Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | HRW exige libertação de pai de activista A organização Human Rights Watch pediu ontem a libertação do pai da defensora dos direitos humanos de Hong Kong Anna Kwok, detido no final de Abril, e denunciou o assédio das autoridades do território aos familiares de activistas. A polícia de Hong Kong deteve o pai da activista radicada nos Estados Unidos Anna Kwok “e acusou-o de um crime de segurança nacional”, começou por escrever num comunicado a Human Rights Watch (HRW), que exige a libertação de Kwok Yin-sang e que sejam “retiradas imediatamente todas as acusações”. A polícia de segurança nacional de Hong Kong anunciou na sexta-feira a detenção do pai e do irmão de Kwok, acusados de tentar administrar os recursos financeiros da activista. De acordo com fontes policiais, trata-se da primeira vez que é aplicada a disposição da controversa lei de segurança nacional que criminaliza a assistência a “fugitivos designados” na gestão dos bens que detêm. Segundo escreveu a agência Efe na sexta-feira, as autoridades de Hong Kong detiveram o irmão e o pai de Anna Kwok, de 35 e 68 anos, respectivamente, no distrito de Tseung Kwan O, em 30 de Abril, e acusaram o último de tentar levantar fundos de uma apólice de seguro em nome da filha, apresentando documentos com assinaturas alegadamente falsas. Anna Kwok, de 28 anos, vive nos Estados Unidos e é directora executiva do Hong Kong Democracy Council, organização sem fins lucrativos sediada nos EUA e criada para promover o exercício das liberdades na China. Apesar de o pai continuar detido, o irmão, funcionário da companhia de seguros que gere as apólices de Kwok, foi libertado sob fiança e está a ser investigado por possível abuso do cargo para facilitar a operação. Ainda de acordo com a Efe, as autoridades reiteraram a advertência de que qualquer pessoa que colabore com “fugitivos designados” incorre em penas pesadas que podem ir até sete anos de prisão.
Hoje Macau China / ÁsiaXanana Gusmão pede a timorenses para incentivarem filhos a aprender português O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, pediu ontem aos pais e mães para incentivarem os filhos a aprender português, língua que faz parte da identidade timorense. “Aos pais e mães, peço que incentivem os vossos filhos a aprender português, porque, segundo a nossa história, é o português que representa a nossa identidade, não o inglês, nem o indonésio”, afirmou Xanana Gusmão. O primeiro-ministro timorense falava no Palácio do Governo no âmbito das celebrações do Dia Mundial da Língua Portuguesa e da Cultura da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) durante uma actividade realizada pela embaixada de Portugal e o Ministério da Educação timorense, que juntou centenas de alunos do Centro de Aprendizagem e Formação Escolar (Escolas CAFE), numa marcha para entregar livros a Xanana Gusmão. O chefe do Governo timorense relembrou que durante 24 anos de ocupação indonésia, a língua portuguesa não foi ensinada e que é necessário ultrapassar aquela herança para que Timor-Leste não corra o risco de voltar a ser absorvido pela Indonésia. “Os estudantes devem estudar e aprender a língua portuguesa, porque é a identidade de Timor-Leste”, disse Xanana Gusmão aos estudantes timorenses, pedindo também que agradeçam a Portugal pelo envio de professores. “Para nós, timorenses, ensinar português é um pouco difícil, porque não dominamos bem a língua, mas agradecemos ao Governo português pela criação das escolas CAFE”, acrescentou. O projecto dos Centro de Aprendizagem e Formação Escolar ou as escolas CAFE teve início em 2014, e já está presente nos 12 municípios timorenses e no enclave de Oecussi, no lado indonésio da ilha de Timor, estando também prevista a extensão daqueles estabelecimentos de ensino para os postos de administrativos do país. Aquelas escolas, onde as aulas são dadas por professores portugueses e timorenses, são, atualmente, frequentadas por mais de 11.100 alunos timorenses. O CAFE tem dois grandes pilares, nomeadamente o ensino de qualidade na sala de aula e a formação complementar dos professores timorenses. Partilhar o futuro Naquelas escolas, as aulas são dadas em português, mas os alunos têm também aulas de tétum, segunda língua oficial de Timor-Leste. A ministra da Educação, Dulce Soares, destacou que o português é uma língua de “afectos, de conhecimento e de futuro”. “É nela que partilhamos histórias, construímos aprendizagens e abrimos novos caminhos”, disse Dulce Soares, salientando que a língua portuguesa representa diversidade, criatividade, identidade e esperança. “Promover a língua portuguesa é também promover a educação, a cooperação e o desenvolvimento”, acrescentou. O Dia Mundial da Língua Portuguesa e da Cultura da CPLP também foi assinalado no Parlamento Nacional com uma cerimónia, que incluiu a atribuição dos prémios de poesia a estudantes, que venceram um concurso para promover a aprendizagem do português.
Hoje Macau EventosBienal de Macau | IC aceita submissão de propostas até ao dia 23 O Instituto Cultural (IC) aceita, até ao dia 23 de Maio, propostas para a edição deste ano da “Arte Macau: Bienal Internacional de Arte de Macau 2025”, que irá realizar-se entre os dias 19 de Julho e 12 de Outubro deste ano, destaca um comunicado do IC. Assim, podem participar “indivíduos e organizações locais ligados às artes através da apresentação de propostas de exposição, com o intuito de promover conjuntamente o campo da arte contemporânea, bem como construir uma plataforma de intercâmbio de arte internacional, aberta e diversificada”. A ideia é evidenciar “os resultados alcançados na formação artística local e a energia criativa de Macau”. A selecção das propostas caberá a Feng Boyi, curador principal da “Arte Macau 2025”, tendo em conta critérios como “o conceito curatorial da proposta de exposição, a qualidade das obras, o grau de adequação ao tema, as qualificações da equipa, a exequibilidade da proposta e o local da exposição”. A “Arte Macau 2025” terá seis secções, intituladas “Exposição Principal, Exposição de Arte Pública, Pavilhão da Cidade, Exposição Especial, Projecto de Curadoria Local e Exposição Colateral”, sendo este ano dedicado ao tema “Olá, o que fazes aqui?”. A ideia é criar “uma festa artística e cultural internacional, para promover o desenvolvimento das artes locais”, proporcionando “uma plataforma aberta e diversificada de intercâmbio” que serve para “cultivar talentos curatoriais locais e mostrar os resultados das criações artísticas contemporâneas”.
Hoje Macau China / ÁsiaChina e Japão trocam acusações sobre ilhas Diaoyu A China e o Japão acusaram-se domingo mutuamente de uma intrusão no sábado no espaço aéreo de ilhas disputadas pelos dois países no Mar da China Oriental. As ilhas desabitadas, conhecidas como Diaoyu na China e Senkaku no Japão, são administradas por Tóquio mas reivindicadas por Pequim, sendo um ponto de tensão regular entre os dois países. A diplomacia chinesa anunciou domingo que apresentou um protesto formal à embaixada do Japão em Pequim, argumentando que “um avião civil entrou ilegalmente no espaço aéreo em torno das ilhas Diaoyu”. “As ilhas Diaoyu e as ilhas afiliadas são um território pertencente à China, e instamos o Japão a cessar imediatamente todas as atividades ilegais”, afirmou o porta-voz da guarda costeira chinesa, Liu Dejun. Liu disse que “um helicóptero baseado num navio” foi mobilizado para avisar e expulsar o avião japonês, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP). O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros japonês, Takehiro Funakoshi, por sua vez, apresentou um “protesto vigoroso” ao embaixador chinês em Tóquio. Citou a “intrusão de quatro navios da guarda costeira chinesa nas águas territoriais japonesas em torno das ilhas Senkaku e a violação do espaço aéreo japonês por um helicóptero”. De acordo com o Ministério da Defesa do Japão, o helicóptero chinês invadiu o espaço aéreo japonês durante cerca de 15 minutos. “As forças de autodefesa [japonesas] reagiram enviando caças”, disse o ministério, também citado pela AFP. Segundo a emissora pública japonesa NHK e outros meios de comunicação social locais, é a primeira vez que um helicóptero das autoridades chinesas viola o espaço aéreo japonês sobre as ilhas em disputa. Escolher lados As tensões entre a China e outros países que reivindicam territórios no Mar da China levaram o Japão a desenvolver laços com as Filipinas e os Estados Unidos. O primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, e o Presidente filipino, Ferdinand Marcos, concordaram na terça-feira em aprofundar os laços de segurança entre os dois países. Concordaram também em opor-se a “tentativas de alterar o ‘status quo’ no Mar da China Oriental e no Mar da China Meridional pela força ou pela coerção”, numa referência à China.
Hoje Macau China / ÁsiaRússia | Xi Jinping de visita ao país de quarta-feira a sábado A visita do Presidente chinês, juntamente com outros líderes mundiais como Lula da Silva, insere-se na celebração do Dia da Vitória sobre a Alemanha nazi na II Guerra Mundial. Ucrânia e a situação internacional deverão estar na agenda do encontro de Xi com Putin A Rússia anunciou domingo que o Presidente chinês, Xi Jinping, vai visitar o país de quarta-feira a sábado no âmbito dos 80 anos da vitória na II Guerra Mundial contra a Alemanha nazi, abordando também o conflito ucraniano. De acordo com um comunicado divulgado domingo pelo Kremlin e citado pela agência France-Presse (AFP), Xi Jinping participará ainda em discussões bilaterais sobre “o desenvolvimento de relações de parceria mundiais e interação estratégica” e sobre “problemas actuais na ordem do dia internacional e regional”. “Está previsto que uma série de documentos bilaterais, entre os governos e os ministérios, sejam assinados”, acrescentou o Kremlin. A visita acontece numa altura de confronto comercial entre Pequim e Washington, reafirmando a aliança entre a Rússia e a China. Além de Xi Jinping, dirigentes de cerca de 20 países deverão assistir à parada militar de 09 de Maio na Praça Vermelha, entre os quais o Presidente brasileiro Lula da Silva e outros tradicionais aliados internacionais de Moscovo. Um dos quais é o Presidente cubano Miguel Díaz-Canel, que chegou domingo a São Petersburgo, onde foi recebido pelo governador local Alexandr Beglov. Troca de ameaças No sábado, o Kremlin acusou o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, de ameaçar as comemorações da Segunda Guerra Mundial, em 09 de Maio, depois de ter afirmado que Kiev não podia garantir a segurança dos líderes internacionais em Moscovo. Volodymyr Zelensky “fez uma ameaça inequívoca aos líderes mundiais” que vão participar na cerimónia, disse a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, nas redes sociais, segundo a agência de notícias russa TASS. Zakharova comentava declarações feitas na sexta-feira à noite por Zelensky sobre as comemorações dos 80 anos da vitória sobre a Alemanha nazi, presididas por Vladimir Putin. Zelensky disse que Kiev não poderá garantir a segurança dos líderes internacionais presentes, sugerindo que Moscovo poderá fazer alguma coisa para culpar a Ucrânia. “Não sabemos o que a Rússia vai fazer nessa data. Poderá tomar várias medidas, como incêndios ou explosões, e depois acusar-nos”, disse o Presidente ucraniano.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Mais de 750 mil visitantes em quatro dias Entre os dias 1 e 4 de Maio, entraram em Macau 757.429 turistas, de acordo com dados do Corpo de Polícia de Segurança Pública, superando as expectativas do Governo que apontavam para um volume entre 630.000 e 700.000 visitantes durante os cinco dias da mini-semana dourada do Dia do Trabalhador. Na sexta-feira, os dados das autoridades revelam o maior volume de turistas num só dia desde Fevereiro de 2019, antes da pandemia começar, com um total de quase 222.000 entradas. No sábado, o registo quebrou ligeiramente para pouco mais de 204.000 e no domingo diminuiu mais para um total de 154.462 turistas, ainda assim acima da média diária projectada pelo Governo entre 127.000 e 140.000 entradas. Hotelaria | Governo satisfeito com ocupação A directora dos Serviços de Turismo (DST), Helena de Senna Fernandes, mostrou-se satisfeita com o volume de turistas que visitaram Macau durantes os primeiros dias da mini-semana dourada do Dia do Trabalhador. A responsável destacou a taxa de ocupação hoteleira registada, superior a 95 por cento. “Estamos muito contentes com esta situação, porque mostra que os turistas têm vontade de ficar em Macau e prolongar a sua estadia. (…) Para todos os visitantes esperamos que possam ter boas experiências e isso é a coisa mais importante para nós”, afirmou a directora da DST, citada pelo Canal Macau da TDM. Entretanto, foram divulgados nas redes sociais vídeos onde se podem ver algumas dezenas de pessoas à noite a dormir nos relvados dos jardins do Wynn Palace, no Cotai.
Hoje Macau Manchete SociedadeBanca | Lucros disparam 44,8% no primeiro trimestre Os bancos obtiveram lucros de 3,76 mil milhões de patacas no primeiro trimestre, de acordo com os dados oficiais da Autoridade Monetária de Macau (AMCM) Os bancos obtiveram lucros de 3,76 mil milhões de patacas no primeiro trimestre, mais 44,8 por cento do que no mesmo período de 2024. De acordo com dados oficiais da Autoridade Monetária de Macau (AMCM), a principal razão para a subida foram os serviços e operações bancárias, cujas receitas aumentaram 42,1 por cento para 2,76 mil milhões de patacas. Os dados, divulgados na sexta-feira, revelam ainda que as aplicações financeiras renderam aos bancos do território 528,6 milhões de patacas, três vezes mais do que nos primeiros três meses do ano passado. Na direcção contrária, a banca de Macau registou uma queda de 3,1 por cento, para 3,75 mil milhões de patacas, na margem de juros, a diferença entre as receitas dos empréstimos e as despesas com depósitos. Isto depois da AMCM ter aprovado três descidas da principal taxa de juro de referência nos últimos três meses de 2024, a última das quais um corte de 0,25 pontos percentuais, introduzida em 19 de Dezembro, seguindo a Reserva Federal norte-americana. Os bancos de Macau obtiveram um lucro de 4,01 mil milhões de patacas em 2024, uma queda de 21,3 por cento e o valor mais baixo desde 2010, sobretudo devido à queda da margem de juros. Os empréstimos, a principal fonte de receitas da banca a nível mundial, diminuíram 4,7 por cento nos últimos 12 meses, fixando-se em 1,02 biliões de patacas no final de Março. Malparado a cair Pelo contrário, os depósitos junto dos bancos de Macau aumentaram 10,3 por cento, para 1,36 biliões de patacas, disse a AMCM. O crédito malparado na banca de Macau caiu 2,7 por cento em Março, para 56,1 mil milhões de patacas, depois de em Fevereiro ter atingido o valor mais elevado desde que a AMCM começou a compilar estes dados, em 1990. Em Março, os empréstimos vencidos representavam 5,5 por cento dos empréstimos dos bancos de Macau, mais 1,3 pontos percentuais do que no mesmo mês de 2023. Uma percentagem que atinge 6,7 por cento no caso do crédito a instituições ou indivíduos fora da região chinesa. A Autoridade Bancária Europeia, a agência reguladora da UE, por exemplo, considera que os bancos com pelo menos 5 por cento dos empréstimos malparados têm “elevada exposição” ao risco e devem estabelecer uma estratégia para resolver o problema. Ainda assim, a percentagem de crédito bancário vencido em Macau está longe do recorde de 25,3 por cento alcançado em meados de 2001, em plena crise económica mundial causada pelo rebentar da bolha especulativa das empresas ligadas à Internet.
Hoje Macau SociedadeAMCM | Depósitos cresceram 1,3 por cento em Março Os depósitos de residentes cresceram 1,3 por cento em Março, em comparação com o mês anterior, e atingiram 789 mil milhões de patacas, segundo dados divulgados pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM). Em relação aos não-residentes, os depósitos tiveram um crescimento de 9,1 por cento, para o valor de 360,1 mil milhões de patacas. Ao mesmo tempo, os depósitos do sector público na actividade bancária decresceram ligeiramente para 211,1 mil milhões de patacas. Como resultado, o total dos depósitos da actividade bancária registou um crescimento de 3,1 por cento quando comparado com o mês anterior, atingindo 1.360,2 mil milhões de patacas. Em termos dos depósitos, a maioria, 47,2 por cento, dizia respeito a dinheiro em dólares de Hong Kong, 24 por cento em dólares americanos, 19,1 por cento em patacas, e 2,8 por cento renminbis. A nível do crédito, os empréstimos internos ao sector privado decresceram 0,4 por cento em comparação com Fevereiro, para 511,3 mil milhões de patacas. No primeiro trimestre de 2025, os empréstimos bancários relacionados com transporte, armazenagem e comunicações e restaurantes, hotéis e similares aumentaram 3,0 por cento e 0,3 por cento, respectivamente, quando comparado com o trimestre anterior. Os empréstimos concedidos ao sector do comércio por grosso e a retalho e da construção apresentaram quebras de 3,4 por cento e 1,7 por cento.
Hoje Macau SociedadeMGM China | Lucros do primeiro trimestre caíram 5,2 por cento A operadora de jogo em Macau MGM China anunciou uma queda de 5,2 por cento nos lucros líquidos no primeiro trimestre, em comparação com o mesmo período de 2024, no qual tinha registado “resultados recorde”. A empresa teve lucros antes de juros, impostos, depreciação, amortização e custos de reestruturação ou de arrendamento (EBITDAR, na sigla em inglês) de 2,37 mil milhões de dólares de Hong Kong entre Janeiro e Março. Em igual período do ano passado, a MGM China tinha registado lucros líquidos de 2,5 mil milhões de dólares de Hong Kong, o valor mais elevado para um primeiro trimestre. A operadora tinha terminado 2023 com um lucro recorde de 7,24 mil milhões de dólares de Hong Kong, após três anos consecutivos de prejuízos devido à pandemia de covid-19. A queda nos lucros nos primeiros três meses de 2025 deveu-se a uma descida de 2,7 por cento nas receitas, para 7,99 mil milhões de dólares de Hong Kong, dos dois hotéis-casinos operados pela MGM China em Macau. Num comunicado, a empresa-mãe da MGM China, a norte-americana MGM Resorts International, apontou como razão principal a diminuição nas apostas feitas no chamado segmento de massas, para pequenos apostadores que não pedem crédito. Os casinos MGM Macau e MGM Cotai registaram receitas de 7,11 mil milhões de dólares de Hong Kong no mercado de massas, enquanto o chamado jogo bacará VIP atingiu 1,15 mil milhões de dólares de Hong Kong. Os casinos da região começaram 2025 com receitas totais de quase 57,7 mil milhões de patacas, mais 0,6 por cento do que no mesmo período de 2024 e 75,7 por cento do acumulado nos primeiros três meses de 2019.
Hoje Macau Manchete SociedadePIB | Macau com a primeira redução desde finais de 2022 O aumento de turistas no território não se reflectiu no consumo nos primeiros três meses do ano. A queda do Produto Interno Bruto face ao período homólogo ainda não tem em conta os potenciais efeitos da guerra comercial A economia de Macau encolheu 1,3 por cento em termos homólogos no primeiro trimestre deste ano, a primeira queda desde o final de 2022, quando a região começou a levantar as restrições devido à pandemia, foi anunciado na sexta-feira. Entre Janeiro e Março, o Produto Interno Bruto (PIB) de Macau atingiu 99,78 mil milhões de patacas, adiantou a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Num comunicado divulgado na sexta-feira, a DSEC apontou como razões para o decréscimo a “base de comparação relativamente elevada” do primeiro trimestre de 2024 e a “alteração do padrão de consumo dos visitantes”. O benefício económico dos serviços turísticos – o sector que domina a economia de Macau – caiu 3,8 por cento, apesar de o primeiro trimestre ter sido o segundo melhor de sempre no que toca ao número de visitantes. De acordo com dados oficiais, Macau recebeu até Março 9,86 milhões de turistas, mais 11,1 por cento do que no mesmo período de 2024, mas os visitantes têm gastado menos na cidade. Os dados mais recentes apontam para uma queda de 14,6 por cento na despesa per capita dos turistas durante o ano passado. A economia de Macau cresceu 23 por cento no primeiro trimestre de 2024 e terminou o ano a subir 8,8 por cento. A última vez em que o PIB da região encolheu foi no final de 2022. A China continental – de longe a principal fonte de visitantes de Macau – começou a gradualmente levantar todas as restrições devido à pandemia de covid-19 em meados de Dezembro de 2022. “Procura estável” Apesar da redução do PIB, a DSEC sublinhou que a procura interna esteve “relativamente estável”, com o investimento privado a subir 7,8 por cento, as despesas do Governo a aumentar 1 por cento e o consumo privado a crescer 0,6 por cento. Em 10 de Abril, a Universidade de Macau (UM) reviu em baixa a previsão para o crescimento económico da região, em parte devido ao potencial impacto das tarifas impostas pelos Estados Unidos da América na confiança dos turistas chineses. O Centro de Estudos de Macau e o Departamento de Economia da UM prevêem que o PIB do território suba 6,8 por cento, menos 1,1 pontos percentuais do que na anterior previsão, feita em Janeiro. O coordenador do projecto e economista Kwan Fung disse que a revisão em baixa se deve ao declínio no consumo dos visitantes e às “tarifas norte-americanas sobre o mundo”, algo que “tem impacto indirecto na economia de Macau”. O professor do Departamento de Economia da UM disse que as tarifas vão “afectar o crescimento de todas as economias, especialmente o consumo dos turistas do Interior da China”. No início de Março, a agência de notação financeira Fitch previu que o crescimento da economia de Macau irá desacelerar para 6,9 por cento este ano, devido a uma recuperação “mais lenta” do turismo e do jogo. “No entanto, uma desaceleração acentuada da economia chinesa, como os aumentos substanciais das tarifas dos EUA, e uma forte desvalorização do yuan representam riscos negativos para as perspectivas de Macau”, referiu a Fitch.
Hoje Macau PolíticaTáxis | Pedida mais oferta para quem tem dificuldades Wong Kit Cheng defende a necessidade de haver uma maior oferta de táxis preparados para transportar pessoas com dificuldades motoras, de acordo com uma interpelação recente da deputada ligada à Associação das Mulheres. No documento, Wong indica que apenas um por cento do total de táxis disponíveis tem condições para transportar pessoas com necessidades especiais. Em comparação, Wong indicou que em Hong Kong há uma proporção de 25,9 por cento de táxis com capacidade para transportarem pessoas com necessidades especiais. Contudo, mesmo no cenário de Hong Kong, Wong indicou que o Governo traçou como meta aumentar esta proporção. Ainda em relação aos transportes, a deputada local criticou o serviço de táxis chamados por telefone. Segundo a legisladora, a larga maioria das pessoas que tenta chamar um táxi não chega a ser atendida ou então vê o serviço recusado por falta de veículos. A deputada apelou ao Governo para corrigir este aspecto, num futuro concurso público.
Hoje Macau Manchete PolíticaDia do Trabalhador | Detido em primeiro protesto em seis anos A polícia deteve no Dia do Trabalhador um homem que protestava contra o número de trabalhadores migrantes em Macau, invocando violação da lei do Direito de Reunião e Manifestação. Também a Associação Poder do Povo cancelou uma manifestação, depois de as autoridades terem sugerido não quererem estrear a aplicação da Lei relativa à Segurança do Estado No dia 1 de Maio, Dia do Trabalhador, um homem foi detido por agentes do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) quando se manifestava contra a importação de trabalhadores não-residentes. Fonte do CPSP disse à Lusa que o homem exibiu ‘slogans’ (palavras de ordem) e entoou cânticos a exigir a redução de trabalhadores migrantes, à porta da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais, no que se tratou do primeiro protesto público no Dia do Trabalhador desde 1 de Maio de 2019, antes da pandemia da covid-19. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o homem a colocar oito folhas de papel no chão com a mensagem “Governo, corte nos trabalhadores migrantes! Animem-se!” ao lado das bandeiras de Macau e da China. A RAEM empregava no final de Março quase 183.400 mil trabalhadores migrantes, ainda longe do pico máximo de 196.538, atingido no final de 2019, no início da pandemia. Segundo o CPSP, os agentes fizeram repetidas advertências por violações da lei do Direito de Reunião e Manifestação, mas o homem recusou-se a obedecer e foi levado para a esquadra, para ser identificado. Durante a pandemia, as forças de segurança recusaram-se a aprovar o percurso de qualquer protesto, invocando razões de “ordem e segurança” ou de saúde pública. As autoridades levantaram as restrições anti-pandémicas no final de 2023, mas os protestos não voltaram às ruas da cidade. Estas proibições chegaram ao Comité dos Direitos Humanos da ONU que, em 2022, avaliou “um crescente número de informações de restrições indevidas ao exercício da liberdade de manifestações pacíficas”. Seria uma pena A Associação Poder do Povo, que também exige a redução do número de trabalhadores migrantes, cancelou uma manifestação planeada para o Dia do Trabalhador devido à “pressão da polícia”, noticiou na quinta-feira o jornal All About Macau. A associação afirmou que esperava 20 mil participantes, mas cancelou o evento depois de a polícia ter alegado que poderia violar a lei de Segurança Nacional. O presidente do grupo, Lam Weng Ioi, afirmou que apresentou um pedido formal de manifestação em Abril, mas foi convocado para repetidas reuniões da polícia para “analisar a situação” e “evitar circunstâncias incontroláveis”. Lam alegou que as autoridades levantaram questões sobre a “responsabilidade conjunta dos organizadores” e o aviso de quebra da “segurança nacional”, o que levou o grupo a apresentar um recurso por escrito. Em declarações ao Canal Macau da TDM, o dirigente associativo contou que as autoridades adiantaram várias possibilidades como a intervenção de “pessoas com más intenções” que poderiam aproveitar as actividades para criar confusão, ou de participantes que poderiam comprometer a ordem pública, e que a associação seria responsável por qualquer distúrbio ou irregularidade. “Dissemos que íamos ter uma equipa especial para manter a ordem. No entanto, os agentes policiais duvidaram da nossa capacidade de controlar a ordem do local”, afirmou Lam Weng Ioi à televisão pública. As autoridades sugeriram ainda que a manifestação do Dia do Trabalhador poderia infringir as leis de segurança nacional. “Foi mencionada, indirectamente, (a violação da) Lei relativa à Defesa da Segurança do Estado. Disseram-me que não houve nenhuma detenção, anteriormente, com base nessa lei e que não queriam que nós fossemos o primeiro caso de aplicação da Lei relativa à Defesa da Segurança do Estado”, contou o presidente da Associação Poder do Povo. A PSP confirmou ter recebido uma notificação de manifestação para o dia 1 de Maio, mas afirmou que o organizador a retirou voluntariamente. Au Kam San discorda Na sequência do caso do indivíduo detido por protestar a importação de trabalhadores não-residentes para Macau, às portas da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais, no Dia do Trabalhador, o ex-deputado Au Kam San defendeu que o acto em causa não era uma manifestação. Como tal, a actuação dos agentes do Corpo de Polícia de Segurança Pública não foi correcta. Numa publicação no Facebook, o ex-deputado discordou do argumento da polícia de que o sujeito não havia feito um aviso prévio à manifestação por se tratar apenas de um indivíduo e de um protesto de pequena escala e que o conceito de manifestação depende do número de pessoas envolvidas. Mesmo assim, salientou não ser necessária autorização para aviso prévio de manifestação, um direito fundamental previsto na Lei Básica da RAEM.
Hoje Macau Grande Plano ManchetePME | Eventos promovidos pela Melco geraram 1 milhão de dólares A Melco Resorts afirma ter gerado cerca de 1 milhão de dólares para pequenas e médias empresas locais através de eventos promovidos no ano passado. No relatório de sustentabilidade de 2024, a operadora de jogo destaca ainda os resultados em termos de gestão de resíduos e gastos de energia Acaba de ser publicado o relatório de sustentabilidade da Melco Resorts & Entertainment relativo ao ano passado que dá destaque aos ganhos obtidos por pequenas e médias empresas (PME) locais com os eventos promovidos pela operadora. No que diz respeito à parte “Engajamento e investimento na comunidade”, lê-se que foram gerados “mais de 1,02 milhões de dólares para empresas locais e [ONG] organizações não governamentais em Macau através de 21 eventos para PME, com 603 PME e ONG participantes”. Além disso, na área do voluntariado, a Melco destaca que “cerca de 3.600 participantes ofereceram o seu tempo e esforço em mais de 359 iniciativas de voluntariado”, tendo sido obtidos “mais de 17,42 milhões de dólares que foram doados para causas dignas nas nossas comunidades”. Citado pelo relatório, Lawrence Ho, presidente e director-executivo da Melco, refere que “21 iniciativas ‘Heart of House’ e eventos comunitários geraram mais de 1 milhão de dólares americanos para as empresas locais em Macau, proporcionando a 603 PME e ONG oportunidades para se ligarem, expandirem e crescerem”. Segundo o responsável, no ano passado foram “aprofundadas as parcerias com PME e ONG”. No que diz respeito ao relacionamento com as PME locais, a Melco destaca ainda a ligação com a cadeia de fornecimento, pois “86 por cento das aquisições surgiram de empresas locais em Macau”, sendo que, desse total, “59 por cento foram aquisições de PME locais”. Cenário semelhante ocorreu nas restantes operadoras que a Melco detém no Chipre e Manila, com aquisições locais a rondar os 40 e 76 por cento, respectivamente. No tocante às acções de formação na empresa, a Melco diz ter investido, em média, “582 dólares americanos por trabalhador a tempo inteiro em actividades de aprendizagem e desenvolvimento, o que equivale a uma média de 38 horas de formação”. Neste contexto, “100 por cento dos colegas participaram em acções de formação”, pode ler-se. Além disso, “mais de 758 mil participantes assistiram a mais de 1.400 cursos oferecidos pela ‘Melco Learning Academy’, o que equivale a mais de 870.000 horas de aprendizagem ministradas”. Destaque ainda para o facto de, em todos os empreendimentos da Melco, “as mulheres representarem 23 por cento dos conselhos de administração e 32 por cento dos quadros superiores”. O relatório dá também conta que “63 por cento das posições ao nível da vice-presidência, ou acima desse posto, foram preenchidas a partir de comunidades locais, aumentando para 70 por cento em Macau”, pode ler-se. Tudo pelo ambiente Outra das áreas destacadas no relatório de sustentabilidade da Melco diz respeito às políticas amigas do ambiente. Uma das áreas que está “em progresso” é o consumo de energia, no sentido de se obter mais razoabilidade de consumo. “Em 2024, apesar de um aumento de 39 por cento em termos do número de visitantes e da subida de 19 por cento na taxa de ocupação dos quartos de hotel, juntamente com a adição de uma propriedade e um novo resort integrado ao nosso portefólio, a intensidade energética aumentou 10 por cento em relação a 2023, mas foi 19 por cento inferior ao nosso ano de referência de 2019”. Um dos objectivos “alcançados” prende-se com as medidas de eficiência energética, que “desde 2018 resultaram numa poupança anualizada de mais de 62,5 milhões de kWh, um aumento de 9 por cento em relação a 2023”. Outra meta “alcançada” diz respeito à instalação de “mais de 25.000 painéis fotovoltaicos em todas as propriedades em Macau, Manila e Chipre, gerando cerca de 10.000 kWh anualmente”. Assim, nas propriedades da Melco “o consumo de electricidade proveniente de fontes renováveis aumentou 72 por cento em relação a 2023”. No tocante aos meios de transporte do grupo, “os autocarros, veículos eléctricos e híbridos representam 55 por cento da nossa frota combinada, com estações de carregamento, um aumento de 25 por cento em relação a 2023”. Em termos de gestão de materiais e resíduos, a Melco diz ter evitado o gasto de plástico na ordem de 13,2 milhões de garrafas, graças à instalação “do sistema de filtragem de água NORDAQ que serve quase todos os quartos de hotel nos resorts integrados da Melco”. Além disso, é apresentado o exemplo do empreendimento City of Dreams, em Manila, onde foi estabelecido “um sistema de economia circular em que os resíduos alimentares são decompostos no local, e o excesso doado a uma quinta local para cultivar alguns dos vegetais servidos aos hóspedes”. Em termos de consumo de água, o relatório indica que “apesar do aumento do número de visitantes e da taxa de ocupação hoteleira”, o “consumo total de água e a intensidade da água aumentaram apenas 6 e 2 por cento em comparação com 2023, respectivamente, e foram 6 e 30 por cento inferiores, respectivamente, ao ano de referência de 2019”. Contudo, esta é uma meta que, segundo a empresa, está ainda “em progresso”. Outro objectivo realçado no relatório foi a “economia anual de mais de 510.820 metros cúbicos de água por meio de medidas de eficiência hídrica, um aumento de 10 por cento em relação a 2023″. “Tal como investimos nas pessoas e nas comunidades, continuamos a desenvolver esforços ambientais com a mesma determinação. (…) A intensidade do consumo de energia e água, bem como as emissões de gases com efeitos de estufa, permaneceram de forma significativa abaixo da nossa linha base de 2019, mesmo adicionando uma nova propriedade e um resort integrado”, salienta Lawrence Ho. O empresário referiu também o aumento “da quantidade de materiais valiosos desviados através da reciclagem e compostagem nas operações globais – 58 por cento em relação ao ano passado”. “Nos nossos espaços de restauração também combatemos o desperdício alimentar, com o ‘Desafio do Prato Limpo’ a contribuir para uma redução de 9 por cento do desperdício nas áreas de restauração de Macau e Manila”. “Mudança de mentalidade” Para Lawrence Ho, maior sustentabilidade na Melco requer “uma mudança de mentalidade” verificada em “pequenas acções que, em escala, podem ter um impacto significativo”. Em relação à cadeia de fornecimento dos hotéis e resorts integrados do grupo, destacam-se também bons resultados. “Embora os números nem sempre mostrem saltos exponenciais, o nosso foco no fornecimento responsável permanece inabalável, com 18 por cento de todos os frutos do mar comprados por peso a serem de fontes sustentáveis, e 100 por cento dos nossos pontos de venda de alimentos e bebidas em Macau e Manila servirem ovos de galinhas criadas ao ar livre”, lê-se. Há, assim, “um esforço que reflecte uma ambição mais profunda de incorporar a sustentabilidade nas aquisições”, disse Lawrence Ho, que acrescentou que “mais do que um serviço, a hospitalidade tem a ver com a experiência que cria, com as pessoas que apoia e com o impacto que deixa”. “Todos os anos, a Melco desafia-se a ir mais longe, acreditando que o luxo e a responsabilidade não são forças opostas, mas sim parceiros no progresso, o que se reflecte na forma como defendemos uma governação forte, gerimos o nosso impacto ambiental, apoiamos as nossas pessoas e comunidades e lideramos o jogo responsável. Esse compromisso com o progresso moldou nossa abordagem em 2024, como um ano de recalibração no qual continuamos a fortalecer as operações, reacender o ímpeto e garantir que nossos resorts integrados permaneçam na vanguarda da excelência”, concluiu.
Hoje Macau PolíticaAlfândega | Dois barcos de salvamento entraram em funcionamento Na quarta-feira, o secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, acompanhado pelo Comandante-geral dos Serviços de Polícia Unitários, Leong Man Cheong, e do Director-geral dos Serviços de Alfândega (SA), Adriano Marques Ho, realizaram a tradicional cerimónia de bênção de duas novas embarcações de salvamento. As embarcações apresentam um casco catamarã do tipo wave-piercing, com a estrutura totalmente em alumínio soldado, medindo 32 metros de comprimento e 10 metros de largura, com um deslocamento máximo de 173 toneladas, velocidade máxima de 30 nós e calado máximo de 1,55 metros. Em termos de capacidade de salvamento, as embarcações estão equipadas com quatro canhões de água (dois principais com alcance de 115 metros e dois secundários com 75 metros) e quatro bombas de incêndio, totalizando uma vazão combinada de 2.200 metros cúbicos por hora. Os barcos “podem transportar 60 pessoas resgatadas no seu compartimento designado, enquanto a popa está equipada com quatro balsas salva-vidas autoendireitáveis com capacidade total para 200 pessoas”, referem os SA.
Hoje Macau China / Ásia1.º de Maio | Trump em destaque nos protestos na Ásia Trabalhadores por toda a Ásia assinalaram ontem o 1.º de Maio com marchas e protestos que evidenciaram o crescente desconforto com o governo do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o receio de instabilidade económica global. O feriado, também conhecido como Dia Internacional dos Trabalhadores ou Dia do Trabalho, homenageia as lutas e conquistas dos trabalhadores e do movimento trabalhista. Em vários países e regiões asiáticas, a agenda de Trump foi citada como uma fonte de preocupação. Em Taiwan, o líder do governo, Lai Ching-te, referiu-se às novas tarifas impostas por Trump ao promover uma proposta de lei de despesas destinada a estabilizar o mercado de trabalho e a apoiar os meios de subsistência. Nas Filipinas, o líder do protesto, Mong Palatino, avisou que “as guerras tarifárias e as políticas de Trump” ameaçavam as indústrias locais. No Japão, houve quem dissesse que as políticas de Trump pairavam sobre o dia como uma sombra, segundo a agência de notícias norte-americana Associated Press (AP). Um camião da marcha de Tóquio ostentava um boneco parecido com o Presidente dos Estados Unidos. As exigências dos participantes nas marchas no Japão iam desde salários mais altos e igualdade de género a cuidados de saúde, ajuda em caso de catástrofe, um cessar-fogo em Gaza e o fim da invasão russa na Ucrânia. “Para que os nossos filhos possam viver com esperança, os direitos dos trabalhadores têm de ser reconhecidos”, disse Junko Kuramochi, membro de um grupo de mães em Tóquio. Tadashi Ito, um trabalhador sindicalizado da construção civil, disse estar preocupado com o aumento dos preços das matérias-primas importadas. “Toda a gente está a lutar por trabalho e, por isso, os contratos tendem a ir para onde os salários são mais baratos”, afirmou, citado pela AP. “Pensamos que a paz está em primeiro lugar. E esperamos que Trump erradique os conflitos e as desigualdades”, acrescentou. Trabalho em risco Sob um céu nublado, cerca de 2.500 sindicalistas marcharam em Taipé, representando sectores que vão das pescas às telecomunicações. Os manifestantes alertaram que as tarifas de Trump podem custar postos de trabalho em Taiwan. “É por isso que esperamos que o governo possa propor planos para proteger os direitos dos trabalhadores”, disse o líder sindical Carlos Wang. Um sindicato de trabalhadores do sector automóvel exibiu um carro recortado com uma fotografia de Trump. Em Manila, milhares de trabalhadores filipinos marcharam perto do palácio presidencial, onde a polícia bloqueou o acesso com barricadas. Os manifestantes exigiram salários mais elevados e uma maior proteção dos empregos e das empresas locais. Na Indonésia, o Presidente Prabowo Subianto saudou milhares de trabalhadores que o aplaudiram no Parque do Monumento Nacional de Jacarta. “O governo que lidero vai trabalhar para eliminar a pobreza da Indonésia”, disse Subianto à multidão. De acordo com o presidente da Confederação dos Sindicatos Indonésios, Said Iqbal, cerca de 200.000 trabalhadores terão participado nas marchas do 1.º de Maio na maior economia do Sudeste Asiático. Na Turquia, a data serviu não só para os direitos laborais, mas também para apelos mais alargados à defesa dos valores democráticos, uma vez que os manifestantes planeavam protestar contra a prisão do presidente da câmara de Istambul, Ekrem Imamoglu. A prisão do opositor do regime, em Março, desencadeou os maiores protestos do país em mais de uma década, e o feriado de ontem ofereceu a perspectiva de novas manifestações contra o governo. As autoridades bloquearam o acesso ao centro de Istambul e fecharam as vias de trânsito. Uma associação de advogados afirmou que mais de 200 manifestantes foram detidos perto da Praça Taksim, um ponto de encontro simbólico há muito vedado às concentrações do 1.º de Maio.
Hoje Macau EventosGrande Prémio | Museu com entrada livre no dia 18 O Museu do Grande Prémio terá entrada gratuita no próximo dia 18, por ocasião da celebração da efeméride do Dia Internacional dos Museus, que este ano tem como tema “O Futuro dos Museus em Comunidades em Constante Evolução”. No mesmo dia de entrada gratuita, serão organizados alguns eventos comemorativos, às 11h, 14h e 16h30, nomeadamente o “Workshop Educacional da Academia de Corrida e Impressão”, com o tema “Triumph TR2”, ou seja, o nome do carro vencedor da primeira edição do Grande Prémio de Macau (GPM). Neste workshop far-se-á “uma explicação profissional sobre o carro em exposição, interligando a história, contexto cultural e tecnologia do GPM”, é descrito numa nota oficial. Além disso, os participantes do workshop podem “experimentar os encantos do GPM com as suas próprias mãos”, com a participação de crianças dos seis aos 12 anos e encarregados de educação. As inscrições gratuitas para o workshop decorrem até ao dia 7 de Maio, existindo 15 vagas para pares de pais e filhos (um pai, um filho). Os resultados do sorteio das inscrições serão divulgados no dia 13 de Maio no website do Museu do Grande Prémio de Macau. Os sorteados receberão uma notificação por email.
Hoje Macau EventosBienal de Veneza | RAEM apresenta “Mundos Paralelos” com curadoria de Wang Shu e Lu Wenyu Será inaugurada no próximo sábado, dia 10, a 19.ª edição da Bienal de Arquitectura de Veneza. Macau faz-se representar com o projecto “Mundos Paralelos”, patente no “Evento Colateral de Macau, China”, com curadoria do prémio Pritzker, Wang Shu e de Lu Wenyu. As imagens exibidas são de Iwan Baan em conjugação com projectos de arquitectura locais Veneza prepara-se para acolher mais uma edição da bienal dedicada à arquitectura, desta feita a 19ª. Na Exposição Internacional de Arquitectura – Bienal de Veneza Macau faz-se representar com o projecto “Mundos Paralelos”, com fotografia e instalação, integrado com a participação da China. Trata-se do “Evento Colateral de Macau, China”, a ser inaugurado no próximo sábado, 10 de Maio, e patente para visita do público até 23 de Novembro deste ano na cidade italiana de Veneza. O projecto tem curadoria do último Pritzker, o mais importante galardão na área da arquitectura, Wang Shu e também de Lu Wenyu, vencedora do Prémio Schelling de Arquitectura. “Mundos Paralelos” promete, assim, mostrar “a transformação das múltiplas faces de Macau numa narrativa poética na linguagem da arquitectura através das fotografias e instalações”, descreve uma nota do Instituto Cultural (IC). Interpreta-se ainda, neste projecto, “o estilo urbano diversificado de Macau”, onde “as culturas chinesa e ocidental, os estilos novo e antigo coexistem há mais de 400 anos”. A mostra conta com a participação de Iwan Baan, fotógrafo de arquitectura vencedor de um “Leão de Ouro” numa das edições da Bienal. Segundo a mesma nota do IC, Iwan Baan “captura pedaços de memórias e a vitalidade contemporânea dos espaços urbanos de Macau através das suas imagens altamente narrativas”. Neste espaço de Macau na Bienal, as suas imagens prometem “dialogar com os modelos arquitectónicos e instalações ao ar livre criados pelos professores e alunos da Faculdade de Arquitectura da Academia de Artes da China e da Faculdade de Arquitectura e Design da Universidade de São José de Macau”. Desta forma, permite-se que o público possa “sentir o encanto único de Macau em meio à mistura da história e modernidade”. Trabalho de equipa A 19.ª edição da Exposição Internacional de Arquitectura – Bienal de Veneza tem como tema “Inteligente, Natural, Artificial, Colectiva”, reflectindo, assim, “sobre o papel da arquitectura no processo de globalização”. Os curadores Wang Shu e Lu Wenyu são arquitectos e educadores que trabalham no campo de arquitectura chinesa contemporânea há mais de vinte anos. Co-fundaram a Faculdade de Arquitectura da Academia de Artes da China em 2003, estando “empenhados em reconstruir o estudo e a prática da arquitectura contemporânea da China”. Wang Shu é actualmente director da Faculdade de Arquiectura da Academia de Artes da China, tendo surpreendido o mundo da arquitectura com a obra “Jardim de Telhas”, exibida no primeiro Pavilhão da China na Bienal de Arquitectura de Veneza. Já Lu Wenyu foi membro do júri do Prémio Ásia-Pacífico da UNESCO para a Conservação do Património Cultural, tendo recebido o prémio honorário da Bienal de Veneza. No tocante aos nomes participantes neste projecto, Iwan Baan é um fotógrafo holandês “conhecido pela sua captação de imagens da vida e da interacção no interior de edifícios”, trabalhando, desta vez, com professores e alunos das faculdades de arquitectura de Macau e China. A ideia foi “formar uma equipa criativa interdisciplinar”, apresentando “uma interpretação fantástica da integração multicultural” do território, mostrando ao mundo “a inclusão cultural de Macau através da sua linguagem arquitectónica”. A exposição “Mundos Paralelos” estará disponível no espaço “Arsenalle”, em Campo della Tana, Castello, na cidade de Veneza.
Hoje Macau China / ÁsiaPE | China levanta sanções a cinco eurodeputados A China retirou as sanções que tinha aplicado a cinco eurodeputados em Março de 2021, anunciou quarta-feira o Parlamento Europeu. A 22 de Março de 2021, a China impôs sanções a dez indivíduos e a quatro entidades relacionadas com a União Europeia (UE), incluindo cinco eurodeputados e o subcomité dos Direitos Humanos do Parlamento Europeu. As sanções, que proibiam os visados de entrar em território chinês, levaram o Parlamento Europeu a suspender todo o diálogo oficial com a China. Em comunicado, a instituição europeia anunciou quarta-feira que os cinco eurodeputados, que em 2021 pertenciam ao subcomité sancionado, já não estão abrangidos pelo regime de sanções de Pequim. Citada na nota informativa divulgada, a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, considerou que os eurodeputados devem poder exercer as suas funções, incluindo “discutir os interesses europeus” com a China “sem medo de quaisquer repercussões”. “A nossa relação com a China continua a ser complexa e multifacetada. A melhor maneira de abordá-la é através do diálogo”, frisou a líder do hemiciclo europeu. O anúncio do levantamento das sanções foi feito à Conferência de Presidentes, que inclui não só Roberta Metsola, mas também os presidentes dos grupos políticos representados nos hemiciclos de Bruxelas e Estrasburgo.
Hoje Macau China / ÁsiaSalão Automóvel de Xangai | Fabricantes focados no mercado internacional As construtoras automóveis chinesas, alemãs e japonesas estiveram esta semana no Salão Automóvel de Xangai, indicando que o sector mantém o foco no mercado global mais amplo e menos afectado pelas pesadas tarifas impostas pelos Estados Unidos. Há indícios de que os 25 por cento de tarifas sobre importações automóveis, decretados pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, estão a levar as empresas a reavaliar as suas estratégias — e, em alguns casos, a descobrir novas oportunidades. “Quando os governos lá em cima entram em conflito, isso acaba por afectar os negócios cá em baixo”, afirmou Ma Lihua, directora-geral da Soling, uma fabricante chinesa de unidades de controlo e outros sistemas electrónicos usados em componentes como câmaras de marcha-atrás. Sediada em Xangai, a Soling conta com a Ford, a Toyota e outras grandes marcas globais e chinesas entre os seus clientes. Está também a estabelecer uma base de produção no Vietname, onde a fabricante local de veículos eléctricos VinFast ambiciona tornar-se líder automóvel do Sudeste Asiático. Muitas das dezenas de empresas de peças e componentes automóveis presentes no salão mantêm operações que cruzam tanto o mercado chinês como os mercados internacionais. A Gestamp, produtora de componentes metálicos como chassis e caixas de baterias, tem sentido os efeitos de uma desaceleração nos mercados dos EUA e da Europa Ocidental, mas está a expandir-se na Ásia, América Latina e Europa de Leste. As tarifas norte-americanas tornaram-se agora mais um obstáculo, numa altura em que os fabricantes automóveis seguem de perto os desenvolvimentos. “No passado, as cadeias de abastecimento funcionavam como um relógio suíço. Agora é exatamente o contrário”, comentou Ernesto Barcelo, director da Gestamp, sobre a incerteza que actualmente domina o mercado. Riscos equacionados A estabilidade política é um critério fundamental para investir em qualquer mercado, afirmou Wei Jianjun, presidente da GWM (Great Wall Motor Co.), aos jornalistas, quando questionado sobre os planos da empresa para expandir a produção no estrangeiro. Isso aplica-se tanto a países como a Hungria — onde ainda não foi tomada uma decisão sobre a construção de uma fábrica — como também aos EUA sob a presidência de Donald Trump. “Se um país não é politicamente estável, o risco é elevado”, disse Wei. Com tarifas tão elevadas nos EUA, a GWM está a concentrar-se noutros mercados, como o comércio entre a China e a Europa, que deverá crescer, afirmou. Não comentou, no entanto, as tarifas de até 45,3 por cento que a União Europeia impôs sobre veículos eléctricos fabricados na China. Tianshu Xin, CEO da Leapmotor International — uma ‘joint-venture’ entre a Stellantis e a chinesa Leapmotor — afirmou que o mercado norte-americano não é, neste momento, a sua prioridade. “Queremos acompanhar o ambiente regulatório e, além disso, as preferências dos consumidores são um pouco diferentes em relação a outros mercados”, referiu Xin. Novos investimentos A japonesa Nissan planeia lançar 10 novos modelos eléctricos na China até 2027, dos quais nove serão da marca própria, e prevê investir mais 1,4 mil milhões de dólares até ao final de 2026 para reforçar a sua presença no país. Nos EUA, poderá usar capacidade produtiva excedente para compensar a redução das importações causada pelas tarifas. “Algumas portas fecharam-se, mas outras abriram-se”, disse Ma. “Mas qualquer plano que se faça, será rapidamente alterado. O mercado muda muito depressa”, notou. Alguns dos participantes do salão acreditam que Trump acabará por moderar a sua posição. “Trump é um homem de negócios e pretende impulsionar a economia americana através de tarifas sobre outros países, mas acredito que essas medidas são temporárias”, afirmou Yang Jingdi, assistente do CEO da LvXiang Automobile Parts Co., que fabrica componentes eletrónicos como espelhos retrovisores e bombas. “A China tem cadeias de abastecimento completas e abundantes — e são os EUA que não vão aguentar se as tarifas se mantiverem dos dois lados”, descreveu.
Hoje Macau SociedadeSJM com lucro de 31 milhões de dólares de Hong Kong no primeiro trimestre A concessionária do jogo SJM Holdings anunciou um lucro de 31 milhões de dólares de Hong Kong no primeiro trimestre de 2025. Num comunicado enviado na terça-feira à bolsa de valores de Hong Kong, a empresa recordou que registou um prejuízo de 74 milhões de dólares de Hong Kong no mesmo período de 2024. O grupo fundado pelo falecido magnata do jogo Stanley Ho Hung Sun teve um lucro de três milhões de dólares de Hong Kong durante 2024, após perdas sem precedentes durante quatro anos consecutivos. Os casinos da SJM arrecadaram 6,95 mil milhões de dólares de Hong Kong, mais 7,5 por cento do que no ano anterior, enquanto as receitas não jogo subiram 16,4 por cento, para 531 milhões de dólares de Hong Kong. Com as receitas a subir, a empresa registou um lucro operacional de 958 milhões de dólares de Hong Kong, mais 10,9 por cento do que no mesmo período de 2024. A dívida da SJM voltou a aumentar no primeiro trimestre, atingindo 26,7 mil milhões de dólares de Hong Kong. Recuperação do turismo Em Janeiro, a agência de notação financeira Fitch Ratings manteve a classificação da dívida da SJM graças à recuperação do turismo em Macau. A Fitch disse que o Grand Lisboa Palace, empreendimento de jogo e hotelaria inaugurado em Julho de 2021, em plena pandemia, obrigou a SJM a acumular um nível elevado de dívida. A empresa disse que o Grand Lisboa Palace teve um lucro operacional de 440 milhões de dólares de Hong Kong entre Janeiro e Março, uma descida de 17,8 por cento. Também as receitas do novo empreendimento da SJM caíram 3,6 por cento em comparação com o mesmo período de 2024, para 1,89 mil milhões de dólares de Hong Kong. O mercado de massas, cujas receitas subiram 8,6 por cento, representou 82,1 por cento das receitas de todos os casinos da empresa, enquanto as receitas do jogo VIP decresceram 0,6 por cento no primeiro trimestre.
Hoje Macau SociedadeTaipa | IAM não encontra sinais de envenenamento após morte de cães O Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) afirma não ter encontrado “anomalias” no Parque Central da Taipa, depois da morte de dois cães que passearam no local e que levantaram suspeitas de envenenamento, incluindo por duas associações de protecção dos animais (Everyone Stray Dogs Macau Volunteer Group e Masdaw). Apurou-se que os cães em causa haviam passeado no Parque Central da Taipa e ao seu redor antes de apresentarem sintomas de mal-estar, tendo posteriormente falecido, após tratamento veterinário sem sucesso. “Este Instituto está a acompanhar este caso com elevada atenção, e enviou de imediato pessoal ao local em causa, para investigação, não tendo sido, até ao momento, detectadas quaisquer anomalias. Em paralelo, o caso também foi comunicado às autoridades policiais, para efeitos de averiguações complementares”, indicou o IAM. A equipa do IAM inteirou-se dos trabalhos de eliminação de insectos e da segurança dos parques caninos. Além disso, o instituto confirmou que os pesticidas usados “contêm piretróide e são amigos do meio ambiente, afectando apenas insectos, como mosquitos, moscas, percevejos e baratas, e não sendo tóxicos para os seres humanos e outros mamíferos, como cães”. Também foram verificadas as caixas para apanhar ratos e não foram encontradas anomalias. O IAM indicou ainda que o raticida usado apenas contém um emético (substância indutora de vómito), que dificulta a ingestão por animais com capacidade de regurgitação, como cães e gatos.
Hoje Macau Manchete SociedadeJogo | Receitas com subida anual de 1,7% para 18,9 mil milhões Quando se faz a análise às receitas brutas do jogo entre Janeiro e Abril, os casinos acumularam 76,5 mil milhões de patacas, o que significa um crescimento ligeiro de 0,8 por cento Em Abril, as receitas brutas do jogo registaram um crescimento anual de 1,7 por cento para aproximadamente 18,9 mil milhões de patacas, de acordo com os dados publicados ontem pela Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ). Em comparação, em Abril do ano passado as receitas do jogo tinham apresentado um crescimento de 18,5 mil milhões de patacas, o que na altura tinha significado um crescimento de 26 por cento, face às receitas de 14,7 mil milhões de patacas de Abril de 2023. As receitas mais recentes estão ainda longe dos montantes que chegavam às mesas do território antes da pandemia da covid-19 e da campanha contra os principais promotores do jogo de Macau. Em 2019, as receitas de Abril foram de 23,6 mil milhões de patacas. Em relação aos valores actuais, a diferença para 2019 é de 4,7 mil milhões de patacas, o que representa menos 20 por cento. No entanto, Abril não deixou de ser o terceiro mês consecutivo em que as receitas cresceram face ao período homólogo, com aumentos mensais que variaram entre 0,8 por cento e 6,8 por cento. A excepção foi Janeiro, quando se registou uma quebra em termos anuais de 5,6 por cento. Melhor que o previsto No entanto, o valor de Abril ficou acima do esperado pelos analistas do banco Citigrupo, que em 24 de Abril previram receitas de 18,25 mil milhões de patacas para o mês, o que teria representado uma queda homóloga de 2 por cento. Também Vitaly Umansky, analista da empresa de consultadoria Seaport Research Partners, tinha previsto, a 1 de Abril, uma descida de 0,1 por cento nas receitas, em comparação com o mesmo mês de 2024, devido a uma recente campanha da polícia contra o câmbio ilegal de dinheiro, alegadamente no Interior de alguns casinos locais. Quando se faz a análise às receitas brutas do jogo entre Janeiro e Abril, os casinos acumularam 76,5 mil milhões de patacas, o que significa um crescimento ligeiro de 0,8 por cento. Nestes quatro meses, o valor acumulado das receitas está abaixo da média de 20 mil milhões de patacas por mês, que foi tido em conta na elaboração do actual orçamento do Governo, aprovado durante a vigência do anterior Executivo, liderado por Ho Iat Seng. Macau obteve em 2024 receitas totais de jogo de 226,8 mil milhões de patacas, mais 23,9 por cento do que em 2023, mas apenas 73,2 por cento do registado em 2019, antes da pandemia de covid-19.
Hoje Macau SociedadeEstudo | Imagem de maternidade eleva risco de depressão Uma académica de Macau alertou na quarta-feira que a representação idealizada da maternidade nas redes sociais chinesas tem um efeito prejudicial nas recém-mães, aumentando o risco de depressão pós-parto. A exposição frequente a imagens da “mãe perfeita”, em plataformas como Xiaohongshu (RedNote), TikTok e WeChat, contribui para aumentar a pressão psicológica, notou Zhang Xiaoqiong, da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (MUST, na sigla em inglês), na conferência “Communication and Technology Innovation Workshop” naquela instituição de ensino superior. O estudo de Zhang envolveu cerca de 700 recém-mães, residentes em várias partes da China, com uma média de 29 anos e bebés com menos de 1 ano de idade. Observando que as redes sociais se tornaram numa “fonte fundamental” de informação sobre a maternidade, a académica avaliou que este “idealismo perfeccionista” conduz a “comparações prejudiciais”. “As mães na fase de adaptação pós-parto enfrentam incertezas e dúvidas sobre si próprias (…) Quando se deparam constantemente com conteúdo idealizado e bem trabalhado, elas comparam-se a padrões intangíveis, desencadeando ansiedade, culpa e sentimentos de inadequação”, indicou. No entanto, Zhang enfatizou que o apoio do parceiro pode mitigar esses efeitos. “Um marido solidário pode proporcionar compreensão e alívio emocional, reduzindo a pressão para atender às expectativas irrealistas dos pais”, acrescentou.
Hoje Macau Manchete SociedadeDemografia | TNR com valor mais elevado desde 2020 Macau empregava no final de Março quase 183.400 trabalhadores migrantes, o valor mais elevado desde Junho de 2020, no início da pandemia de covid-19. Entre o início de 2023 e o fim do primeiro trimestre deste ano, passaram a trabalhar em Macau mais 31.500 não-residentes No fim do primeiro trimestre deste ano, trabalhavam em Macau cerca de 183.400 trabalhadores não-residentes (TNR), o valor mais alto desde Junho de 2020, quando a pandemia da covid-19 começou a afectar o mundo. Segundo dados do Corpo de Polícia de Segurança Pública, divulgados pela Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais, este número representa um crescimento de quase 3.900 trabalhadores nos últimos 12 meses. Os trabalhadores sem estatuto de residente aumentaram em quase 31.500 desde Janeiro de 2023, quando terminou a política ‘zero covid’, que esteve em vigor em Macau e na China continental durante quase mais de três anos. Nesse mês, a mão-de-obra vinda do exterior, incluindo da China continental, tinha caído para menos de 152 mil, o número mais baixo desde Abril de 2014. Desde o pico máximo de 196.538, atingido no final de 2019, no início da pandemia, e até Janeiro de 2023, a cidade perdeu quase 45 mil TNR, que correspondiam a 11,3 por cento da população activa. Macau, que à semelhança da China seguia a política ‘zero covid’, reabriu as fronteiras a todos os estrangeiros, incluindo TNR, a partir de 8 de Janeiro de 2023, depois de quase três anos de rigorosas restrições. Por partes O sector da hotelaria e da restauração foi o que mais contratou nos últimos 12 meses, ganhando 3.792 trabalhadores sem estatuto de residente, seguido dos empregados domésticos (mais 1.688) e das actividades imobiliárias (mais 1.193). A área da hotelaria e restauração tinha sido precisamente a mais atingida pela perda de mão-de-obra durante a pandemia, tendo despedido mais de 17.600 funcionários não-residentes desde Dezembro de 2019. Macau acolheu, no primeiro trimestre deste ano, 9,86 milhões de visitantes, mais 11,1 por cento do que no mesmo período de 2024 e o segundo valor mais elevado de sempre para um arranque de ano. A crise económica criada pela pandemia levou a taxa de desemprego a atingir 4 por cento no terceiro trimestre de 2022, o valor mais alto desde 2006. Mas, e apesar da subida do número de TNR, a taxa de desemprego estava em 1,9 por cento nos primeiros três meses deste ano. A economia de Macau cresceu 8,8 por cento em 2024, graças à retoma do jogo e da procura interna, de acordo com dados oficiais. O produto interno bruto (PIB) representou 86,4 por cento do valor registado em 2019, antes do início da pandemia.