Hoje Macau Manchete PolíticaTecnologia | Macau quer atrair peritos, incluindo lusófonos O Governo apresentou dois programas para atrair quadros qualificados das áreas da tecnologia de ponta que valorizam o conhecimento do português. O objectivo é captar profissionais formados nas 100 melhores universidades do mundo ou nas 20 melhores do Interior da China Na sexta-feira entraram em vigor dois programas para captar “quadros altamente qualificados” e “profissionais de nível avançado” em tecnologia de ponta, cujos critérios valorizam o conhecimento da língua portuguesa. De acordo com os despachos assinados pelo Chefe do Executivo, publicados no Boletim Oficial de Macau na quinta-feira, os programas têm como objectivo “impulsionar o desenvolvimento das indústrias chave”. Nos despachos que enquadram os programas, Ho Iat Seng defendeu que a indústria de tecnologia de ponta é “necessária à diversificação adequada da economia” da RAEM, altamente dependente do turismo e dos casinos. Os programas apontam para tecnologias como a inteligência artificial, novas energias, robótica, Internet das coisas, cibersegurança, mega dados, realidade virtual e aumentada, e circuitos integrados microelectrónicos, também conhecidos por ‘chips’. Os candidatos aos programas têm de contar no currículo com, pelo menos, uma licenciatura, ter 21 anos ou mais e obter pelo menos 200 pontos numa lista de critérios que inclui experiência profissional e competências linguísticas. Quanto mais velhos forem os candidatos, menores serão os pontos atribuídos. A nível das qualificações académicas, há pontos atribuídos para quem obter diplomas nas 100 melhores instituições do mundo ou nas 20 melhores do Interior, de acordo com os seguintes ranking: Times Higher Education World University Rankings, QS World University Rankings, U.S. News & World Report e Academic Ranking of World Universities. Lista de critérios Um candidato pode obter até 10 pontos se “possuir boa capacidade de expressão em duas línguas de entre o chinês, português ou inglês”, de acordo com os critérios dos dois programas. Também os rendimentos anuais provados dos candidatos são alvo de avaliação, e se um candidato apresentar rendimentos superiores a 3 milhões de patacas, soma imediatamente 80 pontos, o valor mais alto. O nível mais baixo é de 30 pontos, para quadros com rendimentos de pelo menos 1,5 milhões de patacas por ano. Estes dois programas são os primeiros a serem implementados no âmbito de uma lei, que entrou em vigor a 1 de Julho, e que procura captar para Macau quadros qualificados, entre eles vencedores de Prémio Nobel, nomeadamente com benefícios fiscais. Os quadros qualificados poderão gozar de isenção do imposto do selo sobre a transmissão de bens ou sobre aquisição de bens imóveis destinado ao exercício de actividade própria, assim como isenção da contribuição predial urbana. Além disso, terão isenção do pagamento do imposto complementar de rendimentos, assim como benefícios para efeitos do imposto profissional, caso sejam contratados por empresas locais. O Governo definiu como aposta para os próximos anos o investimento em indústrias que podem absorver quadros qualificados, como é o caso do sector financeiro e das áreas de investigação, desenvolvimento científico e tecnológico, saúde com alta tecnologia e medicina tradicional chinesa.
Hoje Macau Manchete SociedadeEconomia | Receitas do jogo atingiram valor mais alto desde a pandemia As receitas da indústria do jogo foram quase oito vezes superiores ao valor registado em Agosto do ano passado. Desde o início do ano, os casinos tiveram receitas superiores a 114 mil milhões de patacas As receitas do jogo atingiram 17,2 mil milhões de patacas em Agosto, o valor mais alto desde Janeiro de 2020, de acordo com dados oficiais revelados pela Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), na sexta-feira. O valor registado em Agosto é 3,3 por cento mais elevado do que em Julho, que já tinha fixado um recorde pós-pandemia de covid-19, com o montante de 16,7 mil milhões de patacas. Além disso, as receitas da indústria do jogo foram durante Agosto quase oito vezes superiores ao registado no mesmo mês do ano passado, que o valor total não tinha ido além das 2,19 mil milhões de patacas. Apesar da recuperação em termos anuais, o valor que os casinos de Macau arrecadaram no mês passado ainda é inferior em cerca de 29,1 por cento inferior ao montante contabilizado em igual período de 2019, antes do início da pandemia. Entre Janeiro e Agosto, as receitas do jogo quase quadruplicaram em comparação com igual período de 2022, atingindo 114 mil milhões de patacas. No entanto, de acordo com os dados do regulador do jogo, a receita acumulada nos primeiros oito meses do ano representa apenas 57,5 por cento do montante registado no mesmo período de 2019. Desde Junho que as receitas do jogo estão a subir, com 15,2 mil milhões de patacas em Junho, 16,7 mil milhões de patacas e Julho e, finalmente, 17,2 mil milhões de patacas em Agosto. Números mais positivos Macau, que à semelhança da China continental seguia a política ‘zero covid’, anunciou em Dezembro o cancelamento da maioria das medidas de prevenção e contenção, depois de quase três anos das rigorosas restrições. Com o alívio das medidas, Macau registou nos primeiros sete meses deste ano 14,4 milhões de visitantes, indicou a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos, quatro vezes mais do que em igual período do ano passado, mas ainda assim 60,5 por cento do registado em 2019. A indústria do jogo, a principal fonte de receita via impostos do Governo do território, representava mais de metade do produto interno bruto (PIB) de Macau em 2019 e dava trabalho a quase 68 mil pessoas no final de 2022, ou seja, a quase 20 por cento da população empregada. Na quarta-feira, o director do Instituto para os Estudos da Indústria do Jogo da Universidade de Macau, Davis Fong, disse que as receitas dos casinos podem atingir 180 mil milhões de patacas este ano e 200 mil milhões de patacas em 2024.
Hoje Macau PolíticaRon Lam pede melhorias para prevenir suicídios Ron Lam afirmou que o número de suicídios está a aumentar nos últimos cinco anos, mas que o Governo não tem medidas para obrigar as vítimas de tentativas falhadas a serem internadas para um acompanhamento médico eficaz. A opinião do deputado faz parte de uma interpelação escrita, em que se considera que os médicos não conseguem realizar um acompanhamento adequado dos casos de suicídio, antes destes acontecerem, mesmo quando existem vários sinais preocupantes ou tentativas falhadas. No documento, o deputado pergunta ao Governo quais são os critérios actualmente adoptados para “prevenir e identificar os grupos novos com alto risco de suicídio”. O legislador quer saber como funciona o mecanismo actual de acompanhamento das potenciais vítimas ou pessoas com tendência para o suicídio, ou que sofrem de depressões. Ron Lam levantou ainda dúvidas sobre a eficácia do papel dos Serviços de Saúde, face ao aumento do número de suicídios, e pediu uma revisão interna dos procedimentos, para que haja uma melhoria dos serviços prestados e para que se evitem mais mortes. Na interpelação, Lam recorda o caso da youtuber Jane Lao, que se suicidou após ter estado no hospital para receber tratamento a uma tentativa falhada de acabar com a própria vida. Na altura, antes de concretizar o suicídio, a jovem acusou a ex-empresa Manner de bullying. Neste contexto, o deputado defende que o Governo precisa de prestar mais atenção aos casos de bullying e ter uma rede de apoio à população, não só nas escolas, onde o fenómeno é mais conhecido, mas também para toda a comunidade. Todos aqueles que estejam emocionalmente angustiados ou considerem que se encontram numa situação de desespero devem ligar para ligar para a Linha Aberta “Esperança de vida da Caritas” através do telefone n.º 28525222 de forma a obter serviços de aconselhamento emocional.
Hoje Macau EventosFotografia | Gonçalo Lobo Pinheiro vence prémio no Brasil O fotojornalista Gonçalo Lobo Pinheiro, radicado em Macau há 13 anos, foi o vencedor, na categoria de ensaio, na edição deste ano do Paraty em Foco – Festival Internacional de Fotografia, no Brasil. O projecto premiado, intitulado “O que foi não volta a ser…”, cativou o júri e destacou-se entre uma série de trabalhos de excepção. Gonçalo Lobo Pinheiro expressou a sua gratidão ao júri do festival, afirmando estar “sem palavras perante esta distinção”. “É uma honra inigualável ser reconhecido neste prestigiado evento de fotografia. Agradeço do fundo do meu coração por esta distinção, que representa anos de trabalho e dedicação à arte da fotografia. Quero também parabenizar todos os vencedores e finalistas deste incrível Festival, que vai já na sua 19.ª edição. A qualidade das obras apresentadas é verdadeiramente inspiradora. Estou orgulhoso de fazer parte desta comunidade de talento global”, afirmou o fotojornalista. A obra premiada estará em exposição no Centro Histórico (Quadra da Matriz) da cidade de Paraty. Gonçalo Lobo Pinheiro já havia arrecadado uma menção honrosa na edição de 2019 do mesmo festival com o retrato de Ratna Khaleesy, uma migrante indonésia residente em Macau.
Hoje Macau China / ÁsiaASEAN | Economia e Myanmar dominam cimeira em Jacarta A situação económica no Sudeste Asiático e a crise em Myanmar vão marcar a 43.a cimeira da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), no início de Setembro, em Jacarta, onde estarão representantes de 22 países. Mais de 60 reuniões estão previstas para os três dias da cimeira, antecipando-se a aprovação de um conjunto de documentos, alguns dos quais relativos ao que a ministra dos Negócios Estrangeiros indonésia, Retno Marsudi, considerou serem os “grandes desafios” regionais. Além de questões como a economia, o ambiente e crescente integração regional, os líderes dos países-membros da ASEAN, incluindo Timor-Leste como observador e representado pelo primeiro-ministro, Xanana Gusmão, vão analisar ainda a situação em Myanmar. A junta militar, no poder em Myanmar desde 2021, não será, mais uma vez, autorizada a participar nos encontros de líderes. Além dos líderes da ASEAN e dos representantes de nove organismos internacionais, vão estar em Jacarta responsáveis dos parceiros da organização regional, nomeadamente Coreia do Sul, Japão, Índia, China, Austrália, Canadá, Rússia e Estados Unidos. Os responsáveis de vários organismos internacionais, como o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a ONU, representada pelo secretário-geral António Guterres, também participam no encontro. O Presidente da Indonésia, Joko Widodo, vai liderar pelo menos 12 reuniões alargadas, incluindo cimeiras com a China, a Coreia do Sul, o Japão, os Estados Unidos, o Canadá, além de participar em vários encontros bilaterais. No último dia da cimeira, estão previstos encontros da ASEAN com os parceiros externos, Índia, Austrália, ONU e membros da cimeira da Ásia Oriental. Olhos focados Mais de mil jornalistas de quase 250 órgãos de comunicação social acompanham os encontros de Jacarta. No quadro dos preparativos para a cimeira, as autoridades indonésias anunciaram um conjunto de iniciativas para combater a poluição atmosférica, que recentemente se tornou particularmente grave na capital. Ensino à distância e trabalho remoto para funcionários públicos, são algumas das medidas tomadas para tentar reduzir a poluição e, ao mesmo tempo, as pressões do intenso trânsito em Jacarta.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Han Zheng reúne com secretário dos Negócios Estrangeiros britânico O vice-presidente chinês, Han Zheng, reuniu-se com James Cleverly, secretário de Estado para Assuntos Estrangeiros, de Commonwealth e do Desenvolvimento do Reino Unido, em Pequim, esta quarta-feira. Han disse que a China e o Reino Unido estabeleceram relações diplomáticas há mais de meio século e alcançaram resultados positivos na cooperação em vários campos. Face aos riscos e desafios da actual situação internacional, as duas partes, como membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas e das principais economias do mundo, devem manter o espírito de respeito mútuo e de cooperação e ganho recíproco, acomodar os interesses centrais e as principais preocupações uma da outra, manter a comunicação nos assuntos internacionais e regionais e promover conjuntamente a paz e o desenvolvimento mundiais, acrescentou, citado pela Xinhua. “A cooperação económica e comercial é a base para o desenvolvimento sólido e constante das relações China-Reino Unido”, disse Han, acrescentando que os dois governos devem criar um ambiente de negócios sólido e explorar activamente novos pontos de crescimento para a cooperação. Observando que a China é um país importante com influência global e desempenha um papel cada vez mais importante na governanção internacional, Cleverly disse que o Reino Unido aprecia a importante contribuição da China para a economia mundial e a redução da pobreza. O Reino Unido está disposto a fortalecer os intercâmbios de alto nível e a comunicação estratégica com a China para construir consensos e aprofundar a cooperação, disse Cleverly.
Hoje Macau China / ÁsiaPMI | Sectores chave da economia chinesa crescem em Agosto O índice de gerentes de compras do mês de Agosto revela uma tendência positiva na actividade geral do país. Dos 21 sectores pesquisados, 12 relataram expansão O sector manufactureiro da China presenciou uma melhoria do clima de negócios em Agosto, com o indicador-chave a subir pelo terceiro mês consecutivo, revelam os dados oficiais esta quinta-feira. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do sector ficou em 49,7 em Agosto face a 49,3 em Julho, segundo o Departamento Nacional de Estatísticas (DNE). Uma leitura acima de 50 indica expansão, enquanto uma leitura abaixo, contração. Entre os 21 sectores pesquisados, 12 relataram expansão em Agosto, face a 10 no mês anterior. Houve uma melhoria geral no clima de fabricação, disse Zhao Qinghe, estatístico do DNE, citado pelo Diário do Povo. Os dados desta quinta-feira também mostraram que o PMI não manufactureiro – 51 em Agosto – ficou bem acima da linha que distingue expansão e contração pelo oitavo mês consecutivo, o que indica actividades robustas nos sectores de serviços e construção. O PMI composto da China situou-se em 51,3 em Agosto, sinalizando que a produção geral nas empresas manufactureiras e não manufatureiras continuou a expandir-se, disse Zhao. Indústria a contrair Já a actividade da indústria transformadora da China voltou a contrair em Agosto, pelo quinto mês consecutivo, segundo dados oficiais ontem divulgados. O índice de gestores de compras (PMI, na sigla em inglês), elaborado pelo Gabinete Nacional de Estatística da China, fixou-se nos 49,7 pontos, em Agosto, acima dos 49,3 pontos registados em Julho e mais do que o esperado pelos analistas, que previam 49,4 pontos Apesar da contração, Zhao Qinghe, estatístico do Gabinete Nacional de Estatística, destacou a tendência ascendente registada a partir de Maio, quando se fixou nos 48,8 pontos. “A produção e a procura recuperaram simultaneamente. Em particular, o subíndice de novas encomendas passou a registar crescimento pela primeira vez desde Abril”, disse Zhao, que reconheceu, no entanto, que o principal problema para as empresas do sector é a “procura insuficiente do mercado” e que as “bases da recuperação ainda precisam de ser consolidadas”. Sheana Yue e Julian Evans-Pritchard, analistas da Capital Economics, apontaram também uma “ligeira melhoria” da actividade económica em Agosto, embora apontem que a tendência “continua fraca” e que “vão ser necessárias mais medidas de apoio para evitar outro abrandamento no final do ano”. Outros indicadores O PMI que mede a actividade no sector dos serviços continuou a desacelerar em Agosto, passando de 51,5 pontos para 51, o que significa que se manteve na zona de expansão, tal como no resto do ano, embora marque uma clara tendência descendente desde Março. O setor da construção recuperou, de 51,2 para 53,8 pontos, algo que, segundo a Capital Economics, se deve a um aumento na emissão de títulos obrigacionistas para construção de infraestruturas por parte dos governos locais e regionais, acatando com as directrizes de Pequim. O sector dos serviços caiu de 51,5 pontos para 50,5, o nível mais baixo desde a reabertura da China, após o fim da política de ‘zero casos’ de covid-19. O PMI composto, que combina a evolução da indústria transformadora e não transformadora, subiu para 51,3 pontos, depois de se fixar em 51,1 pontos, em Julho, o seu ponto mais baixo desde que há registo, se for excluído o período da pandemia.
Hoje Macau SociedadePJ | Arranja namorada virtual e perde 110 mil patacas Um residente com cerca de 70 anos foi burlado em cerca de 110 mil patacas, depois de ter sido convencido por uma “namorada virtual” a investir em produtos financeiros. Segundo o relato da Polícia Judiciária, citado pelo Jornal Ou Mun, no dia 29 de Junho o homem conheceu uma mulher online, que afirmou trabalhar no sector financeiro. O casal depressa se aproximou, e o homem passou a encarar a mulher como sua namorada, apesar de nunca a ter conhecido pessoalmente. A relação evoluiu, e a alegada burlona acabou por prometer casar com o homem se fizessem um investimento conjunto em produtos financeiros. Aposta que acabou por obter lucros. Seduzido, o homem enviou cerca de 3.100 dólares americanos para uma conta em Hong Kong, indicada pela mulher. Ao mesmo tempo, o sujeito podia seguir o alegado investimento através de uma aplicação online. No passado mês de Julho, com um lucro superior a 50 mil dólares, o homem decidiu levantar os seus ganhos. Contudo, o serviço a clientes da aplicação disse-lhe que tinha de fazer um pagamento de 10 mil dólares americanos para cobrir despesas administrativas, de forma a poder levantar os dividendos. Apesar de ter desconfiado, o homem contactou a namorada, que o encorajou a pagar o montante pedido, o que fez. Porém, o sujeito nunca conseguiu aceder ao dinheiro, e acabou bloqueado tanto pelo serviço ao cliente da aplicação, como pela namorada, o que fez com que apresentasse queixa às autoridades.
Hoje Macau SociedadeExportações e importações com quebras em 2022 No ano passado, as exportações de mercadorias diminuíram 17,6 por cento em termos anuais e as importações caíram 9,1 por cento, de acordo com a informação da Autoridade Monetária de Macau (AMCM). Os dados com a estimativa preliminar da Balança de Pagamentos em relação a 2022 foram publicados ontem. Face à redução das exportações e importações de mercadorias, o défice registado na conta de mercadorias diminuiu de 86,8 mil milhões de patacas em 2021 para 84,3 mil milhões em 2022, o que a AMCM explicou com o facto de o valor base das “importações ter sido superior ao das exportações”. No que diz respeito ao valor das exportações da conta de serviços, registou-se uma redução de 31,7 por cento em 2022 “devido às exportações de serviços turísticos terem descido em consequência da pandemia”, indicou a AMCM. A registar uma tendência oposta, as importações de serviços subiram 6,4 por cento. “Reduziu-se entre 2021 e 2022 o superavit registado na conta de serviços, de 115,6 mil milhões de patacas para 66,7 mil milhões”, é frisado pelas autoridades. Mais entradas Na conta de rendimento primário, que reflecte os fluxos transfronteiriços dos rendimentos dos factores, o valor da entrada aumentou entre 2021 e 2022, de 46,6 mil milhões de patacas para 68,6 mil milhões. Ao mesmo tempo, o valor da saída diminuiu de 48,5 mil milhões para 30,8 mil milhões, registando-se, uma entrada líquida de 37,8 mil milhões em 2022. Por outro lado, a conta de rendimento secundário, que inclui as transferências correntes entre residentes de Macau e não residentes, registou uma saída líquida de 9,4 mil milhões de patacas em 2022, o que representa um decréscimo de 3,4 mil milhões face à saída líquida de 2021. Ainda em 2022, o superavit da conta corrente situou-se em 10,8 mil milhões de patacas, tendo caído 3,3 mil milhões, face a 14,1 mil milhões registados em 2021. O superavit a nível do comércio de serviços e a entrada líquida de rendimento primário compensaram o défice do comércio de mercadorias e a saída líquida de rendimento secundário.
Hoje Macau Manchete SociedadeTufão Saola | Autoridades alertam para cenário de alto risco Com a possibilidade do tufão Saola passar a cerca de 70 quilómetros da cidade, os SMG alertaram para a possibilidade de se repetir um cenário de “desastre meteorológico” para o qual a população se deve preparar As autoridades alertaram ontem a população para o risco de inundações e para o impacto dos ventos fortes do tufão Saola, que se aproxima do território. Os avisos foram deixados ontem, numa conferência de imprensa que contou com a presença de Ivan Leong, director dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG), em que foram abordadas duas possibilidades. No pior dos cenários, se o tufão seguir a linha da costa de Macau, sem tocar na terra, existe a possibilidade de ocorrerem graves inundações, sobretudo nas zonas baixas da cidade. “Nesse cenário, vai afectar muito Macau e pode ser perigoso (…) com um desastre meteorológico a poder ocorrer muito rapidamente”, afirmou Ivan Leong, director dos SMG. No entanto, no segundo cenário, em que o tufão toca terra antes de seguir para Ocidente, “o sistema [do tufão] vai enfraquecer um pouco”, explicou Ivan Leong. Todavia, a probabilidade de ocorrer o cenário mais grave é “relativamente alta”, alertaram as autoridades, porque se espera que o tufão passe a cerca de 70 quilómetros do território. A dimensão do tufão é mais pequena do que grandes tufões que atingiram Macau nos últimos anos, principalmente em comparação com o tufão Mangkhut, mas a velocidade dos ventos no centro do sistema é mais elevada. Número três hoje Os SMG indicaram ainda que a probabilidade de emitir o alerta 3 durante o dia de hoje é “alta”, quando o tufão estiver a menos de 300 quilómetros do território. No que diz respeito a içar o sinal de tufão número 8, a probabilidade de ser içado entre a noite de hoje e a madrugada de amanhã é “relativamente alta”. Ontem, o tufão severo Saola encontrava-se a pouco mais de 400 quilómetros de Macau, ao início da tarde, e a partir de hoje espera-se que a chuva e o vento se intensifiquem. A escala de alerta de tempestades tropicais é formada pelos sinais 1, 3, 8, 9 e 10, cuja emissão depende da proximidade da tempestade e da intensidade do vento. Em Setembro de 2018, o tufão Mangkhut provocou 40 feridos e inundações graves no território. Um ano antes, o Hato, considerado o pior tufão em mais de 50 anos a atingir o território, causou 10 mortos e 240 feridos.
Hoje Macau SociedadeMacau Legend | Primeiro semestre com menos prejuízo A Macau Legend Development registou um prejuízo de 182,5 milhões de dólares de Hong Kong (HKD) na primeira metade deste ano, resultado que apesar de negativo representa uma melhoria significativa face às perdas de 485,5 milhões de HKD registadas nos primeiros seis meses de 2022. Num comunicado enviado à Bolsa de Valores de Hong Kong, o grupo empresarial informa que no primeiro semestre deste ano obteve uma receita de 420,2 milhões de HKD, que representou um decréscimo de 22,7 por cento em relação ao período homólogo anterior, quando a receita atingiu 543,8 milhões de HKD. Tendo em conta os resultados antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA, em inglês), o grupo registou uma margem de lucros de 103,8 milhões de HKD, voltando à tona depois de sucessivos resultados negativos. As receitas totais do jogo do grupo diminuíram 49,2 por cento em relação ao ano anterior, para 228,2 milhões de HKD. A descida deveu-se principalmente à cessação dos serviços no Landmark Casino e à interrupção das operações das mesas VIP no Babylon Casino em Janeiro deste ano. Porém, as receitas de jogo do mercado de massas do Legend Palace Casino e do Savan Legend Casino no Laos, registaram um notável aumento anual de 62,1 por cento para 163,0 milhões de HKD. A Macau Legend Development é proprietária do complexo Macau Fisherman’s Wharf e explorou casinos satélite no Babylon, Landmark e Legend Palace. Embora continue a explorar o casino Legend Palace sob a concessão da SJM Resorts, o grupo diminuiu o escopo da exploração de mesas de jogo com a interrupção da actividade de dois outros casinos-satélite.
Hoje Macau SociedadeTransportes | Satisfação com novo serviço para aeroporto de HK No primeiro dia de operações do autocarro directo entre a fronteira da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau e o Aeroporto Internacional de Hong Kong, a empresa responsável pelo serviço mostrou-se satisfeita com os resultados. Em declarações ao Jornal Ou Mun, Chan Man Iok, o director geral adjunto da Empresa de Serviços de Transporte de Passageiros do Aeroporto de Hong Kong (Macau), apontou que se registou procura nas duas regiões, com um autocarro de cada lado a partir com cerca de 20 passageiros. O administrador admitiu ainda que na maior parte das situações os autocarros tinham menos de 10 indivíduos ou iam vazios, porém a empresa acredita que com uma maior promoção do serviço haverá mais procura. Chan Man Iok indicou ainda que a tendência para a compra de bilhetes tem registado um aumento. Por seu turno, o presidente da Associação de Indústria, Andy Wu, afirmou ao Jornal Ou Mun, que espera que a empresa responsável pelo serviço possa reduzir o tempo de check-in para embarcar no autocarro. Os clientes que viajam para o aeroporto precisam de chegar uma hora e meia antes da partida do autocarro, para tratar das formalidades. Wu afirmou esperar que este tempo possa ser reduzido. O serviço lançado na quarta-feira permite viajar de autocarro para o Aeroporto de Hong Kong pela nova ponte, com o check-in da bagagem, a ser feito em Macau. O serviço só está disponível para quem viajar com as companhias Cathay Pacific, HK Express, e Greater Bay Airlines.
Hoje Macau PolíticaInfiltrações | Leong Sun Iok pede melhor formação Leong Sun Iok considera ser necessário melhorar a qualidade dos recursos humanos, de forma a lidar mais eficazmente com o problema das infiltrações. A opinião foi partilhada ontem, através de um comunicado em que o deputado da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) surge ao lado da colega de bancada, Ella Lei Cheng I. Segundo Leong, a criação de um sistema de arbitragem vai permitir resolver muitas disputas relacionadas com as infiltrações nos edifícios e os diferendos causados por vizinhos que não só não querem cooperar na resolução do problema, como também recusam assumir as despesas. Porém, o deputado aponta que tem de haver uma maior promoção deste mecanismo, por parte do Executivo. Por outro lado, Leong considera que é preciso formar mais quadros com conhecimentos técnicos sobre as infiltrações, principalmente ao nível da detecção precoce do problema e também da manutenção dos edifícios. O deputado apelou igualmente para que seja criado um sistema de certificação dos técnicos, para que a qualidade da fiscalização de infiltrações seja melhorada. Por sua vez, no mesmo comunicado, Ella Lei destacou a importância do Centro de Interserviços para Tratamento de Infiltrações de Água nos Edifício da resolução de vários problemas de infiltrações entre vizinhos, e deixou o desejo de que apesar da criação de um novo mecanismo de mediação, o centro não seja relegado para segundo plano.
Hoje Macau China / ÁsiaRússia | Indústria do sexo vira-se para a Ásia O regresso do principal evento da indústria do sexo na Ásia, que arrancou ontem, após um interregno de dois anos devido à pandemia, atraiu empresários russos a Hong Kong, à margem das sanções ocidentais. Olga, uma consultora que vive há uma década na região chinesa, disse à Lusa que foi à Asia Adult Expo (AAE) para servir como tradutora para um empresário russo interessado em comprar novos produtos fabricados na China continental. “O mercado russo é bastante grande e isto [a indústria do sexo] é muito importante na Rússia, mais do que em outros países”, disse Olga, que descreve os russos como mais desinibidos no que toca à sexualidade. A China é há muito um importante fornecedor de brinquedos sexuais para a Rússia, mas a consultora admitiu que as sanções ocidentais devido à invasão da Ucrânia fizeram os empresários russos virarem-se ainda mais para a Ásia. Anna, uma empresária russa, confirmou também à Lusa o impacto das sanções, após assistir a uma palestra, no programa da AAE, onde uma convidada sublinhava o potencial do mercado do sexo na Rússia. “As sanções fizeram com que até voar para países ocidentais seja difícil”, lamentou Anna, recordando que a União Europeia fechou o espaço aéreo europeu a aviões russos logo após o início da invasão da Ucrânia. “Esta é praticamente a primeira oportunidade que temos de falar pessoalmente com os fabricantes e de ver os novos produtos desde o início da pandemia” de covid-19, sublinhou a empresária. “Ao longo dos últimos três anos, houve muitas empresas que surgiram, mas durante este período não houve esta plataforma de comércio cara-a-cara”, lamentou Kenny Lo, diretor da Brilliant Vertical Exhibition, empresa que organiza a AAE. Lo disse à Lusa que o evento conta com cerca de 250 expositores, um número que “mais que duplicou” em comparação com a última edição, realizada em 2019, antes do início da pandemia. O organizador confirmou que a maioria dos expositores vem da China continental e que mais de metade são empresas novas, que participam pela primeira vez na AAE.
Hoje Macau China / ÁsiaMeloni não prevê deteriorar de relações com China caso abdique de “Uma Faixa, Uma Rota” A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, disse ontem que não prevê um deteriorar das relações entre Roma e Pequim caso Itália opte por não renovar o acordo de participação na Iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”. “Eu não prevejo que o nosso relacionamento com a China se torne complicado”, disse Meloni, citada pelo jornal italiano Il Sole 24 Ore. “As relações entre Roma e Pequim são antigas e existem grandes benefícios mútuos, não apenas na esfera comercial”, vincou. “Penso, por exemplo, que a China pode ser um excelente parceiro para o sector de luxo italiano”, afirmou. Em Março de 2019, o então primeiro-ministro italiano Giuseppe Conte assinou um memorando de entendimento no âmbito da iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”, o principal programa da política externa de Pequim. O projecto inclui a construção de portos, linhas ferroviárias ou autoestradas, criando novas rotas comerciais entre o leste da Ásia e Europa, Médio Oriente e África. O maior relacionamento entre Pequim e os países envolvidos abarca um incremento da cooperação no âmbito do ciberespaço, meios académicos, imprensa, regras de comércio ou acordos financeiros, visando elevar o papel da moeda chinesa, o yuan, nas trocas comerciais. Lançada em 2013, pelo Presidente chinês, Xi Jinping, a iniciativa simboliza uma mudança na política externa da China, de um perfil discreto para uma postura mais assertiva. Voltar atrás? A decisão do anterior Executivo foi alvo de críticas pelo actual ministro da Defesa italiano, Guido Crosetto. “Foi um acto improvisado e atroz”, disse Crosetto, em entrevista ao jornal Corriere della Sera. “Exportamos um monte de laranjas para a China, enquanto [os chineses] triplicaram as exportações para Itália nos últimos três anos”, acrescentou. A questão agora para Roma é como voltar atrás sem prejudicar as relações com a segunda maior economia do mundo: “A verdade é que a China é um concorrente e, ao mesmo tempo, um parceiro”, notou o ministro. A decisão formal de Giorgia Meloni sobre a renovação ou não do acordo com Pequim por mais cinco anos deve ser anunciada no final do ano. Desde que Pequim lançou a iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”, dois terços dos membros da União Europeia, principalmente países do leste, aderiram ao programa, visando aproveitar o investimento chinês e impulsionar o crescimento económico. Em 2018, Portugal tornou-se o primeiro país da Europa Ocidental a assinar um memorando de entendimento no âmbito da iniciativa, durante a visita a Lisboa de Xi Jinping. No ano a seguir, o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa participou, na capital chinesa, na 2.ª edição do Fórum Faixa e Rota para a Cooperação Internacional.
Hoje Macau China / ÁsiaÍndia protesta contra mapa chinês que reivindica território indiano Nova Deli formalizou um protesto contra um novo mapa chinês que reivindica território indiano, disse ontem fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Índia, aumentando a tensão diplomática face ao impasse militar entre as duas nações. O momento do protesto é significativo, uma vez que o Presidente chinês, Xi Jinping, deve participar na cimeira dos países industrializados e em desenvolvimento (G20), agendada para Nova Deli, na próxima semana. “Rejeitamos estas alegações porque não têm qualquer fundamento. Estas medidas da parte chinesa apenas complicam a resolução da questão da fronteira”, afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Arindam Bagchi, em comunicado. Bagchi afirmou que o protesto formal foi apresentado na terça-feira, através dos canais diplomáticos, face ao mapa publicado no ‘site’ do Ministério dos Recursos Naturais chinês. No mapa, é possível observar que Arunachal Pradesh e o planalto de Doklam, estão incluídos nas fronteiras chinesas, juntamente com Aksai Chin na secção ocidental, que a China controla, mas que a Índia ainda reivindica. O ministro dos Negócios Estrangeiros indiano, Jaishankar Subhramanyam, também rejeitou a reivindicação da China numa entrevista televisiva na terça-feira à noite. “Fazer reivindicações absurdas sobre o território da Índia não o torna território da China”, afirmou. Na semana passada, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, falou informalmente com Xi, à margem da cimeira dos BRICS [Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul], em Joanesburgo, onde Modi sublinhou as preocupações de Nova Deli sobre as questões fronteiriças não resolvidas. O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Índia informou que os dois líderes concordaram em intensificar os esforços para diminuir as tensões na fronteira disputada entre os dois países e trazer para casa milhares das tropas destacadas na região. Fronteiras da paz “As duas partes devem ter em mente os interesses globais das relações bilaterais e tratar adequadamente a questão da fronteira, de modo a salvaguardar conjuntamente a paz e a tranquilidade na região fronteiriça”, declarou o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, após a reunião dos dois líderes. Os comandantes militares indianos e chineses reuniram-se, no início deste mês, num aparente esforço para estabilizar a situação. Uma fronteira, designada por “Linha de Controlo Real”, separa os territórios detidos pela China e pela Índia, desde Ladakh, a oeste, até ao estado indiano de Arunachal Pradesh, a leste, que Pequim reivindica na totalidade. A Índia e a China travaram uma guerra sobre a fronteira em 1962. A China reivindica cerca de 90 mil quilómetros quadrados de território no nordeste da Índia, incluindo Arunachal Pradesh. Nova Deli afirma que a China ocupa 38 mil quilómetros quadrados do território no planalto de Aksai Chin, que a Índia considera parte de Ladakh, onde decorre o actual conflito.
Hoje Macau China / ÁsiaBangladesh | HRW pede que país que aceite investigar desaparecimentos Segundo a organização não governamental, as forças de segurança do Bangladesh estariam envolvidas em mais de 600 desaparecimentos forçados desde 2009. Mais de 100 continuam sem paradeiro. As autoridades negam o envolvimento e afirmam que os desaparecidos estão apenas escondidos A Human Rigts Watch pediu ontem ao Bangladesh que aceite a oferta da ONU para apoiar uma comissão independente sobre os desaparecimentos forçados no país, no Dia Internacional das Vítimas de Desaparecimentos Forçados. De acordo com a organização não-governamental (ONG), as autoridades negam repetidamente que as forças de segurança do Bangladesh estejam envolvidas em desaparecimentos forçados, afirmando que estas vítimas estariam apenas escondidas. Segundo os activistas dos direitos humanos do Bangladesh, as forças de segurança estariam envolvidas em mais de 600 desaparecimentos forçados desde 2009. A HRW referiu que, embora algumas pessoas tenham sido posteriormente libertadas, apresentadas em tribunal ou tenham morrido durante confrontos armados com as forças de segurança, perto de 100 pessoas continuam desaparecidas. O Governo bangladeshiano recusou a oferta das Nações Unidas para estabelecer um mecanismo especializado para investigar estes desaparecimentos forçados, em conformidade com os padrões internacionais. “As autoridades do Bangladesh não enganam ninguém ao continuar a negar a realidade dos desaparecimentos forçados e, em vez disto, estão a prolongar o sofrimento das famílias que estão desesperadas para saber o paradeiro dos seus entes queridos”, afirmou Julia Bleckner, investigadora sénior para a Ásia da Human Rights Watch. “O Governo deve demonstrar um compromisso genuíno em abordar os abusos, cooperando com a ONU para abrir uma comissão independente de inquérito sobre desaparecimentos forçados”, sublinhou a investigadora da ONG. Ouvidos moucos Em 10 de Dezembro de 2021, o Governo dos Estados Unidos aplicou sanções contra o Batalhão de Acção Rápida (RAB) do Bangladesh e os principais comandantes implicados em abusos, particularmente desaparecimentos forçados e execuções extrajudiciais. No entanto, ao invés de investigarem de forma independente e transparente as alegações de desaparecimentos forçados, as autoridades do Bangladesh estão a perseguir e a intimidar as famílias das vítimas. Segundo a HRW, o Bangladesh tem repetidamente ignorado os apelos dos governos doadores, da ONU, das organizações de direitos humanos e da sociedade civil para abordar de forma significativa os desaparecimentos forçados pelas suas forças de segurança. O Bangladesh é signatário de todos os principais tratados de direitos humanos da ONU, excepto o tratado sobre desaparecimentos forçados.
Hoje Macau China / ÁsiaBrasil | Investimento chinês cai para valor mais baixo dos últimos 13 anos O investimento chinês no Brasil caiu 78 por cento no ano passado, para 1,3 mil milhões de dólares, o valor mais baixo desde 2009, de acordo com um estudo divulgado na terça-feira. O relatório publicado pelo Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC) revelou que quase metade (45 por cento) do investimento chinês em 2022 foi para o sector da electricidade, seguido pela indústria automóvel (28 por cento) O estudo “Investimentos Chineses no Brasil 2022: Tecnologia e Transição Energética” sublinhou que o número de projectos atingiu 32, mais quatro do que em 2021 e um novo máximo histórico, sendo que metade está ligada também ao sector da electricidade. Na apresentação do documento, o director de conteúdo e pesquisa do CEBC, defendeu que os dados não reflectem uma “falta de interesse da China”, mas sim a existência de grandes investimentos que exigem “uma série de licenças ou negociações longas”. Oito projectos chineses no Brasil, no valor de 3,4 mil milhões de dólares, foram anunciados em 2022, mas ainda não saíram do papel ou foram iniciados apenas este ano, referiu o estudo. No relatório, a economista da gestora de fundos Bradesco Asset, Fabiana D’Atri, disse que os investimentos chineses são “ainda volumosos no segmento de energia eléctrica, ao mesmo tempo em que o segmento automóvel começa a aquecer”. Em Julho, a empresa chinesa BYD anunciou que irá investir três mil milhões de reais para construir no estado da Bahia, no nordeste do Brasil, a primeira fábrica de automóveis eléctricos fora da Ásia. De acordo com dados do CEBC e do China Global Investment Tracker, uma base de dados do ‘think tank’ norte-americano American Enterprise Institute, o Brasil ficou em nono lugar no que toca ao investimento chinês no exterior em 2022. No ano anterior, o Brasil tinha sido o maior destino para os investimentos chineses em todo o mundo, com 5,9 mil milhões de dólares. O Brasil é o maior parceiro comercial da China na América Latina e há 14 anos consecutivos que a China é o maior parceiro comercial brasileiro.
Hoje Macau China / ÁsiaVisita | Chefe da diplomacia britânica inicia primeira viagem à China em cinco anos O chefe da diplomacia do Reino Unido, James Cleverly, iniciou ontem uma visita oficial à China, numa altura em que os dois países tentam estabilizar os laços bilaterais, que se deterioraram nos últimos anos. Trata-se da primeira viagem de um secretário dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido à China em mais de cinco anos. Cleverly reuniu-se primeiro com o vice-presidente chinês, Han Zheng, que disse que a visita “vai promover ainda mais o desenvolvimento sólido e estável das relações bilaterais”. Cleverly reuniu-se no final do dia de ontem com o homólogo chinês, Wang Yi, que é o principal quadro do Partido Comunista para os assuntos externos e que, recentemente, retomou o antigo cargo como ministro dos Negócios Estrangeiros, após o desaparecimento ainda inexplicável do seu antecessor, Qin Gang. O porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Wenbin, disse que Pequim espera que o lado britânico trabalhe com a China para “defender o espírito de respeito mútuo, aprofundar os intercâmbios, melhorar a compreensão mútua e promover o desenvolvimento estável das relações sino – britânicas”. Cleverly afirmou que levantaria questões sensíveis, como Xinjiang e Hong Kong e que vai transmitir às autoridades chinesas que a crescente influência da China acarreta responsabilidades no cenário global – incluindo ajudar a acabar com a invasão da Ucrânia pela Rússia e reduzir as tensões geopolíticas no Mar do Sul da China. O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, pretende seguir uma abordagem diferenciada e não conflituosa nas relações com Pequim. Sunak descreveu a China como um “desafio sistémico” aos valores e interesses do Reino Unido, mas também sublinhou a necessidade de manter uma relação com a potência asiática.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Inundações deixam quatro mortos e dezenas de desaparecidos no sudoeste do país Quatro pessoas morreram e dezenas foram dadas como desaparecidas, na sequência das chuvas torrenciais que atingiram o sudoeste da China, na semana passada, informou ontem a imprensa estatal chinesa. A televisão estatal chinesa CCTV disse que as tempestades provocaram grandes inundações, que atingiram uma instalação de processamento de aço, onde trabalhavam mais de 200 pessoas. “Até agora, quatro pessoas morreram nas inundações e 48 continuam desaparecidas”, indicou a CCTV, afirmando que as operações de resgate prosseguem. Chuvas fortes atingiram Jinyang, uma vila montanhosa, situada na província de Sichuan, no dia 21 de Agosto, mas os danos não foram comunicados. Cinco pessoas foram detidas por suspeita de “não comunicar ou comunicar falsamente um incidente de segurança”, de acordo com a CCTV. O Presidente chinês, Xi Jinping, ordenou às autoridades que “façam tudo o que estiver ao seu alcance para procurar os desaparecidos (…) e confortar as famílias”, informou o canal. O incidente “deve ser investigado minuciosamente e as partes responsáveis devem ser tratadas de acordo com a lei”, disse Xi. A China passou por vários eventos climáticos extremos nos últimos meses. Eventos que, apontam cientistas, serão cada vez mais frequentes devido às alterações climáticas. Em Julho, pelo menos 78 pessoas morreram devido às grandes inundações que atingiram o norte do país, na sequência da passagem do tufão Doksuri.
Hoje Macau China / ÁsiaGabão | Pequim pede que se garanta segurança do Presidente A China apelou ontem às “partes relevantes” no Gabão que “garantam a segurança” do Presidente Ali Bongo, após o golpe militar ocorrido no país centro-africano, rico em petróleo e outras matérias-primas. “A China está a acompanhar de perto a evolução da situação no Gabão e apelou às partes relevantes para que actuem no interesse do povo gabonês, visando o retorno à normalidade e a segurança pessoal de Ali Bongo”, disse o porta-voz da diplomacia chinesa, Wang Wenbin, em conferência de imprensa. Bongo foi eleito em 2009, após a morte do pai, Omar Bongo Ondimba, que governou o Gabão durante mais de 41 anos. As autoridades gabonesas tinham ontem acabado de anunciar a sua reeleição, com 64,27 por cento dos votos, quando um grupo de uma dezena de soldados apareceu nos ecrãs do canal de televisão Gabão 24 para anunciar o “fim do regime em vigor”. Ali Bongo, de 64 anos, cujo paradeiro é desconhecido, visitou Pequim, em Abril passado. O Presidente chinês, Xi Jinping, chamou-o então de “velho amigo” da China e elogiou as suas “importantes conquistas” no desenvolvimento do país africano.
Hoje Macau China / ÁsiaEUA | Secretária do Comércio enaltece abertura de comunicação “regular” com China No final da sua visita à China, em Xangai, Gina Raimondo congratulou-se com a criação de novos canais de comunicação entre as duas nações A secretária do Comércio dos Estados Unidos, Gina Raimondo, afirmou ontem que o maior sucesso da sua viagem à China foi ter conseguido estabelecer “comunicação regular” com as autoridades do país asiático. “A maior conquista, após três dias de reuniões produtivas, foi o estabelecimento de comunicação regular”, disse Raimondo, em Xangai, onde concluiu a sua primeira visita à China, desde que assumiu o cargo, em 2021. Na segunda-feira, a representante máxima da Casa Branca para o comércio anunciou uma série de novos canais formais de comunicação com Pequim, que vão abranger controlos de exportação e questões comerciais. “Agora, temos de lançar estes mecanismos e ver quais as questões que podemos resolver”, antecipou. “No geral, é um excelente começo e, embora esteja muito claro que existe desafios a longo prazo, nos próximos meses veremos se há algum progresso”, acrescentou. Pequim interrompeu o diálogo com Washington sobre questões militares, comerciais ou climáticas, em Agosto de 2022, em retaliação contra a visita a Taiwan da então presidente da Câmara dos Representantes do Congresso dos EUA, Nancy Pelosi. Conversa aberta A secretária do Comércio dos EUA defendeu que as linhas de comunicação servem para abrir caminho para a criação de um “ambiente regulatório previsível e condições de concorrência equitativas”. “Não espero resolver tudo da noite para o dia, mas tenho esperança de que uma comunicação mais directa permitirá mais transparência e menor risco de avaliações erradas”, apontou. A responsável norte-americana explicou que, durante a sua estadia no país asiático, manteve reuniões “sinceras e construtivas”. “Eu não estive com rodeios: consegui explicar claramente que vamos proteger as áreas em que achamos que devemos fazê-lo e que vamos promover as áreas que pudermos”, vincou. “Isto significa que a nossa segurança nacional não é negociável”, defendeu Raimondo. Entre as principais divergências estão as restrições impostas pelos Estados Unidos à exportação de determinados produtos norte-americanos, em especial de alta tecnologia, para a China. Uma das principais queixas de Pequim envolve os limites no acesso a ‘chips’ semicondutores e outras tecnologias norte-americanas, que ameaçam dificultar o desenvolvimento de telemóveis, sistemas de inteligência artificial e outras indústrias cruciais nos planos de modernização industrial do Partido Comunista. Em Pequim, Raimondo defendeu a estratégia da administração de Joe Biden de tentar “reduzir riscos”, através do aumento da produção doméstica de semicondutores e outros bens de alta tecnologia nos EUA, e criar fontes adicionais de abastecimento, para reduzir as chances de interrupção nas cadeias de produção. Pequim considerou que aquela política visa isolar a China e dificultar o seu desenvolvimento. “Não se destina a impedir o progresso económico da China”, disse Raimondo, durante uma reunião com o ministro do Comércio da China, Wang Wentao, na segunda-feira. “Buscamos uma concorrência saudável com a China. Uma economia chinesa em crescimento que cumpra as regras é do interesse de ambos”. Outros diálogos Já na terça-feira, o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, reuniu-se com Gina Raimondo, pedindo que os dois lados aumentem a cooperação mutuamente benéfica. Li disse que as relações económicas e comerciais entre a China e os Estados Unidos são mutuamente benéficas e de natureza de benefício recíproco. A politização dos assuntos económicos e comerciais e o exagero do conceito de segurança não só afectarão seriamente as relações bilaterais e a confiança mútua, mas também prejudicarão os interesses das empresas e dos cidadãos dos dois países, e terão um impacto desastroso na economia global, afirmou, citado pelo Diário do Povo. Observando que a China é o maior país em desenvolvimento e os Estados Unidos são o maior país desenvolvido, Li disse que os dois lados devem fortalecer a cooperação mutuamente benéfica, reduzir o atrito e o confronto e promover conjuntamente a recuperação económica mundial e enfrentar os desafios globais. “O respeito mútuo, a coexistência pacífica e a cooperação de benefício mútuo são os caminhos certos para a China e os Estados Unidos se darem bem. Esperamos que o lado norte-americano trabalhe com a China para adoptar ações mais práticas e benéficas para manter e desenvolver as relações bilaterais”, acrescentou. Durante uma visita a Pequim, no mês passado, a Secretária de Estado do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, tentou tranquilizar as autoridades chinesas sobre as múltiplas restrições impostas pela Casa Branca. O enviado dos EUA para o clima, John Kerry, visitou também a China em Julho. O chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, visitou Pequim no mês anterior, na visita de mais alto nível por um responsável norte-americano desde 2018.
Hoje Macau SociedadePJ | Anunciada detenção de transexuais Numa operação em que apontou ter o objectivo de “purificar o ambiente em Macau”, a Divisão de Investigação de Crime Organizado da Polícia Judiciária anunciou a detenção de “oito homens de nacionalidade filipina”, que se vestiam de mulheres e alegadamente se dedicavam à prostituição. Segundo o comunicado da PJ, com direito a fotografias da parada dos detidos, publicadas na edição online do Jornal Ou Mun, as detenções aconteceram por suspeitas de alojamento ilegal, uma vez que a PJ indica que todos viviam no mesmo apartamento que estava a ser utilizado como “pensão ilegal”. Além disso, os homens, que terão admitido a prática de prostituição, foram encaminhados para os Serviços de Migração, por “desempenharem actividades inconsistentes” com o visto de turismo.
Hoje Macau Manchete Sociedade“Saola” ganha força. Sinal 8 pode ser içado na madrugada de sábado Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) emitiram ontem à tarde o sinal 1 devido à entrada do Saola num raio de 800 quilómetros do território. As autoridades entendem que a probabilidade de içar o sinal 3 entre a tarde e noite de amanhã é “moderada a relativamente alta”, e que a probabilidade de chegar a sinal 8, entre a madrugada e manhã de sábado, é moderada. No final desta semana poderá ocorrer uma interacção com a tempestade tropical Haikui, pelo que ainda há incertezas quanto à trajectória e local onde o Saola vai tocar terra, acrescentaram. Entretanto, a Direcção dos Serviços para os Assuntos Marítimos e da Água (DSAMA) emitiu ontem um alerta sobre a necessidade de protecção das embarcações de pesca estacionadas no Porto Interior, tendo em conta a possibilidade de subida das marés para uma altura de três metros. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, a DSAMA alerta os passageiros para programarem melhor as suas viagens tendo em conta a chegada da tempestade e os donos das embarcações a deslocarem-se para outros locais a fim de evitar acidentes. Também ontem, o Centro de Produtividade e Transferência de Tecnologia de Macau (CPTTM) a Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico (DSEDT) apelaram aos empresários de pequenas e médias empresas situadas nas zonas baixas do território para prestarem atenção às informações meteorológicas e “implementar bem as medidas contra tufões e inundações”. A soprar forte O tufão começou ontem a dirigir-se para a costa sul da China, depois de se ter intensificado durante a madrugada, de acordo com as autoridades de Taiwan. O tufão estava a deslocar-se para noroeste com ventos sustentados de 191 quilómetros por hora e rajadas de até 234 quilómetros por hora, de acordo com a Agência Central de Meteorologia de Taiwan, sendo agora considerado um tufão forte. O olho do tufão não atingirá a parte continental de Taiwan, mas vai atingir as cidades do sul da ilha com as bandas exteriores. Os serviços de meteorologia alertaram também para a possibilidade de chuvas e ventos fortes nas cidades do sul de Taiwan e, em especial, no sul da região de Pingtung. Actualmente, o Saola dirige-se o sul de Taiwan, no canal Bashi, que separa a ilha das Filipinas. Até ao momento, a tempestade não causou grandes danos quando passou pelas Filipinas, no início desta semana, embora milhares de pessoas tenham ficado desalojadas quando a tempestade provocou fortes chuvas e inundou zonas baixas no norte do país. Prevê-se que o tufão atinja o sul das províncias de Fujian e Guangdong na sexta-feira.