Hoje Macau Manchete SociedadeNatal | Restaurantes portugueses ajudam a matar saudades Os restaurantes portugueses em Macau querem ajudar a comunidade portuguesa, que não pode sair do território devido à covid-19, a esquecer as saudades de ‘casa’ neste Natal Normalmente, por esta altura, era comum a comunidade portuguesa que reside em Macau regressar a Portugal por ocasião do Natal para passar as férias com as suas famílias. Contudo, pelo segundo Natal consecutivo, milhares de portugueses não o poderão fazer: Macau, que tem seguido a política de zero casos de covid-19, impõe quarentenas de regresso que podem chegar a 35 dias dentro de um quarto de hotel e não permite sequer a entrada a quem teve covid-19 nos últimos dois meses. “Peru, leitão, cabrito e uns bolinhos: rabanadas, bolo de cenoura com frutos secos e o nosso pão de ló habitual”, é a receita que o restaurante Mariazinha vai levar a mais de 50 famílias portuguesas no dia 24 de Dezembro, contou à Lusa Nelson Rocha, o responsável do estabelecimento da península de Macau, a poucos metros das famosas Ruínas de São Paulo e do Largo do Senado. “Preparamos o take away para as famílias, muita gente opta por ficar em Macau, especialmente este ano que não há hipótese de sair com facilidade, e nós fazemos sempre bastante comida para o dia 24 para as pessoas levarem para casa e fazerem o seu jantar de Natal em casa”, explicou, esperando que isso seja uma ajuda para que a comunidade ‘mate’ um bocadinho as saudades de Portugal. Já no icónico O Santos, o restaurante situado há 32 anos no coração da ilha da Taipa, a promessa, além das encomendas para fora, é estar de portas e braços abertos para acolher a comunidade na véspera de Natal. “Este Natal é um Natal muito diferente para mim e para quase toda a nossa comunidade que vivemos aqui nesta teia de protecção por causa da covid-19, já o ano passado assim foi e este ano também”, admitiu o senhor Santos, prometendo “estar de braços abertos à espera de todos e desejar a todos um feliz Natal” “E quando entrarem aqui já sabem que têm aquele abraço apertadinho (…) se quiserem vir aqui jantar na noite de Natal estarei aqui à vossa espera de braços abertos”, frisou Santos, uma das figuras mais conhecidas da comunidade portuguesa residente no antigo território administrado por Portugal. O alentejano de Montemor-o-Novo admitiu que estes dois últimos anos não têm sido de todo fáceis para a comunidade e que tenta ajudar o mais que pode, na medida do possível: “todos os natais eu estou aqui e então estes dois mais que nunca agarrado à nossa comunidade, à malta de Macau portuguesa e há muita malta que não pode sair daqui. Ou melhor, pode sair, mas para voltar vai ter de cumprir aquelas regras”, afirmou. Quarto minguante O poder de compra e o próprio número de portugueses no território tem criado dificuldades aos restaurantes portugueses, admitiram os dois responsáveis. Nelson Rocha sente que as pessoas estão a fazer reservas menores para este ano, fruto “da componente financeira, as pessoas também estão um bocado preocupadas e eu acho que não gastam tanto”. Já Santos, nota que cada vez tem vistos mais portugueses a irem despedir-se ao seu restaurante. “A nossa comunidade cada vez é menor, cada vez há menos trabalho”, sublinhou.
Hoje Macau PolíticaAfastado director adjunto do Gabinete de Ligação em Macau Um dos diretores adjuntos do Gabinete de Ligação do Governo Central chinês em Macau foi afastado do cargo, noticiou na sexta-feira a agência oficial chinesa Xinhua. O anúncio do Conselho de Estado chinês sobre nomeações e demissões limitou-se a referir o afastamento de Yao Jian, sem mencionar a razão para o afastamento. Nascido em 1962, em Pequim, Yao Jian trabalhou no Ministério do Comércio chinês, entre 2010 e 2014, em diferentes funções. Estava em Macau desde agosto de 2014 quando foi nomeado diretor adjunto do Gabinete de Ligação do Governo Popular Central na Região Administrativa Especial de Macau (RAEM).
Hoje Macau China / ÁsiaTufão que atingiu as Filipinas causou pelo menos 146 mortos O tufão mais forte que atingiu as Filipinas, este ano, causou pelo menos 146 mortos, e o governador de uma província insular especialmente atingida pelo Raí disse que o número de vítimas pode subir. O governador Arthur Yap, da província de Bohol, no centro das Filipinas, disse que 72 pessoas morreram na sua circunscrição, 10 outras estavam desaparecidas e 13 feridas. Segundo afirmou o responsável, o número as mortes ainda pode aumentar consideravelmente, porque apenas 33 dos 48 prefeitos foram capazes de dar uma resposta, já que as comunicações estão interrompidas. Em declarações colocadas na rede social Facebook, Yap ordenou que os prefeitos da sua província, de mais de 1,2 milhão de pessoas, evocassem os seus poderes de emergência para garantir porções de comida para um grande número de pessoas e água potável, que foram procurados com urgência em várias cidades duramente atingidas. Depois de sobrevoar cidades devastadas pelo tufão, Yap disse que “está muito claro que os danos sofridos por Bohol são grandes e abrangentes”. Yap disse que a inspeção inicial não cobriu quatro cidades onde o tufão atingiu as províncias das ilhas centrais na quinta e sexta-feira. O Governo disse que cerca de 780.000 pessoas foram afetadas, incluindo mais de 300.000 residentes que tiveram que evacuar as suas casas. Pelo menos 64 outras mortes, devido ao tufão, foram relatadas pela agência de resposta a desastres, a polícia nacional e autoridades locais. A maioria foi atingida pela queda de árvores e paredes desabadas, afogou-se em enchentes ou foi soterrada por deslizamentos de terra. As autoridades nas ilhas Dinagat, uma das províncias do sudeste primeiro atingidas pelo tufão, relataram separadamente 10 mortes apenas em algumas cidades, elevando o número total de mortes até agora para 146. O Presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, viajou para a região no sábado e prometeu 2 bilhões de pesos (40 milhões de dólares norte-americanos) em ajuda. Na sua fase mais forte, o tufão teve ventos sustentados de 195 quilómetros por hora e rajadas de até 270 quilómetros por hora, tornando-se um dos mais poderosos dos últimos anos a atingir o arquipélago sujeito a desastres, que fica entre o Oceano Pacífico e o Mar da China Meridional. As enchentes aumentaram rapidamente na cidade ribeirinha de Bohol, na ilha de Loboc, onde os residentes ficaram presos nos telhados e nas árvores, tendo sido resgatados pela guarda-costeira no dia seguinte. Nas ilhas Dinagat, um oficial disse que os telhados de quase todas as casas, incluindo abrigos de emergência, foram danificados ou totalmente destruídos. Pelo menos 227 cidades ficaram sem eletricidade, que foi restaurada em apenas 21 áreas, disseram as autoridades, acrescentando que três aeroportos regionais foram danificados, dois dos quais permanecem fechados. As mortes e os danos generalizados deixados pelo tufão antes do Natal naquela nação, maioritariamente católica, trouxeram de volta memórias da catástrofe infligida por outro tufão, o Haiyan, um dos mais poderosos já registados. Atingiu muitas das províncias centrais que foram afetadas na semana passada, vitimando mortalmente mais de 6.300 pessoas em novembro de 2013. O Papa Francisco expressou a sua solidariedade com o povo das Filipinas, referindo-se ao tufão “que destruiu muitas casas”. Cerca de 20 tempestades e tufões assolam as Filipinas todos os anos. O arquipélago também se encontra ao longo da região sismicamente ativa do “Anel de Fogo” do Pacífico, tornando-o um dos países mais suscetíveis a calamidades naturais.
Hoje Macau Manchete SociedadeRai | SMG prevê sinal 1 até ao final da manhã Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) prevêem içar até ao final da manhã de hoje o sinal número 1 de tufão, devido à passagem do ciclone tropical Rai. Segundo a estimativa, esperava-se que até ao final desta manhã o Rai estivesse a menos de 800km de Macau, e apesar de ir perder força, as chuvas devem afectar o território até amanhã. Ainda esta noite, os SMG dizem que há hipóteses de haver cheias na Zona do Porto Interior.
Hoje Macau PolíticaJustiça | RAEM e Supremo Tribunal Popular assinam cooperação A Região Administrativa Especial de Macau e o Supremo Tribunal Popular assinaram um acordo para o reforço do intercâmbio e da cooperação na área jurídica e judiciária. A cerimónia de assinatura foi divulgada na sexta-feira pelo Gabinete do Secretário para a Administração e Justiça, embora o texto não tenha sido disponibilizado. Segundo o Governo, a assinatura da acta da reunião permite “intensificar o intercâmbio e a cooperação com o Interior da China na área jurídica e judiciária, assegurando o desenvolvimento da Região da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e a Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin”. Sobre a cooperação, o Executivo indicou que foca “a prossecução conjunta na articulação de diplomas legais, de sistemas judiciários e de diversos mecanismos entre as duas regiões”, o “estabelecimento de um mecanismo aperfeiçoado de resolução para litígios diversificados em matéria comercial transfronteiriça”, além da “promoção do papel de Macau e dos países e regiões de língua portuguesa como plataforma”. A assinatura do acordo foi testemunhada pelo Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, e pelo Presidente do Supremo Tribunal Popular, Zhou Qiang.
Hoje Macau China / ÁsiaFilipinas | Pelo menos 75 mortos à passagem do tufão Rai Pelo menos 75 pessoas morreram nas Filipinas devido à passagem do tufão Rai, o mais forte a atingir o país este ano, disseram hoje as autoridades. O governador da ilha turística de Bohol (centro), Arthur Yap, anunciou, na sua página da rede social Facebook, que 49 pessoas tinham morrido e dez estavam desaparecidas nesta província, o que eleva para 75 mortos o balanço provisório da catástrofe. “As comunicações continuam cortadas. Apenas 21 de 48 municípios entraram em contacto connosco”, adiantou. O tufão, com ventos sustentados de 195 quilómetros por hora (km/h), atravessou o centro e o sul das Filipinas, na quinta e na sexta-feira, obrigando cerca de 300 mil pessoas a fugir de casa. Fotos aéreas divulgadas pelas forças armadas filipinas mostram que o rasto de destruição deixado pela tempestade tropical, que arrancou árvores, telhados e postos elétricos, antes de avançar no sábado para o mar do Sul da China, em direção ao Vietname. Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) de Macau alertaram já que o Rai vai entrar “na zona de alerta de 800 quilómetros de Macau na segunda-feira”, prevendo que a tempestade enfraqueça gradualmente, apesar de ainda existirem “grandes incertezas quando à sua intensidade”. O Rai ocorre particularmente tarde para a habitual época em que a maioria das tempestades tropicais se formam no oceano Pacífico, entre julho e outubro. A comunidade científica tem vindo a alertar para a crescente intensidade destes fenómenos, relacionada com o aumento do aquecimento global causado pela ação humana. As Filipinas, consideradas um dos países mais vulneráveis às alterações climáticas, são atingidas todos os anos por cerca de 20 tufões, que causam vítimas e danos. Em 2013, o supertufão Hayan causou mais de 7.300 mortos ou desaparecidos.
Hoje Macau China / ÁsiaPelo menos 22 pessoas presas em mina de carvão ilegal no centro da China Pelo menos 22 pessoas ficaram presas numa mina ilegal de carvão, em Xiaoyi, no centro da China, noticiou hoje a cadeia estatal chinesa CCTV. O acidente ocorreu às 23:00 de quarta-feira numa mina em Xiaoyi, na província de Shaanxi, onde estão já a trabalhar equipas de socorro. Contudo, o trabalho de drenagem do local está a ser dificultado pela ausência de informações claras sobre o terreno da mina ilegal e pela descida das temperaturas, que vão cair hoje para menos 10º Celsius, de acordo com a CCTV. A exploração mineira irregular continua a ser um problema persistente no país, apesar dos esforços, nos últimos anos, do Governo chinês para o erradicar. Recentemente, a província de Shaanxi anunciou várias inspeções para pôr fim à mineração ilegal na região, um dos maiores produtores de carvão da China. As autoridades querem também garantir que as empresas mineiras não excedem as quotas de produção de carvão, cujo preço atingiu níveis recorde no país em outubro. As centrais elétricas a carvão são responsáveis por cerca de 60% da produção de energia na China. No ano passado, o Presidente chinês, Xi Jinping, comprometeu-se a atingir a neutralidade de carbono até 2060.
Hoje Macau China / ÁsiaOlaf Scholz diz que Alemanha e Europa dão à China “competição económica justa” Olaf Scholz, o novo chanceler alemão que substitui Angela Merkel no cargo, fez ontem o seu primeiro discurso no parlamento e disse que a Alemanha e a Europa oferecem a Pequim uma “competição económica justa em benefício de ambas as partes” e “com as mesmas regras do jogo para todos”, bem como em desafios globais como a crise climática e a pandemia, sem que isso implique ignorar a situação dos direitos humanos na China. Sobre a ascensão da China como potência tecnológica e militar, Scholz destacou que a UE deve orientar a sua política com base nessa realidade. Por outro lado, Scholz expressou “grande preocupação” com o conflito na fronteira russo-ucraniana, garantindo que a Alemanha está pronta para um “diálogo construtivo” com Moscovo, algo que não deve ser mal interpretado como uma nova ‘Ostpolitik’ alemã”. “Uma ‘Ostpolitik’ numa Europa unida só pode ser uma ‘Ostpolitik’ europeia”, sustentou., Naquela que foi a sua primeira declaração no Bundestang, antes de se estrear nas reuniões do Conselho Europeu, que começam esta quinta-feira, Scholz garantiu que trabalhará pela União Europeia (UE), relações inter-atlânticas e progresso. O futuro e o bem-estar europeu “é uma questão nacional” e “a coesão e a soberania são as tarefas da Europa”, afirmou o chanceler antes da sessão plenária do Bundestag (Câmara Baixa). Scholz defende que, pela sua história e também como principal economia do centro do continente europeu, a Alemanha tem a responsabilidade de não ficar à margem do processo. Pelo contrário, prosseguiu, tem de “construir pontes” nos moldes dos seus antecessores. “Para se fazer ouvir e não se tornar um mero brinquedo para potências estrangeiras, a UE tem de estar unida”, sustentou. Mais acção precisa-se Scholz salientou a necessidade de a Europa aumentar a sua capacidade de acção, para o que deve ser regra a possibilidade de decidir no Conselho por maioria qualificada em todas as áreas, o que “não significa uma perda, mas sim uma maior soberania”. O novo chanceler alemão defendeu ainda uma “cultura política europeia de debate construtivo”, que vise encontrar “sempre o melhor caminho”, indo “além dos interesses nacionais, mas sem deixar de respeitar a história e a diversidade”, tendo ainda a “consciência” daquilo que une os europeus. Scholz considerou os Estados Unidos como o “parceiro mais importante” da UE, garantindo que, ao Presidente norte-americano Joe Biden, o une o convencimento de que as democracias liberais “têm de demonstrar novamente que podem oferecer melhores e as mais justas respostas” para os desafios do século XXI. “A amizade germano-norte-americana e a NATO [Organização do Tratado do Atlântico Norte] são o alicerce inalienável da nossa segurança”, afirmou, acrescentando que o Governo alemão irá defender sempre as instituições que representam o multilateralismo. Para o chanceler, a segurança europeia e transatlântica “andam de mãos dadas”, razão pela qual garantiu que a Alemanha apoia uma nova Declaração Conjunta da UE e da NATO. Mudança é possível Scholz garantiu que a mudança e renovação prometidas pelo novo Governo serão possíveis, apesar da situação de pandemia, ao mesmo tempo que apelou à população para que reduza os contactos, se vacine e que faça exames para combater a atual quarta vaga de covid-19. Scholz negou que a sociedade esteja dividida e afirmou que a maioria dos cidadãos está a comportar-se na pandemia de forma “solidária, sensata e cautelosa”, embora reconheça que há uma minoria de negacionistas que se dedica a divulgar teorias da conspiração e a desinformar. “Não permitiremos que uma pequena minoria de extremistas em fuga tente impor a sua vontade a toda a sociedade”, advertiu, garantindo que o governo os enfrentará com todos os meios do Estado democrático e de direito. Por outro lado, Scholz garantiu que o seu Executivo será “um Governo do progresso”, tanto técnico quanto social e cultural, e que a década de 2020 será um período de mudança, renovação e transformação. “No século XXI, não precisamos de menos, mas de mais progresso, mas precisamos de um progresso melhor e mais inteligente”, concluiu.
Hoje Macau China / ÁsiaMilhares de filipinos procuram refúgio com aproximação de tufão Rai O tufão severo Rai, com ventos fortes e chuvas torrenciais, aproximava-se hoje do centro e sul das Filipinas, forçando dezenas de milhares de pessoas a fugir de casa, disseram as autoridades. Existe a possibilidade de este tufão também passar por Macau, mas o seu percurso e intensidade são ainda incertos, conforme avançaram, há dias, os Serviços Meteorológicos e Geofísicos numa nota à imprensa. De acordo com a agência de meteorologia filipina, o Rai poderá registar ventos sustentados de 165 quilómetros por hora (km/h) e rajadas que atingir os 195 km/h quando tocar terra esta tarde na ilha turística de Siargao. “Ventos destrutivos podem causar danos moderados a graves nas estruturas e na vegetação”, alertou a agência, destacando também a possibilidade de ocorrerem fortes inundações ao longo da linha costeira. Mais de 45 mil pessoas deixaram as suas casas para procurar abrigo, incluindo muitos turistas que se encontram na região, conhecida pelas praias e locais de mergulho, de acordo com a Agência Nacional de Prevenção de Catástrofes das Filipinas. O Rai formou-se já fora da habitual época, entre julho e outubro, para a maioria dos ciclones tropicais no oceano Pacífico. Este tufão deverá atravessar as Filipinas de leste a oeste nos próximos dias, passando pelas ilhas de Mindanao e Palawan, antes de se deslocar sobre o mar do Sul da China em direção ao Vietname. Considerado um dos países mais vulneráveis ao aquecimento global e alterações climáticas, as Filipinas são atingidas por cerca de 20 tufões por ano, sofrendo danos em casas, culturas e infra-estruturas em áreas já empobrecidas.
Hoje Macau EventosActor Rogério Samora morre aos 63 anos O actor Rogério Samora morreu ontem, aos 63 anos, noticiou a estação de televisão SIC, que transmite a telenovela “Amor, Amor”, de cujo elenco fazia parte. A morte do actor acontece poucos meses depois de ter sofrido uma paragem cardiorrespiratória, quando se encontrava nas gravações daquela telenovela do horário nobre da SIC, na qual interpretava a figura de Cajó, contracenando com actores como Rita Blanco e Ricardo Pereira. Rogério Samora contava mais de 40 anos de carreira, com um percurso marcado pela participação em dezenas de telenovelas e outras produções televisivas, como “Nazaré” e “Mar Salgado”, da SIC, “Flor do Mar” ou “Fascínios”, da TVI, depois de se ter estreado em televisão, na RTP, em 1982, em “Vila Faia”. O percurso de Rogério Samora teve, porém, início no teatro, na antiga Casa da Comédia, e apresenta alguns dos seus mais importantes papéis no cinema, em filmes de Fernando Lopes e de Manoel de Oliveira. Nascido em Lisboa, em 28 de Outubro de 1958, fez o curso de Teatro do Conservatório Nacional, e estreou-se no final da década de 1970, na peça “A Paixão Segundo Pier Paolo Pasolini”, de René Kalisky, levada a cena na Casa da Comédia, sob a direcção de Filipe La Féria. O desempenho valeu-lhe o seu primeiro prémio, em 1981, o de Actor Revelação, da Associação Portuguesa de Críticos de Teatro. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou a “morte precoce” de Rogério Samora, considerando “uma grande perda” para o público português de “um dos mais carismáticos actores da sua geração” e que “deixou marca”. “A morte precoce de Rogério Samora, um dos mais carismáticos actores da sua geração, é uma grande perda para os seus familiares e amigos, mas também para o público português de teatro, cinema e televisão, que nele encontrou, há décadas, um intérprete de eleição”, refere Marcelo Rebelo de Sousa, através de uma nota publicada no ‘site’ da Presidência. O chefe de Estado envia as suas “sentidas condolências” à família e amigos de Rogério Samora, que considera “uma presença forte, afirmativa, um ator que deixou marca, em particular no registo por natureza mais perene, que é o do cinema”. “O que permitirá às gerações futuras entender a admiração e a estima que por ele tiveram os espectadores do nosso tempo”, defende também.
Hoje Macau SociedadeObservatório da China considera Macau essencial na ligação com a lusofonia A RAEM é essencial nas ligações entre a China e a lusofonia devido à sua história, considerou ontem o presidente do Observatório da China. “Macau, é conhecido de todos na lusofonia, é um parceiro privilegiado” da China com os países de língua portuguesa, como “facilitador de negócios”, salientou Rui Lourido à agência Lusa. O responsável do Observatório da China destacou o papel de Macau no âmbito do Fórum Macau – Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) -, organização crucial na estratégia que liga a China à lusofonia através da iniciativa conhecida como “nova rota da seda”. Na III Conferência Internacional de Cooperação Portugal–China, que decorreu ontem em Lisboa, promovida pela Câmara de Cooperação e Desenvolvimento Portugal–China e o Observatório da China, Rui Lourido salientou que a China não é uma presença nova em África, uma vez que apoiou os movimentos de descolonização, inclusive nas antigas colónias portuguesas. O responsável considerou que a China é dos maiores parceiros comerciais de África, tendo ultrapassado os Estados Unidos da América em 2009, sendo também o principal parceiro comercial da África do Sul. Rui Lourido explicou que o país não se interessa apenas por matérias-primas, mas também por indústria, serviços e infraestruturas. O investimento directo chinês na indústria africana aumentou 9,9 por cento entre 2020 e 2021. Contributo de peso Segundo Rui Lourido, 20 anos após a entrada da China na Organização Mundial de Comércio, o país contribuiu cerca de 30 por cento para o crescimento mundial. “A China mudou a estrutura do comércio multilateral, bem como a direcção dos fluxos de trocas globais. Fez aumentar a presença dos países emergentes no cenário económico internacional e beneficiou milhões de pessoas em todo o mundo. Foi benéfico para os países desenvolvidos, incluindo os Estados Unidos da América”, frisou Lourido. Segundo os dados da alfândega chinesa, relativamente à relação entre a China e os PALOP, entre Janeiro e Agosto de 2020, o principal país com trocas comerciais é o Brasil, seguindo-se Angola, Portugal, Moçambique, Timor-Leste, Guiné-Bissau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. Foi ainda frisado que o rendimento de Macau vem do jogo, mas esta região defende a herança portuguesa, tendo áreas históricas protegidas pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura).
Hoje Macau SociedadeSuncity com acordo para vender jacto por 10 milhões de USD O Grupo Suncity Holdings chegou a acordo para vender um jacto particular por 10 milhões de dólares americanos, o equivalente a cerca de 77 milhões de dólares de Hong Kong. O anúncio foi feito durante a manhã de ontem em comunicado à Bolsa do território vizinho. A venda será feita através da companhia Golden Medal, subsidiária do Grupo Suncity com sede nas Ilhas Virgens Britânicas. O comprador é a empresa Jetcraft Global, do Reino Unido, que tem como actividade a venda, aluguer e leasing de aviões. O preço da venda está abaixo do praticado no mercado, que actualmente é de 11 milhões de dólares. Este aspecto é reconhecido no comunicado enviado à Bolsa de Hong Kong, e a avaliação tem por base a plataforma online Aircraft Blue Book. Além disso, a Suncity admite pagar até 1 milhão de dólares norte-americanos por qualquer reparação necessária no acto da entrega. Na altura em que o avião entrou ao serviço, em 2010, um modelo de origem do Bombardier Global 5000 custava cerca de 40 milhões de dólares americanos. Actualmente, um modelo novo custa cerca de 50 milhões de dólares. O Bombardier Global 5000 tem capacidade para transportar 13 passageiros e mede 30 metros. A aeronave apresenta ainda uma autonomia que lhe permite voar 9.630 quilómetros e atingir uma velocidade máxima de 1.099 quilómetros por hora. Império Financeiro Também ontem, o portal Inside Asian Gaming noticiou que a Sun International Group, empresa de serviços financeiros que até ao escândalo Suncity era propriedade de Alvin Chau, anunciou uma nova imagem. A Sun International vai passar a denominar-se Imperium Financial Group, decisão votada pelos accionistas. A Imperium Financial Group tem como maior accionista, e presidente, Cheng Ting Kong que nos últimos dias assumiu o controlo de uma participação social de 62,82 por cento, que antes era dividida com Alvin Chau, através da companhia First Cheer Holdings. Cheng Ting Kong é ainda parceiro de Alvin Chau na empresa de Hong Kong Fame Select.
Hoje Macau PolíticaEmpregadas | Lei Chan U quer reforço da formação No seguimento do caso de agressão de uma empregada doméstica a uma criança, tornado público esta semana, Lei Chan U quer que o Governo reforce a formação profissional das empregadas domésticas e promova o conhecimento da lei. Em interpelação escrita, o deputado pediu ainda que o Governo pondere seguir as passadas de Hong Kong, no que diz respeito à entrada de empregadas domésticas estrangeiras no território. Segundo o deputado, o Executivo devia permitir a entrada no território de empregadas estrangeiras inoculadas com duas doses da vacina contra a covid-19 e resultado negativo ao teste de ácido nucleico. “O mercado está a ficar desequilibrado, em termos de oferta e procura e, por isso, os salários estão a aumentar, tornando impossível encontrar candidaturas apropriadas porque durante dois anos não entraram empregadas domésticas estrangeiras em Macau”, pode ler-se na interpelação.
Hoje Macau PolíticaFinanças | Inaugurada central de depósito de valores mobiliários Macau inaugurou ontem uma central de depósito de valores mobiliários, com o objectivo de desenvolver o mercado de obrigações e de consolidar a plataforma de serviços financeiros entre a China e os países lusófonos. Presente na cerimónia, organizada pela Autoridade Monetária de Macau e pela China Central Depository & Clearing Co, o secretário para a Economia e Finanças no território afirmou que esta entrada em funcionamento “permite consolidar as bases para o desenvolvimento do mercado de obrigações de Macau e da plataforma de prestação de serviços financeiros entre a China e os países de língua portuguesa”. Lei Wai Nong frisou ainda que o território vai conseguir responder “às necessidades manifestadas pelos emitentes do Interior da China e os investidores internacionais, no que respeita aos investimentos e financiamentos”. A meta, observou, é a “diversificação adequada da economia de Macau”, num território com uma economia que depende praticamente em exclusivo do jogo em casino. Por sua vez, o presidente e CEO do Banco Nacional Ultramarino (BNU), Carlos Cid Alvares, afirmou que com a chegada da central de depósito de valores mobiliários o objectivo do banco passa por “encontrar empresas que queiram emitir obrigações em Macau”. Carlos Cid Alvares sublinhou também a “ambição de ligar este mercado aos Países de Língua Portuguesa”.
Hoje Macau China / ÁsiaPresidente das Filipinas retira candidatura às eleições para o Senado O Presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, retirou a candidatura às eleições para o Senado em 2022, anunciou esta terça-feira a comissão governamental de supervisão eleitoral em Manila. “O Presidente retirou-se das eleições para o Senado”, disse James Jimenez, porta-voz da Comissão Eleitoral, através da rede social Twitter. A candidatura ao Senado do Presidente cessante era encarada como uma manobra de Duterte para permanecer na política enquanto os processos da “guerra contra as drogas” são objeto de investigação internacional e de críticas das organizações de defesa dos direitos humanos. A saída de Duterte da presidência não significa necessariamente que pretenda, aos 76 anos, afastar-se da política. Por outro lado, a filha, Sara Duterte-Carpio, pretende concorrer à vice-presidência do país, enquanto o filho, Sebastian, concorre à autarquia de Davao, reduto da família Duterte no sul das Filipinas.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Coreia do Sul com mais de 7.800 casos diários. Governo prepara restrições A Coreia do Sul registou hoje 7.850 novos casos de covid-19, tendo o Governo sul-coreano anunciado que vai reativar as restrições para aliviar a pressão sobre os hospitais. O número de casos diários tem vindo a aumentar, desde 01 de novembro, quando a Coreia do Sul levantou várias restrições, de quatro mil para quase oito mil. De acordo com a agência de controlo e prevenção de doenças sul-coreana, 75% dos novos casos foram detetados na região de Seul, onde mais de metade da população do país, de 51 milhões, reside. As autoridades sul-coreanas estão especialmente preocupadas com o número de casos graves e de mortes, uma vez que, desde novembro, os óbitos devidos à covid-19 representam já 35,1% do total desde o início da pandemia. Por outro lado e uma vez que 30% dos novos casos de covid-19 são diagnosticados em pessoas com mais de 60 anos, vacinados no início deste ano, o Governo está a tentar acelerar a administração de doses de reforço. Ao mesmo tempo, as autoridades estão também a tentar acelerar a vacinação do grupo que regista 20% dos novos casos, os menores de 20 anos. A variante Ómicron do novo coronavírus levou a Coreia do Sul a prolongar a quarentena obrigatória de dez dias, até 06 de janeiro, para todos aos viajantes oriundos do estrangeiro. O Governo sul-coreano deverá anunciar novas restrições na quinta-feira, estando a ser considerado uma redução do número máximo de pessoas em grupos, atualmente de seis na região da capital e de oito no resto do país, e a reintrodução do encerramento noturno obrigatório da indústria hoteleira para conter os contágios. A covid-19 provocou pelo menos 5.311.914 mortes em todo o mundo, entre mais de 269 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim autoriza China Mobile a fazer maior oferta pública inicial de Xangai desde 2010 O regulador do mercado de valores da China deu “luz verde” ao maior operador telefónico estatal do país, a China Mobile, para realizar a maior oferta pública inicial (IPO) em mais de uma década. Esta operação acontece na sequência da saída do operador chinês de Wall Street. A empresa indicou, num comunicado enviado ontem à bolsa de Hong Kong, onde já está cotada, que em Xangai pretende vender 845,7 milhões de acções, 3,97 por cento do total, embora o número possa subir para 972,5 milhões (4,53 por cento da participação). Até agora, a China Mobile não oficializou o preço que estas acções terão, nem quando terá lugar a estreia em Xangai, embora o regulador tenha autorizado a realização durante os próximos 12 meses. Em Agosto, a companhia de telecomunicações, a maior do mundo por assinantes, tinha indicado pretender angariar cerca de 56 mil milhões de yuan no negócio. A maior parte das receitas irá para o desenvolvimento de redes de quinta geração (5G). Se atingir esse montante, a China Mobile ultrapassará o segundo maior operador estatal, a China Telecom, que também foi retirada da bolsa de Wall Street e se tornou pública em Xangai em Agosto, angariando cerca de 47,1 mil milhões de yuan. Esta operação poderá, por isso, ser a maior IPO em Xangai desde o do Banco Agrícola Estatal da China em 2010, que trouxe cerca de 68,8 mil milhões de yuan. Negra lista O operador China Mobile, juntamente com os outros dois principais operadores chineses, China Telecom e China Unicom, foi retirada da bolsa de Nova Iorque (NYSE) após a anterior administração dos EUA, liderada por Donald Trump, ter proibido o investimento em empresas consideradas como controladas ou associadas às forças armadas do país. As três empresas foram subsequentemente retiradas da lista dos principais índices internacionais de ações. No final de Janeiro, apenas um dia após a saída do Trump da presidência, os três operadores estatais solicitaram à bolsa de Nova Iorque que invertesse a exclusão da cotação para que os seus títulos, que são negociados em “certificados depositários”, ou seja, certificados negociáveis cotados numa bolsa local que representam acções de uma empresa estrangeira, pudessem voltar a ser negociados lá. No entanto, em Maio, as autoridades da NYSE rejeitaram aqueles pedidos e mantiveram a lista negra.
Hoje Macau China / ÁsiaChina quer mais parcerias e cooperação com Portugal O embaixador chinês em Portugal afirmou ontem que a China pretende desenvolver as “excelentes” relações de cooperação e as parcerias com Portugal, que têm registado uma “boa tendência de desenvolvimento”, com “grande intensidade e com resultados promissores”. Zhao Bentang falava ao abrir a 3.ª Conferência Internacional de Cooperação Portugal-China, que decorre até esta quarta-feira presencial e virtualmente a partir da sede da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA), em Lisboa, e cujos temas dizem respeito à cooperação económica, social, científica e tecnológica. Na iniciativa promovida pela União das Associações de Cooperação e Amizade Portugal-China e pelo Observatório da China, que conta com a presença do ministro do Mar português, Ricardo Serrão Santos, e do secretário de Estado para a Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, o embaixador da China em Lisboa enfatizou o facto de Portugal ser “um parceiro endógeno” de Pequim. “Tendo como ponto importante o reforço da Rotas da Seda, quer terrestre quer marítima, Portugal é um parceiro endógeno dessa construção. Há centenas de anos, os corajosos portugueses navegaram ao longo da Rota da Seda marítima para o Oriente, abrindo a porta para o comércio marítimo. Nos últimos anos, Portugal tem estado a participar activamente na construção desta nova fase económica, dando continuidade a este capítulo maravilhoso da conversão das relações”, salientou Bentang. Sempre a crescer O diplomata chinês destacou que Portugal foi um dos 57 países fundadores do Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas (BAII) e dos primeiros Estados europeus a assinar documentos de cooperação em construção de infraestruturas com a China, o que tem permitido trazer benefícios multilaterais e com países terceiros. “A China é o maior parceiro comercial de Portugal na Ásia, bem como o maior destino das exportações de carne de porco portuguesa. Nos primeiros nove meses deste ano, o volume comercial aumentou e atingiu os 6.387 milhões de dólares, um valor superior ao de todo o ano de 2019. O investimento directo da China em Portugal este ano aumentou 47,76 por cento”, exemplificou. “Nos últimos anos, as relações sino-portuguesas têm apresentado uma boa tendência de desenvolvimento e, através de um diálogo de alto nível, a cooperação tem sido muito intensa, com resultados promissores e uma cooperação estreita ao nível multilateral”, acrescentou, realçando a criação, em menos de seis meses, de uma nova parceria estratégica. Bentang destacou também que, a 27 de Agosto passado, o Presidente da China, Xi Jinping, manteve “mais uma conversa telefónica” com Marcelo Rebelo de Sousa, tendo ficado acordado um “reforço estável e sustentável da cooperação bilateral”. “Nos últimos oito anos, desde o lançamento da iniciativa da nova Rota [da Seda], o crescimento da cooperação em Portugal tem trazido muitos benefícios económicos e bilaterais, assim como resultados em mercados terceiros”, salientou. Nesse sentido, Bentang indicou que quer Marcelo Rebelo de Sousa quer o primeiro-ministro português, António Costa, expressaram em várias ocasiões a vontade de reforçar a cooperação com a China no âmbito da Rota da Seda e de “criar maiores sinergias e eficácia nas estratégias de desenvolvimento”.
Hoje Macau Manchete SociedadeJogo | Morgan Stanley corta 30% na estimativa de receitas para 2022 A Morgan Stanley reviu em baixa as previsões de receitas da indústria do jogo de Macau do próximo ano em 30 por cento, para cerca de 120 mil milhões de patacas. Apesar das expectáveis boas notícias a nível de restrições fronteiriças, o banco de investimento justifica a revisão negativa com vários factores de instabilidade que continuam a afectar o mercado O banco de investimento Morgan Stanley voltou atrás na estimativa das receitas do sector do jogo em Macau para o próximo ano, cortando em 30 por cento a previsão anterior, para um valor de aproximadamente 120 mil milhões de patacas. A instituição reviu também em baixa as estimativas para 2023 em 20 por cento, para 208 mil milhões de patacas de receitas brutas. Em termos comparativos, as previsões para 2022 e 2023 situam-se agora em 42 por cento e 70 por cento, respectivamente, dos valores anteriores à pandemia. “A revisão negativa das previsões para 2022 reflecte o aperto das medidas de Pequim contra a fuga de capitais ilegais, e a possibilidade de o levantamento das restrições transfronteiriças abrandar devido à manutenção da política de zero casos e à nova variante do novo tipo de coronavírus”, afirmam os analistas da Morgan Stanley, citados pelo portal GGRAsia. Os especialistas acrescentam ainda que o acerto de estimativas referentes a 2023 se deve ao panorama de redução das receitas brutas do segmento VIP para 16 mil milhões de patacas, ou seja, 14 por cento do valor em 2019, em comparação com a previsão anterior de 54 por cento dos níveis de receitas antes da pandemia. Dias de nevoeiro Em relação aos resultados operacionais do sector, os analistas da Morgan Stanley estimam que os lucros antes de juros, impostos depreciação e amortização (EBITDA) da indústria no próximo ano e em 2023 baixe 40 por cento e 8 por cento, para 30,6 mil milhões de patacas e 66,7 mil milhões de patacas, respectivamente. “Esperamos que o EBITDA de 2023 seja de 90 por cento do valor atingido em 2019”, referem os analistas, citados pelo GGRAsia. Numa visão mais alargada, a Morgan Stanley declara que mantém “uma visão atractiva” em relação à indústria do jogo de Macau por esperar a clarificação futura que as novas concessões vão trazer ao sector. Para dissipar incertezas, o banco de investimento elenca três factores: a publicação do documento de consulta pública sobre a nova lei do jogo, o processo legislativo e a aprovação do novo regime legal que irá regular o sector. “Estes eventos irão trazer claridade, mesmo que seja através de prorrogações temporárias na renovação das licenças de jogo para lá de Junho de 2022”, indicam os analistas. Além de apontar a possível abertura de fronteiras entre as duas regiões administrativas especiais e o Interior da China como um catalisador da retoma económica, a Stanley Morgan não afasta a hipótese de mais nuvens negras surgirem no horizonte, como o foco de combate ao mercado junket a alastrar para o segmento premium do jogo de massas, ou a não emissão de vistos electrónicos e vistos para excursões. Outros factores negativos, incluem aquilo a que os analistas chamam de “regulamentação punitiva” trazida pelas novas licenças, incluindo o aumento de impostos sobre as receitas do jogo, e mais investimento no sector não-jogo.
Hoje Macau Manchete SociedadeFitch baixa rating de Sands, MGM e SJM devido a incerteza do mercado A confirmar a máxima que diz que os mercados não gostam de instabilidade, a agência de rating Fitch baixou a classificação de risco de crédito das operadoras de casinos SJM Holdings Limitada, Las Vegas Sands (que detém a Sands China) e MGM Resorts International (que controla a MGM China Holdings Limitada). Entre as razões para a despromoção de rating, a agência apontou a incerteza regulamentar do mercado do jogo. Além de entender que é expectável que o Executivo de Ho Iat Seng actue com pragmatismo no processo de renovação das concessões de jogo, a Fitch acrescenta que as três operadoras devem continuar no mercado de Macau numa perspectiva temporal de longo prazo. A agência considera que a decisão reflecte que tanto “o falhanço em assegurar uma nova licença de jogo, ou uma mais onerosa do ponto de vista económico”, pode produzir “um impacto material negativo no crédito”, de acordo com o portal GGRAsia. A mesma fonte indica que a Las Vegas Sands está classificada actualmente como BBB-, o nível mais baixo dentro da “categoria de investimento”, o que se traduz na possibilidade de os negócios do grupo e o seu perfil financeiro se tornarem inconsistentes. A MGM Resorts, que mantém o mesmo rating, recuperou praticamente todo o volume de operações no mercado norte-americano, com a Fitch a especificar que a indústria na RAEM contribuiu com uma pequena percentagem do encaixe financeiro do grupo, cerca de 20 por cento. Em relação à SJM Holding é referido que está no bom caminho para refinanciar os empréstimos bancários que contraiu, que vencem em Fevereiro de 2022, com uma liquidez robusta. Olhos nas portas A retoma do sector do turismo, na sua globalidade, enquanto factor de recuperação da indústria do jogo para níveis antes da pandemia tem sido uma das questões mais analisadas por especialistas, instituições públicas e pelo próprio sector. A agência de rating presume que só em 2023 as receitas dos casinos atinjam os 90 por cento dos níveis de 2019, “dependendo fortemente do regresso à normalidade no volume de visitantes”. A nota da agência de rating não fez qualquer referência à detenção de Alvin Chau ou à potencial derrocada do mercado VIP.
Hoje Macau EventosJornalista Catarina Gomes vence Prémio Agustina Bessa-Luís O romance “Terrinhas”, de Catarina Gomes, venceu por unanimidade o Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís 2021, no valor pecuniário de 10.000 euros, garantindo a sua publicação, anunciou a Estoril Sol, que o promove em parceria com a Editorial Gradiva. Sobre “Terrinhas”, o júri, ao qual presidiu o ex-ministro Guilherme d’Oliveira Martins, considerou tratar-se de “um romance que, a partir do ponto de vista de uma mulher tipicamente citadina, coloca em confronto o mundo rural e o mundo urbano”. “A memória dos pais, que quase religiosamente vão à terra para trazer batatas, as quais invadem a cozinha e o imaginário da narradora, fornece a visão irónica e, por vezes, mesmo hilariante, com que esta avalia a infância e enfrenta dores e dramas da idade adulta. A alegria e a comovente ternura na avaliação da vida e da morte, associadas a uma escrita fluida e elegante, dão a este romance, um indiscutível alcance literário, que importa valorizar e divulgar”, realçou o júri. Em nota enviada à agência Lusa, a Estoril Sol cita a sinopse do romance: “O que raio é uma bouça? Um lameiro? Um corgo? Quantos nomes pode ter uma terra, além de terreno ou lote de terreno?”. Catarina Gomes é autora de outras obras já publicadas, designadamente “Pai, Tiveste Medo” (2014), sobre a experiência da guerra colonial, a que se seguiu “Furriel não é Nome de Pai” (2018). No ano passado publicou “Coisas de Loucos – O que eles deixaram no Manicómio”, que “teve origem na descoberta acidental de uma caixa de cartão cheia de objectos de antigos doentes no primeiro hospital psiquiátrico português, o Miguel Bombarda”. Bilhete de identidade Catarina Gomes nasceu em Lisboa, em 1975, é jornalista no jornal Público, tendo recebido o Prémio Gazeta (multimédia) e o Prémio Internacional de Jornalismo Rei de Espanha em 2016, pela reportagem “Quem é o filho que António deixou na Guerra”, publicada em 2015. Guilherme d’Oliveira Martins presidiu ao júri que foi também constituído por José Manuel Mendes, pela Associação Portuguesa de Escritores, Maria Carlos Gil Loureiro, pela Direcção-Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas, Manuel Frias Martins, pela Associação Portuguesa dos Críticos Literários, e, ainda, por Maria Alzira Seixo, José Carlos de Vasconcelos e Liberto Cruz, convidados a título individual e Dinis de Abreu, em representação da Estoril Sol. O Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís foi instituído em 2008 e já premiou oito romances inéditos.
Hoje Macau China / ÁsiaPutin e Xi Jinping reúnem-se na quarta-feira para discutir questões bilaterais O Presidente chinês, Xi Jinping, e o chefe de Estado russo, Vladimir Putin, vão reunir-se esta quarta-feira, por meios virtuais, para discutirem relações bilaterais e questões internacionais, incluindo as tensões entre Moscovo e o Ocidente. Nas últimas semanas agravou-se a situação política e diplomática entre Moscovo e o Ocidente devido à presença de milhares de tropas russas junto à fronteira entre a Rússia e a Ucrânia. Wang Wenbin, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China, referiu-se à cimeira, mas não detalhou os tópicos da reunião marcada para quarta-feira. “Os dois chefes de Estado vão abordar as relações entre a China e a Rússia, este ano, e a cooperação em várias áreas”, disse Wang Wenbin numa conferência de imprensa em Pequim. Wang acrescentou que os dois líderes vão “determinar, ao mais alto nível, os desenvolvimentos para as relações bilaterais no próximo ano”. O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, alertou Vladimir Putin, numa reunião realizada na semana passada, que a Rússia pode vir a enfrentar pesadas sanções, com efeitos na economia, se Moscovo invadir a Ucrânia. De acordo com declarações de Yuri Ushakov, conselheiro do Kremlim, Putin respondeu que “as tropas russas estão no próprio território e que não ameaçam ninguém”. Nos últimos anos, a República Popular da China e a Rússia incrementaram medidas relativas à política externa para enfrentarem o domínio internacional (político e económico) dos Estados Unidos. Moscovo e Pequim enfrentam sanções devido à política interna. No caso da República Popular da China, as medidas sancionatórias estão relacionadas com os abusos cometidos contra as minorias étnicas e religiosas, sobretudo na província de Xinjiang (noroeste), e a repressão conduzida pelo regime comunista contra os ativistas pró-democracia na região administrativa especial de Hong Kong. Pequim e Washington mantêm divisões nas áreas das relações comerciais e tecnologia, bem como sobre Taiwan, ilha autónoma que os Estados Unidos não reconhecem como um país independente, mas que encaram como um modelo democrático face à China. Wang concluiu que o encontro bilateral entre Xi Jinping e Vladimir Putin prevê fortalecer os laços de confiança mútua entre os dois países.
Hoje Macau Manchete SociedadeCovid-19 | Residente vinda de Portugal testou fraco positivo Uma residente vinda de Portugal testou fraco positivo num teste de ácido nucleico realizado no sábado à chegada a Macau, avançou ontem o centro de contingência. Depois de submetida a mais dois testes ontem, foi considerada um caso importado assintomático. As autoridades adiantaram que a residente, de 47 anos, não apresenta sintomas e os resultados de testes aos anticorpos mostraram elevada resposta imunitária. Depois de cerca de 20 dias na Europa, a residente embarcou em Lisboa no dia 10 de Dezembro em direcção a Macau. Nessa altura, antes do embarque, testou negativo à covid-19, fez escala em Munique e Singapura e chegou a Macau no sábado. Na sequência do teste fraco positivo, foi enviada para o Centro Clínico de Saúde Pública, no Alto de Coloane. A residente foi inoculada em Macau com duas doses da BioNTech nos dias 15 de Junho e 16 de Julho.
Hoje Macau China / ÁsiaTurismo | Trip.com quer levar turistas de ‘alta gama’ para Portugal O gigante de viagens chinês espera que a pandemia esteja mais controlada em 2022, com cerca de 90 por cento da população chinesa vacinada, para atacar o mercado europeu e investir em Portugal A directora executiva da Trip.com Group, uma das maiores agências de viagens do mundo, afirmou à Lusa que assim que a pandemia estabilizar pretende enviar ‘clientes de alta gama’ para Portugal e que tenciona investir no país. “Estamos muito avançados na preparação da recuperação [da pandemia] para enviar clientes para a Europa e Portugal” disse Jane Jie Sun, em entrevista à Lusa à margem de um evento realizado em Macau. A responsável do grupo proprietário de empresas de viagens online como a Skyscanner, Trip.com, MakeMyTrip, Qunar, Ctrip.com, entre outras, explicou ainda que “a maioria dos países europeus quer muito atrair turistas chineses porque o poder de compra é muito forte”. Apesar de toda esta confiança, existe um entrave que está a atrasar a chegada de visitantes chineses à Europa: as quarentenas no regresso a ‘casa’. A China permanece praticamente isolada na política de casos zero covid-19 e impõe fortes restrições fronteiriças e elevadas quarentenas a quem queira regressar ao país. Ainda assim, Jane Jie Sun mostrou-se relativamente confiante de que esta situação poderá ser alterada em 2022, mas que “tudo depende do controlo do vírus”. “Se conseguirmos [China] chegar ou ultrapassar 85 por cento ou 90 por cento [de vacinados], se a terceira dose for eficaz e se a taxa de mortalidade estiver sob controlo, há possibilidades”, frisou. Até lá, garantiu, a empresa tem uma equipa de pesquisa a explorar locais e ‘resorts’ para a chegada de clientes da China. “A Europa tem muitas boutiques hotéis e resorts lindos e nós queremos garantir que todos estes hotéis e resorts estejam disponíveis aos nossos clientes na China”, sublinhou. Em campanha Em Portugal essa pesquisa também está a ser feita, e quando questionada pela Lusa sobre se o grupo estava a pensar investir em Portugal, a resposta foi pronta: ‘Claro’. A prova deste compromisso por parte do grupo com Portugal ficou patente com o lançamento, este mês, de uma campanha conjunta com Turismo de Portugal. Em resposta à Lusa, o Turismo de Portugal explicou que a campanha “vocacionada inteiramente para o segmento digital, em particular para os dispositivos móveis” tem como foco “essencialmente para ‘millennials’ e ‘genZ’ chineses e, geograficamente, privilegiando as principais cidades chinesas emissoras de turistas, nomeadamente Pequim, Xangai, Cantão, Chengdu, Chongqing, entre outras”. O objectivo, detalhou o Turismo de Portugal, passa por “manter Portugal como ‘top of mind’ dos consumidores chineses para quando as viagens forem possíveis novamente”. Segundo dados oficiais disponibilizados à Lusa, “em 2020, fruto do contexto pandémico, a China foi o 13.º maior mercado externo em hóspedes e o 17.º em dormidas para Portugal, com quotas de, respectivamente, 1,5 por cento e 0,8 por cento. “Em relação às receitas turísticas, a China ocupou o 18.º lugar com 57,8 milhões de euros, que representaram 0,7 por cento face ao total e um decréscimo, face a 2019, de 74,3 por cento”, acrescentaram. Enquanto se espera que a pandemia esteja controlada, a aposta da empresa tem sido o turismo doméstico na China continental e Macau. As reservas de hotéis domésticos e de bilhetes de avião na China continental registaram um crescimento de dois dígitos no segundo trimestre de 2021 em comparação com o mesmo período em 2019, lê-se num comunicado da empresa. “No Trip.com, do Grupo Trip.com, as reservas globais de hotéis domésticos aumentaram mais de 160 por cento no terceiro trimestre de 2021 em comparação com o terceiro trimestre de 2019”, acrescentou o grupo.