Covid-19 | Piratas informáticos norte-coreanos tentam entrar nos sistemas da Pfizer

Piratas informáticos norte-coreanos tentaram entrar nos sistemas da Pfizer para encontrar informações sobre a vacina produzida pelo gigante farmacêutico contra a covid-19, de acordo com os serviços secretos da Coreia do Sul citados pela imprensa local.

Segundo declarou aos jornalistas a deputada sul-coreana Ha Tae-keung, o Serviço Nacional de Inteligência informou que a Coreia do Norte “tentou obter as tecnologias contidas na vacina e os tratamentos usados contra a covid-19 através de um ciberataque dirigido à Pfizer”.

A Coreia do Norte foi o primeiro país do mundo a encerrar as suas fronteiras, no final de janeiro de 2020, para tentar proteger-se da pandemia que surgiu em dezembro de 2019 na vizinha China e que depois se espalhou por todo o mundo.

O líder norte-coreano Kim Jong Un afirmou que o país não registou qualquer caso de contaminação pelo novo coronavírus, mas o que é considerado como sendo pouco provável pelos peritos, já que a China faz fronteira com o país e é o seu principal parceiro comercial.

O fecho de fronteiras aumentou a pressão sobre a economia norte-coreana, já submetida a sanções internacionais devido ao programa nuclear e balístico desenvolvido por aquele regime comunista.

Segundo peritos ocidentais, a Coreia do Norte dispõe de um “exército” de milhares de piratas informáticos muito bem treinados, que já perpetraram ataques a empresas, instituições e centros de investigação, em particular da Coreia do Sul.

A coreia do Norte terá, igualmente, desviado ao longo dos últimos meses mais de 300 milhões de dólares em cripto moedas através de ataques informáticos destinados a financiar o seu programa nuclear e balístico, segundo um relatório confidencial da ONU divulgado há poucos dias.

Apesar de afirmar estar isenta do vírus, a Coreia do Norte fez recentemente uma encomenda de vacinas contra a covid-19, devendo receber cerca de dois milhões de doses, segundo a Aliança Global de vacinas (Gavi), membro do programa Covax, que coordena a distribuição de vacinas aos países pobres.

Embora não haja ainda confirmação oficial, o país terá pedido ajuda internacional, já que as infra-estruturas médicas norte-coreanas são consideradas inadequadas para fazer face a uma pandemia.

17 Fev 2021

Hong Kong | Activistas no banco dos réus por organizarem manifestação

Vários activistas proeminentes da luta pró-democracia em Hong Kong compareceram em tribunal, acusados de organizar uma das maiores manifestações de 2019, em protesto contra a lei da extradição. Entre os nove arguidos, encontram-se algumas das personalidades mais respeitadas da antiga colónia britânica, incluindo o advogado Martin Lee, de 82 anos, que há décadas foi escolhido por Pequim para redigir a Lei Básica, o texto que serve de mini-constituição na região semi-autónoma.

Também acusados estão a antiga deputada da oposição Margaret Ng, uma advogada de 73 anos, e o magnata dos media Jimmy Lai, que se encontra actualmente em prisão preventiva, por acusações separadas ao abrigo da lei da segurança nacional.

Vários são figuras de destaque na Frente Civil pelos Direitos Humanos, a coligação que organizou as maiores manifestações em 2019, quando a cidade viveu a sua pior crise política desde a entrega em 1997, com ações e mobilizações quase diárias. Quando os arguidos entraram no tribunal, vários activistas fizeram a saudação com três dedos, um gesto que se tornou um símbolo da luta contra o autoritarismo na Ásia.

O grupo, que enfrenta até cinco anos de prisão, é acusado de organizar em 18 de Agosto de 2019 a segunda maior manifestação em sete meses de protesto. Os organizadores tinham estimado uma participação de 1,7 milhões de manifestantes, que representariam quase um quarto da população de Hong Kong, um número que não pôde ser verificado de forma independente.

17 Fev 2021

Covid-19 | New York Times acusado de falsificar declarações sobre origem do vírus

Profissionais de uma equipa da Organização Mundial da Saúde (OMS), que concluíram sua missão de rastreamento da origem da COVID-19 na China, denunciaram o The New York Times por uma reportagem controversa, enfatizando que os seus colegas foram “selectivamente mal citados” e a história não é verdadeira.

“Esta não foi a minha experiência na missão da OMS. Como líder do grupo de trabalho animal/ambiental, encontrei confiança e abertura nos meus colegas da China. Nós tivemos acesso a novos dados críticos durante todo o tempo e aumentámos a nossa compreensão dos caminhos prováveis de propagação”, esclareceu Peter Daszak, membro da equipe da OMS, no Twitter depois de ser citado pelo The New York Times.

O notícia acusou cientistas chineses de se recusarem a partilhar dados importantes sobre os primeiros dias da pandemia COVID-19, citando investigadores independentes da OMS. A equipa internacional, tendo terminado seu trabalho em Wuhan, na China, foi composta por especialistas da Austrália, Dinamarca, Alemanha, Japão, Holanda, Qatar, Rússia, Grã-Bretanha, Estados Unidos e Vietnãame.

A equipa também inclui especialistas da OMS e da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura e da Organização Mundial da Saúde Animal.

No relatório, Daszak disse que sua viagem foi emocionalmente desgastante ao entenderem o trauma dos primeiros dias da pandemia. Thea K. Fischer, a epidemiologista dinamarquesa da equipa, também refutou imediatamente a reportagem, que acusou de “distorcer intencionalmente” as observações dos entrevistados e lançar “sombras sobre importantes trabalhos científicos”.

“Esta não foi a minha experiência nem no lado epidemiológico. Construímos um bom relacionamento na equipa epidemiológica chinesa/internacional. Permitir discussões acaloradas reflecte um profundo nível de empenhamento na sala”, explicou no Twitter.

Ecoando a raiva de Fischer, Daszak tuitou numa nota de resposta: “Ouça! Ouça! É decepcionante passar tempo com jornalistas explicando as importantes descobertas do nosso exaustivo trabalho de um mês na China, para acabar vendo os nossos colegas, selectivamente mal citados, serem encaixados numa narrativa que foi prescrita antes do início do trabalho. Que vergonha @New York Times!”

Outros especialistas em saúde também expressaram as suas opiniões sobre o incidente, pedindo confiança e respeito mútuos à cooperação internacional na pesquisa de COVID-19. “A colaboração é sobre confiança e respeito mútuos. Se não existe isso, ninguém vai partilhar dados. Como cientistas da EID, precisamos urgentemente descartar a porcaria política. Espero que haja boa vontade pessoal duradoura, suficiente para nós procedermos efetivamente…” tuitou Hume Field, um conselheiro científico e político da EcoHealth Alliance em Nova Iorque.

A equipa internacional apresentou as suas descobertas iniciais descartando a hipótese de que o vírus escapou de um laboratório. A equipa está a trabalhar num relatório resumido, previsto para ser publicado nesta semana, enquanto um relatório final completo será publicado nas próximas semanas, de acordo com Tedros Adhanom Ghebreyesus, director-geral da OMS.

O chefe da OMS explicou que a missão alcançou uma melhor compreensão dos primeiros dias da pandemia, e identificou áreas para análise e pesquisa posteriores. “Sempre dissemos que, essa missão não encontraria todas as respostas, mas adicionou informações importantes que nos aproximam da compreensão das origens do vírus”, acrescentou.

O rastreamento da origem da COVID-19 é “uma questão científica complexa envolvendo muitos países e regiões”, e deve ser realizada por cientistas globais com colaboração, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Wenbin, no início da semana passada.

“O governo chinês tem dado forte apoio e assistência para a visita da missão da OMS à China, como parte da cooperação global de estudos de rastreamento de origens”, observou ele, enfatizando que a China manterá abertura, transparência, estreita comunicação e cooperação com a OMS.

17 Fev 2021

Arquitectura | Projecto de Siza Vieira e Castanheira na China finalista dos prémios Archdaily

O MoAE – Museu de Arte e Educação, projecto pelos arquitectos portugueses Álvaro Siza Vieira e Carlos Castanheira na cidade de Ningbo, China, inaugurado em Novembro, é um dos finalistas ao prémio Edifício do Ano 2021 da Archdaily

 

O Museu de Arte e Educação de Ningbo, na costa leste da China, do arquitecto Álvaro Siza Vieira com Carlos Castanheira, é um dos finalistas ao prémio Edifício do Ano 2021, anunciado pela Archdaily. O projecto encontra-se entre os cinco nomeados na categoria Arquitectura Cultural, uma das 15 que compõem os prémios da plataforma internacional de arquitectura, e é o único de arquitectos portugueses entre os candidatos, nesta edição. Os vencedores serão escolhidos por votação dos membros registados na plataforma, até ao próximo dia 18, e anunciados ‘online’ nesse mesmo dia.

O museu, situado junto ao Lago Dongqian, tem cerca de seis mil metros quadrados e foi inaugurado no passado mês de Novembro. Em vez de escadas, o edifício, com uma altura de 25 metros, tem uma rampa sem barreiras a ligar os cinco andares e é iluminado apenas por janelas situadas no rés-do-chão e no topo do museu.

Numa entrevista concedida ao HM em Dezembro do ano passado, o arquitecto Carlos Castanheira explicou como arrancou este projecto. “Recebemos um convite para fazer cinco vilas. O programa já existia, o senhor já tinha um outro museu no centro da cidade, onde tinha parte da sua colecção. Mas como ele está ligado à educação, pois tem uma série de colégios, queria que através da arte se fizesse educação, e daí o MoAE.”

O MoAE acabou por ser um projecto semelhante a um outro já feito por Siza Vieira no Brasil. “Neste caso era muito claro que o espaço existente era relativamente pequeno para o programa que o cliente pretendia, daí ser necessário colocá-lo em altura, com alguns pisos. Depois tivemos a sorte de ter uma colina com muita presença. Esse programa era muito parecido com um outro que o Siza Vieira já tinha feito no Brasil, e foi possível usar algumas dessas experiências neste projecto. Mas este não é o mesmo do Brasil”, disse Carlos Castanheira.

Outros museus na corrida

O MoAE concorre ao lado de espaços culturais como o Museu Audemars Piguet, em Le Brassus, na Suíça, um projecto conjunto dos ateliês BIG, Bjarke Ingels Group, Brückner e CCHE, com o centro chinês de Arte de Qujiang, em Xi’an – Shanxi, projetado pelo ateliê Gad, de Hangzhou, com o edifício Experimenta, em Heilbronn, na Alemanha, do ateliê Sauerbruch Hutton, de Berlim, e com o MEETT – Centro de Congressos e Exposições de Toulouse, projetado pelo gabinete OMA, de Rem Koolhaas, em Roterdão, que também concebeu o edifício da Casa da Música, no Porto.

O museu, situado junto ao Lago Dongqian, tem cerca de seis mil metros quadrados e é um projecto do grupo privado chinês Huamao Group. O presidente deste grupo, Xu Wanmao, convidou Álvaro Siza para a liderança da obra, depois de visitar o Museu de Serralves, que Prémio Pritzker desenhou, no Porto.

Os prémios Edifício do Ano da Archdaily são atribuídos em categorias de comércio, cultura, desporto, educação, hotelaria, saúde e indústria, em arquitetura de interiores, arquitectura paisagística e de espaços públicos, em edifícios de escritórios, de habitação, em moradias, edifícios religiosos e em projectos de pequena escala/pequenas instalações. É ainda distinguida a melhor aplicação de materiais.

Os 75 finalistas – cinco em cada categoria -, para esta 12.ª edição, foram escolhidos por votação dos membros da ArchDaily, entre 26 de Janeiro e 10 de Fevereiro, a partir dos 4500 projectos submetidos e publicados na plataforma, ao longo de 2020. Os finalistas podem ser vistos em https://boty.archdaily.com/us/2021. A ArchDaily – Plataforma, com base em Nova Iorque, foi criada em 2008, reúne profissionais das áreas da arquitectura, design, construção e meios de comunicação especializados, dos diferentes continentes.

17 Fev 2021

MP | Traficantes de droga em garrafas de vinho em prisão preventiva

Dois arguidos, indiciados do crime de tráfico ilícito de estupefacientes e de substâncias psicotrópicas, vão ficar em prisão preventiva, depois de serem presentes a Juiz de Instrução Criminal, na sequência do primeiro interrogatório judicial.

O caso envolve dois homens, detidos pela Polícia Judiciária, depois de terem tentado levantar encomendas que continham quase 7 litros e meio de cocaína líquida, divididos por oito garrafas, do que aparentava ser vinho tinto.

De acordo com informação veiculada pela polícia, as encomendas foram remetidas da América do Sul e Europa. A cocaína chegou a Macau, via Hong Kong, através uma empresa de correio rápido, e tem valor preliminarmente estimado em 23 milhões de patacas. Se forem condenados, os arguidos arriscam penas de prisão entre 5 e 15 anos, com eventuais agravações caso se verificarem circunstâncias agravantes legalmente previstas.

11 Fev 2021

PSP | Vietnamitas identificados por agressão no mês passado

A Polícia de Segurança Pública identificou oito vietnamitas suspeitos de estarem envolvidos num caso de agressão, na Rua Um do Bairro Iao Hon em Janeiro. Entre os suspeitos, com idades compreendidas entre 25 a 34 anos, quatro são trabalhadores não residentes, e os restantes têm notificações de reapresentação e aguardam repatriação devido à ofensa e tráfico de droga.

A sessão de pancadaria ocorreu a 21 de Janeiro, na Rua Um do Bairro Iao Hon, ocorrência que fez com que as autoridades acorressem ao local, onde descobriram armas, uma faca com 79 centímetros. A violência entre dois grupos foi admitida por alguns dos suspeitos. Após a verificação da videovigilância, as autoridades identificaram sete pessoas suspeitas do crime de detenção de armas proibidas. Além disso, no apartamento de um dos suspeitos foram encontradas drogas, que viria também a ser acusado de consumo de estupefaciente.

11 Fev 2021

Aeroporto | Extensão do terminal na zona sul deve ficar concluída este ano

As obras da extensão do terminal de passageiros do Aeroporto Internacional de Macau (AIM), na zona sul, deverão estar concluídas no quarto trimestre deste ano, uma vez que as obras da estrutura principal ficaram concluídas esta segunda-feira, aponta um comunicado.

O AIM acrescenta ainda que 40 por cento das obras de todo o projecto já estão concluídas. “Assim que o projecto estiver concluído no quarto trimestre de 2021, a capacidade anual de transporte de passageiros do AIM irá aumentar significativamente de 7,8 milhões para 10 milhões”, pode ler-se.

11 Fev 2021

BNU com quebra de lucros na ordem dos 41 por cento

O Banco Nacional Ultramarino (BNU) em Macau registou em 2020 lucros de 420,3 milhões de patacas, de acordo com o balancete publicado no Boletim Oficial.

Em comparação com 2019, quando contabilizou 721,9 milhões de patacas, o BNU registou uma perda de 41,7 por cento. O BNU, do Grupo Caixa Geral de Depósitos é, juntamente com o Banco da China, banco emissor de moeda na RAEM. Além de Macau, o BNU está também presente em Xangai e em Hengquin, Zhuhai.

11 Fev 2021

Créditos por pagar das PME aumentam

As dívidas de empréstimos não pagas pelas Pequenas e Médias Empresas (PME) cresceram 113 por cento entre a primeira e a segunda metade do ano passado. Segundo os dados oficiais publicados ontem pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM), na segunda metade do ano o montante dos empréstimos por pagar pelas PME era de 486,5 milhões de patacas, quando nos seis meses anteriores se tinha limitado a 228,3 milhões.

Em ano de pandemia, e ao mesmo tempo que cresce o montante dos empréstimos não pagos, houve uma redução no montante dos empréstimos as que as PME recorreram. Na primeira metade do ano, tinham sido aprovados créditos para estas empresas no valor de 15,3 mil milhões de patacas. Contudo, a partir de Julho o montante foi cortado para praticamente metade, o equivalente a 8,2 mil milhões de patacas, o que significa um corte de 46,5 por cento.

Na nota da AMCM sobre os resultados é indicado que o “novo crédito aprovado às PME no segundo semestre de 2020 recuou”, mas que, por outro lado, “o valor utilizado do total dos empréstimos concedidos […] registaram um acréscimo”.

Os sectores que mais cortaram nos pedidos de empréstimos foram os “restaurantes, hotéis e similares”, com uma diminuição de 5,8 por cento, os “transporte, armazéns e comunicações”, com redução de 4,4 por cento, e finalmente o “comércio por grosso e retalho”, onde a mudança foi de 2,9 por cento.

Os sectores da “tecnologia de informação” e “construção e obras públicas” registaram uma tendência oposta à maioria do mercado e aumentaram os empréstimos em 7,9 por cento e 2,9 por cento, respectivamente.

Sobre as alterações nos diferentes sectores, a AMCM considerou que “os empréstimos às PME para as principais indústrias permaneceram estáveis”.

11 Fev 2021

Vacinas covid-19 | Fidelidade orgulha-se de contrato com o Governo

A seguradora Fidelidade Macau diz estar honrada por ter sido escolhida pelo Governo para o seguro relativo às reacções adversas ou efeitos secundários de administração de vacinas contra a COVID-19. A posição foi tomada ontem por Paulo Barbosa, CEO da Fidelidade Macau, em comunicado.

“A protecção de vidas e o bem-estar das pessoas sempre foram as nossas principais competências, salvaguardando a estabilidade da sociedade de Macau. Esta oportunidade de fornecer esta cobertura à população de Macau enche-nos de honra, mas também de um maior sentido de responsabilidade e compromisso para com todos os cidadãos nestes tempos de mudança”, afirmou Paulo Barbosa.

De acordo com os moldes do contrato entre o Governo e a empresa, o montante máximo segurado por pessoa abaixo dos 70 anos é de um milhão de patacas. Para as pessoas com mais de 70 anos, o montante é reduzido em 50 por cento. O período de cobertura será de 90 dias após cada vacinação.

11 Fev 2021

Jogo | MGM China com perdas de 1,37 mil milhões de dólares de HK em 2020

A MGM China, que opera dois casinos em Macau, apresentou perdas de 1,37 mil milhões de dólares de Hong Kong em 2020, devido ao impacto da causado pela pandemia. Em 2019, a MGM China tinha registado 6,18 mil milhões de dólares de Hong Kong de EBITDA ajustado positivo (resultados antes de impostos, juros, depreciações e amortizações).

Contudo, o impacto da pandemia e as medidas para travar a covid-19 na capital mundial do jogo fizeram com que os casinos registassem perdas históricas.

Na mesma nota, o MGM China apresentou ainda receitas de 5,09 mil milhões de dólares de Hong Kong em 2020, quando no ano anterior tinha apresentado cerca de quatro vezes mais: 22,76 mil milhões de dólares de Hong Kong. Este valor representa uma quebra de 77%.

Com a imposição de restrições fronteiriças e com a suspensão dos vistos turísticos da China (o maior mercado turístico de jogo para Macau), cuja emissão foi retomada no final de setembro, os casinos de Macau sofreram perdas sem precedentes, ainda que a partir de outubro tenham registado uma tímida recuperação, em receitas e nas operações. Desta forma, nos últimos três meses de 2020, a operadora registou um melhor desempenho.

No último trimestre de 2020, o grupo apresentou EBITDA ajustado positivo de 367 milhões de dólares de Hong Kong, ainda assim uma diminuição de 58% em relação ao período homólogo de 2019.

Os casinos de Macau terminaram 2020 com receitas de 60,4 mil milhões de patacas, uma quebra de 79,3% em relação a 2019, ano em que a região administrativa especial chinesa recebeu quase 40 milhões de turistas.

11 Fev 2021

Japão anuncia pior registo diário de mortes por covid-19

O Japão anunciou hoje que registou o pior número de mortes num só dia, ao contabilizar 121 óbitos por covid-19 nas últimas 24 horas. O número adiantado pelo Ministério da Saúde japonês aumentou o total de mortos no país para 6.678 desde o início da pandemia.

O Japão ainda não iniciou a vacinação contra o novo coronavírus. As vacinas para o pessoal médico estão previstas para este mês. A área metropolitana de Tóquio está sob estado de emergência, com as autoridades a pedirem aos residentes para ficarem em casa e os restaurantes a fecharem durante a noite.

Embora os casos tenham permanecido relativamente baixos no Japão no ano passado, em comparação com os Estados Unidos e a Europa, as infeções têm vindo a aumentar recentemente, no momento em que crescem os pedidos para serem cancelados os Jogos Olímpicos de Tóquio, programados para começarem em julho.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.341.496 mortos no mundo, resultantes de mais de 106,8 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

11 Fev 2021

Covid-19 | OMS começa a deixar a China sem resultados conclusivos

Especialistas da missão da Organização Mundial da Saúde (OMS) encarregados de investigar as origens do novo coronavírus começaram ontem a deixar a China, país que consideram o “início do caminho” para desvendar a origem da covid-19. “A equipa está a trabalhar até sair [da China]. Este é apenas o início do caminho, com muito trabalho a ser feito, seguindo as pistas dos nossos colegas chineses”, afirmou ontem o britânico Peter Daszak, membro da missão, na rede social Twitter. “Muito orgulhoso das nossas conquistas e realista sobre o percurso que nos espera”, acrescentou.

Também Marion Koopmans, virologista holandesa, declarou-se “exausta”, mas comemorou a missão de 27 dias em Wuhan, a cidade chinesa onde foram diagnosticados os primeiros casos de covid-19. “Estou realmente ansiosa para dar os próximos passos”, escreveu no Twitter.

A epidemiologista dinamarquesa Thea K. Fischer, que considerou na mesma rede social que a missão foi uma “experiência única”, apontou duas teorias preliminares sobre as origens do vírus: através de um animal que serviu de hospedeiro intermediário para humanos ou através de algum alimento congelado.

Esta segunda teoria tem sido defendida pela China repetidamente, nos últimos meses, após a detecção de vestígios do vírus em alguns produtos congelados importados pelo país asiático. A investigação é extremamente sensível para o regime, cujos órgãos oficiais têm promovido teorias que apontam que o vírus teve origem em outros países.

A administração do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump acusou o Instituto de Virologia de Wuhan de ter deixado o vírus escapar, voluntariamente ou não. Peter Daszak admitiu que a equipa teve de realizar as suas investigações num ambiente de pressão política.

O chefe da missão, o especialista em zoonose dinamarquês Peter Ben Embarek, descartou na que o vírus tenha tido origem num laboratório, e considerou a possibilidade de que tenha chegado à China por meio de produtos congelados.

“Tudo continua a apontar para um reservatório deste vírus, ou um vírus semelhante, nas populações de morcegos”, seja na China, em outros países asiáticos ou mesmo em outros lugares, defendeu. O especialista disse que rastrear o percurso do vírus ainda é um “trabalho em andamento”.

11 Fev 2021

Food Truck | Canções e Poemas de Amor e Ódio este sábado

Sábado, dia 13 de Fevereiro, pelas 20 horas, juntam-se novamente num concerto acústico Fabrizio Croce e Luís Bento, para uma viagem musical. Local de partida, o Food Truck, na Rua dos Ervanários.

A “viagem” levará a audiência, de forma descontraída, por paisagens feitas canções, cantadas em português, italiano e inglês. Com paragens em autores como Paul Simon, Neil Young, Cat Stevens, Jorge Palma, Rui Veloso, Eros Ramazzotti, Toto Cutugno, Battisti, entre outros.

Domingo, 14 de Fevereiro, Ballantine’s Day. “Poemas de Amor e Ódio”, também no Food Truck, regados a vinho e outro álcool. Microfone aberto para quem quiser dizer um poema, relacionado com o amor, a paixão, o ciúme, o esquecimento, a inveja ou o ódio. A partir das 17 horas. Oferta de uma bebida.

11 Fev 2021

“Vitalina Varela” de Pedro Costa de fora da corrida aos Óscares

O filme “Vitalina Varela”, de Pedro Costa, ficou de fora dos 15 finalistas para uma nomeação para o Óscar de Melhor Filme Internacional, revelou ontem a Academia de Hollywood, nos Estados Unidos.

A longa-metragem de Pedro Costa tinha sido considerada elegível em Janeiro passado, quando a academia norte-americana revelou os 93 filmes candidatos a uma nomeação ao Óscar de Melhor Filme Internacional.

No entanto, “Vitalina Varela” já não chegou à lista de 15 filmes finalistas anunciada ontem, e que o comité da academia votou, com vista às nomeações da 93.ª edição dos Óscares, a anunciar a 15 de março.

De acordo com a organização dos Óscares, são finalistas os filmes “Another Round” (Dinamarca), “Quo Vadis, Aida?” (Bósnia Herzegovina), “La llorona” (Guatemala), “El agente topo” (Chile), “Charlatan” (República Checa), “Deux” (França), “Better days” (Hong Kong), “Sun children” (Irão), “Night of the kings” (Costa do Marfim), “Ya no estoy aqui” (México), “Hope” (Noruega), “Collective” (Roménia), “Dear comrades!” (Rússia), “A Sun” (Taiwan) e “The man who sold his skin” (Tunísia).

A academia anunciou ainda listas de finalistas de outras oito categorias aos Óscares, entre as quais de Melhor Documentário em longa e curta-metragem, Melhor Filme de Animação e Melhor Banda Sonora.

Apesar de anualmente submeter uma obra candidata aos Óscares, Portugal nunca teve qualquer filme entre os nomeados para o prémio de melhor filme estrangeiro, em língua não inglesa, categoria recentemente renomeada de Melhor Filme Internacional.

Percurso trilhado

“Vitalina Varela” teve estreia mundial em Agosto de 2019, no Festival de Cinema de Locarno (Suíça), onde arrecadou os principais prémios: Leopardo de Ouro e Leopardo de Melhor Interpretação Feminina para Vitalina Varela, a mulher que inspirou a história filmada por Pedro Costa.

Desde Locarno, o filme soma mais de 22 prémios, a maioria de melhor filme e melhor realização, integrou mais de 50 festivais e mostras internacionais de cinema e reúne críticas elogiosas, tendo integrado as listas de melhores filmes do ano (2020) por vários media especializados.

O documentário brasileiro “Babenco – Alguém tem de ouvir o coração e dizer: parou”, de Bárbara Paz, sobre o cineasta argentino radicado no Brasil, que dirigiu “O Beijo da Mulher Aranha”, também ficou fora da lista de candidatos.

De fora ficou também o candidato da Palestina, “Gaza, mon amour”, dos irmãos Tarzan Nasser e Arab Nasser, que contou com coprodução portuguesa. Os nomeados para a 93.ª edição dos Óscares serão anunciados a 15 de Março e a cerimónia acontecerá a 25 de Abril.

11 Fev 2021

Migração | Governo diz que o regime de entradas e saídas vai ficar na mesma, mas deputados duvidam

Os deputados querem esclarecimentos do Governo sobre os casos em que a polícia proíbe a entrada ou saída de pessoas de Macau. A notícia foi relatada pela Rádio Macau e está relacionada com a análise da 3.ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa ao novo regime de controlo da migração e das autorizações de permanência e residência.

Na teoria a proposta mantém as regras actuais e autoriza a polícia a recusar entradas com a justificação de ameaças à segurança interna, execução de “medidas de natureza securitária” ou quando tem “razões sérias para crer” que há intenção de praticar crimes. Só que agora os deputados querem confirmar se a lei apenas mantém o que está em vigor ou se acrescenta “situações especiais”. A explicação foi avançada pelo presidente da comissão, Vong Hin Fai.

“Quando alguém pretende entrar em Macau tencionando cometer um acto criminoso não há uma investigação criminal, nem um despacho de acusação. Não há um fundamento para aplicação da norma e, por isso, temos de esclarecer isto junto do Governo”, afirmou, citado pela Rádio Macau. Neste momento, os membros da comissão admitem igualmente ter dúvidas sobre os critérios que definem as ameaças à segurança interna. “Temos de perguntar aos representantes do Governo como vai ser aplicada esta norma”, indicou.

A razão do ser

Outro aspecto que levanta dúvidas prende-se com os motivos em que pode ser recusada a saída de Macau. Este é outro aspecto que não deve trazer novidades, mas os deputados pretendem a confirmação dessa interpretação.

“Temos de perguntar ao Governo ao Governo como vai ser na prática. Medidas cautelares têm mais que ver com processo civil. Se for no âmbito de um processo criminal, deve ser por ordem do tribunal”, esclareceu Vong Hin Fai.

No passado, a lei de segurança interna foi utilizada para impedir a entrada em Macau de activistas, escritores, académicos e jornalistas, sem as autoridades alguma vez tivesse prestado esclarecimentos de como interpretam as normas. Também o secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, já afastou por mais do que uma vez os pedidos de maior transparência, nomeadamente ao nível de entradas bloqueadas e diz que em nenhuma parte do mundo são dadas justificações.

10 Fev 2021

Covid-19 | Macau em busca da imunidade de grupo no arranque da vacinação

Quase todos os altos dirigentes de Macau foram ontem vacinados, com Ho Iat Seng a dar o exemplo. Todos os secretários do Governo, à excepção de André Cheong, tomaram a vacina, assim como o comissário contra a Corrupção e o procurador-geral. O objectivo é a imunidade de grupo, algo que poderá ser alcançado com a inoculação de metade da população

 

“Em termos físicos não senti nada de novo, sinto-me normal.” Assim foi a primeira reacção de Ho Iat Seng, após a toma da vacina da Sinopharm. O Chefe do Executivo foi primeiro, num dia que marca um virar de página no combate à pandemia da covid-19.

Apesar das orientações que ditam que se espere três a quatro semanas para receber a segunda dose da vacina, as reuniões da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês e da Assembleia Popular Nacional, em Pequim, vão adiantar o calendário da segunda dose para Ho Iat Seng, algo que deve acontecer no final deste mês, antes de partir para a capital. “Como vou estar em Pequim tenho de receber a vacina”, explicou.

O líder político da RAEM frisou à comunicação social, que encheu ontem os serviços de urgências do Centro Hospitalar Conde de São Januário, que a vacinação é voluntária, apesar do incentivo das autoridades.

Quanto ao potencial papel transformador da inoculação na economia local, Ho Iat Seng afirmou que “o objectivo principal é garantir a saúde da população”, mas que também é importante ter “conjuntura e bom ambiente para podermos desenvolver a economia”.

“Fomos uma das primeiras cidades a conseguir estas vacinas para a população, no final deste mês vamos ter mais doses. Algo que não seria possível sem o apoio do Governo Central. A vacina é, sem dúvida, a maior salvaguarda da saúde pública”, comentou.

Ontem ficou-se a saber que não existem limites de idade para a toma do fármaco. Novidade que implica a actualização do despacho do Chefe do Executivo que regula o programa de vacinação. Apesar de ainda faltar enquadramento legal, Ho garantiu não se estar a proibir a inoculação de pessoas com mais de 60 anos, algo que “cabe a cada um decidir, consoante” a sua própria vontade.

Governo a uma voz

A mensagem que foi passada ontem não deixa margem para dúvidas: a vacina é segura e todos a devem tomar para criar uma barreira imunitária.

Entre as mais 50 pessoas que tomaram a vacina na cerimónia pública, além de Ho Iat Seng, contaram-se os secretários para a Economia e Finanças, Assuntos Sociais e Cultura, Segurança e Transporte e Obras Públicas, o director Geral dos Serviços de Alfândega, o comissário contra a Corrupção, o procurador do Ministério Público, o comandante-geral dos Serviços de Polícia Unitários e o director dos Serviços de Saúde.

Só faltou o secretário para Administração e Justiça, porque alguém tinha de ficar a trabalhar, brincou o Chefe do Executivo durante a conferência de imprensa.

Nesta cerimónia foram ainda vacinados representantes do pessoal da linha de frente (profissionais de saúde, bombeiros, polícias, etc), os grupos com alto risco de exposição ocupacional (profissionais de aviação e transportes públicos, trabalhadores expostos a alimentos de cadeia de frio e alimentos frescos, professores e alguns funcionários dos casinos) que fizeram inscrições ‘online’ voluntárias.

Os restantes residentes podem inscrever-se, de forma voluntária, e o processo de vacinação arrancará gratuitamente no dia 22 de Fevereiro no hospital público e nos centros de saúdes.

Na fila de espera para tomar a vacina, no Centro Hospitalar Conde de São Januário, alguns médicos assistiam, sorridentes, em directo, através dos telemóveis, o momento em que era administrada a vacina ao chefe do Executivo.

O subchefe do Corpo de Bombeiros, Lai Hoi Man, enquanto aguardava a sua vez, descreveu o que sentiu. “Sinto-me honrado por ser vacinado, muitos dos meus colegas do Corpo de Bombeiros vão participar no programa de vacinação. Agradeço ao Governo e ao país por nos dar prioridade na vacinação”, afirmou. O soldado da paz referiu ainda não ter receios de reacções adversas e argumentou que as vacinas têm a taxa de protecção de 80 por cento, algo que o deixa tranquilo. “É uma segurança para mim, a minha família, e para a população de Macau”, testemunho.

À semelhança do bombeiro, Tam Pek Choi, subcomissária dos Serviços de Alfândega, em virtude das suas funções, está em contacto permanente com muitas pessoas. Além disso, passam pela sua supervisão contentores de produtos frios importados.

“Não estou preocupada com efeitos secundários, porque tenho confiança na pátria. Inscrevi-me na vacinação assim que tive oportunidade, porque estou na linha frente. Vou incentivar a minha família para serem vacinados, porque nós precisamos de nos proteger”, comentou ao HM.

Fiéis à Fidelidade

“Proteger-se a si mesmo, proteger a família, proteger Macau”, deu assim o mote, a secretária para Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieong U, minutos antes de tomar a vacina. O objectivo do lançamento do programa de vacinação em Macau, frisou, é “criar uma barreira imunológica da sociedade, proporcionando uma maior protecção à vida e à segurança da população”, cabendo ao Governo mostrar a confiança junto do público.

A secretária foi confrontada com a escolha da seguradora que vai cobrir eventuais reacções adversas à vacina, a Fidelidade Macau, uma vez que esta é detida pela Fosun, a empresa responsável pela importação para a China da vacina que está neste momento a ser administrada, e que é dona da empresa que produz a segunda vacina a chegar a Macau. Na óptica de Elsie Ao Ieong, o facto de haver uma ligação empresarial pode ser benéfico, porque a proximidade faz com que “compreendam muito melhor a vacina”, aumentando a confiança do público.

A secretária recordou ainda que o desafio de criar o seguro para cobrir reacções adversas e efeitos secundários foi lançado a 25 empresas e que houve um processo de selecção antes da escolha pela Fidelidade Macau.

O tempo e o espaço

Também após tomar a vacina, o director dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion, apelou à imunização da população e apontou estudos que garantem que esta pode ser atingida com cerca de 50 por cento da população vacinada.

O responsável adiantou que, até ontem, cerca de metade do pessoal médico de Macau estava registado para tomar a vacina, mas que a maioria do pessoal da linha da frente só será vacinado depois do ano novo chinês.

As questões logísticas do programa foram também abordadas pelo, com Lei Chin Ion a assegurar que vão ser disponibilizados mais locais para vacinação no futuro. Porém, o director dos Serviços de Saúde alertou para os desafios de organização do programa de vacinação, muito mais complexo que as exigências para realizar o teste de ácido nucleico.

“Depois de tomar a vacina é preciso uma observação de 30 minutos devido a eventuais reacções adversas. Além disso, antes da toma, o interessado tem de assinar um termo de consentimento. Por isso, é preciso um espaço com condições suficientes, além da necessidade de presença de uma equipa médica para tomar conta da pessoa se tiver reacções adversas”, alertou o Lei Chin Ion. O responsável afirmou ainda que não tem certezas se as instalações da MUST e Kiang Wu tem condições de espaço e disponibilidade para a vacinação.

Além da vacina da Sinopharm, o Governo de Macau deu “luz verde” também à compra da vacina de mRNA da Pfizer e BioNTech, comercializada na China pela empresa Fosun, e da AstraZeneca. Por outro lado, participa ainda no plano global de aquisição coletiva promovida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Aliança Global para Vacinas e Imunização (GAVI), para aquisição de algumas vacinas.

10 Fev 2021

Covid-19 | OMS diz ser improvável que vírus tenha escapado de laboratório

Um especialista da Organização Mundial da Saúde (OMS) disse hoje que é improvável que o novo coronavírus tenha escapado de um laboratório chinês, defendendo antes a possibilidade de ter sido transmitido por um animal.

O especialista em segurança alimentar e doenças animais da OMS Peter Ben Embarek fez um resumo da investigação levada a cabo por uma equipa de cientistas chineses e da OMS sobre as possíveis origens do novo coronavírus em Wuhan, a cidade chinesa onde os primeiros casos de covid-19 foram diagnosticados.

O Instituto de Virologia de Wuhan, um dos principais laboratórios de pesquisa de vírus da China, construiu um arquivo de informações genéticas sobre coronavírus em morcegos, após o surto da Síndrome Respiratória Aguda Grave, que surgiu no país asiático, em 2003.

Isto levou a alegações de que a covid-19 poderia ter saído daquelas instalações, teoria promovida pelo anterior presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Juntamente com cientistas do instituto, a equipa da OMS, que inclui especialistas de 10 países, visitou hospitais, institutos de pesquisa e o mercado de frutos do mar onde foram diagnosticados os primeiros casos.

“As nossas descobertas iniciais sugerem que a introdução, através de uma espécie hospedeira intermediária, é o caminho mais provável, o que exigirá mais estudos e pesquisas mais específicas”, disse Embarek. “No entanto, as descobertas sugerem que a hipótese de se tratar de um incidente num laboratório é extremamente improvável”, acrescentou.

Os investigadores chineses anunciaram que não encontraram o animal que está na origem do novo coronavírus. A transmissão para o ser humano a partir de um animal é provável, mas “ainda não foi identificada”, disse Liang Wannian, chefe da delegação de cientistas chineses.

Wuhan, cidade localizada no centro da China, diagnosticou os primeiros casos do novo coronavírus no final de 2019, no que as autoridades de saúde designaram então de “pneumonia por causa desconhecida”.

Os investigadores disseram não ter encontrado indícios da presença do vírus em Wuhan antes de os primeiros casos terem sido diagnosticados. “Nos dois meses anteriores a dezembro não há evidências de que o [vírus] estivesse a circular na cidade”, disse Liang, em conferência de imprensa da OMS sobre os resultados da sua investigação.

A missão da OMS sobre as origens da transmissão do vírus é importante para prevenir a ocorrência de futuras epidemias, mas só se concretizou passado mais de um ano depois de os primeiros casos terem sido diagnosticados.

Pequim continuou a negar os pedidos de uma investigação estritamente independente. A investigação é extremamente sensível para o regime comunista, cujos órgãos oficiais têm promovido teorias que apontam que o vírus teve origem em outros países.

A visita dos especialistas acontece depois de longas negociações com Pequim, que incluíram uma rara reprimenda por parte da OMS, que afirmou que a China estava a demorar muito para fazer os arranjos finais. A OMS já tinha alertado que seria necessário ter paciência antes de encontrar a origem do vírus.

10 Fev 2021

OMS anuncia hoje primeiros resultados sobre investigação quanto à origem do novo coronavírus

A equipa de especialistas da Organização Mundial de Saúde (OMS) que se encontra na China para tentar descobrir a origem da pandemia de covid-19 vai dar uma conferência de imprensa, anunciou hoje a instituição.

“A equipa internacional que procura compreender a origem do coronavírus associado à covid-19 e que termina a estada de 14 dias em Wuhan, na China, dará uma conferência de imprensa com os colegas chineses”, indica num comunicado a OMS, que acrescenta que o encontro com os jornalistas começará às 08:00 TMG.

Wuhan foi onde se reportaram os primeiros casos de covid-19 em Dezembro de 2019. A pandemia já provocou mais de 2,3 milhões de mortes entre os mais de 106 milhões de casos de contágio.

A missão para determinar a origem da transmissão do coronavírus aos humanos, considerada extremamente importante para tentar melhorar a luta contra uma possível nova epidemia, foi difícil de concretizar, uma vez que a China se mostrou muito relutante em permitir a presença dos especialistas mundiais de diferentes áreas, desde a epidemiologia à zoologia.

A autorização chegou um ano após a pandemia ter sido declarada. Pequim recebeu muito mal as críticas ao modo como lidou no início da crise, em particular os ataques muito virulentos de Donald Trump, enquanto Presidente dos Estados Unidos.

As autoridades chinesas indicam que têm estado a trabalhar há meses para acabar com as dúvidas sobre onde e como o coronavírus pode ter começado a infectar seres humanos. Tendo chegado à China em Janeiro, os especialistas da OMS foram seguidos por todo o lado por uma grande quantidade de jornalistas chineses e internacionais.

Os peritos puderam utilizar as redes sociais e ser entrevistados, tendo um deles, Peter Daszak, zoólogo que dirige a organização não-governamental EcoHelth, com sede em Nova Iorque, afirmado sexta-feira que a equipa teve acesso a todos os lugares que pretendia observar.

Entre esses lugares figurou o Instituto de Virologia de Wuhan, que os norte-americanos acusaram de ser a fonte da propagação do vírus, mas também o mercado de animais, onde os primeiros casos foram relatados. A OMS já avisou que é preciso ter paciência antes de encontrar uma possível resposta, mensagem reiterada por um membro da equipa, Hung Nguyen-Viet, em entrevista à agência noticiosa France-Presse (AFP).

“Estamos num processo e precisamos de tempo e de esforço para entender” o que aconteceu, explicou o especialista, co-director do Programa de Saúde Humana e Animal do Instituto Internacional de Pesquisa sobre Reprodução de Nairóbi. A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.316.812 mortos no mundo, resultantes de mais de 106 milhões de casos de infecção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

9 Fev 2021

Covid-19 | China soma 14 novos casos, todos oriundos do exterior

A Comissão de Saúde da China informou hoje que foram diagnosticados 14 casos de covid-19 nas últimas 24 horas, todos oriundos do exterior. Os casos registados pelas autoridades foram diagnosticados em viajantes oriundos do exterior, na cidade de Xangai (leste) e nas províncias de Guangdong (sudeste), Jiangsu (leste), Zhejiang (leste), Fujian (sudeste), Shandong (nordeste) e Sichuan (centro).

Pelo segundo dia consecutivo, o país não registou casos de infecção local. A Comissão de Saúde chinesa indicou que, até à meia-noite, o número total de infectados activos na China continental se fixou em 1.057, entre os quais 18 em estado grave.

Desde o início da pandemia, 89.720 pessoas ficaram infetadas na China, tendo morrido 4.636 doentes. A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.316.812 mortos no mundo, resultantes de mais de 106 milhões de casos de infecção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

9 Fev 2021

João Luís Barreto Guimarães vence prémio norte-americano de poesia Willow Run

A obra “Mediterrâneo”, de João Luís Barreto Guimarães, traduzida para inglês por Calvin Olsen, venceu o prémio Willow Run Poetry. João Luís Barreto Guimarães, 53 anos, é o primeiro autor português a ser distinguido com este galardão, e o terceiro poeta, sucedendo aos norte-americanos Roy Bentley, 67 anos, vencedor em 2019, e Carol Tyx, em 2018.

Em 2017, João Luís Barreto Guimarães foi o vencedor do Prémio de Poesia António Ramos Rosa, com “Mediterrâneo”, originalmente publicado em março de 2016, pela Quetzal.

Além do prémio pecuniário no valor de mil dólares, cerca de 830 euros, que o poeta vai receber, “Mediterrâneo” terá uma “publicação [ainda este ano] e distribuição no mundo anglo-saxónico, numa edição da Hidden River Press, de Filadélfia, dirigida pela escritora Debra Leigh Scott, que presidiu ao júri”, adianta a Quetzal Editores.

Ao Willow Run Poetry Book Award foram admitidos cerca 200 originais de poetas norte-americanos e de outras nacionalidades, em tradução para inglês, tendo sido selecionados 52 semifinalistas e 10 finalistas dos Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, África do Sul, Suíça, Japão, Índia, China e Portugal.

João Luís Barreto Guimarães, também tradutor e médico, arrecadou, em 2019, com a obra “Nómada”, o prémio de Melhor Livro de Poesia nos Prémios Bertrand. Em 2019, “Mediterrâneo” foi finalista do prémio literário italiano Camaiori Belluomini, à semelhança do seguinte do autor, “Nómada”, nomeado na categoria de Prémio Internacional. “Mediterrâneo” foi editado em Espanha, Itália, França e Polónia.

No final do ano passado, João Luís Barreto Guimarães foi o vencedor da primeira edição do Prémio Literário Armando da Silva Carvalho, instituído pelo município de Óbidos para premiar a poesia dos países lusófonos. Nascido no Porto, em 3 de Junho de 1967, João Luís Barreto Guimarães publicou o primeiro livro de poemas, “Há Violinos na Tribo”, em 1989, em edição de autor.

Seguiram-se “Rua Trinta e Um de Fevereiro” (1991), “Este Lado para Cima” (1994), “Lugares Comuns” (2000), a coletânea “3” (2001), “Rés-do-Chão” (2003), “Luz Última” (2006) e “A Parte pelo Todo” (2009), em editoras como a Quasi, Gótica e Lumiar. A “Poesia Reunida” (2011), já lançada pela Quetzal, congregou os primeiros sete livros originais do autor.

Em 2013 publicou “Você Está Aqui”, que a Quetzal definiu como “balanço poético e pessoal do homem e do poeta, aos 40 anos”, e que viria a ser publicado em Itália. A “Mediterrâneo” sucedeu-se “Nómada” (Quetzal, 2018), também publicado em Itália. Em 2019 publicou a antologia “O Tempo Avança por Sílabas”, obra igualmente publicada na Croácia, à qual se seguiu “Movimento” (Quetzal, 2020).

9 Fev 2021

Myanmar | Reino Unido e UE pedem reunião de emergência na ONU

O Reino Unido, a União Europeia e outros 19 membros do Conselho de Direitos Humanos da ONU convocaram esta segunda-feira uma reunião de emergência deste organismo para discutir a situação em Myanmar após o golpe militar. O pedido “é uma resposta ao estado de emergência imposto em Myanmar e à detenção arbitrária de políticos e membros da sociedade civil eleitos democraticamente”, disse o embaixador do Reino Unido nas Nações Unidas em Genebra, Julian Braithwaite.

“Temos de responder com urgência à provação pela qual o povo de Myanmar está a passar e à rápida deterioração da situação dos direitos humanos”, acrescentou o diplomata, durante uma reunião do Conselho, por videoconferência. A reunião deve ocorrer na quinta-feira, de acordo com uma mensagem na rede social Twitter de Dominic Raab, secretário de Negócios Estrangeiros britânico.

Dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas de Myanmar desde o golpe de Estado no início da semana passada, para protestar contra o regresso dos militares ao poder, apesar das inúmeras detenções e da censura na Internet. O embaixador disse que o grupo que propôs a reunião de emergência informará outros membros do Conselho sobre a redação de uma resolução conjunta.

A reunião de emergência – cujo pedido é validado desde que reúna pelo menos um terço dos 47 membros do Conselho – deve ser realizada antes do início da sessão regular do Conselho de Direitos Humanos, com sede em Genebra, que arranca no dia 22 Fevereiro.

Lei marcial imposta

A Junta Militar birmanesa decretou ontem a lei marcial após sucessivos protestos e uma greve geral em curso, que está a paralisar o país. Os militares declararam a lei marcial em pelo menos seis localidades, impondo o recolher obrigatório e proibindo reuniões com mais de cinco pessoas, bem como discursos públicos.

A medida, que afecta vários distritos de Rangum, a maior cidade e o centro económico do país, entrou também em vigor nas regiões de Mandalay, Monywa, Loikaw, Hpsaung e Myaungmya.

Ontem também, e pela primeira vez desde o golpe de Estado, o líder da Junta Militar birmanesa, Min Aung Hlaing, falou ao país para justificar o golpe de Estado, insistindo nas acusações anteriores de fraude eleitoral nas eleições de novembro de 2020, afirmando que a sublevação acabou por tornar-se “inevitável”.

Numa mensagem na televisão pública MRTV, o general golpista assegurou que, apesar de as anteriores eleições (2010 e 2015) terem sido justas e livres, as de 2020 “estiveram repletas de irregularidades”, e garantiu que prova disso foi a alta participação registada apesar da pandemia de covid-19. Min Hlaing pediu a todos os cidadãos que permaneçam “unidos como país” e que se foquem “nos factos e não nas emoções”.

Logo após o golpe de estado, o Exército de Myanmar (antiga Birmânia) prendeu parte dos membros do Governo eleito, entre eles a líder e Nobel da Paz Aung San Suu Kyi, cujo partido, a Liga Nacional para a Democracia (LND), venceu com 83%. O exército disse ter descoberto “mais de 10 milhões de casos de fraudes” e exigiu à Comissão Eleitoral a publicação das listas eleitorais para conformação, o que o órgão encarregado do escrutínio recusou. No discurso, o militar, de 64 anos, denunciou a existência de “mais de 200 fraudes” e prometeu investigar as supostas irregularidades, além de ter como missão combater a gerir a crise pandémica e restaurar o crescimento económico.

“Enquanto salvamos o país durante um tempo, não alteraremos nenhuma política externa, administrativa ou económica. Vamos continuar como dantes”, frisou, tendo como pando de fundo a promessa de realizar novas eleições gerais dentro de um ano.

Min Hlaing referiu-se também à situação da minoria muçulmana rohingya, sem a mencionar explicitamente, e garantiu que está a trabalhar com as autoridades do Bangladesh para que os deslocados possam ser repatriados “logo que possível”. Após uma operação de repressão militar lançada em agosto de 2017, no estado de Rakhine, no nordeste do país, mais de 725.000 rohingya fugiram para o vizinho Bangladesh. A intervenção do líder golpista surge no meio da condenação internacional e de protestos maciços contra a sublevação militar.

Há cerca de uma década, os militares, que governaram o país com ‘mão de ferro’ entre 1962 e 2011, desenharam uma “democracia disciplinada” sem terem renunciado totalmente ao poder. Apesar da realização de eleições democráticas, o Exército tinha 25% das cadeiras no Parlamento e os Ministérios do Interior, Fronteiras e Defesa.

9 Fev 2021

China publica regras anti-monopólio para regular o sector digital

A China publicou esta segunda-feira várias normas que visam “prevenir e barrar práticas monopolistas” de plataformas digitais, numa altura em que várias empresas do sector digital foram multadas por este tipo de conduta. Estas directrizes proíbem, por exemplo, as empresas de forçar os clientes a escolher entre duas plataformas ou vendas abaixo do custo de aquisição, como forma de concorrência desleal.

A Administração Estatal de Regulação do Mercado indicou que os regulamentos visam “proteger a concorrência no mercado” e “salvaguardar os interesses do consumidor e do público”.

Em Dezembro passado, o regulador multou os grupos Alibaba e Tencent por não cumprirem os procedimentos anti-monopólio na aquisição de outras empresas. Um porta-voz da agência disse na altura que, “embora o valor das multas seja relativamente baixo”, sinalizam uma fiscalização mais forte do sector.

9 Fev 2021

Xunzi 荀子 – Elementos de ética, visões do Caminho

O Enriquecimento do Estado, Parte II

 

O modo de assegurar a suficiência do estado é manter frugais os gastos, enriquecer o povo e guardar bem quaisquer excedentes. Os gastos mantêm-se frugais através do ritual e o povo é enriquecido através da governação. Quando se enriquece o povo, serão grandes os excedentes.

Pois quando se enriquece o povo este terá riqueza. Quando o povo é rico, os campos serão fartos e bem mantidos. Quando os campos são fartos e bem mantidos, a sua produção será cem vezes maior. Os superiores tiram segundo o modelo apropriado e os inferiores mantêm os seus gastos frugais de acordo com o ritual. E então os excedentes se acumularão como colinas e montanhas. Se parte deles não for gasta ocasionalmente, não haverá sequer onde os guardar. Por que se preocuparia então a pessoa exemplar com a falta de excedentes? Aquele que souber como manter frugais os gastos e enriquecer o povo terá a reputação de ser ren [humano] e yi [justo], de ser sage e ser bom, dispondo, além disso, de riqueza acumulada como colinas e montanhas. Não há outra razão para estas coisas; são o produto de se manterem frugais os gastos e de se enriquecer o povo.

Se não se souber manter frugais os gastos e enriquecer o povo, então o povo será pobre. Quando o povo é pobre, os campos serão parcos e daninhos. Quando os campos são parcos e daninhos, não darão sequer metade do que é normal. Então, mesmo que os superiores gostem de tirar do povo, invadindo-o e dele roubando, a sua colheita será esparsa e haverá mesmo alguns que tentarão manter frugais os gastos sem ritual. Como resultado, terão a reputação de serem gananciosos por lucro e rapaces, sendo o seu verdadeiro ganho esvaziado e exaurido. Não há outra razão para estas coisas senão o desconhecimento de como manter frugais os gastos e enriquecer o povo. O “Anúncio ao Príncipe Kang” diz, “Quão vastamente cobre o Céu todas as coisas! Segue a virtude e enriquecerás a tua pessoa”. Isto exprime o que quero dizer.

No ritual, a nobreza e a plebe têm o seu estatuto próprio, anciãos e jovens têm a sua distância própria, ricos e pobres, humildes e eminentes, todos têm o seu peso próprio. Assim, o Filho do Céu usa uma veste-dragão vermelha e chapéu alto cerimonial. Os senhores feudais usam vestes-dragão negras e chapéus altos cerimoniais. Os oficiais usam chapéus de pele e vestes simples. De oficial para cima, todos devem ser regulados pelo ritual e pela música. As massas e plebe devem ser controladas por disposições legais.

Depois de estimar o território, estabelece-se o estado. Depois de calcular os benefícios, eleva-se o nosso povo. Certificamo-nos de que as pessoas são adequadas às suas tarefas e que dessas tarefas surgem benefícios, sendo estes suficientes para nutrir o povo. Certificamo-nos de que em todos os casos os lucros e despesas em roupa, comida e bens variados se adequam uns aos outros, certificando-nos de guardar quaisquer excedentes no tempo certo. A isto se chama “um arranjo equilibrado”, o qual estendemos desde o Filho do Céu até à plebe, independentemente da grandeza ou pequenez das suas tarefas. Por isso se diz, “Na corte ninguém obtêm a sua posição por sorte. Entre o povo, ninguém ganha a vida por sorte”. Isto exprime o que quero dizer. Aligeira os impostos sobre os campos, faz justas as tarifas nos mercados e passagens [de montanha], reduz o número de mercadores, faz por raramente usar trabalho forçado e não requisites as pessoas em tempo de trabalho agrícola. Se fizermos estas coisas, o estado será rico. E a isto se chama enriquecer o povo através da governação.

 

Nota

Xunzi (荀子, Mestre Xun; de seu nome Xun Kuang, 荀況) viveu no século III Antes da Era Comum (circa 310 ACE – 238 ACE). Filósofo confucionista, é considerado, a par do próprio Confúcio e Mencius, como o terceiro expoente mais importante daquela corrente fundadora do pensamento e ética chineses. Todavia, como vários autores assinalam, Xunzi só muito recentemente obteve o devido reconhecimento no contexto do pensamento chinês, o que talvez se deva à sua rejeição da perspectiva de Mencius relativamente aos ensinamentos e doutrina de Mestre Kong. A versão agora apresentada baseia-se na tradução de Eric L. Hutton publicada pela Princeton University Press em 2016.

9 Fev 2021