Hoje Macau China / ÁsiaCimeira | Modi e Xi reúnem-se sexta-feira para discutir relações bilaterais [dropcap]O[/dropcap] primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e o Presidente chinês, Xi Jinping, irão reunir-se na sexta-feira no sul da Índia para discutir as relações bilaterais e disputas territoriais, anunciaram ontem as autoridades indianas. A reunião entre os líderes das duas nações mais populosas do mundo será uma “cimeira informal”, seguindo o formato da reunião anterior, que aconteceu em Abril de 2018 na cidade de Wuhan, na China. O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Índia não anunciou oficialmente a cimeira, mas anunciou a abertura da credenciação à imprensa. O encontro irá decorrer na cidade de Mamallapuram, no estado indiano de Tamil Nadu, conhecida pelos seus templos e esculturas em pedra, informou a imprensa indiana. Os dois líderes deverão visitar os pontos turísticos da cidade após a reunião. O estatuto de independência da Caxemira Indiana, revogado neste Verão por Nova Deli, e a sua divisão em dois territórios separados não agradaram ao líder chinês. A China, por seu lado, reivindica partes de Ladaque, um deserto dos Himalaias que faz fronteira com as regiões de Xinjiang e do Tibete, na parte oriental da Caxemira. “A Índia perseverou em corroer a soberania territorial da China, alterando unilateralmente a sua lei doméstica”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, em Agosto. A Índia reivindica partes de Ladaque controladas pela China. Nova Deli também está preocupada com o projecto “Nova Rota da Seda”, uma rede de infraestruturas e rotas de transporte convergentes para a China, parte da qual atravessa a Caxemira paquistanesa, um território que a Índia vê como seu. Para a troca O comércio representa igualmente um ponto de discórdia entre os dois países asiáticos. De acordo com a imprensa local, a Índia levantou recentemente a questão do seu défice comercial de 50 mil milhões de euros e instou a China a dar às empresas indianas um melhor acesso ao seu mercado doméstico. O líder chinês Xi Jinping deverá convidar Narendra Modi a abrir o mercado indiano às redes 5G da empresa de equipamentos para redes e telecomunicações Huawei, a multinacional tecnológica que está na lista negra do governo norte-americano por suspeita de espionagem em nome das autoridades chinesas.
Hoje Macau China / ÁsiaCimeira | Modi e Xi reúnem-se sexta-feira para discutir relações bilaterais [dropcap]O[/dropcap] primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e o Presidente chinês, Xi Jinping, irão reunir-se na sexta-feira no sul da Índia para discutir as relações bilaterais e disputas territoriais, anunciaram ontem as autoridades indianas. A reunião entre os líderes das duas nações mais populosas do mundo será uma “cimeira informal”, seguindo o formato da reunião anterior, que aconteceu em Abril de 2018 na cidade de Wuhan, na China. O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Índia não anunciou oficialmente a cimeira, mas anunciou a abertura da credenciação à imprensa. O encontro irá decorrer na cidade de Mamallapuram, no estado indiano de Tamil Nadu, conhecida pelos seus templos e esculturas em pedra, informou a imprensa indiana. Os dois líderes deverão visitar os pontos turísticos da cidade após a reunião. O estatuto de independência da Caxemira Indiana, revogado neste Verão por Nova Deli, e a sua divisão em dois territórios separados não agradaram ao líder chinês. A China, por seu lado, reivindica partes de Ladaque, um deserto dos Himalaias que faz fronteira com as regiões de Xinjiang e do Tibete, na parte oriental da Caxemira. “A Índia perseverou em corroer a soberania territorial da China, alterando unilateralmente a sua lei doméstica”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, em Agosto. A Índia reivindica partes de Ladaque controladas pela China. Nova Deli também está preocupada com o projecto “Nova Rota da Seda”, uma rede de infraestruturas e rotas de transporte convergentes para a China, parte da qual atravessa a Caxemira paquistanesa, um território que a Índia vê como seu. Para a troca O comércio representa igualmente um ponto de discórdia entre os dois países asiáticos. De acordo com a imprensa local, a Índia levantou recentemente a questão do seu défice comercial de 50 mil milhões de euros e instou a China a dar às empresas indianas um melhor acesso ao seu mercado doméstico. O líder chinês Xi Jinping deverá convidar Narendra Modi a abrir o mercado indiano às redes 5G da empresa de equipamentos para redes e telecomunicações Huawei, a multinacional tecnológica que está na lista negra do governo norte-americano por suspeita de espionagem em nome das autoridades chinesas.
Hoje Macau EventosDST | Japão vence 30.º concurso internacional de fogo-de-artifício [dropcap]O[/dropcap] Japão venceu o 30.º concurso internacional de fogo-de-artifício de Macau (CIFAM), tendo a China e a França ficado no segundo e terceiro lugares, respectivamente, anunciou a Direcção dos Serviços de Turismo (DST). As últimas apresentações do concurso, que começou a 7 de Setembro, decorreram no sábado, junto à Torre de Macau, e couberam às companhias pirotécnicas do Japão e da Austrália. Este ano, a DST convidou pela primeira vez 12 equipas para seis noites de espectáculos pirotécnicos, que decorreram em 7, 13, 21 e 28 de Setembro e a 1 e a 5 de Outubro, sob o tema “Dupla Celebração em Macau”. As 12 equipas participantes na edição deste ano do CIFAM eram, por ordem de actuação, da Malásia, Filipinas, Portugal, Coreia do Sul, Reino Unido, Roménia, África do Sul, Canadá, França, China, Japão e Austrália. Para este ano, o orçamento do concurso, cuja primeira edição se realizou em 1989, foi superior a 24 milhões de patacas, que contemplou a realização de actividades complementares e de uma palestra ao longo dos seis dias de espectáculo.
Hoje Macau EventosDST | Japão vence 30.º concurso internacional de fogo-de-artifício [dropcap]O[/dropcap] Japão venceu o 30.º concurso internacional de fogo-de-artifício de Macau (CIFAM), tendo a China e a França ficado no segundo e terceiro lugares, respectivamente, anunciou a Direcção dos Serviços de Turismo (DST). As últimas apresentações do concurso, que começou a 7 de Setembro, decorreram no sábado, junto à Torre de Macau, e couberam às companhias pirotécnicas do Japão e da Austrália. Este ano, a DST convidou pela primeira vez 12 equipas para seis noites de espectáculos pirotécnicos, que decorreram em 7, 13, 21 e 28 de Setembro e a 1 e a 5 de Outubro, sob o tema “Dupla Celebração em Macau”. As 12 equipas participantes na edição deste ano do CIFAM eram, por ordem de actuação, da Malásia, Filipinas, Portugal, Coreia do Sul, Reino Unido, Roménia, África do Sul, Canadá, França, China, Japão e Austrália. Para este ano, o orçamento do concurso, cuja primeira edição se realizou em 1989, foi superior a 24 milhões de patacas, que contemplou a realização de actividades complementares e de uma palestra ao longo dos seis dias de espectáculo.
Hoje Macau EventosColagens | Livraria Portuguesa recebe trabalhos de Burry Buermans [dropcap]A[/dropcap] entidade D’As Entranhas Macau – Associação Cultural inaugura esta sexta-feira, por volta das 18h30, a exposição de colagens de Burry Buermans Retrospectiva, na Galeria de Arte da Livraria Portuguesa. A mostra apresenta uma selecção de 20 trabalhos do artista plástico belga, realizados com colagens, a partir de livros antigos, revistas e jornais , cujos desenhos e imagens datam de 1874 até ao presente. A exposição estará patente até ao dia 31 de Outubro, tendo entrada livre. Nascido em 1982, Burry Buermans nasceu na Bélgica e vive em Portugal desde 2012. Autodidacta no domínio das artes plásticas, desde cedo experimentou diferentes formas artísticas. Percorreu um longo caminho à procura do seu próprio meio de expressão, até que acidentalmente encontrou as colagens. Sem recurso ao Photoshop, a sua inspiração são as notícias diárias, o cinema e a sua própria fantasia de assinatura belga, absurda e surreal. O seu lema de vida é “perseguir os seus sonhos, onde quer que eles o levem”, e assim recuperou velhos carros Trabant, começou uma companhia de teatro, produziu e decorou as suas próprias festas e andou pelo mundo à boleia. Já expôs na Bélgica e em Portugal.
Hoje Macau EventosColagens | Livraria Portuguesa recebe trabalhos de Burry Buermans [dropcap]A[/dropcap] entidade D’As Entranhas Macau – Associação Cultural inaugura esta sexta-feira, por volta das 18h30, a exposição de colagens de Burry Buermans Retrospectiva, na Galeria de Arte da Livraria Portuguesa. A mostra apresenta uma selecção de 20 trabalhos do artista plástico belga, realizados com colagens, a partir de livros antigos, revistas e jornais , cujos desenhos e imagens datam de 1874 até ao presente. A exposição estará patente até ao dia 31 de Outubro, tendo entrada livre. Nascido em 1982, Burry Buermans nasceu na Bélgica e vive em Portugal desde 2012. Autodidacta no domínio das artes plásticas, desde cedo experimentou diferentes formas artísticas. Percorreu um longo caminho à procura do seu próprio meio de expressão, até que acidentalmente encontrou as colagens. Sem recurso ao Photoshop, a sua inspiração são as notícias diárias, o cinema e a sua própria fantasia de assinatura belga, absurda e surreal. O seu lema de vida é “perseguir os seus sonhos, onde quer que eles o levem”, e assim recuperou velhos carros Trabant, começou uma companhia de teatro, produziu e decorou as suas próprias festas e andou pelo mundo à boleia. Já expôs na Bélgica e em Portugal.
Hoje Macau SociedadeBranqueamento de capitais | Macau cumpre requisitos do Grupo Ásia-Pacífico [dropcap]O[/dropcap] relatório do Grupo Ásia-Pacífico (APG) contra branqueamento de capitais, no qual Macau passou a todas as recomendações de conformidade técnica em Agosto último, foi revisto e aprovado por todos os membros do grupo, foi anunciado. O documento, que fornece um resumo da luta contra a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo em Macau, tinha sido concluído em Agosto, depois de o território se ter tornado na primeira jurisdição mundial a obter notações positivas nas 40 recomendações da do FATF [Financial Action Task Force]. Já neste mês, o primeiro relatório de progresso efectuado (FUR) de Macau de 2019, já aprovado em plenário do APG, foi sujeito a um processo de revisão pelos membros do Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI/FATF) para garantir a conformidade com os padrões internacionais, de acordo com um comunicado divulgado na sexta-feira pelo Gabinete de Informação Financeira (GIF) do território. O APG foi criado em 1997 e é um dos membros do FATF. As 41 regiões que integram o APG são obrigadas a cumprir rigorosamente os padrões definidos pelo FATF. Em 2001, Macau passou a ser um dos membros do APG. O GAFI, é também uma organização intergovernamental fundada em 1989 e visa combater a lavagem de dinheiro global e o financiamento do terrorismo.
Hoje Macau SociedadeBranqueamento de capitais | Macau cumpre requisitos do Grupo Ásia-Pacífico [dropcap]O[/dropcap] relatório do Grupo Ásia-Pacífico (APG) contra branqueamento de capitais, no qual Macau passou a todas as recomendações de conformidade técnica em Agosto último, foi revisto e aprovado por todos os membros do grupo, foi anunciado. O documento, que fornece um resumo da luta contra a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo em Macau, tinha sido concluído em Agosto, depois de o território se ter tornado na primeira jurisdição mundial a obter notações positivas nas 40 recomendações da do FATF [Financial Action Task Force]. Já neste mês, o primeiro relatório de progresso efectuado (FUR) de Macau de 2019, já aprovado em plenário do APG, foi sujeito a um processo de revisão pelos membros do Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI/FATF) para garantir a conformidade com os padrões internacionais, de acordo com um comunicado divulgado na sexta-feira pelo Gabinete de Informação Financeira (GIF) do território. O APG foi criado em 1997 e é um dos membros do FATF. As 41 regiões que integram o APG são obrigadas a cumprir rigorosamente os padrões definidos pelo FATF. Em 2001, Macau passou a ser um dos membros do APG. O GAFI, é também uma organização intergovernamental fundada em 1989 e visa combater a lavagem de dinheiro global e o financiamento do terrorismo.
Hoje Macau SociedadeGIF | Transacções suspeitas descem 32,2% até Setembro [dropcap]M[/dropcap]acau registou, nos três primeiros trimestres deste ano, 2.089 participações de transacções suspeitas, menos 32,2 por cento comparativamente a igual período de 2018, indicou o Gabinete de Informação Financeira (GIF). De acordo com o site do GIF, que publicou a informação na sexta-feira, a diminuição deveu-se ao número de transacções suspeitas comunicadas “pelo sector financeiro e por outras instituições”. A maioria das denúncias foi das operadoras de jogo (66,2 por cento), com 1.382 registos, e de instituições financeiras e companhias de seguros (30,6 por cento), com 649 participações, enquanto outras instituições comunicaram 67 (3,2 por cento), acrescentou o GIF. Em 2018, Macau registou 3.716 participações de transacções suspeitas, mais 20,45 por cento do que em relação a 2017. Os sectores referenciados, como os casinos, são obrigados a comunicar às autoridades qualquer transacção igual ou superior a 500 mil patacas, no âmbito da lei de combate ao branqueamento de capitais e financiamento ao turismo.
Hoje Macau SociedadeGIF | Transacções suspeitas descem 32,2% até Setembro [dropcap]M[/dropcap]acau registou, nos três primeiros trimestres deste ano, 2.089 participações de transacções suspeitas, menos 32,2 por cento comparativamente a igual período de 2018, indicou o Gabinete de Informação Financeira (GIF). De acordo com o site do GIF, que publicou a informação na sexta-feira, a diminuição deveu-se ao número de transacções suspeitas comunicadas “pelo sector financeiro e por outras instituições”. A maioria das denúncias foi das operadoras de jogo (66,2 por cento), com 1.382 registos, e de instituições financeiras e companhias de seguros (30,6 por cento), com 649 participações, enquanto outras instituições comunicaram 67 (3,2 por cento), acrescentou o GIF. Em 2018, Macau registou 3.716 participações de transacções suspeitas, mais 20,45 por cento do que em relação a 2017. Os sectores referenciados, como os casinos, são obrigados a comunicar às autoridades qualquer transacção igual ou superior a 500 mil patacas, no âmbito da lei de combate ao branqueamento de capitais e financiamento ao turismo.
Hoje Macau SociedadeSSM | Esclarecido caso de alegada administração de vacina fora do prazo [dropcap]O[/dropcap]s Serviços de Saúde de Macau (SSM) emitiram ontem um comunicado em que esclarecem um alegado caso de administração de uma vacina fora da validade. O esclarecimento foi feito após informações publicadas nas redes sociais “que relatam que um fiscal dos Serviços de Saúde aconselhou uma enfermeira de uma clínica, que estava a ser investigada por eventual suspeita de administrar uma vacina fora do prazo de validade a um bebé, a descartar as vacinas fora do prazo da validade naquele mesmo dia”. Os SSM negam ter efectuado uma acção de vistoria no dia do incidente, uma vez que os seus fiscais “apenas foram notificados do incidente após o encerramento da clínica (na noite do dia 24 de Setembro)”. “Após a notificação os Serviços de Saúde contactaram os familiares da vítima, que se encontrava no hospital, para entender a situação” e, no dia seguinte, “quando a clínica já estava aberta, os Serviços de Saúde enviaram o seu pessoal para proceder a uma fiscalização no local”, esclarecem. Aquando da visita “não foi encontrado nenhum armazenamento de vacinas durante a auditoria, mas foram instaurados um auto de notícia e um processo, de modo a acompanhar e apurar as responsabilidades legais do pessoal envolvido”, conclui o mesmo comunicado.
Hoje Macau SociedadeSSM | Esclarecido caso de alegada administração de vacina fora do prazo [dropcap]O[/dropcap]s Serviços de Saúde de Macau (SSM) emitiram ontem um comunicado em que esclarecem um alegado caso de administração de uma vacina fora da validade. O esclarecimento foi feito após informações publicadas nas redes sociais “que relatam que um fiscal dos Serviços de Saúde aconselhou uma enfermeira de uma clínica, que estava a ser investigada por eventual suspeita de administrar uma vacina fora do prazo de validade a um bebé, a descartar as vacinas fora do prazo da validade naquele mesmo dia”. Os SSM negam ter efectuado uma acção de vistoria no dia do incidente, uma vez que os seus fiscais “apenas foram notificados do incidente após o encerramento da clínica (na noite do dia 24 de Setembro)”. “Após a notificação os Serviços de Saúde contactaram os familiares da vítima, que se encontrava no hospital, para entender a situação” e, no dia seguinte, “quando a clínica já estava aberta, os Serviços de Saúde enviaram o seu pessoal para proceder a uma fiscalização no local”, esclarecem. Aquando da visita “não foi encontrado nenhum armazenamento de vacinas durante a auditoria, mas foram instaurados um auto de notícia e um processo, de modo a acompanhar e apurar as responsabilidades legais do pessoal envolvido”, conclui o mesmo comunicado.
Hoje Macau PolíticaSegurança | Leonel Alves destaca severidade legal em detenção de jovens [dropcap]A[/dropcap] lei é severa, algo radical”, mas as autoridades temem “um efeito multiplicador junto da juventude, tendo em conta Hong Kong”, o que leva “a hipervalorizar estes factos”, comentou o advogado Leonel Alves. Em declarações à Lusa, o ex-deputado fez uma breve análise aos recentes episódios de reforço securitário, como a detenção de dois jovens que colavam cartazes de apoio aos protestos em Hong Kong e à recusa de entrada em Macau de activistas da região vizinha. Para o também membro do Conselho Executivo, os episódios levantam questões de “direitos e liberdades como a de expressão” que ilustram a intenção das autoridades em “prevenirem um rastilho que leve a perturbações mais graves, à semelhança do que se passa em Hong Kong”, explicou. No passado domingo, contudo, o secretário para a Segurança, negou a existência de uma ‘lista negra’, mas salientou que “as autoridades têm a responsabilidade de salvaguardar a segurança, a estabilidade e paz do território, sendo esses pressupostos do desenvolvimento e prosperidade local”. Leonel Alves, que esteve na Assembleia Legislativa entre 1996 e 2017 e que em 2008 se tornou membro do Comité Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, defendeu que “a questão das entradas em Macau é já um ‘clássico’, uma vez que na perspectiva da polícia tratam-se de ‘personas non gratas’ e que podem perturbar a ordem pública, (…) algo que é sempre subjectivo e questionável”. Por outro lado, identificou aquele que é um dos conselheiros do Governo, esta é uma situação que se pode agudizar tendo em conta o que se passa em Hong Kong, mas também pelo facto de ser esperada em Macau a visita do Presidente chinês em Dezembro.
Hoje Macau PolíticaSegurança | Leonel Alves destaca severidade legal em detenção de jovens [dropcap]A[/dropcap] lei é severa, algo radical”, mas as autoridades temem “um efeito multiplicador junto da juventude, tendo em conta Hong Kong”, o que leva “a hipervalorizar estes factos”, comentou o advogado Leonel Alves. Em declarações à Lusa, o ex-deputado fez uma breve análise aos recentes episódios de reforço securitário, como a detenção de dois jovens que colavam cartazes de apoio aos protestos em Hong Kong e à recusa de entrada em Macau de activistas da região vizinha. Para o também membro do Conselho Executivo, os episódios levantam questões de “direitos e liberdades como a de expressão” que ilustram a intenção das autoridades em “prevenirem um rastilho que leve a perturbações mais graves, à semelhança do que se passa em Hong Kong”, explicou. No passado domingo, contudo, o secretário para a Segurança, negou a existência de uma ‘lista negra’, mas salientou que “as autoridades têm a responsabilidade de salvaguardar a segurança, a estabilidade e paz do território, sendo esses pressupostos do desenvolvimento e prosperidade local”. Leonel Alves, que esteve na Assembleia Legislativa entre 1996 e 2017 e que em 2008 se tornou membro do Comité Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, defendeu que “a questão das entradas em Macau é já um ‘clássico’, uma vez que na perspectiva da polícia tratam-se de ‘personas non gratas’ e que podem perturbar a ordem pública, (…) algo que é sempre subjectivo e questionável”. Por outro lado, identificou aquele que é um dos conselheiros do Governo, esta é uma situação que se pode agudizar tendo em conta o que se passa em Hong Kong, mas também pelo facto de ser esperada em Macau a visita do Presidente chinês em Dezembro.
Hoje Macau InternacionalLegislativas | PS e Bloco vencem em noite de histórica para partidos pequenos António Costa vai continuar a ser primeiro-ministro, depois dos socialistas arrecadarem 36,65 % dos votos. Os partidos à esquerda ganharam a larga maioria dos assentos parlamentares, apesar do fraco resultado da coligação PCP/Verdes. PAN passa de um deputado para quatro e estreiam-se no hemiciclo representantes do Livre, Iniciativa Liberal e Chega. CDS-PP foi um dos derrotados da noite, com Assunção Cristas a abandonar a liderança do partido [dropcap]O[/dropcap] PS venceu sem maioria absoluta e terá de tentar a repetição de uma solução de Governo à esquerda, numa eleição marcada pela derrota histórica da direita e pela entrada de três novos partidos no parlamento. Com 36,6 por cento dos votos, o PS de António Costa vê legitimada a governação, mas com 106 deputados – quando falta apurar os resultados para eleger quatro mandatos no estrangeiro – fica obrigado a tentar nova solução de Governo à esquerda, que poderá ser alargada ao PAN e ao Livre, que elegeu pela primeira vez uma deputada (Joacine Katar Moreira). A noite eleitoral trouxe um sabor amargo ao CDS, que com 4,2 por cento fica reduzido a cinco deputados na Assembleia da República e perde a sua líder, Assunção Cristas, que decidiu não se recandidatar num Congresso a ser convocado pelo Conselho Nacional. O PSD de Rui Rio tem também um dos seus piores resultados, mas face às expectativas criadas a derrota acabou por ter um sabor agradável, não se tendo ouvido uma voz a exigir a ‘cabeça’ do líder. Os sociais-democratas alcançaram 27,9 por cento e 77 deputados, o pior resultado percentual deste século em legislativas. A entrada de três novas forças políticas para o parlamento e a subida do PAN marcaram também a noite das legislativas. O Livre, o Iniciativa Liberal e o Chega conseguem cada um o seu deputado no hemiciclo de S. Bento, que pela primeira vez acolhe um deputado conotado com a extrema-direita, André Ventura, o líder deste terceiro partido. A CDU recua para 6,4 por cento e perde cinco deputados, vendo ao mesmo tempo o Bloco de Esquerda consolidar-se como a terceira força política, com 19 deputados e 9,6 por cento dos votos, ainda assim um resultado inferior ao das legislativas de 2015. Dois recordes marcaram esta noite de legislativas: o parlamento conta pela primeira vez com deputados de nove partidos. Por outro lado, a abstenção atingiu um novo máximo em legislativas, 45,5 por cento. Das opções O secretário-geral do PS admitiu governar com acordos pontuais, procurando a estabilidade “dia-a-dia”, se não conseguir repetir um entendimento com os parceiros de esquerda, e frisou que nunca colocará em risco a credibilidade externa do país. Esta tipo de solução, semelhante àquela que foi posta em prática pelo Governo de António Guterres entre 1995 e 1999, com acordos pontuais `do PS tanto à direita como à sua esquerda, foi admitida por António Costa na conferência de imprensa sobre os resultados das eleições legislativas de domingo. Questionado pela agência Lusa sobre em que medida está disponível para acordos pontuais com o PSD, designadamente em matéria orçamental e num cenário de contenção orçamental, António Costa defendeu que “a direita foi derrotada” nestas eleições legislativas. “Se interpreto bem os resultados, os portugueses desejam a continuidade da actual solução política. Se não houver vontade dos outros parceiros na continuidade dessa solução, terei de respeitar naturalmente essa vontade e teremos de prosseguir com um Governo do PS que trabalhará dia-a-dia para manter essa estabilidade ao longo dos quatro anos”, respondeu o secretário-geral do PS. Neste ponto, António Costa disse mesmo ter “a certeza que não há um único português que tenha votado pela instabilidade ou por um Governo com um prazo dois anos”. “A vontade de todos é que o próximo Governo dure quatro anos e seja do PS. A experiência de 2015 revelou-se uma boa solução. Acho que aquilo que correu bem não deve ser alterado”, defendeu. António Costa afirmou respeitar a interpretação do PCP de que os últimos quatro anos não correram como os portugueses queriam e que houve “uma luta da esquerda contra o PS”. Pelo contrário, segundo o secretário-geral do PS, “os portugueses não disseram que esta era uma solução para não repetir”. “Um PS reforçado aumenta a estabilidade. Temos um programa com compromissos claros e com contas certas a sustentá-lo. Não estamos disponíveis para colocar em causa a credibilidade externa do país”, advertiu o líder socialista. Derrapagem à direita O presidente do PSD assumiu que o partido não conseguiu o seu grande objectivo, vencer as eleições, mas considerou que o resultado não foi uma “grande derrota” e afirmou que vai ponderar “com serenidade” a continuidade na liderança. “Não atingimos o objectivo, mas não é a grande derrota que muitos previam, essa grande derrota não existiu”, defendeu Rui Rio, em declarações aos jornalistas, no hotel em Lisboa onde o partido acompanhou a noite eleitoral. Questionado se vai abandonar a liderança do PSD — pergunta que motivou risos e protestos da assistência -, Rui Rio começou por dizer que a pergunta partia do pressuposto errado, de que o PSD tinha tido a “grande derrota que muitos profetizavam e até desejavam”. “Essa pergunta que me está a fazer vai merecer serenidade e ponderação e ouvir as pessoas”, afirmou. Já o antigo parceiro de coligação do PSD teve uma noite amarga. A líder do CDS-PP, Assunção Cristas, assumiu a derrota do seu partido nas legislativas e anunciou que não se recandidatará no próximo congresso extraordinário, que pediu para ser convocado em breve. “Assumimos o resultado com humildade democrática”, afirmou Cristas, rodeada pela sua direcção na sede nacional do partido, em Lisboa, numa curta declaração aos jornalistas. A presidente do CDS afirmou que pediu a antecipação do congresso nacional, estatutariamente previsto para Março de 2020, que vai ser convocado pelo conselho nacional em data a anunciar. Assunção Cristas afirmou que deu o seu melhor ao longo de quatro anos e que, perante o resultado das eleições, optou por demitir-se e não se recandidatar no próximo congresso. “Tomei a decisão de não me recandidatar”, acrescentou a líder dos centristas, que começou por “felicitar o PS” e “desejar a António Costa sucessos nos destinos” do país. Numa declaração sem perguntas dos jornalistas, não esclareceu se iria, por exemplo, assumir o seu lugar de deputada. Abel Matos Santos, porta-voz da Tendência Esperança em Movimento-CDS (TEM-CDS), saudou a demissão de Assunção Cristas da presidência do partido, e vai candidatar-se à liderança no próximo congresso. Em declarações à Lusa, Matos Santos afirmou que será candidato porque este não é “tempo de estratégias ou tácticas”, mas de assumir as “responsabilidades” e vai apresentar uma moção e uma candidatura no congresso nacional, que será antecipado, por proposta da líder, Assunção Cristas. “É preciso o partido assumir as suas ideias com clareza, assumir-se como partido de direita democrática e deixar o politicamente correcto”, disse. Nove no hemiciclo O porta-voz do Pessoas-Animais-Natureza (PAN), André Silva, congratulou-se pela eleição de quatro deputados e por o “conservadorismo” de CDS-PP, PSD e PCP ter perdido a maioria no parlamento. “O conservadorismo perdeu a maioria que tinha no parlamento. PSD, CDS e PCP perderam mandatos e estão reunidas as condições para que Portugal avance em convergência com os valores do século XXI”, afirmou André Silva, que discursava no Museu da Cidade, em Lisboa, após a confirmação da eleição de quatro deputados pelo PAN. Para o dirigente do PAN, havia duas maiorias parlamentares “e uma delas caiu, que foi a maioria conservadora, que impediu Portugal de avançar em várias matérias”. André Silva, que subiu ao púlpito depois do discurso do secretário-geral do PS, António Costa, salientou que o PAN foi a quinta força política nos círculos de Lisboa, Porto, Setúbal e Faro, referindo que o resultado é sinal de que o partido “consolidou-se no sistema político português”. Questionado sobre um possível acordo com o PS, André Silva voltou a frisar algo que já tinha dito em campanha: “O PAN não quer fazer parte da solução governativa”. “O PS precisa apenas do Bloco de Esquerda ou da CDU”, notou, referindo que isso não impede o partido de fazer avançar propostas, tal como fez na última legislatura. O partido Iniciativa Liberal (IL) festejou a entrada no parlamento, ao eleger um deputado, com gritos de “liberdade” e um banho de champanhe, prometendo uma oposição “incansável e implacável” ao Partido Socialista. O partido fundado em 2017 e que é presidido por Carlos Guimarães Pinto fez esta noite “história” ao eleger um deputado, João Cotrim de Figueiredo, pelo círculo eleitoral de Lisboa. Perante mais de uma centena de militantes, que se encontram concentrados no “The House of Hope and Dream”, em Lisboa, Carlos Pinto Guimarães anunciou o feito, ao som de gritos de “liberdade, liberdade”. “Quero começar por saudar os vencedores da noite, o PS, apesar da forma como geriu o país, começou por dizer o líder do IL, prometendo, em seguida, uma “verdadeira oposição ao socialismo”. “Agora vão ter uma oposição diferente. Uma oposição ideológica. Seremos a verdadeira voz da liberdade política e económica”, afirmou. Antes de passar a palavra ao deputado eleito, Carlos Guimarães Pinto destacou o percurso do partido, com “apenas dois anos de existência”. “Somos um partido que chega aqui sem figuras mediáticas. Chegamos aqui pelas ideias. Ideias que irão fazer oposição ao socialismo”, reiterou. Por seu turno, o candidato eleito pelo IL, João Cotrim de Figueiredo, num curto discurso, prometeu ser uma “voz activa” na Assembleia da República. “Serei incansável e implacável para ser a voz do liberalismo no Parlamento”, prometeu. Em campo oposto Por sua vez, o presidente do Chega, André Ventura, eleito deputado por Lisboa nas eleições legislativas de domingo, destacou o “feito histórico” do partido, “o mais votado dos partidos pequenos”, e rejeitou acordos para formar Governo. Em declarações aos jornalistas, em Lisboa, André Ventura considerou que o Chega devolveu “a esperança a um país que não a tinha”, sublinhando que com “poucos meses [de existência” o partido “conseguiu um lugar na Assembleia da República”. “O dr. António Costa escusa sequer de me contactar, porque não vale a pena”, reiterou André Ventura, acrescentando também que “está fora de questão” qualquer acordo com PSD e CDS. O cabeça de lista anunciou que iria seguir em desfile, com vários militantes e simpatizantes, rumo à Assembleia da República. No pólo oposto do espectro ideológico, Joacine Katar Moreira, a cabeça de lista do Livre por Lisboa eleita nas legislativas de domingo, afirmou que “não há lugar para extrema-direita no parlamento”, salientando que o seu partido será “a esquerda anti-fascista e anti-racista”. “Não há lugar para extrema-direita no parlamento português”, gritou Joacine Katar Moreira no púlpito montado na Fábrica Braço de Prata, em Lisboa, após confirmar que tinha garantido a eleição. Elas no hemiciclo As eleições legislativas permitiram eleger mais 14 mulheres do que nas de 2015, num total de 89 eleitas do sexo feminino, quando faltavam definir apenas os quatro mandatos no estrangeiro. Nas eleições legislativas de 2015 tinham sido eleitas 75 mulheres, 33 pela coligação PPD/PSD/CDS-PP, 27 pelo PS, cinco pelo Bloco de Esquerda (BE), sete pelo PCP-PEV e três pelo PPD/PSD (Açores e Madeira). Segundo os resultados eleitorais das eleições legislativas de domingo, foram eleitas 89 mulheres, 42 pelo PS, 26 pelo PPD/PSD, nove pelo BE, cinco pelo PCP-PEV, três pelo CDS-PP, três pelo Partido Animais e Natureza (PAN) e uma pelo Livre. A taxa de abstenção registou um nove recorde nas eleições legislativas de domingo, ao situar-se nos 45,5 por cento, segundo a Secretaria Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI). Os dados da abstenção das eleições de domingo dizem respeito aos cerca de 9,3 milhões de eleitores recenseados no território nacional, faltando ainda os cerca de dois milhões de eleitores residentes no estrangeiro. A taxa de abstenção nas eleições legislativas tem vindo a registar um aumento ao longo dos anos. Em 2015, a taxa de abstenção tinha atingidos os 44,4 por cento e, em 2011, ficou nos 41,1 por cento, tendo dois anos antes se situado nos 39,4 por cento. Em 2002, quando os sociais-democratas, liderados por Durão Barroso, ganharam as eleições, a taxa de abstenção cifrou-se em 38,52 por cento, ligeiramente abaixo dos 38,91 por cento registados na segunda eleição de Guterres, em 10 de Outubro de 1999. Logo nas eleições seguintes, em 2005, que deram a Sócrates o seu primeiro mandato como primeiro-ministro, a abstenção ficou-se pelos 35,74 por cento. Já nas eleições para a Assembleia Constituinte, em 1975, a abstenção ficou nos 8,3 por cento e nas primeiras legislativas, em 1976, situou-se nos 16,4 por cento. Segundo a SGMAI, mas eleições legislativas de domingo registaram-se 129.599 votos brancos (2,54 por cento) e 88.539 votos nulos (1,74 por cento). De acordo com a SGMAI, estavam recenseados para as eleições de domingo 10.810.662 eleitores, mais cerca de 1,1 milhões do que nas anteriores legislativas, em 2015, devido ao recenseamento automático no estrangeiro. Voto postal O Consulado Geral de Portugal em Macau e Hong Kong indicou à agência Lusa que, de num total de 65 mil eleitores e 67 inscritos para votarem presencialmente, 44 exerceram esse direito nas eleições legislativas de domingo. “O número total de eleitores inscritos nos cadernos eleitorais de Macau e Hong Kong era superior a 65.000”, mas “a grande maioria terá votado por correspondência”, adiantou o cônsul-geral, Paulo Cunha-Alves. “No que diz respeito ao voto presencial tudo decorreu dentro da normalidade. No que respeita ao voto por correspondência, temos conhecimento que alguns cidadãos não receberam o envelope com o boletim de voto, possivelmente devido ao facto de terem mudado de residência e não terem informado o Consulado Geral nem a autoridade eleitoral”, explicou. O diplomata sublinhou que “o voto postal implica a actualização da morada do eleitor no respectivo cartão de cidadão, pois é para essa morada que a Secretaria Geral do MAI [Ministério da Administração Interna] envia os boletins de voto”.
Hoje Macau InternacionalLegislativas | PS e Bloco vencem em noite de histórica para partidos pequenos António Costa vai continuar a ser primeiro-ministro, depois dos socialistas arrecadarem 36,65 % dos votos. Os partidos à esquerda ganharam a larga maioria dos assentos parlamentares, apesar do fraco resultado da coligação PCP/Verdes. PAN passa de um deputado para quatro e estreiam-se no hemiciclo representantes do Livre, Iniciativa Liberal e Chega. CDS-PP foi um dos derrotados da noite, com Assunção Cristas a abandonar a liderança do partido [dropcap]O[/dropcap] PS venceu sem maioria absoluta e terá de tentar a repetição de uma solução de Governo à esquerda, numa eleição marcada pela derrota histórica da direita e pela entrada de três novos partidos no parlamento. Com 36,6 por cento dos votos, o PS de António Costa vê legitimada a governação, mas com 106 deputados – quando falta apurar os resultados para eleger quatro mandatos no estrangeiro – fica obrigado a tentar nova solução de Governo à esquerda, que poderá ser alargada ao PAN e ao Livre, que elegeu pela primeira vez uma deputada (Joacine Katar Moreira). A noite eleitoral trouxe um sabor amargo ao CDS, que com 4,2 por cento fica reduzido a cinco deputados na Assembleia da República e perde a sua líder, Assunção Cristas, que decidiu não se recandidatar num Congresso a ser convocado pelo Conselho Nacional. O PSD de Rui Rio tem também um dos seus piores resultados, mas face às expectativas criadas a derrota acabou por ter um sabor agradável, não se tendo ouvido uma voz a exigir a ‘cabeça’ do líder. Os sociais-democratas alcançaram 27,9 por cento e 77 deputados, o pior resultado percentual deste século em legislativas. A entrada de três novas forças políticas para o parlamento e a subida do PAN marcaram também a noite das legislativas. O Livre, o Iniciativa Liberal e o Chega conseguem cada um o seu deputado no hemiciclo de S. Bento, que pela primeira vez acolhe um deputado conotado com a extrema-direita, André Ventura, o líder deste terceiro partido. A CDU recua para 6,4 por cento e perde cinco deputados, vendo ao mesmo tempo o Bloco de Esquerda consolidar-se como a terceira força política, com 19 deputados e 9,6 por cento dos votos, ainda assim um resultado inferior ao das legislativas de 2015. Dois recordes marcaram esta noite de legislativas: o parlamento conta pela primeira vez com deputados de nove partidos. Por outro lado, a abstenção atingiu um novo máximo em legislativas, 45,5 por cento. Das opções O secretário-geral do PS admitiu governar com acordos pontuais, procurando a estabilidade “dia-a-dia”, se não conseguir repetir um entendimento com os parceiros de esquerda, e frisou que nunca colocará em risco a credibilidade externa do país. Esta tipo de solução, semelhante àquela que foi posta em prática pelo Governo de António Guterres entre 1995 e 1999, com acordos pontuais `do PS tanto à direita como à sua esquerda, foi admitida por António Costa na conferência de imprensa sobre os resultados das eleições legislativas de domingo. Questionado pela agência Lusa sobre em que medida está disponível para acordos pontuais com o PSD, designadamente em matéria orçamental e num cenário de contenção orçamental, António Costa defendeu que “a direita foi derrotada” nestas eleições legislativas. “Se interpreto bem os resultados, os portugueses desejam a continuidade da actual solução política. Se não houver vontade dos outros parceiros na continuidade dessa solução, terei de respeitar naturalmente essa vontade e teremos de prosseguir com um Governo do PS que trabalhará dia-a-dia para manter essa estabilidade ao longo dos quatro anos”, respondeu o secretário-geral do PS. Neste ponto, António Costa disse mesmo ter “a certeza que não há um único português que tenha votado pela instabilidade ou por um Governo com um prazo dois anos”. “A vontade de todos é que o próximo Governo dure quatro anos e seja do PS. A experiência de 2015 revelou-se uma boa solução. Acho que aquilo que correu bem não deve ser alterado”, defendeu. António Costa afirmou respeitar a interpretação do PCP de que os últimos quatro anos não correram como os portugueses queriam e que houve “uma luta da esquerda contra o PS”. Pelo contrário, segundo o secretário-geral do PS, “os portugueses não disseram que esta era uma solução para não repetir”. “Um PS reforçado aumenta a estabilidade. Temos um programa com compromissos claros e com contas certas a sustentá-lo. Não estamos disponíveis para colocar em causa a credibilidade externa do país”, advertiu o líder socialista. Derrapagem à direita O presidente do PSD assumiu que o partido não conseguiu o seu grande objectivo, vencer as eleições, mas considerou que o resultado não foi uma “grande derrota” e afirmou que vai ponderar “com serenidade” a continuidade na liderança. “Não atingimos o objectivo, mas não é a grande derrota que muitos previam, essa grande derrota não existiu”, defendeu Rui Rio, em declarações aos jornalistas, no hotel em Lisboa onde o partido acompanhou a noite eleitoral. Questionado se vai abandonar a liderança do PSD — pergunta que motivou risos e protestos da assistência -, Rui Rio começou por dizer que a pergunta partia do pressuposto errado, de que o PSD tinha tido a “grande derrota que muitos profetizavam e até desejavam”. “Essa pergunta que me está a fazer vai merecer serenidade e ponderação e ouvir as pessoas”, afirmou. Já o antigo parceiro de coligação do PSD teve uma noite amarga. A líder do CDS-PP, Assunção Cristas, assumiu a derrota do seu partido nas legislativas e anunciou que não se recandidatará no próximo congresso extraordinário, que pediu para ser convocado em breve. “Assumimos o resultado com humildade democrática”, afirmou Cristas, rodeada pela sua direcção na sede nacional do partido, em Lisboa, numa curta declaração aos jornalistas. A presidente do CDS afirmou que pediu a antecipação do congresso nacional, estatutariamente previsto para Março de 2020, que vai ser convocado pelo conselho nacional em data a anunciar. Assunção Cristas afirmou que deu o seu melhor ao longo de quatro anos e que, perante o resultado das eleições, optou por demitir-se e não se recandidatar no próximo congresso. “Tomei a decisão de não me recandidatar”, acrescentou a líder dos centristas, que começou por “felicitar o PS” e “desejar a António Costa sucessos nos destinos” do país. Numa declaração sem perguntas dos jornalistas, não esclareceu se iria, por exemplo, assumir o seu lugar de deputada. Abel Matos Santos, porta-voz da Tendência Esperança em Movimento-CDS (TEM-CDS), saudou a demissão de Assunção Cristas da presidência do partido, e vai candidatar-se à liderança no próximo congresso. Em declarações à Lusa, Matos Santos afirmou que será candidato porque este não é “tempo de estratégias ou tácticas”, mas de assumir as “responsabilidades” e vai apresentar uma moção e uma candidatura no congresso nacional, que será antecipado, por proposta da líder, Assunção Cristas. “É preciso o partido assumir as suas ideias com clareza, assumir-se como partido de direita democrática e deixar o politicamente correcto”, disse. Nove no hemiciclo O porta-voz do Pessoas-Animais-Natureza (PAN), André Silva, congratulou-se pela eleição de quatro deputados e por o “conservadorismo” de CDS-PP, PSD e PCP ter perdido a maioria no parlamento. “O conservadorismo perdeu a maioria que tinha no parlamento. PSD, CDS e PCP perderam mandatos e estão reunidas as condições para que Portugal avance em convergência com os valores do século XXI”, afirmou André Silva, que discursava no Museu da Cidade, em Lisboa, após a confirmação da eleição de quatro deputados pelo PAN. Para o dirigente do PAN, havia duas maiorias parlamentares “e uma delas caiu, que foi a maioria conservadora, que impediu Portugal de avançar em várias matérias”. André Silva, que subiu ao púlpito depois do discurso do secretário-geral do PS, António Costa, salientou que o PAN foi a quinta força política nos círculos de Lisboa, Porto, Setúbal e Faro, referindo que o resultado é sinal de que o partido “consolidou-se no sistema político português”. Questionado sobre um possível acordo com o PS, André Silva voltou a frisar algo que já tinha dito em campanha: “O PAN não quer fazer parte da solução governativa”. “O PS precisa apenas do Bloco de Esquerda ou da CDU”, notou, referindo que isso não impede o partido de fazer avançar propostas, tal como fez na última legislatura. O partido Iniciativa Liberal (IL) festejou a entrada no parlamento, ao eleger um deputado, com gritos de “liberdade” e um banho de champanhe, prometendo uma oposição “incansável e implacável” ao Partido Socialista. O partido fundado em 2017 e que é presidido por Carlos Guimarães Pinto fez esta noite “história” ao eleger um deputado, João Cotrim de Figueiredo, pelo círculo eleitoral de Lisboa. Perante mais de uma centena de militantes, que se encontram concentrados no “The House of Hope and Dream”, em Lisboa, Carlos Pinto Guimarães anunciou o feito, ao som de gritos de “liberdade, liberdade”. “Quero começar por saudar os vencedores da noite, o PS, apesar da forma como geriu o país, começou por dizer o líder do IL, prometendo, em seguida, uma “verdadeira oposição ao socialismo”. “Agora vão ter uma oposição diferente. Uma oposição ideológica. Seremos a verdadeira voz da liberdade política e económica”, afirmou. Antes de passar a palavra ao deputado eleito, Carlos Guimarães Pinto destacou o percurso do partido, com “apenas dois anos de existência”. “Somos um partido que chega aqui sem figuras mediáticas. Chegamos aqui pelas ideias. Ideias que irão fazer oposição ao socialismo”, reiterou. Por seu turno, o candidato eleito pelo IL, João Cotrim de Figueiredo, num curto discurso, prometeu ser uma “voz activa” na Assembleia da República. “Serei incansável e implacável para ser a voz do liberalismo no Parlamento”, prometeu. Em campo oposto Por sua vez, o presidente do Chega, André Ventura, eleito deputado por Lisboa nas eleições legislativas de domingo, destacou o “feito histórico” do partido, “o mais votado dos partidos pequenos”, e rejeitou acordos para formar Governo. Em declarações aos jornalistas, em Lisboa, André Ventura considerou que o Chega devolveu “a esperança a um país que não a tinha”, sublinhando que com “poucos meses [de existência” o partido “conseguiu um lugar na Assembleia da República”. “O dr. António Costa escusa sequer de me contactar, porque não vale a pena”, reiterou André Ventura, acrescentando também que “está fora de questão” qualquer acordo com PSD e CDS. O cabeça de lista anunciou que iria seguir em desfile, com vários militantes e simpatizantes, rumo à Assembleia da República. No pólo oposto do espectro ideológico, Joacine Katar Moreira, a cabeça de lista do Livre por Lisboa eleita nas legislativas de domingo, afirmou que “não há lugar para extrema-direita no parlamento”, salientando que o seu partido será “a esquerda anti-fascista e anti-racista”. “Não há lugar para extrema-direita no parlamento português”, gritou Joacine Katar Moreira no púlpito montado na Fábrica Braço de Prata, em Lisboa, após confirmar que tinha garantido a eleição. Elas no hemiciclo As eleições legislativas permitiram eleger mais 14 mulheres do que nas de 2015, num total de 89 eleitas do sexo feminino, quando faltavam definir apenas os quatro mandatos no estrangeiro. Nas eleições legislativas de 2015 tinham sido eleitas 75 mulheres, 33 pela coligação PPD/PSD/CDS-PP, 27 pelo PS, cinco pelo Bloco de Esquerda (BE), sete pelo PCP-PEV e três pelo PPD/PSD (Açores e Madeira). Segundo os resultados eleitorais das eleições legislativas de domingo, foram eleitas 89 mulheres, 42 pelo PS, 26 pelo PPD/PSD, nove pelo BE, cinco pelo PCP-PEV, três pelo CDS-PP, três pelo Partido Animais e Natureza (PAN) e uma pelo Livre. A taxa de abstenção registou um nove recorde nas eleições legislativas de domingo, ao situar-se nos 45,5 por cento, segundo a Secretaria Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI). Os dados da abstenção das eleições de domingo dizem respeito aos cerca de 9,3 milhões de eleitores recenseados no território nacional, faltando ainda os cerca de dois milhões de eleitores residentes no estrangeiro. A taxa de abstenção nas eleições legislativas tem vindo a registar um aumento ao longo dos anos. Em 2015, a taxa de abstenção tinha atingidos os 44,4 por cento e, em 2011, ficou nos 41,1 por cento, tendo dois anos antes se situado nos 39,4 por cento. Em 2002, quando os sociais-democratas, liderados por Durão Barroso, ganharam as eleições, a taxa de abstenção cifrou-se em 38,52 por cento, ligeiramente abaixo dos 38,91 por cento registados na segunda eleição de Guterres, em 10 de Outubro de 1999. Logo nas eleições seguintes, em 2005, que deram a Sócrates o seu primeiro mandato como primeiro-ministro, a abstenção ficou-se pelos 35,74 por cento. Já nas eleições para a Assembleia Constituinte, em 1975, a abstenção ficou nos 8,3 por cento e nas primeiras legislativas, em 1976, situou-se nos 16,4 por cento. Segundo a SGMAI, mas eleições legislativas de domingo registaram-se 129.599 votos brancos (2,54 por cento) e 88.539 votos nulos (1,74 por cento). De acordo com a SGMAI, estavam recenseados para as eleições de domingo 10.810.662 eleitores, mais cerca de 1,1 milhões do que nas anteriores legislativas, em 2015, devido ao recenseamento automático no estrangeiro. Voto postal O Consulado Geral de Portugal em Macau e Hong Kong indicou à agência Lusa que, de num total de 65 mil eleitores e 67 inscritos para votarem presencialmente, 44 exerceram esse direito nas eleições legislativas de domingo. “O número total de eleitores inscritos nos cadernos eleitorais de Macau e Hong Kong era superior a 65.000”, mas “a grande maioria terá votado por correspondência”, adiantou o cônsul-geral, Paulo Cunha-Alves. “No que diz respeito ao voto presencial tudo decorreu dentro da normalidade. No que respeita ao voto por correspondência, temos conhecimento que alguns cidadãos não receberam o envelope com o boletim de voto, possivelmente devido ao facto de terem mudado de residência e não terem informado o Consulado Geral nem a autoridade eleitoral”, explicou. O diplomata sublinhou que “o voto postal implica a actualização da morada do eleitor no respectivo cartão de cidadão, pois é para essa morada que a Secretaria Geral do MAI [Ministério da Administração Interna] envia os boletins de voto”.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Associação de Jornalistas condena uso de cocktail molotov [dropcap]A[/dropcap] Associação de Jornalistas de Hong Kong emitiu hoje um comunicado onde condena o uso de cocktails molotov contra repórteres da estação televisiva RTHK. “A RTHK noticiou que um dos seus jornalistas sofreu queimaduras num dos lados do rosto depois de ter sido lançado um cocktail molotov perto do local de reportagem, em Hennessy Road, zona de Wanchai.” De acordo com o mesmo comunicado, “o jornalista estava claramente identificado como membro dos media e não parecia ser um alvo de ataque, tendo os manifestantes prestado apoio de imediato”. Neste sentido, a associação “condena qualquer tipo de violência cometida contra jornalistas pela polícia ou manifestantes, quer seja intencional ou não”. “A associação apela à polícia e aos manifestantes que cessem quaisquer actos que possam interferir com o trabalho de reportagem dos protestos em Hong Kong, incluindo fogo e o lançamento de projécteis perto ou sobre jornalistas”, lê-se ainda na nota oficial hoje divulgada nas redes sociais. De acordo com o South China Morning Post, esta segunda-feira ficou marcada pelo quarto dia de protestos contra a lei anti-máscaras decretada pela Chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam. Apesar de ter sido registada uma menor escalada de violência face aos dias anteriores, houve várias demonstrações em centros comerciais e lançamento de gás pimenta nas ruas. Esta noite dezenas de manifestantes reuniram-se na zona de Mong Kok e Tai Koo, onde ocorreram confrontos com a polícia e várias ruas foram bloqueadas. Registou-se também uma marcha em direcção a Tsim Sha Tsui. China considera “criminosa” declaração da UE A embaixada chinesa em Paris classificou hoje a declaração da União Europeia (UE) a condenar a violência em Hong Kong como “criminosa e muito perigosa” e afirmou o “desprezo” de Pequim face à “hipocrisia” europeia. “Expressamos a nossa profunda insatisfação e profundo desprezo pela hipocrisia da declaração europeia”, aponta a embaixada da China, através da sua conta oficial na rede social Twitter. A diplomacia chinesa considerou ainda que a UE “glorificou publicamente os abusos dos manifestantes e desrespeitou flagrantemente as acções de autodefesa adoptadas pelos polícias de Hong Kong para defenderem as suas vidas contra os agressores”. A mensagem refere-se a uma declaração do Gabinete de Federica Mogherini, a Alta Representante da UE para a Política Externa e Segurança, que considera que o diálogo é o “único caminho” para solucionar a crise em Hong Kong. “A escalada da violência e a contínua turbulência em Hong Kong, incluindo o uso de munições reais, que provocaram ferimentos críticos em pelo menos uma pessoa, são muito perturbantes”, lê-se na nota difundida na semana passada pela UE. “A UE mantém a sua posição de que a contenção, a redução da escalada e o diálogo constituem o único caminho. Actualmente, são cada vez mais necessários que nunca, e garantem a única base para uma solução duradoura”. O comunicado sublinha que as liberdades fundamentais, incluindo o direito de reunião dos cidadãos de Hong Kong, devem ser mantidas, e assegurada a possibilidade de promoveram manifestações pacíficas. “Estes direitos devem ser exercidos pacificamente. Qualquer violência é inaceitável, e qualquer acção das autoridades responsáveis pela segurança deve manter-se de forma estritamente proporcional”, prossegue o texto.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Associação de Jornalistas condena uso de cocktail molotov [dropcap]A[/dropcap] Associação de Jornalistas de Hong Kong emitiu hoje um comunicado onde condena o uso de cocktails molotov contra repórteres da estação televisiva RTHK. “A RTHK noticiou que um dos seus jornalistas sofreu queimaduras num dos lados do rosto depois de ter sido lançado um cocktail molotov perto do local de reportagem, em Hennessy Road, zona de Wanchai.” De acordo com o mesmo comunicado, “o jornalista estava claramente identificado como membro dos media e não parecia ser um alvo de ataque, tendo os manifestantes prestado apoio de imediato”. Neste sentido, a associação “condena qualquer tipo de violência cometida contra jornalistas pela polícia ou manifestantes, quer seja intencional ou não”. “A associação apela à polícia e aos manifestantes que cessem quaisquer actos que possam interferir com o trabalho de reportagem dos protestos em Hong Kong, incluindo fogo e o lançamento de projécteis perto ou sobre jornalistas”, lê-se ainda na nota oficial hoje divulgada nas redes sociais. De acordo com o South China Morning Post, esta segunda-feira ficou marcada pelo quarto dia de protestos contra a lei anti-máscaras decretada pela Chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam. Apesar de ter sido registada uma menor escalada de violência face aos dias anteriores, houve várias demonstrações em centros comerciais e lançamento de gás pimenta nas ruas. Esta noite dezenas de manifestantes reuniram-se na zona de Mong Kok e Tai Koo, onde ocorreram confrontos com a polícia e várias ruas foram bloqueadas. Registou-se também uma marcha em direcção a Tsim Sha Tsui. China considera “criminosa” declaração da UE A embaixada chinesa em Paris classificou hoje a declaração da União Europeia (UE) a condenar a violência em Hong Kong como “criminosa e muito perigosa” e afirmou o “desprezo” de Pequim face à “hipocrisia” europeia. “Expressamos a nossa profunda insatisfação e profundo desprezo pela hipocrisia da declaração europeia”, aponta a embaixada da China, através da sua conta oficial na rede social Twitter. A diplomacia chinesa considerou ainda que a UE “glorificou publicamente os abusos dos manifestantes e desrespeitou flagrantemente as acções de autodefesa adoptadas pelos polícias de Hong Kong para defenderem as suas vidas contra os agressores”. A mensagem refere-se a uma declaração do Gabinete de Federica Mogherini, a Alta Representante da UE para a Política Externa e Segurança, que considera que o diálogo é o “único caminho” para solucionar a crise em Hong Kong. “A escalada da violência e a contínua turbulência em Hong Kong, incluindo o uso de munições reais, que provocaram ferimentos críticos em pelo menos uma pessoa, são muito perturbantes”, lê-se na nota difundida na semana passada pela UE. “A UE mantém a sua posição de que a contenção, a redução da escalada e o diálogo constituem o único caminho. Actualmente, são cada vez mais necessários que nunca, e garantem a única base para uma solução duradoura”. O comunicado sublinha que as liberdades fundamentais, incluindo o direito de reunião dos cidadãos de Hong Kong, devem ser mantidas, e assegurada a possibilidade de promoveram manifestações pacíficas. “Estes direitos devem ser exercidos pacificamente. Qualquer violência é inaceitável, e qualquer acção das autoridades responsáveis pela segurança deve manter-se de forma estritamente proporcional”, prossegue o texto.
Hoje Macau China / Ásia MancheteHong Kong | Polícia lança gás lacrimogéneo contra manifestantes com máscaras [dropcap]A[/dropcap] polícia de Hong Kong lançou hoje gás lacrimogéneo para dispersar manifestantes que desafiaram a proibição de protestar com máscaras. Dezenas de milhares de pessoas desfilaram hoje à tarde, apesar da chuva torrencial, em manifestações não autorizadas em três bairros de Hong Kong. Muitos dos manifestantes usavam máscaras e gritavam “usar máscara não é crime”, em protesto contra a proibição, em vigor desde sábado, decretada pela líder do Governo da região administrativa especial chinesa, Carrie Lam, para minimizar os protestos que já decorrem há quatro meses. A medida, anunciada na sexta-feira, deu origem a distúrbios e episódios de violência e de vandalismo, estes especialmente dirigidos contra a empresa que gere o metropolitano de Hong Kong, MTR, acusada de estar ao lado da China. Depois de, no sábado, o metro não ter circulado, a MTR anunciou que 45 estações vão estar hoje abertas, mas 48 outras, situadas em zonas mais afectadas pelos protestos, vão permanecer encerradas. Nos protestos de hoje, que envolvem bastante mais pessoas que os de sábado, voltaram a registar-se incidentes e a polícia lançou granadas de gás lacrimogéneo contra manifestantes que tentavam erigir barricadas. Os críticos temem que o recurso à proibição das máscaras, uma lei promulgada pelos governantes colonialistas britânicos em 1922, possa abrir caminho para regulamentações mais draconianas por parte da chefe do executivo. Carrie Lam argumentou que o uso de máscaras permite que manifestantes radicais ocultem a sua identidade, e a sua a proibição é necessária para parar a violência que “semiparalisou” a cidade, não descartando novas medidas se a violência continuar. Muitos manifestantes pacíficos dizem que a violência se tornou um meio para atingir um fim e a única maneira de jovens manifestantes mascarados forçarem o Governo a aceitar as exigências dos manifestantes. Um adolescente foi baleado na sexta-feira à noite na coxa por um polícia de folga, que disparou em legítima defesa, alimentando o medo de mais confrontos sangrentos.
Hoje Macau China / Ásia MancheteHong Kong | Polícia lança gás lacrimogéneo contra manifestantes com máscaras [dropcap]A[/dropcap] polícia de Hong Kong lançou hoje gás lacrimogéneo para dispersar manifestantes que desafiaram a proibição de protestar com máscaras. Dezenas de milhares de pessoas desfilaram hoje à tarde, apesar da chuva torrencial, em manifestações não autorizadas em três bairros de Hong Kong. Muitos dos manifestantes usavam máscaras e gritavam “usar máscara não é crime”, em protesto contra a proibição, em vigor desde sábado, decretada pela líder do Governo da região administrativa especial chinesa, Carrie Lam, para minimizar os protestos que já decorrem há quatro meses. A medida, anunciada na sexta-feira, deu origem a distúrbios e episódios de violência e de vandalismo, estes especialmente dirigidos contra a empresa que gere o metropolitano de Hong Kong, MTR, acusada de estar ao lado da China. Depois de, no sábado, o metro não ter circulado, a MTR anunciou que 45 estações vão estar hoje abertas, mas 48 outras, situadas em zonas mais afectadas pelos protestos, vão permanecer encerradas. Nos protestos de hoje, que envolvem bastante mais pessoas que os de sábado, voltaram a registar-se incidentes e a polícia lançou granadas de gás lacrimogéneo contra manifestantes que tentavam erigir barricadas. Os críticos temem que o recurso à proibição das máscaras, uma lei promulgada pelos governantes colonialistas britânicos em 1922, possa abrir caminho para regulamentações mais draconianas por parte da chefe do executivo. Carrie Lam argumentou que o uso de máscaras permite que manifestantes radicais ocultem a sua identidade, e a sua a proibição é necessária para parar a violência que “semiparalisou” a cidade, não descartando novas medidas se a violência continuar. Muitos manifestantes pacíficos dizem que a violência se tornou um meio para atingir um fim e a única maneira de jovens manifestantes mascarados forçarem o Governo a aceitar as exigências dos manifestantes. Um adolescente foi baleado na sexta-feira à noite na coxa por um polícia de folga, que disparou em legítima defesa, alimentando o medo de mais confrontos sangrentos.
Hoje Macau China / ÁsiaPM da Malásia diz que Chefe do Executivo de Hong Kong deve renunciar [dropcap]O[/dropcap] primeiro-ministro da Malásia, Mahathir Mohamad, defendeu hoje que a chefe do Governo de Hong Kong, Carrie Lam, deve renunciar face às manifestações cada vez mais violentas e antecipou que Pequim acabará por tomar “medidas drásticas”. Em conferência de imprensa, o governante, que aos 94 anos é o mais velho líder em funções em todo o mundo, salientou que Carrie Lam “enfrenta um dilema”. Lam “deve obedecer os seus superiores e, ao mesmo tempo, deve responder à sua consciência”, afirmou Mahathir Mohamad. “A sua consciência [de Lam] diz-lhe que o povo de Hong Kong tem razão em rejeitar a lei” sobre as extradições, mas, “por outro lado, conhece as consequências de uma rejeição da lei”. Na origem da contestação, que se vive no território desde o início de Junho, está uma polémica proposta de emendas à lei da extradição, já retirada formalmente pelo Governo de Hong Kong. Contudo, os manifestantes continuam a exigir que o Governo responda a quatro outras reivindicações: a libertação dos manifestantes detidos, que as acções dos protestos não sejam identificadas como motins, um inquérito independente à violência policial e, finalmente, a demissão da chefe de Governo e consequente eleição por sufrágio universal para este cargo e para o Conselho Legislativo, o parlamento de Hong Kong. “Para a administradora (Carrie Lam), acho que o melhor seria demitir-se”, sublinhou o líder da Malásia. Lembrando a sangrenta repressão do movimento democrático chinês na Praça Tiananmen em Pequim, em 1989, Mahathir Mohamad recordou que a China finalmente enviou o exército “que tomou medidas, medidas drásticas para acabar com as manifestações”. “Eu penso que no final é isso que a China fará (em Hong Kong)”, acrescentou. Milhares de pessoas reuniram-se hoje em Hong Kong, contra uma lei de emergência que proíbe o uso de máscaras durante protestos. A chefe do Governo de Hong Kong anunciou hoje que o uso de máscaras pelos manifestantes vai ser proibido a partir de sábado, para ajudar a polícia a “acabar com a violência e restaurar a ordem”.
Hoje Macau China / Ásia MancheteMovimento pró-democracia condena ‘lei anti-máscara’ e promete novos protestos em Hong Kong [dropcap]A[/dropcap] Frente Cívica de Direitos Humanos (FCDH), que tem liderado o movimento pró-democracia em Hong Kong, condenou a ‘lei anti-máscara’ anunciada hoje pelo Governo e prometeu avançar com novos protestos. Num comunicado enviado à agência Lusa, a FCDH lamentou que tenha sido invocada legislação de emergência que contraria “a reputação internacional de Hong Kong que se baseia na Lei Básica, que garante a separação de poderes e a independência do sistema judicial”. “Haverá consequências indescritíveis a partir deste regime de ditadura”, antecipa o movimento, que integra dezenas de partidos e organizações não-governamentais. A FCDH promete convocar novos protestos, sublinhando que “o povo de Hong Kong não tem medo e não recuará facilmente”. A chefe do Governo de Hong Kong anunciou hoje que o uso de máscaras pelos manifestantes vai ser proibido a partir de sábado, uma medida para ajudar a polícia a “acabar com a violência e restaurar a ordem”. A proibição apenas visa as pessoas que participem em manifestações ilegais e aqueles que recorram à violência, sublinhou Carrie Lam, impedindo-as de ocultarem a sua identidade. A ‘lei anti-máscara’ prevê penas de até um ano de prisão e multas que podem ascender a 25 mil dólares de Hong Kong. A chefe do Executivo prometeu que esta medida será votada no parlamento de Hong Kong, assim que os deputados retomem os trabalhos no Conselho Legislativo a partir de 16 de Outubro. Por outro lado, frisou que, apesar de a medida excepcional ser justificada pela “situação de grande perigo público” que se vive no território, não foi decretado o estado de emergência em Hong Kong. A líder do Governo afirmou que não foi fácil a decisão de avançar com esta medida, já que foi preciso invocar uma legislação de emergência, datada da época colonial, que não é utilizada desde 1967, e que permite à chefe do Executivo ‘saltar’ várias etapas democráticas. A chefe do Governo, por exemplo, pode assumir o poder de determinar medidas para combater a agitação civil, que podem passar pela autorização de prisões, detenções e deportações, censura da imprensa, mudança ou aprovação de novas leis. Na origem da contestação, que se vive no território desde o início de Junho, está uma polémica proposta de emendas à lei da extradição, já retirada formalmente pelo Governo de Hong Kong. Contudo, os manifestantes continuam a exigir que o Governo responda a quatro outras reivindicações: a libertação dos manifestantes detidos, que as acções dos protestos não sejam identificadas como motins, um inquérito independente à violência policial e, finalmente, a demissão da chefe de Governo e consequente eleição por sufrágio universal para este cargo e para o Conselho Legislativo, o parlamento de Hong Kong.
Hoje Macau China / Ásia MancheteMovimento pró-democracia condena 'lei anti-máscara' e promete novos protestos em Hong Kong [dropcap]A[/dropcap] Frente Cívica de Direitos Humanos (FCDH), que tem liderado o movimento pró-democracia em Hong Kong, condenou a ‘lei anti-máscara’ anunciada hoje pelo Governo e prometeu avançar com novos protestos. Num comunicado enviado à agência Lusa, a FCDH lamentou que tenha sido invocada legislação de emergência que contraria “a reputação internacional de Hong Kong que se baseia na Lei Básica, que garante a separação de poderes e a independência do sistema judicial”. “Haverá consequências indescritíveis a partir deste regime de ditadura”, antecipa o movimento, que integra dezenas de partidos e organizações não-governamentais. A FCDH promete convocar novos protestos, sublinhando que “o povo de Hong Kong não tem medo e não recuará facilmente”. A chefe do Governo de Hong Kong anunciou hoje que o uso de máscaras pelos manifestantes vai ser proibido a partir de sábado, uma medida para ajudar a polícia a “acabar com a violência e restaurar a ordem”. A proibição apenas visa as pessoas que participem em manifestações ilegais e aqueles que recorram à violência, sublinhou Carrie Lam, impedindo-as de ocultarem a sua identidade. A ‘lei anti-máscara’ prevê penas de até um ano de prisão e multas que podem ascender a 25 mil dólares de Hong Kong. A chefe do Executivo prometeu que esta medida será votada no parlamento de Hong Kong, assim que os deputados retomem os trabalhos no Conselho Legislativo a partir de 16 de Outubro. Por outro lado, frisou que, apesar de a medida excepcional ser justificada pela “situação de grande perigo público” que se vive no território, não foi decretado o estado de emergência em Hong Kong. A líder do Governo afirmou que não foi fácil a decisão de avançar com esta medida, já que foi preciso invocar uma legislação de emergência, datada da época colonial, que não é utilizada desde 1967, e que permite à chefe do Executivo ‘saltar’ várias etapas democráticas. A chefe do Governo, por exemplo, pode assumir o poder de determinar medidas para combater a agitação civil, que podem passar pela autorização de prisões, detenções e deportações, censura da imprensa, mudança ou aprovação de novas leis. Na origem da contestação, que se vive no território desde o início de Junho, está uma polémica proposta de emendas à lei da extradição, já retirada formalmente pelo Governo de Hong Kong. Contudo, os manifestantes continuam a exigir que o Governo responda a quatro outras reivindicações: a libertação dos manifestantes detidos, que as acções dos protestos não sejam identificadas como motins, um inquérito independente à violência policial e, finalmente, a demissão da chefe de Governo e consequente eleição por sufrágio universal para este cargo e para o Conselho Legislativo, o parlamento de Hong Kong.
Hoje Macau EventosExposição | Antigo Tribunal acolhe mostra de pintura chinesa [dropcap]É[/dropcap] inaugurada na próxima sexta-feira, dia 11, a “Exposição das Obras dos Membros da Associação dos Calígrafos e Pintores Chineses Yu Un”, uma iniciativa do Instituto Cultural (IC) e da Associação dos Calígrafos e Pintores Chineses Yu Un de Macau. De acordo com um comunicado, a mostra apresenta 162 peças (conjuntos) de pinturas chinesas tradicionais, caligrafias e gravação de sinetes, cobrindo uma vasta gama de temas, incluindo paisagens, flores, pássaros, características naturais e poesia clássica antiga, entre outros. As peças são criadas de várias formas e estilos diferentes, reflectindo a herança criativa e artística dos membros que participam na exposição. A mostra estará patente entre 12 de Outubro e 2 de Novembro, sendo a entrada livre e aberta ao público diariamente de terça-feira a sexta-feira, entre as 10:00 e as 20:00 horas, incluindo os dias feriados. A Associação dos Calígrafos e Pintores Chineses Yu Un de Macau foi fundada há mais de 60 anos, sendo considerada o pilar da arte tradicional chinesa local. Tem como objectivo de promover a pintura, a caligrafia e gravação de sinetes chineses, herdando de forma activa a cultura chinesa e a essência nacional, com o apoio de um grupo de antecessores e académicos. Uma nota oficial aponta que, ao longo dos anos, a associação tem realizado exposições, reuniões académicas, intercâmbios com o exterior, entre outras actividades, a fim de fornecer uma plataforma de exibição e apreciação para os amantes da pintura, caligrafia e escultura de sinetes locais, para que mais velhos e mais novos possam aprender e trocar informações.