Hoje Macau China / ÁsiaÁsia Central | Xi anuncia mais investimento no desenvolvimento da região A Cimeira China-Ásia Central, que contou com a participação de seis países da região, terminou com a assinatura de vários acordos e o reforço substancial do investimento chinês em projectos de desenvolvimento A China anunciou, na terça-feira, que vai investir este ano 1,5 mil milhões de yuan na Ásia Central, em projectos de subsistência e desenvolvimento na região, de crescente importância geoestratégica. Os seis países participantes na Cimeira China-Ásia Central também assinaram um pacto de “amizade permanente”. “A China está disposta a fornecer 1,5 mil milhões de yuan em assistência financeira aos países da Ásia Central este ano para apoiar projectos de subsistência e desenvolvimento de interesse comum para cada país”, disse o Presidente chinês, Xi Jinping, na cimeira realizada em Astana. Xi saudou a assinatura do Tratado de Boa Vizinhança e Cooperação Amigável Permanente como um marco nas relações entre as seis nações. O acordo representa “um esforço inovador na diplomacia de vizinhança da China – uma contribuição para o nosso tempo que beneficia as gerações futuras”, descreveu. A China tem tratados semelhantes com a Rússia e o Paquistão. Xi também enfatizou a necessidade de cooperação num mundo que está a “entrar num novo período de turbulência e transformação”. “Não haverá vencedores na guerra tarifária e comercial. Os defensores do proteccionismo e do hegemonismo prejudicarão tanto os outros como a si próprios”, afirmou Xi, citado pela agência noticiosa oficial Xinhua. Xi anunciou ainda a criação de três centros de cooperação no âmbito do quadro de cooperação China-Ásia Central, com foco na redução da pobreza, intercâmbios educacionais e combate à desertificação, juntamente com uma plataforma de facilitação do comércio. Esta é apenas a segunda vez que a cimeira é realizada, sendo que a primeira edição ocorreu na cidade chinesa de Xian, em 2023. Os esforços reflectem o envolvimento cada vez maior da China com a Ásia Central, que no passado se concentrou em áreas como infraestruturas, incluindo oleodutos, ligações ferroviárias e projetos de mineração. A Ásia Central ocupa um lugar de destaque na iniciativa chinesa Faixa e Rota – um gigantesco plano de investimentos em infraestruturas que engloba 65 países, compreendendo aproximadamente 62 por cento da população do planeta e 30 por cento do Produto Interno Bruto global. Segurança na agenda “Os dois países devem reforçar ainda mais a cooperação em matéria de aplicação da lei, segurança e defesa, combater conjuntamente as ‘três forças’ [terrorismo, separatismo e extremismo] e melhorar a colaboração em matéria de cibersegurança”, afirmou Xi, referindo-se a uma conversa mantida com o Presidente do Turquemenistão, Serdar Berdimuhamedov. A presença de Pequim na segurança da região está a aumentar gradualmente, através de exercícios conjuntos de contraterrorismo e programas de formação e ajuda militar. É o caso do Tajiquistão, país com uma longa fronteira com o Afeganistão, que a China teme que possa facilitar a incursão de terroristas da minoria étnica chinesa de origem muçulmana uigur na região chinesa de Xinjiang para realizarem operações. Nas conversações com o Presidente tajique, Emomali Rahmon, Xi apelou a uma cooperação mais profunda em matéria de aplicação da lei e segurança para combater as “três forças”. Rahmon comprometeu-se a “reforçar a coordenação com Pequim, para que a Organização de Cooperação de Xangai (SCO) desempenhe um papel mais importante”. A SCO tem sido o principal fórum multilateral de interação entre a China e toda a região. O agrupamento político, económico e de segurança foi fundado em 2001 pela China, Cazaquistão, Quirguistão, Rússia, Tajiquistão e Uzbequistão, sublinhando um compromisso com a “neutralidade permanente”. Xi também manteve conversações separadas com o Presidente quirguiz, Sadyr Japarov, na terça-feira, e descreveu a relação entre os dois países como “a melhor de sempre”. O chefe de Estado chinês afirmou que a construção da ferrovia China–Quirguistão-Uzbequistão é uma prioridade máxima. Xi instou o homólogo cazaque, Kassym-Jomart Tokayev, a acelerar os projectos ferroviários transfronteiriços e as melhorias na infraestrutura portuária. “Pequim e Astana devem agir como um forte apoio mútuo em tempos turbulentos”, reforçou.
Hoje Macau Via do MeioQing 情como fundamento da ética naturalista de Xun Zi Li Chenyang INTRODUÇÃO XUNZI (荀子) é um ético naturalista. Para ele, a moralidade não provém nem do divino nem da razão pura. No centro da sua filosofia moral está o conceito de propriedade ritual (lĭ禮).1As regras de propriedade ritual são estabelecidas para regular as actividades humanas, de modo a que a sociedade possa acomodar os sentimentos e desejos humanos apropriados com recursos limitados. Mas que tipo de sentimentos e desejos são apropriados? Para Xunzi, estes são determinados tanto por razões naturais como por razões sociais. São determinados em bases naturais, uma vez que as necessidades biológicas e psicológicas humanas têm uma base natural. No entanto, as bases naturais por si só não são adequadas, uma vez que a nossa tendência natural inata é para a satisfação egoísta e conduz à competição e ao caos. Também tem de haver bases sociais para determinar os tipos e quantidades apropriados de sentimentos e desejos. Os fundamentos sociais baseiam-se em recursos limitados e na necessidade de satisfazer os sentimentos e desejos de outras pessoas. Estas considerações sociais exigem que as pessoas ajustem os seus sentimentos e desejos de acordo com as suas respectivas posições sociais e com os níveis viáveis de bens que podem ser disponibilizados para que possam ser satisfeitos sem causar o caos. Quando as pessoas estão habituadas a regras de correcção ritual, podem interiorizá-las e tornar-se pessoas moralmente cultivadas. Uma sociedade que é regulada efectivamente pela propriedade ritual e que está cheia de pessoas moralmente cultivadas é uma boa sociedade. Intimamente associados à compreensão de Xunzi dos desejos humanos estão três conceitos, xìng 性, qíng 情 e yù 欲. Xunzi define xing como “o que nasce naturalmente assim” em nós (Xunzi, Capítulo 22, Zhengming; ver Knoblock 1994: 127, 136). Embora xing tenha frequentemente sido traduzido como “natureza (humana)” (e.g., Chan 1963: 128), “natureza” pode ser demasiado rígido para o significado de xing, uma vez que Xunzi defende que, apesar de xing ser má à nascença, pode ser transformada através de um processo de cultivo moral; assim, a “tendência natural” pode ser mais apropriado para traduzir xing. Xunzi descreve qing como o “material” ou o “corpo” (zhì 質) de xing (Capítulo 22; ver Knoblock 1994: 136). Especificamente, Xunzi diz que “o gosto, o desgosto, o prazer, a raiva, a tristeza e a alegria de xing são chamados qing” (Knoblock 1994: 127). Finalmente, Xunzi caracteriza yu como respostas (yìng 應) a qing (Knoblock 1994: 136). Muitas vezes traduzido como “desejo”, yu representa o que uma pessoa quer. Na visão de Xunzi, os seres humanos nascem com qing; em resposta a qing, chegamos a yu ou desejamos coisas.2 Se o coração-mente (xīn 心 ) decide satisfazer certos desejos, motiva a pessoa a perseguir. Com regras de propriedade ritual, os humanos podem controlar e transformar a sua tendência natural, cultivar qing e regular yu, resultando numa sociedade ordenada. Uma questão muito discutida é como é que Xunzi explica o primeiro aparecimento da bondade moral, dado que ele pensa que as nossas tendências naturais são más. Existem inúmeras propostas. Fung Yu-lan defende que, embora Xunzi defenda que a tendência inata dos seres humanos é má, eles estão equipados com uma capacidade natural de adquirir conhecimento, uma capacidade de usar a sua inteligência (zhì 知). A inteligência permite que os seres humanos percebam que não podem viver bem sem organização social, e que não pode haver organização social funcional sem moralidade. Apercebendo-se desta necessidade, os primeiros líderes da civilização chinesa conceberam um sistema moral (Fung 1961: 365). A. C. Graham tem uma visão diferente sobre a origem da bondade moral para Xunzi. Segundo ele, de acordo com Xunzi, os seres humanos possuem desejos bons e maus, e a sua tendência natural é má porque os desejos bons e maus estão misturados de forma “anárquica” (Graham 1989: 248). Na opinião de Graham, Xunzi defende que em xing existem tanto desejos de “rectidão” (yì 義) como desejos de lucro (lì 利 ), que entram em conflito entre si. A pessoa inteligente pode aprender a desejar a ordem. Uma pessoa assim “pode, através de uma acumulação incessante de pensamentos e esforços severos, levar os seus desejos contraditórios à ordem” (Graham 1989: 248). Por conseguinte, os bons desejos dão origem e promovem a bondade. Alguns autores, como Zhicheng Zhou e Kim-Chong Chong negam que Xunzi pense que xing é mau. Zhou argumenta explicitamente que Xunzi defende que xing é “pǔ 樸”, ou seja, simples, natural e sem adornos. Ele sustenta que, por ser apenas natural e não mau, nada o impede de se tornar bom (Zhou 2007). Chong argumenta que, para Xunzi, os seres humanos possuem desejos e capacidades que vão para além dos desejos e sentimentos sensoriais e apetitivos básicos. “Estes desejos implicam, ao mesmo tempo, a necessidade de segurança e as capacidades de prudência, refinamento e, por conseguinte, de estabelecimento de princípios rituais” (Chong 2008: 71). Argumentei que, embora Xunzi defenda que os seres humanos nascem com mau xing, ou seja, que os desejos humanos sem regulação tendem a conduzir a más consequências, eles consideram que a aversão dos primeiros líderes sociais ao caos é a motivação directa para estabelecerem a ordem na sociedade humana (Li 2011). Embora muita tinta tenha sido derramada sobre o conceito de xing de Xunzi, é o qing, mais do que qualquer outra coisa, que serve como chave para a sua ética naturalista. A ética de Xunzi baseia-se na transformação de xing e na regulação efectiva de yu com propriedade ritual. Xing é constituído por qing como seu material; yu é despertado por qing. Xunzi afirma que, numa sociedade civilizada, “as regras de propriedade ritual são estabelecidas em correspondência com qing” (Capítulo 19, Lilun; ver Knoblock 1994: 69). Por conseguinte, qing é o elemento fundamental da filosofia moral de Xunzi. Como termo intermédio entre xing e yu, qing é crucial para a nossa compreensão dos dois conceitos e da sua teoria moral. Infelizmente, a descrição de Xunzi sobre qing está espalhada por vários capítulos do Xunzi e, por vezes, Xunzi parece dizer coisas inconsistentes sobre o assunto. Para compreender com precisão a sua noção de qing, precisamos delinear vários matizes dos seus significados. Este capítulo inicia um estudo cuidadoso da noção de qing de Xunzi. Através de uma análise matizada das evidências textuais, mostro como a ética naturalista de Xunzi se baseia na sua compreensão dos diferentes matizes dos sentimentos humanos. (continua)
Hoje Macau SociedadeStartups | Debate na FRC analisa papel de Macau como plataforma A Fundação Rui Cunha (FRC) apresenta hoje, a partir das 18h30, uma conferência subordinada ao tema “Macau como Porta de Entrada às Oportunidades de Investimento nas Start-Ups Tecnológicas”. Trata-se de um evento organizado pela AEIMCP – Associação para o Empreendedorismo e Inovação Macau – China e Países de Língua Portuguesa, tendo como oradores Rui Ferreira, ex-CEO da Portugal Venture e Sócio-Gerente da Nascente Value Accelerator; Paulo Andrez, empresário, autor e Presidente Emérito da EBAN (European Business Angel Network); e Ana Barjasic, membro do conselho do EIC (Conselho Europeu de Inovação). A moderação fica a cargo de Marco Duarte Rizzolio, Presidente da AEIMCP. Segundo uma nota da FRC, o debate gira em torno da ideia de Macau poder “servir de ponte fundamental para fomentar a inovação e o investimento em start-ups tecnológicas, ligando a China, os Países Lusófonos e os mercados globais”. Pretende-se também “explorar oportunidades, desafios e estratégias, para alavancar a posição única de Macau e impulsionar a inovação e o crescimento do investimento”, referiu Marco Rizzolio, citado pela mesma nota.
Hoje Macau PolíticaHabitação Económica | Publicada lista de concurso de 2023 O Instituto de Habitação (IH) publicou ontem a lista definitiva do concurso de habitação económica de 2023, de acordo com um comunicado oficial. No total, foram admitidas 5.128 candidaturas e excluídas 1.434. A lista provisória de ordenação das candidaturas ao concurso de habitação económica de 2023 tinha sido publicada a 13 de Novembro de 2024. Todavia, entre 13 e 28 de Novembro de 2024, o IH admitiu ter recebido 95 reclamações, o que levou a que 52 candidaturas, mais de metade das inicialmente excluídas, fossem admitidas. Um total de 43 candidaturas foi mantido como excluído. Os candidatos podem consultar a situação de candidatura através do sistema de consulta da ordenação na página electrónica do IH, do WeChat e do telefone com sistema de atendimento interactivo disponível 24 horas (8490 1300). As listas encontram-se afixadas desde ontem e ficam até 3 de Julho no quadro de avisos no exterior do Edifício Cheng Chong, sito na Rua do Laboratório e na Travessa do Laboratório, Macau. Em relação à lista definitiva de ordenação, os candidatos podem interpor recurso contencioso para o Tribunal Administrativo, sem efeito suspensivo, o que significa que a venda das casas não vai ser afectada, mesmo que se venha a apurar que a Administração errou.
Hoje Macau PolíticaNacionalismo | UPM fez concurso sobre Constituição e Lei Básica Um aluno da Universidade Politécnica de Macau (UPM) venceu o concurso de discursos intitulado “Eu, a Constituição e a Lei Básica”, para comemorar o 32.º aniversário da promulgação da Lei Básica da RAEM. Segundo um comunicado divulgado ontem pela UPM, o vencedor foi Zeng Shenghong, um estudante da Licenciatura em Ensino da Língua Chinesa como Língua Estrangeira. O aluno conquistou o primeiro lugar com o tema “Sob a Bandeira Vermelha com Cinco Estrelas Hasteada ao Vento, as Leis Nacionais Acompanham os Meus Passos”, onde contou histórias sobre hastear a primeira bandeira nacional em Macau, e as experiências como porta-bandeira da Guarda de Honra da Bandeira Nacional da UPM. A universidade indica que o aluno “simbolizou o profundo significado da implantação da Nova China em 1949. A iniciativa foi organizada pela Associação de Divulgação da Lei Básica de Macau, pela Direcção dos Serviços de Assuntos de Justiça, pela Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude e pelo Instituto para os Assuntos Municipais.
Hoje Macau PolíticaFundo de Segurança Social | Chan Pou Wan nomeada presidente Chan Pou Wan foi nomeada presidente do Conselho de Administração do Fundo de Segurança Social (FSS), de acordo com um despacho publicado ontem no Boletim Oficial. A presidente ocupa o cargo desde Dezembro, como substituta, sendo a nomeação agora oficializada. O despacho assinado por O Lam, secretária para os Assuntos Sociais e Cultural, indica que a nomeação vai vigorar durante um ano, a partir de amanhã. Chan Pou Wan é licenciada em Finanças pela Universidade de Jinan, e em Administração Pública, pela Universidade da Ásia Oriental de Macau, antiga designação da Universidade de Macau. Além disso, a presidente tem um mestrado em Gestão na South China Normal University. Em termos de currículo profissional, toda a vida profissional declarada por Chan Pou Wan foi passada na Administração Pública. A presidente do FSS ingressou em 1988 na então Direcção dos Serviços de Educação e Juventude, onde permaneceu até 2006, desempenhando funções de técnica, técnica superior, adjunta, chefe da divisão e chefe de departamento. Em Fevereiro de 2006, Chan Pou Wan muda-se para a ainda Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes, onde permaneceu até 2010. Aqui voltou a desempenhar as funções de técnica superior e de chefe de divisão. Finalmente, em 2010, ingressou no FSS onde assumiu as funções de vice-presidente do Conselho de Administração. Agora, é promovida a presidente, naquela que é a função mais importante do seu currículo.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | China critica “adulação” de Taipé aos EUA O Governo chinês acusou ontem as autoridades de Taiwan de adularem Washington, após Taipé ter incluído duas empresas chinesas numa lista negra de entidades estrangeiras com as quais não se podem realizar transacções comerciais sem autorização expressa. Em conferência de imprensa, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Guo Jiakun afirmou que “a China opõe-se firmemente à politização da ciência, da tecnologia e dos assuntos económicos e comerciais por parte dos Estados Unidos”. As declarações surgem depois de, segundo Pequim, sob pressão de Washington, Taiwan ter adicionado à sua lista de entidades a tecnológica Huawei e a principal fabricante de semicondutores da China, a Semiconductor Manufacturing International Corporation (SMIC). Guo criticou o que classificou como “generalização do conceito de segurança nacional”, “abuso dos controlos de exportação e da jurisdição extraterritorial” e a “repressão maliciosa contra a China”. “O comportamento das autoridades taiwanesas apenas prejudicará e destruirá Taiwan”, acrescentou o porta-voz. Na mais recente atualização da lista de entidades da Administração de Comércio Internacional de Taiwan, publicada no fim de semana, figuram agora a Huawei, a SMIC e várias subsidiárias destas empresas, tanto chinesas como estrangeiras. As novas regras obrigam as empresas taiwanesas a obterem autorização expressa de Taipé antes de poderem vender produtos ou tecnologia a essas companhias. De acordo com a agência Bloomberg, as restrições vão limitar, pelo menos parcialmente, o acesso da Huawei e da SMIC a materiais e tecnologia taiwaneses relacionados com a produção de semicondutores para inteligência artificial (IA) e com a construção de fábricas do sector. Taiwan alberga a TSMC, líder global na produção de semicondutores, uma tecnologia considerada crítica para a estratégia de auto-suficiência tecnológica da China, que ainda depende de terceiros para aceder às tecnologias mais avançadas.
Hoje Macau EventosFRC | Grande Baía na relação com a Europa em debate hoje Decorre hoje, a partir das 18h30, mais um debate em torno da Grande Baía, projecto económico e político de Pequim que reúne 11 cidades: Macau, Hong Kong e 9 cidades da província de Guangdong. A Fundação Rui Cunha acolhe a conversa que visa perceber como se pode estabelecer uma relação frutífera com a Europa. É a “2ª Mesa Redonda da Região da Grande Baía – Europa” A Fundação Rui Cunha (FRC) apresenta hoje, a partir das 18h30, mais uma sessão do ciclo de debates “Greater Bay Area” [Área da Grande Baía], promovida pelo CREDDM – Centro de Reflexão, Estudo e Difusão do Direito de Macau, e que se intitula “2ª Mesa Redonda da Região da Grande Baía – Europa”. O evento de hoje reúne, segundo uma nota da FRC, “líderes empresariais e especialistas num encontro sobre as oportunidades e desafios que moldam as relações entre a Europa e a China, com especial enfoque nas cidades da Grande Baía: Guangdong, Hong Kong e Macau”. Nesta fase, destaca a FRC, “as relações Europa-China encontram-se num momento crucial no meio das mudanças no cenário geopolítico global, incluindo as trazidas pela Administração Trump”, já que Donald Trump cumpre um segundo mandato à frente dos destinos da Casa Branca. É também nesta fase que se celebram os 50 anos do estabelecimento de relações diplomáticas entre a República Popular da China e a União Europeia, sendo que ambas as partes se preparam para a tão aguardada cimeira UE-China, prevista para Julho. Desta forma, o debate pretende dar respostas a questões como “que papéis podem Macau, Hong Kong e a Região da Grande Baía desempenhar neste cenário em evolução?”, ou “Quais são as perspectivas para o comércio, o investimento e as trocas interpessoais sino-europeias?”. Muitas expectativas Segundo a FRC, o debate pretende também analisar “as expectativas geradas pela Cimeira UE-China do próximo mês”, sendo que “os participantes serão convidados a comentar a exposição da Grande Baía às actuais fricções comerciais internacionais e outras disputas económicas, nas perspectivas de Guangdong, Macau e Hong Kong”. Haverá ainda outros tópicos abordados na conversa de hoje à tarde, como “o acesso das empresas europeias ao mercado da China continental e vice-versa, a contribuição da Grande Baía para o comércio e investimento China-UE no sector dos serviços”, ou ainda “os desafios para Macau e Hengqin, as oportunidades para as pequenas e médias empresas e propostas ou sugestões para o reforço dos laços sino-europeus”. Os oradores e convidados são personalidades locais que, habitualmente, reflectem, trabalham e analisam estes temas, como é o caso Rui Pedro Cunha, presidente da Câmara de Comércio Europeia em Macau e Klaus Zenkel, vice-presidente da Câmara de Comércio Suíça do Sul da China e membro do Conselho para o Sul da China da Câmara de Comércio da União Europeia na China. Destaque também para a presença de Li Xiaoying, vice-reitor do Instituto de Estudos de Desenvolvimento Guangdong-Hong Kong-Macau e professor de Economia na Universidade Sun Yat-Sen, ou ainda Marco Wai, representante-chefe de Hong Kong e da Grande Baía na “8 Hours Ahead”, sendo ainda membro do Grupo de Investigação de Políticas da Cimeira da Juventude de Macau. Jorge Costa Oliveira participará no debate via zoom, a partir de Portugal. Actualmente consultor e ex-Secretário de Estado da Internacionalização da Economia Portuguesa, Jorge Costa Oliveira viveu em Macau e esteve ligado, na qualidade de jurista, ao sector do jogo, conhecendo bem o território. A conversa será orientada e moderada por José Sales Marques, ex-presidente do Instituto de Estudos Europeus de Macau e José Carlos Matias, director da revista Macau Business.
Hoje Macau China / ÁsiaIsrael/Irão | Pequim insta cidadãos chineses a abandonarem Israel “o mais rapidamente possível” A Embaixada da China em Israel instou ontem os seus cidadãos a abandonarem o país o mais rapidamente possível através das passagens fronteiriças terrestres com a Jordânia e o Egipto, face à escalada do conflito com o Irão. A missão diplomática recomendou “priorizar” a rota para a Jordânia e indicou que muitos cidadãos chineses entraram em contacto com a embaixada para perguntar sobre a reabertura dos aeroportos ou a retoma dos voos, segundo um comunicado. As autoridades israelitas mantêm o espaço aéreo fechado e prorrogaram o estado de emergência nacional até 30 de Junho, acrescenta o texto. A missão diplomática forneceu informações detalhadas sobre os requisitos, horários e taxas dos principais postos fronteiriços e comprometeu-se a garantir a continuidade dos serviços consulares para facilitar a saída dos cidadãos chineses. A medida surge num contexto de forte escalada da guerra no Médio Oriente, após mais de uma semana de confrontos directos entre o Irão e Israel, que causaram centenas de mortos e aumentaram o risco de um conflito regional em grande escala. A China expressou na segunda-feira a sua “profunda preocupação” com os ataques israelitas contra o Irão e pediu a todas as partes que “criassem as condições” para a retoma do diálogo, após confrontos que já causaram mais de 240 mortos entre os dois países. Pequim já havia alertado os seus cidadãos em Israel e no Irão para que tomassem precauções extremas e evitassem zonas sensíveis. Na segunda-feira, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, instou a que “toda a gente saia de Teerão imediatamente”, lamentando que o Irão não tenha assinado um pacto nuclear com Washington e sublinhando que o país persa “não pode ter uma arma nuclear”.
Hoje Macau China / ÁsiaCrime | Alerta para sofisticados golpes ‘online’ que afectam vítimas de todas as idades As autoridades chinesas alertaram ontem para o crescente uso de plataformas digitais para cometer fraudes, num Livro Branco sobre crimes ‘online’ que indica que a idade média das vítimas no país é de 40 anos. O documento, elaborado pelo órgão fiscal máximo do país, detalha que, em 2024, as autoridades processaram mais de 3.000 pessoas por crimes cometidos na Internet contra menores, o que representa um aumento homólogo de 14,1 por cento. O relatório alerta que esses crimes já representam 7,3 por cento de todos os crimes cometidos por adultos contra menores, uma proporção superior aos 6,9 por cento registados no ano anterior. Paralelamente, uma campanha nacional de sensibilização contra fraudes por telecomunicações e redes sociais foi lançada este mês com a mensagem “A luta contra a fraude é uma matéria obrigatória”. De acordo com dados divulgados pela televisão estatal CCTV, o valor mais alto defraudado num único caso ascendeu a 117 milhões de yuan (, embora a maior parte do dinheiro tenha sido recuperado pela polícia. Entre as vítimas mais notáveis, estão pessoas de até 93 anos e crianças de apenas nove anos, e foram relatados casos em que a mesma pessoa foi vítima de três fraudes diferentes em apenas cinco dias. As autoridades alertam que os criminosos adaptam constantemente os seus métodos a temas actuais, como auxílios estatais, inteligência artificial ou processos de admissão à universidade, e personalizam os golpes de acordo com o perfil de cada vítima. O Livro Branco também sublinha a necessidade de reforçar o ambiente digital para os menores e exige maior responsabilidade por parte das plataformas ‘online’.
Hoje Macau China / ÁsiaAstana | Xi reafirma influência da China na Ásia Central Xi Jinping está na capital do Cazaquistão para participar na Cimeira Ásia Central – China que conta com a presença dos líderes das antigas repúblicas soviéticas da região O Presidente chinês, Xi Jinping, reuniu-se ontem, no Cazaquistão, com os líderes das cinco ex-repúblicas soviéticas da Ásia Central, onde Pequim se quer afirmar como a principal potência, em detrimento da Rússia e da sua influência histórica. A cimeira Ásia Central – China, que decorre na capital cazaque, Astana, acontece dois anos após a primeira, realizada na China, e reúne Xi Jinping – que chegou na segunda-feira ao país – com os líderes do Cazaquistão, Quirguistão, Uzbequistão, Tajiquistão e Turquemenistão. Um “tratado de boa vizinhança, amizade e cooperação eternas” deve ser assinado, de acordo com a diplomacia cazaque. “Os líderes dos diferentes países traçarão juntos um novo roteiro para a cooperação futura”, disse Guo Jiakun, porta-voz da diplomacia chinesa. Sob influência russa entre meados do século XIX e a queda da União Soviética em 1991, a Ásia Central, cuja localização geográfica entre a Ásia e a Europa é estratégica e rica em recursos naturais, é cobiçada pelas grandes potências que tentam competir com Moscovo. Embora os líderes da Ásia Central mantenham fortes laços com a Rússia, o declínio da influência deste país acentuou-se desde a guerra na Ucrânia. As cinco antigas repúblicas soviéticas da região estão a aproveitar este interesse externo crescente e a coordenar as respectivas diplomacias, como demonstra a multiplicação das cimeiras “5+1”. Os países têm reunido neste formato com a China e a Rússia, mas também com a União Europeia (UE), os Estados Unidos e até mesmo a Turquia e outros países ocidentais. “Os países da Ásia Central oscilam entre diferentes centros de poder, desejando proteger-se de uma dependência excessiva em relação a um único parceiro”, observou Narguiza Mouratalieva, uma analista da política externa da região, citada pela agência France Presse. Posição russa Na segunda-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, garantiu “não temer” esta aproximação entre a China, um “parceiro estratégico privilegiado”, e os países da Ásia Central, “parceiros históricos naturais”. Símbolo dessa concorrência, o Cazaquistão anunciou no sábado que os russos construirão a primeira central nuclear do país e os chineses provavelmente uma segunda. A China é o maior parceiro comercial da Ásia Central, com trocas comerciais avaliadas em 95 mil milhões de dólares em 2024, de acordo com as alfândegas chinesas, muito à frente da União Europeia e da Rússia. A Ásia Central ocupa, por outro lado, um lugar de destaque na iniciativa chinesa Faixa e Rota – um gigantesco plano de investimentos em infraestruturas que engloba 65 países, compreendendo aproximadamente 62 por cento da população do planeta e 30 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) global. “Nem a Rússia nem as instituições ocidentais são capazes de alocar recursos financeiros para infraestruturas tão rapidamente e em tal escala, por vezes contornando procedimentos transparentes”, explicou Narguiza Mouratalieva. As empresas chinesas estão também a multiplicar os acordos no domínio energético, procurando, por exemplo, gás no Turquemenistão, urânio no Cazaquistão e terras raras no Tajiquistão. “A Ásia Central é rica em recursos naturais de que a economia chinesa, em pleno crescimento, necessita. Para Pequim, garantir um abastecimento ininterrupto desses recursos, contornando as rotas marítimas instáveis, é um objectivo importante”, sublinha a politóloga quirguiz. Ao lado do poder A China também se apresenta como apoiante dos regimes da Ásia Central, na sua maioria autoritários. Na cimeira de 2023, Xi Jinping apelou à “resistência às ingerências externas”, susceptíveis de provocar “revoluções” que derrubem os poderes instituídos. “A Ásia Central faz fronteira com a região autónoma uigur de Xinjiang (e) Pequim considera a estabilidade dos Estados da Ásia Central como uma garantia da segurança das fronteiras no oeste” chinês, explicou Mouratalieva.
Hoje Macau SociedadeDroga | Homem detido e acusado de tráfico Um trabalhador não-residente foi detido pela Polícia Judiciária (PJ), depois de ter sido interceptado com drogas no valor de cerca de 100 mil patacas. O caso foi divulgado ontem pela polícia. O homem, com nacionalidade das Filipinas, trabalha numa empresa de limpeza. Segundo os contornos apresentados pela PJ, e citados pelo Jornal Ou Mun, as autoridades receberam informações de que um trabalhador não-residente estaria envolvido no tráfico de droga em Macau. As investigações levaram a que o homem fosse identificado, com a abordagem ao suspeito a ser feita no domingo, na zona central, perto da sua habitação. Entre a revista e as buscas ao domicílio foram apreendidos 12 pacotes de metanfetaminas com um total de 24,84 gramas. Foram ainda apreendidos 14 pacotes de cocaína, com um peso de 12,75 gramas, uma balança electrónica e 6.800 patacas em dinheiro, que as autoridades acreditam ser o resultado do tráfico da droga. O total dos estupefacientes foi avaliado em 98 mil patacas. Quando foi interrogado pelas autoridades, o suspeito confessou que tinha sido contratado por um distribuidor de droga para vender os estupefacientes a outros cidadãos filipinos em Macau. Desde Maio, que fazia a distribuição das drogas. O detido confessou ainda ter tido um lucro de 8 mil patacas com a venda dos estupefacientes. O caso foi encaminhado para o Ministério Público (MP), mas a PJ garante que vai investigar a origem dos estupefacientes, assim como o distribuidor principal.
Hoje Macau SociedadeSaúde | Dois casos de gripe com 15 infectados Os Serviços de Saúde (SS) registaram dois casos colectivos de gripe em escolas locais, que resultaram num total de 15 infectados. Os casos foram detectados no Colégio do Sagrado Coração de Jesus, onde se registaram oito infectados, quatro do sexo feminino e quatro do sexo masculino, e na Escola dos Moradores de Macau, com duas alunas infectadas e cinco infectados. “Desde o dia 12 de Junho, os doentes começaram a manifestar sintomas de infecção do tracto respiratório superior como febre, tosse e entre outros, tendo alguns deles sido submetidos a tratamentos médicos”, foi comunicado pelos SS. “As condições clínicas dos doentes são consideradas ligeiras, não foram registados casos graves ou outras complicações”, foi acrescentado. Após os dois casos, foram aplicadas medidas de controlo, “como o reforço na desinfecção, limpeza e manutenção da ventilação de ar no interior das instalações”. Gastroenterite | Quatro crianças afectadas em infecção colectiva Um total de quatro crianças foi infectada por gastroenterite, naquele que foi um caso colectivo registado na Creche Internacional de São José, de acordo com os Serviços de Saúde. No total há três crianças do sexo masculino infectadas e uma do sexo feminino. “Desde o dia 13 de Junho, os doentes começaram a apresentaram, sucessivamente, sintomas como dor abdominal, diarreia, entre outros, tendo alguns deles sido submetidos a tratamento em instituições de saúde. Não houve registo de casos graves ou de outras complicações graves”, consta do comunicado dos SS. “Foi excluída a possibilidade de gastroenterite alimentar em conformidade com as horas de refeições de pacientes. De acordo com as horas de ocorrência da doença, os sintomas, o período de incubação, é provável que o agente patogénico esteja relacionado com uma infecção viral”, foi acrescentado.
Hoje Macau SociedadeAMCM / DSEDT | Alertas para publicidades falsas com celebridades A Autoridade Monetária de Macau (AMCM) e a Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico (DSEDT) alertam a população para estar atenta a publicidades falsas a circular na Internet. De acordo com um comunicado, circulam “mensagens falsas relacionadas com um suposto plano de cooperação entre celebridades” e a AMCM e a DSEDT. “Por este meio, esclarecem, de forma solene, que o respectivo conteúdo é totalmente falso, alertando o público para a necessidade de prestar atenção a informações fraudulentas, de forma a evitar situações de burla e de prejuízos inesperados”, foi comunicado. “A AMCM e a DSEDT condenam, de forma veemente, os actos de falsificação e divulgação de informações falsas perpetrados por malfeitores, reservando-se o direito de responsabilizar judicialmente quaisquer acções que prejudiquem a reputação dos respectivos serviços”, foi acrescentado. A AMCM e a DSEDT não identificam as celebridades, mas nas redes sociais têm circulados anúncios com imagens de Ângela Leong ou Pansy Ho.
Hoje Macau SociedadeZAPE | Associação quer criar o Darling Harbour de Macau A Associação Industrial e Comercial da ZAPE de Macau sugeriu ao Governo que aposte na economia nocturna na ZAPE, para transformar esta zona no Darling Harbour de Macau, uma zona portuária de Sidney que mistura iates com restaurantes, café e esplanadas. Segundo o jornal Ou Mun, o presidente da associação, Wu Tat Chong, explicou que a economia nocturna é uma parte importante para a qualquer cidade moderna, e que a ZAPE pode aproveitar as suas vantagens como a localização e recursos para organizar feiras e espectáculos à noite, transformando-se numa zona comercial que funciona 24 horas por dia. Com base neste ponto de vista, o responsável sugeriu ao Governo que reforce os esforços na decoração das ruas, na valorização da paisagem verde, para criar um ambiente mais acolhedor e propenso ao consumo. Wu Tat Chong pediu também autorização para que os comerciantes possam instalar mesas e cadeiras nos passeios. Trabalho | Grupo promete 500 empregos O Grupo de Trabalho para a Coordenação da Promoção do Emprego deixou a promessa, na Assembleia Legislativa (AL), de que vai disponibilizar 500 vagas de emprego nos próximos seis meses. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, estas palavras foram citadas por Zheng Anting, deputado e presidente da Comissão de Acompanhamento para os Assuntos da Administração Pública da AL, depois de uma reunião com responsáveis deste organismo. Zheng Anting disse ainda que o Grupo vai cooperar com o sector financeiro na disponibilização de 200 vagas na segunda metade do ano para jovens licenciados, além de que o mesmo Grupo já facultou 300 vagas que serão distribuídas em sessões de emparelhamento a realizar nas próximas semanas. O deputado citou dados que mostram que, até Abril, Macau possuía 183 mil trabalhadores não residentes, sendo que 82 por cento ocupam cargos não qualificados, com primazia para o sector das limpezas.
Hoje Macau PolíticaZAPE | DSEDT visita lojas para divulgar apoios a PME No dia seguinte ao anúncio do encerramento de 11 casinos-satélite, a Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico (DSEDT) começou a enviar pessoal para a Zona de Aterros do Porto Exterior (ZAPE) para falar com os comerciantes cujos negócios sobrevivem nas imediações destes casinos em vias de extinção. As equipas da DSEDT tiraram fotografias com os comerciantes e, “para dar resposta ao possível impacto na economia das zonas circundantes dos casinos-satélite”, divulgaram os vários planos de apoio às pequenas e médias empresas (PME). Entre eles, o Plano de Apoio a Pequenas e Médias Empresas, o Plano de Bonificação de Juros de Créditos Bancários, os Planos de Garantia de Créditos Bancários e os Serviços de Apoio à Digitalização de PME. O pessoal da DSEDT prestou esclarecimentos sobre os apoios a empresários que tenham vontade de reestruturação ou reconversão dos seus negócios em estabelecimentos como lojas de roupa e restaurantes. Além de ter aberto uma linha aberta para ajudar os donos de negócios no ZAPE, a DSEDT promete “acelerar a apreciação e aprovação de pedidos, apoiando ainda mais as PME na obtenção de fundo de maneio, aliviando a pressão operacional, apoiando a exploração e o desenvolvimento contínuo das PME e assegurando, ao mesmo tempo, o emprego dos residentes”.
Hoje Macau PolíticaUniversidade de Pequim | Sam Hou Fai agradece formação de quadros O Chefe do Executivo, Sam Hou Fai, reuniu na segunda-feira com o reitor da Universidade de Pequim, Gong Qihuang, com quem trocou impressões sobre cooperação nos domínios do ensino superior, da investigação académica e da formação de quadros qualificados de alta qualidade. Como não poderia deixar de ser, Sam Hou Fai salientou o seu Governo “está a implementar plenamente o espírito consagrado nos discursos importantes do Presidente Xi Jinping proferidos durante a sua visita a Macau, e a concentrar todos os esforços no impulsionamento da diversificação adequada da economia local e na construção da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin”. O Chefe do Executivo enalteceu a excelência do ensino da instituição, assim como o prestígio internacional e que coloca a Universidade de Pequim entre as melhores do ranking mundial das universidades, e lembrou o número crescente de alunos de Macau que frequentam a instituição. Como tal, o governante agradeceu ao reitor Gong Qihuang o apoio na “formação de quadros qualificados para a RAEM em todas as vertentes na qualidade de suporte ao desenvolvimento da economia local”.
Hoje Macau SociedadeStartup brasileira de biotecnologia vence concurso de inovação em Macau A ‘startup’ brasileira de biotecnologia Hilab venceu ontem um concurso de inovação em Macau, no qual foram distinguidas outras seis empresas portuguesas e brasileiras, abrindo as portas a apoios e financiamento e ao mercado chinês, anunciou a organização. A Hilab, com um capital de 200 milhões de patacas, dinheiro angariado de 125 milhões de patacas e à procura de contactos, oportunidades de negócio, de financiamento e de expandir-se na China, foi fundada em 2016. A ‘startup’, que venceu o Concurso de Inovação e Empreendedorismo (Macau) para as Empresas de Tecnologia do Brasil e de Portugal 2025, desenvolveu um dispositivo de diagnóstico portátil que fornece resultados de qualidade laboratorial. De acordo com informação da Hilab, o dispositivo requer “apenas algumas gotas de sangue” e pode “realizar 25 tipos de exames, cobrindo 85 por cento dos diagnósticos médicos mais solicitados”. Actualmente, a empresa actua em 1.700 cidades brasileiras e já realizou mais de três milhões de exames, exportando os produtos para países da América do Sul, além de outras geografias, como Indonésia, Angola, Moçambique e África do Sul. Parabéns ao marketing Também ontem um painel de investidores, académicos e especialistas em finanças seleccionou o projecto brasileiro, Klike.AI LLC, uma plataforma de análise de marketing alimentada por inteligência artificial, e o projecto português OWLplaces, especializado em inteligência artificial e análise de dados geoespaciais, de acordo com a nota da organização. O concurso recebeu 20 candidaturas dos dois países e seleccionou 17 finalistas em áreas como inteligência artificial, biomedicina, dispositivos médicos, NB-IoT (baixa largura de banda para a Internet das Coisas). Os sete projetos premiados receberam prémios monetários, com um valor máximo de 180 mil patacas, e garantiram apoio para facilitar o acesso a financiamento chinês e ao mercado da China, nomeadamente da Grande Baía. O concurso foi organizado pela Direcção dos Serviços de Desenvolvimento Económico e Tecnológico do Governo de Macau e realizado pela incubadora Parafuturo de Macau e pelo Centro de Incubação de Jovens Empreendedores de Macau. Os organizadores sublinharam, no comunicado, que os premiados podem participar em intercâmbios, exposições e negociações na China continental, para “promover o desenvolvimento conjunto das indústrias de inovação tecnológica entre a China e os países de língua portuguesa”. Após o concurso, as finalistas foram convidadas a realizar bolsas de contacto com agências de investimento, empresas, universidades e incubadoras das cidades de Xangai e Shenzhen e da província de Jiangsu (este), “para explorar a viabilidade da cooperação entre indústria, ensino superior e investigação e a implementação de projectos”.
Hoje Macau PolíticaSubsídio de nascimento | Aumentos de 940 patacas O subsídio de nascimento dos funcionários públicos vai aumentar para 6.580 patacas, um crescimento de 940 patacas, de acordo com a proposta de alteração do estatuto dos trabalhadores da administração pública de Macau e diplomas conexos que está a ser analisada pela 2.ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa. A alteração foi apresentada ontem por Chan Chak Mo, deputado e presidente da comissão, que explicou que com esta proposta o subsídio que actualmente é de 60 pontos, o equivalente a 5.640 patacas, vai subir para 70 pontos, o que representa uma subida de 940 patacas. Citado pelo jornal Ou Mun, o também deputado, apontou que a proposta da lei sugere ainda que os atestados médicos têm de ser emitidos pelos hospitais, centros de saúde, postos de saúde ou entidades médicas com protocolos assinados com os Serviços de Saúde. Chan Chak Mo explicou também que o Governo não vai permitir a apresentação de atestados médicos emitidos por entidades privados, por temer fraudes e pela dificuldade acrescida de supervisão.
Hoje Macau SociedadeUM | Subida de estatuto nos indicadores ESI A Universidade de Macau (UM) acaba de entrar para o grupo das 0,1 por cento melhores instituições de ensino superior do mundo nos indicadores ESI (Essential Science Indicators), em áreas como a Engenharia, Ciências da Computação, Farmacologia e Toxicologia. Segundo uma nota da UM, a instituição de ensino superior pública de Macau “subiu uma posição face à anterior”, tratando-se de uma “conquista que destaca o estatuto de classe mundial das três áreas de investigação da UM”. A entidade explica ainda que a base de dados dos indicadores ESI “classifica as instituições com base na frequência de citação dos seus artigos e inclui apenas 1 por cento dos artigos mais citados nos últimos 10 anos”, sendo que “actualmente, a UM está incluída na base de dados ESI em 15 áreas de investigação, com engenharia, ciência da computação e farmacologia e toxicologia classificadas entre os 0,1 por cento melhores do mundo”. Além disso, “no campo da ciência da computação a UM fez progressos notáveis nos últimos anos”, pois não só “subiu para o top 0,1 por cento no ESI” como está “classificada em 101.º lugar no ranking das melhores universidades globais de ciência da computação da US News & World Report de 2024-2025”.
Hoje Macau China / ÁsiaAgência da ONU alerta para riscos de fugas radioactivas no conflito entre Israel e Irão O director da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, alertou ontem para o risco de fugas radioactivas devido aos ataques israelitas contra instalações nucleares iranianas e ofereceu-se para se deslocar à região. Apesar do alerta, a AIEA assegurou que não detectou quaisquer fugas radioactivas desde que Israel lançou a ofensiva contra o Irão, na sexta-feira. Grossi informou ontem o Conselho de Governadores da AIEA de que a agência da ONU com sede em Viena acompanha a situação de perto desde o início do conflito. Disse que o centro de crise da AIEA está a trabalhar 24 horas por dia para avaliar o nível de radiação nas principais instalações iranianas. O objectivo é poder responder a uma eventual emergência no prazo máximo de uma hora, explicou, de acordo com a agência de notícias espanhola Europa Press. “A escalada militar ameaça vidas, aumenta a possibilidade de uma fuga radiológica com consequências graves para a população e o ambiente e atrasa o trabalho indispensável para uma solução diplomática que garanta a longo prazo que o Irão não obtenha uma arma nuclear”, afirmou. Contenção máxima Na intervenção perante o Conselho de Governadores da AIEA, o diplomata argentino à frente da agência desde Dezembro de 2019 apelou também para a “máxima contenção” de “todas as partes”. Apelou ainda a todos os países membros da AIEA para colaborarem numa aproximação entre as partes. Disse estar pronto para “viajar o mais rapidamente possível para avaliar a situação e garantir a segurança e a não-proliferação” no Irão. Sobre a situação dos últimos dias, marcada por “circunstâncias complicadas e complexas”, Grossi elogiou a troca de informações entre a AIEA e as autoridades iranianas. A troca de informações é fundamental que a comunidade internacional esteja a par do que se passa no terreno e possa prestar “assistência sanitária” em caso de emergência, afirmou. Grossi prometeu que a AIEA “não vai ficar à margem” do conflito, o segundo em três anos entre dois países membros da organização que possuem instalações nucleares, como acontece desde 2022 no caso da Rússia e da Ucrânia.
Hoje Macau EventosFundação Oriente inicia ciclo documental asiático sobre Goa A Fundação Oriente (FO), em Lisboa, inicia esta sexta-feira um ciclo de cinema documental intitulado “Goa em Foco – Vozes e Visões Documentais”; entre os dias 4 e 11 de Julho; 5 e 12 de Setembro e depois entre 3 e 10 de Outubro, sempre a partir das 18h. Segundo o programa oficial, o ciclo centra-se “na produção de realizadores e produtores goeses e revela a diversidade cultural, social e histórica deste território”. Além disso, “a par da exibição de filmes, o ciclo promove debates com cineastas e especialistas, afirmando o papel do documentário na resistência ao esquecimento e valorização das identidades plurais que definem Goa”. O “Goa em Foco” pretende afirmar-se “como uma mostra relevante ao panorama do cinema documental, ao concentrar-se na produção de realizadores e produtores goeses e, assim, relevar a diversidade cultural, social e histórica deste território”. “Através das narrativas visuais densas e multifacetadas, a selecção de documentários propõe uma viagem pelas memórias históricas de Goa, mas também pelo pulsar contemporâneo da sua sociedade, capturando o quotidiano, o sentido de pertença e as profundas transformações sociais e políticas que marcaram as últimas décadas”, lê-se ainda no programa. A voz de Aquino O filme exibido esta sexta-feira, “Enviado Especial”, da autoria de Nalini Elvino de Sousa foi realizado em 2018. Trata-se de um projecto que retrata a história de Aquino de Bragança, um intelectual e jornalista indiano que teve como objectivo de vida lutar contra o colonialismo e ajudar Goa e todos os países africanos a obter a independência e a paz. É também a história da sua amizade com Samora Machel, que foi tragicamente selada por um acidente de avião, a 19 de Outubro de 1986, onde ambos perderam a vida. No dia 4 de Julho apresenta-se “As Maçãs Azuis”, de Ricardo Leite; “A Dama de Chandor”, de Catarina Mourão, chega a 11 de Julho; enquanto “I Am Nothing, Vamona Navelcar”, de Ronak Kamat, exibe-se no dia 5 de Setembro. O cartaz prossegue com “Saxtticho Koddo: O Celeiro de Salcete”, de Vince Costa, exibido a 12 de Setembro; “A Delicate Weave”, de Anjali Monteiro e K.P. Jayasankar, marcado para 3 de Outubro; e ainda “Outra Goa”, filme do ano passado da autoria de Rosa Maria Perez, exibido a 10 de Outubro. Este documentário, da RTP2, “revela uma Goa desconhecida”. “Goa tem sido objecto de interesse privilegiado pelas ciências sociais e pelas humanidades, pelo cinema (particularmente de Bollywood) e pela literatura. As representações sobre este estado da Índia têm, todavia, adoptado uma perspectiva dominantemente lusocêntrica: a ideia de que Goa é maioritariamente católica, de língua e cultura portuguesas e, nesta medida, um prolongamento de Portugal na Índia”, explica o programa. Porém, “a Goa contemporânea força-nos, todavia, a um redimensionamento permanente de expectativas criadas pelos textos, pelos media e outros, e convida-nos a aceitar que, como Embree disse uma vez sobre a Índia, ela é uma cultura em formação onde as relações entre indivíduos e grupos são moldadas numa atmosfera social singularíssima”, lê-se ainda.
Hoje Macau China / ÁsiaAmérica Latina | Pequim exige que EUA deixem de interferir nos assuntos internos A China exigiu ontem aos Estados Unidos que deixem “de interferir nos assuntos internos de outros países”, após a embaixada norte-americana no Panamá anunciar que vai substituir 13 equipamentos de telecomunicações da empresa chinesa Huawei naquele país. “O Governo dos Estados Unidos tem há muito tempo conduzido vigilância e ciberataques na América Latina e Caraíbas, o que teve um impacto negativo no hemisfério ocidental e gerou insegurança nos países do continente americano”, afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Guo Jiakun, em conferência de imprensa. Guo salientou que “a China sempre apoiou os países da América Latina e Caraíbas, incluindo o Panamá, defende a independência e opõe-se à hegemonia, intimidação e ingerência externa”. “Pequim nunca procurou esferas de influência, nem se envolveu em competições geopolíticas, nem coagiu outros países a tomarem partido”, afirmou, acrescentando que a América Latina “não é o quintal de ninguém”. O porta-voz pediu ainda a Washington para “deixar de politizar os assuntos económicos, comerciais e tecnológicos, de interferir nos assuntos internos de outros países e de minar a sua soberania e independência”. As declarações do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China surgem depois de o presidente do Panamá, José Raúl Mulino, ter exigido na semana passada aos Estados Unidos “respeito” e que se abstenham de arrastar o país para o “conflito geopolítico” entre Washington e Pequim. A reação do chefe de Estado panamiano seguiu-se ao anúncio feito pela embaixada norte-americana no Panamá, que declarou que o Governo liderado por Donald Trump substituirá, “por tecnologia norte-americana segura”, 13 equipamentos da Huawei no âmbito de uma campanha para “contrariar a influência maligna da China” na região.
Hoje Macau China / ÁsiaÁsia Central | China defende projectos conjuntos Pequim defendeu ontem projectos conjuntos com os cinco países da Ásia Central para promover o desenvolvimento e beneficiar a população local, antes da realização da Cimeira China – Ásia Central, esta semana, em Astana. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Guo Jiakun revelou ontem, em conferência de imprensa, que o volume comercial entre a China e os cinco países da região – Cazaquistão, Quirguistão, Uzbequistão, Tajiquistão e Turquemenistão -, cresceu 116 por cento, entre 2013 e 2024. Guo afirmou que projectos de infraestrutura de transporte, como a ligação ferroviária China – Tajiquistão ou a auto-estrada China – Quirguistão – Uzbequistão, “elevaram a conectividade regional a um novo nível”. “A economia digital e a transformação verde ampliaram novas áreas de cooperação pragmática entre ambas as partes”, acrescentou o porta-voz, ao mesmo tempo que os intercâmbios culturais e pessoais entre a China e os países da Ásia Central “ganharam impulso” nos últimos tempos. Segundo Guo, uma série de planos para a cooperação futura entre a China e a Ásia Central serão elaborados em conjunto durante a cimeira, que se realiza em Astana desde ontem até quarta-feira, um evento que conta com a presença do Presidente chinês, Xi Jinping. Nos últimos anos, a China fortaleceu os seus laços com a Ásia Central, uma região vasta e rica em recursos que Pequim considera crucial para a expansão das suas rotas comerciais e segurança energética, bem como para manter a estabilidade na região ocidental de Xinjiang, onde vivem numerosas minorias étnicas de religião muçulmana.