Música | Orquestra de Macau apresenta “Artes Florescentes” esta sexta-feira

[dropcap]“A[/dropcap]rtes Florescentes” titula o concerto que a Orquestra de Macau (OM) apresenta na próxima sexta-feira, pelas 20h, na Igreja de S. Domingos. A entrada é livre e os bilhetes vão ser distribuídos no local uma hora antes da actuação.

Em comunicado, o Instituto Cultural indica que vão subir ao palco juntamente com a OM, sob a batuta do maestro assistente, Francis Kan, Law Tak Yin e Kelly Chan Wing Ka, premiados no 36.º Concurso para Jovens Músicos de Macau, e Shihan Wang, vencedor do 1.º prémio na Categoria de Violino no 2.º Concurso Internacional para Jovens Músicos Mozart de Zhuhai.

Na primeira parte vão ser interpretados o Concerto para Violino e Orquestra em Ré Maior (1.º andamento) de P. I. Tchaikovsky e o Concerto para Flauta n.º 7 em Mi menor (1.º andamento) de Devienne, enquanto na segunda o Concerto para Violino n.º 3 em Sol Maior de W. A. Mozart.

30 Out 2018

Conferência assinala 40 anos de Portugal-China e 20 anos de RAEM

[dropcap]O[/dropcap] Instituto Politécnico de Macau (IPM) e o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos portugueses (CCISP) vão organizar, na primeira metade do próximo ano, uma conferência comemorativa dos 40 anos do restabelecimento de relações diplomáticas entre Portugal e a China e os 20 anos da RAEM. A informação consta de um comunicado divulgado ontem pelo IPM que não faculta, porém, mais detalhes.

Segundo a mesma nota, o presidente do IPM, Im Sio Kei, esteve reunido na sexta-feira com o presidente do CCISP, Pedro Dominguinhos, um encontro que teve como objectivo reforçar a cooperação estratégica entre o sistema de ensino superior de Macau e de Portugal, iniciada em 2004. Uma colaboração em múltiplas áreas que, de acordo com o IPM, traduziu-se já em inúmeras iniciativas, desde palestras à publicação conjunta de materiais didácticos, bem como na participação de mil estudantes portugueses e chineses em programas de intercâmbio entre o IPM e membros do CCISP.

O intercâmbio de estudantes e a mobilidade de professores no âmbito de futuros programas de mestrado e doutoramento e o desenvolvimento de projectos de investigação conjuntos em áreas como a inteligência artificial, tradução e ensino de línguas figuram entre as linhas de intervenção prioritárias identificadas para o futuro.

30 Out 2018

Economia | Macau entre as 200 cidades mais competitivas do mundo

[dropcap]M[/dropcap]acau figura entre as 200 cidades mais competitivas do mundo, indica um estudo divulgado ontem na Conferência Internacional sobre Novas Cidades Globais, organizado pela Academia de Ciências Sociais da China, em Nanjing, na província de Jiangsu, na segunda-feira.

Segundo o jornal South China Morning Post, o estudo, realizado por 16 investigadores internacionais, avaliou 1.007 cidades em todo o mundo. O estudo tem dois indicadores distintos. O primeiro, a competitividade económica – calculada através do Produto Interno Bruto (PIB) em comparação com o crescimento do PIB mundial nos últimos cinco anos, cujo ‘ranking’ coloca Shenzhen em 5.º lugar e Hong Kong em 11.º.

Já o segundo índice diz respeito à competitividade sustentável – que mede oito aspectos, como a vitalidade económica, ambiente, inclusão social, tecnologia e inovação, recursos humanos ou infra-estruturas –, no qual Hong Kong surge na 10.ª posição.

O jornal refere que o ‘top 200’ inclui Macau, Hong Kong, Taipé e 37 cidades da China, mas não especifica a posição da RAEM nos ‘rankings’, ambos liderados por Nova Iorque.

30 Out 2018

Galgos | Yat Yuen reclama da decisão do IACM de a multar

[dropcap]A[/dropcap] Yat Yuen apresentou uma defesa escrita em que contesta a decisão do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) de a multar por abandono de animais, noticiou a Rádio Macau.

A empresa tinha, até ao final do mês, para o fazer depois de o IACM a ter notificado de que iria ser multada por não ter reclamado os galgos dentro do prazo. A definição da multa a aplicar figura como a etapa seguinte, uma vez analisados os argumentos da Yat Yuen.

A multa por abandono varia entre 20 mil a 100 mil patacas por cada animal. Mais de 400 galgos continuam no Canídromo à guarda do IACM.

30 Out 2018

Polícia Judiciária desmantela rede de agiotagem

[dropcap]A[/dropcap] Polícia Judiciária (PJ) anunciou ontem ter desmantelado uma rede de agiotagem. Trinta e três residentes de Macau, Hong Kong e China (24 homens e nove mulheres) foram detidos.

De acordo com informações complementares da PJ, reproduzidas pelo canal chinês da Rádio Macau, a alegada rede, que estaria no activo há sensivelmente dois anos, terá feito empréstimos ilegais de mais de 60 milhões de dólares de Hong Kong. A maioria das vítimas – o número não foi especificado – é do interior da China.

Em Março último, a PJ tinha detido parte dos membros do mesmo grupo criminoso, cujo total estima em 50. As detenções foram efectuadas na sequência de rusgas a nove apartamentos em Macau e na Taipa, onde foram encontrados mais de 1,7 milhões de dólares de Hong Kong em dinheiro, bem como recibos dos empréstimos ilegais concedidos a apostadores junto aos casinos, de acordo com a emissora pública.

30 Out 2018

HKZM | Deputados culpam ponte por caos no trânsito

[dropcap]A[/dropcap]pós a abertura da ponte HKZM, na semana passada, houve deputados que ontem se queixaram dos engarrafamentos causados na Zona da Areia Preta, no acesso à infra-estrutura.

O deputado Ip Sio Kai falou de “caos” e quis saber a razão desta situação e se a mesma se ficou a dever à falta de “equipamentos rodoviários”. Ip frisou também a necessidade de aprender com a ponte e melhorar a situação no planeamento.

Agnes Lam também mencionou os problemas crónicos no trânsito desta zona. Já Chui Sai Peng, primo do Chefe do Executivo, considerou que a abertura da ponte correu sem incidentes, mas que a população se tem efectivamente queixado do trânsito.

30 Out 2018

LECM diz que paredão no Porto Interior pode travar inundações em dois anos

[dropcap]O[/dropcap] presidente do Laboratório de Engenharia Civil de Macau (LECM) defendeu ontem que a construção de um paredão na zona do Porto Interior permitiria prevenir inundações recorrentes naquela zona baixa da cidade no prazo de dois anos.

Numa conferência sobre os desafios e oportunidades para as áreas marítimas do território, Ao Peng Kong sublinhou que esta seria uma medida rápida e de baixo custo, compatível com a política de mitigação de desastres das autoridades de Macau e de requalificação da zona antiga da península, normalmente muito afetada pelas inundações.

Aquele que é também o presidente da Sociedade de Macau para o Oceano e Hidráulica destacou ainda a importância de novos aterros na cidade para atrair a população da zona antiga, desenvolvimento do turismo, bem como para a criação de emprego e de condições para se avançar com a renovação daquela área, durante uma iniciativa que se realizou hoje na Fundação Rui Cunha.

A requalificação da zona antiga de Macau, enumerou, seria importante ao nível da recuperação do património, da intervenção das infra-estruturas enterradas e na redefinição, atualização e correção das antigas vias de comunicação.

Ainda em Setembro, com a passagem do tufão Mangkhut, as autoridades focaram muitos dos seus esforços para prevenir o impacto de inundações, que representam habitualmente uma ameaça para a zona do Porto Interior, na parte oeste da península.

Para o responsável do LECM, a taxa de crescimento territorial não acompanha o crescimento demográfico e económico, pelo que Macau deve apostar na cooperação e em acompanhar a estratégia nacional chinesa, de forma a garantir um desenvolvimento sustentável.

“A construção de aterros pode ajudar a mitigar problemas, mas não resolve o que é fundamental, e isso só pode ser assegurado com um planeamento estratégico urbano a longo prazo”, concluiu.

30 Out 2018

Sérgio de Almeida Correia preocupado com “excessos securitários”

[dropcap]U[/dropcap]m dos dois candidatos à presidência da Associação de Advogados de Macau (AAM), Sérgio Almeida Correia, disse à agência Lusa estar preocupado com excessos securitários protagonizados pelas autoridades do território.

“É evidente a preocupação de todos. Estamos a falar de mecanismos policiais de intervenção”, de “direitos à privacidade e de circulação de pessoas, da instalação de sistemas de vigilância (…) que consideramos excessivo porque Macau sempre foi um território pacífico”, afirmou.

Sérgio Almeida Correia afirmou acreditar que “os excessos securitários têm mais a ver com a visão que o secretário para a Segurança [de Macau] tem” e pelo facto de “a Assembleia Legislativa (…) não exercer o seu papel fiscalizador”.

Candidato à única associação pública profissional de Macau, contra o actual presidente, Jorge Neto Valente, questionou a razão pela qual se estão a reforçar os mecanismos de vigilância, lembrando que “há uma proposta no sentido de se facilitar as escutas por parte do Ministério Público e dos órgãos de polícia criminal e de investigação”.

Por outro lado, acrescentou, “tem havido alguns problemas (…) em relação ao direito de reunião e manifestação”.

Para o advogado, “a Associação [de Advogados de Macau] tem que se pronunciar” sobre estas questões, “não enquanto activista político, mas em defesa da Lei Básica [do território] e do princípio ‘um país, dois sistemas’”.

Apesar de defender que existe um consenso à volta da ideia de que “a Lei Básica não está ameaçada”, afirmou a sua convicção de que “há um grupo de pessoas em Macau, talvez pela vontade de mostrar serviço a Pequim, que tem procurado manter ou assumir posições de poder, transmitindo a ideia errada” à China.

Contudo, salientou, “Pequim não lhes encomendou esse serviço”. Por outro lado, Sérgio Almeida Correia disse ver “com preocupação” o afastamento de juízes e magistrados portugueses.

“É uma consequência inevitável do processo de integração, mas o processo de integração, costumo recordá-lo, só termina em 2049, portanto não vejo por que razão se há de reduzir – e não chegámos sequer a metade do período de integração plena na República Popular da China – o número de magistrados portugueses em Macau”, defendeu.

O advogado afirmou que está na altura de combater “a divisão entre os advogados”, com o desempenho do atual presidente da associação que tem “um modelo de gestão do quero, posso e mando”, assente em “dois pesos e duas medidas”, e que está associado a demasiados interesses que lhe retiram liberdade” no exercício do cargo.

Por fim, o advogado apelou a uma maior transparência sobre o papel que cabe à associação na escolha do chefe do Governo de Macau.

A associação “tem um papel fundamental na escolha do chefe do executivo”, já que é membro da comissão eleitoral que o escolhe”, mas “até hoje os advogados não foram consultados” sobre esta matéria, destacou.

“Se, por exemplo, na próxima eleição surgirem três candidatos, vamos imaginar, o Dr. Lionel Leong, o presidente da Assembleia Legislativa e o secretário para a Segurança, em quem é que o Dr. Neto Valente vai votar? Ele vai perguntar à associação, aos advogados?”, questionou.

As eleições para a Associação dos Advogados de Macau, que integra cerca de 400 advogados, um quarto deles portugueses, está agendada para dezembro.

Contactado pela Lusa, o actual presidente, que se recandidata ao cargo, comunicou que de momento não prestava declarações, preferindo fazê-lo num momento mais oportuno.

29 Out 2018

Colecção de biografias de personalidades da cultura portuguesa vai ser lançada em 2019

[dropcap]A[/dropcap] editora Contraponto projecta iniciar, no próximo ano, uma coleção de biografias de “Grandes Figuras da Cultura Portuguesa” “nossas contemporâneas”, que não “sejam meros repositórios de factos por ordem cronológica”, disse o seu editor.

Agustina Bessa-Luís, Herberto Helder, José Cardoso Pires, Natália Correia, Manoel de Oliveira e Amália são as seis primeiras “grandes figuras” da coleção, que se expandirá a outras personalidades, ao longo dos próximos anos, com o objetivo de “dar mais força ao género biográfico”.

Em declarações à agência Lusa, Rui Couceiro, editor responsável da Contraponto, editora do grupo Bertrand/Círculo, afirmou que o projeto visa “figuras ligadas ao século XX”. Para escrever as suas biografias, convidou, maioritariamente, escritores, pois não quer que estas obras “sejam meros repositórios de factos por ordem cronológica”.

“Queria sobretudo que os leitores destas biografias conhecessem bem as extraordinárias personalidades dos biografados, mas, sobretudo, que tivessem prazer ao lê-las e daí a escolha dos cinco ficcionistas, sendo João Pedro George uma exceção, mas com méritos comprovados”, disse Rui Couceiro, aludindo à biografia do escritor Luiz Pacheco (1925-2008), “Puta Que os Pariu!” (2011), escrita pelo sociólogo, que agora assinará o volume dedicado ao poeta Herberto Helder (1930-2015).

A primeira das seis biografias previstas para a primeira fase será dedicada a Agustina Bessa-Luís, é de autoria de Isabel Rio Novo, e vai sair nos começos do próximo ano. Na primeira semana de janeiro, aliás, a editora vai fazer uma apresentação oficial deste projeto, na Biblioteca Nacional de Portugal, em Lisboa, antecipou Rui Couceiro à Lusa.

Bruno Vieira Amaral vai escrever a biografia do escritor José Cardoso Pires (1925-1998), Filipa Martins, a da escritora Natália Correia (1923-1993), Filipa Melo, a da fadista Amália Rodrigues (1920-1999), e Paulo José Miranda faz a do cineasta Manoel Oliveira (1908-2015).

Rui Couceiro afirmou que, “ainda no primeiro semestre de 2019, será editada uma outra biografia”, sem revelar qual, referindo que não está previsto uma regularidade definida para novas obras da coleção, mas este é um projeto para continuar “para lá de 2020″, havendo já outras em perspetiva.

O editor lembrou que, em Portugal, “não há uma tradição, nem de aposta nem de leitura de biografias, e, “com esta coleção, a Contraponto pretende esbater esta tendência”.

“Acreditamos que é possível dar mais força ao género biográfico. E acredito muito no género, acho que há espaço de mercado no sentido de as pessoas começarem a ler mais biografias. É, aliás, uma tendência internacional, até porque há personalidades extraordinárias para biografar, de que as seis já escolhidas são um exemplo”, disse Rui Couceiro.

Quanto às biografias, o editor afirmou: “O nosso objetivo não é o de criar polémica. Nesse sentido, tenho mantido contactos com os familiares/herdeiros e amigos dos biografados, pois sei que são sensíveis ao revelar determinadas informações, daí que tenhamos tido este cuidado”.

“Limitámo-nos a perguntar-lhes se queriam ou não colaborar, e a maioria tem sido muito recetiva e colaborante”, acrescentou, referindo que “há outras pessoas que não se sentem confortáveis para falar, mas nem sempre isso é o fundamental”.

“Procuramos retratos completos, rigorosos, e muito bem escritos destas personalidades”, sentenciou Rui Couceiro.

O editor enfatizou que “a dialética entre o biografado e o biógrafo é especial e distingue estes livros, porque os biógrafos já têm os seus leitores e são, de alguma maneira, consagrados, e vão biografar pessoas de referências na nossa cultura”.

29 Out 2018

Bolsonaro quer aproximar-se de Taiwan, mas China deu-lhe os parabéns

[dropcap]A[/dropcap] China felicitou hoje Jair Bolsonaro pela eleição, lembrando que os dois países são parceiros estratégicos, apesar da aproximação do Presidente eleito do Brasil a Taiwan e críticas feitas ao investimento chinês durante a campanha.

“A China e o Brasil mantêm uma parceria estratégica abrangente; desenvolver os laços entre a China e o Brasil é um consenso geral dos dois países”, afirmou hoje à agência Lusa o porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Lu Kang.

Durante a campanha eleitoral, Bolsonaro acusou a China de manter uma atitude “predatória” nos investimentos realizados no Brasil. “A China não está comprando no Brasil, ela está comprando o Brasil. Você vai deixar o Brasil na mão do chinês”, disse.

Bolsonaro tornou-se ainda o primeiro candidato presidencial brasileiro a visitar Taiwan desde que o Brasil reconheceu Pequim como o único Governo chinês, em 1974, aderindo ao princípio ‘uma só China’, visto pelo regime chinês como garantia de que Taiwan é parte do seu território.

Pequim considera Taiwan uma província chinesa e defende a “reunificação pacífica”, mas ameaça “usar a força” caso a ilha declare independência. Já a ilha onde se refugiou o antigo Governo nacionalista chinês depois de os comunistas tomarem o poder no continente, em 1949, assume-se como República da China.

Lu Kang lembrou que o princípio ‘uma só China’ é um “consenso” da comunidade internacional, que está na base do desenvolvimento das relações externas de Pequim.

“A China está pronta a seguir o princípio do respeito pelos interesses fundamentais dos dois países para trabalhar com o Brasil e avançar com a nossa parceira estratégica”, disse.

O porta-voz chinês lembrou que a cooperação entre Pequim e Brasília, em instituições multilaterais como o BRICS [bloco de grandes economias emergentes, que inclui ainda Rússia, Índia e África do Sul] “servem os interesses comuns dos países em desenvolvimento e mercados emergentes”.

A China é o maior parceiro comercial do Brasil e o principal investidor externo no país sul-americano, tendo comprado, nos últimos anos, ativos estratégicos nos setores da energia ou mineração.

O candidato do Partido Social Liberal (PSL, extrema-direita) Jair Messias Bolsonaro, 63 anos, capitão do Exército reformado, foi eleito no domingo, na segunda volta das eleições presidenciais, o 38.º Presidente da República Federativa do Brasil, com 55,1% dos votos.

De acordo com dados do Supremo Tribunal Eleitoral brasileiro, Fernando Haddad, candidato do Partido dos Trabalhadores (PT, esquerda), conquistou 44,9% dos votos, e a abstenção foi de 21% de um total de mais de 147,3 milhões eleitores inscritos.

França e Rússia parabenizam

O chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, também felicitou Jair Bolsonaro e manifestou vontade de continuar a cooperação com o país “no respeito” pelos “princípios democráticos”. Em comunicado, a presidência francesa referiu que Macron felicitou Bolsonaro, da extrema-direita, acrescentando “a França e o Brasil têm uma parceria estratégica baseada nos valores comuns de respeito e de promoção dos princípios democráticos”. “É no respeito por este valores que a França deseja continuar a sua cooperação com o Brasil”, referiu-se no comunicado.

Já o chefe de Estado russo, Vladimir Putin, manifestou o seu desejo de desenvolver ainda mais as “relações construtivas” entre os dois países, divulgou o Kremlin. Num telegrama enviado a Bolsonaro, Putin referiu que “aprecia muito a experiência tão significativa de cooperação mutuamente benéfica para em vários campos no âmbito da associação estratégica”.

O líder russo manifestou a sua “confiança no desenvolvimento de todo o tipo de relações russo-brasileiras, bem como na cooperação construtiva no marco das Nações Unidas, no G20, nos BRICS e outras organizações multilaterais na defesa do interesse dos povos da Rússia e do Brasil”, referiu-se na nota do Kremlin.

29 Out 2018

Brasil/Eleições | Frases da campanha de Bolsonaro entoadas nos festejos da vitória em Brasília

[dropcap]”A[/dropcap] nossa bandeira jamais será vermelha”, “mito” e “eu vim de graça” foram algumas das palavras da campanha eleitoral de Jair Bolsonaro entoadas no domingo pelos brasileiros nos festejos da vitória da extrema-direita, em Brasília.

Não faltou fogo de artifício, música, buzinas, insufláveis gigantes e até comida feita no momento para as centenas de pessoas que se concentraram na esplanada dos ministérios, na capital brasileira, para celebrar euforicamente a eleição de Jair Messias Bolsonaro para o cargo de Presidente da República do Brasil.

Felicidade foi mesmo o termo mais usado pelos habitantes de Brasília, para descrever o momento.

“Estamos muito felizes. O nosso país está a livrar-se do grande mal que há no mundo que é o comunismo. O nosso país começa um novo ciclo de prosperidade, de esperança, de crescimento e abundância. Estamos aqui para comemorar isso. Viva o Brasil. Glória a Deus”, disse um casal de namorados, à agência Lusa.

“Estou muito feliz porque o Brasil está a entrar numa fase que a gente tanto sonhava. Foram muitos anos que vivemos de forma precária por conta do governo que antecedeu durante estes anos todos e hoje estamos a viver um sonho, algo que todos desejávamos, e a prova está aqui”, disse um dos apoiantes de Bolsonaro, apontando para a multidão em festa.

Um brasileiro que participou ativamente na campanha política do Partido Social Liberal (PSL) afirmou que não podia estar mais feliz com esta vitória, após muitas horas dedicadas a fazer propaganda a favor da extrema-direita.

“Estou muito, muito feliz. Valeu a pena o sofrimento, a guerra, a batalha. Agora vamos passar mais quatro anos de muita felicidade, de muita conquista. Valeu muito a pena o esforço e o sofrimento, a campanha que fizemos de graça contra a corrupção”, declarou o ajudante da campanha do confesso defensor da ditadura militar.

Um grupo de jovens, vestido a rigor com camisolas e bandeiras com o rosto de Bolsonaro mas ainda sem idade para votar, não quis perder a oportunidade de dizer à Lusa o motivo de acharem que o Bolsonaro é a pessoa ideal para liderar o país.

“Se formos analisar as propostas de governo, Haddad quer aumentar os impostos e Bolsonaro quer diminuir, Bolsonaro quer também cortar em alguns ministérios. Ele é liberal, conservador e de direita, enquanto que o outro (Haddad) é de esquerda e já está há 13 anos no poder, já está na hora da mudança”, disseram os jovens antes de interromperem a entrevista em alvoroço após um insuflável de Lula da Silva, vestido de prisioneiro, ser içado.

Uma das apoiantes de Bolsonaro fez-se acompanhar do seu filho, ainda pequeno, e afirmou que com Bolsonaro no Governo as crianças estarão mais protegidas.

“Ele preza pela família e ele também tem a questão da ideologia de género, por isso preza pela família e pelas crianças. (…) É uma pessoa de bem, que não tem histórico com roubalheira, ele é um polícia e serva a pátria. É um patriota”, afirmou.

Outra família presente na esplanada dos ministérios disse estar “aliviada por depois de 16 anos ter a oportunidade de mudança de rumo, de retomada do crescimento, da segurança e da credibilidade no país”.

“O país precisa de mudança, de disciplina e de educação. Está tudo perdido e abandonado e Bolsonaro vai mudar isso, com certeza”, disse mais uma apoiante de Bolsonaro acompanhada pela filha.

De facto, foram muitas as famílias que se juntaram às festividades em nome do Brasil e da vitória do capitão do exército reformado, Jair Bolsonaro. Um ambiente familiar e de festa, sem registo de incidentes e violência, que promete durar a noite toda.

O candidato do Partido Social Liberal (PSL, extrema-direita) Jair Messias Bolsonaro, 63 anos, capitão do Exército reformado, foi eleito no domingo, na segunda volta das eleições presidenciais, o 38.º Presidente da República Federativa do Brasil, com 55,1% dos votos.

De acordo com os dados do Supremo Tribunal Eleitoral, Fernando Haddad, candidato do Partido dos Trabalhadores (PT, esquerda), conquistou 44,9% dos votos, com o escrutínio provisório (99,99% das urnas apuradas) a apontar para 21% de abstenção do total de eleitores inscritos (mais de 147,3 milhões).

Numa declaração à porta de sua casa, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, ainda no domingo, o Presidente eleito prometeu que o seu Governo “será um defensor da Constituição, da democracia e da liberdade”.

“Este é um país de todo nós, brasileiros natos ou de coração, de diversas opiniões, cores e orientações”, disse Jair Bolsonaro.

29 Out 2018

“Plataforma inovadora” de tradução chinês/português

A Universidade de Macau (UM) espera lançar, até ao final do ano, uma “plataforma inovadora” de tradução chinês/português, com a qual pretende aumentar a interacção comercial entre a China e os países lusófonos.

Em comunicado, a instituição afirmou já ter concluído as fases de desenvolvimento e teste desta plataforma de “próxima geração”, cuja versão experimental deverá estar disponível ainda este ano.

“Com a implementação da iniciativa ‘Uma Faixa, Uma Rota’, a interacção comercial e cultural entre a China e os países de língua portuguesa tornou-se mais frequente, o que gerou uma crescente procura por sistemas de tradução automática de alta qualidade”, sublinhou na quinta-feira a UM.

Para aproveitar a “geografia única” de Macau e a “oferta abundante de profissionais linguísticos”, a UM tem colaborado com universidades de Portugal, do Brasil e da China para “aprofundar a investigação científica e transformar os resultados da investigação em produtos comercializáveis para os chineses”, lê-se na mesma nota.

29 Out 2018

Ensino Superior lusófono e chinês assinam declaração conjunta

[dropcap]M[/dropcap]ais de 70 entidades ligadas ao ensino superior dos países lusófonos e da China assinaram no sábado uma declaração conjunta na qual se comprometem a promover a cooperação na mobilidade e no apoio às indústrias inovadoras e criativas.

A declaração conjunta marcou o encerramento da 1.ª edição do Fórum dos Reitores das Instituições do Ensino Superior da China e dos Países da Língua Portuguesa, organizada pelo Gabinete de Apoio ao Ensino Superior de Macau, a Universidade de Macau e a Universidade de São José.

No texto disponibilizado à agência Lusa no final da cerimónia de encerramento, os responsáveis acordam em “incentivar a cooperação das indústrias inovadoras e criativas”, tanto no interior da China e nas regiões administrativas especiais de Macau e de Hong Kong, como nos países lusófonos. A intenção, pode ler-se na declaração, passa por acelerar “os processos de cooperação comercial global entre os mercados emergentes dos países/regiões envolvidos”.

Entre os países de língua portuguesa, o compromisso foi assinado por representantes de universidades e politécnicos de Portugal, Angola, Moçambique, Timor-Leste e Brasil.

A declaração tem mais três pontos nos quais se define o âmbito da cooperação: promover Macau “como centro de intercâmbio cultural”, desenvolver a mobilidade de estudantes e profissionais, bem como “reforçar o planeamento conjunto, a longo prazo (…), no âmbito da iniciativa [chinesa] “Uma Faixa, Uma Rota”, de acordo com as necessidades de desenvolvimento das diversas partes envolvidas, e promover a cooperação nas áreas da educação, da cultura e do desenvolvimento económico”.

29 Out 2018

Governo preocupado com plástico mas sem medidas legislativas

A activista ambiental Annie Lao afirmou na sexta-feira, no final de uma reunião com as autoridades, não estar confiante que o Governo avance com a proibição do plástico descartável antes de 2021 e exigiu “medidas legislativas”

 

[dropcap]”C[/dropcap]oncordaram com o que estamos a fazer, mostraram-se preocupados, o que é bom, mas não mencionaram quando vão avançar com medidas legislativas para proibir o plástico descartável, alegando que terá de ser dado ‘um passo de cada vez'”, disse à Lusa Annie Lao, no final de uma reunião com a Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA). Lao foi um dos principais rostos de uma petição que reuniu milhares de assinaturas contra o plástico de utilização única, entregue às autoridades de Macau no final de Agosto.

Na quarta-feira, o Parlamento Europeu decidiu que em 2021 será proibida a venda de produtos de plástico descartável.

Num comunicado divulgado logo após a reunião, a DSPA afirmou que o Governo já tem lançado vários planos de reciclagem e “vai aprofundar gradualmente os respectivos trabalhos legislativos [sobre protecção ambiental] e estabelecerá os respectivos critérios”.

Annie Lao garantiu que vai continuar a recolher assinaturas até o Governo avançar com leis. “Vamos continuar com iniciativas para elevar a consciência da população, não vamos desistir”, sublinhou a activista. Lao indicou ainda que a última campanha de sensibilização dos activistas, lançada em Setembro nas redes sociais, já moveu muita gente. No grupo de Facebook “Sem plástico, por favor”, centenas de pessoas publicaram fotografias nos supermercados, onde a fruta e os legumes são envoltos em plástico, muitas vezes individualmente.

Sou presente

Na reunião com a DSPA esteve presente o deputado pró-democracia Sulu Sou, membro da Associação Novo Macau Democrático (ANMD), responsável também pela petição.

“A utilização excessiva de plástico está a resultar num desperdício diário de plástico, a maioria não reciclável nem biodegradável, e contém químicos tóxicos que acabam por afectar a nossa saúde, o ambiente, os rios, os oceanos, a vida marinha e o ecossistema num todo”, de acordo com a petição entregue no último dia de Agosto.

De acordo com o Relatório do Estado do Ambiente de Macau 2017, da responsabilidade da DSPA, a quantidade de resíduos sólidos urbanos descartados por dia ‘per capita’ foi de 2,16 quilogramas, um aumento de 2,9 por cento em relação a 2016. No total, em 2017, foram descartadas 510.702 toneladas de resíduos sólidos urbanos, mais 1,6 por cento que em 2016.

29 Out 2018

Shanghai SIPG, de Vítor Pereira, vence e segura liderança a três jornadas do fim

[dropcap]O[/dropcap] Shanghai SIPG, de Vítor Pereira, manteve a liderança na Superliga chinesa de futebol, ao vencer em casa o Shandong Luneng, por 4-2, com dois golos de Hulk e de Wu Lei.

Frente a um adversário difícil, o Shanghai SIPG chegou ao intervalo a vencer por três golos, com um tento de Wu Lei (16 minutos) e um ‘bis’, de grande penalidade, do brasileiro Hulk, antigo jogador do FC Porto.

O Shandong Luneng, terceiro, mas que hoje ficou fora da corrida ao título, ainda reduziu com um ‘bis’ do italiano Graziano Pelle (57 e 85), mas Wu Lei voltou a marcar para a equipa de Xangai, aos 88.

O triunfo de hoje mantém, a três jornadas do final, o Shanghai SIPG na liderança, com mais dois pontos do que o heptacampeão Guangzhou Evergrande, que hoje venceu por 3-0, na visita ao último classificado, o Guizhou Zhiceng.

A próxima jornada, no sábado, é muito importante para a equipa de Vítor Pereira, que visita o Guangzhou Evergrande, num jogo em que se pode distanciar e ficar a um passo do título, ou até perder a liderança na reta final. Na primeira volta a equipa de Xangai venceu o campeão por 2-1.

29 Out 2018

Requalificação não vai afectar fachada do Mercado Vermelho

[dropcap]A[/dropcap] vice-presidente do Instituto Cultural (IC), Leong Wai Man, garantiu que a requalificação do Mercado Vermelho não vai afectar a fachada nem as características importantes do edifício, integrado na lista de bens imóveis classificados pelo IC.

Em declarações reproduzidas ontem pelo jornal Ou Mun, a mesma responsável assegurou que o IC, que tem parecer vinculativo no caso, mantém boa comunicação com o IACM e com a DSSOPT.

O Mercado Vermelho vai ser alvo de intervenção, segundo o portal do Conselho do Planeamento Urbanístico (CPU) que está a recolher, até ao próximo dia 6, opiniões sobre a respectiva Planta de Condições Urbanísticas.

29 Out 2018

Brasil/Eleições: Bolsonaro vence na votação de brasileiros em Timor-Leste e na região

[dropcap]A[/dropcap] comunidade de eleitores brasileiros em Timor-Leste votou maioritariamente a favor de Jair Bolsonaro para a Presidência do Brasil na segunda volta das eleições de ontem, tendência que se repetiu nos países da região. Dos 44 votantes que participaram na eleição de hoje em Díli, 27 votaram a favor de Bolsonaro e 11 de Fernando Haddad, tendo-se registado cinco votos nulos.

Na primeira volta e dos 41 eleitores que votaram, Bolsonaro tinha obtido 26 votos e Haddad apenas dois. Resultados de outras votações na região confirmam a vitória ampla de Bolsonaro, que obteve 63,35% dos votos em Sydney, na Austrália (1196 votos) contra os 734 de Haddad (34,64%), tendo-se registado 224 votos brancos ou nulos.

Em Melbourne Bolsonaro obteve 131 votos e Haddad 75. Fotos distribuídas nas redes sociais de documentos afixados em locais de votação confirmam igualmente a ampla vitória de Bolsonaro no Japão e na Nova Zelândia.

29 Out 2018

Filipe Figueiredo eleito para a Associação de Pais da EPM

[dropcap]F[/dropcap]ilipe Figueiredo foi eleito presidente da Associação de Pais e Encarregados de Educação de Alunos da Escola Portuguesa de Macau, na passada quinta-feira.

O mandato tem a duração de dois anos e o novo presidente sucede a Valéria Koob, que ocupou o cargo entre 2016 e 2018.

A lista encabeçada por Filipe Figueiredo foi a única a ir a votos. Ricardo Porto foi novamente eleito vice-presidente, posição que também ocupava na direcção de Valéria Koob.

29 Out 2018

China ganhou 55 novos multimilionários em 2017

[dropcap]A[/dropcap] China registou o ano passado 55 novos multimilionários, o número mais elevado em qualquer país, e que juntamente com a Índia produziu três quartos dos novos multimilionários do mundo.

De acordo com um relatório do banco suíço UBS e da consultora PwC, citado pela agência de notícias estatal chinesa Xinhua, os Estados Unidos ficaram em segundo lugar, registando 53 novos multimilionários em 2017. O continente asiático tem agora 637 multimilionários, mais cerca de 25% que em relação ao período homólogo do ano anterior. De acordo com o mesmo estudo, os EUA têm 563 e a Europa 342.

O banco suíço UBS e consultora PwC considerarem que a riqueza da Ásia ainda é “relativamente volátil”, com um clima de rápido desenvolvimento económico que constrói fortunas rapidamente, mas que também tão desaparecem facilmente. Ao todo do mundo existem 2.158 multimilionários, cuja riqueza combinada é de 8,9 biliões de dólares, acrescentou o relatório.

29 Out 2018

WTCR | Tiago Monteiro ficou a uma posição de pontuar no Japão

[dropcap]T[/dropcap]iago Monteiro terminou no domingo a terceira corrida do fim de semana no Japão da Taça do Mundo de Carros de Turismo, a WTCR, na 11.ª posição ficando a um lugar de pontuar no regresso à competição após mais de um ano de ausência.

O piloto português, que tinha sido 15.º na primeira corrida da prova japonesa, no sábado, voltou a repetir o mesmo resultado na segunda, ganha pelo britânico Rob Huff (VW). Já na derradeira corrida do fim de semana, Tiago Monteiro mostrou-se mais à vontade aos comandos do Honda Civic e subiu de 15.º ao 11.º lugar final neste regresso após 415 dias de ausência da competição devido a um acidente sofrido em Setembro do ano passado, numa sessão de testes em Barcelona.

O italiano Gabriele Tarquini (Hyundai) aproveitou uma penalização de cinco segundos atribuída ao compatriota Kevin Ceccon (Alfa Romeo) para vencer e assumir a liderança isolada do campeonato, com 291, mais 40 do que Yvan Muller (Hyundai), quando falta disputar apenas a décima e última prova, em Macau.

A conselho médico, Tiago Monteiro, que terminou a 23,259 segundos do italiano, não vai marcar presença na prova de encerramento da temporada, para evitar qualquer embate que possa provocar um retrocesso na recuperação das lesões sofridas no acidente do ano passado. O piloto, de 42 anos, vai falhar assim, pelo segundo ano consecutivo, a participação no Grande Prémio de Macau, que tem lugar no fim de semana de 17 e 18 de Novembro, depois de ter vencido a corrida da Guia em 2016.

29 Out 2018

Ponte HKZM assusta motoristas de mercadorias

[dropcap]A[/dropcap] abertura de Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau está a preocupar a classe dos motoristas de mercadoria, que receiam que condutores não-locais possam trabalhar neste sector no território. Por esse motivo, Lam Lon Wai, deputado da Federação das Associações de Operários de Macau (FAOM), pergunta numa interpelação escrita que medidas vão ser tomadas para proteger o emprego dos residentes. “A abertura da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau e o reconhecimento das cartas de condução entre as diferentes regiões são um aspecto que preocupam muito os motoristas profissionais. Existe ainda a preocupação que haja um aumento do número de motoristas ilegais e que esse facto dificulte as condições de trabalho no sector. Há ainda o medo que o Governo abra o sector a não-residentes”, começa por descrever Lam Lon Wai.

“Será que a Administração vai manter-se firme na política de não permitir a importação de trabalhadores não-locais e proteger os interesses dos residentes?”, questiona o legislador.

Lam exige também multas mais pesada para os empregadores que contratam trabalhadores não-residentes para o transportes de mercadorias. “A opinião que existe é que as penalizações para os infractores são demasiado leves. Este é um assunto que o Executivo diz estar a estudar há muitos anos. Quando é que vão alterar a lei para endurecer as multas, principalmente para os patrões que contratam trabalhadores ilegais?”, escreve.

Finalmente, o deputado da FAOM pede ao Governo que aumente os meios e as operações de combate à contratação de motoristas ilegais em Macau.

29 Out 2018

Coreias | Menos 11 postos de guarda na fronteira comum

[dropcap]A[/dropcap]s duas Coreias acordaram sexta-feira desmantelar até ao final de Novembro 11 postos de guarda ao longo da sua fronteira comum, com o objectivo potencial de retirar mais tarde todos os outros, anunciaram altos responsáveis militares.

O acordo concluído entre generais do Norte e do Sul insere-se na melhoria de relações entre os dois países que tem vindo a ocorrer desde Janeiro, após dois anos de subida de tensão devido aos programas nucleares e balísticos de Pyongyang.

Durante a sua terceira cimeira, em Setembro, o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, e o dirigente norte-coreano, Kim Jong-un, comprometeram-se a tomar medidas para reduzir as tensões ao longo da sua fronteira.

As duas Coreias estão ainda tecnicamente em guerra, dado o conflito de 1950-53 ter terminado com um armistício e não com um acordo de paz.
Nas discussões de sexta-feira, os dois campos decidiram retirar todos os militares e armas de 11 postos de guarda de cada lado da fronteira e destruí-los até ao final de Novembro, segundo um comunicado divulgado pelo exército sul-coreano.

A Zona de Segurança Conjunta (JSA na sigla em inglês) de Panmunjom é a única parte da fronteira intercoreana, com 250 quilómetros, onde as tropas dos dois países estão frente a frente.
No âmbito das medidas de apaziguamento, os dois lados terminaram na quinta-feira a retirada de todas as armas e postos de guarda da JSA, que passa a ser vigiada apenas por 35 funcionários não armados de cada um dos países.

A melhoria de relações entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte já se traduziu na realização de três cimeiras intercoreanas, assim como num encontro histórico entre Kim Jong-un e o Presidente norte-americano, Donald Trump.

29 Out 2018

Pequim | Assinados dez acordos de cooperação com Japão

A visita do primeiro ministro japonês Shinzo Abe a Pequim, acompanhado por uma extensa delegação de empresários, com o intuito de relançar as relações entre os dois gigantes asiáticos, resultou na assinatura de dez acordos nas áreas financeira e comercial

 

[dropcap]A[/dropcap] China e o Japão assinaram sexta-feira, em Pequim, dez acordos nas áreas financeira e comércio, e reafirmaram o compromisso de trabalharem pela estabilidade da região, após anos de tensão em torno de disputas territoriais.

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, reuniu sexta-feira com o seu homólogo chinês, Li Keqiang, no Grande Palácio do Povo, na primeira visita bilateral de um líder japonês a Pequim em quase sete anos, no âmbito da qual os acordos foram assinados.

O Banco do Povo Chinês (banco central) e o Banco do Japão assinaram um acordo para fortalecer a cooperação e melhorar a estabilidade financeira em ambos os países.
O documento prevê que, até 2021, as duas instituições realizem trocas nas respectivas moedas locais, num valor máximo de 200.000 milhões de yuan.

Cerca de 500 líderes empresariais japoneses acompanham Abe na visita a Pequim, que inclui a organização de um fórum China-Japão para cooperação em terceiros países, “à luz da crescente influência internacional da China e da ida de empresas chinesas para o exterior”, segundo explicou fonte do governo japonês aos jornalistas, na passada semana, na embaixada japonesa em Pequim.
Desporto, inovação ou comércio são as outras áreas abrangidas pelos acordos agora assinados.

Coreia nuclear

Os dois líderes abordaram ainda a desnuclearização da Coreia do Norte, com Li Keqiang a manifestar a disposição de Pequim para manter relações de longo prazo com Tóquio, visando manter a estabilidade regional.

“Temos objectivos e responsabilidades comuns”, sublinhou Abe, por sua vez, numa conferência de imprensa conjunta com Li.
O primeiro-ministro japonês assegurou ainda que o seu governo deseja “normalizar” as relações diplomáticas com Pyongyang. Abe reuniu ainda com o Presidente chinês, Xi Jinping.

As visitas de alto nível entre os dois países estavam suspensas desde 2012, quando o Japão nacionalizou as ilhas Senkaku (Diaoyu para os chineses), no mar do Leste da China, levando a protestos violentos na China e a uma queda do investimento japonês no país vizinho.

As relações entre Pequim e Tóquio continuam marcadas pelo persistente ressentimento da China face à invasão e ocupação pelo Japão, durante a Segunda Guerra Mundial, e uma rivalidade por influência política, militar e económica na Ásia.

No entanto, as trocas comerciais entre o Japão e a China atingiram cerca de 300.000 milhões de dólares, no ano passado. Desde fabricantes de automóveis a processadores de alimentos, os grupos japoneses são importantes actores no mercado chinês.

29 Out 2018

China | Pelo menos 13 mortos em mina de carvão

[dropcap]O[/dropcap] número de mortos num acidente numa mina de carvão no norte da China subiu para 13 informou, ontem a agência oficial Xinhua em novo balanço. O anterior balanço, na sexta-feira, apontava para 11 mortos.
O acidente ocorreu no sábado passado e desde então a operação de resgate prossegue, apesar de, até ao momento, ter sido encontrado apenas um mineiro com vida.

As autoridades continuam a remover as pedras e a tentar resgatar os oito mineiros que ainda se encontram presos no subsolo.
As causas do acidente estão ainda a serem investigadas, mas as autoridades consideram que acidente deveu-se ao rompimento de uma rocha, que destroçou uma secção do túnel e bloqueou a saída a parte dos 334 trabalhadores nas minas. As equipas de resgate conseguiram evacuar 312.

As minas de carvão na China, consideradas na última década as mais perigosas do mundo, registaram o ano passado 219 acidentes, dos quais resultaram 375 mortos, uma descida de 28,7% face a 2016 e 20 vezes menos do que os registados há uma década.

O pior ano deste século foi 2003, quando se contabilizaram 6.990 mortes nas minas do país. O encerramento de minas ilegais, muitas delas de pequena dimensão, e o aumento das ações de fiscalização contribuíram para a queda no número de vítimas mortais. Cerca de dois terços da energia consumida na China continuam a assentar no carvão.

29 Out 2018