e comigo não foi diferente nesse momento. Mostrou-me todo o projeto e disse-me que não era hora de interromper. Foi fundamental para que eu pudesse permanecer”, sentenciou.

O anúncio da permanência de Jonas no Benfica mereceu também já um comentário de Luís Filipe Vieira. Em declarações citadas na BTV, o líder do clube sublinhou que “a continuidade de Jonas é uma alegria para todos os benfiquistas” e que desde o início tudo foi feito para selar a manutenção do melhor marcador da última edição da I Liga na Luz.

Jonas chegou ao futebol português no início da época 2014/15 como jogador livre, depois de se desvincular do Valência, e em quatro épocas tornou-se já o segundo melhor marcador estrangeiro da história do clube, com 122 golos em 152 jogos, sendo apenas superado pelo paraguaio Óscar Cardozo: 171 em 294 partidas.

12 Ago 2018

Guerra comercial entre EUA, China e UE agudiza receios de abrandamento económico

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s últimos cinco meses ficaram marcados por uma escalada da tensão comercial entre EUA, China, União Europeia e outras potências mundiais, com a imposição de tarifas e ameaça de novas medidas protecionistas a gerarem receios de abrandamento económico.

E se a 25 de julho foi anunciada uma trégua na guerra comercial entre os EUA e a União Europeia, após uma reunião entre o Presidente norte-americano, Donald Trump, e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, com a China a tensão mantém-se ao rubro, sendo sucessivas as ameaças do agudizar das tarifas alfandegárias nas trocas comerciais e de sanções aos países que têm trocas comerciais com o Irão.

Reunidos em julho em Buenos Aires, na Argentina, num encontro marcado pelo tema do protecionismo, os ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais das maiores economias mundiais (G20) concluíram que o crescimento mundial “está robusto”, mas ameaçado, “a curto e médio prazo, pelo aumento das tensões comerciais e geopolíticas”, apontando os riscos económicos acrescidos resultantes das “recentes vulnerabilidades financeiras, aumento das tensões comerciais e geopolíticas” e “crescimento estruturalmente débil, particularmente em algumas economias avançadas”.

Na abertura do encontro, a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, alertou para o impacto da guerra comercial sobre o crescimento económico mundial, avisando que, “no pior dos casos, as medidas [comerciais] atuais poderão significar uma baixa de 0,5 pontos do PIB [Produto Interno Bruto] mundial”.

O ministro francês da Economia e das Finanças, Bruno le Maire, sustentou, por sua vez, que “esta guerra comercial fará apenas perdedores, destruirá empregos e pesará no crescimento mundial”, defendendo que se chame “os EUA à razão, para que respeitem as regras multilaterais e os seus aliados”.

Já o secretário norte-americano do Tesouro, Steven Mnuchin, apelou à China e aos EUA para que façam concessões no sentido de chegar a uma relação comercial mais equilibrada, após declarações incendiárias de Donald Trump que tratou Pequim, Bruxelas e Moscovo como “inimigos” comerciais.

Na opinião de diversos analistas e economistas, a intensificação da guerra comercial não vai beneficiar nem os trabalhadores, nem as empresas norte-americanas, podendo antes resultar numa subida dos preços nos EUA, numa diminuição das exportações e numa economia mais débil no próximo ano, com um abrandamento que pode chegar ao meio ponto percentual e levar à perda de 700.000 empregos.

Para Portugal, segundo estimativas avançadas em junho pelo Banco de Portugal (BdP), a guerra comercial pode implicar um custo entre 0,7% e 2,5% do PIB português em três anos, caso se mantenha limitada aos EUA e aos seus principais parceiros ou se se tornar global.

“Sendo Portugal uma economia relativamente aberta ao exterior, a redução da atividade e do comércio a nível global tem um efeito adverso sobre a economia portuguesa”, avisou o BdP.

A postura intransigente de Trump face ao comércio internacional já é antiga, tendo denunciado as práticas comerciais de outros países e pedido retaliações desde a década de 1980, quando o Japão era considerado a principal ameaça económica aos EUA. Foi depois uma bandeira da sua campanha para a Presidência, desenvolvida sob o lema “America First” (A América Primeiro).

E se as medidas protecionistas tomadas após a eleição foram sendo adotadas em várias frentes, com conflitos comerciais com várias potências mundiais, como a União Europeia (UE), México, Canadá, Brasil ou Japão, Trump nunca escondeu que o seu principal adversário era a China, que acusa de desenvolver práticas comerciais injustas, aplicar taxas altíssimas sobre produtos norte-americanos e desrespeitar totalmente a propriedade intelectual das empresas norte-americanas, nomeadamente no setor da tecnologia.

Foi assim que, logo após ser eleito para a Presidência dos EUA, em 2016, Trump ameaçou elevar para 30% as tarifas sobre as todas as importações de produtos chineses – que, no ano passado, somaram 500 mil milhões de dólares –, acusando Pequim de “táticas predatórias” destinadas a desenvolver o setor tecnológico chinês.

Foi, contudo, em março/abril deste ano que a tensão comercial começou a acentuar-se, com Trump a argumentar que o défice da balança comercial com Pequim estava “fora de controlo”, nos 375 mil milhões de dólares (324 mil milhões de euros), e a acusar a China de “roubo de tecnologia” e de exigir às empresas estrangeiras que transfiram conhecimento em troca de acesso ao mercado.

Os EUA anunciam então a implementação de taxas alfandegárias sobre uma lista inicial de 1.300 produtos importados da China, avisando que impacto pode chegar aos 60 mil milhões de dólares (51,7 mil milhões de euros).

Em resposta, a China começa por impor em abril tarifas de 25% sobre 120 produtos dos EUA sobretudo alimentares, num valor em torno dos três mil milhões de dólares (2,58 mil milhões de euros) – recorrendo à Organização Mundial do Comércio (OMC) para contestar a atuação norte-americana.

Posteriormente, Pequim responde à publicação da lista com uma taxa alfandegária de 25% em cerca de 50 mil milhões de exportações norte-americanas, incluindo nos produtos a taxar a soja (um dos mais relevantes produtos nas relações comerciais entre os dois países), os aviões, os carros e os produtos químicos.

É também em março que entram em vigor taxas aduaneiras de 25% sobre a importação de aço e de 10% sobre o alumínio que entra nos EUA, numa medida que deixa inicialmente de fora o México e o Canadá (no âmbito do Acordo de Comércio Livre da América do Norte – NAFTA) e os países aliados, nomeadamente a UE.

No final de maio, a escalada protecionista de Trump estendeu-se à UE, Canadá e México, com a suspensão da isenção de direitos aduaneiros nas importações de aço e de alumínio daquelas regiões, e chegou ao Brasil, com a imposição de quotas e sobretaxas à importação de aço brasileiro.

“Isto é um mau dia para o comércio mundial”, declarou então o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, considerando “totalmente inaceitável que um país esteja a impor medidas de forma unilateral no que diz respeito ao comércio mundial”.

Como retaliação, o bloco europeu começou em 22 de junho a cobrar tarifas de importação de 25% sobre uma série de produtos norte-americanos, no valor total de 3,35 mil milhões de dólares (2,8 mil milhões de euros), tendo nesse mesmo dia Trump admitido impor sobretaxas de 25% sobre importações de automóveis europeus, consideradas como uma ameaça à segurança nacional.

O mês de julho foi palco de um sucessivo agudizar da guerra comercial já aberta com a China, com o Presidente norte-americano a iniciar a cobrança de tarifas sobre mais de 800 produtos chineses, no valor de 34 mil milhões de dólares (29 mil milhões de euros), e a China a retaliar de imediato, com um aumento dos impostos sobre o mesmo valor de importações oriundas dos EUA.

Dias depois, os EUA anunciam uma nova lista com tarifas de 10% sobre 200 mil milhões de dólares (173 mil milhões de euros) em importações da China e Trump afirma-se pronto para impor tarifas sobre até 550 mil milhões de dólares (475 mil milhões de euros) em produtos chineses, mais do que o valor total das exportações de Pequim para o país no ano passado.

Afirmando-se “chocada”, a China apresenta nova queixa à OMC e garante que adotará “as contramedidas necessárias” responder às novas tarifas, retaliando com novas taxas.

Esta semana, na quarta-feira, a China anunciou taxas punitivas sobre importações provenientes dos EUA no montante de 16 mil milhões de dólares (13,9 mil milhões de euros), como represália às anunciadas na véspera pelos EUA.

Com a UE, a guerra comercial vive atualmente uma trégua, na sequência de um encontro, em 25 de julho, em Washington, entre o presidente da Comissão Europeia e Donald Trump, do qual saiu a garantia de que norte-americanos e europeus “vão trabalhar em conjunto” para estabelecer uma relação comercial livre de taxas alfandegárias, livre de barreiras e livre de subsídios para bens industriais.

Enquanto durarem as negociações, os direitos aduaneiros sobre aço e alumínio europeus mantêm-se, mas, caso cheguem a bom termo, Washington admite vir a levantá-los, o mesmo acontecendo com as correspondentes retaliações da UE. Trump acordou também não impor tarifas sobre o setor automóvel europeu durante este período.

12 Ago 2018

Filme “A Land Imagined” de Yeo Siew Hua vence Leopardo de Ouro em Locarno

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] filme “A Land Imagined”, de Yeo Siew Hua, venceu hoje o Leopardo de Ouro no Festival de Cinema de Locarno, tornando-se no primeiro filme de Singapura a concorrer e a conquistar o certame.

Numa edição em que Portugal teve direito a destaque na secção “First Look” (“Primeiro olhar”), mas em que nenhuma produção portuguesa coube no palmarés, o prémio especial do júri foi para “M”, de Yolande Zauberman, enquanto a melhor realização foi atribuída à chilena Dominga Sotomayor por “Tarde para morir joven”.

O prémio para melhor atriz foi dado a Andra Guti, por “Alice T”, de Radu Muntean, e o melhor ator foi Ki Joobong, em “Hotel by the River”, de Hong Sangsoo, tendo sido atribuída uma menção especial a “Ray & Liz”, de Richard Bilingham.

Na secção “Signs of Life” (“Sinais de Vida”), o vencedor, anunciado já na sexta-feira, foi “The Fragile House”, de Lin Zi.

O prémio do público distinguiu “BlacKkKlansman”, de Spike Lee.

A edição deste ano de Locarno foi a última sob direção de Carlo Chatrian, que viaja até Berlim para assumir o festival de cinema da capital alemã.

O festival de Locarno contou com os filmes portugueses “3 anos depois”, de Marco Amaral, e “Sobre tudo sobre nada”, de Dídio Pestana, em competição.

“3 anos depois”, curta-metragem de Marco Amaral, competiu na secção “Pardi di domani”, enquanto a longa-metragem “Sobre tudo sobre nada”, primeira obra de Dídio Pestana, foi apresentada na secção “Signs of Life”.

O festival contou ainda com duas coproduções portuguesas: “Grbavica”, do catalão Manel Raga Raga (Portugal/Bósnia Herzegovina/Espanha), na secção “Pardi di domani”, e “Como Fernando Pessoa salvou Portugal” (Portugal/França/ Bélgica), do realizador norte-americano Eugène Green e com elenco português, no programa “Signs of life”.

Nesta 71.ª edição do festival de Locarno, que decorreu desde 01 de agosto, o cinema português esteve em foco no programa “First Look”, no qual foram exibidos vários filmes portugueses em fase de pós-produção para uma audiência composta apenas por profissionais, entre programadores, exibidores, distribuidores e produtores.

Nesta categoria, o documentário português “Campo”, de Tiago Hespanha, venceu o principal prémio, no valor de 65 mil euros em serviços de pós-produção.

Já “Viveiro”, de Pedro Filipe Marques, produzido por Luis Urbano e Sandro Aguilar, de O Som e a Fúria, recebeu os prémios de serviços de publicidade, no valor de 5.600 euros, e de design do cartaz internacional do filme, avaliado em 5.000 euros.

Em fevereiro, quando o festival anunciou a escolha de Portugal para este programa, a diretora artística adjunta de Locarno, Nadia Dresti, afirmou que “o cinema português tem sido sempre aclamado pela excelência artística por parte da crítica, mas ao mesmo tempo tem cativado os distribuidores e os principais festivais internacionais”.

12 Ago 2018

Primeiro-ministro israelita volta a defender lei “Estado-nação” após protestos

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] primeiro-ministro israelita voltou a defender a controversa lei que define Israel como “Estado-nação do povo judaico”, após milhares de árabes israelitas terem ocupado uma das praças centrais de Telavive, no sábado, contra a decisão.

“Não há maior prova da necessidade desta lei nacional”, afirmou Benjamin Netanyahu na conta oficial da rede social Twitter, referindo-se a um vídeo que mostra os manifestantes a levantarem a bandeira da Palestina.

Netanyahu garante que vai continuar a “levantar a bandeira de Israel e a cantar o hino nacional com muito orgulho”.

Milhares de árabes israelitas manifestaram-se no sábado em Telavive contra a lei polémica que define Israel como o “Estado-nação do povo judaico”.

A concentração, que decorreu na praça Yitzhak Rabin, foi convocada por organizações representativas da minoria árabe israelita, que constitui 17,5% da população, enquanto na semana passada os drusos, uma outra minoria, realizaram uma grande manifestação também contra esta lei.

Os árabes israelitas são os descendentes dos palestinianos que se mantiveram nas suas terras após a criação do Estado de Israel, em 1948. Para as minorias drusa e árabe, a lei, aprovada no mês passado, torna-os cidadãos de segunda categoria.

Judeus israelitas juntaram-se aos manifestantes, que gritavam em hebreu e árabe “igualdade, igualdade”, “não vamos calar-nos, o ‘apartheid’ não passará”, enquanto chamavam “fascista” ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.

A lei, aprovada no parlamento israelita em 19 de julho, com o apoio do Netanyahu, confere aos judeus o direito “único” à autodeterminação em Israel e proclama que o hebreu é a única língua oficial de Israel, enquanto o árabe tem um estatuto “especial” que não foi definido.

12 Ago 2018

Saúde | Quinto caso importado de febre de dengue

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]s Serviços de Saúde confirmaram ontem a existência de um caso importado de febre de dengue, elevando para cinco o total de ocorrências desde o início do ano. O caso diz respeito a um homem, de 48 anos, que viajou com a mulher para Phuket, na Tailândia, entre 27 de Julho e 1 de Agosto. Após o regresso a Macau, três dias depois, apresentou sintomas de febre, dores musculares e nas articulações que o levaram à consulta numa entidade de saúde privada e no Serviço de Urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário. Na quarta-feira, os sintomas persistiam e o paciente apresentou erupções cutâneas no peito, nas costas e na cabeça, tendo recorrido, no mesmo dia, a assistência médica no Hospital Kiang Wu, onde foram colhidas amostras de sangue, com o teste a dar positivo ontem a febre de dengue de tipo II. O historial de viagem, o período do aparecimento dos sintomas e o resultado laboratorial levaram os Serviços de Saúde a concluir tratar-se de um caso importado de febre de dengue.

10 Ago 2018

Ambiente | Suzuki, Mazda e Yamaha falsificaram dados de emissões poluentes

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]s fabricantes japoneses de veículos motorizados Suzuki, Mazda e Yamaha admitiram usar dados falsificados de emissões e consumo de combustível nos seus novos veículos depois de o Governo local ordenar a revisão de procedimentos. O ministro japonês dos transportes informou na quinta-feira (hora local) que os três fabricantes admitiram condutas impróprias nas inspecções. As irregularidades surgiram depois de 23 fabricantes japoneses de carros e motos terem sido intimados a reexaminar os seus procedimentos em Julho, depois dos casos dos dados falsificados da Nissan e da Subaru. A Suzuki assumiu que quase metade das suas 12.819 inspecções a novos carros envolveram irregularidades nas suas três fábricas.
Com menos frequência ocorreram irregularidades nos dois outros fabricantes, segundo o ministério: em 2,1 por cento das 335 motos inspeccionadas nos últimos dois anos na Yamaha e 3,8 por cento dos 1.875 veículos inspeccionados na Mazda nos últimos quatro anos.
Depois do comunicado oficial do Governo, o presidente da Suzuki Motor, Toshihiro Suzuki, já pediu desculpas aos clientes e parceiros de negócios da companhia por causarem problemas.
O responsável indicou que havia falta de formação do pessoal nas equipas de inspecções e que a disciplina estava ausente das fábricas.
A Nissan e a Subaru admitiram este ano, como outros fabricantes em todo o mundo, que tinham falsificado dados sobre as emissões poluentes.
Em 2016, a Mitsubishi tinha reconhecido que também tinha falsificado dados sobre o consumo de combustíveis nas suas inspecções, o que provocou uma forte crise na empresa e que resultou na sua compra pela Nissan.

10 Ago 2018

Associação do Kiang Wu oferece ao Governo 13 casas no Pátio da Eterna Felicidade

[dropcap style=’circle’]L[/dropcap]iu Chak Wan, presidente da Associação de Beneficência do Hospital Kiang Wu, decidiu oferecer ao Governo um total de 13 propriedades situadas no Pátio da Eterna Felicidade para assegurar a preservação cultural do local. O dirigente associativo estima que o valor das 13 casas antigas em 200 milhões de dólares de Hong Kong, depois de terem sido adquiridas há 50 anos por 3 mil dólares de Hong Kong.

Segundo o Jornal Exmoo News, numa reunião da Associação de Beneficência do Hospital Kiang Wu, em Julho, foi decidido pelos membros oferecer as 13 propriedades ao Governo, tendo em conta que o Executivo tem reforçado a aposta no turismo, cultura e protecção das infra-estruturas antigas. Após ter sido enviada uma carta a Chui Sai On, a associação recebeu a resposta de agradecimento do Chefe do Executivo a aceitar as propriedades.

Ainda de acordo com a mesma fonte, o Governo já tinha mencionado anteriormente a ideia de adquirir as 13 casas no Pátio da Eterna Felicidade à associação. O Executivo queria transformar os imóveis em activos valiosos no Centro Histórico da cidade.

Para Chan Su Weng, presidente da Associação de História de Macau, o Pátrio da Eterna Felicidade tem uma história com mais de cem anos e as casas enquadram-se no período final da dinastia Qing (1644-1912). Chan Su Weng explicou também que as casas são um marco histórico e reflectem a arquitectura da comunidade chinesa dessa altura. O presidente espera, por isso, que no futuro o Instituto Cultural (IC) recupere as casas bem como o pátio, sugerindo que se liguem as casas para formar um polo de interesse cultural.

Já Manuel Pui Ferreira, membro do Conselho do Planeamento Urbanístico, acha que o acto da Associação de Beneficência do Hospital Kiang Wu é um bom exemplo, e acredita que se podem incentivar mais organizações no sentido de dinamizar os bairros antigos da cidade em cooperação com o Governo. Além disso, Manuel Pui Ferreira espera que o Governo aproveite a oportunidade para revitalizar o Pátio da Eterna Felicidade.

 

10 Ago 2018

Tailândia | Tribunal condena monge a 114 anos de prisão

[dropcap style=’circle’]U[/dropcap]m tribunal da Tailândia condenou um monge tailandês, extraditado dos Estados Unidos há um ano, a 114 anos de prisão por fraude e lavagem de dinheiro. Wiraphon Sukphon foi condenado, entre outros crimes, por lavagem de dinheiro e fraude, disse fonte judicial à agência de notícias France-Presse. Segundo a lei tailandesa, no entanto, não haverá mais de 20 anos de detenção, esclareceu a mesma fonte. O estilo de vida de Wiraphon Sukphon contrariava o despojamento exigido aos monges: a polícia apreendeu bens no valor de um total de 623 mil euros, três carros, incluindo um Porsche e um Mercedes-Benz, e uma moto Harley-Davidson.
O monge, de 39 anos, mais conhecido como Luang Pu Nen Kham, também foi condenado a devolver cerca de 743 mil euros a 29 pessoas que tinham feito doações. Sukphon foi preso em Julho de 2017, após a sua extradição dos Estados Unidos, para onde fugiu em 2013, quando começou a investigação na Tailândia.
O monge também é acusado de violação de um menor, um veredicto que deverá ser conhecido em Outubro.
Cerca de 95 por cento dos tailandeses são budistas praticantes, uma das taxas mais altas do mundo, e o país tem cerca de 300 mil monges. Nos últimos anos, os budistas têm sido protagonistas de notícias em casos relacionados com o uso de drogas, jogo, corrupção e prostituição.

10 Ago 2018

ONU | Guerra nuclear é um “medo presente”, 73 anos depois de Nagasaki

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou ontem, em Nagasaki, que os “temores de uma guerra nuclear” continuam presentes, 73 anos depois da segunda bomba atómica mundial ter atingido o Japão.
“Os esforços para o desarmamento diminuíram e, em alguns casos, pararam mesmo”, disse António Guterres, numa intervenção no Parque da Paz, em Nagasaki, no Japão. “Aqui, em Nagasaki, peço a todos os países que se comprometam com o desarmamento nuclear e que comecem a fazer progressos visíveis, com a máxima urgência”, sublinhou.
O primeiro chefe da ONU a visitar Nagasaki voltou a mostrar-se preocupado com os esforços para a desnuclearização, uma vez que os “países com armas nucleares têm modernizado os seus arsenais”.
“Vamos comprometer-nos a fazer de Nagasaki o último lugar na Terra a sofrer este tipo de devastação”, acrescentou, dois dias depois do 1.º aniversário da adopção do Tratado de Proibição de Armas Nucleares. Apesar de ser a única vítima de ataques nucleares, o Japão não assinou o tratado.
O presidente da Câmara de Nagasaki, Tomihisa Taue, pediu ao Governo do Japão que faça mais para liderar o desarmamento nuclear, especialmente na região, para “ajudar a promover os esforços para se alcançar uma península coreana livre de armas nucleares”. Por fim, Taue pediu a Tóquio que assine o tratado e “cumpra com a sua obrigação moral de liderar o mundo em direcção à desnuclearização”

10 Ago 2018

Coreias | Cimeira entre Kim Jong-un e Moon Jae-in na segunda-feira

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Coreia do Norte e a Coreia do Sul vão manter conversações ao mais alto nível na segunda-feira com o objectivo de prepararem uma cimeira entre os líderes daqueles dois países. O anúncio foi feito ontem por uma fonte sul-coreana do Ministério da Unificação do Sul, citado pela agência de notícias France-Presse, num momento em que se discute o desarmamento nuclear da Coreia do Norte, na sequência da cimeira entre o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, que se realizou em Junho em Singapura. O funcionário, que falou sob a condição de não ser identificado, explicou ainda que as duas Coreias também discutirão formas avançar com os acordos para reduzir a tensão militar e política feitos durante a anterior cimeira entre Kim Jong-un e o Presidente sul-coreano, Moon Jae-in.

10 Ago 2018

Coreia do Sul | Proprietários de veículos BMW avançam com queixa judicial

 

Um grupo de proprietários de veículos BMW na Coreia do Sul interpuseram uma queixa judicial contra o fabricante automóvel, por ter atrasado a revisão de 100 mil carros de motor a gasóleo com risco de incêndio

 

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]advogado Ha Jong-sun explicou que foi interposta uma queixa contra seis trabalhadores do grupo alemão, incluindo o vice-presidente responsável pela Qualidade, John Ebenbichler, em nome de 20 proprietários de veículos e uma vítima de incêndio. Mais de 30 viaturas, sobretudo o modelo 520d, incendiaram-se este ano na Coreia do Sul, tendo um aviso de revisão sido publicado apenas um mês depois, um atraso que já é alvo de contencioso com o Governo local.
A BMW apresentou na segunda-feira desculpas aos proprietários vítimas de incêndios, explicando as causas técnicas, mas que não acalmou os condutores sul-coreanos. “É difícil de acreditar que a BMW demorou dois anos a determinar a causa dos incêndios nos motores […]. Um inquérito penal é necessário para encontrar as provas dessa dissimulação”, disse o advogado à agência noticiosa France Presse.
Caso fiquem provadas as acusações, a pena pode passar por 10 anos de prisão e uma multa de 77.126 euros. Ha Jong-sun referiu que o construtor já enfrenta um processo civil interposto por várias pessoas no sul do país.

Na quarta-feira, fonte oficial do grupo automóvel informou à Lusa que quase 2.400 veículos BMW serão chamados à revisão em Portugal, num total de 324 mil veículos com motor a gasóleo em toda a Europa, devido a perigo de incêndio.
A partir da sede da marca, a fonte precisou que “clientes de 2.359 veículos” serão chamados para a revisão num concessionário BMW, sem custos para os consumidores.
Uma fonte da empresa em Portugal tinha referido que a “BMW está a trabalhar nesta acção de chamada” e que prevê comunicar à rede de serviço até ao “final da próxima semana a informação relativa aos veículos afectados”.
“Os clientes serão posteriormente contactados pela rede de serviço BMW para agendar a acção”, segundo a mesma fonte da empresa em Portugal.
A chamada dos veículos ocorre depois de uma investigação do fabricante ter revelado um “mau funcionamento do módulo de recirculação dos gases de escape (EGR) que pode, em casos extremos, originar um fogo em alguns modelos BMW com motores a gasóleo”.
“O BMW Group decidiu levar a cabo uma acção de chamada por forma a analisar o módulo EGR nos modelos BMW Série 3, Série 4, Série 5, Série 6, Série 7, X3, X4, X5, X6 com motores Diesel de 4 cilindros (produzidos entre Abril 2015 e Setembro 2016) e motores diesel de 6 cilindros (produzidos entre Julho 2012 e Junho 2015)”, refere informação oficial.
O fabricante referiu que, em alguns casos, o radiador do módulo EGR pode ter fugas de líquido de refrigeração, que se acumula no módulo EGR. “Quando combinado com sedimentos de óleo, este líquido pode tornar-se combustível. Devido às altas temperaturas dos gases de escape nesta unidade, estes depósitos podem inflamar-se e provocar, em casos extremos, um fogo”, explicou ainda a BMW

10 Ago 2018

Guerra Comercial | Navio com 70 mil toneladas de soja navega sem rumo

[dropcap style=’circle’]U[/dropcap]m navio de carga norte-americano que transporta 17 milhões de euros em soja navega sem rumo há um mês, no oceano pacífico, devido à guerra comercial que, entretanto, se desencadeou entre Pequim e Washington. O Peak Pegasus tinha previsto descarregar 70.000 toneladas de soja no porto chinês de Dalian, em 6 de Julho passado, antes de as autoridades chinesas imporem uma taxa alfandegária de 25 por cento sobre a soja norte-americana, em retaliação contra a decisão de Washington em aumentar os impostos sobre 29 mil milhões de euros de bens importados da China. No entanto, o barco chegou atrasado ao destino e, desde então, tem andado às voltas, sem que os donos, a empresa Louis Dreyfus, decidam o que fazer à carga.
O transporte de soja dos EUA para a China demora pelo menos 30 dias. Carregamentos feitos antes das taxas entrarem em vigor poderão ter sido taxados ainda antes de desembarcarem na China. Segundo o diário britânico The Guardian, os custos diários para manter o navio a navegar próximo da costa chinesa ascendem a 10.700 euros.
A soja é um ponto-chave nas disputas comerciais entre EUA e China: representa 10 por cento do conjunto das exportações norte-americanas para o país asiático e é um sector vital para a América rural, onde estão concentrados muitos dos eleitores do Presidente norte-americano, Donald Trump

10 Ago 2018

Acidente | Sobe para 13 número de mortos em explosão de mina

 

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]número de mortos numa explosão de uma mina no sul da China, na segunda-feira, subiu para 13, depois de a equipa de resgate ter encontrado os corpos sem vida de nove mineiros desaparecidos. Após mais de dois dias de buscas, os cadáveres foram encontrados na noite de quarta-feira, informou o governo local da cidade de Panzhou, na província de Guizhou, onde ocorreu o acidente. As autoridades continuam a investigar as causas da explosão na mina, que pertence à firma Zhongrong International Trust e tem uma capacidade anual de produção de 300.000 toneladas. As minas de carvão na China, consideradas na última década as mais perigosas do mundo, registaram o ano passado 219 acidentes, dos quais resultaram 375 mortos, uma descida de 28,7 por cento face a 2016 e 20 vezes menos do que os registados há uma década. O pior ano deste século foi 2003, quando se contabilizaram 6.990 mortes nas minas do país. O encerramento de minas ilegais, muitas delas de pequena dimensão, e o aumento das acções de fiscalização contribuíram para a queda no número de vítimas mortais.

10 Ago 2018

Economia | Inflação fixou-se em 2,1 por cento em Julho

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da China, o principal indicador da inflação no país, subiu 2,1 por cento, em Julho, face ao mesmo mês do ano passado, informou ontem o Gabinete Nacional de Estatísticas (GNE) chinês. A subida do IPC deveu-se, sobretudo, ao aumento dos preços dos produtos não alimentares, que se fixou em 2,4 por cento. O preço dos alimentos subiu 0,5 por cento. O GNE divulgou ainda o Índice de Preços na Produção (IPP), que indica a inflação no sector grossista, e registou um aumento de 4,6 por cento, em Julho, em termos homólogos. Face ao mês anterior, o IPP subiu 0,1 por cento. Analistas consideram que existe o risco de o IPP abrandar, face à guerra comercial entre Pequim e Washington que resultou já na imposição de taxas alfandegárias sobre importações oriundas dos dois países. O Governo chinês confirmou em Abril que mantém o objectivo da inflação em torno de 3 por cento para este ano, depois de em 2017 o IPC se ter fixado em 1,6 por cento.

10 Ago 2018

Comércio | Xinhua condena egoísmo para conter China em crítica a Trump

A imprensa estatal chinesa criticou ontem aqueles que usam tácticas “egoístas” para tentar impedir a ascensão da China, numa aparente referência a Donald Trump que iniciou uma guerra comercial com Pequim

 

[dropcap style=’circle’]U[/dropcap]m comentário da agência noticiosa oficial Xinhua, reproduzido na capa dos principais jornais chineses, afirma que “algumas pessoas, não dispostas a aceitar o despertar do leão, adoptaram o unilateralismo, proteccionismo e intimidação”. “Estes são desafios que não podem ser evitados e que teremos que enfrentar”, acrescenta.
Trump impôs já taxas alfandegárias de 25 por cento sobre mais de 29 mil milhões de euros de importações oriundas da China, contra o que considera serem “tácticas predatórias” por parte de Pequim, que visam o desenvolvimento do seu sector tecnológico.
As autoridades chinesas estão a encetar um plano designado “Made in China 2025”, para transformar o país numa potência tecnológica, com capacidades em sectores como inteligência artificial, energia renovável, robótica e carros eléctricos.

Pingue-Pongue

O comentário da Xinhua surge numa altura em que a liderança chinesa reúne em Beidaihe, um resort no litoral norte da China. A reunião, que ocorre todos os anos, serve para os líderes máximos do país discutirem estratégias de governação. Este ano, o tópico principal deverão ser as disputas comerciais com Washington.
“Certas pessoas estão egoistamente a agir contra os limites da moral, ao erguer arbitrariamente barreiras comerciais”, acrescenta a Xinhua.
No entanto, Trump disse já estar pronto para impor taxas alfandegárias sobre 430 mil milhões de euros de produtos chineses, cerca da totalidade das importações norte-americanas da China.
Neste caso, Pequim não poderia retaliar no mesmo montante, visto que tem um excedente de 323 mil milhões de euros – quase o dobro do Produto Interno Bruto (PIB) português – no comércio com os EUA.
Neste contexto, as autoridades chinesas anunciaram novas taxas alfandegárias de 25 por cento sobre um conjunto de produtos importados dos Estados Unidos, cujo valor ascende a 13,7 mil milhões de euros, em retaliação contra taxas impostas por Washington.
Segundo a agência Xinhua, Pequim definiu a lista de produtos a serem penalizados em conjunto com departamentos governamentais, associações industriais e empresas, visando “proteger os interesses das firmas e consumidores domésticos”

10 Ago 2018

Óscares | Criada nova categoria para premiar “filmes populares”

 

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood anunciou mudanças na atribuição dos Óscares, entre as quais a criação de uma nova categoria para premiar “filmes populares” e uma redução do tempo de transmissão da cerimónia.
Na terça-feira à noite, o Conselho de Governadores da academia reelegeu o cineasta e director de fotografia John Bailey como presidente e aprovou algumas alterações ao formato da cerimónia, anunciadas através da rede social Twitter. A principal mudança prende-se com a criação de uma nova categoria para premiar “filmes populares” (vulgarmente designados por ‘blockbusters’). Os critérios para esta nova categoria ainda estão por anunciar, de acordo com uma carta enviada pela academia aos seus membros, citada pela imprensa especializada. Outra alteração é a do tempo de duração de apresentação da cerimónia, com a academia a planear uma transmissão de três horas “mais acessível” para espectadores de todo o mundo.
“Para honrar as 24 categorias, apresentaremos algumas categorias seleccionadas ao vivo, no Dolby Theatre, durante os intervalos comerciais (categorias por determinar). Os momentos da vitória serão editados e apresentados mais tarde durante a transmissão”, lê-se na carta.
A terceira grande mudança refere-se a 2020 e tem que ver com a data de transmissão da cerimónia, que será antecipada. Assim, a 92.ª edição dos Óscares será transmitida no dia 9 de Fevereiro, mantendo-se inalterada a data prevista para a cerimónia de 2019: 24 de Fevereiro. O Conselho de Governadores justifica estas alterações com a necessidade de corresponder às sugestões apresentadas pelos membros, no sentido de “manter a relevância dos Óscares e da academia num mundo em mudança”.
A cerimónia deste ano, que distinguiu com o Óscar de melhor filme “A forma da água”, de Guillermo del Toro, foi a menos vista de sempre

10 Ago 2018