Músicos britânicos alertam Theresa May para risco que sector corre com o ‘Brexit’

[dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]úsicos britânicos como Ed Sheeran ou Rita Ora alertaram a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, para o risco que o setor musical corre se Inglaterra sair da União Europeia sem um acordo bilateral, noticiou ontem o The Observer.

O alerta consta de uma carta enviada à chefe do Governo britânico e que é subscrita por Damon Albarn, Brian Eno, Sting, Jarvis Cocker, Simon Rattle e Paul Simon, entre outros.

A missiva foi promovida por Bob Geldof, para quem “um ‘brexit’ falido” silenciará a “vasta voz” do setor musical britânico, confinando-o a “uma jaula cultural autoerigida”.

Os subscritores da missiva assinalam que sair da União Europeia (UE) sem acordo ou com um mau acordo afetaria as vendas e os direitos de autor e restringiria as possibilidades de promover digressões ou concertos, o que representaria um prejuízo para o setor musical de perto de 4.400 milhões de libras (5.000 milhões de euros) por ano.

Segundo o jornal, Bob Geldof, ex-vocalista dos Boomtown Rats, fez circular a carta, intitulada “Rumo a uma segunda votação”, pelos seus contactos com base nos princípios defendidos por personalidades da classe política e da sociedade civil que reclamam uma segunda consulta popular para que se definam os termos do ‘brexit’ (a saída do Reino Unido da União Europeia).

8 Out 2018

Investimento chinês captado através dos vistos ‘gold’ cai 24% até Agosto e o de origem turca mais que duplica

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] investimento chinês captado através dos vistos ‘gold’ caiu 24% entre Janeiro e Agosto em termos homólogos, para 194,3 milhões de euros, enquanto o de origem turca mais que duplicou para 69,4 milhões de euros.

De acordo com os dados fornecidos pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), nos primeiros oito meses do ano foram atribuídos 348 autorizações de residência para atividade de investimento (ARI) a cidadãos de nacionalidade chinesa, num total de 194,3 milhões de euros, uma redução de 24% face a igual período de 2017.

Nos primeiros oito meses do ano passado, foram concedidos 450 vistos ‘gold’ a cidadãos de nacionalidade chinesa, num total de 256,5 milhões de euros.

A China, a par do Brasil, África do Sul, Rússia e Turquia, é uma das cinco nacionalidades com maior expressividade no âmbito da concessão de vistos ‘dourados’, como também são conhecidos estes instrumentos de captação de investimento.

O investimento turco em Portugal tem vindo a aumentar, tendo o valor mais do que duplicado (148%) nos primeiros oito meses do ano, face ao período homólogo de 2017, para 69,4 milhões de euros (129 ARI).

No caso do Brasil, até Agosto foram concedidos 108 ARI, num total de 86,7 milhões de euros, menos 41,8% que um ano antes.

O investimento proveniente de África do Sul recuou 47% para 22,8 milhões de euros, tendo sido concedidos 41 ARI.

Também o investimento oriundo da Rússia recuou até agosto – redução de 202% -, para 20,3 milhões de euros e 32 ARI.

No ano passado, o número de ARI atribuídos a cidadãos de nacionalidade russa tinha sido igual – 32 -, mas o valor do investimento superior (28 milhões de euros).

O investimento captado através dos vistos ‘gold’ subiu 33% em agosto, face a igual período de 2017, para 45,7 milhões de euros e aumentou 75% face a julho.

Em termos acumulados – desde que os vistos ‘gold’ começaram a ser atribuídos, em 08 de outubro de 2012, até agosto último –, o investimento total captado ascende a 3.967.108.844,37 euros, dos quais 370.144.760,19 euros por via da transferência de capital e 3.596.964.084,18 euros pela aquisição de bens imóveis.

Desde a criação deste instrumento, que visa a captação de investimento, foram atribuídos 6.498 ARI: dois em 2012, 494 em 2013, 1.526 em 2014, 766 em 2015, 1.414 em 2016, 1.351 em 2017 e 945 em 2018.

Em termos acumulados, foram concedidos 6.141 vistos pelo requisito da aquisição de bens imóveis, 345 por transferência de capital, e 12 pela criação de, pelo menos, 10 postos de trabalho.

A China lidera a lista de ARI atribuídas (3.936 até Agosto), seguida do Brasil (581), África do Sul (259), Turquia (236) e Rússia (227).

8 Out 2018

Obra do compositor Lopes-Graça digitalizada até junho de 2019

[dropcap style≠’circle’]T[/dropcap]odas as partituras de Fernando Lopes-Graça (1906-1994), algumas delas inéditas, estarão totalmente digitalizadas no final do primeiro semestre do próximo ano, disse à agência Lusa o presidente da Fundação D. Luís I.

Salvato Teles de Menezes é o presidente da Fundação que tutela a programação da Casa Verdades Faria-Museu da Música Portuguesa (MMP), no Monte Estoril, em Cascais, entidade à guarda da qual Lopes-Graça deixou todo o seu espólio.

“Nós prevemos que a digitalização de todas as partituras esteja concluída em junho do próximo ano, e depois cria-se um ‘link’ ao ‘site’ da Biblioteca Nacional [de Portugal], possibilitando que todas as pessoas, especialmente os investigadores, tenham acesso às partituras”, disse Salvato Teles de Menezes, em entrevista à agência Lusa.

O responsável referiu que “as partituras levantam questões, relacionadas com as diferentes versões feitas pelo próprio Lopes-Graça”, mas, garantiu que “tudo irá lá ficar”, digitalizado.

Uma das dificuldades da digitalização é facto de o compositor, quando dava por terminada uma obra, “passava a partitura em papel vegetal”.

O processo de digitalização vai ser “acelerado”, garantiu o presidente da Fundação D. Luís I, referindo que todo o investimento, “que não é particularmente oneroso… de uns milhares de euros” é da Câmara de Cascais.

Teles de Menezes revelou que o processo de digitalização das partituras começou por iniciativa do ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, que foi instado, “por várias personalidades”, para a disponibilização do material de composição de Fernando Lopes-Graça, autor de sinfonias, música de câmara, coral, para piano e harmonização de centenas de canções populares dos repertórios europeu e americano.

“O resto [do material do acervo documental de Lopes-Graça] virá a seguir”, garantiu Salvato Teles de Menezes.

O responsável sublinhou que este processo visa também “preservar a documentação, evitando o seu desgaste pelo manuseamento”.

A digitalização da obra musical disponibiliza o seu acesso e a sua transcrição em partitura “o que, do ponto de vista da revisão, pressupõe a fixação do texto original, até porque cada compositor tem uma gramática própria”, disse, por seu turno, a coordenadora do MMP, Conceição Correia.

O compositor Sérgio Azevedo, que foi aluno de Lopes-Graça, é um dos revisores da obra do compositor tomarense.

Conceição Correia realçou que, “além da edição das partituras, é essencial fazê-las circular”. Aliás, “foi uma dificuldade com a qual se debateu o próprio Lopes-Graça, tendo muitas partituras circulado em ‘helicópias’”, feitas pelo próprio compositor, que “eram as chamadas edições do Lopes-Graça”.

Em entrevista à agência Lusa, a coordenadora do MMP, Conceição Correia, realçou a vastidão do espólio do compositor, natural de Tomar, revelando que “ainda há muitos inéditos”.

“A obra é vasta e, apesar de estar toda catalogada, é ainda desconhecida na sua totalidade, e vai revelar muitas surpresas durante muitos anos”, disse a responsável.

Quanto aos inéditos, Conceição Correia disse que estes “vão surgindo através das edições e dos estudos de investigação de quem se dedica à obras de Lopes-Graça, e as põe à vista”.

Segundo a responsável, “há obras musicais que nunca foram gravadas, e outras que só tiveram uma primeira audição”, caso das mornas cabo-verdianas, que foram estreadas em 1981, nas Caldas da Rainha, pela pianista Olga Prats e cujas partituras são apresentadas no dia 08 de dezembro, na Casa Verdades de Faria-MMP, por Edward Luiz Ayres d’Abreu.

À apresentação, no âmbito do ciclo “Escutar Lopes-Graça”, que se inicia no sábado, segue-se um recital pelo pianista Duarte Pereira Martins, com um programa que inclui peças de Óscar da Silva e Eurico Thomaz de Lima, além das Mornas, de Lopes-Graça.

Conceição Correia afirmou que “o trabalho de digitalização das partituras está já em curso”, referindo que muitas composições de Lopes-Graça mantêm-se no manuscrito original, não estando editadas e muitas nem gravadas.

“Para a maioria das pessoas há uma porção da obra de Lopes-Graça que não está ainda vulgarizada”, disse Conceição Correia, realçando que tem havido um “interesse crescente pela obra” do autor do “Requiem à Memória das Vítimas do Fascismo” (1979).

“Há cada vez mais estudantes a trabalhar sobre a obra de Lopes-Graça, quer a nível nacional quer internacional”, facto que não é alheio “à atividade regular do MMP de tratamento e divulgação da obra”, nomeadamente através de um ‘site’, que “desperta interesse” e do catálogo editado em 1997, que, “pela primeira vez, deu a noção de conjunto da obra”.

Conceição Correia referiu que a obra de Lopes-Graça tem “interessado muitos estudantes brasileiros”. O compositor deslocou-se várias vezes ao Brasil, a primeira vez, em 1958, e “manteve contactos e correspondência”.

Nos Estados Unidos, a sua obra coral é tema de uma tese de doutoramento. O compositor norte-americano, diretor coral e investigador Gregory W. Brown, da Universidade da Geórgia, está a trabalhar numa tese em Artes Musicais, que se intitula “The ‘Canções Regionais Portuguesas’ of Fernando Lopes-Graça (1906-1994): Methods and significance of the adaptation of folk materials into the coral médium”.

Por outro lado, “em Portugal, aprendemos a olhar de outra forma para a música portuguesa, em que, até meados do século passado, se menosprezava um pouco o repertório nacional”, e daí “uma maior procura por um dos nossos compositores de excelência”.

A edição de partituras “é vital”, sublinhou Conceição Correia, que apelou à colaboração da sociedade civil, “através de parcerias e apoios”.

Além das partituras, o MMP projeta digitalizar também os vários ensaios, textos e críticas de autoria de Lopes-Graça, além do material que o compositor guardou sobre referências escritas às suas peças.

8 Out 2018

Ministério da Cultura espanhol prepara dupla homenagem a Montserrat Caballé em Madrid e Barcelona

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Ministério da Cultura espanhol propôs à família de Montserrat Caballé a celebração em Madrid e Barcelona de uma dupla homenagem à soprano, que morreu no sábado aos 85 anos.

O ministro da Cultura, José Guirao, tomou esta iniciativa junto da família da estrela de ópera durante sua visita ao local onde o corpo da cantora se encontra em câmara ardente.

Depois de cumprimentar e conversar com a família durante 45 minutos, Guirao disse, em declarações aos jornalistas, que a filha de Caballé, Montserrat Martí, foi recetiva à proposta de a sua mãe ser objeto de uma dupla homenagem.

Em princípio, a homenagem poderia ser realizada no Gran Teatre del Liceu, em Barcelona, e no Teatro de la Zarzuela ou no Teatro Real, em Madrid.

Destacando a importância da figura de Caballé, descrevendo-a como “uma mulher única e uma voz perfeita”, Guirao disse que “tem sido emocionante ver nestas últimas horas como os grandes teatros em todo o mundo e os meios de comunicação internacionais se lembraram dela “.

Montserrat Caballé morreu na madrugada de sábado, no Hospital de Sant Pau, em Barcelona, e o funeral realiza-se, na segunda-feira, às 12:00, para o cemitério de Barcelona.

8 Out 2018

Atestados falsos | Serviços de Saúde sem denúncias

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s Serviços de Saúde indicaram não ter recebido denúncias sobre os casos recentemente descobertos pela Polícia Judiciária (PJ) de emissão de atestados falsos por farmácias (ocidentais e chinesas) com o objectivo de defraudar companhias de seguros.

Em comunicado, o organismo diz estar atento e adverte que, além da responsabilidade criminal em que incorre o proprietário ou o pessoal administrativo, essas práticas podem resultar no cancelamento da licença do estabelecimento. Em comunicado, os Serviços de Saúde alertam ainda que os utentes que utilizam atestados ou certificados médicos falsos também incorrem na prática de crime.

8 Out 2018

IPM | Alunos de português aumentam 66,7 por cento

Han Lili, nova directora da Escola Superior de Línguas e Tradução do Instituto Politécnico de Macau, destaca o aumento do número de alunos na licenciatura em português, apesar de continuar a não dar resposta à procura de quadros qualificados. Neste ano lectivo, os estudantes de português são já cerca de 500

 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] número de alunos de português no Instituto Politécnico de Macau (IPM) cresceu 66,7 por cento em três anos, um aumento que, mesmo assim, não consegue responder à procura, indicam números daquele organismo avançados à Lusa.

“Podemos ver esta tendência”, de crescimento, afirmou à Lusa a nova directora da Escola Superior de Línguas e Tradução (ESLT) do IPM, Han Lili, apontando para a necessidade de mais “cursos de português que possibilitem o aprofundamento dos conhecimentos da língua e da cultura dos países de expressão portuguesa”.

De acordo com os dados disponibilizados à Lusa, no ano lectivo 2016/2017 cerca de 300 alunos estavam a aprender português naquele instituto. Em 2017/2018 o número subiu para 350 devido ao “arranque do novo Curso de Licenciatura em Português e mais uma turma de licenciatura em tradução chinês-português”, disse a responsável. Neste ano lectivo, os estudantes de português são já cerca de 500.

Han Lili, que assumiu as novas funções no dia 16 de Agosto, explicou que uma das principais razões para o crescimento do número de estudantes de português neste ano lectivo tem que ver “com o arranque do novo curso de licenciatura em ensino de língua chinesa como língua estrangeira”.

O número de vagas disponíveis por ano para os cursos de português aumentou 50 por cento face aos últimos dois anos, em comparação com o ano lectivo de 2016/2017. Este ano havia 150 vagas para 800 candidaturas.

“Para ir ao encontro da procura cada vez maior dos talentos bilingues (chinês-português) qualificados pelo mercado, o IPM tem disponibilizado uma oferta diversificada dos cursos associados à aprendizagem de português”, argumentou a directora da ESLT.

Han Lili afirmou ainda que têm sido criados novos cursos, “nomeadamente o curso de relações comerciais China-Países lusófonos, curso de licenciatura em ensino de língua chinesa como língua estrangeira e o curso de português”.

“O curso centenário de tradução chinês/português do IPM continua a ser o curso com mais candidaturas”, assumiu. Esta escola “é uma família de verdadeira convivência cultural, com professores e alunos de diferentes origens culturais e linguísticas”, apontou.

Aposta nos PALOP

Os alunos dos países de língua portuguesa que estão a aprender chinês no IPM também registou um crescimento exponencial: aumentou cerca de três vezes em tantos anos.

“A partir do ano lectivo 2016/2017 começamos a recrutar alunos dos países de língua portuguesa de Cabo Verde, Angola, Moçambique, Portugal e Brasil, que vêm estudar chinês”, explicou a responsável.

Em 2016/2017 havia 23 alunos lusófonos a estudar chinês. No ano lectivo que começou em Setembro deste ano esse número aumentou para 70.

“Actualmente, temos três turmas. Está previsto, no plano de estudo, um ano de intercâmbio em Pequim, para aperfeiçoar a sua proficiência em chinês”, disse.

Ao número de alunos lusófonos a aprender chinês que frequentam o ESLT acresce-se todos os anos mais 25 alunos, uma turma do curso de tradução chinês-português do Instituto Politécnico de Leiria (IPL). “São alunos em mobilidade que vêm principalmente aperfeiçoar o chinês e as competências de tradução e interpretação”, explicou Han Lili.

A directora da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS) do Instituto Politécnico de Leiria, Sandrina Milhano, enfatizou a importância desta “oportunidade absolutamente única” para os alunos do IPL, que durante “dois anos têm contacto com a língua e com a cultura chinesa”, uma mais valia para “entenderem não só a tradução, mas também a interpretação”.

“Os alunos fazem dois anos em Portugal e dois anos na China”, um em Macau no IPM e outro na Universidade de Língua e Cultura de Pequim, explicou à Lusa Sandrina Milhano, afirmando ainda que estas parcerias envolvem reciprocidade. Cerca de 35 alunos do IPM estão a estudar este ano no IPL.

A parceria não se estende somente aos alunos, há também intercâmbio de professores que vão ensinar para os diferentes institutos. “Há o envio de professores de Macau para Leiria e de Leira para Macau e também de Pequim”, disse.

Sandrina Milhano acrescentou que existe “um conjunto de protocolos estabelecidos que já remontam há cerca de 13 anos”, entre o IPL e o IPM, como por exemplo a publicação de artigos e manuais escolares em conjunto.

Também Han Lili defendeu, como uma das suas principais apostas, a elaboração de “manuais que se destinam aos estudantes estrangeiros na aprendizagem de chinês, bem como manuais em relação a tradução e interpretação”.

Por fim, Sandrina Milhano apontou que a procura do curso de tradução no IPL tem aumentado. Este ano cerca de 116 pessoas tentaram entrar no curso, em 1.ª fase, mas só 25 é que conseguiram.

8 Out 2018

Diplomacia | Pompeo diz que houve “progressos” com Pyongyang

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]O chefe da diplomacia norte-americana, Mike Pompeo, disse ontem que houve “progressos” na reunião que teve com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, em Pyongyang, para acelerar a desnuclearização.

Mike Pompeo falava já em Seul, no âmbito de uma visita que está a realizar à Ásia e que deverá, igualmente, levá-lo ao Japão e à China.

“Fizemos uma boa viagem para Pyongyang para nos encontramos com o presidente Kim”, declarou Mike Pompeo na rede social Twitter, depois de se ter encontrado com o líder norte-coreano durante quase duas horas.

“Continuamos a progredir em relação aos acordos obtidos na cimeira de Singapura, em Junho último, entre Kim Jong Un e o presidente norte-americano, Donald Trump”, acrescentou, agradecendo depois ao dirigente por o terem recebido, bem como à sua equipa.

Esta é a quarta viagem do secretário de Estado norte-americano à Coreia do Norte enquanto parece tomar forma um acordo entre os dois países.

Ao falar para o chefe da diplomacia norte-americana, através de um intérprete, Kim Jong Un disse ter-se tratado de “um bom encontro”, segundo escreve a agência de notícias AFP.

“Tratou-se de um bom encontro que promete um bom futuro (…) para os dois países”, frisou.

Pontos de vista

Numa visita anterior, realizada em Julho, Mike Pompeo também considerara ter havido progressos nas negociações com a Coreia do Norte, em contraste com as declarações de Pyongyang, que denunciou os “métodos criminosos” dos norte-americanos, acusando-os de exigirem o desarmamento unilateral da Coreia do Norte sem qualquer concessão.

Também um responsável norte-americano considerou a visita de ontem melhor do que a última, não deixando, porém, de referir que “o caminho ainda será longo”.

Sem que se conhecesse o conteúdo das reuniões, Mike Pompeo referira, na sua conta no Twitter, que visava “honrar os compromissos” assumidos anteriormente pelos dirigentes dos dois países.

No avião para Tóquio, Mike Pompeo explicara aos jornalistas que o objetivo do encontro era “construir confiança suficiente” para a Coreia do Norte avançar em direção à paz.

“E também organizaremos a próxima reunião”, referiu, defendendo a necessidade de desenvolver esforços no sentido de fixarem data e local para o próximo encontro.

Até ao momento, nenhum Presidente norte-americano visitou a Coreia do Norte, um país que, segundo os defensores dos Direitos Humanos, continua a ser um dos mais repressivos do mundo.

Donald Trump cancelou uma visita do chefe da diplomacia dos EUA a Pyongyang por ter considerado os progressos nas negociações insuficientes, mas, em Setembro, afirmou ter-se “apaixonado” pelo dirigente norte-coreano.

Washington e Pyongyang mantiveram a importância do acordo de Singapura, enquanto os Estados Unidos defendem a manutenção das sanções se a Coreia não proceder à “desnuclearização total e completamente verificada”.

A visita do diplomata norte-americano a Tóquio no sábado visava tranquilizar o aliado japonês e incluí-lo no processo de negociações.

O Japão defende que a Coreia do Norte seja tratada de forma dura e insiste na continuação da pressão sobre este país, embora, em Setembro, o primeiro-ministro japonês tenha mostrado abertura para se encontrar com Kim Jong-un.

8 Out 2018

CTCC | Rodolfo Ávila leva pontos de Wuhan

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]pesar dos precalços, o piloto português de Macau, Rodolfo Ávila, concluiu a corrida do circuito citadino de Wuhan em 6º lugar. Segue agora para o Circuito de Xangai Tianma no final do mês
 

Depois de ter conquistado a pole-position nas duas provas anteriores, em Xangai Tianma e Ningbo, Ávila voltou a segurar, em Wuhan, um lugar na primeira linha da grelha de partida, tendo apenas sido superado na qualificação que determinou a ordem de partida para a corrida de sábado pelo tri-campeão do Campeonato Britânico de Carros de Turismo (BTCC), o inglês Colin Turkington. 

Contudo, na tarde de sábado, no momento do arranque, o trabalho do português na qualificação ficou comprometido ao perder posições nos primeiros metros da corrida. “Tanto eu, como o Colin, tivemos problemas no arranque e fomos ultrapassados pelos carros que partiram atrás de nós. Depois um KIA tocou-me logo na primeira volta. Como já não bastasse, na segunda volta, outro KIA acertou-me na traseira e ambos fomos obrigados a desistir. O piloto pediu-me desculpa, mas o mal já estava feito e fiquei desiludido por terminar assim uma corrida em que sabia que tinha andamento para terminar nos lugares do pódio”, explicou o piloto em comunicado.

De trás para a frente

Para a segunda corrida do fim-de-semana, Rodolfo Ávila largou da 15ª posição da grelha de partida e, a exemplo do que tem acontecido por diversas vezes esta temporada, fez uma corrida de trás para a frente. “Sobrevivendo às agressivas lutas do meio do pelotão, o piloto português de Macau aproveitou todas as oportunidades para subir lugares acabando por ver a bandeira de xadrez na sexta posição”, aponta a mesma fonte.

“Consegui passar vários adversários logo na primeira volta, aproveitei alguns toques entre pilotos para ganhar posições. Podia ter arriscado mais no final da corrida e talvez acabar em quinto, mas não quis arriscar mais e não acabar a corrida. A prioridade da equipa não é a classificação de pilotos, mas sim a classificação de construtores, portanto, depois do que aconteceu no sábado, terminar esta corrida era o mais importante para mim”, concluiu Ávila que ocupa a quinta posição no Campeonato de Pilotos.

Quando ainda faltam disputar dois eventos até ao final da temporada de 2018 do Campeonato da China de Carros de Turismo, as corridas regressam no fim-de-semana de 27 e 28 de Outubro, com uma jornada dupla no Circuito de Xangai Tianma.

8 Out 2018

Hotel Estoril | Scott Chiang não vai recorrer da decisão do TJB

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] activista Scott Chiang não vai apresentar recurso da decisão do Tribunal Judicial de Base (TJB) que o condenou ao pagamento de uma multa no valor de três mil patacas pelo crime de introdução em lugar vedado ao público.

O processo refere-se a uma manifestação em que Chiang e Alin Lam colocaram uma faixa no interior do Hotel Estoril. Scott Chiang adiantou à Rádio Macau que não irá contestar a decisão judicial, apesar de ter admitido que a acusação não tinha fundamento e que estaria a ser usada como retaliação política e para “reprimir vozes indesejadas”.

8 Out 2018

Imprensa | Hong Kong à defesa por recusar renovar visto a jornalista

[dropcap style≠’circle’]V[/dropcap] ictor Mallet, de 58 anos, e vice-presidente do Clube de Correspondentes Estrangeiros em Hong Kong, que acolheu uma palestra  de  Andy Chan, activista pró-independência do território, viu negada a renovação do seu visto. Representantes americanos e britânicos criticam em uníssono a decisão. O Governo local defende-se alegando que ninguém pode interferir nas resoluções das autoridades da RAEHK

O Governo de Hong Kong defendeu-se ontem das críticas recebidas por parte do Reino Unido e dos EUA depois das autoridades do território terem recusado renovar o visto de trabalho de um jornalista do Financial Times.

“Nenhum país estrangeiro tem o direito de interferir nas decisões tomadas pelo Governo da Região Administrativa Especial de Hong Kong sobre questões de vistos”, afirmaram as autoridades, citadas pela agência de notícias estatal Xinhua.

Hong Kong respondeu assim às críticas dos Reino Unido e dos EUA, que exigiram “explicações urgentes” às autoridades daquele território.

“Pedimos ao governo de Hong Kong que dê uma explicação urgente”, apontou o Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico, em comunicado, no sábado.

“O alto grau de autonomia e liberdade de imprensa de Hong Kong está no centro do seu estilo de vida e deve ser plenamente respeitado”, acrescentaram as autoridades.

O consulado dos Estados Unidos em Hong Kong descreveu a medida tomada contra o jornalista Victor Mallet como “particularmente preocupante”.

O Financial Times revelou na sexta-feira que Hong Kong recusou renovar o visto de trabalho a Victor Mallet, que realizou, em Agosto, uma palestra de um activista pró-independência daquele território.

Clube de combate

Mallet, um experiente jornalista que assumiu a vice-presidência Clube de Correspondentes Estrangeiros em Hong Kong (FCC, sigla em inglês), desencadeou forte controvérsia com o antigo chefe do Executivo da região administrativa especial chinesa Leung Chun-ying depois de o clube ter decidido organizar uma palestra com Andy Chan, líder do Partido Nacional de Hong Kong, pró-independência.

O FCC recusou ceder ao pedido do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês de cancelar a palestra, reiterando como prioridade a defesa da liberdade de expressão.

Este pedido, o primeiro deste tipo desde 1997, data da transferência de soberania do Reino Unido para a China e surge numa altura em que Pequim continua a reforçar o domínio sobre Hong Kong que, ao abrigo da lei básica local, goza de liberdade de expressão e poder judicial independente.

O partido foi ilegalizado a 24 de Setembro passado, numa decisão sem precedentes anunciada pelo secretário para a Segurança, John Lee Ka-chiu.

Victor Mallet, de 58 anos, é jornalista há mais de três décadas na Ásia, Europa, Médio Oriente e África.

8 Out 2018

Angola | PR na China a negociar empréstimos de 10 mil milhões  de euros

[dropcap style≠’circle’]J[/dropcap] oão Lourenço regressa a Pequim para negociar um pacote de novos empréstimos que visam financiar projectos que vão do novo Aeroporto, à marginal de Corimba, em Luanda, ou ainda a construção da base da Academia Naval, em Kalunga

O Presidente angolano, João Lourenço, efectua esta terça e quarta-feira uma visita de Estado à China, onde esteve há cerca de mês e meio, enquanto tenta fechar empréstimos de Pequim avaliados em cerca de 10.000 milhões de euros.

O montante em negociação junto de parceiros internacionais (China e Europa), segundo noticiou a Lusa em Maio último, citando fonte governamental, poderá ascender a de 16.500 milhões de euros em linhas de financiamento para projectos no país. Contudo, a maior parte será oriunda de instituições bancárias chinesas.

Cerca de 40 dias depois de ter participado, em Pequim, na terceira cimeira do Fórum de Cooperação China-África, João Lourenço regressa assim ao país, enquanto tenta chegar a um acordo nas negociações que decorrem há vários meses.

A 1 deste mês, fonte da Casa Civil do Presidente da República angolano adiantou que João Lourenço será acompanhado pelo ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto, e pelo Governador do Banco Nacional de Angola, José de Lima Massano.

Em Pequim, acrescentou a fonte, o Presidente angolano será recebido pelo homólogo da China, com quem esteve reunido a 4 de Setembro passado, à margem da cimeira, em que manifestou a Xi Jinping o desejo de ver aumentado o investimento direto de empresas chinesas na produção de bens de amplo consumo.

Em Setembro, durante a estada em Pequim, o Presidente angolano adiantou que o investimento pode ser feito através do estabelecimento de parcerias “mutuamente vantajosas” com empresários angolanos, na partilha de tecnologia e de conhecimento científico e na formação de quadros angolanos.

Para assegurar o êxito dos programas bilaterais de cooperação, o chefe de Estado angolano defendeu o estabelecimento de “mecanismos práticos que possibilitem o acesso aos recursos financeiros necessários para o sucesso das medidas de políticas estabelecidas pelas nações africanas”.

João Lourenço considerou também “necessário” que as instituições bancárias africanas e da China desempenhem um papel importante, “com o objectivo de tornarem real a vontade política de ambos os lados” em proporcionar os recursos e desenvolver projetos que garantam um desenvolvimento que se revele “mutuamente vantajoso”.

Durante a visita de João Lourenço, porém, não foi possível concluírem-se as negociações para a definição de um quadro geral de cooperação financeira bilateral, que ficaram então adiadas para fins de Setembro e, agora, para a visita do Presidente angolano.

“É possível que este acordo (sobre a definição do quadro geral de cooperação financeira) seja assinado na China ainda este ano”, disse então Manuel Augusto, salientando que Pequim está disposta a financiar projectos em África, mas uma das contrapartidas é a transparência nos países que queiram concorrer a esse financiamento.

Obras gerais

A Lusa noticiou em Maio último que o Governo angolano está a negociar mais de 16.500 milhões de euros em linhas de financiamento internacionais para projectos no país, a maior parte junto de instituições da China.

De acordo com informação do Governo angolano enviada na altura a investidores internacionais, Angola está actualmente a negociar “várias novas facilidades de crédito”, algumas das quais em fase avançada de negociação.

É o caso de uma linha de financiamento em negociação com os chineses do ICBC (Banco Industrial e Comercial da China), para projetos de infraestrutura em Angola, avaliados em 11.700 milhões de dólares.

Tendo ainda o ICBC como angariador, agente e credor original, o Governo angolano, lê-se no documento, está “em vias de celebrar um contrato de empréstimo” de 1.281,9 milhões de dólares, para financiar até 85% do preço do contrato para a concepção, construção e fornecimento de equipamentos do Novo Aeroporto Internacional de Luanda, em construção por empresas chinesas nos arredores da capital.

Este empréstimo será por um período de 15 anos e inclui um período inicial de carência de 18 meses, durante o qual Angola não é obrigada a reembolsar o montante principal do empréstimo.

Através do banco estatal chinês que apoia as importações e exportações do país (China EximBank), Angola está a negociar um financiamento para a construção da marginal de Corimba, em Luanda, de 690,2 milhões de dólares, para o sistema de transporte de eletricidade da barragem de Lauchimo, por 760,4 milhões de dólares, e para a construção da base da Academia Naval, em Kalunga, Porto Amboim, no valor de 1.100 milhões de dólares.

Só entre 2013 e final de 2017, dados do Governo angolano indicam que a dívida total de Angola à China – bilateral e aos bancos comerciais chineses – passou de 4.700 milhões de dólares para 21.500 milhões de dólares, equivalente a mais de 60% de toda a dívida contraída externamente pelo país.

Ainda sem estes acordos de financiamento fechados, o Governo angolano estima fechar 2018 com um endividamento público de 77.300 milhões de dólares, equivalente a 70,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do país para este ano, excluindo a dívida da petrolífera estatal Sonangol.

8 Out 2018

Brasil/Eleições: Resultado final dá 46% dos votos a Bolsonaro e 29% para Haddad

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) irão defrontar-se na segunda volta das eleições presidenciais brasileiras no dia 28 deste mês, tendo cada um obtido 46% e 29% dos votos, respectivamente.

Com 99% das secções de voto apuradas, Jair Bolsonaro conquistou o voto de cerca de 49 milhões de brasileiros, seguido por Haddad que chegou perto dos 30 milhões, segundo os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que começaram a ser divulgados às 19h00.

Ainda de acordo com os dados praticamente finais do TSE, em terceiro lugar ficou o candidato Ciro Gomes (PDT) com 12% dos votos válidos do eleitorado, o que correspondeu a cerca de 13 milhões de votos.

Como nenhum candidato atingiu na votação deste domingo a marca de 50% dos votos válidos, o próximo Presidente da República do Brasil será eleito na segunda volta, a decorrer dentro de três semanas, a 28 de outubro.

Os últimos números foram divulgados perto das 22:15 (02:15 em Lisboa) e confirmaram a disputa final entre Jair Bolsonaro, o candidato da extrema-direita brasileira, e Fernando Haddad, que substituiu Lula da Silva na liderança da candidatura do PT (esquerda).

Neste domingo, 147 milhões de brasileiros foram às urnas para escolher um novo Presidente, membros do Parlamento (Câmara dos Deputados e Senado), além de governadores e legisladores regionais em todo o país.

Bolsonaro apela aos eleitores para não darem um “passo à esquerda” perante o “caos”

Jair Bolsonaro afirmou que o Brasil está à beira do caos, apelando aos eleitores para não darem um “passo à esquerda”, numa referência a Fernando Haddad, seu opositor na segunda volta da corrida presidencial.

“O nosso país está à beira do caos, não podemos dar mais um passo à esquerda, o nosso passo agora é de centro-direita”, afirmou Jair Bolsonaro, numa mensagem na rede social Facebook, discurso menos agressivo do que o habitual, com referências às minorias sexuais, mulheres e moradores do país que costumam votar PT, como é o caso do Nordeste do país.

Agora, para a segunda volta, a 28 de outubro, “temos que unir os cacos que nos fez o governo da esquerda no passado, botando de um lado negros e brancos, jogando nordestinos contra sulistas, pais contra filhos, até mesmo quem tem opção sexual homo contra heteros”, acrescentou o candidato, que venceu a primeira volta da corrida eleitoral, disputada este domingo.

“Vamos colocar um ponto final nos activismos” e “desregulamentar muita coisa, desonerar a folha de pagamento” dos salários, afirmou Bolsonaro, num discurso de 15 minutos, em que elencou o poder económico do PT, que diz ter “bilhões para gastar” e o “controlo social” dos ‘media’ brasileiros.

“O que está em jogo é a nossa liberdade, é a manutenção da operação ‘Lava Jato’”, numa referência ao processo judicial que colocou na prisão Lula da Silva, antigo Presidente brasileiro, dirigente histórico do PT e primeira escolha do partido para estas eleições presidenciais.

“O nosso juiz Sérgio Moro não vai ser jogado na lata do lixo”, afirmou, acrescentando, sobre a corrupção no Brasil: “Vamos reduzi-la o máximo possível”.

Haddad diz que pacto constitucional está em causa na segunda volta

O candidato do Partido dos Trabalhadores (PT, esquerda), Fernando Haddad, afirmou que na segunda volta das presidenciais brasileiras está em causa o pacto constitucional de 1988, que assinalou a normalização democrática do país.

Dentro de três semanas, na segunda volta, em que irá enfrentar o candidato populista de extrema-direita Jair Bolsonaro, Haddad considera que “há muita coisa em jogo, o próprio pacto da constituinte de 88 está hoje em jogo”.

“Vamos ser vitoriosos no segundo turno”, afirmou Fernando Haddad, admitindo que esta é uma “eleição muito diferente de todas” as anteriores.

Agora, “muito respeitosamente nós vamos para o campo democrático com uma única arma: o argumento”, disse Haddad, esperando que o seu opositor esteja disponível para debater, numa referência ao facto de Bolsonaro ter recusado participar no último debate televisivo.

“Não vou abrir mão dos meus valores” e o “segundo turno é uma oportunidade de ouro para discutir frente a frente”, afirmou.

Marina Silva e Geraldo Alckmin avaliam apoios para segunda volta

Os candidatos da Rede, Marina Silva, e do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Geraldo Alckmin, à primeira volta das presidenciais brasileiras anunciam em breve as suas posições face à segunda volta, marcada para 28 de outubro.

Marina Silva, que partiu como uma das principais candidatas e acabou em nono lugar na primeira volta das presidenciais, disse no seu discurso após a divulgação dos resultados que ainda irá conversar com membros da Rede sobre qual a posição a adotar na segunda volta.

Já o candidato do PSDB (centro-direita) Geraldo Alckmin, que ficou em quarto lugar na primeira volta das presidenciais brasileiras, realizadas estes domingo, remeteu hoje para terça-feira uma decisão de apoio na segunda volta, que será disputada entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT).

“A executiva nacional em Brasília” do PSDB já foi agendada para terça-feira, onde será feita uma “avaliação do processo eleitoral e tomada uma posição quanto ao segundo turno”, afirmou.

A nossa convicção na essência do regime democrática não tem poder que não seja legitimado pelo voto e pela expressão popular”, acrescentou, mostrando ter uma “fé inquebrantável no Braisl, esse país maravilhoso”.

A candidata da Rede, Marina Silva (Rede) afirmou ainda que estará na oposição independentemente de quem seja o vencedor.

“Independentemente de quem seja o vencedor, nós estaremos na oposição. O Brasil vai precisar de uma oposição democrática. Podemos assegurar: estaremos na oposição porque é a única forma de quebrar o ciclo vicioso”, declarou.

Surpresas para governadores em São Paulo, Rio e Minas Gerais

Mudanças de última hora marcaram as eleições para os governos dos estados mais populosos do Brasil – São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro – que terão na segunda volta candidatos que não eram considerados favoritos.

Em São Paulo, a disputa será entre o candidato João Dória do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) que teve 31,7% dos votos válidos e o candidato Márcio França do Partido Socialista Brasileiro, que obteve 21,53%.

França venceu uma das corridas mais apertadas destas eleições, superando o candidato Paulo Skaff do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), derrotado com 21,09% dos votos que apareceu em segundo lugar em todas as sondagens de intenção de voto antes das eleições.

No Rio de Janeiro o juiz Wilson Witzel do Partido Social Cristão (PSC) foi a grande surpresa da eleição regional.

Com uma campanha voltada para a crítica dos problemas de segurança pública do Rio de Janeiro e o apoio do presidenciável Jair Bolsonaro, Wilson Witzel chegou em primeiro lugar com 41,2% dos votos e superou o candidato que liderava as sondagens, o ex-prefeito da capital ‘carioca’ Eduardo Paes, do Democratas, que chegou à segunda volta com apenas 19,5% dos votos.

Em Minas Gerais, o PT foi afastado da liderança do governo estadual. O empresário Romeu Zema, do Partido Novo, que se candidatou pela primeira vez, liderou a votação com 42% dos votos contra Antonio Anastasia do PSDB, que aparecia na dianteira de todas as sondagens, obtendo 29% dos votos.

Também haverá uma segunda volta nos estados brasileiros do Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Sergipe, Amazonas, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Pará, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Sergipe.

Nas eleições de domingo, treze governadores regionais dos 27 estados brasileiros foram eleitos na primeira volta.

No estado do Acre foi eleito governador Gladson Cameli (Partido Progressista, PP), em Alagoas Renan Filho (MDB), no Paraná Ratinho Junior (Partido Social Democrático, PSD) e no Espírito Santo Renan Casagrande (PSB).

O novo governador de Goiás será Ronaldo Caiado do Democratas, em Mato Grosso está eleito Mauro Mendes também do Democratas, na Paraíba João Azevedo do PSB e no Tocantins Mauro Carlesse do Partido Humanista da Solidariedade (PHS).

Rui Costa do Partido dos Trabalhadores (PT) irá governar por mais quatro anos o estado da Bahia, Camilo Santana do PT foi reeleito no Ceará, Flavio Dino do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) foi reeleito no Maranhão, o governador do Piauí Wellington Dias (PT) acabou por ser reeleito, assim como o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB).

8 Out 2018

China é a melhor parceira que Angola pode ter nesta fase, diz economista 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] economista angolano Manuel Alves da Rocha defende que a China, na atual fase de crise económica em Angola, é o “melhor parceiro que o país pode ter”, por não seguir os condicionalismos económicos impostos, por exemplo, pela Europa.

Numa entrevista à agência Lusa, em Luanda, o também investigador e professor da Universidade Católica de Angola, de 71 anos, salientou que a cooperação com o Ocidente, nomeadamente financeira, foi sempre toldada por condicionalismos do ponto de vista político, aspetos que, realçou, “a China não coloca”.

“Tenho tido uma apreciação relativamente crítica sobre a ligação à China. Mas, nesta fase, não só para Angola, mas também para África – a China tem muito dinheiro, sobretudo nas linhas de crédito, nos financiamentos e, eventualmente, no investimento privado chinês em Angola – é a melhor parceira que Angola pode ter”, disse.

“Há condicionalismos que muitos países europeus colocam nas linhas de crédito e nos financiamentos que concedem. São sempre com alguma condicionalidade política: Há uns resultados preliminares da estratégia de João Lourenço nos domínios da transparência e do combate à corrupção e isso pode ser bom”, acrescentou o também diretor do Centro de Estudos e Investigação Científica (CEIC) da Universidade Católica, orgão criado em 2002.

Alves da Rocha lembrou que a China é o maior credor de Angola e que, atualmente, tem em cima da mesa a negociação de mais uma linha de crédito – que ronda os 10 mil milhões de euros -, razão que leva, de novo, o Presidente angolano, João Lourenço, a Pequim, depois da presença em setembro na terceira cimeira do Fórum de Cooperação China-África.

O economista angolano, no entanto, não isenta de críticas a cooperação financeira chinesa e muito menos a definição, escolha e implementação de projetos financiados pela linha de crédito da China, “que não tem sido a melhor”.

“Temos problemas em várias vias rodoviárias, construídas com base nos créditos da China, que já estão a ser reconstruídas seis, sete ou oito anos depois, quando estas infraestruturas têm uma vida económica média útil de 20, 25 ou 30 anos. Significa que estamos a duplicar investimentos públicos, estamos a diminuir a sua rendibilidade económica e social e a criar mais dívida, a aumentar a dívida externa do país”, criticou.

Para Alves da Rocha, porém, a “culpa” é também de Angola, que não fez uma fiscalização correta, permitindo que a escolha das empresas que devem executar as obras seja feita pela China – “temos obras chinesas de fraca qualidade, mas temos obras chinesas de elevada qualidade”.

“Tem de haver aqui um espaço de negociação para tornar os financiamentos chineses mais úteis e, do ponto de vista económico, mais rentáveis”, sugeriu, lembrando que o Governo do Presidente angolano tem, pelo meio, “muitos desafios” pela frente.

Questionado pela Lusa sobre quais os principais desafios, Alves da Rocha salientou três, que passam por questões políticas, económicas e financeiras.

“Tem, em primeiro lugar, uma questão política. Não sei se a sua eleição política, com a sua eleição para a liderança do MPLA [Movimento Popular de Libertação de Angola, no Congresso Extraordinário, a 08 de setembro], acabará por organizar um partido mais unido e unificado, de modo a que tenha uma participação na condução dos destinos do país”, referiu.

Como segundo desafio, acrescentou, João Lourenço tem um problema económico -“não vejo como vai ser ultrapassado” -, uma vez que Angola vive, desde 2009, problemas de consolidação do crescimento económico.

“2009 foi o início de um período em que a dinâmica de crescimento de Angola diminuiu significativamente, comparado com o período que se costuma chamar a ‘mini idade de ouro do crescimento económico de Angola’ e, consultando o Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN – 2018/2022), tenho algumas reservas sobre se de facto se será o instrumento ou abordagem para se ultrapassar os problemas económicos”, questionou.

“O PDN conta com nove eixos estratégicos de desenvolvimento, em que cada eixo tem uma série de políticas para serem executadas. Cada política tem uma série de objetivos e há um conjunto variado de ações, ou seja, trata-se de um PDN cujos resultados ficam quem das nossas expectativas. Tanta política, tantos eixos estratégicos para, no fim, para Angola rubricar uma taxa média anual do crescimento do PIB até 2022 de 3%”, criticou.

Sublinhando desconhecer “quanto vai tudo custar”, Alves da Rocha lembrou que a implementação de um plano “tem custos diretos para o governo e custos de oportunidade para a economia”.

Em terceiro lugar há o problema financeiro, pois Angola “está com dificuldades financeiras a vários níveis”.

“O país, a própria economia, tem problemas de divisas, as finanças públicas têm problemas de receitas. Apesar do preço do petróleo estar a aumentar, há aqui um problema de ligação às quantidades produzidas. Pode ser que esta situação se venha a alterar a partir de 2020 ou 2021, quando os engulhos sobre a produção serão resolvidos. Mas, até lá, o problema permanece. Temos tentado resolver o problema financeiro, o problema dos défices, através de empréstimos, nomeadamente externos, desta maneira”, disse.

“São muitos desafios, mas creio que João Lourenço contará, não sei se durante todo o tempo da sua legislatura, com o apoio do partido e o apoio das organizações da sociedade civil, que veem João Lourenço como uma esperança de mudança, de colocar o país nos trilhos corretos”, concluiu.

Natural de Malanje, onde nasceu a 26 de agosto de 1957, Manuel José Alves da Rocha é professor Associado da Universidade Católica de Angola, onde leciona as cadeiras de Finanças Públicas e Integração Económica.

Alves da Rocha é escritor assíduo de artigos de opinião em alguns órgãos de comunicação social angolanos e estrangeiros e autor de cerca de duas dezenas de livros sobre a temática direta ou indiretamente associada à vida económica em Angola.

O economista é ainda membro da Academia de Ciências de Lisboa (Académico Correspondente), da Sociedade de Geografia de Lisboa, do Senado da Universidade Católica de Angola, da Ordem dos Economistas Portugueses, da Associação Angolana de Economistas, da Canadian Association of African Studies (desde 1998), entre outros.

7 Out 2018

Eleições/Brasil: Total de 147 milhões de eleitores decidem hoje futuro do Brasil

[dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m total de 147,3 milhões de brasileiros são chamados este domingo a votar nas eleições em que estarão em disputa o cargo de Presidente mas também representantes no parlamento (Câmara dos Deputados e Senado) e nos governos regionais.

As urnas serão abertas pelas 08h00 (12h00 em Lisboa) e têm o seu encerramento previsto para as 17h00 de cada fuso horário. As últimas urnas electrónicas a fechar serão no Estado do Acre, 21h00 em Lisboa.

Se houver uma falha na urna eletrónica e na impossibilidade de substituição por outra do mesmo tipo, será utilizado o sistema tradicional de voto de boletim em urna.

Jair Bolsonaro, candidato do Partido Social Liberal (PSL) é quem lidera, de acordo com as últimas sondagens, a corrida às presidenciais, com 35% das intenções de voto dos brasileiros, contra 22% do segundo colocado, Fernando Haddad, que encabeça o Partido dos Trabalhadores (PT).

Esta é já considerada uma das eleições mais atípicas das últimas décadas, com uma forte polarização política entre a extrema-direita e a esquerda.

Caso nenhum candidato atinja este domingo a marca de 50% dos votos válidos, haverá uma segunda volta com os dois primeiros colocados, que está marcada para o dia 28 deste mês.

Centenas de manifestantes contra Bolsonaro em São Paulo

No sábado centenas de pessoas manifestaram-se contra o candidato Jair Bolsonaro, na cidade de São Paulo. Organizado por grupos de mulheres nas redes sociais, este é o segundo protesto contra o candidato de extrema-direita, que lidera as sondagens para as presidenciais de domingo.

Bolsonaro suscitou inúmeras polémicas por declarações machistas, racistas e homofóbicas e tem sido contestado por mulheres que lançaram em setembro a campanha “Ele não”.

No protesto, os gritos de “Ele não” eram acompanhados por cantos de guerra como “fascistas, machistas não passarão” e “vem para rua, vem contra o fascista”.

Vitória Tavares, de 18 anos, disse á Lusa que compareceu no protesto por discordar das ideias defendidas por Bolsonaro. “Não concordo com nada que o Bolsonaro diz ou prega. Ele é contra as mulheres e as minorias.”, declarou.

A estudante disse acreditar que Bolsonaro não vencerá a eleição na primeira volta, mesmo reconhecendo que ele esta aumentando sua popularidades com os ataques que faz contra o Partido dos Trabalhadores (PT).

“O voto contra o PT favorece o Bolsonaro, mas ele não tem capacidade de mudar o Brasil”, afirmou. Carolina Spinoza, 33 anos, também disse que aderiu ao protesto das mulheres porque não acredita nas promessas do candidato de extrema-direita.

“Infelizmente tem muita gente votando em um candidato que é contra e tem muitos aliados que desejam tirar os direitos das minorias”, avaliou.

“O sentimento de ‘antipetismo’ [como é chamado o movimento contra o PT] tem influenciado muito. Essas pessoas querem mudança e não estão pensando nas consequências que está mudança trará depois”, concluiu.

Marcelo Rebelo de Sousa deixou apelo ao voto

O Presidente da República apelou ao voto nas eleições presidenciais no Brasil, dirigindo-se aos portugueses com dupla nacionalidade e aos brasileiros que vivem em Portugal.

“Espero que os portugueses, muitos, que vivem no Brasil e que têm a dupla nacionalidade não deixem de exercer o direito de voto, é o mesmo apelo que faço cá dentro ao voto e até já fiz ontem, à participação no voto no ano que vem”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, que falava, em Vila Real, à margem da cerimómia de entrega do Prémio D.Diniz ao escritor Helder Macedo.

O Presidente disse ainda, por outro lado, que espera também que os “muitos brasileiros que vivem em Portugal participem no exercício do direito de voto”.

“Porque isso é bom, nós formamos uma comunidade que é a comunidade de língua portuguesa, que é uma comunidade que não é só de cultura ou de economia ou de finanças, é uma comunidade de pessoas e será tanto mais forte quanto maior for a participação das pessoas, todas elas, em termos políticos, dentro da comunidade”, salientou.

7 Out 2018

Famoso mercado de peixe de Tóquio muda de sítio ao fim de 80 anos

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] famoso mercado de peixe de Tsukiji, a funcionar há 80 anos no centro da capital japonesa, fechou ontem as portas para se mudar para Toyosu, uma antiga fábrica de gás, na baía de Tóquio.

Após anos de adiamentos, a mudança do mercado de Tsukiji, que recebia diariamente cerca de 40 mil visitantes, desencadeou grande descontentamento, na maioria dos casos devido ao encerramento de um espaço que é considerado um dos ícones da cidade.

Situado em Toyosu, a 2,3 quilómetros de distância de Tsukiji, o novo mercado abastecedor, orçado em 4,3 mil milhões de euros, vai abrir na próxima quinta-feira, apesar das críticas de muitos trabalhadores sobre contaminação, inconveniência e falta de segurança daquele espaço.

“Se o novo local fosse melhor, não teria qualquer problema em mudar”, disse Tai Yamaguchi, cuja família é proprietária da empresa Hitoku Shoten desde 1964.

Líder de um grupo de 30 mulheres de famílias proprietárias de lojas em Tsukiji, Yamaguchi, de 75 anos, opõe-se à mudança, que afirmou ter sido mal gerida pelas autoridades por não terem sido devidamente ouvidas as pessoas diretamente afetadas.

Tsukiji tinha mais de 500 grossistas com vários milhares de trabalhadores, num espaço labiríntico onde largas dezenas de triciclos elétricos circulavam incessantemente entre bancas de peixe e hortaliças, onde as vendas diárias atingiam uma média de 12 milhões de euros.

Diariamente, às primeiras horas da madrugada, o mercado animava-se para os leilões de atuns e outros peixes, aos quais podiam assistir 120 espetadores, normalmente turistas. Tsukiji abastecia os restaurantes mais caros e os supermercados de Tóquio desde 1935, mas as origens do mercado remontam há quase um século.

Os opositores da mudança receiam que os turistas não visitem Toyosu por ser menos central e se assemelhar a uma enorme fábrica moderna, sem as características emblemáticas de Tsukiji.

Makoto Nakazawa, de 54 anos, trabalhador em Tsukiji há mais de 30 anos, afirmou não gostar do novo espaço onde vai passar a trabalhar e acrescentou estar zangado por as autoridades terem decidido fechar um mercado que “alimentou Tóquio durante décadas”.

Para Nakazawa, Tsukiji “é especial e um lugar de diversidade, onde se podiam ver atores de teatro de vanguarda a cruzarem-se com antigos condenados”.

Alguns dos pequenos restaurantes centenários, cafés, lojas de chá, gelados, omeletas, facas e loiças vão continuar no mesmo local.

A mudança esteve prevista para novembro de 2016, mas foi adiada pela governadora de Tóquio, Yurilo Koike, na sequência de uma inspeção a Toyosu, onde foram encontrados vestígios de arsénico e outros contaminantes nas águas e solos.

“A segurança está garantida”, declarou Koike, na recente cerimónia oficial de abertura do novo mercado abastecedor, referindo-se à aplicação de uma nova camada de cimento no pavimento e à instalação de bombas de água mais potentes.

O futuro a longo prazo de Tsukiji está por decidir. Para já, os 230 mil metros quadrados de terreno vão ser transformados num gigantesco parque de estacionamento para os Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020.

Parque de diversões, casino, centro comercial, entre outras, são algumas das ideias para o sítio, localizado na baixa de Tóquio, lado a lado com Ginza, uma das zonas mais exclusivas da cidade.

Ao argumento da administração municipal de Tóquio sobre a necessidade de um espaço mais moderno e eficiente, os trabalhadores contrapõem que Tsukiji é uma obra de arte em constante transformação ao longo dos anos.

7 Out 2018

João Sousa eliminado no ‘qualifying’ do Masters 1000 de Xangai

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] tenista português João Sousa ficou hoje fora do quadro principal do torneio Masters 1000 de Xangai, na China, ao perder na última ronda do ‘qualifying’ com o francês Benoit Paire, por 6-7 (4-7), 6-4 e 6-4.

O número um português, que ocupa o 43.º posto no ‘ranking’ mundial, perdeu após uma hora de 58 minutos de encontro.

O vimaranense, segundo cabeça de série da fase de qualificação, salvou o seu serviço várias vezes na primeira partida, evitando inclusivamente um ‘set-point’ quando Paire vencia por 6-5, e acabou por se superiorizar no jogo de desempate.

Nos dois ‘sets’ seguintes, João Sousa nunca conseguiu ameaçar o serviço de Paire, enquanto o francês, antigo jogador do ‘top-15’ mundial e atual 63.º, conseguiu um ‘break’ em cada um deles, o suficiente para vencer o encontro e conseguir uma vaga quadro principal.

João Sousa procurava a sua quinta participação no Masters 1000 de Xangai, onde nunca conseguiu ultrapassar a primeira eliminatória.

7 Out 2018

Obra de Banksy auto-destrói-se após ser leiloada pela Sotheby’s

[dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]ma obra do artista Banksy, cuja verdadeira identidade se desconhece, destruiu-se depois de ser vendida por 1,04 milhões de libras na leiloeira londrina Sotheby’s.

O próprio autor divulgou, na sexta-feira, uma fotografia na rede social Instagram no momento em que o quadro “Girl with balloon” (“Rapariga com balão”, na tradução livre) se desfaz em tiras ao passar por uma trituradora de papel instalada na parte inferior do quadro.

“Vai, vai, foi-se”, escreve Banksy sobre a imagem, numa alusão às palavras pronunciadas pelos leiloeiros quando concluem a venda a um cliente.

“Parece que acabámos de ser ´Banksy-tados”, admitiu o diretor de arte contemporânea da Sotheby´s, Alex Branczik, após a licitação da obra, de acordo com o que se ouve nos vídeos colocados nas redes sociais, nos quais é também visível a surpresa com que reagiu o público.

Datada de 2006, a obra, leiloada na sexta-feira à noite, que mostra uma rapariga a tentar alcançar um balão em forma de coração, era uma versão em tela de um desenho que surgiu a primeira vez como grafite numa rua no leste de Londres e que, em 2017, foi eleita a obra favorita da nação.

Originário da cidade de Bristol, Banksy ficou conhecido pelos seus grafitis subversivos que têm surgido um pouco por todo o mundo, de Londres à Palestina, o que fez dele um artista cotado.

7 Out 2018

Escritor Helder Macedo recebe Prémio D. Diniz por “Camões e outros contemporâneos”

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] escritor e catedrático de literatura Helder Macedo recebeu, na Casa de Mateus, em Vila Real, o Prémio D. Diniz/2018, pela sua obra “Camões e outros contemporâneos”.

O galardão é atribuído desde 1980, pela Fundação da Casa de Mateus, e o júri da edição deste ano foi constituído pelos poetas Nuno Júdice, Fernando Pinto do Amaral e Pedro Mexia, que atribuiu, por unanimidade, o prémio a Helder Macedo.

Segundo o júri, Helder Macedo, “poeta e romancista reconhecido”, oferece “neste livro da sua vertente ensaística, um percurso pela literatura portuguesa, da Idade Média à atualidade, em que a familiaridade com os grandes autores do passado e os do presente nos aproxima do seu universo, cruzando criação e vida”.

“O Prémio D. Diniz, dado a uma obra que começa precisamente pela análise inovadora de uma cantiga de amigo do rei poeta, que o nome do prémio celebra, distingue uma obra que assume a ousadia das suas descobertas e o faz com uma erudição que, longe de afastar o leitor, o fascina pelos novos horizontes que vem abrir”, afirma o júri.

A obra, publicada com a chancela da Editorial Presença, divide-se em quatro partes, sendo a primeira “Camões e a Modernidade da Tradição”, que inclui, entre outros, ensaios sobre o autor d’”Os Lusíadas”, sobre Sá de Miranda ou ainda um intitulado “Luso, filho de Baco”.

A segunda, “História, Memória e Ficção”, inclui, entre outros, uma reflexão sobre história e profecia, em que aborda o cronista Fernão Lopes, o padre jesuíta António Vieira e o historiador e político Joaquim d’Oliveira Martins, além de textos sobre as personagens D. Quixote e Dulcineia, de Cervantes, sobre “ficções da identidade” em Fernando Pessoa e Cesário Verde, e um texto de 2012, sobre o romance “A Balada da Praia dos Cães”, de Cardoso Pires.

Na terceira parte apresenta o que chama de “Testemunhos”, no qual reúne oito textos, nomeadamente sobre Sophia de Mello Breyner Andresen, Mário Cesariny e Herberto Helder, e ainda um que intitula “Pensamentos e escritos (pós) coloniais: Partes de África”, numa referência ao seu romance “Partes de África”, editado em 1991.

A quarta parte é dedicada ao “enquadramento analítico dos oito séculos de literatura portuguesa”, um texto que, explica o autor, professor catedrático jubilado do King’s College, em Londres, foi uma encomenda dos seus colegas da Universidade de Oxford para um “Companion to Portuguese Literature”, “destinado primordialmente a um público universitário”, que leva Helder Macedo a acrescentar: “Creio que esta versão portuguesa poderá também ajudar a contextualizar os textos” que escolheu para fazerem parte desta coletânea.

A cerimónia conta com a presença, entre outras personalidades, do Presidente da República e do ministro da Cultura.

Helder Macedo, nascido há 82 anos na África do Sul, é autor de vários ensaios sobre literatura portuguesa e, paralelamente, assinou vários títulos de ficção e de poesia, como os romances “Pedro e Paula” (1998) e “Tão Longo Amor Tão Curta a Vida” (2013), a coletânea “Poemas Novos e Velhos” (2011) e “Romance” (2015).

O Prémio D. Diniz distingue anualmente uma obra de autor português nas áreas da ficção, poesia ou ensaio. No ano passado, a obra vencedora foi o romance “Astronomia”, de Mário Cláudio.

7 Out 2018

Monserrat Caballé foi “um dos pináculos do canto lírico do século XX”, diz João Pereira Bastos

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] antigo diretor do Teatro Nacional de S. Carlos João Pereira Bastos classificou Montserrat Caballé, que morreu este sábado aos 85 anos, como “um autêntico pináculo do canto lírico do século XX”.

Para João Pereira Bastos, que também foi diretor da Antena 2, a soprano Montserrat Caballé está ao nível de outras “divas” do século XX como Gina Sinha, Zinca Milanov, Maria Callas, Giulietta Simionato, Fiorenza Cossoto, a Tebaldi, Mirella Freni e Joan Sutterland.

É uma perda muito grande, sustentou o antigo diretor do Festival de Macau, considerando que atualmente há “canto a rodos” e “cantores do melhor que há” mas que “não têm a personalidade nem o recorte específico que estas grandes divas do século XX tinham”.

Para João Pereira Bastos, Montserrat Caballé “era uma das maiores sopranos de sempre da história da música do século XX”.

João Pereira Bastos, que também foi diretor de produção e diretor técnico do S. Carlos, sublinhou ainda o facto de Monserrat Caballé ter tido “bastantes pontos importantes para Portugal como para ela”, exemplificando com o facto de a soprano ter saído de Espanha para ir para uma companhia residente na Alemanha, tendo o S. Carlos sido “muito importante

Para a soprano, porque foi o primeiro teatro internacional que visitou vindo dessa companhia”, onde cantou uma obra de Mozart e outra de Richard Strauss, disse.

Na altura, a “soprano espanhola foi fazer a sua carreira internacional e estreou ´Norma`, que foi estreia absoluta no S. Carlos, que ela escolheu para estrear essa ópera”, frisou.

João Pereira Bastos considerou Monserrat Caballé “uma voz de soprano lírico com algumas características invulgares, sobretudo ao nível do ‘apianar’ de notas agudas (…) muito vizinhas do dó de peito que um cantor daquelas características não produz”.

E Monserrat Caballé “apianava ao nível de não se ouvir uma mosca na sala, como se diz, porque era de uma perfeição tal que era estranho uma voz tão forte ter esse tipo de características”, frisou.

João Pereira Bastos referiu ainda outras prestações da cantora em Portugal como a que teve em 1993 no início do Centro Cultural de Belém (CCB), sublinhando, porém, que a sua interpretação de “Norma”, em 1972, no S. Carlos, foi uma prestação “famosa”.

“Aquela ´Norma` ficou famosa e só a partir dela é que foi cantar pelo mundo fora, nomeadamente no Scala de Milão”, frisou.

Relativamente a outras prestações que a soprano teve, nomeadamente no Algarve, em programas para turismo, João Pereira Bastos considerou que “isso não terá ofuscado a sua carreira”.

“Porque Caballé pertence a uma época em que havia quatro, cinco, seis cantores fantásticos e depois havia uma plêiade de cantores bons mas já de uma segunda linha de luxo, mas era uma segunda linha”.

Não há “dúvida nenhuma que ao mesmo tempo que a Callas e A Tebaldi eram pessoas que se opunham apenas e só nos palcos, como é lógico, também o caso da Caballé e da Joan Sutterland foi um caso idêntico na geração imediatamente a seguir”, referiu.

Monserrat Caballé morreu este sábado de madrugada, aos 85 anos, no Hospital de Sant Pau, em Barcelona. O funeral realiza-se, na segunda-feira, às 12:00, para o cemitério de Barcelona.

Plácido Domingo diz que foi “um privilégio” cantar com voz “incrível” de Caballé

O tenor Plácido Domingo afirmou que partilhar os palcos com a soprano Montserrat Caballé, falecida em Barcelona aos 85 anos, foi “um privilégio” pela sua “incrível” voz e talento.

“Minha querida Montserrat, que impressionante vida e carreira tiveste. Obrigada pela tua voz incrível, o teu talento. Descansa em paz. Deus chamou outro anjo para o seu reino”, escreveu o artista na sua conta pessoal da rede social Twitter.

7 Out 2018

Representantes da Coreia do Sul visitam Pyongyang

Uma comissão sul-coreana com mais de 160 membros está desde ontem em Pyongyang para celebrar o histórico encontro dos dois líderes coreanos em 2017

[dropcap style≠‘circle’]U[/dropcap] ma delegação da Coreia do Sul iniciou ontem uma visita de três dias a Pyongyang para comemorar a histórica cimeira realizada entre os dois vizinhos em 2017, em mais um passo de reaproximação dos dois países.

A delegação sul-coreana é chefiada pelo ministro da Unificação da Coreia do Sul, Cho Myoung-gyon e é composta por cerca de 160 pessoas. Na sexta-feira, a delegação vai participar na cerimónia de comemoração da segunda cimeira da história entre os dois países, onde o ex-líder da Coreia do Norte, Kim Jong-il, recebeu o Presidente sul-coreano Roh Moo-hyun.

É esperado ainda que o ministro da Unificação da Coreia do Sul tenha um encontro com o seu homólogo norte-coreano, para discutirem a implementação do acordo assinado entre os dois países em meados de Setembro.

O líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, assinaram em meados de Setembro uma declaração conjunta, que poderá ser importante para o futuro diálogo sobre a desnuclearização da península, entre Pyongyang e Washington.

Durante a cimeira, que durou três dias, os ministros da Defesa das duas Coreias, que tecnicamente continuam em guerra, assinaram ainda um histórico acordo militar, que reduz a possibilidade de se produzirem choques fronteiriços entre os respectivos exércitos.

Na declaração conjunta, Kim jong-un prometeu visitar Seul “num futuro próximo”, o que a acontecer tornará Kim no primeiro líder norte-coreano a visitar a capital da Coreia do Sul desde que a península foi dividida em Norte e Sul no final da Segunda Guerra Mundial, em 1945.

O falecido pai de Kim, Kim Jong-il, prometeu fazê-lo quando líderes sul-coreanos o visitaram em Pyongyang, em 2000 e 2007, mas a viagem a Seul nunca aconteceu.

Amigo americano

No próximo domingo é a vez do secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, deslocar-se Pyongyang e encontrar-se com o líder Kim Jong-un para tentar acelerar o processo de desnuclearização do regime de Pyongyang.

Pyongyang já advertiu Washington que uma eventual declaração de fim da Guerra da Coreia não pode ser moeda de troca nas negociações sobre desnuclearização, mas o fim das sanções ao país poderá ser um passo nesse sentido.

Se Washington pretende progressos na desnuclearização norte-coreana deve suspender as sanções, declarou na terça-feira a agência de notícias norte-coreana.

Os Estados Unidos recusaram categoricamente até agora qualquer alívio das sanções internacionais. Washington quer primeiro ver o fim da desnuclearização da península e que esta seja verificada de forma independente.

A Guerra da Coreia (1950-53) terminou com a assinatura de um armistício, mas nunca foi assinado um tratado de paz, por isso os dois países continuam tecnicamente em guerra.

5 Out 2018

Interesse da China por África despertou as outras potências

Ahmed Ouyahia, de visita a Lisboa para participar na V Cimeira Luso-Argelina, salientou o papel da China no desenvolvimento económico do continente africano.

[dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] primeiro-ministro argelino afirmou ontem, em Lisboa, que o interesse da China por África criou “dinâmica económica” e despertou o interesse da Europa e de outros continentes para uma região anteriormente pouco apelativa.

A China já tem uma presença “substancial” na Argélia, em sectores como a construção e o desenvolvimento económico e o país magrebino é signatário do memorando de entendimento relativo à nova Rota da Seda, a ambiciosa iniciativa chinesa de infraestruturas de transportes para facilitar o comércio entre Ásia, Europa e África, lançada pelo Presidente Xi Jinping.

“Pensamos que a África ganhou muito com isto. Antes dos chineses terem chegado, com a sua ajuda, o seu interesse pelas matérias-primas (…) muitas outras regiões desenvolvidas do mundo olhavam para África com pouco interesse”, disse, em entrevista à Lusa, Ahmed Ouyahia, que ontem visitou Portugal, no âmbito da V Cimeira Luso-Argelina.

“No nosso caso, somos um país possuidor de alguns recursos próprios como o petróleo, os chineses têm vindo trabalhar, fazemos contratos e pagamos no fim. Noutros países africanos, têm ajudado África a desenvolver-se com recurso ao crédito e comprando matérias primas. Desde que a China esta cá [África], criou uma dinâmica, importante para este continente e para o resto do mundo”, sublinhou o governante argelino.

Bons parceiros

A China apoiou a revolução argelina contra a França, da qual resultou, há 56 anos, a independência da Argélia, e é actualmente o seu principal parceiro económico.

A cooperação económica, concretizada em 13 acordos em diversas áreas, foi um dos principais temas do encontro que Ahmed Ouyahia teve ontem com o seu homólogo António Costa, mas os dois governos comprometeram-se também a reforçar a cooperação policial e aprofundar os mecanismos de prevenção e combate à criminalidade organizada e terrorismo.

“Uma ameaça que existe em todos os países”, lembrou o primeiro-ministro argelino, mas que “a Argélia praticamente conseguiu acabar” após 15 anos de luta.

Questionado sobre as migrações, outro tema que tem dominado a agenda política europeia, disse que Portugal e Argélia têm uma visão convergente sobre o assunto.

“O problema não é levantar muros, é de gerir e resolver as suas razões [das migrações]”, salientou o primeiro-ministro argelino, acrescentando que o tema do desenvolvimento tem estado ausente na análise deste problema.

5 Out 2018

Jorge Neto Valente vai recandidatar-se à AAM

[dropcap style≠‘circle’]J[/dropcap] orge Neto Valente, actual presidente da Associação dos Advogados de Macau (AAM), deverá recandidatar-se à presidência da associação, bem como os restantes corpos dirigentes, anunciou ontem José Rocha Diniz, administrador do Jornal Tribuna de Macau, no habitual espaço de comentário de que dispõe na TDM.

O HM tentou confirmar a notícia junto do próprio Jorge Neto Valente, mas até ao fecho da edição não foi possível estabelecer contacto. Até ao momento, apenas o advogado Sérgio de Almeida Correia mostrou intenções de formalizar uma lista para as eleições que decorrem entre os dias 1 e 15 de Dezembro deste ano.

5 Out 2018

Iniciadas obras de reconstrução do prédio Sin Fong Garden

[dropcap style≠‘circle’]R[/dropcap]ealizou-se ontem a cerimónia de início das obras do edifício Sin Fong Garden. A reconstrução vai demorar dois anos e meio, sendo um dos anos dedicado à demolição. Segundo a TDM, a reconstrução vai seguir a planta original.

O prédio, que vai manter 30 andares, vai ter 144 apartamentos e 48 lugares de estacionamento, bem como um espaço comercial.

Os problemas no edifício Sin Fong foram conhecidos em Outubro de 2012, quando foram detectadas fissuras em pilares do segundo piso tendo sido ordenada a evacuação do edifício perante o perigo de derrocada, deixando mais de 100 proprietários impedidos de usufruírem das suas casas.

5 Out 2018

Dadores de sangue premiados hoje

[dropcap style≠‘circle’]R[/dropcap]ealiza-se hoje, pelas 18h30, a cerimónia de atribuição de prémios aos dadores de sangue – 2018. Serão distinguidos os dadores de sangue que, até ao final do ano passado, deram sangue por 10 vezes ou em múltiplos de cinco, num total de 1017 pessoas.

Serão atribuídas taças e prémios de honra aos dadores de sangue que já doaram 25, 30, 40, 50 e sucessivamente até 130 vezes. Estarão também presentes representantes de 56 escolas, instituições e associações, indicaram os Serviços de Saúde em comunicado.

5 Out 2018