Hoje Macau EventosFilme “Oppenheimer” domina noite dos Critics Choice Awards “Oppenheimer” saiu triunfante da 29ª edição dos Critics Choice Awards na madrugada de terça-feira em Los Angeles, recebendo a estatueta de Melhor Filme num total de oito prémios entregues pela Associação dos Críticos. O ‘blockbuster’ da Universal Pictures bateu “Barbie” nas vitórias, apesar de o filme de Greta Gerwig ter recebido um recorde de 18 nomeações. “Esta é uma tremenda honra”, disse o realizador Christopher Nolan, ao receber o prémio de Melhor Realizador e agradecendo o apoio dos críticos. “Vocês convenceram as audiências de que um filme sobre física quântica e o apocalipse valia a pena”, acrescentou. Robert Downey Jr., que bateu Ryan Gosling e Robert De Niro ao ser considerado Melhor Actor Secundário, fez um discurso divertido no qual disse que “adora críticos” e leu algumas das críticas mais terríveis que foram escritas sobre ele, tal como “ele parece o Pee-wee Herman a emergir de um coma”. A distinção pelo papel de Lewis Strauss, disse o actor, também se deveu ao trabalho de equipa da “santíssima trindade” composta por Christopher Nolan, a produtora Emma Thomas e o protagonista Cillian Murphy. Todos tiveram a oportunidade de subirem juntos ao palco, incluindo a nomeada Emily Blunt, quando “Oppenheimer” levou a estatueta de Melhor Elenco. O compositor Ludwig Göransson viu o seu trabalho premiado com a vitória em Melhor Banda Sonora e o filme venceu também categorias técnicas — Melhor Fotografia, Melhor Edição e Melhores Efeitos Visuais. Mas as estatuetas de Melhor Actriz e Melhor Actor foram para outros filmes. Emma Stone conquistou o prémio mais cobiçado pela interpretação de Bella Baxter em “Pobres Criaturas”, o filme de Yorgos Lanthimos que inclui uma interpretação da fadista Carminho, e mostrou-se surpreendida pela vitória, dizendo que não tinha nada preparado. Já o prémio de Melhor Actor foi entregue a Paul Giamatti pelo papel em “Os Excluídos”, de Alexander Payne, batendo o favorito Cillian Murphy e outros pesos-pesados como Leonardo DiCaprio e Bradley Cooper. “Os Excluídos” também deu a Da’Vine Joy Randolph o prémio de Melhor Actriz Secundária e a Dominic Sessa o de Melhor Jovem Actor. “Barbie” distinguido “Barbie”, que chegou à cerimónia como o filme mais nomeado, arrecadou várias estatuetas importantes, das quais se destacam Melhor Filme de Comédia, Melhor Argumento Original para Greta Gerwig e Noah Baumbach e Melhor Canção Original para “I’m Just Ken”. O filme mais visto do ano foi também o vencedor de Melhor Design de Produção, Melhor Guarda-Roupa e Melhor Caracterização, num total de seis. “Anatomia de uma Queda” foi o Melhor Filme Estrangeiro e “Homem-Aranha: Através do Aranhaverso” a Melhor Animação. “American Fiction” venceu Melhor Argumento Adaptado. Nas categorias de televisão, destaque para “Succession”, que ganhou Melhor Série Dramática e consagrou Sarah Snook como Melhor Atriz e Kieran Culkin como Melhor Actor. “The Bear” foi a Melhor Série de Comédia, com Jeremy Allen White a ganhar o prémio de Melhor Actor, Ayo Edebiri o de Melhor Actriz e Ebon Moss-Bachrach o de Melhor Ator Secundário. “Rixa” foi a Melhor Minissérie, dando também a Ali Wong e Steven Yeun as estatuetas nesta categoria.
Hoje Macau EventosEmmy’s | “Succession”, “The Bear” e “Rixa” levam maiores prémios Decorreu na madrugada desta terça-feira em Los Angeles, EUA, mais uma noite dos Emmy’s, os grandes prémios de produções televisivas, tendo saído vencedores a série “Succession”, transmitida na HBO, bem como “The Bear” e “Rixa” A série “Succession”, transmitida na HBO, foi a grande vencedora da 75ª edição dos Emmy’s, principais prémios da indústria televisiva e de streaming, que decorreu na madrugada desta terça-feira em Los Angeles, nos EUA. A série da HBO tinha 27 nomeações e venceu seis das principais categorias de drama, incluindo Melhor Série, Melhor Actriz para Sarah Snook, Melhor Actor para Kieran Culkin, Melhor Actor Secundário para Matthew Macfadyen, Melhor Realização para Mark Mylod e Melhor Escrita para Jesse Armstrong. “Esta é uma série sobre família e também sobre o que acontece quanto política partidária e cobertura noticiosa se misturam com política divisionista de direita”, disse o criador Jesse Armstrong. “Depois de quatro anos de sátira, este é um problema que creio que resolvemos”, ironizou. “Rixa”, da plataforma rival Netflix, foi outra das grandes vencedoras da noite. Levou quase tudo o que importava na categoria de Minissérie ou Série de Antologia: Melhor Série, Melhor Actriz para Ali Wong, Melhor Actor para Steven Yeun, Melhor Realização e Melhor Escrita para Lee Sung Jin. “Quando me mudei para LA, a minha conta bancária ficou negativa em 63 cêntimos e tive de depositar um dólar para evitar ficar a descoberto”, contou Lee Sung Jin, lembrando que o sucesso que conquistou não estava garantido. Quando voltou a subir ao palco, agradeceu aos fãs que partilharam com ele histórias pessoais, inspirados pela série que criou. “Vivemos num mundo desenhado para nos manter separados”, afirmou. “Quando vivemos num mundo assim, alguns de nós começam a pensar que não há maneira de alguém nos entender, gostar de nós, ou sermos amados”, continuou. “A maior alegria de fazer ‘Rixa’ foi trabalhar com estas pessoas que amaram tão incondicionalmente”. O urso da comédia Foi também de amor e família que falaram os protagonistas de “The Bear”, a série que varreu múltiplos prémios na categoria de comédia. Foi a Melhor Série, deu a Jeremy Allen White o prémio de Melhor Actor, rendeu a Ayo Edebiri a Melhor Actriz Secundária e a Ebon Moss-Bachrach Melhor Actor Secundário. Chris Storer também foi distinguido pelo trabalho na série da FX com Melhor Escrita e Melhor Realização, elevando para seis os Emmys atribuídos esta noite. “Esta é uma série sobre a família que se encontra e também a família real”, disse Ayo Edebiri, agradecendo a presença dos pais na cerimónia. “Obrigada por me amarem e me deixarem sentir linda e negra e tudo isso”. Apesar do domínio destas três séries, houve prémios individuais que distinguiram os trabalhos noutros títulos. Ainda em comédia, Quinta Brunson quebrou a espiral de vitória de “The Bear” ao vencer o Emmy de Melhor Actriz, pelo papel em “Abbott Elementary”. Em drama, Jennifer Coolidge foi a Melhor Actriz Secundária por “The White Lotus”, uma vitória consecutiva para o papel de Tanya McQuoid. “Eu tinha um sonho na minha pequena cidade que todos me disseram ser impraticável”, disse Coolidge no discurso de aceitação. “Mas aconteceu, por isso não desistam dos vossos sonhos”. Na categoria de minissérie ou antologia, foi Niecy Nash-Betts quem levou o Emmy de Melhor Actriz Secundária, pelo papel na série “Monstro: A história de Jeffrey Dahmer”, da Netflix. “Quero agradecer a mim própria por acreditar em mim e fazer o que disseram que eu não podia fazer”, afirmou Nash-Betts num discurso de aceitação entusiasmado, em que gritou “Sou uma vencedora, baby!”. Também nesta categoria, Paul Walter Hauser venceu o seu primeiro Emmy ao ser distinguido como Melhor Actor Secundário por “Black Bird”, da Apple TV+. A 75.ª cerimónia de entrega dos prémios Emmy pela Academia de Televisão decorreu no Peacock Theater, em Los Angeles. Tinha sido adiada em Setembro passado devido às greves dos argumentistas e actores.
Hoje Macau China / ÁsiaPyongyang confirma lançamento de míssil balístico A Coreia do Norte anunciou ontem que lançou um míssil balístico de alcance intermédio com combustível sólido, confirmando as declarações avançadas no domingo por Seul e Tóquio. O lançamento ocorre alguns dias após Pyongyang ter realizado exercícios de artilharia com munições reais. O disparo do míssil no domingo, que Pyongyang disse estar equipado com uma ogiva hipersónica, destinava-se a “verificar as capacidades de deslocação e de manobrabilidade”, bem como “a fiabilidade do novo motor de combustível sólido”, explicou a agência de notícias oficial norte-coreana KCNA. O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul disse no domingo, em comunicado, que o Norte “disparou um míssil balístico não identificado em direcção ao Mar do Leste”, referindo-se a uma área também conhecida como Mar do Japão. O Ministério da Defesa do Japão disse ter detectado um possível lançamento de um míssil balístico de curto alcance, que terá caído fora da zona económica especial do país. Este é o primeiro lançamento de um míssil por parte de Pyongyang desde que testou o míssil balístico intercontinental de combustível sólido Hwasong-18, a arma mais avançada do Norte, em 18 de Dezembro. O Hwasong-18 foi projectado para atacar o território continental dos Estados Unidos. Após Pyongyang realizar, na semana passada, exercícios de artilharia em torno da fronteira marítima ocidental com o Sul durante três dias, Seul realizou exercícios de tiro semelhantes na mesma área. A subir de tom Nos últimos dias, a Coreia do Norte tem intensificado a retórica bélica. Na semana passada, o líder Kim Jong-un descreveu o Sul como o “principal inimigo” e ameaçou aniquilar o país vizinho se fosse provocado. Especialistas dizem que Kim provavelmente aumentará ainda mais a tensão ao testar novos mísseis para tentar influenciar os resultados das eleições parlamentares da Coreia do Sul, em Abril, e das eleições presidenciais dos EUA em Novembro. Numa importante reunião do partido único norte-coreano, no final de dezembro, Kim prometeu expandir o arsenal nuclear de Pyongyang e lançar satélites espiões adicionais para fazer face ao que chamou de movimentos de confronto liderados pelos EUA.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte | Ministra faz visita de três dias à Rússia Choe Son-hui vai estar três dias em Moscovo numa visita que, embora não tenham sido adiantados detalhes, pressupõe dar seguimento à cooperação militar acordada entre os dois países aquando do encontro entre Putin e Kim Jong-un em Setembro passado A ministra dos Negócios Estrangeiros norte-coreana partiu no domingo para uma visita de três dias à Rússia, numa altura em que a comunidade internacional condena a transferência de armas de Pyongyang para Moscovo utilizar na Ucrânia. “Uma delegação governamental da República Popular Democrática da Coreia [nome oficial do país], liderada pela ministra dos Negócios Estrangeiros, Choe Son-hui, partiu no domingo para uma visita oficial à Federação Russa a convite do ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergey Lavrov”, informou ontem a agência de notícias estatal norte-coreana KCNA. Embora o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia e a agência de notícias russaTASS tenham confirmado a visita de Choe entre 15 e 17 de Janeiro, não forneceram mais detalhes. Lavrov visitou a Coreia do Norte em Outubro, por ocasião do 75.º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas entre os dois países. A visita de Choe surge depois de terem sido reveladas novas provas de que a Coreia do Norte e a Rússia concordaram em cooperar militarmente durante uma cimeira entre o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o Presidente russo, Vladimir Putin, em Setembro, e que inclui a transferência de armas de Pyongyang para Moscovo, em violação das sanções impostas pela ONU ao país asiático. Últimos disparos Na semana passada, a Casa Branca disse que a Rússia disparou recentemente mísseis balísticos norte-coreanos contra a Ucrânia, somando-se aos já utilizados nos ataques de 30 de Dezembro e 02 de Janeiro. Mas Pyongyang e Moscovo negam esta transferência de armamento. Em troca, acredita-se que o regime de Kim Jong-un recebeu assistência técnica russa no lançamento do primeiro satélite de reconhecimento militar em novembro passado. A Coreia do Sul estima que o número de contentores – carregados com mísseis balísticos, lançadores e centenas de milhares de munições de artilharia – transferidos desde o Verão pela Coreia do Norte para a Rússia ultrapassa agora os 5.000.
Hoje Macau China / ÁsiaIsrael | Egipto e China apelam a cessar-fogo e à criação do Estado da Palestina Os ministros dos Negócios Estrangeiros do Egipto e da China apelaram domingo conjuntamente a um cessar-fogo no centésimo dia da guerra em Gaza e à criação de um “Estado da Palestina” que seja membro de pleno direito da ONU. Numa conferência de imprensa conjunta, no início de uma viagem a África, Wang Yi afirmou que, tal como o homólogo egípcio, Sameh Choukri, são a favor de “um Estado da Palestina independente e soberano dentro das fronteiras de 1967, com Jerusalém Oriental como capital”. Já num comunicado conjunto, os dois chefes da diplomacia apelaram também para o “fim da violência e dos combates” e ainda à realização de “uma cimeira internacional de paz para encontrar uma solução justa, global e duradoura para a questão palestiniana”. Para tal, acrescentaram, deve pôr-se termo à “ocupação” israelita e criar-se um Estado da Palestina “independente e com continuidade territorial”, apesar de os palestinianos viverem atualmente sob dois governos rivais e paralelos. A Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), do Presidente Mahmoud Abbas, detém partes da Cisjordânia, ocupada por Israel desde 1967, enquanto o Hamas – em guerra com Israel desde o seu ataque a solo israelita a 07 de Outubro de 2023 – controla a Faixa de Gaza. A China mantém boas relações com Israel, mas apoia a causa palestiniana há várias décadas e considera que a Palestina é um Estado. Pequim tem defendido tradicionalmente a solução de dois Estados.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Pequim condena encontro de William Lai com antigos funcionários dos EUA A China condenou ontem o encontro entre o líder eleito de Taiwan, William Lai, com uma delegação de antigos funcionários norte-americanos que visitaram a ilha após as eleições de sábado passado. A porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, afirmou em conferência de imprensa que as eleições em Taiwan “são um assunto interno da China” e que o Governo chinês “se opõe firmemente a qualquer contacto oficial entre os Estados Unidos e Taiwan”, bem como a “qualquer interferência dos EUA” nos assuntos da ilha. Mao exortou os EUA a reconhecerem “a complexidade e a sensibilidade” da questão de Taiwan e a “respeitarem fielmente o princípio ‘Uma só China’”. A porta-voz pediu ainda a Washington que actue com “prudência e cautela” nas questões relacionadas com Taiwan, “para não prejudicar de forma alguma o princípio ‘Uma só China’” e “para não enviar quaisquer sinais errados às forças separatistas” de Taiwan. Lai, também líder do Partido Democrático Progressista (DPP), no poder, reuniu-se com o antigo conselheiro de segurança nacional Stephen Hadley (2001-2009) e o antigo vice-secretário de Estado James Steinberg (2009-2017) na sede do partido, informou ontem a agência oficial da ilha, CNA.
Hoje Macau China / ÁsiaAcidente | Sobe para 13 número de mortos em explosão numa mina O número de mortos na sequência da explosão de uma mina de carvão ocorrida na sexta-feira na província de Henan, no centro da China, subiu para 13, informou ontem a imprensa local. O número de mortos aumentou em três relativamente ao número anterior, que era de dez. A explosão ocorreu numa mina na cidade de Pingdingshan devido à concentração de gás e carvão numa conduta de ventilação, de acordo com a investigação preliminar. Na altura do incidente, 425 pessoas trabalhavam na mina. As equipas de busca continuam a trabalhar para resgatar os trabalhadores ainda presos no local, informou a agência de notícias oficial Xinhua. As autoridades abriram um inquérito e detiveram os responsáveis pela mina, propriedade da Pingdingshan Tianan Coal Mining. Em Dezembro passado, um acidente numa mina de carvão na cidade de Jixi, na província de Heilongjiang, no nordeste da China, matou 12 pessoas. No final de Novembro do ano passado, um total de onze trabalhadores morreram num acidente numa mina de carvão também em Heilongjiang. As minas de carvão – o material a partir do qual a China produz cerca de 60 por cento da sua energia – continuam a registar uma elevada taxa de acidentes no país asiático, embora o número de acidentes mortais tenha diminuído significativamente nos últimos anos.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim “aprecia” a decisão de Nauru de cortar laços com Taiwan A China manifestou ontem o seu “apreço” pela decisão do governo de Nauru, uma pequena nação insular do Pacífico Sul, de cortar relações diplomáticas com Taiwan e reconhecer a República Popular da China. “Como país soberano e independente, Nauru declarou o seu reconhecimento do princípio ‘Uma só China’, cortou as suas chamadas relações diplomáticas com as autoridades de Taiwan e manifestou a sua disponibilidade para retomar as relações diplomáticas com a China”, afirmou o ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, em comunicado. “A China aprecia e saúda a decisão do governo de Nauru”, acrescentou o comunicado do ministério. O Governo chinês disse estar pronto para “abrir um novo capítulo” nas relações entre os dois países, agora que Nauru se tornou a mais recente nação da Oceânia a reconhecer Pequim como o único governo legítimo de toda a China. O Governo de Nauru sublinhou ontem, numa breve declaração, que o país reconhece o princípio de ‘Uma só China’ e pretende reatar relações diplomáticas plenas com Pequim. A nação insular argumentou que a mudança de política é um primeiro passo para “promover o desenvolvimento” da pequena república oceânica.
Hoje Macau China / ÁsiaCorrupção | Ex-director executivo do gigante bancário chinês Everbright detido A campanha anti-corrupção, contra ‘tigres’ (altos quadros) e ‘moscas’ (funcionários públicos) lançada por Xi Jinping aquando da sua chegada ao poder, em 2012, continua a fazer vítimas Um antigo chefe do gigante bancário estatal chinês Everbright foi formalmente colocado sob prisão por suspeitas de corrupção, informaram ontem as autoridades. Após a conclusão de uma investigação preliminar, a Procuradoria Popular Suprema anunciou, em comunicado, que ordenou a detenção de Tang Shuangning, antigo presidente do conselho de administração do grupo, “nos últimos dias”. A agência anti-corrupção do Partido Comunista Chinês (PCC) já tinha anunciado a sua expulsão do partido no início de Janeiro, acusando-o de uma longa lista de irregularidades, incluindo a importação de livros políticos não autorizados para a China. A agência acusou-o também de “abandonar as suas funções”, de se aproveitar do cargo para promover as suas obras de caligrafia, de utilizar fundos públicos para viajar e de aceitar vários presentes e subornos. Acusado de “se entregar a uma vida de prazer e conforto”, Tang Shuangning também “falhou na prevenção e resolução de riscos financeiros, violando assim a linha organizacional do PCC”, afirmou a mesma fonte. O sucessor de Tang como director do Grupo Everbright, Li Xiaopeng, foi detido no mês passado por acusações de corrupção. Sem tréguas Desde que chegou ao poder em 2012, o Presidente chinês, Xi Jinping, lançou uma vasta campanha anti-corrupção contra funcionários públicos (“moscas”) e gestores de empresas estatais (“tigres”). O sector financeiro está cada vez mais na mira da agência nacional anti-corrupção e dos tribunais. No mês passado, um antigo director do banco central chinês, Sun Guofeng, foi condenado a mais de 16 anos de prisão e acusado de divulgar informações em troca de subornos de 21 milhões de yuan. Em Novembro, Sun Deshun, antigo presidente de um dos principais bancos estatais chineses, o Citic Bank, foi condenado a prisão perpétua por ter recebido ilegalmente bens num valor estimado em 980 milhões de yuan, durante um período de 16 anos. Também em Novembro, o PCC anunciou a abertura de uma investigação por corrupção contra Zhang Hongli, um antigo alto funcionário de um dos maiores bancos do país, o ICBC (Banco Industrial e Comercial da China).
Hoje Macau EventosAIPIM | Conferência sobre gestão dos media dia 20 A AIPIM – Associação de Imprensa em Português e Inglês de Macau promove no próximo dia 20, sábado, às 16h, a palestra “Gestão dos Media na Actualidade – as Indústrias Criativas como mais-valia”, que decorre na Creative Macau. A abertura da palestra estará a cargo do presidente do Instituto de Estudos Europeus de Macau (IEEM), José Luís de Sales Marques, sendo os oradores convidados Paulo Faustino, professor da Universidade do Porto, e Margarida Saraiva, fundadora e directora da Babel – Cultural Organization. “Gestão dos Media na Actualidade – as Indústrias Criativas como mais-valia” é uma iniciativa contará com moderação do jornalista Paulo Barbosa e realiza-se com o apoio de entidades como a Creative Macau – Centro de Indústrias Criativas, o departamento de Comunicação e Media da Universidade de São José, a IMMAA – Associação Internacional Académica de Gestão de Media e a BABEL – Organização Cultural. A ideia, com esta conferência, é “analisar o actual panorama dos media a nível global, em especial na RAEM, no que respeita aos modelos de gestão em vigor ou por adoptar”. Assim, “os oradores irão destacar a importância das indústrias criativas para o sector da comunicação social, enquanto geradoras de mais-valias para os media em termos de oferta de conteúdos, novas fontes receitas e, no caso de Macau, como agente diversificador da economia”.
Hoje Macau EventosIIM | “Retratos de Luso-Asiáticos na Índia” lançado quinta-feira Será lançado esta quinta-feira o livro, com a chancela do Instituto Internacional de Macau (IIM), “Retratos de Luso-Asiáticos da Índia”, da autoria do arquitecto João Palla Martins. O livro inclui textos da professora emérita do departamento de Antropologia do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, Rosa Maria Perez, e de Delfim Correia da Silva, director do Centro de Língua Portuguesa do Instituto Camões em Goa. A obra reúne cerca de 100 imagens de rostos captados pelo autor junto das comunidades de luso-descendentes da Índia, contando com apoios do Núcleo de Animação Cultural de Goa, Damão e Diu, o Instituto Camões e a Fundação Oriente. Este é o quinto número da colecção de Retratos de Luso-Asiáticos, depois do álbum relativo a Macau publicado em 2020, do Myanmar e do Sri Lanka em 2021, e da Malásia em 2022. Duas exposições sobre o tema foram igualmente realizadas em 2019, nomeadamente na galeria da Universidade de Aveiro, integrada no II Congresso Internacional “Diálogos Interculturais Portugal-China” e, em seguida, na galeria da Universidade de Macau. Desde 2017 que o arquitecto João Palla Martins percorre vários países, fotografando os rostos das comunidades Luso-Asiáticas com o objectivo de oferecer um olhar sobre estas fisionomias tão peculiares. As fotografias são acompanhadas de ensaios teóricos ou científicos por autores convidados a reflectirem sobre temas como identidade, miscigenação e memória. A sessão de quinta-feira tem início às 18h30 contando com a moderação de Jorge Rangel, presidente do IIM.
Hoje Macau SociedadeGalerias Lafayette | Espaço em Macau a partir de dia 26 Serão inauguradas, no próximo dia 26, as Galerias Lafayette em Macau, à semelhança do conhecido empreendimento comercial de retalho, com marcas de luxo, existente em Paris. Segundo um comunicado, a aposta em mais um empreendimento dedicado ao segmento de luxo, que abre portas ao YOHO Treasure Island, junto ao lago Nam Van, é do grupo Forward Fashion (International) Holdings Company Limited. Trata-se da primeira vez que as Galerias Lafayette estão de portas abertas em Macau e Hong Kong, proporcionando “uma diversidade de compras e experiências que irão cativar os consumidores internacionais e locais”, fazendo com que Macau seja uma mistura entre “a vibração urbana e o fascínio pela moda”. Naquele que promete ser um grande espaço dedicado ao consumo, com mais de 30 mil pés quadrados, espera-se a representação de mais de 100 marcas internacionais, incluindo dez marcas do segmento “First-in-Macau” e ainda na área “EDIT by Galeries Lafayette”, com a aposta em moda, produtos de beleza, cosmética e perfumaria. Será ainda apresentada no interior das galerias uma réplica da Torre Eiffel com sete metros de altura. Promete-se, com este novo empreendimento comercial, “transportar todos para o coração de Paris, o epicentro global da moda, criando uma experiência encantadora que transcende o espaço e o tempo”.
Hoje Macau PolíticaImposto de selo | Novas regras com retroactivos Entra hoje em vigor a medida de isenção do imposto de selo para a compra de segunda casa destinada a habitação, depois do Governo ter decidido alterar a lei que vigorava desde 2018 para “atenuar a carga fiscal e melhorar o ambiente habitacional” no território. Assim, quem comprar uma segunda casa para fins habitacionais não terá de pagar o imposto de selo de cinco por cento sobre o preço da casa, mantendo-se o imposto de selo no valor de dez por cento na compra de uma segunda ou demais habitações. As autoridades decidiram criar um sistema retroactivo para quem comprou a segunda habitação entre os dias 1 e 15 de Janeiro, passando a devolver o imposto de selo no valor de cinco por cento aos compradores e investidores.
Hoje Macau China / ÁsiaÍndia encontra destroços que podem ser de avião desaparecido em 2016 O Ministério da Defesa indiano anunciou sexta-feira que foram encontrados destroços de um avião no mar provavelmente de uma aeronave do Exército indiano que desapareceu em 2016 com 29 pessoas a bordo. “Esta descoberta no provável local do acidente, sem qualquer outro registo de aeronave desaparecida na mesma área, indica que os destroços provavelmente pertencem ao An-32 da IAF (Força Aérea Indiana)” que caiu em Julho de 2016 na baía de Bengala, informou o Ministério, num comunicado. O Antonov An-32, de fabrico russo, que descolou de uma base perto de Chennai, no sudeste da Índia, com destino às ilhas Andaman e Nicobar, desapareceu 15 minutos depois do último contacto com a torre de controlo, em Julho de 2016. As principais operações de busca realizadas na época não conseguiram encontrar o seu rasto. Sexta-feira, o Ministério da Defesa da Índia disse que um ‘drone’ de alto mar que sondava o fundo do oceano na Baía de Bengala encontrou destroços do avião acidentado a uma profundidade de 3.400 metros, a cerca de 140 milhas náuticas (310 quilómetros) de distância. As aeronaves An-32 podem voar quatro horas sem necessidade de reabastecimento e são os aviões de transporte mais utilizados pela Força Aérea Indiana, mas sofreram inúmeros acidentes e falhas técnicas. Antes do desastre de 2016, um dos piores acidentes envolvendo um An-32, ocorreu em 1999: uma aeronave caiu perto do aeroporto de Nova Deli com 20 pessoas a bordo. Em queda Em 2016, uma fonte da IAF disse que os dados do radar do avião desaparecido mostraram que este tinha feito uma curva acentuada à esquerda antes de perder altitude rapidamente. O chefe das Forças Armadas da Índia, general Bipin Rawat, foi morto em 2021 juntamente com outras 12 pessoas quando o seu helicóptero Mi-17 de fabrico russo caiu no estado de Tamil Nadu. No ano seguinte, dois pilotos morreram quando o seu caça MiG-21 da era soviética caiu durante uma incursão de treino no Rajastão. Em 2023, um Sukhoi Su-30 russo e um Mirage 2000 francês colidiram no ar durante exercícios a sul de Nova Deli e um dos pilotos morreu. A Força Aérea tem vindo a renovar a sua frota, parte da qual ainda data da década de 1960.
Hoje Macau China / ÁsiaPyongyang | Lançado míssil balístico em direcção ao mar O anúncio daquele que poderá ser o primeiro lançamento deste mês chegou pelas vozes das autoridades sul-coreanas e japonesas A Coreia do Norte disparou ontem um míssil balístico em direcção ao mar no domingo, naquele que poderá ser o primeiro lançamento do regime de Pyongyang em cerca de um mês, disseram Seul e Tóquio. O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul disse num comunicado que o Norte “disparou um míssil balístico não identificado em direcção ao Mar do Leste”, referindo-se a uma área também conhecida como Mar do Japão. O Ministério da Defesa do Japão disse ter detectado um possível lançamento de um míssil balístico de curto alcance, que terá caído fora da zona económica especial do país. A confirmar-se, será o primeiro lançamento de um míssil por parte de Pyongyang desde que testou o míssil balístico intercontinental de combustível sólido Hwasong-18, a arma mais avançada do Norte, em 18 de dezembro. O Hwasong-18 foi projectado para atacar o território continental dos Estados Unidos. Em exercícios Na semana passada, Pyongyang realizou exercícios de artilharia em torno da fronteira marítima ocidental com o Sul durante três dias, levando Seul a realizar exercícios de tiro semelhantes na mesma área. Nos últimos dias, a Coreia do Norte tem intensificado a sua retórica bélica. No início da semana, o líder Kim Jong Un descreveu o Sul como o “principal inimigo” e ameaçou aniquilar o país vizinho se fosse provocado. Especialistas dizem que Kim provavelmente aumentará ainda mais a tensão ao testar novos mísseis para tentar influenciar os resultados das eleições parlamentares da Coreia do Sul, em Abril, e das eleições presidenciais dos EUA em Novembro. Numa importante reunião do partido único norte-coreano, no final de Dezembro, Kim prometeu expandir o arsenal nuclear de Pyongyang e lançar satélites espiões adicionais para fazer face ao que chamou de movimentos de confronto liderados pelos EUA.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | EUA não apoiam independência, mas mantém interferência O Presidente norte-americano, Joe Biden, afirmou ontem que os Estados Unidos não apoiam a independência de Taiwan. “Não apoiamos a independência”, sintetizou Biden aos jornalistas à saída da Casa Branca. Washington não reconhece Taiwan como um Estado e consideram a República Popular da China como o único governo legítimo, mas fornecem à ilha uma ajuda militar substancial. Por seu lado, num comunicado, o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, felicitou Lai e os taiwaneses pelo “sólido sistema democrático”. “Os Estados Unidos felicitam Lai pela vitória nas eleições de Taiwan. Felicitamos igualmente o povo de Taiwan por ter demonstrado uma vez mais a força do seu sistema democrático e do seu sólido processo eleitoral”, declarou o Secretário de Estado norte-americano, adiantando que Washington planeia enviar uma “delegação informal” à ilha após a votação. “Os Estados Unidos estão empenhados em manter a paz e a estabilidade no Estreito [de Taiwan] e na resolução pacífica das divergências, sem pressões nem coações”, acrescentou. Blinken afirmou ainda que esperava trabalhar com William Lai no futuro para fazer “avançar os interesses e valores comuns” e para “continuar a relação não oficial de longa data de uma forma coerente” com a posição oficial dos EUA. Estas declarações não caíram bem em Pequim, que respondeu através de um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros. “A declaração do Departamento de Estado dos EUA sobre as eleições na região chinesa de Taiwan viola gravemente o princípio de uma só China e os três comunicados conjuntos China-EUA. A decisão vai contra o compromisso político dos EUA de manter apenas relações culturais, comerciais e outras relações não oficiais com a região de Taiwan e envia um sinal gravemente errado às forças separatistas da ‘independência de Taiwan’. Deploramos e opomo-nos firmemente a esta atitude, tendo feito diligências sérias junto dos EUA”, afirmou o porta-voz. “A questão de Taiwan está no centro dos interesses fundamentais da China e é a primeira linha vermelha que não deve ser ultrapassada nas relações entre a China e os EUA. O princípio de uma só China é uma norma básica nas relações internacionais, um consenso prevalecente entre a comunidade internacional e a base política das relações entre a China e os EUA”, continuou o porta-voz. O porta-voz disse ainda que a China se opõe firmemente a que os EUA tenham qualquer forma de interação oficial com Taiwan e interfiram nos assuntos de Taiwan de qualquer forma ou sob qualquer pretexto, e de não procurarem utilizar a questão de Taiwan como um instrumento para conter a China. Delegação em Taipé Entretanto, uma delegação informal dos Estados Unidos chegou ontem a Taipé, disse a representação norte-americana na ilha. Num comunicado, o Instituto Norte-americano em Taiwan (AIT, na sigla em inglês) revelou que a delegação será constituída pelo antigo conselheiro de Segurança Nacional Stephen J. Hadley e pelo antigo secretário de Estado adjunto James B. Steinberg. O AIT sublinhou que “o Governo dos EUA pediu a antigos altos funcionários que viajassem a título privado para Taiwan”, algo que aconteceu “anteriormente após as eleições presidenciais” da ilha. A delegação será acompanhada pela presidente do instituto, Laura Rosenberger. Na segunda-feira, os dirigentes irão reunir-se com “uma série de figuras políticas importantes e transmitirão as felicitações do povo norte-americano a Taiwan pelas eleições bem-sucedidas”, referiu o comunicado. A delegação irá também sublinhar “o apoio à prosperidade e ao crescimento contínuos de Taiwan e o interesse de longa data na paz e estabilidade nos dois lados do Estreito”, acrescentou o AIT. Alemanha e França defendem status quo Alemanha e França apelaram ontem para o “respeito pelo status quo” após a vitória do candidato do Partido Democrático Progressista (DPP), William Lai, nas eleições realizadas no sábado em Taiwan. A França congratulou-se hoje com a realização das eleições em Taiwan e apresentou as “felicitações” aos eleitores e candidatos que participaram no “exercício democrático”, apelando simultaneamente, num comunicado de imprensa, ao “respeito pelo ‘status quo’ [o actual estado das situações]”. “Estendemos as nossas felicitações a todos os eleitores e candidatos que participaram neste exercício democrático, bem como aos que foram eleitos”, sublinhou o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês, sem mencionar o nome de William Lai. A declaração refere também que França reafirma “a importância crucial da paz e da estabilidade no Estreito de Taiwan”, além de apelar para “o respeito do ‘status quo’ por todas as partes”, esperando que seja “retomado o diálogo entre as duas margens do Estreito”. “Taiwan é um parceiro importante para a Europa e para França, nomeadamente nos domínios económico, cultural, científico e tecnológico, e esperamos que, após estas eleições, os laços com a ilha continuem a reforçar-se, em conformidade com a nossa política de uma só China” (que reconhece oficialmente apenas a China continental), concluiu. Também a Alemanha insistiu ontem na preservação do ‘status quo’ em Taiwan, após as eleições, e apelou para que quaisquer mudanças só sejam efectuadas de “forma pacífica e concertada” com Pequim. “Felicitamos todos os eleitores e candidatos que participaram nestas eleições, bem como os que foram eleitos”, declarou o Ministério dos Negócios Estrangeiros em comunicado, sem felicitar pelo nome William Lai. “A Alemanha está a trabalhar para preservar o ‘status quo’ e criar confiança. O ‘status quo’ só pode ser alterado de forma pacífica e concertada”, acrescentou.
Hoje Macau China / Ásia MancheteTaiwan | William Lai é o novo líder, mas o seu partido perdeu maioria O Partido Democrático Progressista conseguiu eleger o seu líder, mas sofreu uma considerável derrota ao perder a maioria de deputados no parlamento de Taiwan. Face aos resultados, Pequim afirma que o líder eleito não representa a maioria do povo de Taiwan. William Lai Ching-te venceu as eleições para a liderança de Taiwan, com 40% (5.5 milhões de votos), no sábado, mas o seu Partido Democrático Progressista (PDP) não conseguiu manter a maioria legislativa, o que introduz uma nota de incerteza na sua presidência. Hou Yu-ih, do Kuomintang (KMT), ficou em segundo lugar, com 33,5% (4,7 milhões de votos), e Ko Wen-je, do Partido Popular de Taiwan (PPT), com 26,5% (3,7 milhões de votos), de acordo com a contagem da Comissão Eleitoral Central. A taxa de participação eleitoral foi de 71,9% – cerca de 14 milhões de pessoas – ligeiramente inferior aos 74,9% registados há quatro anos. Há quatro anos, a Presidente Tsai Ing-wen, com Lai como seu vice, foi reeleita com um recorde de 8,2 milhões de votos – 57,1% dos votos – cerca de 19 pontos percentuais à frente do candidato do KMT, o que representa uma perda significativa de votos da parte do PDP, cujo revés nas eleições legislativas, o fez perder a sua maioria na legislatura de 113 lugares, ficando atrás do KMT. Segundo o sistema eleitoral de Taiwan, não existe segunda volta caso nenhum dos candidatos atinja os 50%. Ganha o que ficar em primeiro lugar, embora isso possa significar que não goza sequer do apoio de metade dos eleitores, como aconteceu no sábado. O Kuomitang, principal partido da oposição, obteve 52 lugares, tendo o TPP obtido oito lugares e dois lugares para outros candidatos, uma situação que poderá dificultar ao PDP a aprovação de projectos de lei e a implementação de reformas importantes quando Lai assumir funções. No sábado, Lai disse que o seu partido iria “rever humildemente” os resultados, sublinhando a necessidade de “construir um ambiente de comunicação, consulta, participação e cooperação” no parlamento. Chang Chun-hao, cientista político da Universidade de Tunghai, em Taipé, afirmou ao South China Morning Post que o resultado das eleições legislativas poderá abrir caminho a políticas de promoção do intercâmbio com o continente, tais como a redução das restrições impostas aos estudantes e turistas do continente. “Dado que o PPT tem agora o poder de influenciar a legislatura, será difícil para o PDP apresentar políticas”, disse Chang. “Com o KMT e o TPP a formarem uma maioria, isso também poderá significar um aumento das políticas que promovam a comunicação e os intercâmbios”, disse Chang, acrescentando que as políticas para a entrada de turistas e estudantes chineses do continente poderão ser flexibilizadas no futuro. Hou, do KMT, apelou a um maior intercâmbio entre as duas margens do Estreito, nomeadamente em domínios como a educação e a cultura. No seu discurso de vitória, Lai pareceu adoptar um tom conciliatório em relação ao continente. “Temos de substituir o cerco pelo intercâmbio e o confronto pelo diálogo, a fim de alcançar a paz e a co-prosperidade, e a única saída é a paz, a igualdade e o diálogo democrático”, afirmou. “É a única forma de alcançar uma situação vantajosa para ambas as partes do Estreito de Taiwan”. Nada muda para Pequim Ainda no sábado, um porta-voz da China continental comentou no sábado os resultados das eleições para a liderança e para a legislatura de Taiwan. Chen Binhua, do Gabinete para os Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado, afirmou que os resultados revelam que “o Partido Democrático Progressista não pode representar a opinião pública dominante na ilha”. Salientando que “Taiwan é Taiwan da China”, Chen afirmou que “as eleições não alterarão a paisagem básica e a tendência de desenvolvimento das relações entre o Estreito de Taiwan, não alterarão a aspiração comum dos compatriotas do outro lado do Estreito de Taiwan de estabelecer laços mais estreitos e não impedirão a tendência inevitável da reunificação da China”. “A nossa posição relativamente à resolução da questão de Taiwan e à realização da reunificação nacional continua a ser coerente e a nossa determinação é tão firme como uma rocha. Aderiremos ao Consenso de 1992, que incorpora o princípio de uma só China, e opor-nos-emos firmemente às actividades separatistas que visam a ‘independência de Taiwan’, bem como à interferência estrangeira”, afirmou Chen. Chen afirmou que o continente “trabalhará com os partidos políticos, grupos e pessoas relevantes de vários sectores em Taiwan para impulsionar os intercâmbios e a cooperação entre as duas margens do Estreito, reforçar o desenvolvimento integrado entre as duas margens do Estreito, promover conjuntamente a cultura chinesa e fazer avançar o desenvolvimento pacífico das relações entre as duas margens, bem como a causa da reunificação nacional. Por seu lado, um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China também se pronunciou no sábado sobre o resultado das eleições na região de Taiwan. Reiterando as palavras de Chen Binhua, o porta-voz afirmou que “a questão de Taiwan é um assunto interno da China. Quaisquer que sejam as mudanças que ocorram em Taiwan, o facto básico de que existe apenas uma China no mundo e Taiwan faz parte da China não mudará; a posição do governo chinês de defender o princípio de uma só China”. Além disso, acrescentou “o consenso prevalecente da comunidade internacional sobre a defesa do princípio de uma só China e a adesão duradoura e esmagadora a este princípio não mudará”, também enquanto “âncora sólida para a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan”.
Hoje Macau Via do MeioO Regresso de Lu Guang na Primavera Su Dongpo (1036-1101), o poeta e pintor que conhecia a vontade dos pintores se identificarem com o objecto pintado, interrogando-se sobre a pintura Eminentes moradas de imortais, do inclassificável Guo Zhongshu (c.929-977) e enlevado sobre a paisagem figurada escreveu: «Um templo daoísta pousado no meio da neblina, quem é aquela pessoa debruçada na cerca?» A questão constantemente repetida pelos homens de cultura que conheciam a tradição, ainda reverberava no século dezoito quando o erudito autor do tratado Pushan Lunhua, Zhang Geng (1685-1760) lembrando autores que admirava, disse: «Xu Ben era honesto, puro e muito refinado enquanto Lu Tianyou e Fang Fanghu foram para lá do mundo objectivo e assim ficaram livres da poeira do Mundo e não enclausurados nos limites dos caminhos vulgares. No Liji, o Livro dos Ritos diz-se que “Aquilo que nasce da virtude é superior e o que se faz por métier é inferior”, o que é uma grande verdade.» Um desses pintores, Lu Tianyou, também conhecido como Lu Guang (c.1300-depois de 1371) que, possuindo grande erudição, viveu livre das obrigações dos funcionários imperiais durante a transição dinástica Yuan-Ming, que ocorreu cerca de 1368, exerceria um grande fascínio sobre outros eminentes pintores. Entre aqueles que assumiram a influência do seu espírito independente encontram-se o monge Hongren (1699-1769) ou Fang Yizhi (1611-1671). No rolo vertical Amanhecer de Primavera no terraço do elixir (Dantai chunxiao, tinta sobre papel, 61,6 x 26 cm, no Metmuseum) feito à volta de 1369, figurou uma imponente montanha onde se aninha um templo daoísta e, mais acima, um terraço com uma cerca onde não se avista ninguém debruçado. No suave amanhecer em que regressava à sua nativa Suzhou, o pintor parece pressentir o Mundo em mudança como um exemplo da alquimia do Dao. Lu Guang, nessa pintura que fez para o seu amigo Boyong, acrescentou o poema: Durante dez anos vagueei, sem morada certa e longe de todos os cuidados do Mundo, Agora, regressando pelo rio, vejo coisas diferentes da maioria das pessoas; Vapores transparentes como o jade flutuam no céu sem chuva, Raios de um elixir sobem irradiados de um poço e tornam-se nas nuvens do amanhecer. De pé ao vento seguro-me ao meu bastão rematado por uma crossa de dragão, Há muito tempo que sinto saudades de escutar a música que tocavas, soprando o teu luansheng ao luar. Feliz de estar com o venerável imortal e longe de estrategas militares, Sentados, admirando pinturas, falamos sobre literatura. Estariam também olhando, debruçados sobre a montanha pintada, atentos ao sopro da mudança, quiçá recordando aquela qualidade que o historiador Sima Qian (145-86 a. C.) notou sobre as Três montanhas sagradas: «À distância parecem nuvens, mas à medida que nos aproximamos alojam-se na água e no fim acabam sendo sopradas pelo vento.»
Hoje Macau SociedadeDSEC | Preços para turistas mais altos em 2023 No ano passado, os preços para os turistas foram em média 21,53 por cento mais altos, de acordo com os dados do Índice de Preços Turísticos, publicado na sexta-feira pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). “Em 2023 o IPT médio (141,77) subiu 21,53 por cento, face ao ano de 2022, devido principalmente à ascensão de preços dos quartos de hotéis, do vestuário, dos serviços de restauração e dos pastéis e doces”, justificou a DSEC. Estes dados, significam que, por exemplo, se em 2022 um produto para turistas custava 100 patacas, no ano passado passou a custar 121,53 patacas. “Analisando por secções de bens e serviços, o índice de preços da secção alojamento cresceu 157,93 por cento, em termos anuais e os índices de preços das secções vestuário e calçado (mais 6,88 por cento), produtos alimentares, bebidas alcoólicas e tabaco (mais 3,68 por cento) e restauração (mais 2,00 por cento) também registaram acréscimos”, foi completado.
Hoje Macau PolíticaLicenciamentos | Governo altera regras para lojas de alimentação e em restaurantes O Governo vai substituir o regime de licenciamento dos “estabelecimentos de venda a retalho de géneros alimentícios frescos e vivos” por um regime de registo. A informação foi divulgada pelo Conselho Executivo e vai entrar em vigor em Fevereiro, depois da publicação do regulamento administrativo “Regime de registo de estabelecimentos de venda a retalho de géneros alimentícios frescos e vivos”. Como consequência da mudança, “os estabelecimentos de venda a retalho de vegetais, carnes ou pescado deixam de estar sujeitos ao licenciamento do IAM e basta-lhes requerer registo junto do IAM antes do início de actividade, podendo assim estar abertos ao público após a obtenção da certidão de registo”, foi revelado. O IAM continua a fiscalizar os estabelecimentos, e quando não forem cumpridas as formalidades exigidas são aplicadas multas. Os actuais detentores de licenças consideram-se registadas, para efeito das alterações legais. Governação electrónica | Novo licenciamento na restauração O Conselho do Executivo aprovou um novo regime de licenciamento de estabelecimentos de comidas e bebidas, que vai obrigar a que todos os pedidos sejam feitos de forma electrónica. Segundo o novo regulamento administrativo, o “novo procedimento de licenciamento segundo o regime de agência única decorre inteiramente por meio electrónico”, e os requerentes vão ter de utilizar a aplicação “plataforma para Empresas e Associações”. Além disso, foram introduzidas mais alterações no procedimento de aprovação, que têm como objectivo implementar a “governação electrónica” e fazer com que os diferentes processos que implicam departamentos como a Direcção dos Serviços de Solos e Construção Urbana ou o Corpo de Bombeiros tenham um prazo mais reduzido. Como o Conselho Executivo acredita que o novo sistema vai ser eficaz também propõe o cancelamento do regime de licença provisória pré-vistoria do estabelecimento.
Hoje Macau PolíticaSPU | Oficializado 29 de Outubro como dia da polícia A partir deste ano, o 29 de Outubro torna-se oficialmente o dia da polícia, conhecido pelo nome oficial Dia dos Serviços de Polícia Unitários (SPU) da Região Administrativa Especial de Macau. A data passa a ser assinalada segundo as alterações ao regulamento administrativo sobre a organização e funcionamento dos Serviços de Polícia Unitários. A mudança foi divulgada pelo Conselho Executivo na sexta-feira. As alterações definem também o Gabinete de Informação Financeira como um “organismo dependente dos SPU, dotado de independência técnica e funcional”. Ao mesmo tempo, criam-se os cargos de coordenador e coordenador-adjunto do GIF. A alteração surge após a Lei dos SPU ter sido modificada pela Assembleia Legislativa, para que a polícia fique com competências para lidar com o branqueamento de capitais, financiamento ao terrorismo e o financiamento à proliferação de armas de destruição maciça.
Hoje Macau EventosBienal de Veneza | Maria Madeira é a primeira artista timorense a participar O papel da mulher durante a ocupação da Indonésia sobre Timor-Leste é o tema da instalação que a artista timorense Maria Madeira levará à Bienal de Veneza, que decorre em Abril. Maria Madeira é a primeira artista timorense a participar num dos maiores eventos de artes a nível mundial Maria Madeira é a primeira artista de Timor-Leste a representar o país na Bienal de Veneza e a Itália leva uma instalação sobre a luta da mulher timorense na ocupação Indonésia, durante a qual “usaram o corpo”. Para Maria Madeira, o convite para estar na Bienal de Veneza, que se realiza em Abril, apoiado pelo Governo timorense, foi um “orgulho” e uma “honra”, mas tem também outro significado. “Para mim, um timorense estar na Bienal demonstra que Timor-Leste já está pronto para estar no mundo internacional da arte e cultura. É um passo para a Maria, mas um ‘big leap’ [grande salto] para a arte e cultura de Timor-Leste”, afirmou à Lusa a artista timorense. Na visão de Maria Madeira, o que falta em Timor-Leste não é talento, mas “pontos de referência”, o conhecimento da arte no mundo, e a presença na Bienal vai “abrir as portas para a futura geração de artistas timorenses”. A instalação que vai apresentar em Veneza conta a história das mulheres timorenses e da sua luta durante a ocupação indonésia, através dos símbolos, métodos e materiais da cultura timorense. “Na Bienal vou fazer uma instalação que fala do que aconteceu às mulheres timorenses durante a ocupação indonésia, as atrocidades, os abusos, a luta da mulher timorense. Os homens timorenses, os guerrilheiros, usaram as armas para lutar, a mulher usou o corpo e vou mostrar isso na bienal”, explicou. Defender direitos Defensora dos direitos das mulheres, a artista considerou que em Timor-Leste o papel da mulher, tradicionalmente associado ao trabalho doméstico, está a mudar. “Temos muita força, às vezes somos o motor atrás da família e muitos não reconhecem. A situação está a mudar, porque a nova geração está a dar mais atenção às raparigas, porque estão a notar que as mulheres estão mais envolvidas com a arte, que é uma coisa pública”, explicou. “Muitos rapazes estão a ver mulheres timorenses a cantar, a pintar, a jogar futebol, no parlamento, e isso é uma coisa positiva”, salientou a artista timorense. Maria Madeira falava na Fundação Oriente onde está patente a sua última exposição “Conversa Floreada”, que representa também as mulheres. “Queria falar da conversa floreada. A mulher timorense é considerada a flor e o timorense gosta muito de conversa floreada. Faz uma pergunta em três segundos, mas faz um discurso de 10 minutos antes de fazer a pergunta”, explicou a artista, salientando, com humor, que aquela conversa tem aumentado à medida que os timorenses conhecem o mundo. Mas, a conversa floreada fala também da mulher e da ligação entre mães e filhas, irmãs e amigas. “Mostra que as mulheres falam mais entre elas e aprendem muito mais juntas”, porque “com os homens há sempre uma barreira que indica uma maneira de falar, de sentar, de estar em público”, disse. “Com raparigas há um baile, a nossa conversa floreada, floresce”, sublinhou Maria Madeira. Um futuro positivo A artista vê o futuro da arte de Timor-Leste como positivo, mas defende que é preciso meios para desenvolver e progredir o trabalho dos artistas e uma escola de artes. “Quando se pensa na arte timorense pensa-se no tradicional, na dança, no artesanato, ninguém pensa na nossa linguagem contemporânea. Eu gosto muito de arte, gosto da minha cultura e de tudo o que é tradicional, mas estou no mundo contemporâneo e tenho de comunicar o que vejo e sinto agora”, afirmou Maria Madeira e por isso usa o tradicional para comunicar com o mundo. “Com a Bienal, com mais exposições, e espero que venham mais artistas internacionais fazer exposições em Timor, as portas estão a abrir pouco, a pouco, a luz está entrar, está tudo mais visível e penso que depois da bienal vai haver um ‘boom’ para a arte em Timor-Leste”, concluiu. Maria Madeira foi retirada de Díli juntamente com a sua família pela Força Aérea portuguesa em 1976, durante a ocupação indonésia, e viveu durante quase oito anos num campo de refugiados da Cruz Vermelha nos subúrbios de Lisboa. Em 1983, a família emigrou para a Austrália, país onde Maria Madeira vive e estudou artes, ciência política e tirou o doutoramento em filosofia da arte. A artista já expôs na Austrália, Portugal, Brasil, Macau, Indonésia e Timor-Leste.
Hoje Macau China / ÁsiaMyanmar | Líder da junta militar no poder recebe enviado da ASEAN A violência que assola o país desde a tomada do poder pela junta militar parece não ter fim à vista. Dirigentes asiáticos continuam a procurar, até agora sem sucesso, soluções que viabilizem a paz na região O líder da junta militar no poder em Myanmar recebeu o enviado da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), anunciou ontem a imprensa estatal, numa altura em que o país vive uma espiral de violência. O chefe do Exército, general Min Aung Hlaing, reuniu-se com Alounkeo Kittikhoun, enviado especial da ASEAN, na quarta-feira em Naypyidaw, a capital construída pela junta militar no interior da selva birmanesa. Os dois dirigentes discutiram os “esforços do Governo para garantir a paz e a estabilidade”, informou o jornal estatal The New Global Light of Myanmar. O golpe militar de 1 de Fevereiro de 2021 mergulhou Myanmar numa profunda crise política, social e económica e abriu uma espiral de violência com novas milícias civis que exacerbaram a guerra de guerrilha, que o país já vivia há décadas. Uma coligação de grupos armados étnicos lançou uma ofensiva no norte do país em Outubro, tendo conseguido tomar várias posições militares e controlar áreas do estado de Kachin, junto à fronteira com a China. O encontro de quarta-feira antecedeu a reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da ASEAN, que se realiza no final do mês no Laos, país que este ano detém a presidência da organização. Até agora, a ASEAN não conseguiu fazer progressos substanciais na resolução do conflito em Myanmar. Um plano de paz de cinco pontos acordado há três anos não passou do papel, embora a Indonésia, que detinha a presidência, tenha saudado conversações “positivas” com as principais partes do conflito em Novembro. A junta de Myanmar foi representada por “interlocutores”, de acordo com um comunicado divulgado na altura, uma vez que os líderes do regime militar estão excluídos das reuniões de alto nível da ASEAN. Opiniões variadas Os atritos entre os membros da ASEAN pioraram no ano passado, após a decisão do então Governo tailandês de se reunir com o ministro dos Negócios Estrangeiros da junta, Than Shwe. O Camboja enviou um jovem funcionário do Ministério dos Negócios Estrangeiros para o encontro, enquanto a China, que há muito apoia a junta militar, enviou Deng Xijun, o enviado especial chinês para os assuntos asiáticos. A Indonésia e a Malásia, entre os mais duros críticos da junta militar no seio da ASEAN, protestaram veementemente, e Singapura disse que era prematuro envolver-se com o regime de Myanmar a um nível tão elevado. A activista e prémio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi foi conselheira de estado de Myanmar de 2016 até 2021, quando foi deposta pelo golpe militar. Suu Kyi está presa desde que os militares assumiram o poder e cumpre atualmente uma pena de 27 anos. Myanmar tornou-se independente do Reino Unido a 4 de Janeiro de 1948, mas desde então tem sofrido conflitos étnicos e esteve sob regime militar durante a maior parte de história recente, entre 1962 e 2011 e desde 2021.
Hoje Macau China / ÁsiaKuomintang | Candidato apela a “via intermédia” para retomar diálogo com Pequim O candidato à liderança de Taiwan pelo Kuomintang (Partido Nacionalista) sublinhou ontem o seu empenho em retomar o diálogo com Pequim, optando por uma “via intermédia”. “O futuro de Taiwan deve ser decidido pelos seus 23 milhões de habitantes. A via intermédia é a melhor e recorrerei ao diálogo para minimizar riscos”, declarou Hou Yu-ih, em conferência de imprensa com jornalistas estrangeiros. Durante a sua intervenção, o candidato do Kuomintang, partido que é mais favorável ao diálogo com Pequim, recordou a sua estratégia “3D” para preservar a paz no Estreito da Formosa: dissuasão, diálogo e desanuviamento. Mais de 19 milhões de taiwaneses estão aptos a votar nas eleições de amanhã, nas quais o candidato do Kuomintang vai competir com William Lai Ching-te do Partido Democrático Progressista e com o candidato do Partido do Povo de Taiwan, Ko Wen-je. Hou e Ko negociaram durante meses a possibilidade de se apresentarem juntos às urnas, o que foi anulado no próprio dia das nomeações, uma vez que não conseguiram chegar a acordo sobre a candidatura à liderança.