Saúde | Fórum de Medicina Tradicional a partir de dia 20 no Venetian

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]inauguração do “Fórum de Cooperação Internacional de Medicina Tradicional 2018 (Macau)” terá lugar no próximo dia 20 de Setembro no Hotel Venetian de Macau.

O Fórum, subordinado ao tema “Desenvolvimento e Internacionalização da Indústria de Medicina Tradicional Chinesa na Grande Baía de Guangdong-Hong Kong-Macau”, e que irá decorrer ao longo de dois dias, contará com peritos internacionais, num total de 400 profissionais. De acordo com o comunicado oficial, o evento visa “promover o desenvolvimento sustentável e a diversificação adequada da economia de Macau, bem como o desenvolvimento regional, contribuindo para o objectivo de construção de “Um Centro, Uma Plataforma”.

Os assuntos a abordar no evento vão girar sobre três temas principais: a inovação das políticas, a integração do mercado e novas oportunidades de investimento. À margem do evento realiza-se também o Fórum de Investimento e Financiamento, em formato “roadshow”, ou seja, “permitindo aos peritos e instituições de investimento opinarem sobre questões e, em simultâneo, procederem à comparação e selecção dos projectos no âmbito dos fundos de investimento industrial e instituições profissionais de investimento”.

Esta é a quarta edição do “Fórum de Cooperação Internacional de Medicina Tradicional” que, de acordo com a organização, é um evento que se “tornou numa ponte de ligação importante para o intercâmbio e cooperação entre entidades dentro e fora do país nesta área”.

5 Set 2018

IAS | Novo subsídio para famílias carenciadas

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Instituto de Acção Social (IAS) vai atribuir um subsídio extra aos agregados familiares que se encontram em situação de carência económica, de acordo com um comunicado emitido ontem. A ajuda financeira pode ir das 4.050 às 18.870 patacas, dependendo do número de elementos do agregado familiar. O subsídio será atribuído já este mês e vai beneficiar 3.300 agregados familiares que já recebem o subsídio regular. O Governo prevê um orçamento de 19,5 milhões de patacas para cumprir o apoio. O subsídio já foi atribuído em anos anteriores e pretende “ajudar as famílias a “fazer face às despesas-extra resultantes do novo ano lectivo e da Festividade do Bolo Lunar”, lê-se no comunicado emitido pelo IAS.

5 Set 2018

Governo português lamenta incêndio em Museu Nacional no Rio de Janeiro como “perda irreparável”

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] ministro português da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, lamentou o incêndio que atingiu o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, classificando-o como “uma perda irreparável”.

“Estamos consternadíssimos. Nós sentimos também essa perda porque era um acervo importantíssimo da história natural do país, da sociedade brasileira e também da história política, sendo este o palácio onde o rei de Portugal se veio instalar quando levou a corte para o Brasil. É um monumento muito importante para a história dos dois países”, constatou o ministro à chegada ao Real Gabinete Português de Leitura, no Rio de Janeiro, onde iria abrir o 9.º colóquio do polo de pesquisas luso-brasileiras.

A instituição, destruída pelo fogo, foi criada há 200 anos por João VI, de Portugal, e era o mais antigo e um dos mais importantes museus do Brasil.

“Portugal perde sempre. Perderam-se móveis de D. João VI, os diários da imperatriz Leopoldina. É património de origem portuguesa, mas é património cultural do Brasil”, referiu Luís Filipe Castro Mendes.

De acordo com um comunicado publicado ´online´ pela direção do museu, não há vítimas a registar no incêndio.

“É uma grande perda para o povo brasileiro, para os pesquisadores que trabalhavam naquele museu e nós sentimos uma profunda solidariedade com os brasileiros”, finalizou o responsável pela pasta da Cultura.

O ministro da Cultura participou hoje no 9.º Colóquio do Polo de Pesquisas Luso-Brasileiras, que acontece sob o tema “Relações luso-brasileiras: imagens e imaginários”.

Na agenda do ministro segue-se uma visita ao Museu Histórico Nacional, também no Rio de Janeiro, onde se fará a apresentação do projeto “O Retrato do Rei D. João VI”.

O diretor do Museu Nacional no Rio de Janeiro, Alexander Kellner, afirmou hoje que ainda não foi possível avaliar a totalidade dos danos no acervo provocados pelo incêndio, mas apelou à mobilização da sociedade para a recuperação.

O acervo do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, no Brasil, que foi consumido por um incêndio na noite de domingo e ao longo da madrugada de hoje, tinha um dos maiores históricos e científicos do país, com cerca de 20 milhões de peças.

Entre os milhões de peças que retratavam os 200 anos de história brasileira estavam igualmente um diário da imperatriz Leopoldina e um trono do Reino de Daomé, dado em 1811 ao príncipe regente João VI.

O Ministério brasileiro da Cultura também emitiu um comunicado lamentando “profundamente” o incêndio que dizimou o acervo e as instalações do Museu Nacional, ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro, e considerou que “as causas e responsabilidades devem ser rigorosamente apuradas”.

“O Ministério da Cultura vinha apoiando, desde 2017, a direção do Museu Nacional na elaboração de projetos e na busca por recursos para financiar o plano de revitalização e requalificação”, indicando que um total de 21,7 milhões de reais [cerca de 4,6 milhões de euros] foi conseguido junto ao Banco Nacional do Desenvolvimento, que financiaria grande parte do projeto.

4 Set 2018

Número de alunos de português aumenta 18% na Califórnia

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] número de alunos matriculados em cursos de língua e cultura portuguesas aumentou 18% na Califórnia no novo ano letivo, de acordo com dados preliminares da Fundação Luso-Americana para a Educação.

No ano letivo 2018/2019, que acaba de começar, deverá ser ultrapassada, pela primeira vez, a fasquia dos dois mil alunos de português, de acordo com informações fornecidas à Lusa pelo professor Diniz Borges, um dos encarregados pelo protocolo assinado entre a Fundação Luso-Americana para a Educação (LAEF, na sigla inglesa) e o Instituto Camões para coordenar o ensino da língua portuguesa na Califórnia.

Os dados referem-se a cursos no ensino primário e secundário, abrangendo escolas privadas e públicas.

“Nos últimos quatro anos foram criadas cinco escolas comunitárias e abriram-se cursos em três escolas do ensino secundário”, avançou o responsável, que coordena o protocolo com o professor José Luís da Silva.

Só neste ano escolar, a Califórnia terá mais duas escolas secundárias a ensinar português, em Ceres, Vale de San Joaquin, com duas professoras e 270 alunos.

Abriu também uma nova escola comunitária na cidade de Tracy, junto das montanhas que separam o vale da zona da baía de São Francisco.

Duas outras zonas “estudam a possibilidade da criação de escolas portuguesas”, Manteca no norte e Chino no sul, na zona de Los Angeles.

De acordo com Diniz Borges, foram ainda criados cursos em faculdades comunitárias, como é o caso da College of the Sequoias em Visalia, no Vale de San Joaquin, e da Universidade Estadual da Califórnia em Fresno, que vai abrir o semestre de outono de 2018 com quatro cursos de língua e cultura portuguesas.

As últimas estatísticas oficiais da Modern Language Association, referentes a 2016, apontavam para cerca de dez mil alunos de português em todo o território dos Estados Unidos no ensino pós-secundário.

Outros “cursos inovadores” estão abertos na CSUS em Turlock, na Universidade Estadual da Califórnia em San Diego e nas universidades da Califórnia em Santa Barbara e Berkeley, além do distrito escolar de Hilmar.

Está ainda a ser registado um crescimento nos cursos ministrados pela comunidade de origem brasileira no norte da Califórnia.

O incremento do número de alunos deve-se, segundo o professor, ao “trabalho constante da comunidade” após a assinatura do protocolo, que se refletiu na aposta em contactos com as entidades de ensino, aproximação às escolas comunitárias, formação de professores e criação de um plano estratégico para o ensino da língua e cultura portuguesas.

A Califórnia é “o primeiro estado norte-americano com semelhante projeto”, garantiu Diniz Borges, sendo que o plano estratégico juntou entidades dos ensinos público e privado, entidades políticas e líderes da comunidade de origem brasileira e macaense.

Além do ano letivo, o programa de ensino inclui dois projetos durante o verão, um curso da LAEF com meia centena de jovens e o programa Startalk do distrito escolar de Hilmar, com cerca de 100 crianças.

A adesão da comunidade e das entidades públicas a este plano estratégico cria “todas as probabilidades” para que o ensino da língua e cultura portuguesas tenha “um contínuo crescimento” anual, considerou Diniz Borges,

4 Set 2018

Malásia | Condenadas a espancamento por terem relações homossexuais

[dropcap style=’circle’]D[/dropcap]uas mulheres da Malásia foram ontem espancadas após uma decisão de um tribunal que alegou que as duas violaram as leis islâmicas por terem tido relações homossexuais. As mulheres foram sentenciadas pelo Tribunal Superior da Sharia de Kuala Terengganu, a capital do estado Terengganu, disse um oficial do tribunal. A execução deste tipo de sanção não é pública. A decisão já foi criticada por organizações de direitos humanos que denunciaram a deterioração dos direitos da comunidade gay e lésbica da Malásia. A chefe da Amnistia Internacional na Malásia, denunciou esta punição como “cruel e injusta”.As duas mulheres, de 22 e 32 anos, foram detidas em Abril depois de serem encontradas dentro de um carro perto de uma praça pública no estado conservador de Terengganu, no norte do país. Ambas declararam-se culpadas de violar a lei islâmica e foram sentenciadas por um tribunal islâmico a uma multa de cerca de 690 euros.A comunidade Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais ou Transgêneros (LGBT) tem sofrido crescentes pressões nos últimos anos na Malásia, um país onde cerca de 60 por cento dos 32 milhões de habitantes são muçulmanos.O sistema judicial na Malásia permite que os tribunais islâmicos tenham poder em relação a questões religiosas e familiares, bem como em casos como o adultério.

4 Set 2018

IIM | Livro que homenageia Carlos Coelho lançado dia 12

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Instituto Internacional de Macau (IIM) lança no próximo dia 12 deste mês o livro “Úi di Galánti”, em homenagem ao macaense Carlos Coelho, falecido em Janeiro deste ano. O livro, que conta com o apoio da Fundação Macau, contém textos em patuá do próprio Carlos Manuel Coelho, que era conhecido no seio da comunidade pela alcunha “Néu-Néu”. De acordo com um comunicado do IIM, “considerando a precariedade do patuá e a escassez de (bons) escritos nesse idioma nativo de Macau, o IIM recolheu os melhores textos para um apropriado registo do doce linguajar do crioulo português de Macau”. Além disso, a sessão de apresentação do livro constitui também “uma homenagem póstuma a Carlos Coelho, figura singular entre a comunidade macaense”. “A maioria dos textos foram extraídos de publicações da conta de Carlos Coelho no Facebook que a família do extinto graciosamente cedeu para reprodução. Igualmente, o Partido dos Comes e Bebes de Portugal foi também pronto a autorizar a transcrição de vários artigos do ‘Néu-Néu’ que tinham sido publicados na sua revista”, explica o comunicado. A sessão de lançamento acontece no jardim de infância D. José da Costa Nunes às 18h.

4 Set 2018

China/África | União Africana anuncia escritório em Pequim

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]União Africana (UA) revelou ontem que vai abrir um escritório de representação em Pequim, durante o Fórum de Cooperação China-África (FOCAC), que traz à capital chinesa dezenas de chefes de Estado e do Governo dos países africanos. A inauguração das instalações contará com a presença de Moussa Faki, presidente da Comissão da UA, o cargo executivo mais importante da organização. Faki discursou durante a cerimónia de abertura, em Pequim. O Governo chinês e a UA deverão assinar um memorando de entendimento visando “reforçar a sinergia” entre o projecto internacional de infra-estruturas chinês, a “Nova Rota da Seda”, e a agenda 2063, da organização, segundo o comunicado da UA. Durante a sua estadia em Pequim, Faki “vai reunir com as autoridades chinesas para discutir a melhor forma de avançar com a parceria entre a União Africana e a República Popular da China, no contexto dos resultados do FOCAC”, refere o comunicado da organização.

4 Set 2018

China/África | MNE chinês defende presença de presidente do Sudão na cimeira

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês defendeu ontem a presença do presidente do Sudão, Omar Al-Bashir, na cimeira sino-africana que decorre em Pequim, apesar de o líder do país africano ser procurado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes de guerra, contra a humanidade e genocídio.

“A China não faz parte do Estatuto de Roma (estabelecido em 1998 pelo TPI), por isso temos reservas sobre a matéria e esperamos que esse tribunal possa lidar com o assunto com prudência”, disse a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Hua Chunying.

A fonte oficial considerou “inapropriado” para a imprensa perguntar se Al-Bashir poderia ser detido durante a sua presença na China – um país que já visitou em várias ocasiões – e disse que os dois países “são amigos” e que a China apoia “os esforços do Sudão para manter paz e estabilidade “. “Estamos dispostos a trabalhar com o Sudão para contribuir positivamente para a estabilidade e a paz daquele país”, concluiu.

Al-Bashir foi recebido no fim-de-semana numa reunião bilateral do Presidente da China, Xi Jinping, que repetiu este gesto diplomático com cerca de trinta chefes de Estado e de Governo presentes até hoje na sétima reunião do Fórum de Cooperação África-China.
O presidente do Sudão, que chegou ao poder através de um golpe de Estado, em 1989, foi indiciado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio durante o conflito no Darfur. O Sudão tem sido tradicionalmente um dos principais fornecedores de petróleo na África, uma região na qual a China espera aumentar sua presença comercial e de investimentos.

4 Set 2018

Economia | Xi Jinping e Guterres unidos contra o proteccionismo

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Presidente chinês, Xi Jinping, e o secretário-geral da ONU, António Guterres, concordaram que é necessário promover o multilateralismo face a correntes proteccionistas que “danificam a ordem internacional”, informou ontem a agência Xinhua.

O encontro decorreu no domingo, na véspera do arranque do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC), que traz a Pequim dezenas de chefes de Estado e do Governo dos países africanos.

Citado pela Xinhua, Xi Jinping afirmou que a ONU continua a ser a “bandeira do multilateralismo” e que o mundo precisa do organismo “mais do que nunca”. “É necessário uma ONU mais forte, face à ascensão do unilateralismo e do proteccionismo, que constituem um duro golpe para a ordem internacional e o sistema global de governação”, afirmou.

O líder chinês garantiu ao secretário-geral da ONU que Pequim não deseja obter contrapartidas políticas ou privilégios em África.

Citado pela agência, o português afirmou que a ONU valoriza a cooperação entre a China e o continente africano, assinalando que o crescimento do país asiático é uma “tendência imparável” e de grande importância para o desenvolvimento e paz mundiais.

Pequim tem vindo a reclamar maior protagonismo na governação de assuntos globais, desde a ascensão ao poder, em 2017, do Presidente norte-americano, Donald Trump, que rasgou compromissos internacionais sobre o clima, comércio livre, migração ou nuclear.

4 Set 2018

Angola | João Lourenço grato por ajuda chinesa na reconstrução do país

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Presidente angolano, João Lourenço, agradeceu domingo, em Pequim, ao homólogo chinês, Xi Jinping, a ajuda ao processo de reconstrução nacional em Angola, país que foi devastado por uma guerra civil. Segundo noticiou ontem o Jornal de Angola, João Lourenço falava durante a recepção oficial que lhe foi oferecida por Xi e afirmou que Angola encontrou na China um parceiro que está a ajudar a construir o país e que foi o país asiático “quem estendeu a mão na fase de reconstrução nacional”.

“Estamos a reconstruir o nosso país com o financiamento chinês também”, afirmou, numa intervenção breve na sala de audiências do Grande Palácio do Povo, após ter sido recebido pelo homólogo chinês, em que foi analisada a cooperação bilateral.

Em relação ao continente em geral, João Lourenço reconheceu que a China tem desempenhado um papel importante no processo de desenvolvimento de África, processo que “requer uma certa atenção”. “As nossas parcerias no passado não deram certo e, em poucas décadas, a China estendeu-nos a mão e os resultados são visíveis em praticamente todo o continente”, reconheceu.

4 Set 2018

China/África | Xi Jinping garante empréstimos sem “condições políticas”

Xi Jinping, afirmou ontem que apoia a inclusão de África no projecto de infra-estruturas internacional, perante líderes e empresários chineses e africanos, garantindo que o investimento de Pequim não tem “condições políticas”. Para já, o valor total do empréstimo ronda os 60 mil milhões de dólares

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Presidente chinês, Xi Jinping, anunciou ontem, no Fórum de Cooperação China-África, em Pequim, 60 mil milhões de dólares em assistência e empréstimos para países africanos. “A China decidiu emprestar um total de 60 mil milhões de dólares, no formato de assistência governamental e através de investimento e financiamento de instituições financeiras e empresas”, disse.

A China “está pronta a reforçar a cooperação” com África, visando “construir um desenvolvimento de alta qualidade, que se ajuste às condições nacionais e seja inclusivo e benéfico para todos”, afirmou. Xi garantiu que o investimento chinês no continente não acarreta “condições políticas”, numa reacção às acusações de que Pequim deseja aumentar a sua esfera de influência através do plano internacional de infraestruturas Nova Rota da Seda. O líder chinês frisou que “a cooperação China/ África”, no âmbito da Nova Rota da Seda, é uma “forma de atingir prosperidade comum, com benefícios para ambos os povos”. “A China não interfere nos assuntos internos de África e não impõe a sua vontade sobre África”, apontou.

O Presidente chinês falava na cerimónia de abertura do Diálogo de Alto Nível entre Líderes e Representantes Comerciais de China e África, que antecede o Fórum de Cooperação China/África (FOCAC).

Bancos estatais e outras instituições da China estão a conceder enormes empréstimos para projectos lançados no âmbito daquela iniciativa, que inclui a construção de portos, aeroportos, autoestradas ou malhas ferroviárias ao longo da Europa, Ásia Central, África e sudeste Asiático. Críticos apontam para um aumento problemático do endividamento, que em alguns casos coloca os países numa situação financeira insustentável.

Caras novas

O FOCAC traz a Pequim dezenas de chefes de Estado e de Governo do continente africano. Nas vésperas do Fórum, Xi reuniu com dezenas de líderes africanos, incluindo os presidentes de Angola, João Lourenço, e de Moçambique, Filipe Nyusi.

A cimeira contará com três novos países, incluindo São Tomé e Príncipe, que se junta aos restantes países africanos de língua portuguesa, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Moçambique. As restantes estreias são o Burkina Faso e a Gâmbia, que elevam assim para 53 o número de nações africanas com relações com a China.

Desde 2015, a média anual do investimento directo da China no continente fixou-se em 3.000 milhões dólares, com destaque para novos sectores como indústria, finanças, turismo e aviação.

O primeiro Fórum de Cooperação China-África aconteceu em Pequim, em 2006, e a segunda edição decorreu na África do Sul, em 2015.

4 Set 2018

PCC acusa ocidente de “dor de cotovelo” face ao papel da China

[dropcap style=’circle’]U[/dropcap]m jornal oficial chinês afirmou ontem que o ocidente sente “dor de cotovelo” face ao papel cada vez mais proeminente da China em África, ilustrando a insistência de Pequim de refutar acusações de neocolonialismo no continente.

O editorial do Global Times, jornal em inglês do grupo do Diário do Povo, o órgão central do Partido Comunista da Chinês, surge numa altura em que o Fórum de Cooperação China/África junta, em Pequim, dezenas de chefes de Estado e de Governo do continente africano.

O jornal denuncia a “retórica” na imprensa e por parte de políticos ocidentais, de que a China está a pilhar os recursos naturais do continente e a conduzir estes países para a armadilha do endividamento.

“Preferem revelar dor de cotovelo, ao invés de reflectirem por que é que a colaboração de África com os Estados Unidos e a Europa ficou para trás”, acusa o jornal. O “problema fundamental” é que o ocidente menospreza África e “trata o continente como se fosse o seu quintal”, acrescenta.

Num discurso proferido ontem perante líderes e empresários chineses e africanos, também o Presidente chinês, Xi Jinping, garantiu que o investimento de Pequim não acarreta “condições políticas”, apoiando a inclusão de África no projecto de infra-estruturas internacional lançado pela China, a Nova Rota da Seda.

Mundos e fundos

“A China não interfere nos assuntos internos de África e não impõe a sua vontade sobre África”, afirmou Xi, notando que “os projectos desenvolvidos no continente visam resolver obstáculos ao desenvolvimento”. “Os recursos para a nossa cooperação não são para ser gastos em projectos fúteis, mas nos sítios em que mais são necessários”, disse.

Segundo a unidade de investigação China AidData, desde 2000, Pequim concedeu mais de 110.000 milhões de dólares em financiamento aos países africanos. O país asiático é, desde 2009, o maior parceiro comercial de África. Pelas estatísticas chinesas, nos primeiros seis meses deste ano, o comércio bilateral aumentou 16 por cento, em termos homólogos, para 98.800 milhões de dólares.

4 Set 2018

Incêndio no Museu Nacional do Rio de Janeiro destruiu 20 milhões de peças

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]acervo do Museu Nacional do Rio de Janeiro, que foi consumido por um incêndio na noite de domingo, tinha um dos maiores acervos histórico e científico do país, com cerca de 20 milhões de peças. A instituição, criada há 200 anos, foi fundada por D. João VI, rei de Portugal, e era o mais antigo e um dos mais importantes museus do Brasil.

Entre as peças do acervo estavam a colecção egípcia, que começou a ser adquirida pelo imperador D.Pedro I, e o mais antigo fóssil humano encontrado no Brasil, baptizado de “Luzia”, com cerca de 11.000 anos.

O Museu Nacional do Rio de Janeiro era o maior museu de História Natural e Antropologia da América Latina e o edifício tinha sido residência da família Real e Imperial brasileira. Entre os milhões de peças que retratavam os 200 anos de história brasileira estavam igualmente um diário da Imperatriz Leopoldina e um trono do Reino de Daomé, dado em 1811 ao príncipe regente D. João VI.

Nas colecções de Etnologia estavam expostos objectos que mostravam a riqueza da cultura indígena, cultura afro-brasileira, culturas do Pacífico. Segundo a edição brasileira do El País, o acervo tinha ainda o maior e mais importante acervo indígena e uma das bibliotecas de antropologia mais ricas do Brasil.

A instituição, ligada à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), era alvo de cortes orçamentários há pelo menos três anos. Os alunos do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da universidade chegaram mesmo a criar ‘memes’ (imagens ou vídeos que se espalham de forma viral) em que mostravam fósseis à espera de verba, ironizando os cortes.

Em 2015, o museu chegou a ficar fechado por dez dias após uma greve de funcionários da limpeza, que reclamavam salários atrasados. Nas redes sociais, investigadores, alunos e professores brasileiros partilham depoimentos, lamentando o ocorrido e atribuindo a tragédia aos cortes orçamentais dos últimos anos.

O vice-director do Museu Nacional considerou o incêndio uma “catástrofe insuportável”. “O arquivo de 200 anos virou pó. (…) São 200 anos de memória, ciência, cultura e educação, tudo transformado em fumo por falta de suporte e consciência da classe política brasileira”, afirmou o responsável, sublinhando: “O meu sentimento é de imensa raiva por tudo o que lutamos e que foi perdido na vala comum”.

Segundo disse, no aniversário de 200 anos da instituição nenhum ministro de Estado aceitou participar da comemoração: “É uma pequena mostra do descaso”, sublinhou. O responsável adiantou ainda que a instituição estava prestes a fechar uma negociação com o Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES) que incluía um projecto de prevenção de incêndios.

Antes destas declarações, o Ministério da Educação brasileiro já tinha lamentado as consequências do incêndio no Museu Nacional, sublinhando que serão feitos todos os esforços para auxiliar a Universidade Federal do Rio de Janeiro, que geria o museu, a recuperar o património histórico. O presidente do Brasil, Michel Temer, reagiu, em comunicado, considerando a perda “incalculável”.

4 Set 2018

Nanotecnologia | UM patenteou sistema para engenharia genética

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Universidade de Macau (UM) patenteou um sistema de nanotecnologia que pode ser utilizado para desenvolvimento científico na área da engenharia genética, disse à Lusa o investigador-chefe do projecto. O projecto ‘Sistema de Micromanipulação Automática com Sensores de Força’ foi recomendado para prémio de Invenção Tecnológica dos Prémios de Ciência e Tecnologia de Macau 2018 e “algumas empresas na China demonstraram grande interesse” nesta tecnologia, disse à Lusa Xu Qingsong.

“As aplicações práticas do sistema de micromanipulação automatizado incluem a microinjeção de células biológicas para engenharia genética, injecção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI), caracterização de propriedades mecânicas celulares para diagnóstico de doenças”, explicou o professor associado da Faculdade de Ciência e Tecnologia, da Universidade de Macau.

De acordo com a Universidade de Macau, esta tecnologia de escala nanométrica “permite uma elevada taxa de sobrevivência para a célula injectada, uma vez que as células sofrem de uma força mínima durante o processo de injecção”.

Este equipamento “produzirá resultados mais consistentes e confiáveis do que a operação manual e poderá reduzir significativamente a carga de trabalho” a todos aqueles que têm como missão manusearem o equipamento. Xu Qingsong afirmou ainda que a tecnologia para ser comercializada as empresas precisam agora de negociar com a Universidade de Macau, detentora da patente.

4 Set 2018

Canídromo | ANIMA diz que mudança dos animais é “desperdício de dinheiro”

Albano Martins, presidente da Sociedade Protectora dos Animais de Macau – ANIMA, defendeu que os galgos deveriam ficar no terreno do Canídromo até ao início do aproveitamento do espaço pelo Governo, considerando um “desperdício de dinheiro” os planos de relocalização

 

[dropcap style=’circle’]D[/dropcap]e acordo com a edição de ontem do jornal Macau Post Daily, estão a ser instalados os contentores em Coloane, junto ao asilo Vila Madalena, para acolher os cerca de 500 galgos que estão actualmente no terreno onde operou o Canídromo durante décadas.
Contudo, e perante os receios dos idosos e funcionários do lar com futuras complicações decorrentes da presença dos animais, Albano Martins, presidente da Sociedade Protectora dos Animais de Macau (ANIMA), defende que os animais deveriam ficar no terreno que foi concessionado à Yat Yuen até este começar a ser desenvolvido pelo Governo.

“Há muito tempo que a ANIMA diz que o terreno do Canídromo não vai ser, de todo, desenvolvido no próximo ano, e por isso os animais não deveriam andar a mudar de um lado para o outro. Isso obriga a um enorme esforço de reorganização, que já está a ser feito. A Yat Yuen paga tudo mas não é essa a questão, tem a ver com o facto dos animais e dos voluntários estarem habituados a um espaço. Não era necessário a criação de um novo espaço temporário.”

Além disso, o também economista acredita que a relocalização dos animais para uma zona provisória é mero despesismo.

“O que se está a fazer é um desperdício de dinheiro. Os animais vão sair todos dali no espaço de um ano, então porque não deixá-los numa zona onde as pessoas já estão habituados a vê-los há mais 60 anos? Vai-se para uma zona onde as pessoas já estão a levantar problemas. E aí já se sabe como é, quando se levantam reacções o Governo tem medo”, apontou.

O terreno está localizado no Largo da Cordoaria, em Coloane, e, de acordo com informação publicada na imprensa de Hong Kong, será propriedade de uma família ligada aos negócios das salas VIP dos casinos, que tem como patriarca alguém que terá sido líder da seita Shui Fung. No passado dia 6 de Agosto, Albano Martins defendeu que preferia a mudança dos animais para Coloane, pois, no seio do leque de opções apresentadas pelo IACM, esta era a melhor.

Prazos não são problema

A notícia avançada ontem pelo Macau Post Daily dá conta de receios de familiares dos idosos instalados no lar relativamente a problemas de higiene e barulho. A ANIMA assume “abraçar” esta opção, mas Albano Martins garante que vai ficar “muito irritado” se surgirem novos obstáculos.

“Os contentores têm alguma dignidade, mas é um espaço temporário e emprestado. Já apareceu no jornal a informação de que, no futuro, podem ser levantados problemas, o que me deixa bastante preocupado. Não estamos a abdicar dos animais, e temos de os levar para um sítio onde todos possam trabalhar com calma”, acrescentou.

“O Governo não os vai matar, a ANIMA não tem espaço para eles. Não há espaços em Macau para os animais, e o único lugar que há é o Canídromo, que nunca vai ser desenvolvido no próximo ano e meio.”

Não estão, sequer, em causa, problemas com a prorrogação do prazo de utilização do terreno no Fai Chi Kei, ainda que o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) tenha dado um prazo de 60 dias à Yat Yuen para tirar dali os animais.

“Havia o problema da prorrogação do prazo quando a Yat Yuen era a concessionária, mas agora a ANIMA está envolvida no projecto. Temos um acordo, e agora trata-se de fazer o que a ANIMA tem vindo a pedir, que é deixar-nos ficar lá a trabalhar”, rematou Albano Martins.

4 Set 2018

Saúde | Vacinação contra a gripe na segunda quinzena do mês

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]s Serviços de Saúde garantiram ontem que a vacinação contra a gripe sazonal 2018/19 terá início na data prevista, ou seja, na segunda quinzena do mês. O esclarecimento surge na sequência de informações de que na região vizinha pode ser adiado devido a atrasos no fornecimento. Em comunicado, os Serviços de Saúde indicam ter adquirido 150 mil doses da vacina antigripal e que a prioridade na administração da vacina, que é gratuita, será dada aos grupos de alto risco. A composição do antigénio da vacina antigripal para 2018/19 do hemisfério norte foi actualizada e é adequada contra a gripe sazonal que pode ocorrer eventualmente de Fevereiro a Agosto de 2019.

4 Set 2018

IC | “Antigas muralhas da cidade” alvo de restauro

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Instituto Cultural (IC) vai proceder, a partir de sexta-feira, ao restauro das “antigas muralhas da cidade”, também conhecido como o troço próximo da Igreja da Penha. De acordo com um comunicado, “durante a realização das obras serão colocadas vedações no parque do miradouro de Nossa Senhora da Penha a separar os peões da área de trabalho, mas estes trabalhos não terão impacto no horário de funcionamento do miradouro”. Prevê-se que os trabalhos de restauro estejam concluídos em meados de Novembro.

4 Set 2018

Segurança | Comissão de Defesa do Estado entra em vigor daqui a um mês

[dropcap style=’circle’]F[/dropcap]oi ontem publicado em Boletim Oficial (BO) um despacho que oficializa a Comissão de Defesa da Segurança do Estado em Outubro. O mesmo despacho dá conta que as responsabilidades da comissão são “organizar e coordenar os trabalhos da RAEM relativos à defesa da soberania, da segurança e dos interesses do desenvolvimento do Estado, bem como estudar sobre a implementação da respectiva programação e das orientações e solicitações do Chefe do Executivo”. É também pedido a esta comissão a “análise, estudo e avaliação da conjuntura da RAEM relacionada com a segurança do Estado e com a estabilidade da sociedade, planear os respectivos trabalhos e emitir opiniões e sugestões”. Além disso, tem também como função “organizar a promoção da construção do regime jurídico relacionado com a segurança do Estado”.

4 Set 2018

Imobiliário | Agnes Lam confirma encontro com lesados

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]deputada Agnes Lam confirmou que esteve reunida com seis pessoas que se queixam de terem sido burlados num esquema que envolve a empresa TH Group Limited, representada em Macau por Onida Lam, irmã da legisladora. “Seis pessoas vieram ao meu escritório no dia 23 de Agosto e pediram-me para arranjar um encontro com a minha irmã. Foi esse o pedido que me foi feito”, disse Agnes Lam, ao HM. A deputada não se quis alongar nos comentários, mas prometeu mais esclarecimentos durante o dia de hoje, através de um comunicado de imprensa. Segundo a MASTV, 66 pessoas de Macau queixam-se que foram enganadas após investirem entre 33,6 milhões e 44,8 milhões de dólares de Hong Kong em imobiliário na Indonésia, através da empresa TH Group Limited. Apesar da promessa de que as casas que alegadamente estavam a comprar ficariam concluídas em 2015, tal nunca aconteceu e posteriormente as pessoas foram informadas pelo Consulado Geral da Indonésia em Hong Kong que os contratos assinados são considerados inválidos. Onida Lam terá sido a pessoa responsável pela angariação de investidores em Macau.

4 Set 2018

Macau vai organizar Festival Internacional de Artes que inclui Dia de Portugal

[dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]acau vai organizar o Festival Internacional de Artes em 2019 que vai integrar outros eventos já existentes no território, entre os quais as festividades do Dia de Portugal, anunciou hoje à lusa o Instituto Cultural (IC) de Macau.

Algumas concessionárias do jogo no território já foram contactadas pelo secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, a fim de “organizar e convidar artistas de todo o mundo para realizarem exposições de artes visuais contemporâneas” nos seus ‘resorts’ integrados, explicou à Lusa o IC.

A 16.ª edição do Festival Juvenil Internacional de Dança, a 30.ª Festival de Artes de Macau e as comemorações do dia de Portugal vão ser alguns dos eventos que vão ser integrados no festival, que promete impulsionar “o turismo através da cultura permitindo aos turistas experimentarem mais projetos culturais ricos em Macau”, afirmou o IC.

A data deste evento internacional ainda não foi anunciada mas terá a “duração de quatro meses e um programa abrangente”, declarou Alexis Tam, em comunicado, após a 10.ª reunião dos Ministros da Cultura da China, Japão e Coreia do Sul, realizada na quinta-feira na cidade de Harbin, capital da província de Heilongjiang, China.

Nesta ocasião, o responsável pela cultura do território teve um encontro bilateral com o ministro da Cultura da China, Luo Shugang, para desenvolver, entre outras, a promoção do intercâmbio entre o Interior da China e Macau e a cooperação cultural entre a China e os Países de língua Portuguesa, já que o território é “o ponto onde as culturas oriental e ocidental se encontram e integram”.

Durante a reunião ministerial, que contou com a presença dos ministros da China, Japão e Coreia do Sul, Alexis Tam e do secretário para os Assuntos Internos de Hong Kong foram ainda definidos “projetos de cooperação como o Festival de Artes da China, Japão e Coreia do Sul, o Fórum de Educação Artística e Cultural da China, Japão e Coreia do Sul”, entre outros, de acordo com o comunicado divulgado pelas autoridades do território.

4 Set 2018

Alta-comissária da ONU insta à libertação dos dois jornalistas condenados em Myanmar

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Alta-Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, instou hoje o Governo birmanês a libertar dois jornalistas locais da agência Reuters condenados a sete anos de prisão por divulgarem segredos oficiais enquanto investigavam um massacre de rohingyas.

No seu primeiro dia no cargo de representante da ONU, Bachelet classificou como uma “paródia” o julgamento a que foram submetidos os repórteres, considerando “de interesse público” a informação que divulgaram sobre o massacre.

“Penso que esta é uma notícia terrível e chocante, e insto o Governo [de Myanmar, antiga Birmânia] a libertá-los de imediato”, insistiu.

Wa Lone e Kyaw Soe Oo foram detidos quando investigavam um massacre de membros da minoria muçulmana rohingya na aldeia de Inn Dinn.

As autoridades acusaram-nos de violar uma lei da era colonial: terem obtido documentos secretos, neste caso, sobre operações militares no estado de Rakhine que desencadearam, há um ano, o início do êxodo de 700.000 rohingyas para o Bangladesh.

Em sua defesa, os jornalistas argumentaram não ter pedido acesso a documentos secretos, pelo que não sabiam serem secretos aqueles que lhes foram fornecidos e que tinham em sua posse.

Michelle Bachelet indicou que, na próxima semana, o Alto-Comissariado da ONU para os Direitos Humanos divulgará um relatório sobre a liberdade de expressão em Myanmar.

Repórteres Sem Fronteiras exortam Suu Kyi a libertar jornalistas da Reuters

A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) qualificou ontem de “iníqua” a condenação na Birmânia a sete anos de prisão de dois jornalistas da Reuters e exortou a dirigente e Nobel da Paz Aung San Suu Kyi a libertá-los.

Num comunicado, a RSF considera que ontem “foi um dia negro para a liberdade de imprensa na Birmânia”, assinalando que “o único crime (dos jornalistas) foi fazerem o seu trabalho”.

Os dois jornalistas birmaneses, Wa Lone e Kyaw Soe Oo, acusados de “violação do segredo de Estado” por investigarem o massacre de muçulmanos rohingyas pelo exército birmanês, foram condenados hoje a sete anos de prisão.

O secretário-geral dos RSF, Christophe Deloire, considera no comunicado que o julgamento “coloca em causa o processo de transição democrática na Birmânia”. Segundo os RSF, “durante as audiências preliminares, um agente da polícia confessou que os seus superiores criaram um ardil para entregar documentos supostamente confidenciais aos dois jornalistas e depois prendê-los”.

A União Europeia, as Nações Unidas e organizações dos direitos humanos já criticaram a condenação dos jornalistas na Birmânia, que a RSF classifica em 137.º lugar num total de 180 países em termos de liberdade de imprensa.

4 Set 2018

Paul McCartney acredita ter visto Deus quando estava sob o efeito de drogas psicadélicas

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] ex-Beatle Paul McCartney afirmou numa entrevista a um jornal britânico publicada hoje que acredita ter visto Deus numa ocasião em que estava sob o efeito de substâncias psicadélicas.

Na entrevista ao The Sunday Times, o músico, de 76 anos, relatou que na altura se sentiu “humilde” perante tal experiência.

“Era enorme. Uma parede imensa da qual eu não conseguia ver o topo e eu estava no fundo. Qualquer outra pessoa diria que era apenas a droga, a alucinação, mas nós sentimos que tínhamos visto uma coisa superior”, disse Paul McCartney.

Nos últimos anos dos Beatles, a música do emblemático quarteto de Liverpool foi fortemente influenciada pelo uso de drogas psicadélicas.

Na mesma entrevista, McCartney afirmou acreditar que os seus familiares mais próximos que já morreram, incluindo a sua mulher Linda, continuam a olhar por ele.

McCartney está atualmente a promover um novo álbum com músicas inéditas, intitulado “Egypt Station” e com data de lançamento a 07 de setembro, e uma tournée para 2019 já com várias datas para os Estados Unidos e para a Europa.

Os Beatles terminaram em 1970, deixaram mais de uma dezena de álbuns, e só dois músicos da formação ainda estão vivos, Paul McCartney e Ringo Starr.

3 Set 2018

Tenor português Luís Gomes vence dois prémios no concurso Operalia

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] tenor português Luís Gomes venceu na categoria de zarzuela e recebeu o prémio do público para melhor voz masculina, no concurso internacional de canto lírico Operalia, que decorreu no Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa.

“Luís Gomes vence o Prémio zarzuela (‘ex-aequo’ com Pavel Petrov) e o prémio do público para melhor voz masculina”, anunciou a organização, em comunicado.

Emily D’Angelo, representante do Canadá/Itália, e o bielorrusso Pavel Petrov são os vencedores do prémio do Operalia 2018, concurso internacional de canto lírico fundado por Plácido Domingo, que se realizou este ano pela primeira vez em Portugal. D’Angelo venceu ainda o prémio do público para melhor voz feminina, o prémio zarzuela e o prémio Birgit Nilsson.

O tenor português Luís Gomes estudou no Conservatório Nacional de Lisboa, na Escola Superior de Música de Lisboa e na Guildhall School of Music and Drama em Londres, onde se licenciou em Canto e fez mestrado em Ópera.

Passou pela Royal Opera House e, em junho, estreou-se no palco do Teatro Nacional de São Carlos, em “La Traviata”, com um papel que vai voltar a interpretar em outubro no Coliseu do Porto.

Além de Luís Gomes, na final de Ópera estavam qualificados Migran Agadzhanyan (Rússia), Rihab Chaieb (Canadá), Emily D’Angelo (Canadá/Itália), Samantha Hankey (EUA), Johannes Kammler (Alemanha), Long Long (China), Pavel Petrov (Bielorússia), Sean Michael Plumb (EUA), Simon Shibambu (África do Sul), Marina Viotti (Suíça/França) e Arseny Yakovlev (Rússia).

Na final de Zarzuela estiveram Emily D’Angelo, Luís Gomes, Pavel Petrov, Josy Santos (Brasil) e Vanessa Vasquez (Colômbia/EUA).

O Concurso Mundial de Ópera Operalia, que já vai na 26.ª edição, é uma iniciativa criada pelo tenor e maestro espanhol Plácido Domingo, atual diretor-geral da Ópera de Los Angeles (Califórnia).

O júri do concurso integra, sobretudo, diretores-gerais de teatros de ópera internacionais, entre os quais Patrick Dickie (diretor artístico do S. Carlos), Anthony Freud (da Ópera Lírica de Chicago), Joan Marabosch (do Teatro Real de Madrid) e a soprano Marta Domingo, mulher de Plácido Domingo.

A primeira edição do Operalia realizou-se em 1993, em Paris, tendo já acontecido em cidades como Tóquio, Hamburgo, Budapeste, Milão, Moscovo, Pequim, Verona, Los Angeles, Cidade do México, Londres, Madrid e Guadalajara.

3 Set 2018

Economia | Comércio externo subiu 21,7 por cento até Julho

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]comércio externo de Macau subiu 21,7 por cento entre Janeiro e Julho, totalizando 58,01 mil milhões de patacas. Segundo dados divulgados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), Macau exportou bens avaliados em 7,11 mil milhões de patacas (+5,6 por cento) e importou mercadorias avaliadas em 50,90 mil milhões de patacas (+24,4 por cento) nos primeiros sete meses do ano. Por conseguinte, o défice da balança comercial atingiu 43,79 mil milhões de patacas, traduzindo um agravamento de 28,1 por cento.

As exportações de Macau para a China (1,18 mil milhões de patacas) diminuíram 3,9 por cento, devido à forte queda (82,6 por cento) das vendas a Xangai, à semelhança do que sucedeu com as destinadas aos Estados Unidos (86 milhões de patacas) que sofreram uma queda de 16,8 por cento. Em contrapartida, as vendas para Hong Kong (4,43 mil milhões de patacas) e União Europeia (120 milhões patacas) aumentaram 8,3 e 4,2 por cento, respectivamente, em comparação com os primeiros sete meses do ano passado.

Já as importações de Macau de produtos da China (17,45 mil milhões de patacas) subiram 29,4 por cento, em linha com as compras à União Europeia (12,81 mil milhões de patacas) que cresceram 21,2 por cento entre Janeiro e Julho, indica a DSEC.

As trocas comerciais entre Macau e os países de língua portuguesa atingiram 482 milhões de patacas nos primeiros sete meses do ano – contra 356,7 milhões em igual período do ano passado. As exportações de Macau para o universo lusófono ascenderam a 24 milhões de patacas (contra 700 mil patacas), enquanto as importações sofreram um aumento de 28,5 por cento em termos anuais homólogos para 458 milhões de patacas.

3 Set 2018