Banca | Empresa de Hong Kong adquiriu parte do BANIF, que ganhou o nome de Bison Bank

[dropcap]O[/dropcap] Bison Bank é a nova designação do BANIF – Banco de Investimento que foi lançada ontem em Portugal, estando focado nos segmentos de ‘wealth management’, gestão de activos e banca de investimento, anunciou hoje o Bison Capital Financial Holdings.

Em comunicado, os chineses da Bison Capital Financial Holdings (Hong Kong) Limited, que adquiriram a parte do BANIF que estava na Oitante, destacam que “é com base na ligação privilegiada ao mercado asiático que o Bison Bank irá distinguir-se das restantes entidades financeiras no nosso país”, em “especial neste actual contexto em que Portugal se posiciona como o segundo país europeu que mais investimento chinês recebe, quando ponderado pela sua dimensão económica”.

“Os recursos que a Bison detém nos mercados asiáticos permitem que o banco potencie uma rede sólida e distinta de conhecimentos que, entre outros, dará possibilidade aos actuais clientes de beneficiarem de uma plataforma de oportunidades de investimento nos mais variados países”, refere.

Segundo adianta, o banco irá “servir ainda como ponte financeira entre a Ásia, Europa e vice-versa: “Os nossos objectivos passam por criar uma ligação intercontinental sólida entre os continentes asiático e europeu apoiando um fluxo constante de ligações que aproximam os mercados de investidores em todo o mundo”.

“Com esta aquisição e o lançamento do Bison Bank iremos apoiar clientes asiáticos interessados em investir e expandir a actividade internacionalmente, bem como investidores internacionais interessados na China”, refere a presidente não-executiva do Bison Bank, Lijun (Lily) Yang, citada no comunicado.

A proposta dos chineses, cujo valor não foi divulgado, foi apresentada como “aquela que apresentava as condições mais favoráveis à maximização da venda” da instituição.

No final de Junho deste ano, o Banco de Portugal anunciou que pediu o início da liquidação judicial do BANIF, na sequência da revogação pelo Banco Central Europeu da autorização para o exercício da actividade de instituição de crédito.

Em Dezembro de 2014, o BANIF foi alvo de uma medida de resolução, por decisão do Governo e do Banco de Portugal, o que levou a que muitos clientes se viessem a afirmar como lesados por aquela instituição bancária.

Entre os lesados estão cerca de 3.500 obrigacionistas, em grande parte oriundos das regiões autónomas da Madeira e dos Açores, mas também das comunidades portuguesas na África do Sul, Venezuela e Estados Unidos, que perderam 263 milhões de euros.

Além destes, há ainda a considerar 4.000 obrigacionistas Rentipar (‘holding’ através da qual as filhas do fundador do Banif, Horácio Roque, detinham a sua participação), que investiram 65 milhões de euros, e ainda 40 mil accionistas, dos quais cerca de 25 mil são oriundos da Madeira.

Parte da actividade do Banif foi adquirida pelo Santander Totta por 150 milhões de euros, tendo sido ainda criada a Oitante, para onde foi transferida a actividade bancária que este comprador não adquiriu.

Desde a resolução do Banif, investidores do banco têm andado em ‘luta’ por uma solução que os compense pelas perdas.

27 Nov 2018

Aeroporto Internacional de Macau abre rota para Xian que poderá ter voo para Lisboa

[dropcap]O[/dropcap] Aeroporto Internacional de Macau (MIA) anunciou ter inaugurado uma rota para Xian, cidade no noroeste da China que poderá ter ainda este Dezembro um voo directo para Lisboa. “Actualmente, existem 47 destinos operados através do MIA, dos quais 23 estão nas rotas da China Continental”, sublinhou o aeroporto em comunicado.

Em Outubro, a companhia aérea chinesa Capital Airlines pediu autorização às autoridades chinesas para iniciar um voo direto entre Xian e Lisboa, depois de ter suspendido, naquele mês, a ligação a partir de Pequim.

Segundo um comunicado da Administração da Aviação Civil da China, a que a agência Lusa teve acesso, a empresa quer arrancar com o novo voo em Dezembro deste ano. A informação detalha que o voo terá duas frequências por semana e ficará a cargo dos aviões Airbus A330, com capacidade máxima para 440 passageiros.

Com cerca de 12 milhões de habitantes, Xian é a capital da província de Shaanxi, a cerca de mil quilómetros de Pequim. O pedido da Capital Airlines surge no mesmo mês em que suspendeu o voo direto, entre Hangzhou, na costa leste da China, e Lisboa, com paragem em Pequim, lançado a 26 de julho de 2017, com três frequências por semana.

Contactada pela Lusa na altura em que anunciou a suspensão do voo, a empresa recusou detalhar os motivos, referindo apenas “razões operacionais”.

A empresa é uma das subsidiárias do grupo chinês HNA, que enfrenta uma grave crise de liquidez, depois de ter fechado o ano passado com uma dívida de 598 mil milhões de yuan.

27 Nov 2018

Abuso sexual | Governo frisa necessidade de terceiros verem exames

[dropcap]O[/dropcap]s exames médicos que envolvam contacto físico com as partes íntimas dos pacientes têm de ser assistidos por uma terceira pessoa, além do médico e do paciente.

As normas estão definidas e foram recordadas pelo Governo ontem, depois do caso em que um médico, de Medicina Tradicional Chinesa, estar a ser investigado por ter alegadamente ter abusado de uma paciente.

“Estes exames devem ser efectuados na presença de uma terceira pessoa (por exemplo, enfermeiro, assistente ou membro familiar da paciente), nomeadamente no caso das duas partes envolvidas serem de sexos diferentes ou o paciente possua menos de 18 anos de idade. A presença de uma terceira pessoa é obrigatória”, pode ler-se no comunicado dos Serviços de Saúde.

27 Nov 2018

Turistas de Zhuhai usam Ponte HKZM para apanhar barco

[dropcap]H[/dropcap]á turistas de Zhuhai que utilizam a ponte HKZM para entrar em Macau e apanharem o barco para Hong Kong. A denúncia é feita pelo representante de Macau na Assembleia Popular Nacional, Lao Ngai Leong.

A razão, apontou ao Jornal Ou Mun, deve-se ao facto destes turistas serem portadores de salvo conduto para Macau, e aproveitarem a facilidade de entrada no território para se dirigirem a Hong Kong. Por outro lado, há também turistas de Hong Kong que se dirigem a Macau pela ponte, para depois seguirem para as Portas do Cerco e entrarem em Zhuhai. A situação acontece, afirma Lao, para evitar as esperas pelos autocarros que fazem a ligação entre os dois territórios vizinhos.

Em declarações ao Jornal Ou Mun, o representante de Macau na APN apelou à atenção do Governo para estes movimentos de turistas até porque podem levar a más interpretações acerca do número real de visitantes que entram no território. Lao Ngai Leong sugeriu ainda que as autoridades das três regiões ajustem os autocarros nas fronteiras.

27 Nov 2018

Cooperação em energia, infra-estruturas e tecnologia na agenda de Xi Jinping em Lisboa

[dropcap]P[/dropcap]ortugal e a China vão assinar, durante a visita a Lisboa do Presidente Chinês, Xi Jinping, em Dezembro, acordos de cooperação em vários domínios, incluindo os sectores da energia, infra-estruturas e ciência e tecnologia, segundo a Xinhua.

De acordo com a agência noticiosa estatal chinesa Xinhua, que cita o vice-ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Chao, os acordos a assinar durante a visita do chefe de Estado chinês a Portugal cobrem áreas que vão desde as infra-estruturas, à cultura, educação, ciência e tecnologia, conservação de água, controlo de qualidade, energia e finanças.

Segundo o vice-ministro, durante a visita, que decorre a 4 e 5 de Dezembro, Xi Jinping terá encontros com o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, com o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, e com o primeiro-ministro, António Costa.

Portugal é um de quatro países que o líder chinês vai visitar entre 27 de Novembro e 5 de Dezembro, para reforçar os respectivos laços bilaterais. Xi Jinping vai ainda até Espanha, Panamá e Argentina, onde irá decorrer a cimeira do G20.

Bom momento

No âmbito da deslocação será ainda assinada uma declaração conjunta entre Portugal e a China, avança a Xinhua, sem especificar o teor.

O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, tinha adiantado, em Outubro, aquando de uma deslocação a Pequim, que Portugal e a China estavam a ultimar um memorando de entendimento no âmbito da iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”, centrada no investimento de infra-estruturas.

Não adiantou, no entanto, se tal memorando seria assinado durante a visita oficial de Xi Jinping a Portugal.
A iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”, proposta em 2013 pelo Presidente chinês tem como objectivo reforçar as ligações e dinamizar o comércio entre várias economias da Ásia, do Médio Oriente, da Europa e de África, através do investimento em infra-estruturas.

Na ocasião, Santos Silva destacou o momento “particularmente auspicioso” das relações com a China, adiantando que durante a visita do chefe de Estado chinês a Portugal será assinalada ” a excelência das relações políticas e diplomáticas” bem como o desenvolvimento da relação económica entre Portugal e a China.

27 Nov 2018

Évora | Candidatura a Capital Europeia da Cultura em desenvolvimento

[dropcap]É[/dropcap]vora está a trabalhar numa “candidatura sólida e consensual” a Capital Europeia da Cultura em 2027 e definiu 2019 como o ano de “afirmação” do projecto, um ano depois de ter anunciado oficialmente a sua intenção.

“Definimos 2019 como o ano de lançamento público e de afirmação da candidatura e é para isso que estamos a trabalhar”, afirmou o presidente da Câmara de Évora, Carlos Pinto de Sá (CDU), em declarações à agência Lusa.

A intenção de candidatar a cidade de Évora a Capital Europeia da Cultura em 2027 foi anunciada oficialmente, em Novembro do ano passado, no Salão Internacional do Património Cultural, em Paris, França.
O autarca assinalou que Évora foi a primeira cidade “a anunciar a sua [intenção de] candidatura” e consensualizou o projecto com “um conjunto de entidades regionais e locais”, tendo sido constituída uma comissão executiva.

“Esta comissão tem vindo a desenvolver um trabalho, no âmbito dessa candidatura, que, nesta primeira fase, tem muito a ver com a recolha de experiências e com a preparação de uma candidatura sólida para o futuro”, disse.

Carlos Pinto de Sá realçou que a Câmara de Évora e os seus parceiros neste projecto definiram “um programa de trabalho que está a ser cumprido” e que “está dentro daquilo que são os prazos” definidos.

Pinto de Sá insistiu que o município alentejano tem trabalhado com os seus parceiros no projecto para “garantir que todos convergem e isso tem sido conseguido”, o que, considerou, “absolutamente essencial”.

De acordo com o calendário europeu, a decisão sobre a Capital Europeia da Cultura em 2027 será tomada cinco anos antes, em 2022.

27 Nov 2018

Táxis | Mais dois locais com taxa adicional de 5 patacas

[dropcap]U[/dropcap]ma Ordem Executiva, publicada ontem em Boletim Oficial, autoriza a cobrança de uma taxa adicional de cinco patacas para a prestação de serviço de táxis no Posto Fronteiriço do COTAI e na Ilha Artificial da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, a partir de 8 de Dezembro.

Actualmente é cobrada uma taxa adicional de cinco patacas, sempre que a entrada no táxi aconteça na praça de táxis do Aeroporto Internacional de Macau, do Terminal Marítimo de Passageiros da Taipa, no novo ‘campus’ da Universidade de Macau na Ilha da Montanha.

Assim, com a entrada em funcionamento da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau e a procura do serviço de táxis no Posto Fronteiriço de COTAI, o Chefe do Executivo autoriza a cobrança da mesma taxa adicional pela prestação do serviço nesses dois locais.

27 Nov 2018

Risco social | Valor aumenta 180 patacas a partir de 1 de Janeiro

[dropcap]O[/dropcap] Governo vai elevar, a partir de 1 de Janeiro, o valor do risco social, fixando o montante mínimo de sobrevivência em 4.230 patacas, mais 180 patacas do que actualmente. À luz da nova tabela, publicada ontem em Boletim Oficial, o valor mínimo correspondente a uma pessoa que viva sozinha passa então de 4.050 para 4.230 patacas, enquanto o máximo, para famílias com número igual ou superior a oito membros, sobe de 18.870 para 19.710 patacas.

O valor do risco social, cuja actualização foi anunciada no dia 15 pelo Chefe do Executivo, Fernando Chui Sai On na apresentação das Linhas de Acção Governativa (LAG) para 2019, figura como o montante mínimo de sobrevivência estipulado pelo Executivo, pelo que são considerados como estando numa situação de carência económica pessoas ou famílias cujos rendimentos sejam inferiores a esse patamar. O valor do risco social não era actualizado desde 1 de Janeiro de 2016.

Segundo dados dos primeiros nove meses do ano, facultados ao HM, o Instituto de Acção Social (IAS) atribuiu subsídios a cerca de 3.737 agregados familiares, correspondendo a uma despesa na ordem dos 159,4 milhões de patacas, ou seja, uma média mensal de 17,7 milhões.

Além do subsídio regular, que resulta da diferença entre o valor dos rendimentos mensais e o valor do risco social, o IAS dispõe de outras modalidades de apoio financeiro como subsídios especiais para quem possui necessidades específicas.

27 Nov 2018

IAS realiza novo estudo sobre vício do jogo em 2019

[dropcap]N[/dropcap]o próximo ano o Instituto de Acção Social (IAS) vai levar a cabo uma nova investigação acerca dos problemas associados ao jogo. A ideia foi deixada ontem pela chefe da divisão de prevenção e tratamento do jogo problemático do IAS, Wu I Mui.

O objectivo é conhecer a situação actual acerca da participação dos residentes de Macau em actividades de jogo e a taxa de pessoas que apresentam comportamentos problemáticos nesta matéria para elaboração de futuras medidas de combate e de prevenção. De acordo com o Jornal do Cidadão, a responsável sublinhou que existem muitos casos de dependência de jogo “escondidos”.

Segundo as autoridades, a taxa de dependência de jogo desceu para 2,5 por cento em 2017 face aos 6 por cento em 2006. Para Wu I Mui, os números reflectem o resultado dos trabalhos de prevenção que têm sido levados a cabo pelo Governo.

27 Nov 2018

Ma Man Kei e Henry Fok distinguidos pelo Partido Comunista Chinês

[dropcap]O[/dropcap] canal chinês da Rádio Macau noticiou ontem que o comité central do Partido Comunista Chinês (PCC) distinguiu personalidades de Macau que contribuíram para o processo de reforma económica no país durante o Governo de Deng Xiaoping.

Um dos nomes da lista é o de Ma Man Kei, empresário chinês falecido e um dos rostos que serviu de ponte entre as comunidades chinesa e portuguesa em Macau. Num anúncio publicado no jornal Diário do Povo, o PCC defende que Ma Man Kei aproveitou o seu prestígio no seio dos empresários chineses no exterior para promover políticas nacionais na área da economia, tendo organizado também visitas de delegações de empresários de Macau e de Hong Kong ao interior da China.

A lista de personalidades estará agora sujeita a opiniões recolhidas até final deste mês, sendo que Henry Fok, também empresário local, consta igualmente da lista. Outra das personagens em destaque na lista é Jack Ma, fundador do grupo Alibaba.

27 Nov 2018

Buenos Aires vai acolher “a beleza da inquietude e da luta” do cinema português

[dropcap]O[/dropcap]s realizadores João Salaviza, Renée Nader Messora, João Viana, João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata vão acompanhar, em Buenos Aires, a 6.ª Semana de Cinema Português, que decorre de 6 a 9 de Dezembro.

“Terra Franca”, a premiada primeira longa-metragem de Leonor Teles, “Djon África”, o novo filme de João Miller Guerra e Filipa Reis, “Our Madness”, de João Viana, “Luz Obscura”, de Susana Sousa Dias, “Spell Reel”, de Filipa César, e uma retrospectiva dedicada ao cinema, de João Pedro Rodrigues, são destaques da programação que abre com “Altas Cidades de Ossadas”, de João Salaviza, anunciou a associação cinematográfica Vaivém.

A iniciativa, dedicada a um cinema marcado pela “beleza da inquietude e da luta”, como é definido, seguirá para Santiago do Chile no dia 10 de Dezembro, e envolve 17 produções e co-produções portuguesas, de uma dezena de cineastas.

Organizada pela associação Vaivém, a mostra tem por centro o Museu de Arte Latino-Americano de Buenos Aires, e conta com o apoio do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua e da Fundação Calouste Gulbenkian.

A programação divide-se em três secções que cruzam entre si “diferentes linhas”: visões da história pós-colonial, o panorama do documentário actual português e a retrospectiva de João Pedro Rodrigues.

Deste cineasta, serão exibidos as longa-metragens “O Fantasma”, “Odete”, “Morrer como um Homem”, “O Ornitólogo” e “A Última vez que vi Macau”, rodado em parceria com João Rui Guerra da Mata, todos eles selecionados ou distinguidos em festivais, das secções paralelas de Cannes, a Locarno, de Turim e Veneza, a Bogotá e Buenos Aires, sem esquecer os portugueses Caminhos e IndieLisboa.

Serão também projectadas as ‘curtas’ “Iec Long”, “Manhã de Santo António”, “Mahjong” e a mais recente, “Oú en êtes-vous, JPR?”, muitas de direcção partilhada com Guerra da Mata.

Na secção “Pós-colonialismo”, serão projectados “Spell Reel”, sobre arquivos da Guiné-Bissau – filme selecionado para Berlim e premiado em Vila do Conde -, “Djon Africa”, sobre um descendente de cabo-verdianos, “Luz Obscura”, a partir os arquivos da PIDE e do militante comunista Otávio Pato, “Our Madness”, rodado num hospital psiquiátrico, em Maputo, e “Altas Cidades de Ossadas”, com recordações do ‘rapper’ Karlon, nascido num subúrbio de Lisboa.

A secção Panorama inclui “Terra Franca”, sobre um pescador do Tejo, filme já premiado em festivais como o Cinema du Réel, em França, “Ama San”, de Claudia Varejão”, distinguido no DocLisboa e no Karlovy Vary, sobre caçadoras de pérolas, no Japão, que mergulham em apneia, e “Fátima”, de João Canijo, que acompanha uma peregrinação de mulheres, e recebeu o Prémio Autores.

Nesta secção será também exibido “Chuva é cantoria na Aldeia dos Mortos”, de Salaviza e Renée Nader Messora, premiado pelo júri da secção Un Certain Regard, em Cannes, e nos festivais de cinema de Mar del Plata, na Argentina, e Rio de Janeiro, no Brasil.

Foi rodado numa aldeia indígena dos Krahô, no estado brasileiro de Tocatins. Em Cannes, João Salaviza e Renée Nader Messora disseram que o prémio foi também para “o Brasil indígena, historicamente negado, silenciado, assassinado”.

Além das projecções haverá ‘workshops’ e encontros com realizadores na Universidade Torcuato Di Tella, no Museu do Cinema e na Universidad del Cine.

“Todos estes filmes, entrelaçados, tecem uma paisagem humanista, de procura e resistência, marcada por essa densa e contundente beleza da inquietude e da luta. Um conjunto que [a associação] Vaivém está orgulhosa por dar a conhecer”, escreve a organização.

26 Nov 2018

Morreu o realizador italiano Bernardo Bertolucci

[dropcap]O[/dropcap] realizador italiano Bernardo Bertolucci, responsável por filmes como “O Último Tango em Paris” e o “Último Imperador”, faleceu em Roma, aos 77 anos, informaram hoje os meios de comunicação italianos. Poeta, produtor, guionista e cineasta era considerado “o grande mestre” do cinema italiano por ter realizado obras-primas como “O Último Imperador”, com o qual ganhou um Óscar.

Bernardo Bertolucci nasceu a 16 de Março de 1940 em Parma, Itália, tendo estudo Literatura Moderna na Universidade de Roma. Em 1961, participou como assistente de realização do filme “Accatone”, de Pier Paolo Pasolini.

No ano seguinte dirigiu a sua primeira longa-metragem, “La Commare Secca”, e dois anos depois dirigiu “Prima della rivoluzione”. A seguir dirigiu o conto de Jorge Luís Borges “La Strategia del Ragno” (1970) e, ainda nesse ano, “Il Conformista”, baseado na obra de Alberto Moravia.

Em 1972 realizou “O Último Tango em Paris”, filme que causou polémica um pouco por todo o mundo devido às cenas de sexo, com Marlon Brando e Maria Schneider como protagonistas. Com o “Último Tango em Paris”, Bertolucci foi nomeado para o Óscar de Melhor Realizador.

Em 1976, dirigiu o épico “1900”, que contava com um elenco de luxo com nomes como Robert de Niro, Gérad Dépardieu, Donald Sutherland, Burt Lancaster, Sterling Hayden e Dominique Sanda.

Em 1987, dirigiu “O Último Imperador”, que foi um sucesso mundial, tendo sido galardoado com nove Óscares, entre os quais o de Melhor Filme e Melhor Realizador.

Mais tarde, voltou ao cinema com “Um Chá no Deserto”, “O Pequeno Buda” (1993), “Beleza Roubada” (1996) e “Assédio” (1998).

26 Nov 2018

Sismo de magnitude 5,7 em Taiwan sentido em Macau e Hong Kong

[dropcap]U[/dropcap]m sismo de magnitude 5,7 na escala de Richter foi hoje registado ao largo da costa oeste de Taiwan, tendo sido sentido em Macau e Hong Kong. De acordo com os meios de comunicação de Taiwan, as autoridades indicaram desconhecer, até ao momento, a existência de vítimas ou de danos materiais.

O Instituto de Estudos Geológicos dos Estados Unidos (USGS) indicou que o abalo foi registado às 07h57, com epicentro a cerca de 100 quilómetros do arquipélago Pescadores (ou Penghu), no estreito da Formosa, e hipocentro a aproximadamente 13 quilómetros de profundidade. Já o Instituto Central do Clima de Taiwan registou uma magnitude de 6,1.

Em Macau, os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) recolheram “vários relatos da população sobre o abalo sísmico”, que ocorreu a 534 quilómetros do território, enquanto o Observatório de Hong Kong recebeu perto de mil contactos de cidadãos que sentiram o sismo.

De acordo com estimativas iniciais dos responsáveis daqueles serviços da antiga colónia britânica, a intensidade foi de 4, na escala Mercalli, que mede os efeitos dos terramotos. Intensidade 4 significa que objetos pendurados, janelas, pratos e portas abanaram.

A ilha de Taiwan situa-se perto da junção de duas placas tectónicas e regista regularmente sismos. Em Fevereiro, a cidade de Hualien (leste) foi atingida por um sismo de magnitude 6,4, que causou 17 mortos.

O pior balanço das últimas décadas foi registado em setembro de 1999, quando um sismo de magnitude de 7,6 deixou 2.400 mortos.

26 Nov 2018

Cientista chinês alega ter criado primeiros bebés geneticamente manipulados

[dropcap]U[/dropcap]m cientista chinês afirmou hoje que ajudou a criar os primeiros bebés geneticamente manipulados do mundo, gémeas cujo ADN He Jiankui disse ter alterado com tecnologia capaz de reescrever o ‘mapa da vida’.

A revelação foi feita pelo próprio em Hong Kong a um dos organizadores de uma conferência internacional sobre manipulação de genes que deve começar na terça-feira e, anteriormente, em entrevistas exclusivas à agência de notícias Associated Press (AP). “A sociedade decidirá o que fazer a seguir”, argumentou na entrevista.

O cientista He Jiankui, da cidade de Shenzhen, disse que alterou os embriões durante os tratamentos de fertilidade de sete casais, tendo resultado numa gravidez até agora. Jiankui afirmou que o objectivo não é curar ou prevenir uma doença hereditária, mas tentar criar uma capacidade de resistência a uma possível infecção futura de VIH-Sida.

O cientista adiantou que os pais envolvidos não quiseram ser identificados ou entrevistados e não disse onde estes moram ou onde o trabalho foi realizado.

Não há confirmação independente da reivindicação de He Jiankui, que tão pouco foi publicada ou examinada por outros especialistas. Alguns cientistas ficaram espantados ao terem conhecimento da alegação e condenaram-na com veemência.

É “inconcebível… uma experiência em seres humanos que não é moralmente ou eticamente defensável”, criticou um especialista em manipulação de genes da Universidade da Pensilvânia (Estados Unidos), Kiran Musunuru, e editor de uma revista de genética.

“Isso é prematuro demais”, declarou o diretor do Scripps Research Translational Institute (estado norte-americano da Califórnia), Eric Topol.

No entanto, um famoso geneticista, George Church, da Universidade de Harvard (estado norte-americano do Massachusetts), defendeu a manipulação de genes para combater o vírus do VIH-Sida, que apelidou de “uma grande e crescente ameaça à saúde pública”. “Acho que isso é justificável”, defendeu Church.

Nos últimos anos, os cientistas descobriram uma maneira relativamente fácil de manipular genes. A ferramenta, chamada de CRISPR-cas9, torna possível alterar o ADN para fornecer um gene necessário ou desativar um que esteja a causar problemas.

Só recentemente foi tentado em adultos para tratar doenças mortais, mas as mudanças estão confinadas a essa pessoa. A manipulação de espermatozóides, óvulos ou embriões é diferente, já que as alterações podem ser herdadas. A China proíbe a clonagem humana, mas não especificamente a manipulação de genes.

Jiankui estudou nas universidades de Rice e Stanford nos Estados Unidos antes de regressar à terra de origem para abrir um laboratório na Universidade de Ciência e Tecnologia do Sul da China, em Shenzhen, onde também tem duas empresas de genética.

Um cientista norte-americano garantiu ter trabalhado com Jiankui nesse projecto. Trata-se de um professor de física e bioengenharia, Michael Deem, que foi seu conselheiro na Universidade de Rice, em Houston. Deem também detém “uma pequena participação” nas duas empresas de Jiankui, disse.

O investigador chinês referiu que praticava a manipulação genética de ratos, macacos e embriões humanos no laboratório há vários anos e solicitou patentes sobre a sua metodologia.

He Jiankui acrescentou que optou por testar a manipulação genética de embriões para o VIH, porque o vírus é um grande problema na China. O cientista tentou desactivar um gene chamado CCR5, que forma uma porta proteica que permite que o VIH, o vírus que causa a Sida, entre numa célula.

Todos os homens do projecto tinham VIH, enquanto que todas as mulheres não, mas a manipulação genética não visava evitar o pequeno risco de transmissão, explicou.

Os pais tiveram as suas infecções profundamente reprimidas por medicamentos padrão para o VIH e existem maneiras simples de evitar que infectem descendentes que não envolvem a alteração de genes.

Em vez disso, a intenção era oferecer aos casais afectados pelo VIH a hipóteses de terem um filho que pudesse ser protegido de um destino semelhante.

He Jiankui recrutou casais através de um grupo de defesa de casos relacionados com o vírus da Sida, Baihualin, que tem a sua sede em Pequim.

O seu líder, conhecido pelo pseudónimo “Bai Hua”, afirmou à AP que não é incomum na China que pessoas com VIH percam empregos ou que tenham problemas para obter assistência médica se as infecções forem divulgadas.

26 Nov 2018

Abuso sexual | Profissional de medicina tradicional chinesa suspenso

[dropcap]U[/dropcap]m médico de medicina tradicional chinesa foi suspenso na sexta-feira por suspeita da prática de abuso sexual durante o exercício da actividade, indicaram os Serviços de Saúde, dando conta de que a alegada vítima participou o caso à polícia. O médico exercia numa policlínica dedicada à medicina tradicional chinesa localizada no NAPE.

O caso encontra-se sob investigação, mas devido à “gravidade das acusações”, foi ordenada, de imediato, a suspensão preventiva da actividade, explicaram os Serviços de Saúde, admitindo a possibilidade de existirem mais pacientes que foram submetidas a tratamento inadequado pelo médico.

Neste sentido, os Serviços de Saúde apelam às pacientes que tenham sido examinadas ou tratadas pelo médico em causa de forma inadequada para reportarem o caso à Unidade junto da Unidade Técnica de Licenciamento das Actividades e Profissões Privadas de Prestação de Cuidados de Saúde (UTLAP) ou às autoridades.

No mesmo comunicado, os Serviços de Saúde sublinham que, de modo a evitar conflitos aquando do contacto de partes íntimas, os profissionais de saúde devem cumprir os procedimentos operacionais padrão. Assim, se o paciente for menor de idade os exames têm de ser efectuados na presença de uma terceira pessoa, podendo o mesmo ser solicitado quando médico e paciente forem de sexos diferentes, de modo a que o tratamento seja realizado numa situação segura, salientam os Serviços de Saúde.

26 Nov 2018

Funcionários presos na China por tentarem formar sindicato sem acesso a família e advogados

[dropcap]A[/dropcap] Amnistia Internacional (AI) denunciou sábado a situação em que vivem vários funcionários presos na China por tentarem formar um sindicato, que estão impedidos de verem as famílias e com um acesso restringido aos advogados.

“Há preocupação com o seu bem-estar e com o acesso a um julgamento justo”, refere esta organização defensora dos direitos humanos em comunicado citado pela agência de notícias espanhola EFE, acrescentando que os quatro homens enfrentam “dificuldades contínuas” para se encontrarem com os respectivos advogados desde que foram detidos.

Perante esta situação, a AI pediu ao governo chinês que os quatro homens “sejam libertados ou julgados de acordo com os padrões internacionais em julgamentos justos, e não pelo exercício pacífico dos seus direitos à liberdade de expressão e reunião”.

A organização exigiu também que os presos tenham “acesso regular e irrestrito aos seus parentes e advogados”.

Desde Maio, os funcionários da empresa tecnológica Jasic, que tem fábricas nas cidades de Shenzhen e Chengdu, empregando ao todo 1.200 funcionários, têm vindo a reivindicar os seus direitos, depois de a empresa demitir os trabalhadores mais críticos.

Os funcionários também protestam contra os baixos salários, as más condições de trabalho e outras práticas de gestão abusivas por parte da entidade patronal.

Em Julho deste ano, vários funcionários foram presos e acusados de “provocar discussões e problemas”, estando, pelo menos três destes trabalhadores detidos, além de uma representante de uma Organização Não Governamental que foi presa por gritar palavras de ordem em apoio aos trabalhadores em frente a uma esquadra da polícia.

Além disso, denúncia AI, alguns representantes dos trabalhadores foram demitidos e outros espancados por pessoas não identificadas depois de tentarem voltar a trabalhar na fábrica.

26 Nov 2018

Osaka, no Japão, volta a sediar Expo em 2025

[dropcap]A[/dropcap] cidade de Osaka, no Japão, vai acolher a Exposição Universal em 2025 (Expo 2025), pela segunda vez na história, depois de ultrapassar Ecaterimburgo, na Rússia, e Baku, capital do Azerbaijão, numa votação realizada sexta-feira em Paris.

“Estou muito feliz (…) que o Japão tenha sido escolhido como sede da Expo”, disse o primeiro-ministro Shinzo Abe, num comunicado divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, no qual expressou gratidão “pela amizade e solidariedade dos países que apoiaram o Japão”.

Osaka foi palco da Exposição Universal em 1970, sob o tema “Progresso e Harmonia para a Humanidade”. Desta vez, apresenta-se ao mundo com o tema “Conceber a sociedade do futuro, imaginar a nossa vida amanhã”, entre Março e Novembro de 2025.

O líder nipónico descreveu a notícia como uma “grande oportunidade para transmitir o encanto do Japão ao mundo” e mostrou-se convicto de que o evento irá contribuir para o aumento do número de turistas no país e para a revitalização das economias regionais.

As Exposições Universais são realizadas a cada cinco anos, podem durar até seis meses e permitem que os países participantes construam seus próprios pavilhões. A última Expo teve lugar em Milão, em 2015, sob o tema “Alimentar o planeta, energia para a vida”.

A próxima será realizada em 2020, no Dubai, que venceu a ‘corrida’ com o tema “Unindo mentes, criando o futuro” e com a intenção de abordar três sub-temas: mobilidade, sustentabilidade e oportunidade. Será a primeira vez que a Expo se realizará no Médio Oriente.

A Expo é o terceiro maior evento internacional em termos de impacto económico e cultural, atrás do Mundial de Futebol e dos Jogos Olímpicos.

26 Nov 2018

Restauro | Templo de Sin Fong fechado até 20 de Janeiro

[dropcap]O[/dropcap] Templo de Sin Fong vai ficar encerrado ao público até ao próximo dia 20 de Janeiro, indicou o Instituto Cultural (IC), dando conta de que se encontra a proceder ao restauro do telhado e das paredes do imóvel.

O Templo de Sin Fong, situado na Travessa de Coelho do Amaral, que tem pelo menos 190 anos de história, figura no segundo grupo de bens imóveis que o Governo pretende classificar como património de Macau.

A abertura do procedimento de classificação teve lugar no início de Novembro, decorrendo, até 5 de Janeiro, a consulta pública exigida ao abrigo da Lei de Salvaguarda do Património.

26 Nov 2018

Jockey Club | Governo voltou a perdoar renda de 15 milhões

[dropcap]O[/dropcap] Governo voltou a perdoar à Companhia de Corridas de Cavalos a renda de 15 milhões de patacas que está obrigada a pagar à luz do contrato de concessão, cujo exclusivo foi, aliás, renovado em Março por um período de 24 anos e meio. A notícia foi avançada na sexta-feira pela Rádio Macau que ressalva, porém, que nem a Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ) nem a Direcção dos Serviços de Finanças (DSF) esclareceram se a isenção foi total ou parcial tanto no que diz respeito a este ano como ao anterior.

A única informação pública relativamente à receita encaixada pelo Governo com o exclusivo das corridas de cavalos surge nos relatórios de execução do orçamento. No ano passado, o Executivo previa arrecadar 21,5 milhões de patacas em receitas com o exclusivo das corridas (renda e prémios não reclamados pelos jogadores), mas apenas cobrou 38 por cento do previsto.

Segundo a Rádio Macau, a Direcção dos Serviços de Finanças remeteu a resposta relativamente à diferença para a DICJ que acabou por confirmar que a explicação tinha sido facultada pela DSF aos deputados da 2.ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa, que analisa o relatório da execução do orçamento de 2017, num encontro em que justificou a baixa taxa com os prejuízos do Jockey Club, segundo o jornal Ou Mun.

A DICJ acabou por confirmar à emissora que a empresa voltou a ser autorizada pelo secretário para a Economia e Finanças a não pagar os 15 milhões de patacas de renda anual, sem clarificar se a isenção concedida em 2017 e também este ano foi total ou parcial.

2008 foi o último ano em que o Executivo cobrou a totalidade da renda. Até ao momento, e pela primeira vez em 16 anos, a empresa não pediu isenção para 2019, ainda segundo a Rádio Macau.

26 Nov 2018

Mercados e vendilhões | IACM quer injectar “nova dinâmica” no sector

[dropcap]O[/dropcap] Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) publicou, este sábado, os resultados da consulta pública sobre os futuros regimes de gestão dos mercados públicos e dos vendilhões, à luz dos quais a população concorda com alterações aos regulamentos actualmente em vigor por estarem desactualizados, com o sector profissional a debruçar-se mais sobre os pormenores operacionais.

Em comunicado, o IACM indica que do universo de opiniões recolhidas predominaram as relativas à optimização das normas de gestão e às medidas transitórias. A restrição da suspensão da actividade foi o ponto que mereceu mais atenção por parte dos vendedores de banca.

O IACM reitera que pretende injectar uma “nova dinâmica” no sector, com a criação de um mecanismo de acesso por concorrência, de pontuação e imposição de limites para os contratos de arrendamento. De acordo com as Linhas de Acção Governativa (LAG), ambas as propostas de lei devem ser concluídas no quarto trimestre do próximo ano.

26 Nov 2018

Urso BoBo | Processo de embalsamamento em curso

[dropcap]O[/dropcap] presidente do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), José Tavares, revelou ontem que o processo de embalsamamento do urso BoBo já teve início. O procedimento está a ser realizado por especialistas de Shenzhen e deverá estar concluído dentro de duas semanas, referiu ao Jornal do Cidadão.

O responsável espera que com esta acção motive os estudantes para o estudo das ciências. Confrontado com o desagrado da população acerca do procedimento, Tavares esclareceu que o processo começou antes da população se manifestar contra.

Por outro lado, trata-se de um processo que tem que ser feito com rapidez. Também a deputada Agnes Lam se mostrou contra o embalsamamento de BoBo. À mesma fonte, Lam referiu que o procedimento não se justifica porque não se trata de uma espécie em vias de extinção. Acresce ainda o facto de Macau não realizar pesquisas acerca do urso preto asiático pelo que não trará qualquer benefício para estudos científicos.

26 Nov 2018

Taiwaneses dizem não ao casamento ‘gay’ em referendo

[dropcap]O[/dropcap]s taiwaneses aprovaram este sábado um referendo contra o casamento ‘gay’, um passo atrás que pode dificultar a ordem do Supremo Tribunal para legalizar a união entre pessoas do mesmo sexo em 2019.

A votação vai contra a decisão histórica tomada pela Justiça taiwanesa em Maio do ano passado, que deu luz verde ao reconhecimento entre pessoas do mesmo sexo e estabeleceu o prazo de dois anos para que fosse aprovada uma legislação.

Os taiwaneses também rejeitaram alterar o nome da ilha em competições desportivas. Propunha-se adoptar “Taiwan” em vez da actual “Taipé chinesa”, um claro desafio a Pequim.

No mesmo dia, em que se realizaram dez referendos, o partido no poder, pró-independência, sofreu uma pesada derrota nas eleições locais, levando a presidente Tsai Ing-wen a deixar a direcção da formação. A China já saudou os resultados.

O Kuomintang, principal partido da oposição, mais aberto a compromissos com a China, disse ter conquistado a presidência de 15 dos 22 municípios, quando no anterior escrutínio tinha obtido apenas seis. O Partido Progressista Democrático (PPD), que tinha 13, indicou ter conseguido seis.

Tsai e o PPD são assim penalizados pela deterioração dos laços com a China, que continua a considerar Taiwan como parte integrante do seu território.

“Enquanto dirigente do partido no poder, assumirei a total responsabilidade pelo resultado das eleições locais de hoje. Demito-me do meu cargo de presidente do PPD”, anunciou Tsai à imprensa.

“Os nossos esforços não foram suficientes e desiludimos os nossos apoiantes”, adiantou a Presidente, apresentando as suas “sinceras desculpas”.

Tsai Ing-Wen, eleita em 2016, tinha apresentado as eleições como um referendo à vontade da sua administração em manter a independência da ilha face a Pequim.

26 Nov 2018

Tsai Ing-wen sofre derrota pesada em Taiwan e abandona liderança do partido

[dropcap]O[/dropcap] partido no poder em Taiwan sofreu no sábado uma pesada derrota nas eleições locais, levando a presidente Tsai Ing-wen a deixar a direção da formação, num contexto de crescente pressão económica e política da China.

O Kuomintang, principal partido da oposição, mais aberto a compromissos com a China, disse ter conquistado a presidência de 15 dos 22 municípios, quando no anterior escrutínio tinha obtido apenas seis. O Partido Progressista Democrático (PPD), que tinha 13, indicou ter conseguido seis.

Tsai e o PPD são assim penalizados pela deterioração dos laços com a China, que continua a considerar Taiwan como parte integrante do seu território.

“Enquanto dirigente do partido no poder, assumirei a total responsabilidade pelo resultado das eleições locais de hoje. Demito-me do meu cargo de presidente do PPD”, anunciou Tsai à imprensa.

“Os nossos esforços não foram suficientes e desiludimos os nossos apoiantes”, adiantou a presidente, apresentando as suas “sinceras desculpas”.

Tsai Ing-Wen, eleita em 2016, tinha apresentado as eleições como um referendo à vontade da sua administração em manter a independência da ilha face a Pequim.

Presidente da Comissão Eleitoral de Taiwan demitiu-se

O presidente da Comissão Eleitoral de Taiwan, Chin In-chin, demitiu-se após numerosas críticas, um dia depois de eleições locais, que representaram uma pesada derrota para o partido no poder. “A demissão foi aceite pelo primeiro-ministro, La Ching-te”, disse o porta-voz do Governo, Kolas Yotaka, numa conferência de imprensa.

A Comissão Eleitoral foi muito criticada por ter começado a dar informações sobre os resultados da eleição quando muitos eleitores ainda não tinham votado. O candidato do partido da oposição Kuomintang (KMT) à câmara de Taipé, Ting Shou-chung, pediu a anulação do resultado das eleições, que perdeu para o independente Ko Wen-je por menos de 0,3%, por considerar que o anúncio de resultados pode ter afetado a votação.

Na sua carta de demissão, Chin In-chin disse que os muitos referendos, 10, ao mesmo tempo da escolha dos representantes locais, representaram um peso acrescido para as assembleias de voto dados os recursos disponíveis, pedindo desculpa e responsabilizando-se pelas longas filas e atrasos.

26 Nov 2018

Maquete de expansão da Escola Portuguesa de Díli apresentada ao público

[dropcap]A[/dropcap] maquete do projecto de expansão da Escola Portuguesa de Díli (EPD), que prevê 25 novas salas e um pavilhão multi-usos, foi apresentada esta semana na unidade escolar, devendo as obras arrancar já em 2019.

O processo de expansão, que terá um custo total de cerca de 5 milhões de dólares, permitirá aumentar significativamente a capacidade de acolhimento de alunos, disse à Lusa o director da escola, Acácio Brito.

Está prevista a construção de mais um piso no edifício principal, a construção de uma sala multi-usos que servirá como auditório e ginásio e ainda a instalação de dois campos desportivos, entre outras melhorias e alterações.

Este ano a EPD tem 1.032 alunos, com 270 no ensino pré-escolar, 376 no 1.º ciclo, 131 no 2.º ciclo, 144 no 3.º ciclo e 121 no ensino secundário. Intervindo na apresentação da maquete, o embaixador de Portugal em Díli, José Pedro Machado Vieira, recordou as longas listas de espera que a EPD já tem atualmente.

As obras são, disse, “mais um passo deste processo de melhorar as condições que permitem a esta Escola proporcionar uma educação de qualidade e manter-se como referência, na oferta educativa em Timor-Leste”.

“O projecto de ampliação das instalações da escola torna-se essencial para o cumprimento dos objetivos base desta instituição, quer de garantia da qualidade do ensino, quer na melhoria dos resultados dos alunos, quer de alargamento do número de admissões, para incluir todos os que, anualmente, se candidatam e ficam de fora, por falta de capacidade física de os integrar na escola”, referiu.

“Este alargamento permitirá, igualmente, expandir a oferta formativa para os docentes, através do Centro de Formação, que, até ao momento, se tem ocupado exclusivamente da formação dos docentes da EPRC, e que pretende colocar-se ao serviço da formação de professores em funções no sistema educativo timorense”, notou ainda.

A EPD integra-se no programa de cooperação bilateral entre Portugal e Timor-Leste que em 2017, e que segundo valores da Ajuda Pública para o Desenvolvimento (APD) ultrapassou os 13 milhões de euros.

Da cooperação portuguesa fazem ainda parte, entre outros programas, o projecto dos Centros de Aprendizagem e Formação Escolar (CAFE), que abrange a educação pré-escolar e do ensino básico em 13 municípios e que, no próximo ano letivo, se alargará ao ensino secundário.

Fazem ainda parte o projecto Formar Mais, para a formação contínua de professores e apoio à gestão escolar, o projeto de Capacitação da Universidade Nacional de Timor-Leste (UNTL) em Língua Portuguesa e formação, entre outros, a jornalistas e Forças de Defesa.

No âmbito da cooperação portuguesa na área educativa são atribuídas anualmente bolsas de estudo no ensino público em Portugal para os graus de licenciatura, mestrado e doutoramento e bolsas de estudo internas para frequência do ensino superior em Timor-Leste.

23 Nov 2018