Agnes Lam pede medidas que evitem o aquecimento global

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo tem que tomar medidas para diminuir os níveis de carbono e de aquecimento do território. A demanda é da deputada Agnes Lam que apela ao Executivo por esclarecimentos acerca dos planos que pretende accionar para o combate ao aquecimento global.

Lam recorda o recente relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) que alerta para o descontrolo do aquecimento global. De acordo com o documento da ONU, é necessário limitar o aquecimento global a 1,5 graus até 2030, abaixo da meta estimada pelo Acordo de Paris de dois graus para evitar uma “catástrofe climática”, aponta a deputada em interpelação escrita.

Caminho a percorrer

Macau está ainda longe de ser um exemplo no que respeita ao combate à emissão de gases que provocam o efeito estufa,  aponta Agnes Lam. “De acordo com as estatísticas do Banco Mundial, as emissões de dióxido de carbono per capita em Macau, no ano de 2014 foram de 2,18 toneladas, estando no 112º lugar da classificação mundial”, refere. Embora seja um valor inferior às 7,5 toneladas que se registam na China, às 6,4 toneladas em Hong Kong e às 10,3 toneladas em Singapura, “Macau continuar a não mostrar evolução no que respeita à diminuição destes valores”, refere.

Entretanto, “as emissões locais de dióxido de carbono continuaram a subir entre 2014 e 2016”, pelo que “mesmo que Macau não seja considerado um grande emissor de carbono, deve estar atento à tendência actual e evitar que isso aconteça”, escreve Lam.

Neste sentido, a deputada pretende saber que medidas é que o Governo vai tomar perante o alarme da ONU e o apelo à colaboração na luta contra o aquecimento global.

Para Agnes Lam, não têm existido avanços no que respeita a políticas  que combatam as emissões de dióxido de carbono, não estão a ser feitos esforços para aumentar os carros movidos a electricidade nem estão a ser promovidos os espaços verdes locais capazes de atenuar o efeito de ilha de calor característico dos grandes centros urbanos.

A deputada salienta ainda a necessidade de promover os transportes ecológicos, acção que em Macau classifica como “lenta”, até porque “faltam instalações para o abastecimento deste tipo de veículos e não há campanhas para aumentar o interesse da população por esta opção. A promoção de veículos eléctricos deve ser ainda estendida às motas, sublinha.

11 Out 2018

Lam Lon Wai pede educação nas escolas sobre o cigarro electrónico 

[dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]a sequência da proibição total dos cigarros electrónicos anunciada ontem para Hong Kong, o deputado Lam Lon Wai, ligado aos Operários, reiterou, dois dias depois de ter feito um pedido semelhante, a necessidade de implementar a proibição total Macau. O legislador defendeu também que se deve educar as crianças nas escolas para os perigos dos produtos que imitam o tabaco tradicional.

“Além de membro da Assembleia Legislativa, também sou um professor. Por isso tenho de proteger a saúde da população, especialmente das crianças e dos mais novos. Por isso, apelo ao Governo que considere banir todos os cigarros electrónicos e produtos que imitam os cigarros. […] O Governo também deve incluir no currículo escolar os malefícios dos cigarros electrónicos, e continuar os seus esforços para eliminar o tabaco de Macau”, escreveu o deputado.

Actualmente, a venda de cigarros electrónicos é proibida em Macau, mas é permitida a entrada no território deste tipo de produtos.

11 Out 2018

Lusofonia | MNE de Portugal em Macau na próxima semana

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] ministro dos Negócios Estrangeiros português vai visitar Macau na próxima semana. Segundo noticiou ontem a Rádio Macau, Augusto Santos Silva chega no dia 19, na sequência de uma deslocação a Cantão, onde vai inaugurar oficialmente o Consulado de Portugal.

Durante a estadia no território, o chefe da diplomacia portuguesa deverá visitar a Escola Portuguesa de Macau, passar pelo Festival da Lusofonia, bem como reunir-se com os Conselheiros das Comunidades Portuguesas. É de esperar ainda que seja recebido pelo Chefe do Executivo, Fernando Chui Sai On.

Depois de deixar a RAEM, Augusto Santos Silva segue para Pequim, onde tem agendados encontros ao mais alto nível, segundo a emissora pública. Esta visita tem como objectivo preparar a deslocação do Presidente chinês, Xi Jinping, a Portugal, que deve acontecer ainda este ano.

11 Out 2018

Maternidade | Wong Kit Cheng quer Governo mais pró-activo

[dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]epois de em Hong Kong a Chefe do Executivo, Carrie Lam, ter anunciado ontem que a licença de maternidade vai aumentar de 10 para 14 semanas, a deputada Wong Kit Cheng atacou o Executivo de Macau por manter uma postura passiva face ao assunto.

“O Governo tem falhado em assumir um papel de liderança em toda esta discussão”, afirmou Wong Kit Cheng. Recorde-se que o Executivo publicou os resultados de uma consulta pública sobre a revisão da lei laboral no início de Maio.

De acordo com o relatório, cerca de 91,9 por cento dos ouvidos defende que além dos 56 dias de licenças de maternidade, actualmente em vigor, houvesse ainda 14 dias de faltas justificadas paras as mães. Em relação à criação da licença de paternidade, mais de 93,2 por cento dos ouvidos defenderam um período de cinco dias para os pais. Contudo, as alterações à lei das relações laborais ainda não entraram na Assembleia Legislativa.

11 Out 2018

Quatro textos inéditos do jovem Gabriel García Márquez foram agora divulgados

[dropcap style≠’circle’]Q[/dropcap]uatro textos inéditos de Gabriel García Márquez, escritos durante a sua juventude, pouco depois de ter escapado do “Bogotazo” e regressado à sua terra natal, foram agora revelados pelo Banco da República em Bogotá.

Corria o ano de 1948, quando o jovem Gabriel García Márquez regressou à região do Caribe colombiano, onde são ambientadas muitas das suas histórias, e começou a construir a sua lenda, com histórias que por vezes passavam despercebidas e que agora são tão cobiçadas quanto as quatro inéditas que foram encontradas.

Ao todo, são 66 folhas escritas pelo Nobel da Literatura colombiano, pouco depois de fugir de Bogotá, e que incluem quatro textos originais publicados e quatro inéditos: dois relatos e dois contos.

O primeiro dos relatos faz parte de uma coleção que Gabriel García Márquez publicou no diário “El Heraldo”, denominado “os relatos de um viajante imaginário”, que na época não viu a luz do dia, que consiste no “seu primeiro esforço por construir uma série, uma narração mais extensa”, explicou à Efe o investigador do Banco da República Sergio Sarmiento.

Os restantes são dois contos e um último relato que “parece fazer parte de uma série mais ampla ou de um conto”, mas do qual só sobreviveu “o fragmento final”, todos eles escritos pouco depois da chegada de Gabo ao Caribe, impressionado pelo horror do “Bogotazo”, os protestos que se seguiram ao assassinato do líder liberal e candidato a presidente Jorge Eliécer Gaitán, a 09 de abril de 1948, no centro de Bogotá.

“O meu irmão e eu fomos para as ruas depois de três dias de confinamento. Era uma visão terrível. A cidade estava reduzida a escombros, nublada e turva pela chuva constante que havia humedecido os fogos, mas atrasado a recuperação”, escreveu Gabo no seu livro de memórias, “Viver para contá-la”.

Os incêndios eram apenas o rescaldo da violência na capital colombiana depois do assassinato de Gaitán, um crime que marcou a história da Colômbia no século XX e a vida de um García Márquez que já tinha tido em Bogotá o seu primeiro encontro com Literatura.

Já mais calmo, começou a trabalhar como jornalista e lançou a sua carreira literária no Caribe, mas ainda com a lembrança recente do incêndio que se espalhou pela Colômbia.

“Este período é interessante porque, nesta altura, Gabo já havia publicado três contos em “El Espectador”, que foram escritos na capital, mas daí em diante, as primeiras publicações das suas histórias vão acontecer já na costa Atlântica e é quando se vincula como jornalista pela primeira vez “, acrescenta Sarmiento.

Estes textos, agora adquiridos, “são da sua época de jornalista, mas também são possivelmente os mais antigos que se conservam, e representam uma amostra do primeiro período de Gabo, tanto no conto quanto no jornalismo”, acrescenta.

Todos eles foram adquiridos por um estudioso da obra de García Márquez, que tentava conhecer melhor o primeiro impulso criativo do escritor.

Os textos em causa passaram para as mãos da família de Gabo, por altura da sua morte, que finalmente os ofereceu ao Banco da República (emissor), que tem uma rede de bibliotecas e museus no país.

Este organismo restaurou-os e vai colocá-los à disposição dos colombianos na Biblioteca Luis Ángel Arango, em Bogotá.

Entre os relatos inéditos está um intitulado “O afogado que nos trazia caracóis”, que não está completo e no qual aparece uma personagem chamada “Ursula” uma reminiscência de Ursula Iguarán de “Cem Anos de Solidão”, o que prova que já então começava a ter esse romance na cabeça.

A outra história, a que os investigadores do Banco da República chamaram “Odor antigo”, constitui para Sarmiento uma experiência “com a influência de (Ernest) Hemingway”, que começou a infiltrar-se na sua obra e a subir até ao seu altar pessoal.

Aquele que faz parte da saga maior é intitulado “As barras de hortelã” e permite ao leitor aproximar-se da terra natal de Gabo, Aracataca, com “uma visão muito jovem”, construída a partir da visita de um viajante.

O quarto, que até agora não tem nome e é o que mais passou despercebido, narra o que acontece numa cidade durante um eclipse.

Todos estes documentos representam “um olhar excecional do início de Gabo” e permitem aos leitores conhecer “o período de aprendizagem dos seus primeiros anos” do escritor colombiano, diz Sarmiento.

E tudo, depois de ter chegado pela primeira vez a Cartagena, abandonando a sua carreira de advogado, ver as muralhas da cidade a partir da camioneta onde seguia e assistir ao “condutor saltar para fora do veículo e exclamar contundente: La Heroica!” (nome emblemático pelo qual é conhecida a Cartagena de Índias).

“O chuvisco e a névoa que persistiam em Bogotá (…) tinham cheiro de pólvora e de corpos podres”, lembra o Nobel, sobre a sua partida, em “Viver para contá-la”.

10 Out 2018

Selecção portuguesa treina em Chorzow na véspera do jogo com a Polónia

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] selecção portuguesa de futebol faz hoje um treino de adaptação ao relvado do Estádio Slaski, em Chorzow, na véspera do jogo com a Polónia, na segunda jornada do Grupo 3 da Liga das Nações A.

Numa sessão agendada para as 17h30 locais (16h30 em Lisboa), o selecionador Fernando Santos deverá ter à sua disposição todos os 25 jogadores convocados, à semelhança do que sucedeu no treino de terça-feira, ainda na Cidade do Futebol, em Oeiras.

Antes, às 16:50 locais (15:50 em Lisboa), Fernando Santos fará a antevisão do encontro em conferência de imprensa.

A comitiva portuguesa chegou à Polónia na noite de terça-feira, umas horas mais tarde do que o previsto, devido a uma avaria no avião que a deveria transportar e que provocou o adiamento da viagem para o final da tarde.

Depois da vitória sobre a Itália (1-0) na estreia na Liga das Nações, Portugal faz o seu agora o seu segundo jogo na quinta-feira, rumando depois Glasgow para defrontar a Escócia, em jogo particular.

10 Out 2018

Mulher de ex-director da Interpol desaparecido na China revela ameaças

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] mulher do ex-director da Interpol que desapareceu na China revelou que tinha recebido um telefonema ameaçador avisando-a de que agentes iriam buscá-la, mas sublinhou que continuará a lutar por informação sobre o paradeiro do marido.
Na sua primeira entrevista individual desde que Meng Hongwei desapareceu, Grace Meng negou acusações de suborno ao seu marido, uma figura destacada, e disse que falar publicamente sobre o seu desaparecimento estava a colocá-la “em grande perigo”, em declarações à agência de notícias norte-americana Associated Press (AP).

Meng Hongwei – que é também o vice-ministro da Segurança Pública da China – desapareceu numa viagem de regresso à China no fim do mês passado.

Membro de longa data do Partido Comunista, com décadas de experiência no grande aparelho de segurança da China, Hongwei, de 64 anos, é o mais recente alto responsável a ser vítima de uma purga contra elementos alegadamente corruptos ou desleais à administração autoritária do Presidente Xi Jinping.

Falando à AP na segunda-feira à noite, num hotel em Lyon, França, onde está sediada a Interpol, Grace Meng disse que o marido estava fora há mais de uma semana, numa viagem à China, quando ela recebeu uma chamada ameaçadora no seu telemóvel de um homem que falava chinês.

Tinha acabado de pôr os seus dois filhos pequenos na cama em casa, em Lyon, e recordou que o seu último contacto com o marido foi por mensagem escrita, a 25 de setembro, quando este escreveu “espera pela minha chamada” e lhe enviou um ‘emoji’ de uma faca, depois de viajar para a China. Mas afinal, não telefonou à mulher.

Em vez dele, ligou um homem que não se identificou, dizendo-lhe “Ouça, mas não fale. Nós trouxemos duas equipas de trabalho, duas equipas só para si”.

A única pista que o homem deu sobre a sua identidade foi, segundo Grace Meng, ter dito que costumava trabalhar com o seu marido, o que sugere que fazia parte do aparelho de segurança da China, e que sabia quem ela era.

Em resultado disso, Grace Meng encontra-se agora sob proteção da polícia francesa.

Ao falar publicamente sobre o desaparecimento do marido, ela adotou uma atitude praticamente inaudita na política chinesa, onde tais jogadas são encaradas como afrontas.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros não respondeu ainda a um pedido de comentário feito na terça-feira à noite, em Pequim.

As autoridades chinesas indicaram na segunda-feira que Meng Hongwei estava a ser investigado judicialmente por aceitar subornos e por outros crimes resultantes da sua “vontade”.

Algumas horas antes, a Interpol disse que Meng se tinha demitido do cargo de presidente daquela agência policial internacional, não tendo ficado claro se o fez de livre vontade.

A sua mulher sugeriu que a acusação de suborno foi só uma desculpa para o manterem detido por muito tempo.

“Como mulher dele, penso que ele é simplesmente incapaz de uma coisa dessas”, sustentou, acrescentando estar disposta a divulgar publicamente o conteúdo das contas bancárias de ambos.

Grace Meng explicou que decidiu falar na esperança de que, ao fazê-lo, isso pudesse ajudar outras famílias em circunstâncias semelhantes.

“Sinto que tenho a responsabilidade de me erguer. Só quando se por tanta dor como eu se pode compreender que mais pessoas têm estado a sofrer”, frisou.

10 Out 2018

Barco-dragão | Equipa do Hoje Macau sobe ao pódio em Hong Kong

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] equipa de barco-dragão do Hoje Macau está de parabéns, depois de ficar em segundo lugar na competição 2018 King of The World Dragon Boat Competition, que se realizou no passado domingo em Hong Kong, mais precisamente em Shaukeiwan Aldrich Bay.

A competição contou com a participação de 96 equipas, divididas em seis grupos. Na primeira corrida, a equipa do Hoje Macau ficou em primeiro lugar e apurou-se para competir com os vencedores dos seis grupos e terminou essa prova no segundo lugar.

10 Out 2018

Brasil | “Prefiro uma prisão cheia de bandidos a um cemitério cheio de inocentes”, diz Jair Bolsonaro 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] candidato da extrema-direita Jair Bolsonaro, vencedor da primeira volta das presidenciais brasileiras, disse ontem que prefere uma “prisão cheia de bandidos a um cemitério cheio de inocentes”.

“Vamos encher a prisão de bandidos. Isso é errado? Basta não fazerem a coisa errada. Eu prefiro a prisão cheia de bandidos do que um cemitério cheio de pessoas inocentes”, disse Bolsonaro, numa entrevista à rádio Jovem Pan.

O candidato do Partido Social Liberal (PSL) alcançou 46% dos votos válidos na primeira volta das eleições deste domingo e enfrentará no próximo dia 28 de outubro o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) Fernando Haddad, que conquistou 29% da preferência dos brasileiros.

Bolsonaro, um polémico capitão na reserva, ganhou vantagem na corrida presidencial, apesar das manifestações contra si, que levaram milhares de brasileiros às ruas em protesto, principalmente mulheres e representantes das minorias, na véspera das eleições.

Nos protestos “havia um terrível cheiro a canábis, as mulheres iam com as axilas peludas. Eles são ativistas de minorias, não estou a generalizar”, disse o candidato da extrema-direita, acrescentando que, caso seja eleito presidente, “não haverá dinheiro público para alimentar esse tipo de pessoas, eles terão que trabalhar”.

Nesse sentido, Bolsonaro afirmou que “acabará com esse ativismo xiita (segundo maior ramo de crentes do Islão)”, que, na sua opinião, vive “em grande parte com o dinheiro das ONG”.

“Eu acho que você tem que defender a sua posição, mas sem ir ao radicalismo tal como eles fazem, isso tem que acabar, o ativismo não é benéfico e nós temos que acabar com isso”, disse o candidato do PSL.

Durante a entrevista, Bolsonaro acusou também alguns meios de comunicação social de fazerem uma “campanha descomunal” contra si e classificou novamente o seu rival, Fernando Haddad, como um “mentiroso”.

Bolsonaro, defensor da liberalização do mercado de armas no Brasil e apoiante da ditadura militar que atravessou o país de 1964 até 1985, reiterou que os atos de tortura no período autoritário foram casos “isolados”.

“Se houvesse tanta tortura quanto eles dizem, você não estaria aqui”, afirmou o candidato dirigindo-se ao jornalista.

Os candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) irão defrontar-se na segunda volta das eleições presidenciais brasileiras no dia 28 deste mês, após terem obtido 46% e 29% dos votos, respectivamente.

10 Out 2018

Presidente chinês elogia combate à corrupção e reformas em Angola 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Presidente chinês, Xi Jinping, enalteceu o combate à corrupção e reformas “profundas” lançadas pelo homólogo angolano, João Lourenço, durante um encontro no Grande Palácio do Povo, em Pequim.

“Após ser eleito Presidente, [João Lourenço] impulsionou reformas profundas, combateu a corrupção e abriu-se ao mundo, com políticas que têm o apoio do povo angolano”, afirmou Xi.

“Angola está a conseguir acelerar o seu desenvolvimento e acredito que vai registar progressos ao longo dos próximos anos”, acrescentou.

João Lourenço foi recebido hoje, em Pequim, por Xi Jinping, com guarda de honra, salvas de canhão e o hino dos dois países tocado por uma banda militar.

A cerimónia decorreu junto à porta leste do Grande Palácio do Povo, de frente para a Praça Tiananmen, o centro físico e político da capital chinesa.

Os dois estadistas reuniram-se a seguir num dos salões do Grande Palácio do Povo, onde assistiram à assinatura de acordos para evitar a dupla tributação e de cooperação económica e técnica, e uma linha de crédito de 3.000 milhões de dólares, disponibilizada pelo Banco de Desenvolvimento da China.

Os dois lados assinaram ainda um memorando de entendimento para formação de recursos humanos.

João Lourenço sublinhou a “reação encorajadora” e “disponibilidade” de Pequim para financiar a construção de infraestruturas em Angola, nomeadamente estradas, caminhos de ferro, barragens, portos e aeroportos.

“Devo sublinhar que temos procurado apresentar projetos que possam contribuir para o crescimento económico de Angola, e melhorar a sua capacidade de reembolsar os créditos que recebe”, afirmou.

Lourenço, que tomou posse como chefe de Estado angolano a 26 de setembro de 2017, lembrou ao homólogo chinês que Angola vive uma “nova era”, com “maior abertura ao mundo, maiores direitos e liberdades para os seus cidadãos” e “maior transparência e concorrência nos negócios”, com “menos burocracia e mais combate à corrupção”.

O líder angolano enfatizou ainda a importância do investimento privado chinês em Angola, numa relação que tem sido dominada pela aliança entre os dois Estados.

“Considero que este será um importante fator dinamizador da economia e do desenvolvimento do nosso país, por via da geração de recursos, aumentando a produção interna de bens e serviços de consumo e as exportações, que nos permitirão fortalecer a capacidade interna de geração de divisas”, disse.

Trata-se da segunda visita de João Lourenço a Pequim no espaço de 40 dias, depois de ter participado na terceira cimeira do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC), no início de setembro.

A China é hoje o maior cliente do petróleo angolano e, depois de a guerra civil em Angola ter acabado, em 2012, tornou-se um dos principais atores da reconstrução do país, nomeadamente das suas estradas, caminhos de ferro e outras infraestruturas.

Segundo estimativas da China Africa Research Initiative, da Universidade Johns Hopkins, desde 2000, Angola recebeu um total de 42 mil milhões de dólares (36,6 mil milhões de euros) em crédito chinês.

O programa do Presidente angolano na China inclui ainda uma deslocação a Tianjin, o maior porto do norte do país, a cerca de 150 quilómetros da capital, e uma visita ao Centro Tecnológico da gigante de telecomunicações chinesas Huawei, no norte de Pequim.

10 Out 2018

Ministro dos Negócios Estrangeiros japonês vai a Díli para analisar relações bilaterais

[dropcap style≠’circle’]T[/dropcap]aro Kono vai efectuar uma visita de 24 horas a Timor-Leste para inaugurar uma ponte e assinar um novo acordo de colaboração entre as duas nações

O ministro dos Negócios Estrangeiros japonês inaugura na sexta-feira uma nova ponte em Díli, durante uma visita que efectua a Timor-Leste e em que deverá ser assinado um novo acordo de cooperação, disseram ontem fontes do Governo timorense.

Taro Kono inaugura a nova ponte sobre a ribeira de Comoro, na zona ocidental da capital timorense, Díli, oferta do Governo japonês.

A ponte, que está aberta ao público desde 13 de Setembro, teve um custo de cerca de 26 milhões de dólares e permite uma ligação alternativa para uma das zonas de maior expansão da cidade.

Com um comprimento de 249 metros e ligações dos dois lados da ribeira que totalizam mais de 3,2 quilómetros, a obra inclui ainda uma estrada até perto da zona de Tasi Tolu e uma nova ligação à rotunda do aeroporto Nicolau Lobato, esta última ainda em curso.

Segundo as fontes do executivo, deverá ser assinado um novo acordo entre a agência de cooperação japonesa (JICA) e o Instituto Nacional de Administração Pública (INAP) timorense.

Dar a conhecer

O apoio à formação e capacitação de recursos humanos é um dos elementos centrais da cooperação japonesa com Timor-Leste, em particular através do projecto da Bolsa de Desenvolvimento de Recursos Humanos (JDS, na sua sigla em inglês).

Segundo a cooperação japonesa, o objectivo do projeto JDS, atualmente implementado em 15 países, é “apoiar o desenvolvimento de recursos humanos nos países receptores da ajuda japonesa, através de funcionários governamentais altamente capacitados e outros”.

O objectivo é conceder bolsas a formandos timorenses para estudarem em universidades japonesas para que adquiram “conhecimento especializado, conduzam pesquisas e construam redes” de contactos.

Durante a vista de 24 horas a Díli, Taro Kono deverá reunir-se, entre outros, com o Presidente da República, Francisco Guterres Lu-Olo, com o primeiro-ministro, Taur Matan Ruak e com o ministro dos Negócios Estrangeiros interino, Agio Pereira.

A deslocação do chefe da diplomacia japonesa a Timor-Leste insere-se numa visita mais ampla à região, que inclui passagens pela Austrália e Nova Zelândia e ainda a participação nas reuniões anuais do FMI, que decorrem em Bali, na Indonésia.

10 Out 2018

FMI revê em baixa crescimento mundial da economia

O relatório do Fundo Monetário Internacional indica um crescimento económico global abaixo das previsões de Julho passado. O documento agora divulgado traça vários cenários possíveis da guerra comercial desencadeada pelo Estados Unidos e o seu impacto nas diversas economias mundiais

 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu em baixa o crescimento da economia mundial devido ao aumento das taxas de juros e às crescentes tensões sobre o comércio.

O FMI divulgou na segunda-feira que a economia global crescerá 3,7% este ano, o mesmo que em 2017, mas abaixo dos 3,9% previstos em julho, revendo em baixa a estimativa para o desempenho de 19 países que usam o euro e para a Europa Central e Oriental, América Latina, Médio Oriente e África Subsariana.

O relatório foi divulgado no âmbito dos Encontros Mundiais do FMI e do Banco Mundial, que se prolongam até 14 de outubro em Bali, na Indonésia. O FMI indicou esperar que a maior economia mundial, a dos Estados Unidos, cresça 2,9% este ano, o ritmo mais rápido desde 2005, mantendo a previsão de Julho.

Em Bali, o economista-chefe do FMI, Maurice Obstfeld, afirmou que “o crescimento nos Estados Unidos permanece excepcionalmente robusto no momento”, atribuindo o desempenho à política fiscal da administração do Presidente Donald Trump.

Contudo, o FMI previu que o crescimento norte-americano caia para os 2,5% em 2019, por causa da guerra comercial com a China, apesar do impulso que resulta dos recente cortes nos impostos. Mas este efeito deverá diluir-se com o tempo, alertou.

Por outro lado, ainda que a organização mundial tenha notado que a inflação pareça estar sob controlo, em torno da meta de 2%, avisou que a verificar-se um aumento dos preços e da inflação “isso pode causar um aumento das taxas de juros mais rápido do que o esperado atualmente” e “um aumento do dólar com efeitos potencialmente negativos sobre a economia global”.

Efeitos da guerra

O Fundo não alterou também a sua previsão de crescimento da economia chinesa para 2017 (6,6%), mas, também devido à tensão comercial com os EUA, reviu em baixa o crescimento da China no próximo ano, estimando-o em 6,2%, o que a confirmar-se será o menor registado no país desde 1990.

As perspectivas para o comércio mundial também expressam um menor optimismo: o FMI estimou que o comércio global cresça 4,2% este ano, abaixo dos 5,2% em 2017 e dos 4,8% esperados na análise realizada em Julho.

Para o Fundo Monetário Internacional, uma guerra comercial desenfreada vai desacelerar o crescimento da economia global.

Mesmo no pior cenário em que se concretizariam todas as ameaças norte-americanas sobre os produtos importados da China e de outros países, o seu impacto seria inferior a um ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB), para um crescimento global estimado em 3,7% para 2018, 2019 e 2020.

No curto prazo, os efeitos dessa guerra comercial seriam duas vezes mais prejudiciais para a economia chinesa do que para a dos Estados Unidos.

O crescimento da maior economia do mundo, a norte-americana, baixaria de 2,5% para 1,6% em 2019, enquanto o da segunda cairia de 6,2% para 4,6%, segundo cálculos divulgados pelo FMI.

Para a China, esse nível de crescimento seria o menor já registado desde que o país se começou a industrializar.

No Japão, a terceira maior economia do mundo, o crescimento passaria de 0,9% para cerca de 0,4%, enquanto a zona do euro, a menos afectada, veria o PIB descer de 1,9% para 1,5%.

Tal desaceleração, no entanto, agravaria os problemas de desemprego em alguns países europeus já afetados por altos níveis de endividamento.

Uma rápida desaceleração do crescimento colocaria o Japão em risco de gerir uma deflação.

Em 2023, a China e os Estados Unidos perderiam cada um 0,6 pontos percentuais do PIB, mas, no longo prazo, uma guerra comercial total seria mais prejudicial para a economia dos EUA do que para a economia chinesa, segundo o FMI.

A economia norte-americana perderia um ponto do PIB em relação a uma situação comercial estável, enquanto a China perderia apenas meio ponto. Ainda no pior cenário, em pontos percentuais, o Japão perderia 0,4 e a zona euro 0,2 em 2023.

Níveis de impacto

O FMI desenvolveu um cenário de cinco níveis com base nas medidas já tomadas ou que os Estados Unidos poderiam tomar em 2019 em relação aos parceiros comerciais, bem como em relação aos efeitos.

O primeiro é o aumento das tarifas aduaneiras já registado entre os Estados Unidos e a China, cujo impacto foi incluído na última análise económica global.

O segundo leva em conta a taxação de 25% sobre 267 mil milhões de dólares de importações chinesas para os Estados Unidos, o terceiro os efeitos de tarifas punitivas sobre todos os produtos chineses que entram no mercado norte-americano.

Nesse nível, a indústria automóvel dos Estados Unidos e os fornecedores seriam particularmente afetados, com efeitos colaterais no México, Canadá e Japão.

O quarto nível incorpora os efeitos dessas medidas nos projectos de investimento, enquanto o quinto nível inclui uma deterioração das condições de financiamento das empresas.

No entanto, o FMI concluiu a análise antes dos Estados Unidos, Canadá e México anunciarem um amplo acordo que elimina o risco de uma disputa comercial entre os três países.

10 Out 2018

Taiwan | Exercícios militares na véspera do Dia Nacional

[dropcap style≠’circle’]T[/dropcap]aiwan promoveu ontem exercícios militares na véspera do Dia Nacional, o que não acontecia há décadas, com a participação do Exército e da Força Aérea, e a presença do Presidente Tsai Ing-wen e o homólogo paraguaio Mario Abdo Benítez.

O Presidente taiwanês lançou, nos últimos anos, uma forte campanha para fortalecer as defesas, com promessas de aumentar o orçamento militar e acelerar o desenvolvimento do seu próprio equipamento de guerra, incluindo submarinos.

Na ocasião, Tsai Ing-wen supervisionou os exercícios de terra e ar do Exército em Taoyuan, norte de Taiwan, em que a defesa era simulada contra ataques inimigos no ar e na costa. Nos exercícios militares participaram tanques, aviões e helicópteros, unidades de artilharia e plataformas de defesa aérea.

10 Out 2018

Exposição | Gansu recebe Bienal de Artes Visuais de Hong Kong e Macau

[dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]epois da passagem pelo Museu de Arte Minsheng de Pequim, a Bienal de Artes Visuais de Hong Kong e Macau 2018 está agora em patente no Centro Internacional de Convenções e Exposições de Dunhuang, na província de Gansu, onde estará aberta ao público até dia 15 de Outubro.

A mostra que congrega as estéticas das duas regiões administrativas especiais entra este ano na 6ª edição. De acordo com um comunicado do Instituto Cultural, a bienal “tornou-se uma importante plataforma de desenvolvimento conjunto e promoção da cooperação e intercâmbio de artes visuais entre o Interior da China, Macau e Hong Kong”.

A mostra de este ano tem como tema central “Toque Urbano”, um conceito que explora criações dentro do âmbito da arquitectura, design de espaço, arte pública e criação de arte individual.

O espaço expositivo de Macau é dedicado ao tema “Transcendendo a Cidade”, uma noção que se dedica à exploração e “interacção entre as pessoas, a relação entre o Homem e a cidade, as memórias e as experiências que daí advêm assim como a evolução da cidade em conjunto com o seu desenvolvimento”.

Participam na exposição seis jovens artistas de Macau, incluindo Ng Man Wai, Lai Sio Kit, Wong Ka Long, Wong Weng Io, Cheong Cheng Wa e Fok Hoi Seng, com obras das mais variadas formas, entre elas pintura, gravura, gravação vídeo e instalação de luzes, exibindo efeitos visuais ricos com uma combinação inovadora de média e design. A mostra estará ainda patente no Museu de Arte de Zhejiang, em Hangzhou, de 30 de Outubro a 11 de Novembro.

10 Out 2018

Tradução francesa de Valério Romão dá prémio de Arles a Elisabeth Monteiro Rodrigues

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] tradutora Elisabeth Monteiro Rodrigues venceu o Grande Prémio de Tradução da Cidade de Arles, pela versão francesa do livro de contos “Da família”, do português Valério Romão, anunciou ontem a associação francesa Atlas, para a promoção da tradução literária. Com chancela da editora portuguesa Abysmo, “Da família”, de Valério Romão, agora distinguido com o Grande Prémio de Tradução da Cidade de Arles 2018, foi editado este ano em França, pelas edições Michel Chandeigne.

Elisabeth Monteiro Rodrigues é também tradutora de Mia Couto e de Teolinda Gersão, entre outros autores de língua portuguesa, em França, de acordo com o comunicado da Associação para a Promoção da Tradução Literária (Atlas).

O júri do prémio considerou “excelente” o trabalho de tradução de “De la famille”, sublinhando que “restitui o nervosismo da escrita de Valério Romão, a sua audácia formal, as suas passagens improvisadas da voz narrativa as vozes relatadas…”

Elisabeth Monteiro Rodrigues, segundo o júri, “consegue, igualmente, transmitir com talento a amplitude da frase do autor, seguindo o seu ritmo, a sua música e sua fluência”.

A entrega do prémio está marcada para 9 de Novembro, na associação du Méja, por ocasião do 35.º encontro sobre tradução literária em Arles.

Desde 1995, o Grande Prémio de Tradução Cidade de Arles recompensa a tradução para francês de uma obra de ficção contemporânea que se tenha evidenciado pela qualidade e pelas dificuldades que soube ultrapassar. O prémio tem um montante de 3.500 euros, com o patrocínio do município de Arles.

Dez anos de traduções

Nascida em Portugal, em 1973, Elisabeth Monteiro Rodrigues foi viver para França aos quatro anos. Licenciada em História do Médio Oriente, começou depois a interessar-se pela literatura sobre o continente africano, Antilhas e Caribe. Colaboradora da revista Africulturas, de 1999 a 2004, foi também uma das responsáveis da Librairie Portugaise & Brésilienne, em Paris, até 2015. Há dez anos que traduz autores de língua portuguesa como Mia Couto, Teolinda Gersão, João Ricardo Pedro e Susana Moreira Marques.

10 Out 2018

Galgos | ANIMA continua responsável pelos processos de adopção

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] ANIMA, Sociedade Protectora dos Animais, vai continuar responsável pelos processos de adopção dos cerca de 500 galgos que se encontram a cargo do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM). A decisão foi tomada ontem depois de um encontro entre o presidente do IACM, José Tavares e o presidente da ANIMA, Albano Martins, de acordo com o canal de televisão da TDM.

Uma das maiores preocupações da ANIMA prendia-se com a possibilidade dos cães ficarem retidos no território por tempo indeterminado devido ao processo judicial entre o Governo e a Yat Yuen, entidade que detinha os animais. “O IACM comprometeu-se de que isso não iria acontecer e eu também já tinha garantido que caso haja litígio, a situação se circunscreva apenas à potencial multa sem afectar os processos dos animais”, disse Albano Martins à TDM.

No entanto, a ANIMA vai continuar afastada do tratamento dos animais. Neste aspecto, o presidente da associação defende que “o IACM tem pessoal suficiente para o fazer”.

Entretanto, os galgos, que até agora tinham de ser esterilizados no território, vão poder ser submetidos à intervenção no país de destino da adopção, evitando assim mais atrasos processos de envio.

O anunciado pedido de demissão do responsável pela ANIMA mantém-se, apesar do entendimento de ontem entre a associação e o IACM.

10 Out 2018

Saúde | Centro de procriação medicamente assistida do Kiang Wu em vistoria

[dropcap style≠’circle’]T[/dropcap]ommy Lau revelou que o serviço de procriação medicamente assistida do centro hospitalar privado vai estar pronto entre o fim deste ano até ao início de 2019 e que o centro da especialidade se encontra em fase de vistoria.

De acordo com o canal chinês da Rádio Macau, Tommy Lau, presidente da Associação de Beneficência do Hospital Kiang Wu, indicou que a unidade pode entrar em funcionamento após a conclusão dos devidos procedimentos administrativos. Tommy Lau referiu ainda que o hospital vai contratar e formar mais pessoal para responder à perda de recursos humanos e que considera normal a mobilidade de pessoal médico.

O dirigente associativo adiantou que o Kiang Wu está preparado para remediar a escassez de mão-de-obra e que vai providenciar oportunidades de ascensão profissional a trabalhadores do sector médico.

10 Out 2018

Escutas | Au Kam San não pede desculpas e escreve a Chui Sai On

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] deputado Au Kam San não vai pedir desculpa pelas declarações em que acusou as forças de segurança de realizar escutas ilegais. A informação é dada numa carta dirigida ao director da Polícia Judiciária que foi também reencaminhada para o Chefe do Executivo. “Considero que é ridiculo e que não sei por que razão devo pedir desculpa”, lê-se na missiva também enviada a Chui Sai On.

Para Au, a referência a escutas ilegais foi feita devido a dúvidas que o próprio deputado tem e que considera legítimo manifestar. Como tal, o pró-democrata questiona se a restrição à manifestação das opiniões dos deputados poderá ser um limite à liberdade de expressão. “Se um deputado que levanta dúvidas pode incorrer em responsabilidade penal, o que poderá acontecer aos outros?” A questão suscitada pelo pró-democrata tem em vista a actuação de órgãos de comunicação social, analistas e até os próprios cidadãos.

Au Kam San receia que esteja em causa a política de “Um país, dois sistemas”, caso as pessoas comecem a ter medo de expressarem a sua própria opinião, “o que não deve existir em Macau”.

O caso começou com declarações de Au Kam San ao um jornal Ou Mun em que disse acreditar na prática de escutas ilegais por parte da PJ e mencionou um caso em 2009. Na altura, um homem ameaçou imolar-se pelo fogo numa esquadra de Macau. Quando chegou ao local já as forças da autoridades estavam preparadas com extintores. A PJ defendeu-se com o facto de o indivíduo ter prestado declarações à imprensa sobre o assunto e ter gritado na rua, até chegar à esquadra. Por isso, as autoridades, sob a tutela de Wong Sio Chak fez um ultimato a Au: ou pedia desculpas ou responde em tribunal.

10 Out 2018

Habitação Económica | Proposta de lei entregue em breve, afirmou Raimundo do Rosário

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] proposta de revisão à lei da habitação económica vai ser entregue brevemente na Assembleia Legislativa. A garantia foi dada pelo secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário. De acordo com o canal chinês da Rádio Macau, o governante acrescenta que a abertura de mais um processo de candidaturas a habitação económica não depende do seguimento da nova proposta.

Ou seja, se a alteração da lei a este respeito não for aprovada, a abertura de candidatura será realizada de acordo a lei actual. Raimundo do Rosário acredita que um novo processo de candidatura pode ocorrer ainda durante o actual mandato do Governo, refere a mesma fonte.

Questionado sobre a atribuição de casas económicas do Edifício do Bairro da Ilha Verde, o secretário lamentou que alguns dos projectos tenham sido adiados devido aos estragos provocados pela passagem dos tufões Hato e Mangkhut. No entanto, Rosário prevê que as obras de reparação do Edifício do Bairro da Ilha Verde estejam concluídas até ao final. O Governante garantiu também que vai instalar comportas contra inundações no auto-silo do edifício e nas zonas de paragem de autocarros.

10 Out 2018

Assembleia Legislativa | Prova dos nove na próxima terça-feira

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Assembleia Legislativa regressa na próxima terça-feira aos trabalhos, com uma agenda cheia. No total são nove os pontos da ordem do dia do plenário, o primeiro da próxima sessão legislativa.

Propostas de lei para votar na generalidade são sete. Além da relativa ao sistema de transporte de metro ligeiro e da referente ao Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), os deputados vão ainda apreciar a proposta de lei da Cibersegurança, bem como o regime legal da qualificação e inscrição para o exercício de actividade dos profissionais de saúde.

Da agenda consta ainda o diploma que prevê a actualização dos índices mínimos das pensões de aposentação e de sobrevivência; o que revoga o regime geral da actividade ‘offshore’, bem como o que determina a não vigência de leis e decretos-leis publicados entre os anos 1988 e 1999.

Espaço ainda para a apresentação por membros do Governo do relatório sobre a execução do Orçamento de 2017 e do relatório de Auditoria da Conta Geral de 2017 num plenário em que vai ser ainda submetido a votação um projecto de simples deliberação relativo à proposta do Orçamento Privativo da Assembleia Legislativa para 2019.

Após a reunião plenária,  os deputados vão ainda eleger os respectivos presidentes e secretários das sete comissões do hemiciclo, ou seja, das três permanentes, das três de acompanhamento e da de Regimento e Mandatos, de acordo com a informação disponível no portal da Assembleia Legislativa.

10 Out 2018

PIDDA | Taxa de execução atingiu 84,7% em 2017

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] taxa de execução do PIDDA (Plano de Investimentos e Despesas da Administração) atingiu 84,7 por cento em 2017, com os pagamentos efectivos a ascenderem a 12,9 mil milhões de patacas de um orçamento autorizado de 15,2 mil milhões de patacas.

Segundo o relatório sobre a execução do Orçamento de 2017, o PIDDA do ano passado é composto por 20 programas de investimento, sendo o da Ilha Artificial Fronteiriça da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau o que teve o maior orçamento autorizado e o que revelou o maior valor das despesas efectivamente pagas (3,93 mil milhões em 3,95 mil milhões), com a taxa de execução a corresponder a 99,7 por cento.

10 Out 2018

Nacho diz que o Real Madrid tem que deixar de viver no passado com Ronaldo

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] defesa Nacho Fernández afirmou hoje que o Real Madrid não pode continuar a viver no passado com Cristiano Ronaldo e que, mesmo sem o futebolista português, tem capacidade para continuar a vencer e a conquistar títulos.

“O Cristiano era muito importante para nós porque marcava 50 golos por temporada. Nós não temos a culpa que ele já não esteja cá e não podemos viver no passado. Temos que olhar para a frente com o que temos, que é um plantel muito bom e que tem capacidade para tudo”, afirmou Nacho Fernández.

Em entrevista à agência EFE, numa altura em que está a trabalhar junto da seleção espanhola, o defesa de 28 anos lembrou que, no início da temporada, quando o Real Madrid marcava golos e ganhava jogos, “ninguém se lembrava de Cristiano Ronaldo”, transferido no defesso para os italianos da Juventus.

“Ele [Cristiano Ronaldo] começou a temporada sem marcar golos na Juventus e dizia-se que por ter saído do Real Madrid já não conseguia marcar. Agora diz-se o contrário. No futebol tudo vai mudando”, considerou o internacional espanhol.

O Real Madrid, agora treinado por Julen Lopetegui, ex-técnico do FC Porto, leva uma série de quatro jogos seguidos sem vencer, incluído três derrotas, e também sem marcar qualquer golo.

“O plantel está com o treinador até à morte. Já vivemos situações bem piores, mas fomos sempre capazes de ultrapassar. Não posso garantir que, no final da época, o Real Madrid, vença todos os títulos, mas sabemos que vamos lutar por tudo até final”, frisou Nacho, que fez toda a sua carreira no clube ‘merengue”.

O defesa tem 21 internacionalizações pela Espanha e marcou o único golo com a camisola ‘roja’ no Mundial2018, no empate frente a Portugal (3-3).

9 Out 2018

Seleção portuguesa arranca preparação para Polónia com apenas 14 jogadores

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] seleção portuguesa de futebol realizou ontem o primeiro treino de preparação para os jogos com a Polónia, para a Liga das Nações A, e Escócia, de caráter particular, numa sessão com apenas 14 disponíveis.

Na Cidade do Futebol, em Oeiras, o selecionador Fernando Santos teve à disposição os guarda-redes Rui Patrício, Beto e Cláudio Ramos, os defesas João Cancelo, Kévin Rodrigues, Mário Rui e Pedro Mendes, os médios Gedson, Sérgio Oliveira, Rúben Neves e Renato Sanches e os avançados Hélder Costa, Rafa e Bruma.

Os restantes 11 atletas convocados (Pepe, Rúben Dias, Cédric, Luís Neto, Bruno Fernandes, William Carvalho, Pizzi, Danilo, Bernardo Silva, Éder e André Silva) não subiram ao relvado e ficaram no ginásio a fazer trabalho de recuperação.

Nos 15 minutos da sessão abertos aos jornalistas, os jogadores de campo disponíveis realizaram aquecimento com bola, antes de serem divididos em duas equipas para um exercício de posse de bola, enquanto os três guarda-redes trabalharam à parte com o técnico Fernando Justino.

Portugal defronta a Polónia em Chorzow, na quinta-feira, na segunda jornada do Grupo 3 da Liga das Nações A, visitando três dias depois a Escócia, para um encontro particular.

9 Out 2018

Diário inédito de Saramago revela “a loucura” de receber o Nobel, diz Pilar Del Río

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] viúva de José Saramago, Pilar del Río, disse que o último volume dos diários do escritor, ontem apresentado, revela a sua vida em 1998 e a “loucura” de receber o Prémio Nobel de Literatura.
“É a vida no ano de 1998 até 08 de outubro [data em que Saramago foi anunciado como vencedor do Prémio Nobel de Literatura], o dia como hoje [em que se comemoram 20 anos], um caderno onde ficam referenciadas viagens, conferências, encontros, preocupações, ansiedade e, a partir de 08 de outubro, a loucura do Nobel”, disse aos jornalistas Pilar del Río.

A acompanhar o lançamento do “Último Caderno de Lanzarote” no congresso, em Coimbra, que celebra os 20 anos de atribuição do Nobel da Literatura, a Porto Editora apresentou o livro “Um País Levantado em Alegria”, de Ricardo Viel, que relata “detalhes e surpresas” de como Saramago e o país viveram aquele dia, anunciou a organização.

“É um livro que explica como viveu Portugal e como Portugal cresceu naquele dia com a notícia do Nobel”, adiantou a também presidente da Fundação José Saramago.

Questionada sobre o que significava Coimbra para Saramago, Pilar del Río recordou que foi nesta cidade que o companheiro soube da morte de José Cardoso Pires – o autor de “O Delfim”, “Alexandra Alpha”, “Balada da Praia dos Cães” -, em outubro de 1998, poucos dias depois de receber o Nobel.

“Neste dia e neste momento, para mim, Coimbra chama-se José Cardoso Pires (…) Hoje Coimbra lembra-me José Cardoso Pires”, frisou Pilar del Río.

A viúva do escritor lembrou ainda que José Saramago recebeu um doutoramento ‘honoris causa’ pela Universidade de Coimbra (em 11 de julho de 2004), proposto pela Faculdade de Letras, e que teve o ensaísta Eduardo Lourenço como padrinho do doutorando.

9 Out 2018