Mais de três dezenas de residentes detidos por burla informática

[dropcap]A[/dropcap] Polícia Judiciária (PJ) deteve 31 residentes de Macau por envolvimento numa rede criminosa que alegadamente se dedicava ao roubo de dados de cartões de crédito, que eram usados para comprar créditos em jogos online, para serem comercializados. Do total dos detidos, 15 são estudantes do ensino secundário e universitário. O cabecilha do grupo continua a monte.

De acordo com informações divulgadas ontem pela PJ e que resultaram de uma operação conjunta com as autoridades de Hong Kong, terão sido roubados dados de mais de 500 cartões de crédito, 145 emitidos por bancos de Macau.

Para desviar as informações dos cartões de crédito, foram utilizadas contas de Apple ID angariadas nas redes sociais através de phishing. Em troca de cada furto de dados, os membros recebiam entre 20 e 25 patacas. Obtidas as informações, o dinheiro era usado para adquirir créditos em jogos online, sendo que após “apetrechadas”, as contas eram posteriormente enviadas ao cabecilha do grupo para ser comercializadas.

No decorrer da investigação da operação “Soaringstar”, a PJ revelou que a rede lucrou 600 mil patacas com o esquema. Dos 31 residentes detidos, três são estudantes com idades entre os 19 e 21 anos, da mesma universidade e considerados “membros-chave”. Dos restantes 28 membros detidos, 13 são estudantes universitários e dois são estudantes do ensino secundário. Segundo a PJ, a polícia de Hong Kong deteve cinco pessoas por envolvimento no esquema.

O caso seguiu ontem para o Ministério Público (MP), onde os suspeitos irão responder pela prática do crime de burla informática. Caso sejam acusados, os suspeitos poderão ser punidos com pena de prisão até 3 anos ou pena de multa.

Preocupação superior

A Direcção dos Serviços do Ensino Superior manifestou “grande preocupação” em relação ao caso, apelando para que os estudantes tenham cuidado. “Ao mesmo tempo que desfrutamos das facilidades proporcionadas pela Internet e pelas diversas aplicações, devemos ter cuidado com a mistura de informações do mundo cibernético, com as suas armadilhas e evitar sermos seduzidos para a prática de actividades ilegais”, pode ler-se na nota.

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