Esperadas temperaturas baixas a partir de hoje

[dropcap]O[/dropcap]s Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) alertam para a aproximação da costa meridional da China de uma frente fria que vai resultar numa descida de temperaturas, a partir de hoje.

“Espera-se que a temperatura desça e a mínima ronde os 16 graus celsius, havendo dispersos períodos de chuva.

Nos dias a seguir, no início da manhã e à noite, o tempo será, relativamente, frio”, referem os SMG em comunicado, pelo que aconselham a população a estar atenta às variações de temperatura e a tomar as devidas precauções.

21 Nov 2018

Carro com estupefacientes caiu de encosta em Coloane

[dropcap]O[/dropcap] automóvel que há uns dias caiu de uma encosta, em Coloane, continha no interior metanfetaminas e folhas de alumínio. A revelação foi feita pela polícia, de acordo com o jornal Ou Mun, que identificou o proprietário do veículo. Contudo, o dono explicou que na altura do acidente tinha emprestado a viatura a um familiar.

Segundo o jornal, na origem do sinistro terá estado o facto desse familiar, com mais de 30 anos, estar a conduzir sob o efeito de estupefacientes. No entanto, de acordo com o jornal, a PJ não conseguiu dar este facto como provado.

Ainda assim, o homem foi entregue ao MP, por fuga à responsabilidade, uma infracção à lei de trânsito, que pune as pessoas que tentem “furtar-se à responsabilidade civil ou criminal em que eventualmente tenham incorrido”.

21 Nov 2018

Agnes Lam questiona aplicação de taxas para casas vazias

[dropcap]A[/dropcap] deputada Agnes Lam entregou uma interpelação escrita onde pede a cobrança de taxas relativas às casas vazias que foram adquiridas como primeira habitação.

“Comparando com o Governo de Hong Kong, as autoridades de Macau têm uma atitude muito passiva na elaboração de políticas, o que causa frustração junto da população”, escreveu. A medida de cobrar taxas foi apresentada o ano passado pelo secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, no âmbito da apresentação do relatório das Linhas de Acção Governativa para este ano.

Contudo, não foi ainda apresentada qualquer proposta neste sentido. Agnes Lam deseja saber também se o Executivo vai ter como termo de referência as medidas adoptadas pelo Governo de Hong Kong para incentivar a venda de fracções residenciais recentemente construídas.

A deputada deseja também saber o resultado da implementação de políticas no âmbito da alteração do regulamento da contribuição predial urbana e da lei do imposto do selo sobre a aquisição de casas após a primeira habitação.

21 Nov 2018

Wong Kit Cheng pede aproveitamento de terrenos recuperados

[dropcap]A[/dropcap] deputada Wong Kit Cheng pede ao Governo uma plano de aproveitamento para os terrenos recuperados. Em interpelação escrita, a deputada recorda que a sociedade espera que o Executivo tome atitudes neste sentido, dada a falta de terra em Macau e o número crescente da população.

A inacção por parte do Governo resulta num desperdício de recursos, e acarreta outros problemas para a sociedade, considera. “Deixar os terrenos públicos vazios não só é um desperdício de recursos, como pode levar à proliferação de mosquitos e larvas, à acumulação de lixo, ao cultivo ilegal e à ocupação indevida de terrenos, o que afecta a qualidade de vida dos residentes”, apontou.

Por outro lado, os planos para construção de habitação pública já anunciados pelo Governo não se destinam ao aproveitamento de terrenos recuperados, lamenta a deputada. Outro aspecto que Wong Kit Cheng considera preocupante é o foco da atenção do Executivo no aproveitamento de terrenos de grande dimensão e, enquanto isso, outras parcelas ficam esquecidas.

Como tal, e tendo em conta os vários casos em que o Tribunal de Última Instância declarou a caducidade de concessões, Wong Kit Cheng apela ao Executivo o planeamento, tão rápido quando possível do aproveitamento dos terrenos recuperados e os que possam vir a ser no futuro. Paralelamente, a deputada apela ainda à divulgação dos terrenos recuperados que possam servir para a construção de habitação pública e sugere o aproveitamento das parcelas mais pequenas para instalações de lazer, desportivas e de estacionamento temporário.

21 Nov 2018

Embaixadora da UE diz que China tem de abrir economia ao investimento estrangeiro

[dropcap]A[/dropcap] embaixadora da União Europeia para Hong Kong e Macau, Carmen Cano de Lasala, disse hoje que a China tem de “passar do discurso à acção” e “abrir as portas da sua economia ao investimento estrangeiro”.

“É preciso passar do discurso à acção” porque é possível ver “investimento chinês e de empresas chinesas na Europa, mas não o contrário”, afirmou durante a conferência “Relações UE-Ásia”, na Universidade de Macau, na qual se debateu o relacionamento entre a União Europeia e a China, bem como com as regiões administrativas especiais de Macau e Hong Kong.

A embaixadora explicou que a UE não concorda com a abordagem dos Estados Unidos, que desencadeou a actual disputa comercial com a China, mas criticou a falta de acção do regime de Pequim em matérias que passam pela abertura da economia a investimento estrangeiro e pelo combate à violação dos direitos de propriedade intelectual.

A espanhola assinalou que a União Europeia e a China estão a negociar compromissos de investimentos, mas que “todos os acordos comerciais devem reflectir princípios que vão desde os direitos laborais aos direitos humanos”.

Parcerias que, destacou, surgem em sintonia com “uma estratégia de sustentabilidade”, de acordo com uma filosofia multilateral, contrária ao “cenário de proteccionismo emergente no cenário mundial e de incumprimento de regras internacionais”, e na “partilha de princípios e valores”.

A diplomata defendeu ainda que a UE pode ter um importante papel na diversificação da economia de Macau, a capital do jogo mundial. “Macau é um grande exemplo de conectividade”, com o legado de “uma história europeia e uma economia dinâmica na Ásia, muito ligada ao jogo”, mas a UE pode “ajudar na sua diversificação”.

Carmen de Lasala sublinhou que as parcerias podem ser reforçadas em áreas como a educação, investigação e inovação, bem como no turismo.

20 Nov 2018

Greenpeace pede à China medidas para combater o rápido degelo dos glaciares

[dropcap]A[/dropcap] associação ambientalista Greenpeace pediu hoje ao Governo chinês que avance com políticas de avaliação e prevenção do rápido degelo dos glaciares na região, alertando para as graves consequências deste fenómeno.

No relatório “Os glaciares da China e o impacto das alterações climáticas”, a organização não-governamental adverte que um quinto dos glaciares no país já desapareceu por completo.

Estas massas de gelo, que fornecem água a cerca de 1.800 milhões de pessoas, estão a “derreter rapidamente”, pelo que o executivo de Pequim deverá “melhorar as avaliações de risco a longo prazo e o planeamento das estratégias face ao aumento da temperatura global”.

A Greenpeace denunciou em Agosto do ano passado que, em algumas partes do oeste da China, as temperaturas médias anuais aumentaram em três ou mais graus desde o início dos anos 1950 e, por isso, 82% dos glaciares na China foram afectados.

“A menos que sejam tomadas medidas drásticas para reduzir a velocidade do aumento da temperatura, dois terços dos glaciares nas altas montanhas da Ásia deverão desaparecer até ao final deste século”, observou a ONG.

20 Nov 2018

Coreia do Norte destruiu parte dos seus postos fronteiriços

[dropcap]A[/dropcap] Coreia do Sul anunciou hoje que a Coreia do Norte destruiu alguns dos seus postos de controlo fronteiriços como parte dos acordos estabelecidos para atenuar as tensões entre os dois países.

O Ministério da Defesa informou que os seus militares confirmaram o desmantelamento hoje de 10 postos de guarda norte-coreanos e destacou que a Coreia do Norte informou o Sul dos seus planos com antecedência.

Na semana passada, a Coreia do Norte retirou 636 minas anti-pessoais na fronteira com a Coreia do Sul, no âmbito de uma operação acordada entre Seul e Pyongyang em Setembro. A Coreia do Sul dispunha de 60 postos na Zona Desmilitarizada (DMZ na sigla em inglês) e alguns postos militares remotos, enquanto a Coreia do Norte tinha mais de 160 desses postos, segundo dados divulgados pelo ministério da Defesa da Coreia do Sul.

As duas Coreias acordaram desmantelar até ao final de Novembro 11 postos de guarda ao longo da sua fronteira comum, com o objectivo potencial de retirar mais tarde todos os outros, anunciaram altos responsáveis militares.

O acordo concluído entre generais do Norte e do Sul insere-se na melhoria de relações entre os dois países que tem vindo a ocorrer desde Janeiro, após dois anos de subida de tensão devido aos programas nucleares e balísticos de Pyongyang.

Durante a sua terceira cimeira, em Setembro, o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, e o dirigente norte-coreano, Kim Jong-un, comprometeram-se a tomar medidas para reduzir as tensões ao longo da sua fronteira.

As duas Coreias estão ainda tecnicamente em guerra, dado o conflito de 1950-53 ter terminado com um armistício e não com um acordo de paz.

20 Nov 2018

Angola pode perder controlo de activos estratégicos na renegociação da dívida com a China, prevê Moody’s

[dropcap]A[/dropcap] agência de notação financeira Moody’s alertou hoje que Angola está entre os países da África subsaariana que estão mais vulneráveis à perda de controlo dos activos estratégicos quando negoceiam uma reestruturação da dívida com a China.

“Os países ricos em recursos naturais, como Angola, Zâmbia e a República Democrática do Congo [RDC], ou com infra-estruturas estrategicamente importantes, como portos ou caminhos de ferra no Quénia, são os mais vulneráveis ao risco de perderem o controlo de importantes activos em negociações com os credores chineses”, lê-se numa análise desta agência de ‘rating’.

No documento, enviado aos investidores e a que a Lusa teve acesso, os analistas da Moody’s escrevem que “mesmo que a reestruturação alivie as pressões de liquidez, a perda de receitas dos recursos naturais é negativa do ponto de vista da análise do crédito”.

Angola, continuam, é o país que mais recebeu investimento externo da China entre 2002 e 2017, recebendo 30% de todos os investimentos do gigante asiático no continente africano, e mesmo relacionando o investimento com o tamanho das economias africanas, Angola continua a figurar no pódio dos principais receptores de investimento chinês.

“Mais de metade da dívida externa de Angola é devida à China, já que o país providenciou extensos empréstimos desde o final da guerra civil angolana, em 2002”, diz a Moody’s, apontando que “em Angola o rácio entre os juros [dos empréstimos] e as receitas vai exceder os 20% neste e no próximo ano”, o que significa que mais de 1 em cada 5 kwanzas de receitas fiscais vai directamente para o pagamentos de juros dos empréstimos.

De acordo com o Governo de Angola, a dívida total do país ronda os 70 mil milhões de dólares, dividida entre 60% externa e 40% interna, sendo cerca de 23 mil milhões de dólares devidos à China; o FMI, por seu turno, coloca o rácio da dívida pública face ao PIB nos 80%, este ano.

No relatório, com o título ‘Empréstimos da China sustentam crescimento, exacerbam as pressões orçamentais e externas na África subsaariana’, os analistas desta agência de ‘rating’, que coloca a qualidade da dívida soberana de Angola abaixo da recomendação de investimento (‘lixo’, como é normalmente referida), reconhecem que os empréstimos são importantes para alavancar a construção de infra-estruturas necessárias ao desenvolvimento da maioria dos países desta região.

No entanto, e mesmo vincando que Angola é um dos países que o Banco Mundial diz que mais precisa de investimentos estruturantes, alertam que as grandes quantias em termos de pagamento de dívida a partir de 2022 vão contribuir para níveis de dívida mais elevados que na primeira metade desta década, o que se agrava num contexto de depreciação das moedas, como é o caso de Angola, cujo kwanza caiu mais de 50% face ao dólar desde o início do ano.

“Angola, Zâmbia e RDC estão entre os países mais endividados junto dos credores chineses”, nota a Moody’s, alertando que “para países com bases de exportação muito limitadas, ou que dependem de uma só matéria-prima, como Angola, o aumento da dívida externa associado aos empréstimos chineses pode não ser sustentado pelas receitas em moeda externa no futuro”.

O relatório, que surge numa altura em que Angola está a renegociar os vários empréstimos em moeda externa, nomeadamente com a China, e negoceia um pacote de ajuda externa do FMI no valor de 4,5 mil milhões de dólares, reconhece a importância da relação entre os dois países.

“De uma forma geral, concentrar a exposição a um único credor, com pouca transparência sobre os termos das reestruturações financeiras, aumenta os riscos de contágio, enfraquecendo a posição orçamental, mas as relações da China com vários países da África subsaariana foram construídas ao longo de décadas”, tornando-os parceiros estratégicos da segunda maior economia do mundo.

“Angola, por exemplo, é fornecedora de cerca de 12% das importações de petróleo da China”, nota a Moody’s, concluindo que apesar de “estas relações de longo prazo e de interesse estratégico parecerem indicar uma vontade da China de reestruturar a dívida quando as pressões se tornam ingeríveis”, a falta de informação sobre os termos das propostas é negativa do ponto de vista da análise da qualidade do crédito.

20 Nov 2018

Justiça brasileira abre ação contra Haddad por corrupção passiva e branqueamento de capitais

A Justiça brasileira abriu uma acção penal contra o candidato derrotado das eleições presidenciais, Fernando Haddad, que foi também prefeito de São Paulo, pelos crimes de corrupção passiva e branqueamento de capitais.

Segundo o Ministério Público do Estado de São Paulo, o político, filiado no Partido dos Trabalhadores (PT), teria pedido, entre Abril e maio de 2013, através do então tesoureiro do seu partido, João Vaccari Neto, a quantia de três milhões de reais (cerca de 697 mil euros) à empresa de construção ‘UTC Engenharia’ para, supostamente, liquidar dívidas de campanha com a gráfica de Francisco Carlos de Souza, um ex-deputado estadual do PT.

A Procuradoria sustenta que, entre maio e junho daquele ano, a construtora transferiu o valor de 2,6 milhões de reais (cerca de 604 mil euros) para Haddad. A decisão foi tomada pelo juiz Leonardo Valente Barreiros, que acolheu parcialmente a denúncia do Ministério Público de São Paulo, tendo rejeitado parte da acusação que imputava ao ex-prefeito o crime de associação criminosa.

A denúncia foi apresentada pelo promotor de justiça Marcelo Mendroni, que integra o grupo do Ministério Público de combate a crimes económicos. O então tesoureiro do PT “representava e falava em nome de Fernando Haddad”, pode ler-se na acusação.

O promotor adiantou que Fernando Haddad recebeu pessoalmente o empreiteiro da UTC, no dia 28 de fevereiro de 2013, aquando do exercício do cargo de prefeito de São Paulo.

Na decisão do juiz Leonardo Valente Barreiros pode ler-se que “a narrativa acusatória aponta ainda que a captação e distribuição de recursos ilícitos se desenvolveram através de um esquema montado pela própria UTC Engenharia”, principalmente “por contratos de prestação de serviços fictícios e/ou sobrefacturados”.

“Assim foram realizados os pagamentos daquela dívida, contraídas especialmente durante o ano de 2012 pela campanha de Fernando Haddad para o cargo de prefeito de São Paulo”, salientou o juiz.

Segundo a defesa do ex-candidato presidencial, “a denúncia não aponta minimamente qual era o objetivo do pagamento”. “Há a necessidade de se apontar um acto de ofício para caracterização do crime de corrupção passiva, sendo imprescindível a descrição mínima do que se espera em contrapartida da vantagem indevida”, sustenta a defesa de Haddad, num documento datado de 10 de Setembro.

 

Dilma Rousseff promete “aliança até com o diabo” para combater Bolsonaro

A ex-presidente brasileira Dilma Rousseff prometeu em Buenos Aires uma “aliança até com o diabo” para combater o governo de Jair Bolsonaro, que classificou de “neofascista”. Falando no Fórum do Pensamento Crítico, em Buenos Aires, Rousseff defendeu alianças políticas amplas e um programa claro de combate às políticas de Bolsonaro.

Para a ex-presidente destituída em 2016, as alianças devem ter como base “corações anti-liberais e anti-autoritarismo” para combater o que chamou de “neofascismo”.

“A população ficará vulnerável a todas as cooptações possíveis. Teremos de resistir e enfrentá-los”, defendeu Dilma Rousseff, que faz uma diferença entre a extrema-direita de Jair Bolsonaro e as políticas de centro-direita.

“A centro-direita é a favor das reformas neoliberais, mas é anti-autoritária. Tem essa característica de querer moderar os neofascistas que agora chegaram ao poder”, diferenciou.

Para Dilma Rousseff, antes mesmo de começar a governar, Jair Bolsonaro começou o processo “de tragédia social e de perda de direitos adquiridos” ao acabar com a presença de cubanos no programa Mais Médicos que chegou a municípios que, de outra maneira, não teriam atendimento médico.

“Isso significa que milhões de brasileiros não terão acesso ao atendimento básico de saúde. E essa sistemática alteração dos direitos vai provocar uma reacção popular”, prevê Rousseff.

Nas últimas eleições, “o Partido dos Trabalhadores foi derrotado nas últimas eleições para presidente, mas não teve uma derrota estratégica”. “Elegemos a maior bancada no Congresso e o maior número de governadores por partido. Também o maior número de representantes nas assembleias legislativas nos estados”, destaca.

“E isso coloca dois problemas para o novo governo: não basta ganhar-nos eleitoralmente. Eles dizem de forma clara que querem a nossa destruição. É um método fascista. E também querem destruir as conquistas dos movimentos sociais como os Sem Terra (MST) e os Sem Tecto (MTST), dois movimentos que tratam de um grande problema do Brasil: a desigualdade”, avalia Roussef

Sobre o juiz Sérgio Moro, quem liderou a operação judicial Lava Jato desde o seu início, em Março de 2014, Rousseff disse não ter dúvidas de que é um exemplo de uso da justiça para fins políticos.

“O juiz que julgou e condenou Lula transformou-se em ministro de Justiça. Então, ou o rei ficou nu ou há batom nessa cueca”, definiu Dilma, que falou no painel “Democracia, cidadania e estado de excepção”.

20 Nov 2018

Fadista Carminho edita novo álbum no final do mês e dá-lhe o nome “Maria”

[dropcap]O[/dropcap] novo álbum de Carminho, “Maria”, é editado no próximo dia 30, e a fadista assina a autoria de sete dos doze temas que o constituem, anunciou a discográfica Warner Music.

A editora afirma que este quinto álbum da carreira de Carminho é “o mais pessoal de sempre”, no qual a fadista “participou activamente na sua produção”, tendo a produção executiva sido também sua, com João Pedro Ruela, Diogo Alves e Marta Pelágio.

O ‘single’ de apresentação do álbum, “O Menino e a Cidade”, estará disponível “em todas as plataformas digitais” esta sexta-feira, segundo a mesma fonte.

“A Tecedeira” é o tema de abertura do álbum que inclui ainda, “Estrela”, “A Mulher Vento” e “Poeta”, todos assinados, letra e música, por Carminho.

A fadista assina ainda as letras de “Se Vieres”, que canta na melodia tradicional do Fado Santa Luzia, de Armando Machado, e “Desengano”, que gravou no Fado Latino, de Jaime Santos, e a música de “Quero Um Cavalo de Várias Cores”, de Reinaldo Ferreira.

Outros autores são Joana Espadinha, que assina a letra e música de “O Menino e a Cidade” e “As Rosas”, e Pedro Homem de Mello, de quem canta “O Começo”, no Fado Bizarro, de Acácio Gomes.

A intérprete resgatou um tema do repertório de António Calvário, “Pop Fado”, de César Oliveira e Fernando Carvalho, e “Sete Saias”, com letra e música de Artur Ribeiro, canção que foi um dos seus sucessos, gravada também por nomes como Maria Amélia Canossa e Tristão da Silva.

Neste CD, Carminho é acompanhada por Bernardo Couto, na guitarra portuguesa, em três temas, “O Menino e a Cidade”, “A Mulher Vento” e “Se Vieres”, por José Manuel Neto, nos temas “O Começo” e “Quero Um Cavalo De Várias Cores”, e por Luís Guerreiro, em “Sete Saias”, “Poeta” e “Pop Fado”.

Os outros músicos são Flávio César Cardoso, na viola, José Marino de Freitas, na viola baixo, João Paulo Esteves da Silva, no piano, e Filipe Cunha Monteiro no ‘pedal steal’ e guitarra eléctrica. Carminho toca também guitarra eléctrica em “Estrela”.

“Maria” sucede ao álbum “Carminho Canta Jobim”, editado em dezembro de 2016. Carminho estreou-se discograficamente a solo em 2009, com “Fado”, apesar de já ter cantado, quer na casa de fados da mãe, a fadista Teresa Siqueira, no bairro lisboeta de Alfama, a Taverna do Embuçado, quer em alguns espectáculos, como a Gala Carlos Zel, no Casino Estoril, em 2008, e num espetáculo de homenagem ao poeta José Luís Gordo, na Vidigueira, no Baixo Alentejo, em 2005.

Em 2006, participou na gravação do CD “O Terço Cantado”, e tinha já gravado quatro fados, na Suíça, com a Tertúlia de Fado Tradicional. Em 2008, gravou “Gritava Contra o Silêncio”, excerto de um conto de Sophia de Mello Breyner Andresen, no primeiro disco de inéditos de João Gil.

Ao longo da sua carreira, a fadista tem gravado com artistas de outras áreas musicais, designadamente com os brasileiros Chico Buarque, Milton Nascimento, Marisa Monte, Ney Matogrosso e Nana Caymmi, e com o espanhol Pablo Alborán.

20 Nov 2018

Bolsa de Tóquio abriu hoje com descida significativa

[dropcap]A[/dropcap] bolsa japonesa abriu hoje em queda, com o seu principal índice, o Nikkei, a recuar 1,11% (241,91 pontos), para as 21.579,25 unidades. Um segundo índice de referência, o Topix, apresentou a mesma tendência, ao desvalorizar 0,98% (16,02), para os 1.621,59 postos.

Uma das explicações para esta forte queda logo na abertura da sessão está no recuo da Nissan, que começou as transações em baixa superior a 6%, depois de conhecida a detenção do seu presidente, Carlos Ghosn.

Carlos Ghosn foi detido por alegada evasão fiscal, segundo a agência noticiosa Kyodo, tendo a empresa confirmado a investigação interna ao dirigente, de 64 anos.

O construtor japonês confirmou as informações, avançadas pela imprensa, sobre os resultados de uma investigação interna que indicam que o seu presidente do Conselho de Administração “durante vários anos declarou rendimentos inferiores aos montantes reais”.

“Muitas outras práticas ilícitas foram descobertas, como o uso de bens da empresa para fins pessoais”, refere, adiantando que a direcção irá propor a “demissão do cargo rapidamente”.

Fontes da investigação referiram à agência que o empresário franco-brasileiro de origem libanesa foi interrogado pelo Ministério Público, por alegadamente ter ocultado bónus.

A cadeia televisiva pública NHK indicou que o interrogatório ocorreu depois do fabricante automóvel ter levado a cabo uma investigação interna, no qual registou “faltas graves”.

Fontes da Nissan citadas pela Kyodo disseram que a proposta de destituição do dirigente deverá acontecer na próxima reunião e que a pessoa que denunciou as supostas irregularidades financeiras também alertou, há vários meses, as autoridades competentes.

Goshn é também o homem forte das duas empresas que compõem a aliança com a Nissan, a Renault e a Mitsubishi Motors, e é considerado o homem de negócios estrangeiro mais influente no Japão. O empresário chegou à Nissan em 1999 como presidente executivo para liderar a recuperação do fabricante, com sede em Yokohama, depois de ter oficializado uma aliança com a francesa Renault.

Depois de ser tornar presidente das duas empresas, na década seguinte, Ghosn passou a homem forte da Mitsubishi Motors no âmbito do acordo de capital subscrito em 2016.

20 Nov 2018

Direito de resposta da vice-presidente da Escola Portuguesa de Macau

Exmo. Senhor Diretor do Jornal Hoje Macau,

Zélia de Oliveira Baptista vem, por este meio, manifestar o seu repúdio pelas palavras utilizadas e as ideias contidas no artigo “Novos Desafios para a Escola Portuguesa de Macau”, de 19/11/2018, escrito pelo Sr. Manuel Gouveia, no final do último parágrafo do mesmo, bem como pela utilização indevida, e sem qualquer pedido de autorização, do seu nome, por parte do autor.
Solicita que esta nota seja publicada no jornal que dirige, o mais rapidamente possível.

Sem outro assunto,

Zélia de Oliveira Baptista

20 Nov 2018

China | Construção de complexo turístico causa morte de 6.000 esturjões

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades chinesas estão a investigar a morte de 6.000 peixes da espécie esturjão-chinês, que está em perigo de extinção, alegadamente devido à construção de um complexo eco-turístico próximo de uma zona de criação.

Segundo o jornal de Hong Kong South China Morning Post, os cerca de 6.000 peixes morreram numa zona de exploração piscícola, em Jingzhou, na província de Hubei.

Citado pelo jornal, o gabinete provincial para as pescas afirmou que as mortes estão “directamente relacionadas com os sobressaltos, ruídos e variações nos recursos hídricos”, causados pela construção da zona de eco-turismo de Jinan.

As obras, que foram anunciadas em 2016, ficaram marcadas pelos desentendimentos entre o governo local e a promotora, que face à falta de um acordo compensatório recusou alterar a localização do complexo turístico.

Citado pela imprensa local, um dos responsáveis pela área de criação afirmou que as obras se transferiram para um terreno ainda mais próximo, o que provocou nos peixes uma “angústia crescente” e a contaminação do lago que utilizavam como fonte de água.

O ministério chinês da Agricultura apelou já às autoridades que façam tudo o que estiver ao seu alcance para garantir a segurança da espécie, segundo o SCMP.

Tesouro raro

Considerado um “tesouro nacional”, junto com o panda, o esturjão-chinês, cujo nome científico é ‘acipenser sinensis’, encontra-se em perigo critico de extinção, devido à poluição, pesca excessiva e construção de barragens no país.

A espécie, com origem no Yangtzé, o maior rio na Ásia, é um dos seres vivos mais antigos do planeta. Estima-se que exista há 140 milhões de anos, desde o período do cretáceo, quando havia ainda dinossauros na Terra.

A China lançou, nos anos 1980, um programa para criação em cativeiro, quando restavam apenas 200 exemplares em liberdade.

No entanto, a sobrevivência do esturjão-chinês no Yangtzé continua a ser um desafio.
Em 2005, as autoridades chinesas libertaram mais de 10.000 crias e 200 exemplares adultos, criados em cativeiro, mas passados dois anos, apenas 14 restavam no rio.

O esturjão-chinês, que pode ter até cinco metros de comprimento, e que é muito vulnerável ao ruído, condições do meio-ambiente e feridas causadas pelos barcos, poderá desaparecer, como sucedeu ao golfinho do Yangtzé em 2007.

O próprio Presidente chinês, Xi Jinping, alertou, em Abril passado, que o Yangtzé se converteu num “deserto” de peixes, devido à poluição das águas.

20 Nov 2018

Telecomunicações | Proposta de lei para convergência em 2019

[dropcap]O[/dropcap] regime que irá permitir a existência de pacotes de serviços integrados de telefone, televisão e internet, à semelhança do que existe em Portugal, está quase pronto, indicou ontem a directora dos Serviços de Correios e Telecomunicações (DSC), Derby Lau, à Rádio Macau.

“A nossa parte já está na fase final, portanto, vai iniciar-se o processo legislativo. Espero que possa ser lançado no próximo ano. Mas tudo depende do processo legislativo, que já se sabe que demora”, afirmou.

No Verão passado, o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, reconheceu que a convergência implica um processo complexo, admitindo mesmo a possibilidade de demorar dez anos.

20 Nov 2018

Água | Anunciado aumento das tarifas em breve

[dropcap]A[/dropcap] directora dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água (DSAMA) anunciou ontem que as tarifas da água vão aumentar em breve.

Em declarações ao canal chinês da Rádio Macau, Susana Wong justificou a necessidade de actualização com os aumentos tanto no custo de abastecimento da água da China como do tratamento local a que é submetida.

A directora da DSAMA não avançou, porém, com valores, dando conta de que, até ao momento, a Macau Water ainda não apresentou um pedido oficial de ajuste das tarifas. A percentagem de aumento varia consoante o tipo de consumidor, sendo que o Governo vai manter uma subvenção. A última actualização das tarifas da água teve lugar a 1 de Novembro de 2016.

20 Nov 2018

Suicídio | Registados 50 casos até Setembro

[dropcap]N[/dropcap]os primeiros nove meses do ano foram registados 50 suicídios, reflectindo uma diminuição de 3,8 por cento face ao período homólogo do ano passado, indicaram ontem os Serviços de Saúde.

Em seis dos 50 casos as vítimas tinha idades compreendidas entre os 15 e os 24 anos. Um cenário que, de acordo com o organismo, “evidencia que os problemas de saúde mental dos jovens não podem ser ignorados”.

20 Nov 2018

Comércio | China acompanha Fórum Macau em viagem a Portugal e Angola

[dropcap]U[/dropcap]ma delegação do Fórum Macau fez-se acompanhar, entre os dias 7 e 14 deste mês, pelo director do Departamento dos Assuntos de Taiwan, Hong Kong e Macau do Ministério do Comércio da China numa viagem oficial a Portugal e Angola. A visita aconteceu entre os dias 7 e 14 deste mês, mas só ontem foi divulgado um comunicado oficial.

Em Portugal foram feitas visitas ao Ministério da Economia, onde ambas as partes “manifestaram boas avaliações às relações económicas e comerciais sino-lusófonas, assim como afirmaram o importante papel do Fórum de Macau e de Macau como uma plataforma na promoção do desenvolvimento dessas relações”.
Foi também discutido o projecto “Uma Faixa, Uma Rota” e foi debatido a realização das medidas anunciadas na 5ª Conferência Ministerial do Fórum de Macau. Outro trabalho realizado prendeu-se com a preparação para a 6ª conferência, que ainda não tem data para acontecer.

Na agenda constaram igualmente encontros com a AICEP e com a Embaixada da China em Portugal, tendo sido feita uma visita ao Centro de Experiências de Inovação Tecnológica da Huawei em Portugal.
Em Angola, a delegação teve um encontro com o director dos Serviços da Ásia e Oceânia do Ministério dos Negócios Estrangeiros, que serviu também para abordar o papel do Fórum Macau nos últimos 15 anos. Foi também feita uma visita à Embaixada da China em Angola e ao projecto do Instituto das Relações Internacionais, cuja construção conta com o auxílio da China.

Depois das visitas aos dois países, a delegação será recebida em São Tomé e Príncipe.

20 Nov 2018

PZ – “No meu lugar”

“No meu lugar”

Não quero pôr o pé lá fora
Não quero pôr o pé lá fora
Tenho medo de encontrar um bicho, ou isso

Não quero pôr o pé lá fora
Não quero pôr o pé lá fora
Não quero dar de caras com um bicho, ou isso

Quero ficar
No meu lugar
Para encontrar
O meu lugar

Não sabes o que tens
quando manténs
dúvidas, dúvidas…
daquelas que empatam

Mas quando convém
tu já não tens
dúvidas, dúvidas
elas quase que me matam

Quero pôr o pé lá fora
Quero pôr o pé lá fora
Quero poder-me encontrar contigo, ou isso

Quero pôr o pé lá fora
Quero pôr o pé lá fora
Quero poder-me encontrar contigo, é isso

Fazes muito bem
tu já não tens
dúvidas, dúvidas…
elas quase que me matam

Quando convém
tu já não tens
dúvidas, dúvidas…
daquelas que empatam

Quero ficar
No meu lugar
Para encontrar
O meu lugar

Não quero pôr o pé lá fora
Não quero pôr o pé lá fora
Não quero dar de caras com um bicho, ou isso

PZ

20 Nov 2018

Ferro Rodrigues destaca convergência com China na promoção do multilateralismo

[dropcap]O[/dropcap] presidente da Assembleia da República (AR), Ferro Rodrigues, afirmou hoje que Portugal quer aprofundar o relacionamento com a China, para que “tenha efeitos” em organizações multilaterais, perante a ascensão global de “doutrinas unilateralistas perigosas”.

“Há toda uma vontade de aprofundar o relacionamento bilateral, para que este tenha efeitos em organizações multilaterais, e que possa, defendendo o interesse dos dois países, ser cada vez mais uma realidade”, disse em entrevista à Lusa.

O presidente da AR iniciou uma visita de dois dias a Pequim, onde tem previstas reuniões com o presidente do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional (APN), Li Zhanshu, a terceira figura do regime chinês. A visita ocorre a cerca de duas semanas de o Presidente chinês, Xi Jinping, visitar Portugal.

Ao lembrar que Portugal tem “uma postura de apoio ao multilateralismo”, Ferro Rodrigues sublinhou “a convergência” com Pequim, ao “considerar que os acordos internacionais são para se cumprir, e não para se rasgar”.

Desde a ascensão ao poder de Xi, a China passou a reclamar mais protagonismo na governação de questões globais, numa altura em que os Estados Unidos de Donald Trump rompem compromissos internacionais sobre o clima, comércio, migração ou o nuclear.

“Vive-se um momento em que é muito importante que haja capacidade de fazer frente a doutrinas unilateralistas, que estão a espalhar um pouco por vários países nacionalismos agressivos, que são perigosos”, disse Ferro Rodrigues.

O também líder parlamentar do Partido Socialista destacou ainda o “apoio e mobilização importante” de Pequim “na eleição de portugueses para funções importantes a nível internacional”, referindo os casos de António Guterres e António Vitorino, eleitos secretário-geral da ONU e director-geral da Organização Internacional para as Migrações, respectivamente.

Questionado sobre a crescente bipolarização entre Pequim e Washington, à medida que os EUA tentam contrariar as ambições chinesas no sector tecnológico e a assertividade da China no Pacífico, Ferro Rodrigues disse que Portugal vê o país asiático como uma nação que contribui para a paz.

“É evidente que a China é uma grande potência, não apenas uma grande potência económica, mas que tem também uma doutrina estratégica em termos de Defesa e em termos militares, que pode causar algumas dificuldades a alguns parceiros, sobretudo aqui na região, mas tradicionalmente temos visto a China como um país que tem dado contributos para a paz”, afirmou.

Ferro Rodrigues destacou ainda a “intensificação muito nítida do relacionamento bilateral, sobretudo no campo económico, com muitos investimentos chineses em Portugal, e com a perspectiva de que possa continuar a dar-se esse movimento”.

Desde a crise financeira global, em 2008, enquanto as economias desenvolvidas estagnaram, a China manteve altas taxas de crescimento económico, aumentando a quota no Produto Interno Bruto global de 6% para quase 16%.

O país asiático tornou-se, no mesmo período, um dos principais investidores em Portugal, ao comprar participações em grandes empresas das áreas da energia, seguros, saúde e banca, enquanto centenas de particulares chineses compraram casa em Portugal à boleia dos vistos ‘gold’.

Ferro Rodrigues é acompanhado, em Pequim, por membros das direções dos grupos parlamentares do PS, PSD, CDS e PCP.

19 Nov 2018

Líderes pró-democracia de Hong Kong declaram-se inocentes no início do julgamento

[dropcap]T[/dropcap]rês líderes do movimento pró-democracia em Hong Kong declararam-se hoje inocentes na abertura do julgamento contra nove activistas acusados de perturbar a ordem pública durante a “revolta dos guarda-chuvas”, em 2014. Os réus foram recebidos à chegada ao tribunal por centenas de apoiantes, que gritavam: “Resistência pacífica!” e “Quero um verdadeiro sufrágio universal!”.

Chan Kin-man, de 59 anos, professor de sociologia, Benny Tai, de 54, professor de direito, e Chu Yiu-ming, de 74 anos, ministro da Igreja Baptista de Chai Wan em Hong Kong, fundaram o movimento “Occupy Central” em 2013.

Entre 28 de Setembro e 15 de Dezembro de 2014, centenas de milhares de pessoas paralisaram quarteirões inteiros da antiga colónia britânica para exigir o sufrágio universal na escolha do chefe do Executivo de Hong Kong, nomeado por uma comissão pró-Pequim. Mas as autoridades chinesas não recuaram.

Em 2014, a acção dos manifestantes, que treparam pelas barreiras metálicas e entraram na Civic Square, uma praça situada num complexo governamental, desencadeou manifestações mais importantes e dias mais tarde teria início o movimento pró-democracia, quando a polícia disparou granadas de gás lacrimogéneo para dispersar a multidão, que se protegeu com guarda-chuvas.

Desde então, vários activistas foram julgados pelo Ministério da Justiça, e alguns já se encontram a cumprir pena de prisão. Alguns foram proibidos de concorrer às eleições e outros foram desqualificados do Conselho Legislativo.

Na semana passada, o activista Chan Kin-man proferiu um discurso de despedida para mais de 600 pessoas na Universidade Chinesa de Hong Kong, onde lecciona há mais de 20 anos.

“Enquanto não formos esmagados pela prisão e pelas provações e oprimidos pela frustração e raiva, seremos mais fortes e inspiraremos os outros”, disse, anunciando assim a reforma antecipada para o próximo ano.

A organização não-governamental Human Rights Watch (HRW) apelou na passada quinta-feira às autoridades de Hong Kong para que retirem as acusações contra nove líderes das manifestações pró-democracia de 2014.

“Essas nove pessoas não fizeram nada além de pressionar pacificamente o Governo de Hong Kong a cumprir a sua obrigação de entregar uma democracia genuína às pessoas no território”, disse a diretora da HRW para a China, Sophie Richardson.

Os nove enfrentam várias acusações criminais, incluindo “incitação para cometer distúrbios públicos”, sendo que os três co-fundadores enfrentam uma acusação adicional de “conspiração para cometer distúrbios públicos” e podem ser condenados até sete anos de prisão.

Recentemente, o cancelamento de eventos literários e artísticos e a recusa em permitir a entrada de um jornalista do Financial Times em Hong Kong reacenderam a preocupação com a liberdade de expressão no território.

19 Nov 2018

Antiga mansão de Bruce Lee vai ser palco de cursos de música e mandarim

[dropcap]A[/dropcap] antiga mansão de Bruce Lee, lenda das artes marciais, em Hong Kong, vai transformar-se num centro de estudos chineses no próximo ano e oferecer cursos de música e mandarim, noticiou hoje o South China Morning Post.

“Vamos converter a mansão num centro de estudos chineses no próximo ano, que vai oferecer cursos como mandarim e música chinesa para crianças”, afirmou Pang Chi-ping, administrador de um fundo de solidariedade que detém a mansão.

Pang é neto do filantropo bilionário Yu Pang-lin, que estabeleceu o fundo. A estrutura externa da propriedade, em Kodlong Road, vai manter-se intacta após a reforma, garantiu o responsável.

“Vamos manter o mosaico, que foi deixado por Bruce Lee, na parte de trás do muro em torno da mansão”, disse, citado pelo jornal. O trabalho de renovação na propriedade, que tem mais de 500 metros quadrados, vai começar logo após o Ano Novo Lunar. As aulas devem começar em Setembro do próximo ano.

Cerca de 400 crianças, do jardim de infância à escola secundária, terão aulas no centro todos os anos, segundo Pang Chi-ping. O centro também pode oferecer aulas de artes marciais no futuro. No entanto, a fundação não vai usar o nome de Lee como meio de publicidade, uma vez que não possui direitos de imagem do homem que levou as artes marciais ao cinema.

Bruce Lee (Li Xiaolong, em chinês), nasceu no bairro chinês (Chinatown) de São Francisco, Califórnia, e cresceu em Hong Kong, onde se tornou um ícone da cultura popular chinesa, e faleceu a 20 de Julho de 1973, com 32 anos, na sequência de um edema cerebral.

19 Nov 2018

Presidente de Taiwan defende cineasta pró-independência difamada na China

[dropcap]A[/dropcap] Presidente de Taiwan saiu, este Domingo, em defesa de uma cineasta pró-independência criticada na China devido aos comentários com conotação política que teceu, um dia antes, durante um festival de cinema em Taipé.

“Nunca aceitámos o termo ‘Taiwan da China’ (…) Taiwan é Taiwan”, escreveu Tsai Ing-wen na conta oficial da rede social Facebook, citada pela agência taiwanesa CNA.

Na mesma publicação, a Presidente avisou que Taiwan “acolhe todos os cineastas chineses para desfrutarem da liberdade de expressão” da ilha, mas “devem respeitar os pontos de vista de Taiwan”.

“Por mais que desejemos que os visitantes aproveitem a liberdade de Taiwan, eles também devem respeitar o povo de Taiwan e o seu modo de pensar”, acrescentou a chefe de Estado.

Tsai Ing-wen falava sobre a polémica desencadeada por várias intervenções com conotação política durante a recepção dos prémios na 55.ª edição do Festival do Cavalo de Ouro, o equivalente ao Óscar para filmes chineses, realizada no último sábado em Taipé.

Os discursos dos vencedores imediatamente criaram uma disputa entre internautas de Taiwan e chineses, especialmente sobre a intervenção da realizadora taiwanesa Fu Yue, que ganhou o prémio de melhor documentário com o filme “A nossa juventude em Taiwan” sobre a “revolta do Girassol”, em 2014, contra a influência chinesa em Taiwan.

Depois de receber o prémio, Fu afirmou que o “seu maior desejo como taiwanesa” é que o “país seja tratado como entidade independente”. A página do Facebook da cineasta foi inundada por comentários críticos, que, na opinião da Presidente da ilha, não passam de crimes de “cyberbullying”.

“Qualquer um que expresse as suas opiniões livremente não deve estar sujeito a assédio ou ameaças psicológicas”, sublinhou. Nesta edição do festival, o prémio de melhor filme foi para “Um elefante sentado no chão”, do jovem realizador chinês Hu Bo, que se suicidou aos 29 anos depois de terminar este trabalho, em 2017.

O prémio de melhor realizador foi entregue ao chinês Zhang Yimou. Os prémios Cavalo de Ouro, concedidos desde 1962, são os mais aclamados no mundo do cinema chinês, com a participação de produções da China, de Taiwan ou de Hong Kong.

19 Nov 2018

TIMC | Edgar Martins apresenta imagens premiadas

[dropcap]O[/dropcap] fotógrafo português Edgar Martins, com raízes em Macau, é o nome que fecha o cartaz deste ano do festival This is My City (TIMC). As cinco imagens premiadas do projecto “Silóquios e Solilóquios sobre a Morte, a Vida e outros Interlúdios”, que venceram o primeiro prémio na categoria Natureza Morta dos prémios Sony World Photography deste ano estarão expostas nas Oficinas Navais 2 entre os dias 22 e 25 de Novembro.

As imagens partem de um projecto desenvolvido em parceria com o Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses em Portugal. Durante três anos, Edgar Martins teve acesso a uma grande variedade de provas forenses, incluindo cartas escritas por pessoas que cometeram suicídio. “A carta que mais me comoveu estava escrita num Post- it. Fiquei impressionado com a finalidade da mensagem e a transitoriedade do meio”, explica Edgar Martins, citado num comunicado do TIMC.

Nascido em Évora, Portugal, Edgar Martins cresceu em Macau, mas reside no Reino Unido desde 1996, onde concluiu uma licenciatura em Fotografia e Ciências Sociais na University of Arts e um mestrado em Fotografia e Belas Artes no Royal College of Art (Londres).

O seu trabalho está representado internacionalmente em colecções de diferentes museus, entre os quais se incluem o V&A (Londres), o National Media Museum (Bradford, RU), o RIBA (Londres), o Dallas Museum of Art (EUA), a Fundação Calouste Gulbenkian/Centro de Arte Moderna (Lisboa), a Fundação EDP (Lisboa), a Fondation Carmignac (Paris) e o MAST (Itália).

Edgar Martins já recebeu vários prémios, incluindo o inaugural New York Photography Award (categoria Belas Artes, Maio 2008) e o BES Photo Prize (Portugal, 2009), entre outros.

19 Nov 2018