Hoje Macau China / ÁsiaGaza | China rejeita proposta de Trump de expulsar habitantes Pequim voltou a defender a solução de dois Estados no Médio-Orinte e opôs-se veementemente à intenção de Donald Trump de assumir o controlo da região e expulsar os palestinianos da sua terra A China manifestou ontem a sua oposição à proposta do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de expulsar os habitantes da Faixa de Gaza e reiterou a sua defesa da solução de dois Estados para a questão israelo-palestiniana. “Opomo-nos à deslocação forçada dos residentes da Faixa de Gaza. A China espera que todas as partes aceitem o cessar-fogo e regressem a uma solução política de dois Estados”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Lin Jian, em conferência de imprensa. Trump disse na terça-feira que os palestinianos não têm outra escolha senão deixar a Faixa de Gaza porque o local é inabitável, e insistiu que quer que a Jordânia e o Egpito os acolham. O porta-voz chinês acrescentou que as partes envolvidas devem “colocar a questão palestiniana no caminho certo”. “Isso significa um acordo baseado na ‘solução de dois Estados’ que visa uma paz duradoura no Médio Oriente”, advertiu. Pequim tem afirmado repetidamente que a Palestina deve ser “plenamente” reconhecida como um Estado nas Nações Unidas e que insistirá na solução de dois Estados para garantir a “coexistência pacífica” entre israelitas e palestinianos. A China também manifestou o seu apoio à “causa justa do povo palestiniano para restaurar os seus direitos e interesses legítimos”, e os seus funcionários realizaram várias reuniões com representantes de países árabes e muçulmanos para reafirmar esta posição ou para tentar fazer avançar as conversações de paz. Ocupação e destruição Trump afirmou que no enclave palestiniano “tudo está demolido” e que os habitantes de Gaza “ficariam felizes” por sair, se tivessem a oportunidade de o fazer num “local agradável com fronteiras agradáveis”. Desde 1967, Israel construiu cerca de 160 colonatos ilegais que albergam mais de 700.000 judeus na Cisjordânia ocupada e em Jerusalém Oriental. O Estado israelita também reivindica a soberania de toda a cidade de Jerusalém, cujo lado oriental foi capturado na guerra de 1967, ocupado militarmente e anexado unilateralmente em 1980.
Hoje Macau EventosCreative Macau | Henry Ma apresenta obras em tinta da China Henry Ma tem feito carreira na área das artes, não só no Governo como na academia, e regressa, a partir da próxima terça-feira, com uma nova exposição de obras em tinta da China na Creative Macau. “Searching” é o nome da mostra que pode ser vista gratuitamente até meados de Março A Creative Macau apresenta, a partir da próxima terça-feira e até ao dia 11 de Março, a exposição “Searching”, com trabalhos da autoria de Henry Ma, destacado nome no seio das artes locais e também do ensino superior. Esta é uma mostra virada para as peças feitas em tinta da China da autoria do criativo e docente que se licenciou em Belas Artes no Canadá, tendo feito depois um mestrado em História na Universidade de Jinan, China, e um doutoramento em Arqueologia e Museologia pela Universidade de Pequim. Uma nota da Creative Macau cita as palavras do próprio autor sobre a exposição da sua autoria. “Passaram quase 40 anos desde que me licenciei na Faculdade de Belas Artes do Canadá. Depois de regressar a Macau, no início dos anos 80, comecei a trabalhar para o Governo e era responsável pelas exposições de belas artes. Desde então, tenho organizado exposições apenas para outros e, ocasionalmente, participo em exposições conjuntas para mostrar uma ou duas das minhas próprias obras, o que não reflecte a abrangência da minha criação artística”, aponta. Desta forma, segundo Henry Ma, “Searching” é composta por 30 peças dos seus esboços feitos com tinta da China, tratando-se de desenhos feitos sobre várias paisagens e locais ao ar livre nos últimos anos. “Embora não possam ser considerados como grandes obras de arte, devem ser considerados como uma revisão das minhas fases de pesquisa e desenvolvimento.” Para o artista e criativo, “existem ainda muitas falhas que precisam ser melhoradas”, assume. Regresso e carreira Ainda segundo o artista, este recorda que, quando voltou para Macau, tentou “aplicar técnicas de pintura ocidentais na arte chinesa”, além de “incorporar a caligrafia chinesa como meio de expressão”. Porém, o sucesso nem sempre o acompanhou. “Tentei de muitas maneiras, mas o efeito não foi significativo, por isso voltei ao ponto de partida com esboços ao ar livre. No início, desenhava com canetas de fibra em papel feito à mão e depois passei para a tinta da China em papel de arroz. Na fase inicial, não conseguia lidar com a reação entre a tinta e a água, mas após anos de prática, compreendi gradualmente a inter-relação entre estes dois meios.” Ainda assim, o artista assume que continua a “pensar e a procurar constantemente a forma de me exprimir nas minhas próprias obras de arte”. Henry Ma foi membro da Comissão Executiva do Instituto para os Assuntos Municipais de Macau até 2020 e é director e membro da Comissão Executiva da Emissora de Rádio e Televisão de Macau desde 2021, a Teledifusão de Macau. Ma leccionou ainda em instituições como a Universidade de Pequim e a Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau, tendo publicado um livro intitulado “A Research on Blue and White Porcelain Wares of the Ming Dynasty Unearthed in Macau”, juntamente com artigos editados em várias revistas académicas. A sua arte, que inclui pinturas, fotografias e caligrafia chinesa, foi exposta no Canadá, na China Continental e em Macau.
Hoje Macau SociedadeGripe | Idosa estável após estar ligada a ventilador Uma mulher de 69 anos recuperou de um estado clínico complicado de gripe A, que obrigou a auxílio respiratório e na segunda deixou de precisar de ventilador, encontrando-se actualmente em estado considerado estável, indicaram ontem os Serviços de Saúde. A doente foi ao Centro Hospitalar Conde de São Januário no dia 14 de Janeiro onde foi diagnosticada com pneumonia bacteriana e submetida a internamento hospitalar. Cerca de duas semanas depois, os sintomas agravaram-se com febre e falta de ar. No dia 1 de Fevereiro, acabaria por ser diagnosticada com gripe A e pneumonia, que obrigaram a equipa médica a recorrer ao ventilador mecânico. As autoridades acrescentaram que a doente não foi vacinada contra a gripe sazonal este ano.
Hoje Macau Manchete SociedadeBanca | Lucros com valor mais baixo dos últimos 14 anos Os bancos de Macau obtiveram um lucro de 4,01 mil milhões de patacas no ano passado, no que representou uma redução de 21,3 por cento em comparação com 2023. Os dados foram divulgados pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM) Os bancos de Macau obtiveram um lucro de 4,01 mil milhões de patacas em 2024, uma queda de 21,3 por cento e o valor mais baixo desde 2010. De acordo com dados oficiais da Autoridade Monetária de Macau (AMCM), a principal razão para a diminuição dos lucros foi uma queda de 18,3 por cento, para 16,1 mil milhões de patacas, na margem de juros, a diferença entre as receitas dos empréstimos e as despesas com depósitos. Isto após a AMCM ter aprovado três descidas da principal taxa de juro de referência nos últimos três meses de 2024, a última das quais um corte de 0,25 pontos percentuais, introduzida em 19 de Dezembro, seguindo a Reserva Federal norte-americana. Os empréstimos, a principal fonte de receitas da banca a nível mundial, diminuíram 7,2 por cento em comparação com o final de Dezembro de 2023, fixando-se em 1,01 biliões de patacas. Pelo contrário, os depósitos junto dos bancos de Macau aumentaram 4 por cento, para 1,27 biliões de patacas no final de 2024, disse a AMCM na segunda-feira. A banca tinha terminado 2023 com um lucro de 6,14 mil milhões de patacas, menos 53,5 por cento do que no ano anterior. Macau tem dois bancos emissores de moeda: a sucursal local do banco estatal chinês Banco da China e o Banco Nacional Ultramarino (BNU), que pertence ao Grupo Caixa Geral de Depósitos. BNU com lucros O BNU anunciou em Novembro lucros líquidos de 444,2 milhões de patacas nos três primeiros trimestres do ano, uma diminuição homóloga de 3,4 por cento, em parte devido ao “ambiente prevalecente das taxas de juro”. O crédito malparado aumentou 30,3 por cento em 2024 para 56,1 mil milhões de patacas, o valor mais elevado desde que a AMCM começou a compilar estes dados, em 1990, ainda durante a administração portuguesa do território. Os empréstimos vencidos representavam 5,5 por cento dos empréstimos dos bancos de Macau, mais 1,6 pontos percentuais do que no final de 2023. Uma percentagem que atinge 6,9 por cento no caso do crédito a instituições ou indivíduos fora da região chinesa. A Autoridade Bancária Europeia, a agência reguladora da UE, por exemplo, considera que os bancos com pelo menos 5 por cento dos empréstimos malparados têm “elevada exposição” ao risco e devem estabelecer uma estratégia para resolver o problema. Ainda assim, a percentagem de crédito bancário vencido em Macau está longe do recorde de 25,3 por cento alcançado em meados de 2001, em plena crise económica mundial causada pelo rebentar da bolha especulativa das empresas ligadas à Internet.
Hoje Macau SociedadeJogo | Transacções suspeitas bateram recorde em 2024 Durante o ano passado, as transacções financeiras suspeitas relativas ao sector do jogo aumentaram 11,8 por cento face a 2023, com um total de 3.837 relatórios apresentados às autoridades em 2024, de acordo com dados fornecidos pelo Gabinete de Informação Financeira (GIF) ao portal GGR Asia. As autoridades justificaram o incremento com a recuperação económica do território e o “aumento significativo” do número de turistas que visitaram Macau. Além do contexto socioeconómico, o GIF refere que o aumento de transacções financeiras suspeitas também está relacionado com o contínuo investimento em recursos para identificar movimentos suspeitos na indústria do jogo. O número de transacções suspeitas do ano passado bateu o recorde anual desde que se faz este tipo de registo, ou seja, desde 2006. Este ano, o tipo de actividades mais comuns no radar do GIF inclui conversão de fichas de jogo com poucas ou sem apostas, troca de fichas de jogo em nome de terceiros, troca de moeda e conversão cambial. No cômputo geral, o GIF recebeu um total de 5.245 participações, sendo que 73,2 por cento vieram das concessionárias de casinos, enquanto 20,9 por cento chegaram de bancos e seguradoras e 5,9 por cento de outras instituições e entidades. Os sectores referenciados, incluindo lojas de penhores, joalharias, imobiliárias e casas de leilões, são obrigados a comunicar às autoridades qualquer transação igual ou superior a 500 mil patacas. Do total de 5.245 participações, o GIF remeteu no ano passado 142 transacções suspeitas ao Ministério Público para investigação, mais 26 do que em 2023.
Hoje Macau Manchete SociedadeAno Novo Lunar | Número de turistas aquém das expectativas Durante as festividades do Ano Novo Lunar quase 1,31 milhões de pessoas visitaram Macau, no entanto, a média de 163.700 turistas por dia ficou abaixo das expectativas do Governo. Em Janeiro, também as receitas do jogo não corresponderam às previsões dos analistas Quase 1,31 milhões de pessoas visitaram Macau durante a chamada ‘semana dourada’ do Ano Novo Lunar, menos 3,5 por cento do que no mesmo período de feriados de 2024, foi ontem anunciado. De acordo com dados da Polícia de Segurança Pública (PSP) de Macau, entre 28 de Janeiro e 4 de Fevereiro entraram no território, em média, mais de 163.700 turistas por dia. Em 17 de Janeiro, a directora dos Serviços de Turismo de Macau (DST), Maria Helena de Senna Fernandes, disse que esperava uma média diária de 185 mil visitantes durante a ‘semana dourada’. O período do Ano Novo Lunar, o maior movimento de massas do mundo, é a principal festa tradicional das famílias chinesas e acontece em Janeiro ou Fevereiro, consoante o calendário lunar, e o número de dias depende da decisão do Conselho de Estado. Este ano, o primeiro dia do ano celebrou-se a 28 de Janeiro, uma terça-feira. De acordo com dados da PSP que abrangem também o fim de semana anterior, Macau recebeu quase 1,7 milhões de visitantes num período de 11 dias, entre 25 de Janeiro e 4 de Fevereiro. Os dados divulgados pela PSP não indicaram a origem dos turistas, mas referiram que 38,8 por cento entraram pelas Portas do Cerco, a principal fronteira com o Interior. Caminhos alternativos Outros 23,2 por cento, chegaram ao território pela Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau (29,8 por cento), uma infra-estrutura de 55,5 quilómetros que liga Macau e a cidade chinesa adjacente, Zhuhai, à região vizinha de Hong Kong. Aliás, a ponte inaugurada em Outubro de 2018 registou na sexta-feira a passagem de mais de 156 mil pessoas no terminal de Zhuhai, um novo recorde máximo, de acordo com o jornal estatal China Daily. O Ano Novo Lunar é uma das três épocas altas para o turismo e os casinos de Macau, juntamente com as ‘semanas douradas’ do Dia do Trabalhador (1 de Maio) e do Dia Nacional da China (1 de Outubro). As receitas do jogo na caíram 5,6 por cento em Janeiro, em comparação com o mesmo mês de 2024, para menos de 18,3 mil milhões de patacas, abaixo das expectativas dos analistas. Macau recebeu no ano passado 34,9 milhões de visitantes, mais 23,8 por cento do que no ano anterior, mas ainda longe do recorde de 39,4 milhões fixado em 2019, antes da pandemia. O número superou as previsões iniciais da DST, que eram de 33 milhões, assim como a previsão revista em alta em 4 de Dezembro: 34 milhões.
Hoje Macau Manchete PolíticaTrabalho | Número de trabalhadores não-residentes subiu quase 5.900 No final de Dezembro estavam registados no território mais de 182.500 mil trabalhadores não-residentes, o que representa um aumento de quase 5.900 no ano passado Macau empregava no final de Dezembro mais de 182.500 mil trabalhadores não-residentes, um aumento de quase 5.900 durante o ano de 2024. Segundo dados do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), divulgados pela Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), este número representa um aumento de quase 30.700 desde o fim da política ‘zero covid’, em Janeiro de 2023. Nesse mês, a mão-de-obra vinda de fora de Macau, incluindo do Interior da China, tinha caído para menos de 152 mil, o número mais baixo desde Abril de 2014. Desde o pico máximo de 196.538, atingido no final de 2019, no início da pandemia, e até Janeiro de 2023, a cidade perdeu quase 45 mil trabalhadores não-residentes, que correspondiam a 11,3 por cento da população activa. O sector da hotelaria e da restauração foi o que mais contratou em 2024, ganhando 4.561 trabalhadores não-residentes, seguido dos empregados domésticos (mais 1.678) e das actividades culturais e recreativas, incluindo os casinos (mais 1.418), de acordo com os dados divulgados na segunda-feira. A área da hotelaria e restauração tinha sido precisamente a mais atingida pela perda de mão-de-obra durante a pandemia, tendo despedido mais de 17.600 funcionários não-residentes desde Dezembro de 2019. Taxa de desemprego baixa Macau acolheu no ano passado 34,9 milhões de visitantes, mais 23,8 por cento do que no ano anterior, e os hotéis receberam mais de 14,4 milhões de hóspedes em 2024, estabelecendo um novo recorde histórico. A crise económica criada pela pandemia levou a taxa de desemprego a atingir 4 por cento no terceiro trimestre de 2022, o valor mais alto desde 2006. Mas, e apesar da subida do número de trabalhadores não-residentes, a taxa de desemprego está há sete meses seguidos em 1,7 por cento, igualando o mínimo histórico atingido antes do início da pandemia. A economia de Macau cresceu 11,5 por cento nos primeiros três trimestres de 2024, em comparação com igual período do ano anterior, graças à retoma do jogo, de acordo com dados oficiais. O produto interno bruto (PIB) representou 86,3 por cento do valor registado no mesmo período de 2019, antes do início da pandemia.
Hoje Macau PolíticaDados Pessoais | Yang Chongwei mantém liderança A nomeação de Yang Chongwei como director da Direcção dos Serviços da Protecção de Dados Pessoais (DSPDP) foi renovada por Sam Hou Fai pelo período de um ano, até ao fim de Janeiro de 2026. A informação consta de um despacho publicado ontem no Boletim Oficial. De acordo com o documento, a decisão teve em conta o facto de Yang “possuir experiência e capacidade profissional adequadas para o exercício das suas funções”. Yang Chongwei está no cargo desde 2017, quando a direcção de serviço era apenas gabinete. Yang Chongwei ingressou na Administração Pública em 1999, tendo ocupado os cargos de técnico superior no Instituto de Acção Social (IAS); coordenador do Gabinete de Acção Familiar do IAS; técnico superior, chefe funcional e coordenador-adjunto do Gabinete para a Protecção de Dados Pessoais. É licenciado em Ciências Sociais (Administração Pública) pela Universidade de Macau, possui mestrado em Serviço Social pela Universidade de Hong Kong e é doutorando em Relações Internacionais pela Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau.
Hoje Macau PolíticaEncontro | Sam Hou Fai recebeu mesa da AL O Chefe do Executivo, Sam Hou Fai, recebeu na Sede do Governo o presidente da Assembleia Legislativa (AL), Kou Hoi In, e os outros membros da mesa da AL, os deputados Chui Sai Cheong, vice-presidente, Ho lon Sang, primeiro secretário, e Si Ka Lon, segundo secretário. De acordo com a versão oficial do encontro, as duas partes “trocaram impressões sobre os apoios mútuos entre os órgãos executivo e legislativo” e abordaram a “criação de um mecanismo de comunicação mais eficaz”. Além disso, terá havido um acordo para a criação de uma “coordenação legislativa entre os órgãos executivo e legislativo”, cujos moldes não foram elaborados. Na reunião estiveram ainda presentes o secretário para a Administração e Justiça, André Cheong Weng Chon, a chefe do Gabinete do Chefe do Executivo, Chan Kak, o assessor do Gabinete do Chefe do Executivo, Chen Licheng.
Hoje Macau Grande PlanoAno Novo Chinês | Turismo e viagens impulsionaram consumo Chegado ao fim o período de feriados do Ano Novo Chinês, os números oficiais não mentem: a China atravessou um intenso período de consumo, sobretudo relacionado com viagens e turismo. Entre os dias 28 de Janeiro e esta terça-feira, alguns destinos no país quebraram recordes de visitantes É no início de cada ano que a economia espera por aquele que é um dos momentos altos para o turismo e consumo na China. O Ano Novo Chinês representa não apenas um momento de convívio familiar, mas também a oportunidade para muitos chineses viajarem. Este ano, para celebrar o Ano da Serpente, milhões de pessoas viajaram internamente e também para fora do país entre 28 de Janeiro e terça-feira, e segundo a Xinhua os números são impressionantes no que diz respeito a compras ou número de visitantes em alguns destinos. A prefeitura de Altay, na região autónoma de Xinjiang, é referida como um dos grandes destinos de esqui no país, tendo recebido entre 28 e 31 de Janeiro 191.900 visitantes, fluxo turístico que gerou 225 milhões de yuan em receitas. A agência destaca que “esquiar se tornou definitivamente a actividade mais popular em Altay durante as férias”, levando a “um número recorde de praticantes, mais de 10.000, a visitarem a estância de esqui de Jiangjunshan no dia 2 de Fevereiro”. Tal representou “um aumento de 23 por cento em relação ao ano anterior”. A zona de Altay é famosa por registar entre 170 e 180 dias de neve por ano, sendo que nas zonas montanhosas a profundidade média da neve chega a atingir entre um e dois metros. Outra região da China que atingiu números consideráveis nos feriados do Ano Novo Chinês foi o condado de Yangshuo, na região autónoma de Guangxi Zhuang, graças “às paisagens naturais únicas e ricas actividades culturais”. Entre 28 e 30 de Janeiro, esta zona recebeu cerca de 410.600 turistas, gerando receitas turísticas de 589 milhões de yuan. Por sua vez, Lhasa (no Tibete) também registou um aumento do número de visitantes. Entre 28 de Janeiro e segunda-feira, a cidade recebeu 1,95 milhões de turistas, representando um aumento de 20,6 por cento em relação ao ano anterior, e apurou em receitas turísticas quase 1,76 mil milhões de yuan. Trata-se de um aumento de 14,75 por cento em relação ao ano anterior, de acordo com o gabinete municipal de cultura e turismo de Lhasa. Dados positivos das agências Ainda segundo a Xinhua, os números do Ano Novo Chinês também se revelaram nas plataformas de reservas de viagens. No caso da Fliggy, uma das principais agências online, foi registado “um aumento de reservas, especialmente para cidades como Xangai, Pequim e Guangzhou”. Por outro lado, “as encomendas de viagens internacionais aumentaram de forma significativa, com as reservas de cruzeiros internacionais a aumentarem mais de seis vezes em comparação com o ano anterior”. Relativamente ao tráfego aéreo, o Shanghai Airport Group informou que o tráfego de passageiros no domingo atingiu um novo recorde histórico de 404.000 pessoas, com o aeroporto de Pudong, em Xangai, a registar 259.000 passageiros e o aeroporto de Hongqiao 145.000 passageiros. Houve ainda uma “coordenação reforçada dos serviços de metro, autocarros e táxis para garantir o transporte sem problemas” com a chegada do fim dos feriados, disse o grupo. Na segunda-feira, o China State Railway Group Co., Ltd. registou “um marco histórico”, pois foram transportadas em todas as linhas de caminhos-de-ferro um total de 16,45 milhões de pessoas. Trata-se do “maior tráfego de passageiros num único dia na história da corrida às viagens da Festa da primavera”. Só esta terça-feira, último dia dos feriados, terão viajado de comboio 16,9 milhões de passageiros, número que realça “ainda mais o pico de viagens, uma vez que centenas de milhões de pessoas regressaram aos seus destinos após as reuniões familiares”. Comes e bebes No que ao turismo diz respeito, verificou-se “um número crescente de pessoas que procuraram conhecer o património da China, motivados pela inscrição do Festival da Primavera na Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade da UNESCO, em Dezembro de 2024”, indica a agência estatal. Dados do Ministério do Comércio mostram que as vendas nas principais empresas de retalho e restauração em toda a China, durante os primeiros quatro dias dos feriados, aumentaram 5,4 por cento em comparação com o mesmo período do ano passado. Verificou-se um aumento de consumo de alimentos e bebidas importadas, como lagostas, cerveja e vinho. “Devido ao aumento da procura durante o Festival da Primavera, as importações da nossa empresa aumentaram quase 50 por cento no último mês”, disse Yang Xinyu, que representa uma empresa da cadeia de abastecimento internacional sediada em Guangzhou. Desde Janeiro que as autoridades aduaneiras do Aeroporto Internacional de Guangzhou Baiyun registaram um aumento na importação de produtos alimentares como lagostas e caranguejos, de 31,8 por cento em relação a 2024, traduzindo-se no valor total de 14,3 milhões de yuan. Muitas compras online E se o Ano Novo Chinês é sinónimo de reunião familiar, os feriados foram mais uma vez uma época para fazer compras online. A Meituan, uma das principais plataformas de comércio electrónico de serviços do país, registou um “aumento impressionante” de 300 por cento em relação ao ano anterior nas reservas online para os jantares da véspera do Ano Novo Lunar. De destacar que “as encomendas de grupos para pacotes com o tema ‘património cultural intangível’ aumentaram mais de 12 vezes desde Janeiro, ano após ano, reflectindo o crescente interesse dos consumidores em experiências culturais”. Sun Jiashan, investigador associado da Academia Central da Administração da Cultura e do Turismo, referiu, segundo a Xinhua, uma mudança no comportamento dos consumidores, sobretudo por parte dos mais jovens e famílias. “As famílias jovens estão a tornar-se cada vez mais a força motriz do consumo, com uma tendência para experiências diversificadas, de alta qualidade e culturalmente ricas”, afirmou. Os dados da Meituan Travel corroboram a observação do analista de que os jovens optam cada vez mais por celebrar o Festival da Primavera em cidades mais pequenas, mergulhando no património cultural intangível e nos marcos históricos. O aumento do turismo e do consumo cultural, desde experiências patrimoniais a filmes de grande sucesso, indicam uma procura crescente por actividades culturais tradicionais e contemporâneas. “Esta tendência também levou ao aumento da procura de produtos e serviços culturais e turísticos, originando a introdução de novos modelos e formatos de negócio que se adaptam melhor aos padrões contemporâneos de consumo cultural”, afirmou Sun, salientando o potencial do mercado de consumo chinês e as forças motrizes internas da economia. Mas nem só de compras se fez este Ano Novo Chinês, pois “a indústria cinematográfica do país provou ser um dos maiores vencedores durante a onda de consumo do Festival da primavera”. Entre os dias 29 de Janeiro e 3 de Fevereiro as receitas diárias de bilheteira ultrapassaram mil milhões de yuans durante seis dias consecutivos, elevando as receitas de bilheteira do Festival da Primavera deste ano para 8,02 mil milhões de yuans, De acordo com os dados da Administração Cinematográfica da China, a bilheteira total da China nos feriados deste ano, incluindo as pré-vendas em tempo real, ultrapassaram dez mil milhões de yuan.
Hoje Macau EventosExposição do escritor Charles Dickens em Londres na sua casa-museu aborda preocupação social A casa-museu do escritor Charles Dickens vai celebrar um século de existência com uma exposição que inclui objectos nunca vistos ou adquiridos recentemente, como um retrato considerado perdido e cartas que reflectem a preocupação social. Em exposição pela primeira vez vai estar uma carta em que parece reconhecer a homossexualidade de uma das suas personagens, Miss Wade em “Little Dorrit”, e outra missiva onde pede apoio a uma adolescente prestes a entrar para um refúgio para mulheres sem-abrigo que ajudou a fundar. Os responsáveis do museu acreditam que a primeira missiva, em resposta a uma sugestão de semelhanças entre Miss Wade e uma das personagens da autora Amelia Opie, contém uma referência à comunidade LGBTQ+. Em “Little Dorrit”, Miss Wade forma uma forte amizade com Harriet Beadle e a sua relação pode ser considerada romântica, contrariando as leis e restrições sociais da época. “Observei Miss Wade na vida real (como me atrevo a dizer que a senhora Opie observou o seu cavalheiro) e sei que a personagem é verdadeira em todos os aspectos”, responde Dickens ao interlocutor, sugerindo que estava consciente da situação. A biógrafa e tetraneta do autor, Lucinda Dickens Hawksley, admite que o comentário é bastante indirecto, “devido ao tipo de leis e costumes sociais da época, mas parece-nos que estão a falar de uma personagem LGBTQ+, e que Dickens garante que a sua personagem é real”. “Uma coisa que eu penso ser fascinante no trabalho de Dickens, e a razão pela qual continua a ser tão apreciado ainda hoje, é que ele mostra [no seu trabalho] pessoas de todos os quadrantes, personagens de diferentes classes sociais, e Dickens estava claramente consciente do mundo LGBT+, mesmo que não o expressasse dessa forma e fosse um pouco circunspecto por causa dos costumes da época”, afirmou à Agência Lusa. Cartas como prova Noutra carta também inédita, Dickens pede, à directora, roupas para uma rapariga de 16 anos que estava prestes a ingressar em Urania Cottage, um refúgio para mulheres sem abrigo, incluindo prostitutas, que fundou com amiga filantropa Angela Burdett-Coutts em 1847. Ambas as cartas refletem o carácter de activista social, que escrevia ou falava frequentemente em apoio a causas e instituições como o Hospital para Crianças Doentes ou legislação que pretendia proibir actividades de lazer ao domingo, afetando sobretudo os mais pobres. As cartas, adquiridas em 2019, contribuem para “confirmar coisas de que pensávamos já precisar, mas para as quais talvez não tínhamos muitas provas”, vincou Hawksley. Entre as 100 peças simbolicamente escolhidas para esta exposição, que permanecerá até 29 de Junho, encontra-se também um delicado retrato de Dickens enquanto escrevia “Um Conto de Natal” redescoberto coberto de bolor na liquidação de uma casa na África do Sul em 2017, depois de ter estado perdido durante 174 anos. A pequena pintura, da autoria de Margaret Gillies, estava desaparecida desde 1886 e foi readquirida há seis anos após uma campanha de angariação de fundos. A casa-museu, situada no número 48 da rua Doughty Street, foi onde o escritor (1812-1870) viveu em Londres de 1837 a 1839, período durante o qual terminou “Os Cadernos de Pickwick” e redigiu “Nicholas Nickleby” e “Oliver Twist”. Perante o sucesso literário e crescimento da família, Dickens mudou-se, mas em 1923, já depois da morte do autor, a propriedade foi adquirida por um grupo de admiradores e reaberta em 1925 como museu.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul | OpenAI e serviço de mensagens Kakao anunciam nova parceria A empresa tecnológica norte-americana OpenAI e o serviço de mensagens líder na Coreia do Sul, Kakao, anunciaram ontem um novo projecto de colaboração para incorporar a inteligência artificial (IA) nesta plataforma sul-coreana. O objectivo da parceria é incorporar o modelo de linguagem ChatGPT no Kakao, anunciaram as duas empresas, após uma reunião em Seul entre o director executivo do Kakao, Chung Shin-a, e o responsável da OpenAI, Sam Altman. “Tenho o prazer de partilhar a nossa parceria com a OpenAI como parte da nossa ambição de alcançar uma nova inovação e um salto em frente através da IA em 2025”, afirmou Chung Shin-a à imprensa. Segundo explicou, as duas empresas vão trabalhar em conjunto para aplicar a tecnologia da empresa norte-americana nos serviços do Kakao e também desenvolver produtos conjuntos de IA, enquanto a empresa sul-coreana planeia lançar a nova marca integrada de IA, Kanana, até ao final de 2025. “As tecnologias do ChatGPT serão integradas nos nossos serviços, incluindo a Kanana, e a parceria inclui a partilha de tecnologia e o desenvolvimento conjunto de produtos de IA para os 50 milhões de utilizadores do Kakao”, acrescentou Chung. O Kakao é a principal empresa de tecnologias de informação da Coreia do Sul e opera a maior aplicação de conversação móvel, KakaoTalk, com mais de 50 milhões de utilizadores, um número que quase iguala a população do país. O anúncio da OpenAI e do Kakao surge semanas após o lançamento do DeepSeek, a mais recente alternativa chinesa para o desenvolvimento de IA, que está no topo das tabelas de transferências gratuitas da loja de aplicações móveis App Store, tanto na China como nos EUA, superando o próprio ChatGPT.
Hoje Macau China / ÁsiaNissan Motor | Tribunal confirma condenação de ex-director O norte-americano Greg Kelly, ex-director da Nissan Motor, foi ontem novamente condenado no Japão por colaborar nas irregularidades financeiras cometidas pelo ex-presidente Carlos Ghosn, fugido da justiça japonesa. O Supremo Tribunal de Tóquio manteve a decisão tomada em Março de 2022 por um outro tribunal da capital, que foi objeto de recurso por parte do arguido, após ter recebido uma pena suspensa de seis meses de prisão. Kelly, outrora braço direito de Ghosn, foi considerado culpado de conspirar com o antigo presidente da empresa para não declarar futuras remunerações acordadas entre a Nissan e o dirigente máximo da fabricante de automóveis. A pena de prisão suspensa significava que Kelly não tinha de cumprir pena de prisão desde que não se envolvesse em qualquer actividade criminosa ao longo de três anos, e na prática permitiu-lhe regressar aos Estados Unidos. Kelly alegou no recurso a absolvição de todas as acusações de que foi considerado culpado. A acusação pediu até dois anos de prisão para o executivo norte-americano, detido no Japão em Novembro de 2018, na mesma altura da detenção de Ghosn. O jurista norte-americano trabalhou na Nissan como director representante, uma das posições mais elevadas no topo da empresa, e acabou por ser o único executivo da Nissan a ser julgado depois de outros responsáveis japoneses terem chegado a acordos judiciais. A sentença de 2022, ontem confirmada, foi a primeira no processo de 2018 contra Ghosn, que abalou a indústria automóvel, por tratar-se de um dos executivos mais respeitados entre os maiores fabricantes de automóveis do mundo.
Hoje Macau EventosÓbito | Escritora Maria Teresa Horta morre aos 87 anos A escritora Maria Teresa Horta, a última das “Três Marias”, morreu ontem, aos 87 anos, em Lisboa, anunciou a editora Dom Quixote. “Uma perda de dimensões incalculáveis para a literatura portuguesa, para a poesia, o jornalismo e o feminismo, a quem Maria Teresa Horta dedicou, orgulhosamente, grande parte da sua vida”, pode ler-se no comunicado enviado pela editora à Lusa. No mesmo texto, a Dom Quixote lamenta “o desaparecimento de uma das personalidades mais notáveis e admiráveis” da literatura portuguesa, “reconhecida defensora dos direitos das mulheres e da liberdade, numa altura em que nem sempre era fácil assumi-lo, autora de uma obra que ficará para sempre na memória de várias gerações de leitores”. Em Dezembro, Maria Teresa Horta foi incluída numa lista elaborada pela estação pública britânica BBC de 100 mulheres mais influentes e inspiradoras de todo o mundo, que incluía artistas, activistas, advogadas ou cientistas. Em 2022, nos 50 anos da obra “Novas Cartas Portuguesas”, escrita com Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa, Maria Teresa Horta afirmava, em entrevista à Lusa, que o livro sempre foi desconsiderado em Portugal e confessava-se “perplexa” com o interesse suscitado cinco décadas depois da publicação. “Novas Cartas Portuguesas”, escrita por Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa, a partir das cartas de amor dirigidas a um oficial francês por Mariana Alcoforado, constituiu-se como um libelo contra a ideologia vigente no período pré-25 de Abril, que denunciava a guerra colonial, as opressões a que as mulheres eram sujeitas, um sistema judicial persecutório, a emigração e a violência fascista. Começou a ser escrita em Maio de 1971 e foi publicada em Abril de 1972, tendo sido banida pela ditadura e as suas autoras levadas a julgamento. Até ao fim, as três recusaram-se a revelar e ninguém conhece individualmente a autoria de cada texto, como salientou à Lusa Maria Teresa Horta, que contestava uma ideia algo difundida de que a maioria seria obra de Maria Velho da Costa. “Foram escritas pelas três. Ninguém vai dizer [quem escreveu cada texto]. Elas já estão mortas e eu nem morta nem viva digo quem escreveu, porque nós fizemos uma jura”, afirmou, em 2022. Vida activa Nascida em Lisboa em 1937, Maria Teresa Horta frequentou a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, foi dirigente do ABC Cine-Clube, militante activa nos movimentos de emancipação feminina, jornalista do jornal A Capital e dirigente da revista Mulheres. Como escritora, estreou-se no campo da poesia em 1960, mas construiu um percurso literário composto também por romances e contos. Com livros editados no Brasil, em França e Itália, Maria Teresa Horta foi a primeira mulher a exercer funções dirigentes no cineclubismo em Portugal e é considerada um dos expoentes do feminismo da lusofonia. Foi amplamente premiada ao longo da sua carreira literária, destacando-se, só nos últimos anos, o Prémio Autores 2017, na categoria melhor livro de poesia, para “Anunciações”, a Medalha de Mérito Cultural com que o Ministério da Cultura a distinguiu em 2020, o Prémio Literário Casino da Póvoa que ganhou em 2021 pela obra “Estranhezas”, e a condecoração, em 2022, com o grau de Grande-Oficial da Ordem da Liberdade, pelo Presidente da República.
Hoje Macau EventosMúsica | Gisela João edita álbum “Inquieta” em defesa da Liberdade A fadista portuguesa Gisela João está de regresso aos discos com “Inquieta”, um trabalho que celebra a Liberdade e que é uma homenagem ao 25 de Abril. O trabalho discográfico, com muitas músicas de Zeca Afonso, sai para as lojas esta sexta-feira O novo álbum de Gisela João, “Inquieta”, a sair na sexta-feira, homenageia Abril, é pela Liberdade e sobre o impacto da Liberdade na vida quotidiana. “Quero deixar bem claro que a minha intenção com este disco é maior que a data em si, é maior que isso tudo, é lembrar as pessoas que a nossa Liberdade”, a liberdade “de cada um de nós”, impõe “cuidar da Liberdade” que “é nossa e do nosso vizinho”, que a Liberdade “tem um impacto de forma directa na vida e na liberdade das outras pessoas”, disse a fadista em entrevista à agência Lusa. O álbum reflecte a série de espectáculos que a cantora apresentou pelo país no ano passado, na celebração dos 50 anos do 25 de Abril. À Lusa, a fadista afirmou que sentiu “necessidade de gravar estas músicas, de cantar a Liberdade”, a Liberdade com maiúscula. Sobre o alinhamento do álbum, maioritariamente, composto por canções do repertório de José Afonso, Gisela João afirmou que “foi feito a olhar para o mundo”, para o que está a acontecer à sua volta e, “sentindo quase como um espírito de missão, de cantar a Liberdade de a defender, de dar estas palavras de novo ao público”, porque “são letras muito necessárias e precisamos de as ouvir”. Gisela João gravou repertório de José Afonso com novos arranjos musicais, canções como “Vejam Bem”, “A Morte saiu à Rua”, “Que Amor Não me Engana”, mas também de Paulo de Carvalho, “E Depois do Adeus” – canção que foi uma das senhas para o ainda golpe de 25 de Abril de 1974 -, de Sérgio Godinho, “Que Força é essa Amigo”, de Fernando Lopes-Graça, “Acordai!”, que o compositor estreou com o Coro das Academia Amadores de Música, e de José Mário Branco, “Inquietação”. Lutar sempre A cantora defendeu a necessidade de “uma luta constante” e de “uma defesa muito concreta da Liberdade que é um direito por nascença”. “O direito de qualquer um que nasce à Liberdade, à Liberdade de se ser o que se quer ser, e de se ser quem se deseja e quem se sonha”, argumentou. Gisela João realçou a actualidade do repertório que gravou e dos seus criadores, que marcaram a música portuguesa nas últimas décadas. “Estes autores – José Afonso, Sérgio Godinho, Fausto – podiam ter escrito estas canções hoje”, afirmou. “Se ouvirmos as notícias e sairmos à rua e olharmos com olhos de ver o que se passa à nossa volta, é muito fácil encaixar frases destes autores ou as canções inteiras e cantá-las, pois adequam-se ao tempo que nós vivemos”. Gisela João alertou para a necessidade de uma vigilância, pois “a Liberdade não é um dado adquirido” “A Liberdade – sermos todos livres – permite que se oiçam e se vejam coisas que não deviam acontecer. E quem defende essa Liberdade? Temos de ser nós, todos os dias, a defender a nossa Liberdade e a dos outros”, defendeu. “Uma situação complexa”, referiu, “mas um debate necessário e constante”. Zeca, o génio Reconhecendo a importância da intervenção cívica e política de José Afonso, autor da maioria das canções de “Inquieta”, Gisela João realçou a “genialidade” da sua criatividade musical, à qual se referiu como “impressionante”. “A qualidade das melodias que ele fez, [todas] têm algo que é do mais difícil de fazer; fazer coisas que parecem tão simples e são de uma profundidade imensa. É por isso, que, garantidamente, posso dizer que não conheço ninguém a quem essas melodias não toquem, não conversem com as pessoas”. “São melodias muito simples, mas não o são na verdade, são muito densas, e tocam nas pessoas, é isso que faz as pessoas sentir alguma coisa na pele”, acrescentou, realçando que “há uma assinatura muito portuguesa nestas músicas”. “Há ali [naquelas canções] — nem, sei explicar como — qualquer coisa que me faz sentir muito portuguesa, como no fado”, disse Gisela João que confidenciou que quando as ouve, parece que está a fazer um mantra consigo própria: “Uma cantilena em repetição que me vai acalmando a alma”. Questionada sobre a responsabilidade que sente ao interpretar estas canções, a fadista disse que quando começa a cantar é como se não estivesse ali. “O que está ali é o poema; e quem me dera poder levar as pessoas para o lugar para onde vou quando estou a cantar”. “A verdade é que os poemas são muito maiores que eu, e junto-os com as melodias perfeitas para eles, para as palavras soarem como precisam de soar. São muito maiores que eu. Sinto que fico em segundo plano. Apenas me sinto como veículo para dar às palavras aquilo que elas precisam, e para [as] fazer chegar às pessoas”, disse à Lusa. A intérprete destacou os arranjos musicais, “mais arejados”. E entre as dez canções que constituem o alinhamento, referiu a sua dificuldade em encontrar a forma como cantar “E Depois do Adeus” (José Niza/José Calvário), para se distanciar da interpretação do seu criador, Paulo de Carvalho. Gisela João defendeu que “cada um é único” e que quando canta, tem de “saber falar”. O que canta, tornar seu. “Eu tenho de sentir aquilo”, enfatizou. Para a intérprete, “E Depois do Adeus”, na interpretação do Paulo de Carvalho, “está perfeito, está redondinho, é aquilo é assim”, o que a deixava “muito inquieta”, pois “não queria cantar igual a ele, nem a fazer à Paulo de Carvalho”. “De repente, de tanto ler o poema e, relacionado com a fase da vida em que me encontro, precisava de cantá-la para mim, desconstruindo o poema e não falando de uma relação de amor com o outro; olhar de uma maneira diferente e falar da relação de amor que eu tenho comigo própria, onde eu estou, onde eu quero ir, quem é que eu sou, quantas de mim deixei pelo caminho, quais de mim é que eu quero resgatar”, contou. “Desculpem-me a ousadia e a imodéstia, mas esta canção, gravei-a para mim, e vou ficar muito feliz de saber se alguém, ao ouvi-la, quiser fazer um ponto de situação de si próprio”. “Os Bravos”, “Balada de Outono” e “Canção de Embalar” fazem também parte do alinhamento de “Inquieta”, com arranjos de Luís ‘Twins’ Pereira, Gisela João, Carles Rodenas Martinez, e produção executiva e gravação de Luís ‘Twins’ Pereira.
Hoje Macau China / ÁsiaEUA | Trump cria fundo soberano que pode vir a comprar a Tiktok Donald Trump assinou na segunda-feira uma ordem executiva que determina que os departamentos do Tesouro e do Comércio criem um “fundo soberano”, afirmando que este pode vir a adquirir a rede social TikTok. “Acredito que Scott e eu vamos criar um fundo soberano incrível. Outros países muito mais pequenos já os têm e não são os EUA. Temos um potencial incrível neste país”, disse, aludindo ao seu nomeado para secretário do Tesouro, Scott Bessent, em declarações prestadas na Casa Branca. Ao falar sobre este fundo, Trump avançou o exemplo da Tiktok, abrindo a porta à sua aquisição. “Vamos fazer alguma coisa. Talvez com a Tiktok ou talvez não. Podemos colocá-la no fundo soberano”, disse, acrescentando que há “um monte de coisas” que podem ser incluídas no fundo. Esta plataforma continua a funcionar nos EUA, graças à prorrogação por 75 dias assinada por Trump, a 21 de Janeiro, um dia depois de ter sido empossado presidente. O decreto de Trump ordenou ao procurador-geral e ao Departamento de Justiça que não aplicassem sanções nem uma lei do anterior presidente, Joe Biden, nos próximos 75 dias. A lei de Biden obrigava esta plataforma de vídeos a separar-se da sua ‘holding’ chinesa, ByteDance, e a encontrar um comprador de um país que não fosse considerado “um adversário” antes de 19 de Janeiro. Apesar de o Supremo Tribunal ter aprovado a lei, a plataforma não mudou de empresa. Pelo que deixou de funcionar, durante um dia, até que Trump assinou a ordem. Há semanas, Trump escreveu na sua rede social, alusão ao futuro da Tiktok, que “gostaria que os EUA tivessem 50 por cento de uma empresa conjunta”. Desta forma, escreveu, “salvamos a TikTok, mantemo-la em boas mãos e permitimos que continue a crescer”.
Hoje Macau China / ÁsiaRota da Seda | Pequim considera “lamentável” retirada do Panamá A China considerou na segunda-feira “lamentável” a retirada do Panamá da iniciativa da Rota da Seda, a qual classificou como uma plataforma de cooperação económica para os países do “sul global”, rejeitando qualquer “agenda política” nessa iniciativa. “Eu acho que é uma decisão lamentável, porque, antes de tudo, (…) é uma iniciativa económica. O objectivo é construir uma plataforma para os países, especialmente do Sul Global, terem uma cooperação económica entre si. Não está relacionada com nenhuma agenda política”, afirmou o embaixador da China junto das Nações Unidas (ONU), Fu Cong, numa conferência de imprensa em Nova Iorque. De acordo com o diplomata, a cooperação económica em causa “é mutuamente benéfica”, admitindo esperar que o Panamá “veja isso da maneira correcta”. “Qualquer campanha de difamação que é lançada pelos Estados Unidos e alguns outros países ocidentais” sobre a iniciativa da Rota da Seda “é totalmente infundada”, frisou ainda. Ao mesmo tempo, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, considerou na segunda-feira que o Panamá deu “um grande passo” ao não renovar o acordo de cooperação comercial com a China sobre a iniciativa da Rota da Seda. “O anúncio feito ontem [domingo] pelo Presidente José Raúl Mulino de que o Panamá deixará caducar a sua participação na Iniciativa da Cintura e da Rota do PCC [Partido Comunista da China] é um grande passo em frente para as relações entre os EUA e o Panamá e para um Canal do Panamá livre”, afirmou Rubio na rede social X.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim abre investigação contra Google e impõe tarifas a produtos dos EUA A China anunciou ontem a abertura de uma investigação à Google e impôs novas tarifas sobre uma série de produtos norte-americanos, horas depois de o Presidente Donald Trump ter aplicado uma tarifa de 10 por cento aos produtos chineses. A China vai investigar o gigante tecnológico norte-americano por alegada violação das leis ‘antitrust’ (práticas de monopólio) chinesas, de acordo com um comunicado da Administração Estatal para a Regulação do Mercado do país. Pequim anunciou também a aplicação de taxas de 15 por cento sobre o carvão e o gás natural liquefeito (GNL) e de 10 por cento sobre o petróleo e o equipamento agrícola provenientes dos Estados Unidos. “A imposição unilateral de direitos aduaneiros por parte dos Estados Unidos viola gravemente as regras da Organização Mundial do Comércio”, declarou o Ministério das Finanças chinês num comunicado em que anunciou a imposição das tarifas retaliatórias. “Não só é inútil para resolver os seus próprios problemas, como também prejudica a cooperação económica e comercial normal entre a China e os Estados Unidos”, acrescentou o Governo chinês. As medidas da China foram tomadas quase imediatamente após a aplicação das tarifas norte-americanas. A decisão de Washington em relação à China contrasta com as situações do México e do Canadá, em que ambas as nações obtiveram um adiamento da imposição de tarifas de 25 por cento por um mês, depois de chegarem a acordos separados com Donald Trump. Moedas sofrem No passado sábado, Trump apelou através de uma ordem executiva ao Partido Comunista da China para que impedisse as organizações criminosas de facilitarem o fluxo de drogas ilícitas para dentro dos Estados Unidos. A reabertura da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China repercutiu-se no desempenho da moeda chinesa nos mercados ‘offshore’, onde o yuan caiu 0,3 por cento para 7,3340 dólares, na sequência do anúncio da retaliação. As negociações do yuan no mercado ‘onshore’ estão fechadas devido ao feriado do Ano Novo Lunar. Se o dólar norte-americano recuperou em relação à moeda chinesa, já as moedas australiana e neozelandesa, que têm fortes ligações comerciais com a China, caíram quase 1 por cento. Outras moedas asiáticas, como o baht tailandês e a rupia indonésia, reduziram ganhos. Os serviços de pesquisa e de Internet da Google para os consumidores estão indisponíveis na China desde 2010, embora a empresa mantenha operações no país, principalmente em torno do seu negócio de publicidade. Os Estados Unidos forneceram cerca de 6 por cento das importações de GNL da China no ano passado, de acordo com os dados de localização de navios. No fim de semana, o líder da Administração norte-americana ordenou a aplicação de uma taxa geral sobre as importações chinesas, que entrou em vigor a partir da meia-noite de ontem nos Estados Unidos, devido ao que Trump justificou como o fracasso de Pequim em impedir o fluxo de drogas ilegais. As ordens executivas do novo inquilino da Casa Branca incluíam cláusulas de retaliação que aumentariam os direitos aduaneiros se os países respondessem da mesma forma.
Hoje Macau China / ÁsiaONU | China preside em Fevereiro ao Conselho de Segurança A presidência chinesa já deu indicações de que pretende promover o multilateralismo e melhorar a governação global apelando à participação construtiva de todas as partes A China, que preside este mês ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, vai organizar uma reunião de nível ministerial que visa “reformar e melhorar a cooperação global”, encontro que contará com a presença do MNE (Ministro dos Negocios Estrangeiros) chinês. O representante permanente da China junto às Nações Unidas (ONU), Fu Cong, apresentou na segunda-feira à imprensa a sua agenda para Fevereiro, tendo indicado que o MNE da China, Wang Yi, presidirá, a 18 de Fevereiro, um debate aberto sob o tema “Praticar o multilateralismo, reformar e melhorar a governação global”. O convite para participar no debate foi feito a ministros dos Negócios Estrangeiros ou altos funcionários de outros países, incluindo a Estados que não integram o Conselho de Segurança da ONU, disse Wang Yi. De acordo com o diplomata chinês, esta será uma “boa oportunidade” para o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, se encontrar com o homólogo chinês, caso aceite o convite para se deslocar a Nova Iorque para participar na reunião do Conselho de Segurança. “Ao assinalarmos este ano o 80.º aniversário da fundação da ONU e à medida que o mundo entra num período muito turbulento, este debate aberto visa encorajar os países a revisitarem as aspirações originais da ONU, reafirmarem o seu compromisso com o multilateralismo e a importância do papel das Nações Unidas, incluindo o Conselho de Segurança, e explorar formas de reformar e melhorar a governação global”, explicou o representante de Pequim. “O objectivo é construir um sistema de governação global mais justo e equitativo, que aborde o défice de governação global e garanta que os seus benefícios são partilhados por todos”, acrescentou. De acordo com Fu Cong, a solidariedade e a cooperação estão a ser substituídas pela divisão e pelo confronto, admitindo que, “muitas vezes o Conselho não conseguiu fazer nada perante grandes crises de segurança”. Diferenças à parte Questionado sobre se a deterioração das relações entre Pequim e Washington poderão afectar o trabalho do Conselho de Segurança – órgão do qual os Estados Unidos e China são membros permanentes -, o diplomata chinês afirmou que espera poder cooperar com a sua homóloga norte-americana, Elise Stefanik, apesar dos “preconceitos e ideias erradas” que tem expressado publicamente sobre Pequim. “No geral, acredito que a China e os EUA (…) têm muito em comum e podemos cooperar nisso. Por exemplo, dentro da estrutura da ONU existem questões globais que exigem esforços conjuntos de toda a comunidade internacional e, em particular, de países como a China e os Estados Unidos, como o combate ao terrorismo, às drogas ou à não-proliferação. E também, na minha opinião, a questão das alterações climáticas deve ser uma questão em que os dois países podem cooperar entre si”, salientou. “Espero que, apesar de toda a retórica que ouvimos dos políticos americanos, possamos adoptar uma abordagem construtiva e, sublinho, profissional no nosso trabalho aqui na ONU”, frisou. Durante a presidência chinesa do Conselho de Segurança, a situação no Médio Oriente continuará em foco, estando já agendados ‘briefings’ sobre a questão palestiniana, mas também sobre a Síria e o Iémen. “Em relação a Gaza, há agora um cessar-fogo, mas a situação continua frágil. O Conselho necessita de acompanhar de perto os acontecimentos e tomar medidas, se necessário, para garantir que o acordo de cessar-fogo é implementado de forma plena e eficaz, e que o acesso humanitário se mantém aberto e desimpedido”, explicou Fu Cong. “É evidente que a situação na Cisjordânia também merece a nossa atenção. Ainda ontem [domingo], ouvimos relatos de ataques militares das Forças de Defesa de Israel contra blocos residenciais nos campos de Jenin e Tulkarem”, disse. Nesse sentido, o embaixador chinês reuniu-se na manhã de segunda-feira com o representante da missão palestiniana junto à ONU, Riyad Mansour, que por sua vez pediu ao Conselho de Segurança que adote medidas rápidas para pôr fim à situação e convoque uma reunião para abordar esses ataques.
Hoje Macau PolíticaAno Novo Lunar | Cheung Kin Chung elogia desempenho do turismo O presidente da direcção da Associação das Agências de Turismo de Macau e da Associação dos Hoteleiros de Macau, Cheung Kin Chung, considerou que o turismo local teve um desempenho “bom” durante os dias do Ano Novo Lunar. Em declarações citadas pelo jornal Ou Mun, o também deputado nomeado justificou a boa performance do sector com o aumento do número de excursões a visitarem o território e a taxa de ocupação dos quartos dos hotéis acima de 90 por cento. As declarações do deputado surgem num contexto em que a média de visitantes ao longo dos feriados do Ano Novo Lunar está a ficar abaixo das expectativas da Direcção de Serviços de Turismo. No final de Janeiro, Helena de Senna Fernandes tinha previsto uma média diária de 185 mil turistas durante os dias do Ano Novo Lunar. Até ao final do sétimo dia das festividades tinham entrado em Macau 1.172.355 pessoas, o que representava uma média diária de 167,5 mil turistas. Como parte do balanço positivo do desempenho do turismo, o deputado e empresário indicou que os preços ficaram apenas ligeiramente mais caros do que no ano passado, mas vincou que não se pode falar de preços excessivos, tendo em conta a oferta dos hotéis. Ao mesmo tempo, destacou que não houve problemas nem queixas sobre os serviços prestados. Cheung Kin Chung afirmou ainda, de acordo com o jornal Ou Mun, que a “qualidade” dos turistas aumentou, porque visitam mais locais culturais, históricos e experimentam diferentes tipos de comida.
Hoje Macau PolíticaDesporto | Au Kam San critica encerramento da Piscina Estoril O ex-deputado Au Kam San criticou o encerramento da Piscina Estoril, devido às obras de construção da Nova Biblioteca Central. As críticas foram publicadas num comentário online. Com um tempo de encerramento que pode variar entre três e cinco anos, dependendo da conclusão do projecto, Au considerou que a Administração devia ter optado por uma solução diferente, que mantivesse as instalações abertas. O ex-deputado argumentou ainda ser incompreensível que a única piscina na zona mais central do território tenha sido encerrada durante um período tão longo. Por outro lado, deixou ainda no ar a possibilidade de a decisão de encerramento ter sido evitada, caso as instalações fossem exploradas por um particular, em vez de serem geridas pelo Instituto do Desporto. “Vamos imaginar que se tratava de um comerciante que explorava a piscina e que ao lado desta ia ser construído um edifício. O Governo alguma vez teria sugerido a esse comerciante a suspensão do funcionamento da piscina? Como o comerciante responderia?”, perguntou. Au Kam San opinou que encerramento não era a única solução disponível e que a piscina poderia estar a funcionar, desde que fossem tomadas as medidas de segurança. O ex-deputado afirmou ainda que a decisão resulta do desenvolvimento de uma cultura burocrática na Administração de fazer o menor esforço, para evitar assumir responsabilidades caso ocorram erros. “O mais importante é não ter de assumir responsabilidades, não importando para isso que as pessoas tenham de deixar de nadar ou que as instalações sejam abandonadas. O encerramento só deveria ter sido ponderado como solução de último recurso,” lê-se na publicação.
Hoje Macau PolíticaBairros | Pedidos mais apoios para comerciantes Lei Choi Hong, vice-presidente da Associação Industrial e Comercial da Zona Norte de Macau defendeu mais apoios para as pequenas e médias empresas (PME) em bairros comunitários, apontando que estas não foram beneficiadas o suficiente durante o período do Ano Novo Chinês. Segundo o Jornal do Cidadão, Lei Choi Hong exemplificou que as PME tiveram dificuldades em manter o funcionamento durante os feriados e muitas evitaram mesmo abrir portas nos feriados obrigatórios devido aos custos elevados inerentes ao negócio, o que leva a vice-presidente a pedir subsídios governamentais às PME para operar nestes dias. Recentemente, o secretário para a Economia e Finanças, Tai Kin Ip, confirmou que as autoridades estão a trabalhar na preparação de um plano de três níveis para promover o desenvolvimento das PME e que pretende preservar as lojas de comércio históricas. Desta forma, Lei Choi Hong sugeriu que o Governo pode continuar a disponibilizar recursos nas plataformas de comércio electrónico de apoio, como cupões com acesso através do WeChat Pay e Alipay.
Hoje Macau PolíticaConta Única | Quase 90% das provas de vida feitas por via electrónica A Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública revelou ontem, em comunicado, que até domingo tinham sido tratadas cerca de 162 mil provas de vida deste ano, das quais 142 mil foram efectuadas por via electrónica (através da Conta Única de Macau e dos quiosques de auto-atendimento). Feitas as contas, as duas vias electrónicas foram usadas para processar 87,8 por cento das provas de vida. No mesmo comunicado, o Governo reiterou o incentivo aos para usarem a Conta Única para fazer prova de vida, evitando “deslocação pessoal aos balcões de atendimento e o tempo de espera em filas”. Até à presente data, 98 mil pessoas efectuaram a sua prova de vida mediante a Conta Única de Macau, representando 69,1 por cento, proporção que o Governo destaca “tem vindo a aumentar de ano para ano, resultado da divulgação eficaz da utilização de serviços electrónicos junto dos idosos”. Mais de 634 mil pessoas aderiram à Conta Única de Macau, a aplicação para telemóvel que disponibiliza mais de 440 modalidades de serviços públicos.
Hoje Macau Grande PlanoDinamarca | PM recusa vender Gronelândia A primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, mostrou-se ontem disponível para dialogar com os Estados Unidos sobre a Gronelândia, frisando que o território autónomo “não está à venda”. “Temos sido muito claros: todos temos de respeitar a soberania de todos os Estados no mundo – e a Gronelândia é hoje uma parte do reino da Dinamarca – não está à venda”, referiu. A líder dinamarquesa, falava à entrada do primeiro retiro de líderes da UE, iniciativa criada pelo presidente do Conselho Europeu, António Costa, para debates mais informais. Concordo totalmente com os americanos que a região do Extremo Norte, a região do Ártico, é cada vez mais importante quando falamos de defesa e segurança e de dissuasão, e é possível encontrar uma forma de assegurar uma pegada mais forte [dos Estados Unidos] na Gronelândia, onde já estão”, referiu ainda Mette Frederiksen. A chefe do governo de Copenhaga lembrou ainda que as tropas dinamarquesas combateram ao lado dos EUA durante muitas décadas. O Presidente dos EUA, Donald Trump, tem reivindicado um maior acesso ao Ártico e manifestou o interesse de adquirir a Gronelândia, um território autónomo gerido pela Dinamarca.