Transferência de pessoas | Neto Valente quer presos políticos fora de acordo

[dropcap]O[/dropcap] presidente da Associação dos Advogados de Macau (AAM), Neto Valente, tem a esperança que os presos políticos não sejam abrangidos pelo acordo que está a ser negociado entre Macau e o Interior da China para a transferência de pessoas condenadas. Em declarações à TDM, o presidente da AAM revelou esperar que apenas os crimes graves envolvam a transferência de pessoas.

“Há princípios – que podem estar nessa ou noutra convenção – e espero que as pessoas sejam tratadas como devem ser. E, com os problemas que têm surgido em Hong Kong, que as pessoas não sejam transferidas por motivos políticos ou por outros motivos que não sejam crimes realmente graves”, disse Neto Valente.

O presidente da AAM foi ainda questionado sobre as leis europeias que definem como alguns princípios fundamentais para a transferência o consentimento por parte do recluso, a existência de uma sentença definitiva, entre outros. No entanto, Neto Valente admite que a realidade entre Macau e o Interior da China seja diferente: “Não estamos na Europa. Não posso aspirar a que sejam aplicadas em Macau ou na China convenções europeias”, afirmou em relação a este aspecto.

Na semana passada a secretária para a Administração e Justiça, Sónia Chan, e o Ministro da Justiça da China, Fu Zhenghua, estiveram reunidos e chegaram a um consenso sobre o arranque de nova conversações para a transferência de pessoas condenadas.

4 Mar 2019

Macau Legend | Praça ‘manuelina’ em Hengqin pronta no fim do ano

[dropcap]U[/dropcap]ma praça ao ‘estilo manuelino’ com cerca de 130.000 metros quadrados em Hengqin (Ilha da Montanha) vai estar pronta no último trimestre deste ano, assegurou sexta-feira a empresa que está à frente do projecto.

O projecto da Macau Legend, do empresário David Chow, com vários investimentos nos países lusófonos, engloba um centro comercial com lojas e restaurantes, complementados por 1.300 lugares de estacionamento, entre outros edifícios.

O novo espaço, com capacidade para acolher 10.000 pessoas na praça ‘manuelina’, não terá casinos – o jogo é proibido na China – e pretende ser um elemento de referência na arquitectura na região.

“Embora eu seja chinês, gosto da cultura portuguesa. Penso que esta é a melhor plataforma. É mesmo. Isto é uma porta de entrada para Macau. Ainda antes de [os turistas] virem para Macau irão sentir que existe cultura portuguesa em Macau [e] depois podem ir para a península, porque todo o património se encontra lá (…), em vez de irem só para o Cotai jogar”, disse David Chow, aquando do lançamento do projecto em 2014.

Segundo o empresário, a praça ao ‘estilo manuelino’ será como a Times Square de Hong Kong, de onde é natural, esperando ali reunir muita gente, nomeadamente na passagem de ano.

Cerca de nove milhões de pessoas visitaram em 2018 a ilha de 96 quilómetros pertencente à cidade de Zhuhai.

Grande promoção

O grupo acredita que através deste espaço o Governo de Macau pode promover “os festivais e actividades turísticas” do seu território.

“Nesse sentido, pode contribuir para diversificar os elementos turísticos de Hengqin, projectando Macau como Centro Mundial de Turismo e Lazer e promovendo o desenvolvimento do turismo da Grande Baía”, lê-se no comunicado.

Na mesma nota, o grupo acrescentou que o plano “consiste em usar o edifício principal como centro de exposições (…) para promover os produtos de qualidade da Grande Baía, tanto para exposição como para venda”, mas também de produtos lusófonos.

A Macau Legend prevê que este centro de exposições vai “facilitar o excesso de capacidade produtiva da Grande Baía”.

“De forma geral, 80% dos produtos fabricados nas nove cidades da Grande Baía são para consumo do mercado interno e apenas 20% são para exportação”, de acordo com o Grupo.

As empresas de Macau que se instalarem neste espaço terão benefícios fiscais e desta forma a empresa de David Chow pretende “contribuir para o desenvolvimento do sector de turismo, criando novos produtos turísticos e serviços no sentido de diversificar o conteúdo de Centro Mundial de Turismo e Lazer”.

4 Mar 2019

Saúde | Sheldon Adelson luta contra cancro

[dropcap]O[/dropcap]presidente da Sands China, Sheldon Adelson, está a lutar contra o cancro. De acordo com uma notícia da Bloomberg, o advogado do milionário norte-americano, James Jimmerson, disse a um tribunal do Nevada que o seu cliente está afastado do escritório desde Dezembro, por estar receber tratamentos devido a um cancro. Por esse motivo Adelson não testemunhou num caso contra a empresa-mãe da operadora, a Las Vegas Sands. Mais tarde, a informação foi confirmada aos órgãos de comunicação social: “O Sr. Adelson ainda está a lidar com os efeitos secundários da medicação que está a tomar como tratamento a um Linfoma não-Hodgkin”, afirmou num comunicado à imprensa. “Estes efeitos secundários não lhe permitem viajar e manter um horário normal no escritório. Mas não o impede de cumprir as suas obrigações como presidente e CEO da empresa”, acrescentou sobre Sheldon Adelson, que tem 85 anos.

O processo em causa opõe a Las Vegas Sands a Richard Suen, consultor que reclama o pagamento de um serviço por alegadamente ter sido fundamental para que a concessionária obtivesse uma licença em Macau.

 

4 Mar 2019

Liga NOS | Reviravolta no Dragão lança Benfica para a liderança

Numa partida de intensidade constante, embora nem sempre bem jogada, as águias impuseram-se no estádio do Dragão, o que não acontecia desde a época 2014/15, e ficam mais perto de reconquistar o título de campeão nacional quando faltam dez jornadas para o fim do campeonato

[dropcap]O[/dropcap] Benfica assumiu ontem a liderança da I Liga de futebol, o que não acontecia desde a sétima jornada, ao vencer o FC Porto no Dragão por 2-1, após reviravolta, quando faltam 10 jornadas para o fim.

No jogo grande da 24.ª jornada, o melhor ataque do campeonato levou a melhor sobre a melhor defesa, num jogo que os ‘encarnados’, com um futebol mais fluido ao longo de quase toda a partida, acabaram reduzidos a 10 elementos, por expulsão de Gabriel, aos 77 minutos.

Adrián López, aos 19 minutos, deu vantagem ao FC Porto, mas o Benfica chegou ao empate sete minutos depois, por João Félix, logrando colocar-se em vantagem no início da segunda parte, aos 52, por Rafa, para dar continuidade ao percurso imaculado desde a chegada do treinador Bruno Lage – nove vitórias na Liga.

Com este triunfo no Dragão, que já não acontecia para o campeonato desde o 2-0 na temporada 2014/15, o Benfica resgatou a liderança, após 16 jornadas na posse dos campeões nacionais, somando agora 59 pontos, mais dois do que o FC Porto, num duelo pelo título que promete durar até ao final.

Dados lançados

No FC Porto, Sérgio Conceição devolveu a titularidade a Brahimi e Marega, recuperados de lesão, e, fiel ao 4-4-2, manteve Adrián López no ataque, Manafá no lado direito da defesa, e Óliver no meio-campo, relegando Fernando Andrade e Otávio, titulares nos dois últimos encontros, para o banco de suplentes, onde também se sentaram Éder Militão e Soares.

No Benfica, Bruno Lage voltou a contar com Ferro e André Almeida, após castigo, repetindo o ‘onze’ dos últimos jogos, antecipado até por Sérgio Conceição, com uma linha de quatro defesas (que incluiu ainda Rúben Dias e Grimaldo), dois médios (Samaris e Gabriel), dois alas (Pizzi e Rafa) e dois avançados (João Félix e Seferovic).

‘Aliviados’ pelos dois técnicos do carácter decisivo do jogo, os jogadores das duas equipas entregaram-se às suas ideias, com os olhos colocados na baliza contrária, por onde andou a bola nos primeiros minutos.

Telles protagonizou o primeiro remate do jogo para o FC Porto, aos 19 segundos, respondendo o Benfica por João Félix, aos três minutos, numa incursão pela esquerda apenas travada pelo corte providencial de Pepe.

Num jogo de equilíbrios, o Benfica conseguia ganhar superioridade no corredor central, capitalizando as movimentações alternadas de Pizzi e Rafa, de fora para dentro, e, com isso, tempo e espaço para construir jogadas de ataque.

Pizzi, aos 16 minutos, soltou-se na esquerda, mas perdeu-se nas pernas de Felipe, na área do Porto, onde Casillas assumiu um papel decisivo, negando por duas vezes o golo em remates de Pizzi e Seferovic, aos 22 e 45 minutos, respetivamente.

Com um meio-campo a dois, incluindo uma vigilância mais cuidada às movimentações de Herrera, e jogadores demasiado posicionais, os campeões nacionais apostavam na profundidade de Marega, mas seria numa recuperação de bola que chegou ao golo e à vantagem, após perda de Rafa e progressão de Brahimi apenas travada à entrada da área do Benfica.

Adrián marcou a falta e acertou na barreira, mas ganhou o ressalto e rematou colocado, para fora do alcance de Vlachodimos, inaugurando o marcador, num lance revisto pelo videoárbitro, por pretensa influência de Felipe, em posição duvidosa no lance.

O Benfica não se deixou afectar por este revés e continuou com um jogo mais solto, numa pressão alta e capacidade de explorar os espaços nos corredores laterais que lhe viria a valer o empate, aos 26 minutos. Gabriel recuperou a bola no meio campo ofensivo, fez chegar a bola a Seferovic, na esquerda, que cruzou para João Félix, solto na área, receber e bater Casillas.

Fruto colectivo

O FC Porto veio do balneário com outra determinação e agressividade, dando mostras de querer pegar no jogo, num registo que colocava mais por dentro Brahimi e Corona, longe do fulgor de outros encontros, para baralhar as marcações, mas seria o Benfica a colher os louros, aos 52 minutos, numa jogada de envolvimento colectivo, que contou com alguma apatia defensiva dos portistas.

João Félix, Rafa e Pizzi trabalharam o lance, com curtas trocas de bola à entrada da área, cabendo ao 21 do Benfica servir Rafa para um remate colocado que colocou os ‘encarnados’ na frente do marcador.

Em vantagem, o Benfica juntou linhas, foi recuando no terreno e fechando os caminhos da sua baliza, numa estratégia que se acentuou a partir da expulsão, por duplo amarelo no mesmo lance, de Gabriel, aos 77 minutos, após desentendimento com Otávio.

Neste período final do jogo, o FC Porto, já com Soares ao lado de Marega no ataque, criou várias situações de golo, valendo ao Benfica o ‘ferro’, o acerto defensivo dos seus jogadores e a falta de pontaria dos jogadores do FC Porto, que, apesar da derrota, saíram do estádio debaixo de uma forte ovação.

Outras contas

Com a vitória no Dragão, os ‘encarnados’ conseguiram vencer os dois ‘clássicos’ do campeonato com o FC Porto, 13 anos depois de o terem feito pela última vez, na época 2005/06, com triunfos por 2-0 no Dragão e 1-0 na Luz.

Distantes desta luta, o Sporting de Braga, terceiro classificado, com 49 pontos, e o Sporting, quarto, com 46, jogaram no domingo, perante Rio Ave e Portimonense, respectivamente, cujos resultados não eram ainda conhecidos à hora do fecho desta edição.

Logo atrás segue o Moreirense, que sábado empatou em casa com o Vitória de Setúbal. Cádiz, aos 17 minutos, colocou na frente os sadinos, que não vencem desde a 11.ª jornada, e foram infelizes quando Sílvio, aos 35, marcou na própria baliza.

Os cónegos, que terminariam reduzidos a 10 por expulsão de Halliche, aos 84, vão manter o quinto lugar, agora com 42 pontos, mais seis do que o ‘vizinho’ Vitória de Guimarães, que recebe o Marítimo esta segunda-feira.

O Setúbal, que averbou a nona igualdade na competição, quinta nas derradeiras seis jornadas, é 14.º classificado, com 24 pontos, apenas um acima da ‘linha de água’.

Na zona de despromoção caiu o Tondela, após a derrota de sábado no terreno do Nacional, por 3-2. Riascos (36), Tissone (62) e Vítor Gonçalves (83) marcaram para os madeirenses, enquanto Tomané (22), de penálti, e Moufi (66) apontaram os tentos dos beirões.

O Nacional subiu provisoriamente ao 12.º lugar, com 26 pontos, mais três do que o Tondela que sofreu a terceira derrota seguida e caiu para o 16.º posto, à frente do Desportivo de Chaves (19) e do Feirense (14).

Palavra aos treinadores

“Se o empate já era negativo para nós, imaginem a derrota”

Sérgio Conceição (treinador do FC Porto)

“Momentaneamente, ficamos desiludidos com este resultado, mas, tal como disse na antevisão, ainda há 30 pontos em disputa e vamos lutar até ao fim.

Ficou mais difícil, porque não dependemos de nós, mas vamos fazer tudo para os reconquistar e faremos as contas no final do campeonato.

Foi um Benfica igual a si próprio, mas estávamos precavidos para isso, e conhecedores do que podiam fazer.

Acho que entramos bem, conseguimos fazer o mais difícil que foi estar em vantagem, mas depois, inexplicavelmente, sofremos o golo, que surgiu numa precipitação nossa.

Quisemos sair a jogar, perdemos dois duelos e um cruzamento, e uma precipitação nossa foi uma importante vitamina para o Benfica.

Depois, voltámos a iniciar bem a segunda parte, mas, na primeira vez que chegaram com perigo, marcaram o segundo golo.

Continuámos a lutar, mas em algumas situações faltou-nos eficácia e alguma agressividade ofensiva no último terço.

Se o empate já era negativo para nós, imaginem a derrota.

O Benfica foi igual ao que costuma ser. Tentou pressionar a nossa construção, juntou as linhas no meio campo defensivo e, depois, tentou sair para o ataque de forma simples e direta.

Da nossa parte, houve ineficácia ofensiva que já referi.

Nunca me desculpei com os lesionados, ou com os jogadores de fora, sempre disse que os treinadores são pagos para arranjar soluções e não para lamentar problemas.

O futebol é isto, não há que lamentar, temos de nos focar no que falta do campeonato, no próximo jogo da Liga dos Campeões e, depois, na Taça de Portugal”.

“Acabámos por conseguir um resultado justo”

Bruno Lage (treinador do Benfica)

“Continua tudo igual, mas com a diferença de dois pontos e com imensos jogos por disputar. Ambas as equipas vão continuar a jogar de três em três dias, e temos de recuperar bem. A nossa caminhada é jogo a jogo, e nesse sentido vamos fazer o nosso trabalho tal como o começámos há dois meses atrás.

Agradeci aos jogadores por estarem disponíveis para trabalhar, pela atitude enorme, por formarem uma equipa competitiva, e por fazerem de mim treinador.

Fico satisfeito pelo percurso, e estava consciente de que se treinássemos desta forma podíamos fazer um bom trabalho pensando jogo a jogo

Quando cheguei [ao comando do Benfica] via-se as coisas a longo prazo, mas no futebol temos de ver o dia a dia. Temos tido essa capacidade de treinar bem a preparar os jogos para vencer.

Não foi um jogo decisivo. Foi importante porque temos dois pontos de vantagem, mas ainda há muito para disputar e temos de continuar no mesmo registo, com equilíbrio e tranquilidade.

Fomos a melhor equipa na primeira parte e, mesmo com a entrada forte do FC Porto, fizemos o que estava planeado.

Creio que a partir dos 10 minutos tivemos o jogo do nosso lado, mesmo quando o FC Porto chegou à vantagem, de bola parada, estávamos determinados em fazer o que tínhamos planeado. Fizemos dois golos e tivemos várias oportunidades.

Durante os 60 minutos fomos a melhor equipa, e mesmo a partir da expulsão, com alterações óbvias do adversário para tentar chegar ao golo, mostrámos uma grande atitude e fizemos tudo para o evitar. Aguentámos, sofremos esse bocado, e acabámos por conseguir um resultado justo.

Não era difícil não acertar no nosso ‘onze’. Conheço a equipa técnica do FC Porto, é bem competente. Não se baseou apenas no ‘onze’ e tentou perceber as nossas dinâmicas. Tentamos, em todos os jogos, reinventar-nos, porque cada partida tem a sua história e lado estratégico.

Estávamos preparados para a estratégia do FC Porto, porque o mais importante não é adivinhar os ‘onzes’, mas sim preparar as dinâmicas, e creio que ambos [os treinadores] conseguimos, porque foi um grande jogo de futebol, com, tirando a situação da expulsão, uma atitude exemplar das duas equipas.

4 Mar 2019

Defesa | Washington e Seul acabam com grandes manobras militares conjuntas

[dropcap]O[/dropcap]s Estados Unidos e a Coreia do Sul vão acabar com os exercícios militares conjuntos de grande envergadura anuais, que provocam regularmente a cólera da Coreia do Norte, anunciou ontem o ministério sul-coreano da Defesa.

Estes dois exercícios, baptizados “Key Resolve” e “Foal Eagle”, serão substituídos por manobras mais restritas “com a finalidade de preservar uma sólida preparação militar” das forças estacionadas na Coreia do Sul, indicou o ministério através de um comunicado, citado pela agência France Press.

A decisão foi tomada numa conversa telefónica entre os ministros da Defesa sul-coreano e norte-americano, Jeong Kyeong-doo e Patrick Shanahan, três dias depois da cimeira entre o líder norte-coreano, Kim Jong Un, e o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Hanói.

A cimeira foi concluída sem acordo, mas os dois dirigentes manifestaram a intenção de manter aberta a porta do diálogo.

As manobras “Foal Eagle”, que acontecem normalmente na Primavera, provocam todos os anos a cólera de Pyongyang, que vê nelas uma representação de uma invasão da Coreia do Norte.

No passado, 200.000 soldados sul-coreanos e 30.000 soldados norte-americanos participaram no “Foal Eagle” e no “Key Resolve”.

Os Estados Unidos e a Coreia do Sul têm vindo a reduzir ou a suprimir vários exercícios militares conjuntos, assim como os bombardeiros norte-americanos deixaram de sobrevoar a Coreia do Sul, desde a primeira cimeira entre Trump e Kim Jong Un, em Junho último em Singapura.

4 Mar 2019

Conflito | Paquistão entrega à Índia piloto capturado e libertado num “gesto de paz”

[dropcap]O[/dropcap] Paquistão entregou sexta-feira à Índia um piloto de um caça capturado na semana passada em Caxemira e libertado num “gesto de paz” de Islamabad em relação a Nova Deli, segundo imagens transmitidas em directo pela televisão.

O tenente-coronel Abhinandan Varthaman, capturado na quarta-feira quando o seu avião foi abatido durante confrontos aéreos na região de Caxemira, disputada pelos dois vizinhos, atravessou a fronteira no posto fronteiriço de Wagah, situado entre as grandes cidades de Lahore (Paquistão) e Amritsar (Índia).

Centenas de pessoas esperaram por Varthaman durante todo o dia do lado indiano da fronteira, agitando bandeiras e cantando ‘slogans’.

A libertação do que se tornou um herói para os seus conterrâneos foi anunciada na quinta-feira pelo primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, que a apresentou como “um gesto de paz” em relação à Índia, após o perigoso confronto esta semana entre os “dois irmãos” inimigos do Sul da Ásia.

Pela primeira vez desde há décadas, aviões de combate dos dois países entraram em confronto e realizaram incursões em território inimigo, suscitando a preocupação da comunidade internacional e fazendo com que se multiplicassem os apelos à contenção.

Da escalada

Os acontecimentos na região disputada precipitaram-se depois de as forças armadas indianas indicarem na terça-feira que tinham realizado um ataque aéreo contra um campo de treino do grupo islâmico Jaish-e-Mohammed (JeM). Este reivindicou um atentado suicida na Caxemira indiana, que matou pelo menos 40 paramilitares indianos a 14 de Fevereiro.

Islamabad denunciou imediatamente uma “agressão inoportuna” e prometeu responder “na hora e local” que escolhesse.

As forças armadas paquistanesas afirmaram posteriormente terem abatido dois aviões indianos no espaço aéreo do Paquistão e detido dois pilotos indianos.

Nova Deli anunciou por seu turno ter abatido um avião paquistanês em Caxemira e ter perdido “um Mig-21”, cujo piloto foi então dado com “desaparecido em combate”.

4 Mar 2019

Saúde | Mãe e filho hospitalizados devido a intoxicação por monóxido de carbono

[dropcap]U[/dropcap]ma mulher, de 47 anos, e o filho, de 23 anos, foram internados depois de terem desmaiado em casa, devido a uma intoxicação por monóxido de carbono. O caso aconteceu no sábado e foi revelado pelos Serviços de Saúde . De acordo com a informação divulgada, o acidente foi detectado pelo pai, que estava a dormir, e acordou, por volta das duas da manhã. Nessa altura, reparou que o filho estava desmaiado na cadeira do quarto e foi acordar a esposa para o auxiliar. Porém, mal a mãe entrou no quarto acabou por desmaiar devido aos elevados níveis de monóxido de carbono.

Com mãe e filho desmaiados, a acção do homem foi essencial: “O marido imediatamente retirou-a [mãe] do local e chamou a polícia. Os dois pacientes foram enviados pelos bombeiros para o CHCSJ para tratamento”, pode ler-se no comunicado do SSM.

As análises ao sangue das vítimas revelaram que as concentrações de monóxido de carbono no sangue foram 53 por cento, no caso da mãe e 46 por cento, no filho. Ambos estão em estado estável, mas no sábado ainda estavam internados.

O incidente ocorreu numa fracção autónoma situada no bloco VI do Edifício U Wa da Areia Preta. “Após investigação, verificou-se que na cozinha daquela fracção autónoma, estava equipada com um aquecedor de água a gás”, informaram os SSM. “Segundo o marido, as janelas da casa de banho e da cozinha estavam fechadas durante e após o banho na noite anterior ao incidente. Suspeita-se que a intoxicação tenha sido provocada por gás residual num ambiente com má ventilação”, foi acrescentado.

Após a divulgação deste caso, os SSM apelaram à população para prestar “mais cuidado no uso de fogões ou esquentadores a gás, prevenido a intoxicação por monóxido de carbono”.

 

 

4 Mar 2019

ONU | China pede que se reconsiderem sanções à Coreia do Norte

Após o fracasso da cimeira entre Donald Trump e Kim Jong-Un, Pequim entra em cena e pressiona o Conselho de Segurança das Nações Unidas a repensar as sanções impostas a Pyongyang

[dropcap]A[/dropcap] China pediu sexta-feira ao Conselho de Segurança da ONU que reconsidere as sanções impostas a Pyongyang para que avancem as negociações de desnuclearização da Coreia do Norte, após o falhanço da cimeira entre norte-coreanos e Estados Unidos.

“A China acredita que, de acordo com as resoluções pertinentes e os progressos realizados na península, especialmente as medidas oferecidas pela Coreia do Norte para a desnuclearização, o Conselho de Segurança deve considerar e discutir a disposição do Conselho para modificar as sanções”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Lu Kang.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-Un, participaram numa reunião realizada entre quarta e quinta-feira em Hanói, no Vietname, sobre a desnuclearização da península coreana e outros temas.

De acordo com as explicações dadas por Trump e pelo seu secretário de Estado, Mike Pompeo, o fracasso da cimeira aconteceu porque o líder norte-coreano ofereceu desmantelar o centro de investigação nuclear em Yongbyon, que produz o combustível para bombas atómicas, em troca de um levantamento total das sanções.

De acordo com a agência de notícias sul-corena Yonhap, por seu lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte, Ri Yong-ho, contradisse esta versão norte-americana durante uma conferência de imprensa, ao garantir que Kim só pediu que Washington levantasse “parte das sanções” que afectam a sua economia, em troca de desmantelar Yongbyon.

“Após a cimeira, vimos que ambas as partes fizeram declarações sobre o levantamento das sanções. Estas são diferentes entre si, mas os dois lados acreditam que o levantamento das sanções é uma parte importante da desnuclearização e deve ser considerado”, disse o porta-voz da diplomacia chinesa numa conferência de imprensa.

A esse respeito, o porta-voz chinês pediu às partes envolvidas que abordem essa questão “de maneira responsável” e façam esforços conjuntos para chegar a um acordo.

Ponto de situação

A China, maior parceiro comercial da Coreia do Norte e tradicionalmente o seu principal apoio político, adoptou nos últimos meses as duras sanções contra Pyongyang aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU para pressionar o regime norte-coreano a travar os seus programas de desenvolvimento de armas nuclear e mísseis.

Sobre as informações que apontam para uma possível visita de Kim à China – durante sua viagem de volta do Vietname para a Coreia do Norte no seu comboio blindado -, para se reunir com o Presidente chinês, Xi Jinping, e informá-lo sobre os resultados da sua reunião com Trump, o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês rejeitou sexta-feira novamente falar sobre o assunto.

4 Mar 2019

Negócios | CESL Asia adquire produtora agro-pecuária no Alentejo

A CESL Asia assinou um acordo para comprar o maior grupo português produtor de gado bovino, situado no Alentejo. O investimento, o primeiro na área da agricultura da empresa de Macau, é na ordem de 40 milhões de euros

[dropcap]A[/dropcap]aquisição da exploração agro-pecuária “Monte do Pasto”, do grupo Saltiproud, “é significativa”, pois trata-se de “um activo valioso com 3.700 hectares de terra agrícola”, afirmou o presidente da CESL Asia, António Trindade, lembrando que Macau tem aproximadamente 3.000 hectares de área. “É um sector chave para nós, para a China e para o mundo”, sublinhou, durante a cerimónia que teve lugar na sexta-feira.

A “Monte do Pasto” é já “um negócio relevante na Europa”, exportando 30 mil cabeças de gado por ano para Argélia, Espanha, Israel, Líbano, Marrocos e Palestina, que “a CESL Asia quer apoiar” através da “plataforma Macau para o financiamento, gestão e operação de negócios para a área da Grande Baía e os Países de Língua Portuguesa”, apontou António Trindade.

Base das patacas

A empresa de Macau assinou ainda um acordo de cooperação estratégica com a sucursal de Macau do Banco da China. “Estamos a construir uma plataforma financeira em Macau para apoiar a nossa plataforma de desenvolvimento de projectos, ao mesmo tempo que expandimos a cooperação com instituições financeiras da China, Portugal e Macau”, realçou António Trindade. Trata-se do “primeiro banco local” a assinar este acordo de cooperação estratégica para o desenvolvimento conjunto de uma plataforma financeira para investimentos na China, Macau e os países lusófonos, indicou o presidente da CESL Asia.

António Trindade sublinhou que a CESL Asia tem vindo a desenvolver, nos últimos seis anos, investimentos, gestão e capacidades operacionais em Portugal, tendo em conta a iniciativa chinesa ‘Uma Faixa, uma Rota’, o plano de construção da Grande Baía e o papel de Macau como plataforma para o comércio e a cooperação entre a China e os países de língua portuguesa.

Na cerimónia de assinatura dos dois acordos estiveram presentes o secretário para Economia e Finanças, Lionel Leong, o director-geral do departamento para os assuntos económicos do Gabinete de Ligação, Liu Bin, a secretária-geral do Fórum Macau, Xu Yingzhen, e o cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong, Paulo Cunha Alves, entre outros.

Fundada em 1987, a CESL Asia, empresa de matriz portuguesa em Macau, opera na área da consultadoria e operação nos sectores da energia e do ambiente, conta com 450 funcionários e tem um volume de negócios a rondar os 40 milhões de dólares norte-americanos (323 milhões de patacas).

 

4 Mar 2019

Taipé | Taiwan defende diálogo com o Japão

[dropcap]A[/dropcap] Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, defendeu a abertura de um diálogo com o Japão, apesar da inexistência de laços diplomáticos, face à crescente actividade militar da China.

Pela primeira vez, a governante expressou a “intenção de conduzir um diálogo directo com o Governo japonês sobre questões de segurança cibernética e segurança regional”, noticiou ontem o jornal local Taipei Times.

Tsai Ing-wen falava em entrevista ao diário japonês Sankei News, tendo reforçado depois os planos na sua conta oficial do twitter.

“Estou determinada a trabalhar com parceiros como o Japão na defesa dos valores partilhados. Enfrentamos uma avalanche de desinformação e notícias falsas com o objectivo de minar a democracia”, disse Tsai.

A Presidente avisou ainda o resto do mundo que nenhum país está isento de tais ataques.

“Hoje Taiwan está no centro das atenções. Amanhã será outro país”, disse, numa alusão à China, que já acusou, noutras ocasiões, de intimidação militar.

Tsai também procurou convencer a comunidade internacional a apoiar Taiwan face à pressão chinesa, apelando aos valores comuns da democracia e da liberdade.

“Taiwan é a prova de que o desenvolvimento democrático e económico andam de mãos dadas. A nossa ‘ilha da resistência’ é uma força para o bem do mundo e não há dúvida de que Taiwan pode ajudar a promover e salvaguardar a liberdade e a democracia”, defendeu.

4 Mar 2019

Huawei |China pede ao Canadá para travar extradição de Meng Wanzhou

[dropcap]A[/dropcap] China pediu sábado ao Canadá para impedir a extradição para os Estados Unidos da directora financeira da gigante tecnológica chinesa Huawei, Meng Wanzhou, detida no Canadá a pedido de Washington no dia 1 de Dezembro.

“O abuso por parte dos Estados Unidos e do Canadá das regras de extradição é uma violação séria dos direitos legítimos de um cidadão chinês”, afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lu Kang.

Na sexta-feira, o Departamento de Justiça do Canadá emitiu uma autorização para dar início ao processo de extradição de Meng, filha do fundador da Huawei, que foi detida pelas autoridades do Canadá a pedido dos Estados Unidos quando fez escala em Vancouver a caminho do México, numa medida que causou uma crise diplomática entre Otava e Pequim.

“Este é um evento político sério. Mais uma vez apelamos aos Estados Unidos que retirem imediatamente o mandado de detenção e o pedido de extradição”, sublinhou o responsável chinês.

É esperado que Meng, que está actualmente em liberdade sob fiança e proibida de deixar a sua casa em Vancouver, no oeste do Canadá, compareça, no dia 6 de Março, perante a Supremo Tribunal da província de British Columbia para iniciar o processo de extradição.

4 Mar 2019

Chefe do Executivo | Ho Iat Seng e Lionel Leong são “excelentes candidatos” – Neto Valente

[dropcap]O[/dropcap]presidente da Associação dos Advogados, Jorge Neto Valente, defendeu ser “sempre saudável haver concorrência” na corrida ao cargo do Chefe do Executivo, ressalvando, no entanto, que “quem manda são as circunstâncias” e ser ainda “cedo” para antecipar cenários.

Actualmente, existem pelo menos dois potenciais candidatos à sucessão de Chui Sai On: o presidente da Assembleia Legislativa, Ho Iat Seng, e o secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong. “Acho que ambos são excelentes candidatos, depois logo se verá”, afirmou na sexta-feira Neto Valente, à margem de um seminário sobre a Lei de Terras, em declarações reproduzidas pela Rádio Macau.

A concretizar-se a hipótese de existirem, pelo menos, dois candidatos – há analistas que entendem que o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, não é uma carta fora do baralho – será a primeira vez que tal sucede desde a primeira eleição para o cargo de Chefe do Executivo, em 1999, ganha por Edmund Ho.

A eleição do sucessor de Chui Sai On, que termina o segundo e último mandato a 19 de Dezembro, vai ter lugar a partir da segunda quinzena de Agosto. O processo que vai levar à eleição do próximo líder do Governo encontra-se actualmente num estágio inicial, estando a decorrer os preparativos para a eleição da Comissão Eleitoral, composta por 400 membros, que escolhe o Chefe do Executivo, marcadas para 16 de Junho. Neto Valente tem vindo a integrar o colégio eleitoral, mas não dá por assegurada a sua reeleição, segundo a emissora pública.

4 Mar 2019

Lisboa | Emissão de dívida pública portuguesa em renmenbi “mutuamente benéfica”

[dropcap]A[/dropcap] China espera que se concretize “de forma satisfatória” a emissão de dívida pública portuguesa em moeda chinesa, que vê como uma “cooperação mutuamente benéfica”, disse à Lusa o embaixador de Pequim em Lisboa, Cai Run.

O diplomata considerou que será “mais uma fonte de financiamento” para Portugal e que, “para a parte chinesa” significará “popularidade” e um contributo para o país “ser bem acolhido pela comunidade internacional”.

“Esperamos que possa andar de forma satisfatória. É também uma cooperação mutuamente benéfica”, disse Cai Run, em resposta a questões da Lusa a propósito dos 40 anos de relações diplomáticas entre Portugal e a República Popular da China e da visita do Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, a Pequim, em Abril.

Cai Run sublinhou que se a emissão de dívida portuguesa no mercado chinês “se concretizar em breve”, Portugal “será o primeiro país da zona euro a emitir dívida pública em renmenbi” (ou yuan, a moeda da China).

Em Outubro passado, Portugal e a China, através da Caixa Geral de Depósitos e do Banco da China, assinaram um acordo prevendo a emissão de dívida pública portuguesa em renmenbi, um dos 17 acordos bilaterais formalizados durante a visita do Presidente chinês, Xi Jinping, a Portugal.

Portugal tem desde 2017 autorização do banco central da China para fazer uma emissão de dívida no mercado chinês.

Cai Run considerou que “a cooperação financeira é importante” dentro da “cooperação bilateral” sino-portuguesa, destacando os investimentos chineses dos últimos anos na área da banca.

Segundo o embaixador, no total, o investimento chinês em Portugal supera os 9.000 milhões de euros “desde o final de 2011, início de 2012”, e tem havido “um aumento estável, ao mesmo tempo, do investimento português na China”.

A alastrar

Portugal é hoje o quinto maior destino de investimento chinês no estrangeiro e é, para a China, um parceiro para investimentos noutros países europeus e nos restantes países de língua portuguesa, afirmou.

“Está a tornar-se numa cooperação trilateral ou multilateral”, disse, acrescentando que a China tem a expectativa de que se estenda a mais países africanos e da América Latina.

O embaixador considerou que todos estes investimentos são “transparentes” e “respeitam as regras locais”, nomeadamente a “legislação e políticas” portuguesas e chinesas e os “regulamentos relevantes da União Europeia” de outros países.

Para o diplomata, “é necessário reforçar” esta “cooperação mutuamente benéfica” entre Portugal e a China, prevendo que os investimentos se estendam a outros sectores, como o turismo ou a tecnologia.

Em relação aos investimentos portugueses, destacou, como exemplo, as potencialidades da venda dos “produtos agroalimentares de qualidade” de Portugal no mercado chinês ou a área da banca.

“Queremos mais empresas portuguesas a investir na China”, reforçou, sublinhando a necessidade de haver “dois pés” na “cooperação bilateral” para haver um “futuro promissor e mais sustentável”.

O embaixador lembrou que o investimento chinês arrancou numa fase “economicamente difícil” para Portugal e considerou que ajudou o país “a sair da crise”. Já as empresas chinesas, “tiveram boas oportunidades de desenvolvimento”.

4 Mar 2019

Cinema | Filme chinês “Last Sunrise”, de Wen Ren, vence grande prémio do Fantasporto

[dropcap]A[/dropcap] longa-metragem “Last Sunrise”, a primeira do realizador chinês Wen Ren e em antestreia mundial no Fantasporto’2019, venceu a 39.ª edição daquele festival de cinema, que premiou ainda filmes da Índia, Coreia, Austrália, Hungria e Filipinas, foi hoje anunciado.

Segundo a organização, o filme vencedor do grande prémio da edição deste ano do festival, “Last Sunrise”, é “um dos primeiros filmes de ficção científica produzidos na China, com grandes interpretações e efeitos especiais”, no qual “o astrónomo Sun Yang e a sua jovem assistente Chen Mu descobrem um mundo gelado onde projetam o futuro da humanidade depois de o sol desaparecer”.

Em comunicado, o Fantasporto – Festival Internacional de Cinema do Porto informou que o prémio destinado à melhor realização foi para o cineasta britânico Julian Richards, “pelo conjunto de dois filmes que apresentou nesta secção” (“Reborn” e “Daddy’s Girl”), num “facto inédito” no festival, onde “nunca antes um realizador teve dois filmes a concurso, ambos em antestreia internacional”.

A somar

O prémio especial do júri da secção oficial de cinema fantástico foi para “In Fabric”, do realizador britânico Peter Strickland (de “Berberian Sound Studio”, premiado no Fantasporto 2012), pelo seu “alto nível de originalidade”, tendo ainda sido atribuído nesta secção uma menção especial ao filme americano “The Fare”, de D. C. Hamilton.

O prémio para o melhor argumento foi para Rodrigo Aragão, argumentista e realizador do filme brasileiro “A Mata Negra”, e o prémio para melhor actor foi entregue a Christopher Rygh, pelo seu desempenho no filme “The Head Hunter”, uma produção norte-americana “que conta com uma forte componente lusa” e que venceu também o prémio para melhor filme na secção de cinema português.

Já a australiana Georgia Chara foi considerada a melhor actriz pela sua actuação em “Living Space”, do seu compatriota Steven Spiel, o filme húngaro “His Master’s Voice”, de György Pálfy, obteve o prémio destinado à melhor fotografia e efeitos visuais e o prémio para a melhor curta-metragem fantástica foi para o filme israelita “My First Time”, de Asaf Livni.

A 39.ª edição do Fantasporto terminou ontem.

4 Mar 2019

Música | Conan Osíris vence Festival da Canção

“Telemóveis” de Conan Osíris venceu a final do Festival da Canção e segue rumo a Telavive onde vai representar Portugal em Maio. O tema arrecadou nota máxima do público e de todas as regiões do país à excepção do Algarve

[dropcap]O[/dropcap] artista Conan Osíris, com a canção “Telemóveis”, vai representar Portugal no Festival Eurovisão 2019, em Maio, em Israel, depois de Sábado ter vencido a final da 53ª edição do Festival da Canção, realizada em Portimão, no Algarve.

A vitória de Conan Osíris, que vai ser o representante português na cidade israelita de Telavive, em Maio, mereceu a pontuação máxima (12 pontos) do público e de todas as regiões do país (Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo, Açores, Madeira e Algarve) excepto do Algarve, que lhe deu a segunda pontuação mais alta (10 pontos).

Perante um pavilhão Portimão Arena praticamente esgotado com cerca de 3.500 espectadores, e com uma votação on-line do público e de um júri composto por personalidades da música e da televisão em sete regiões do país, NBC ficou na segunda posição, enquanto Matai acabou na terceira.

A música “Telemóveis” de Conan Osíris sucede a “O Jardim”, interpretada por Cláudia Pascoal e composta por Isaura, a representante portuguesa no Festival Eurovisão da Canção em 2018, que decorreu pela primeira vez em Portugal, em Lisboa, depois de o tema “Amar pelos dois”, interpretado por Salvador Sobral e composto por Luísa Sobral, ter vencido no ano anterior, em Kiev.

Pelo caminho

“A dois” (composta e interpretada por Calema), “Mar Doce” (Mariana Bragada), “Perfeito” (composta por Tiago Machado e interpretada por Matay), “Pugna” (Surma), “Igual a ti” (NBC), “Mundo a mudar” (Frankie Chavez/Madrepaz), “Telemóveis” (Conan Osíris) e “Inércia” (D’Alva/Ana Cláudia) subiram ao palco por esta ordem, depois de terem conseguido a qualificação para a decisão final nas duas eliminatórias que se realizaram nas semanas anteriores.

Matay, Madrepaz e Conan Osíris foram os mais aplaudidos pelo público presente no Portimão Arena, que durante toda a noite animou a festa e não deixou de apoiar os artistas candidatos a estar em Telavive, no festival da Eurovisão.

No espetáculo houve ainda tempo para recordar alguns artistas que se celebrizaram em outras edições do Festival da Canção, como Armando Gama, Anabela ou Vânia Fernandes, que tocaram as suas músicas participantes no Festival da Canção e exibiram novos e modernos arranjos, da autoria de Nuno Gonçalves, da banda Gift.

As vencedoras da edição anterior, Cláudia Pascoal e Isaura, também acturam perante os espectadores que assistiram ao espetáculo no Portimão Arena, que teve apresentação de Filomena Cautela, Inês Lopes Gonçalves e Vasco Palmeirim, sempre com notas de humor a marcar a suas intervenções.

Comité de Solidariedade com Palestina apela a Conan Osíris para não ir a Telavive

O Comité de Solidariedade com a Palestina, o SOS Racismo e as Panteras Rosa apelaram ontem a Conan Osíris para não ir a Telavive representar Portugal no Festival Eurovisão da Canção em solidariedade com artistas palestinianos.

Numa carta enviada ao vencedor da última edição do Festival da Canção, aquelas organizações referem que “a escassos minutos de onde terá lugar o Festival, Israel mantém um cerco ilegal a 1,8 milhões de palestinianos em Gaza, negando-lhes os direitos mais básicos.”

As três organizações acrescentam que “também a escassos minutos de Telavive, 2,7 milhões de palestinianos da Cisjordânia vivem aprisionados por um muro de apartheid ilegal”.

“Israel continua a expandir a sua colonização na Cisjordânia, com o intuito de expulsar mais famílias palestinianas, entregando assim as terras e casas confiscadas a colonos israelitas”, acrescentam.

As três organizações signatárias do apelo juntam-se ao movimento internacional de BDS – Boicote, Desinvestimento, Sanções – que denuncia o uso da cultura por Israel como instrumento de propaganda para branquear a sua imagem.

Por outro lado, este movimento usa o BDS como meio não-violento de pressionar Israel a respeitar os direitos humanos da população palestiniana.

Deixa o glamour

São já muitos de artistas de todo o mundo que recusaram actuar em Israel enquanto o país insistir na “colonização” e no “apartheid”, lembra o movimento BDS.

“Reconhecemos que não é uma decisão fácil, de largar o ‘glitz’ e glamour da Eurovisão, mas a custo de quê? O apelo ao boicote dos artistas palestinianos, brutalizados durante décadas pelo Estado de Israel, foi seguido por centenas de artistas internacionais e portugueses, de Roger Waters aos Wolf Alice. Eles percebem que a sua arte tem o poder de ajudar a mudar a situação na Palestina, mostrando a Israel que esta ocupação tem um custo”, lembra Shahd Wadi, porta-voz do Comité de Solidariedade com a Palestina.

E acrescenta que “Israel está a usar a Eurovisão para branquear a opressão do povo palestiniano”, pelo que esta “é uma oportunidade para que Conan Osiris encontre um lugar nos livros de história, juntando o seu a outros nomes ilustres nesta campanha”.

O movimento de boicote ao Festival da Eurovisão em Telavive lembra ainda que dois dias depois da vitória da canção israelita no Festival da Eurovisão 2018, Israel “massacrou 62 palestinianos em Gaza, incluindo seis crianças”.

E que nessa mesma noite, Netta Barzilai, a intérprete da canção vencedora da Eurovisão, realizou um concerto de comemoração em Telavive considerando que os israelitas tinham “motivos para estar felizes”.

4 Mar 2019

Hanói | Diferendos sobre as sanções ditam falhanço de cimeira Trump – Kim

O segundo encontro entre Donald Trump e Kim Jong-un acabou sem acordo e mais cedo do que o previsto. Divergências sobre as sanções e a desnuclearização acabaram por impedir um desfecho positivo nas negociações entre os dois países

[dropcap]A[/dropcap]cimeira entre o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder norte-coreano terminou sem acordo devido ao impasse sobre as sanções e as reticências de Kim Jong-un em abdicar totalmente do programa nuclear.

“Existe ainda uma lacuna” entre o desejo de ambas as partes e, por isso, “temos que manter as sanções”, afirmou Donald Trump, numa conferência de imprensa, após a cimeira em Hanói ter terminado sem um acordo.

“Eles queriam que as sanções fossem levantadas na totalidade e nós não podemos fazer isso”, detalhou Trump, acrescentando que prefere “assinar um bom acordo do que fazê-lo ‘a correr’”.

Trump deixou a capital vietnamita depois de a cimeira terminar mais cedo do que o previsto.

“Às vezes tens que te levantar e ir embora e, desta vez, foi isso que aconteceu”, disse.

O Presidente dos EUA revelou que Kim se ofereceu para desmantelar algumas partes da sua infraestrutura nuclear, incluindo o complexo nuclear de Yongbyon, mas que não estava preparado para abdicar de outras partes do programa, incluindo as fábricas para produção de urânio.

“Eles estavam dispostos a desmantelar parte das áreas, mas não podíamos desistir de todas as sanções”, afirmou.

Trump disse ainda que não há planos para uma terceira cimeira, mas que Kim lhe garantiu que a Coreia do Norte não vai realizar testes nucleares e com mísseis balísticos.

O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, disse, no entanto, que “estão hoje mais próximos de um acordo do que há 36 horas”.

Em comunicado, a secretária de Imprensa da Casa Branca afirmou que os “dois líderes discutiram várias formas de avançar na desnuclearização e questões económicas”, mas que “nenhum acordo foi alcançado desta vez” e que as delegações esperam voltar a reunir no futuro”.

Sedução em saco roto

Num encontro com os jornalistas antes das negociações arrancarem, Trump baixou as expectativas, afirmando que não “tem pressa” para que se chegue a um acordo.

Kim Jong-un afirmou que, “se não estivesse disposto” à desnuclearização, não estaria em Hanói.

A Coreia do Norte sofreu já décadas de isolamento e pobreza extrema, incluindo períodos de fome que causaram milhões de mortos, mas não abdicou de desenvolver um programa nuclear como garantia de sobrevivência do regime.

Trump tentou seduzir, em Hanói, o regime norte-coreano com boas perspectivas económicas caso aceite a desnuclearização e se insira na comunidade internacional.

A Coreia do Norte e o Vietname partilham décadas de amizade e, em teoria, continuam a ser aliados ideológicos, mas as reformas económicas e a integração na comunidade internacional lançados por Hanói impulsionaram o desenvolvimento económico do país.

Lamentos de Seul

A Presidência sul-coreana lamentou ontem que a cimeira entre os líderes dos EUA e da Coreia do Norte tenha terminado sem acordo, mas mostrou-se optimista na continuação das negociações, considerando que houve progressos significativos em Hanói. “É lamentável que o Presidente Trump e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, não tenham chegado a um acordo global na sua cimeira de hoje [ontem]”, disse em comunicado o porta-voz da Casa Azuk, sede da Presidência sul-coreana. No entanto, Kim Eui-kyeom disse parecer “claro que foram alcançados muitos progressos, mais do que em qualquer outro momento no passado”. No mesmo comunicado, a Presidência considera que o facto de Trump admitir a possibilidade de aliviar as sanções em troca de passos no sentido do desarmamento nuclear da Coreia do Norte mostra que as negociações entre os dois países entraram num “nível elevado”. Seul espera por isso que Washington e Pyongyang possam continuar a manter um “diálogo activo”.

 

1 Mar 2019

Cimeira | Pequim espera que Trump e Kim se encontrem “a meio do caminho”

[dropcap]A[/dropcap]China afirmou ontem que os EUA e a Coreia do Norte devem “encontrar-se a meio do caminho” depois de a cimeira em Hanói ter terminado sem acordo. O porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros Lu Kang afirmou em conferência de imprensa que a situação na península coreana experimentou uma “reviravolta” significativa no ano passado, um “resultado conquistado com muitas dificuldades”. Lu enalteceu o regresso dos EUA e da Coreia do Norte a um caminho rumo ao acordo político, que considerou ser a “única saída”. Na conferência de imprensa após a cimeira, Donald Trump considerou o Presidente chinês, Xi Jinping, como um “líder altamente respeitado em todo o mundo” e afirmou que este foi “muito cooperativo” na questão norte-coreana. Trump lembrou que a China é altamente influente devido ao alto volume de negócios com a Coreia do Norte. Pequim é o maior parceiro comercial e principal aliado diplomático de Pyongyang.

1 Mar 2019

Venezuela| Rússia e China rejeitam qualquer acção militar

Os dois principais aliados de Nicolas Maduro expressaram esta semana o seu repúdio contra qualquer ingerência externa na Venezuela e deixam o aviso de que uma acção militar no país seria interpretada como um “acto de agressão contra um Estado soberano e uma ameaça à paz e à segurança internacional”

[dropcap]A[/dropcap]Rússia e a China opuseram-se esta quarta-feira a qualquer acção militar contra a Venezuela, numa altura em que os Estados Unidos querem avançar com uma resolução no Conselho de Segurança da ONU sobre a crise venezuelana.

Em Wuzhen (leste da China), o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, afirmou que Moscovo, um aliado do Presidente venezuelano contestado Nicolás Maduro, está a trabalhar com todos os países que encaram com preocupação o cenário de uma eventual interferência militar na Venezuela.

Nas mesmas declarações, Lavrov, que se encontrou em Wuzhen com os seus homólogos chinês e indiano, denunciou as tentativas “descaradas” de criar “pretextos artificiais” para uma intervenção militar, como, por exemplo, o argumento de uma operação humanitária.

A administração norte-americana liderada pelo Presidente Donald Trump, que contesta Nicolás Maduro e reconhece o opositor Juan Guaidó como Presidente interino venezuelano, já afirmou que não descarta nenhuma opção, inclusive militar, para lidar com a crise venezuelana.

E o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, já chegou a declarar que “os dias de Maduro estão contados”.

Washington pretende avançar esta semana com a votação de uma resolução no Conselho de Segurança da ONU sobre os últimos acontecimentos na Venezuela e focada na autorização para a entrada da ajuda humanitária naquele país.

É previsível que a Rússia, que como os Estados Unidos e a China é membro permanente do Conselho de Segurança e tem a capacidade de vetar a resolução, rejeite o texto norte-americano.

“Não é por acaso que as autoridades do Brasil, por exemplo, já declararam que não vão participar ou disponibilizar o seu território aos norte-americanos para uma agressão contra a Venezuela”, referiu ainda Lavrov.

 

Palavras ditas

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo também destacou que “nenhum” país latino-americano, incluindo o Grupo de Lima (13 países latino-americanos e o Canadá), expressou publicamente o apoio a uma intervenção militar.

“Acho que os Estados Unidos deveriam ouvir os países da região”, concluiu Lavrov.

As palavras de Lavrov surgem no mesmo dia em que o Senado russo (câmara alta do parlamento) advertiu, numa declaração, que uma intervenção militar na Venezuela seria interpretada como um “acto de agressão contra um Estado soberano e uma ameaça à paz e à segurança internacional”.

O Senado russo também apelou à comunidade internacional e a várias organizações, como a ONU ou o Parlamento Europeu, para apoiarem um diálogo, um processo político pacífico na Venezuela e para evitarem “qualquer tentativa de ingerência externa”.

Já a China, país que é tradicionalmente favorável a uma política externa fundamentada na não-ingerência, frisou que a actual crise política que abala a Venezuela é um assunto interno.

“A questão venezuelana é por natureza um problema interno da Venezuela”, afirmou o chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, no seguimento das declarações do seu homólogo russo sobre uma eventual intervenção militar estrangeira.

O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês também pediu respeito pelas “princípios básicos das relações internacionais” e pela “soberania” dos Estados.

Até à data, cerca de 50 países já reconheceram o presidente da Assembleia Nacional (parlamento), Juan Guaidó (que se autoproclamou em Janeiro), como Presidente interino da Venezuela.

Já Maduro conta com o apoio da Rússia e da China. As autoridades chinesas temem que um regime liderado pela oposição venezuelana não pague os milhões de dólares emprestados por Pequim a Caracas.

 

1 Mar 2019

Moda | Paulo de Senna Fernandes vence concurso internacional

[dropcap]O[/dropcap]macaense Paulo de Senna Fernandes foi ontem distinguido com “Gold Prizes” do concurso internacional IDA Annual Award 2019, prémio norte-americano que vai na 12.ª edição. O designer local, em comunicado, congratulou-se com a honra da distinção obtida. “Sinto orgulho de ter competido num concurso de alto nível, houve mais de 10000 participantes neste concurso”, pode-se ler no comunicado. Paulo de Senna Fernandes refere ainda que os membros do júri acharam o seu vestido “um dos mais belos”. “Sempre quis competir todos anos pelo reconhecimento internacional, pois devo mostrar que em Macau existe talentos, sendo a minha obrigação levar o nome “RAEM” a todo o mundo”, comenta o premiado. O designer macaense participou na competição com um vestido azul, subordinado ao tema “Sereia”.

 

 

 

1 Mar 2019

Música | Orquestra de Macau apresenta “Azzolini e Lu Jia” a 15 de Março

[dropcap]A[/dropcap]Orquestra de Macau (OM) apresenta o concerto “Azzolini e Lu Jia” no dia 15 de Março (sexta-feira), pelas 20h horas, na Igreja de S. Domingos. A entrada é livre e os bilhetes distribuídos uma hora antes da actuação.

Sob a batuta do Director Musical Lu Jia, a Orquestra irá colaborar com o famoso fagotista Sergio Azzolini para apresentar dois concertos para fagote, de A. Vivaldi e C. Stamitz, tocando a OM na segunda parte a Sinfonia N.º 4 “Italiana” de Mendelssohn, a fim de imprimir o sabor europeu do período romântico. Nascido em Bolzano (Itália), em 1967, Sergio Azzolini é conhecido pelo seu extraordinário talento e desempenho de instrumentos clássicos, especialmente os utilizados na música barroca, sendo reconhecido como uma autoridade na interpretação dos trabalhos de Vivaldi na execução do fagote.

Além disso, a OM organiza uma masterclass no dia 13 de Março, na qual o fagotista Azzolini irá orientar os participantes sobre técnicas de fagote em actuações a solo ou com ensemble de sopros, sendo esta aberta a observadores.

1 Mar 2019

Jogo | Mais de 18 mil visitantes esperados na 13.ª Global Gaming Expo Asia

[dropcap]M[/dropcap]ais de 18 mil pessoas são esperadas, em Maio, na Global Gaming Expo Asia (G2E Asia), uma feira internacional que junta anualmente empresas e especialistas do jogo de todo o mundo em Macau, anunciou ontem a organização.

Este ano, a 13.ª edição, de 21 a 23 de Maio, vai apostar sobretudo no conteúdo e tecnologia digital, tecnologia de resorts integrados e soluções de negócios, no desenvolvimento do jogo e lotaria, na tecnologia financeira no continente asiático e em ‘Esports’ (competição através de videojogos).

O programa de conferências da feira vai discutir temas como as perspetivas e riscos na área do jogo na Ásia.

O evento, que normalmente conta com altos quadros da indústria do jogo em Macau, no ano passado recebeu o director executivo da Melco, Lawrence Ho, filho do fundador da Sociedade de Jogos de Macau, Stanley Ho, e este ano tem previsto receber Pansy Ho, que é copresidente e accionista da MGM China, empresa que também explora o jogo em Macau, disse à Lusa fonte da organização, durante um almoço com a imprensa.

A filha mais velha de Stanley Ho e a Fundação Henry Fok anunciaram, em 24 de Janeiro, um acordo para garantir o controlo da Sociedade de Jogos de Macau (SJM) Holdings Ltd e da Sociedade de Turismo e Diversões de Macau (STDM), fundadas por Stanley Ho.

A aliança foi anunciada pela empresa de Hong Kong Shun Tak Holdings Ltd, de Pansy Ho. Com esta aliança, Pansy Ho e a Fundação Henry Fok passam a assegurar 53,012 por cento das acções da STDM, de acordo com a informação prestada pela empresa.

A exposição do G2E Asia, que decorre no hotel-casino Venetian, vai ocupar cerca de 34.000 metros quadrados, em dois andares. Esta edição conta ainda com a atribuição dos prémios G2E Asia, para “reconhecer a excelência e a inovação” na indústria do jogo. Mais de 16 mil profissionais visitaram a feira no ano passado.

 

1 Mar 2019

Justiça | TUI mantém reversão de terreno concessionado à Yat Yuen em Seac Pai Van

[dropcap]O[/dropcap]Tribunal de Última Instância (TUI) considerou improcedentes os recursos interpostos pela Companhia de Corridas de Galgos Macau (Yat Yuen), relativo a um terreno na Zona Industrial de Seac Pai Van, e pela Companhia de Investimento Polaris, Limitada sobre o terreno localizado na Baía do Pac On, mantendo a decisão do Chefe do Executivo em declarar a caducidade das concessões destes terrenos.

O terreno concessionado à Yat Yuen situa-se em Coloane, na Zona Industrial de Seac Pai Van, designado por lote “SK1” e tem uma área de 5.235 m2, O arrendamento do terreno, válido pelo prazo de 25 anos, contados a partir da data da celebração da escritura pública (30/11/1990), decorria até 29 de Novembro de 2015. Em 13 de Fevereiro de 2017, o Chefe do Executivo proferiu despacho, no sentido de declarar a caducidade da concessão do terreno por termo do prazo do arrendamento.

Já o segundo terreno, situa-se na ilha da Taipa, na Baía do Pac On (Sul) e possui uma área de 19.314 m2. O terreno foi concedido à Companhia de Investimento Polaris, Limitada a 26 de Dezembro de 1990, sendo o arrendamento válido pelo prazo de 25 anos, período que terminava a 25 de Dezembro de 2015. A 21 de Março de 2016, o Chefe do Executivo declarou a caducidade da concessão também por termo do prazo do arrendamento.

As duas concessionárias interpuseram recursos contenciosos de anulação para o Tribunal de Segunda Instância (TSI) que os julgou improcedentes. “Inconformadas, as duas concessionárias recorreram para o TUI que julgou improcedentes os dois recursos”, aponta Gabinete do Presidente do Tribunal de Última Instância em comunicado.

1 Mar 2019

Património Cultural Intangível | Procissões incluídas em consulta pública

[dropcap]A[/dropcap]s procissões católicas de Nosso Senhor Bom Jesus dos Passos e de Nossa Senhora de Fátima são duas das 12 manifestações recomendadas para inscrição na lista do Património Cultural Intangível de Macau, em consulta pública, no próximo mês.

A consulta pública destina-se a “reforçar a salvaguarda do património cultural intangível” do território, de acordo com uma nota do Instituto Cultural.

Entre 13 de Março e 11 de Abril, a população pode ainda considerar dez outras recomendações, como a Gastronomia Macaense, Teatro em Pátua, Crença e Costumes de Na Tcha, Crença e Costumes de A-Má, Festival do Dragão Embriagado, Música Ritual Taoísta, Naamyam Cantonense (canções narrativas), Escultura de Imagens Sagradas em Madeira, Preparação do Chá de Ervas e Ópera Yueju (ópera cantonense).

A procissão do Nosso Senhor Bom Jesus dos Passos realiza-se todos os anos, no primeiro sábado e domingo da Quaresma, e tem início na Igreja de Santo Agostinho, dirigindo-se à Igreja da Sé, fazendo o percurso inverso no segundo dia. Com uma longa história em Macau, esta procissão remonta a 1708.

Desde 1929, tem lugar todos os anos, em 13 de Maio, a procissão de Nossa Senhora de Fátima, entre a Igreja de S. Domingos e a Ermida da Penha.

1 Mar 2019

DSAT | Pagamento de imposto automóvel até Abril

[dropcap]O[/dropcap]s proprietários de veículos têm até 1 de Abril para efectuar o pagamento do imposto de circulação, de acordo com uma nota emitida pela Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT). “A DSAT apela aos proprietários de veículos que ainda não efectuaram o pagamento do imposto de circulação de veículos para que o façam o mais brevemente possível a fim de não incorrerem em multa por pagamento em atraso”, pode ler-se no comunicado. O imposto é referente ao ano de 2019 e abrange automóveis, ciclomotores, motociclos e máquinas industriais.

 

1 Mar 2019