Hoje Macau China / ÁsiaCimeira | Pyongyang acusa Presidente sul-coreano de “cortejar” Washington A Coreia do Norte acusou ontem o Presidente sul-coreano, Lee Jae-myung, de cortejar os Estados Unidos durante a cimeira com o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, horas antes de Lee se reunir com Donald Trump em Washington. “A recente cimeira Coreia do Sul-Japão deve ser interpretada como uma farsa diplomática nascida da ansiedade de Seul em dissipar as ‘más interpretações’ de Washington”, lê-se num artigo de opinião assinado por uma pessoa chamada Kim Hyok-nam, sobre a qual não se conhecem detalhes. O texto, divulgado pela agência de notícias estatal KCNA, denuncia a cooperação reforçada entre Seul e Tóquio, após a cimeira de sábado na capital japonesa, como o batedor de uma “aliança militar trilateral agressiva” com Washington que, na opinião de Pyongyang, vai agravar a crise de segurança na região. Na coluna de opinião sublinha-se ainda que a declaração conjunta de Lee e Ishiba sobre a “desnuclearização completa do Norte” e a necessidade de uma acção coordenada face a um ambiente internacional em mudança é a prova da subordinação da Coreia do Sul à estratégia hegemónica de Washington no Indo-Pacífico. A KCNA também se concentrou na escolha de Lee de viajar primeiro para o Japão, quebrando o costume diplomático da Coreia do Sul de visitar Washington primeiro, e apresentou-a como um gesto calculado para mostrar uma viragem pró-japonesa. O texto considera que esta alteração responde à “desconfiança dos Estados Unidos” em relação a Lee, que só assumiu o cargo em Junho, considerando-o um dirigente que, na oposição, exibia um perfil crítico em relação a Tóquio e que procura agora mudar essa imagem para satisfazer os aliados.
Hoje Macau China / ÁsiaTrinta mil pessoas retiradas de casa no Vietname com aproximação de tufão Kajiki Dezenas de milhares de habitantes foram retirados ontem das regiões costeiras do Vietname, no momento em que o tufão Kajiki se prepara para atingir o centro do país, com ventos de cerca de 160 quilómetros por hora. Kajiki, o quinto tufão a atingir o Vietname este ano, encontra-se actualmente no mar, agitando o golfo de Tonkin com ondas que atingem até 9,5 metros. Cerca de 325.500 pessoas de cinco províncias costeiras devem ser retiradas para abrigos temporários em escolas e edifícios públicos, informaram as autoridades. O centro de Vinh, cidade costeira no centro do país, foi inundado durante a noite. De manhã, as ruas estavam praticamente desertas e a maioria das lojas e restaurantes foram encerrados, com os comerciantes e moradores a protegeram as entradas com sacos de areia. Ao amanhecer, cerca de 30.000 pessoas tinham sido retiradas da região e 16.000 militares foram mobilizados. Dois aeroportos domésticos foram encerrados e todos os barcos de pesca que se encontravam no caminho do tufão foram chamados de volta ao porto. Mais de uma dezena de voos domésticos no Vietname foram cancelados no domingo, enquanto a ilha de Hainão, na China, retirou 20.000 habitantes de casa quando o tufão passou pela costa sul. Histórico devastador No Vietname, mais de 100 pessoas morreram ou estão desaparecidas devido a catástrofes naturais nos primeiros sete meses de 2025, de acordo com o Ministério da Agricultura. As perdas económicas foram estimadas em mais de 21 milhões de dólares. O Vietname sofreu uma perda de 3,3 mil milhões de dólares em Setembro passado devido ao tufão Yagi, que varreu o norte do país e causou centenas de mortes. Os cientistas estimam que as alterações climáticas causadas pelo homem estão a provocar fenómenos meteorológicos mais intensos e imprevisíveis, o que pode tornar as inundações e as tempestades destrutivas mais prováveis, especialmente nos trópicos.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul | Lee Jae-myung vai abordar “sem limites” questões norte-coreanas com Trump Antes da partida para os Estados Unidos para reunir com Donald Trump, o Presidente sul-coreano afirmou que irá abordar sem tabus as questões norte-coreanas para garantir a segurança do seu país O Presidente sul-coreano, Lee Jae-myung, disse que iria abordar “sem limites” todas as questões relacionadas com a Coreia do Norte na cimeira com o homólogo norte-americano, Donald Trump, que teve ontem lugar. “Quer se trate do problema nuclear [norte-coreana] ou de qualquer outro, o relacionado com a paz e a estabilidade na península é o mais crucial para a segurança da Coreia do Sul”, disse ontem Lee, a bordo do avião presidencial, durante um voo com destino aos Estados Unidos, de acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap. Lee apresentou recentemente um plano de desnuclearização em três fases para a Coreia do Norte, que passa por persuadir Pyongyang a congelar, reduzir e, eventualmente, desmantelar o programa de armas nucleares. A Coreia do Sul vai acolher a próxima cimeira da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), no final de Outubro, que poderá servir de plataforma para melhorar as relações intercoreanas, havendo especulações sobre um possível convite ao líder norte-coreano, Kim Jong-un, ou mesmo um encontro entre Kim e Donald Trump à margem do evento. A este respeito, Lee limitou-se a dizer que a situação actual é muito mais complexa do que a atmosfera de breve desanuviamento das relações nos Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang de 2018, já que Pyongyang acelerou o programa de armamento e aumentou a hostilidade para com Seul. Matéria sensível No plano militar, o Presidente sul-coreano afirmou que é difícil que a cimeira decida flexibilizar a utilização estratégica das Forças dos EUA na Coreia (USFK, na sigla em inglês), considerando que se trata de uma questão que exige um planeamento a longo prazo. Com essa flexibilização, Washington procuraria envolver as USFK em destacamentos fora da península, incluindo no âmbito de possíveis crises envolvendo a China e Taiwan, que é um ponto sensível na relação entre Seul e Pequim.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Inaugurado em Qingdao primeiro edifício zero carbono do mundo O primeiro edifício ultra zero carbono do mundo foi inaugurado no domingo, na cidade de Qingdao, província de Shandong, no leste da China, marcando um avanço significativo no esforço de construção zero carbono do país. Com um consumo diário de electricidade de 6.000 quilowatts-hora, este edifício de escritórios de 117 metros de altura está equipado com soluções de alta tecnologia de ponta para alcançar 100 por cento de substituição de energia verde. Ao contrário dos edifícios convencionais, com painéis solares no telhado, esta estrutura apresenta paredes de vidro fotovoltaicas, integradas ao edifício nas suas fachadas leste, sul e oeste. Isso fornece electricidade em corrente contínua, reduzindo as perdas de energia e suprindo 25 por cento das necessidades energéticas do edifício. A economia de emissões de carbono pode chegar a 500 toneladas por ano. Além disso, o edifício utiliza baterias de veículos eléctricos desativadas para armazenamento de energia. Quatorze baterias de veículos eléctricos usadas armazenam o excedente de energia gerado pelas paredes de vidro fotovoltaico e absorvem o excedente de energia limpa da rede eléctrica fora do horário de pico a um baixo custo de 0,22 yuans por quilowatt-hora. A energia armazenada será então utilizada durante os picos de procura ou períodos de pouca luz solar para equilibrar a carga eléctrica do edifício. Alta eficiência No interior da estrutura, cerca de 24.000 microssensores, substituindo interruptores, permitem a operação automatizada de iluminação, ar-condicionado e elevadores. “Ao consumir electricidade verde, podemos economizar cerca de 2.500 toneladas de emissões de carbono anualmente. A digitalização reduziu nosso custo de investimento no edifício em 20 por cento a 30 por cento, aumentou a eficiência operacional em 30 por cento e reduziu o consumo de energia em cerca de 30 por cento “, disse Yu Dexiang, presidente da TELD New Energy, uma das maiores operadoras de rede de estações de recarga para veículos eléctricos da China. O edifício conta também com o primeiro sistema de estacionamento vertical de alta velocidade totalmente automatizado do mundo. Equipado com um sistema de esteiras de alta precisão e tecnologia de controlo por engrenagens, o sistema inovador permite a movimentação rápida e precisa do veículo, estando cada veículo estacionado na área designada em até 35 segundos. Este sistema de estacionamento incorpora também uma tecnologia inovadora de conexão de veículo à rede eléctrica, com os veículos eléctricos estacionados conectados ao sistema de energia do edifício. Actualmente, 300 veículos, cada um fornecendo 10 quilowatts-hora de electricidade por dia, podem atender a quase metade da procura energética do edifício.
Hoje Macau China / ÁsiaImobiliário | Evergrande expulsa da bolsa de Hong Kong O congelamento de acções por 18 meses levou à saída da gigante do imobiliário do mercado bolsista de Hong Kong A gigante imobiliária Evergrande foi expulsa ontem da Bolsa de Valores de Hong Kong, após ter as acções congeladas por mais de 18 meses, período em que não conseguiu cumprir as condições impostas para retomar a cotação. A Evergrande declarou em 12 de Agosto ter recebido uma carta do operador bolsista a confirmar que, tendo ultrapassado o prazo máximo de 28 de Julho, o comité de admissão à bolsa decidiu cancelar a participação no mercado, a partir de ontem às 09:00 horas locais. De acordo com as regras da bolsa de Hong Kong, o operador pode expulsar qualquer empresa cotada que tenha mantido as acções congeladas durante um período contínuo de 18 meses. Em Março de 2024, o operador já tinha avisado a Evergrande de que a imobiliária seria expulsa se não cumprisse as exigências a tempo. Entre as exigências iniciais, contava-se a obrigação de “que a ordem de liquidação contra a empresa fosse retirada ou anulada”. A bolsa exigiu também que a Evergrande publicasse todos os resultados financeiros pendentes da empresa e demonstrasse a “integridade e capacidade” da direcção. História de incumprimento As acções da Evergrande estão suspensas desde 29 de Janeiro de 2024, data em que um tribunal de Hong Kong ordenou a liquidação da imobiliária. Na data em questão, as ações da empresa estavam a ser negociadas a 0,16 dólares de Hong Kong (, uma queda de quase 99,5 por cento em relação ao pico de 31,55 dólares de Hong Kong atingido em Outubro de 2017. A imobiliária avisou os accionistas e investidores de que, embora os títulos permaneçam válidos, vão deixar de ser cotados e negociados em Hong Kong e de estar sujeitos às regras de cotação. A Evergrande, com um passivo de cerca de 330 mil milhões de dólares, entrou em incumprimento em 2021, depois de ter sofrido uma crise de liquidez devido às restrições impostas por Pequim ao financiamento de promotoras que tinham acumulado elevados níveis de dívida, após o que foi intervencionada pelas autoridades chinesas. O grupo, convertido no principal rosto visível da crise imobiliária chinesa, mergulhou numa nova turbulência no final de 2023, depois de o fundador e presidente, Xu Jiayin, ter sido colocado numa espécie de prisão domiciliária por “suspeita de actividades ilegais”.
Hoje Macau EventosPorto | Projecto de Cheong Kin Man na Feira do Livro O livro de artista “Apocalipses”, da autoria do artista e antropólogo de Macau Cheong Kin Man, em parceria com a artista Marta Stanisława Sala, vai estar disponível no stand da Greta – Livraria de Lisboa, na Feira do Livro do Porto até ao dia 7 de Setembro. Trata-se de uma versão revista e aumentada que tem o apoio da Fundação Oriente. “Apocalipses” nasce de um projecto, com o mesmo nome, apresentado pela primeira vez na Bienal de Arte de Macau em 2023, e que “combina texto, têxteis e vídeo numa narrativa de ficção científica”, sendo que o tecido “que integra esta ficção codifica episódios do arquivo familiar polaco, incluindo a migração através das fronteiras do século XX – de Vilnius às estepes da Mongólia e, posteriormente, à Polónia actual”. Este projecto foi exposto recentemente na mostra “As Espantosas e Curiosas Viagens”, que esteve patente no Centro Científico e Cultural de Macau (CCCM) até 6 de Julho. Lorena Tabares Salamanca, curadora da exposição, traz também o seu cunho pessoal para este livro de artista: “contemplo com olhar perplexo o indizível sentimento da (in)compreensão; retraio-me e retorno à primeira parte, deslizo-me para o lugar reconfortante das traduções, enquanto este Apocalipses chuvoso continua seu curso”. Depois desta passagem pelo Porto o livro segue para Berlim, onde a dupla de artistas irá apresentar um espectáculo em Outubro.
Hoje Macau EventosFRC | Pintura Gongbi em destaque na exposição “Mirra Urbana” O trabalho de Leong Kit Man, artista de Macau, estará em exibição na Fundação Rui Cunha a partir de amanhã e até ao dia 13 de Setembro. Em “Mirra Urbana” apresenta-se uma série de trabalhos de pintura Gongbi, uma arte pautada pelo detalhe e estilo minucioso com que as obras são feitas Chama-se “Mirra Urbana – Exposição de Pintura Gongbi” e é a nova mostra patente na galeria da Fundação Rui Cunha (FRC) entre esta quarta-feira e o dia 13 de Setembro. Trata-se também de uma nova mostra com trabalhos de Leong Kit Man, artista, curadora e professora de Belas Artes em Macau. O evento, que conta com a curadoria da também artista Julia Lam, é co-organizado conjuntamente pela Sociedade dos Artistas de Macau e pela Associação de Jovens Artistas de Macau. A mostra apresenta 20 peças de pintura Gongbi, arte conhecida pelo detalhe a pincel minucioso, criadas por Leong Kit Man entre 2024 e 2025. O conjunto inclui a série “Spices of Soul”, inspirada no comércio de especiarias da Rota da Seda, que dá vida a ramos, rebentos e frutos repletos de vitalidade e pintados em seda. A série “Innermost”, que recentemente ganhou reconhecimento em diversas feiras de arte e colecções, aborda as emoções opressivas da vida urbana, com o objectivo de nutrir as almas dos citadinos através de pequenas obras de arte. Por fim, a série “Daily Apps” é uma reflexão sobre o declínio electrónico da vida urbana, retratando o scroll e a navegação habituais impulsionados pela memória muscular. Os dedos manipulam frequentemente ícones de aplicações electrónicas e simbolizam o vício tóxico que drena a contemplação pessoal, destaca uma nota da FRC. Cunho pessoal Segundo a artista, estas criações Gongbi reflectem desde “sentimentos pessoais a imagens complexas, além dos seus pensamentos sobre a vida e os desafios de viver num ambiente urbano agitado”. Através da arte, Leong Kit Man deseja “alcançar uma mente calma como a água e atingir um estado de serenidade”. Leong Kit Man é doutorada em Belas Artes pela Academia Nacional de Artes da China. É actualmente professora assistente de Belas Artes (e orientadora de alunos de mestrado e doutoramento) na Faculdade de Humanidades e Artes da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (MUST). A artista possui uma vasta experiência na criação de suportes orientais, ensino de arte, planeamento de exposições, projectos artísticos e formação de oradores, sempre dedicada à investigação e à reflexão sobre a essência e a forma da criação artística. Ao longo de anos de prática criativa, Leong Kit Man não só herdou as técnicas da pintura Gongbi, como também desenvolveu continuamente uma linguagem visual característica. A sua obra-chave, “Embrace of Love”, foi seleccionada como um projecto financiado pelo Programa de Apoio a Jovens Talentos da Criação Artística do Fundo Nacional das Artes de 2024. Algumas conquistas notáveis incluem obras seleccionadas, três vezes consecutivas, para a Exposição Nacional de Arte da China, e a aceitação do “Prémio Dez Melhores Obras Excelentes” na Exposição Anual de Artes Visuais de Macau, em três ocasiões, entre outros galardões. Leong Kit Man foi curadora de inúmeras exposições, tais como: “Herança sob as Ruínas de São Paulo”: uma experiência imersiva de música (2024); “Por detrás das formas”: a estética da arte contemporânea (2023); “A vontade no limite” (2022); “Significado • Intenção”: exposição de arte conceptual (2021, 2022, 2024), “Purgar a mente de alguém”: exposição de trio (2017), ou ainda “O encontro de Tong Nam” (2011).
Hoje Macau Manchete SociedadeTurismo | Associação Comercial quer mais viagens a ilhas em Zhuhai Lam Ieng Pui, vogal da Comissão de Estudos Estratégicos da Associação Comercial de Macau, defendeu que devem ser criadas medidas de promoção de viagens turísticas entre Macau e as ilhas de Guishan e Wailingding, em Zhuhai. Esta posição surge num artigo de opinião publicado no jornal Ou Mun, onde o responsável sugere a criação de uma rota marítima entre o Porto Interior, em Macau, e a Ilha de Guishan, sendo uma possibilidade de enriquecimento da política de itinerários turísticos “multi-destinos” entre Macau e Hengqin. Lam Ieng Pui explicou que em Macau está a ser feito um trabalho de revitalização dos bairros comunitários que dispõem de diversos recursos em zonas como o Porto Interior, a Avenida de Almeida Ribeiro, Rua da Felicidade e as pontes-cais n.º 23 e 25, que estão a ser revitalizadas com o apoio das operadoras de jogo. Lam Ieng Pui defende ainda que a ilha de Guishan possui bonitas paisagens e a possibilidade de prática de desportos aquáticos, pelo que se pode estabelecer um percurso turístico entre Macau e Guishan. Além disso, este dirigente associativo sugeriu que Macau e Zhuhai podem criar medidas de incentivo que misturem turismo com outras áreas, como espectáculos ou actividades desportivas, podendo ser criados pacotes turísticos que incluam, por exemplo, concertos, provas do Grande Prémio de Macau e actividades de lazer na ilha de Guishan. Outro tipo de pacotes, poderia incluir competições de pesca na Grande Baía, corridas de ciclismo na ilha ou ainda passeios de vela.
Hoje Macau PolíticaEmprego | Leong Sun Iok pede o lançamento de um portal informativo A associação Choi In Tong Sam realizou no domingo um fórum sobre o desenvolvimento juvenil, em que os participantes deram opiniões sobre os problemas que afectam o mercado de trabalho e o acesso à habitação. Segundo um comunicado do organismo, o deputado Leong Sun Iok, que preside à associação, sugeriu que o Governo crie um portal de internet para apoiar ao emprego de jovens através da partilha de informações sobre vagas disponíveis e formação profissional. Sublinhando uma das mais repetidas bandeiras políticas na RAEM, Leong Sun Iok voltou a pedir o reforço do controlo de trabalhadores não-residentes e que as empresas de grande dimensão devem ter maior proporção de residentes locais e reservar os empregos com melhor margem de progressão de carreira para residentes. Por seu turno, a membro do Conselho de Juventude, Cheng Ka Man, sugeriu que o Governo melhore as políticas de habitação pública, estudando a possibilidade de permitir candidaturas simultâneas para apartamentos do tipo T1 e T2. A responsável considera que a medida poderia apoiar as famílias mais jovens.
Hoje Macau China / ÁsiaÁsia | Tailândia e Camboja assinam desminagem da fronteira comum A Tailândia e o Camboja concordaram em remover as minas ao longo da fronteira que separa os dois países e em proceder à “atribuição clara” de territórios cuja soberania é disputada por Banguecoque e Phnom Penh. A decisão resulta de uma reunião extraordinária sexta-feira do Comité Regional de Fronteiras (RBC), integrado por ambos os países, revelou ontem o porta-voz do gabinete do primeiro-ministro da Tailândia, Jirayu Huangsap. Vários incidentes com explosões de minas terrestres em zonas junto à fronteira foram registados recentemente, o mais recente dos quais ocorreu no dia 12 de Agosto, quando um militar tailandês ficou ferido. Outros dois incidentes, em 16 e 23 de Julho, precederam o confronto armado que eclodiu no dia 24 desse mês entre a Tailândia e o Camboja, que se prolongou por cinco dias e deixou pelo menos 44 mortos, incluindo civis, em vários pontos dos quase 820 quilómetros de fronteira. Ao acordo para a remoção das minas e “atribuição clara” das zonas fronteiriças disputadas junta-se um pacto para a “desarticulação conjunta” de redes criminosas dedicadas à ciberfraude global, fortemente implantadas ao longo da fronteira dos dois países. Precisamente, esses locais de ciberfraude, operados por máfias muito poderosas foram apontados pela primeira-ministra suspensa da Tailândia, Paetongtarn Shinawatra, como um dos possíveis gatilhos do confronto armado em que Tailândia e Camboja se envolveram no mês passado. Paetongtarn afirmou que o conflito poderia estar relacionado com os planos do seu governo para combater esses centros, com grande presença no Camboja e são determinantes para a sua economia. No dia 28 de julho, Banguecoque e Phnom Penh assinaram na Malásia um cessar-fogo relativo ao confronto armado, embora ambas as partes se tenham depois acusado mutuamente de violar o acordo. A fronteira entre estes países vizinhos foi cartografada pela França em 1907, quando o Camboja era colónia francesa.
Hoje Macau China / ÁsiaOCX | Putin e Modi presentes na cimeira de Tianjin A China afirmou sábado que o Presidente russo e o primeiro-ministro indiano vão estar presentes na cimeira da Organização de Cooperação de Xangai, rejeitando qualquer confronto entre blocos. A cimeira, que vai decorrer entre 31 de Agosto e 01 de Setembro, em Tianjin (nordeste), “vai ser a maior” desde a fundação da organização, disse aos jornalistas estrangeiros, em Pequim, o ministro-adjunto dos Negócios Estrangeiros chinês, Liu Bin. Liu disse que “o espírito” da organização tem como base a confiança, o benefício mútuo e o respeito pela diversidade, mantendo todos os valores face a “conceitos ultrapassados”, como o confronto em blocos ou a mentalidade da Guerra Fria. “No mundo de hoje, as velhas mentalidades de hegemonia e políticas de poder ainda prevalecem. Alguns países tentam colocar os próprios interesses acima dos outros, o que ameaça seriamente a paz e a estabilidade mundiais”, disse. “Quanto mais complexa e turbulenta se torna a situação internacional, mais os países precisam de reforçar a solidariedade e a cooperação para promover o desenvolvimento comum”, considerou. Os membros da Organização de Cooperação de Xangai incluem, além da República Popular da China, a Rússia, a Índia, o Paquistão, o Irão, a Bielorrússia, o Cazaquistão, o Quirguistão, o Tajiquistão e o Uzbequistão, representando aproximadamente 40 por cento da população mundial. Embora os países-membros afirmem que a organização não é um bloco militar e procura a protecção de ameaças como o terrorismo, alguns especialistas disseram acreditar que o principal objectivo é servir de “contraponto à Aliança Atlântica”. No entanto, existem tensões internas dentro do grupo, que inclui países adversários como a Índia e o Paquistão. Em Junho, a reunião dos ministros da Defesa dos países-membros, realizada na cidade chinesa de Qingdao, terminou sem uma declaração conjunta devido a divergências sobre questões de segurança, particularmente sobre terrorismo. Nova Deli, que recusou assinar o texto final, denunciou que alguns países utilizam o terrorismo como ferramenta política, numa referência velada ao Paquistão. Outras presenças Além de Vladimir Putin e Narendra Modi, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros chinês confirmou a presença dos Presidentes da Bielorrússia, do Irão e do Paquistão, entre outros. Liu disse que também foram convidados os líderes de vários países, como Mongólia, Azerbaijão, Arménia, Camboja, Maldivas, Nepal, Turquia, Iraque, Turquemenistão, Indonésia, Laos, Malásia e Vietname. Liu Bin convocou ainda o secretário-geral da ONU, António Guterres, dirigentes da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), da Comunidade de Estados Independentes e do Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas. O Presidente chinês, Xi Jinping, vai liderar reuniões de chefes de Estado e o encontro com os representantes dos países observadores, no qual vão ser abordadas questões ligadas à “segurança regional, o multilateralismo e o desenvolvimento sustentável”. O encontro vai decorrer antes da realização do desfile militar de 03 de Setembro, em Pequim, em comemoração do 80.º aniversário do final da Segunda Guerra Mundial no Pacífico, ao qual assistirá Putin.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão e Coreia do Sul querem enfrentar juntos mudanças comerciais e de segurança Os líderes do Japão e da Coreia do Sul concordaram ontem em estreitar a cooperação para enfrentar as rápidas mudanças em curso em matéria comercial e de segurança, que preocupam os dois países asiáticos. O objectivo foi definido em Tóquio durante uma cimeira entre o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, e o Presidente sul-coreano, Lee Jae-myung, que efectua a primeira viagem ao estrangeiro desde que assumiu funções em Junho. Ishiba e Lee prometeram ampliar a colaboração em diversas áreas, enquanto se esforçam para minimizar os atritos causados pelas disputas históricas, sobretudo pela ocupação japonesa da Coreia entre 1910 e 1945. “Dado que a ordem internacional em matéria de comércio e segurança é volátil, acredito que a República da Coreia [nome oficial da Coreia do Sul] e o Japão, que partilham posições semelhantes em termos de valores, ordem e ideologia, devem fortalecer a cooperação mais do que nunca”, declarou Lee. Ishiba disse ser necessário haver coerência política, mesmo quando persistem “questões difíceis” entre os dois países. Defendeu também a importância de estreitar a cooperação com os Estados Unidos, o aliado comum numa região onde a China procura hegemonia. “A paz e a estabilidade não chegarão a menos que façamos esforços activos, e isso é ainda mais importante numa época tão turbulenta”, afirmou Ishiba, segundo a agência de notícias espanhola EFE. Ambos reafirmaram o compromisso assumido por administrações anteriores de alcançar a desnuclearização completa da Coreia do Norte. Defenderam igualmente a necessidade de cooperar para enfrentar as incertezas comerciais, numa referência velada à actual política tarifária agressiva de Washington. Agenda preenchida As conversações entre Ishiba e Lee duraram cerca de duas horas, e começaram com um encontro restrito no Kantei, a sede do governo japonês, seguido por uma reunião alargada e uma conferência de imprensa conjunta. Ishiba congratulou-se com a decisão de Ishiba de visitar o Japão antes de viajar para os Estados Unidos, onde se reunirá com o Presidente Donald Trump, em Washington, no domingo. “É extremamente encorajador que a sua primeira visita ao Japão desde que assumiu o cargo ocorra num ambiente estratégico tão complexo”, declarou. Os dois líderes concordaram em desenvolver as relações bilaterais à luz dos princípios da normalização das relações diplomáticas entre o Japão e a Coreia do Sul em 1965, e criar um órgão conjunto para lidar com questões comuns. Entre eles, referiram a revitalização regional, a diminuição da natalidade, o envelhecimento e o declínio da população, a agricultura, a prevenção de desastres e a promoção de novas energias alternativas, como o hidrogénio e o amoníaco, e tecnologias como a inteligência artificial. Concordaram também em alargar um programa de vistos que permite trabalhar durante estadas temporárias para financiar a viagem, de forma a intensificar o intercâmbio de pessoas entre os países. Ishiba e Lee planeiam publicar por escrito os resultados da cimeira, a primeira declaração conjunta deste tipo entre um primeiro-ministro japonês e um presidente sul-coreano em 17 anos. O encontro de ontem foi o segundo entre Ishiba e Lee, que se reuniram em Junho no Canadá, à margem da cimeira do G7, para a qual a Coreia do Sul foi convidada. Lee vai reunir-se com Trump numa altura em que persistem as dúvidas sobre o novo pacto tarifário bilateral, sobre o qual ambos os governos divulgaram mensagens contraditórias, e o rumo da estratégia em relação à Coreia do Norte.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | China diz que “separatismo” está “condenado ao fracasso” A tentativa fracassada de destituir sete deputados da oposição de Taiwan demonstra que o “separatismo” favorável à “independência” da ilha “vai contra a vontade do povo e está condenado ao fracasso”, afirmou ontem o Governo Chinês. Centenas de milhares de taiwaneses foram às urnas no sábado para votar a destituição de sete deputados do Kuomintang (KMT), o principal partido da oposição de Taiwan, no âmbito da segunda volta de um referendo revogatório realizada no território. De acordo com dados da Comissão Eleitoral Central, nenhuma das sete propostas de destituição atingiu o limite mínimo de 25 por cento dos votos favoráveis no respectivo distrito, nem conseguiu reunir mais votos positivos do que negativos. A votação fazia parte da segunda volta de um referendo destinado a destituir 31 dos 39 legisladores do KMT eleitos por voto directo em Janeiro de 2024. Na primeira volta, realizada em 26 de Julho, nenhuma das 24 iniciativas de destituição prosperou, o que representou um duro revés para o Partido Democrático Progressista (PDP) no poder, que procurava recuperar o controlo de um Parlamento dominado pelo KMT e pelo minoritário Partido Popular de Taiwan (PPT). “Depois da primeira volta da votação, em 26 de Julho, o povo de Taiwan voltou a dizer ‘não’ à maliciosa farsa política do PDP”, declarou ontem o porta-voz do Gabinete de Assuntos de Taiwan do Executivo chinês, Zhu Fenglian, em declarações recolhidas pela agência Xinhua.
Hoje Macau China / ÁsiaBloomberg | Jornalista forçada a sair de Hong Kong Uma jornalista que trabalha em Hong Kong para a agência norte-americana de notícias Bloomberg News anunciou sábado que terá de deixar o território chinês, depois das autoridades terem recusado renovar o seu visto. “Ao fim de seis anos a cobrir Hong Kong, e grávida de oito meses, estou muito triste por deixar os meus colegas, os meus amigos e o lugar que considerava o meu lar”, escreveu Rebecca Choong Wilkins, responsável pela cobertura da política e economia asiáticas na agência de notícias especializada em economia. Contactados pela AFP, os serviços de imigração de Hong Kong responderam que não comentam casos individuais, acrescentando que “agem em conformidade com as leis e políticas em vigor”. A Bloomberg, através de um porta-voz, declarou não querer “comentar em detalhe a situação”, garantindo, no entanto, “apoiar totalmente” a jornalista e estar a “trabalhar pelas vias adequadas para tentar resolver o problema”. O clube da imprensa estrangeira de Hong Kong denunciou o que considerou uma decisão injustificada das autoridades, que, segundo a organização, “reforça as preocupações generalizadas sobre a erosão da liberdade de imprensa” na antiga colónia britânica.
Hoje Macau China / ÁsiaTerras raras | Pequim reforça controlo da produção e exportação O Governo indicou novas regras para a extracção, fundição e separação de terras raras com vista a garantir a correcta utilização dos minerais preciosos A China, principal fornecedora mundial de terras raras, emitiu um conjunto de normas “provisórias” para reforçar o controlo sobre a sua extracção, fundição e separação, num contexto de tensões pelo fornecimento dos minerais estratégicos, informou a agência Xinhua. As regulamentações, divulgadas na última sexta-feira, foram impulsionadas em conjunto pelo ministério chinês da Indústria e Tecnologia da Informação, pela Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma e pelo Ministério de Recursos Naturais, especificou a agência oficial. Ao abrigo do novo quadro normativo, as autoridades fixarão “quotas anuais” para a extracção, fundição e separação de terras raras, que serão posteriormente atribuídas às empresas correspondentes, tendo em conta factores como o “desenvolvimento económico”, reservas nacionais destes minerais e a “procura do mercado”. As empresas deverão realizar as actividades de extracção, fundição e separação “dentro dos limites das quotas aprovadas” e “cumprir rigorosamente” as leis e regulamentos administrativos, indicou a Xinhua. As novas regras também estabelecem que os produtores de terras raras devem manter “registos precisos” dos fluxos de produtos e carregar os dados num sistema de informação de rastreamento desses minerais. Em declarações recolhidas pelo jornal Global Times, Zhou Mi, investigador principal da Academia Chinesa de Comércio Internacional e Cooperação Económica, assinalou que o sistema de rastreamento garante que os recursos “não sejam utilizados em áreas que possam ameaçar a segurança nacional”. “Por outras palavras, enquanto o seu uso for seguro e cumprir as normas, a exportação e o comércio de produtos de terras raras não serão prejudicados”, afirmou o especialista. Rica natureza Os elementos raros são um conjunto de dezassete elementos químicos que geralmente se encontram unidos na natureza: o escândio, o ítrio e os quinze elementos do grupo dos lantânidos (lantânio, cério, praseodímio, neodímio, promécio, samário, európio, gadolínio, térbio, disprósio, hólmio, érbio, túlio, itérbio e lutécio). Estes recursos, presentes em produtos como ‘chips’ de inteligência artificial, veículos eléctricos ou mísseis teleguiados, estão no centro da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, cujo governo intensificou as restrições à exportação em Abril, alegando motivos de segurança nacional. O gigante asiático possui 49 por cento das terras raras do planeta — cerca de 44 milhões de toneladas — e controla mais de 70 por cento da produção mundial, sobretudo através da exploração de jazidas importantes em Myanmar (antiga Birmânia) e quase 90 por cento do seu processamento.
Hoje Macau EventosOrquestra chinesa | Nova temporada abre com “Brilho do Oriente” A Orquestra Chinesa de Macau está prestes a começar uma nova temporada de espectáculos e é nesse contexto que o espectáculo “Brilho do Oriente” acontece este sábado, dia 30, marcando o arranque de uma nova temporada de sonoridades diversas e música internacional. Destaque para a estreia da suíte sinfónica da música tradicional chinesa que tem o mesmo nome do concerto Já é conhecido o primeiro espectáculo que dá o mote a uma nova temporada protagonizada pela Orquestra Chinesa de Macau (OCM) e demais convidados para 2025/2026. Trata-se de “Brilho do Oriente”, nome da Suíte Sinfónica de Música Tradicional Chinesa que fará a sua estreia neste espectáculo que acontece sábado, dia 30, no grande auditório do Centro Cultural de Macau (CCM), a partir das 20h. Esta “Suíte Sinfónica” foi composta por conjunto por compositores da China, Japão e Coreia do Sul, numa criação que, segundo o Instituto Cultural (IC), celebra “a integração cultural e a sinergia artística dos três países no âmbito do programa da ‘Cidade de Cultura da Ásia Oriental 2025′”. O espectáculo conta com Zhang Lie como director musical e maestro principal, seguindo-se, além de “Brilho do Oriente”, uma “selecção de obras encomendadas e peças clássicas de inspiração regional”. Coube à OCM convidar “o conceituado compositor chinês Zhao Lin, o jovem compositor Luo Maishuo, o mestre de música japonês Kaoru Wada e o compositor coreano de música tradicional Park Bum-hoon para colaborarem na criação da Suíte Sinfónica de Música Tradicional Chinesa” que dá nome ao espectáculo. O público poderá ver uma interpretação por 12 músicos dos três países, “que irão tocar instrumentos musicais tradicionais como o pipa e o zhongruan chineses, o shakuhachi e o shamisen japoneses, e o haegeum e o gayageum coreanos, revelando de forma vívida as características étnicas e a essência musical das três culturas, prometendo uma actuação única e envolvente”, descreve o IC. Mais uma encomenda Além das sonoridades acima mencionadas, o público pode também contar com uma interpretação, por parte da OCM, da composição “Noite de Macau”, uma obra encomendada ao compositor galardoado com a Medalha Cultural de Singapura, Eric Watson, bem como outras peças regionais de destaque, com vista a partilhar com o público a vibrante identidade cultural de Macau através da música. Os bilhetes já estão à venda para este espectáculo, variando os preços entre 120 e 380 patacas. A OCM tem diversos músicos que dominam a arte de alguns instrumentos musicais tradicionais chineses, como é o caso do Erhu, Gaohu ou Zhonghu. O director musical e maestro principal, Zhang Lie, desempenha os mesmos papéis na Orquestra Chinesa de Nanjing e na Orquestra Chinesa de Henan. É um renomado maestro chinês, vice-presidente do Comité Profissional de Regência da China e maestro de nível nacional, tendo sido reconhecido como “Artista de Destaque” pelo Ministério da Cultura da China. Anteriormente, foi maestro permanente da Orquestra Sinfónica da Rádio e do Filme da China e da Orquestra Nacional da Rádio, além de Director Musical e Maestro Principal da Orquestra Nacional de Zhejiang, Orquestra Chinesa de Guangdong e Orquestra Nacional da Rádio e da Televisão de Shaanxi.
Hoje Macau SociedadeComércio | Vendas com quebra anual 11,4% no primeiro semestre Na primeira metade deste ano, o índice médio do volume de vendas dos estabelecimentos do comércio a retalho registou uma queda homóloga de 11,4 por cento, revelou na sexta-feira a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Neste capítulo, o sector da joalharia e relojoaria registou uma descida do volume de vendas de 26,5 por cento, enquanto as farmácias e o comércio de automóveis aumentaram as vendas 4,9 e 3 por cento, respectivamente. A DSEC indica também que no primeiro semestre deste ano o volume de negócios do comércio a retalho fixou-se em 33,55 mil milhões de patacas, menos 9 por cento em relação ao último semestre de 2024. Em termos trimestrais, o volume de negócios do comércio a retalho “cifrou-se em 15,97 mil milhões de patacas, decrescendo 1,4 por cento, em termos anuais, este decréscimo estreitou-se significativamente face ao do primeiro trimestre do corrente ano (-15 por cento)”. A DSEC destaca que o volume de negócios de artigos de couro e o de produtos cosméticos e de higiene baixaram 15,8 e 14,3 por cento, respectivamente, porém, o de farmácias subiu 4,5 por cento, e a venda de automóveis cresceu 3,6 por cento. Depois de eliminados os factores que influenciam os preços, o índice do volume de vendas dos estabelecimentos do comércio a retalho registou no trimestre de referência uma diminuição homóloga de 2,4 por cento.
Hoje Macau PolíticaEconomia | Associação Económica elogia Governo Após o anúncio de que o Governo iria lançar mais uma ronda do Grande Prémio do Consumo, para impulsionar os negócios do comércio e restauração, o vice-presidente da Associação Económica de Macau, Chang Chak Io, elogiou a medida enquanto resposta eficaz a curto-prazo para incentivar o consumo. Mas o louvor do responsável ao Executivo em políticas económicas não se ficou pela nova edição do Grande Prémio do Consumo. Em declarações ao jornal Ou Mun, Chang Chak Io destacou as medidas de longo prazo para melhorar o ambiente negocial, como o lançamento do plano das lojas com características próprias e os serviços de consultoria profissional para apoiar as pequenas e médias empresas (PME) a transformar os seus negócios, mudando de ramo e explorando novos mercados. O dirigente realçou também o apoio à digitalização de (PME), encorajando os comerciantes a recorrerem às redes sociais e ao marketing online, atraindo o consumo das novas gerações. Quanto ao desempenho económico na segunda metade deste ano, Chang Chak Io está optimista não só devido ao Grande Prémio do Consumo, do início de Setembro até ao fim de Novembro, mas devido aos vários eventos que se avizinham, como o concurso internacional de fogo-de-artifício, o aniversário da implantação da República Popular da China e os Jogos Nacionais.
Hoje Macau SociedadePandas | IAM assina acordo com Ocean Park de HK O Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) assinou um memorando de cooperação com o Ocean Park de Hong Kong “com vista a reforçar ainda mais a relação de cooperação relativa aos pandas gigantes e aos trabalhos de conservação da vida selvagem dos dois territórios”, destaca uma nota oficial. Este acordo foi assinado no âmbito de uma visita realizada ontem pelos responsáveis do Ocean Park ao IAM. Pretende-se, desta forma, “elevar a qualidade dos cuidados prestados aos pandas gigantes, promover a conservação dos animais selvagens e reforçar a consciência pública sobre a conservação da natureza”. Haverá “intercâmbio e formação de pessoal e partilha de conhecimentos médicos e experiências de enfermagem sobre animais selvagens, construindo-se uma plataforma de cooperação técnica”, destaca a mesma nota.
Hoje Macau China / ÁsiaPresidente sul-coreano revela plano para desnuclearizar Coreia do Norte O Presidente sul-coreano, Lee Jae-myung, apresentou ontem um plano de três fases para a desnuclearização da Coreia do Norte, poucos dias antes das cimeiras com os líderes norte-americano e japonês. “A direcção política é a desnuclearização da península coreana. A fase 1 é o congelamento do programa nuclear e de mísseis de Pyongyang, a fase 2 é a redução [dessas armas] e a fase 3 a desnuclearização”, disse Lee numa entrevista ao diário japonês Yomiuri, distribuída à imprensa pelo gabinete presidencial sul-coreano. O dirigente afirmou que, a fim de criar as condições necessárias, Seul vai trabalhar em estreita colaboração com Washington, promovendo o diálogo intercoreano. As declarações foram feitas antes da visita de Lee ao Japão, para se encontrar com o primeiro-ministro nipónico, Shigeru Ishiba, no sábado e no domingo, e da reunião bilateral com o Presidente dos EUA, Donald Trump, na segunda-feira, em Washington. A paz e a estabilidade na península coreana são essenciais não só para a Coreia do Sul, mas também para o Japão, a China e a Rússia, sublinhou ainda Lee. A possibilidade de uma cooperação multinacional para a abertura da rota do Ártico, que poderia envolver Seul, Washington, Moscovo, Tóquio e Pyongyang, foi também mencionada pelo novo Presidente sul-coreano. Críticas do Norte As observações surgem um dia depois de Kim Yo-jong, influente irmã do líder norte-coreano, ter acusado directamente Lee de promover um “sonho absurdo” de reconciliação intercoreana, sublinhando que Pyongyang não tem qualquer intenção de melhorar os laços com Seul. O Governo sul-coreano expressou, em resposta, “profundo pesar”, considerando as observações uma deturpação dos esforços sinceros para restaurar a confiança entre os dois lados. Desde a tomada de posse em Junho, o Governo de Lee tem tentado aliviar a tensão entre os dois países, nomeadamente com o desmantelamento dos altifalantes fronteiriços e a suspensão das emissões de propaganda. Apesar das críticas norte-coreanas, o facto de Kim ter mencionado diretamente Lee e os ministros sul-coreanos nas últimas declarações pode reflectir a atenção com que encara as medidas tomadas pelo novo Governo sul-coreano, indicou à agência de notícias Efe a especialista do Centro Europeu de Estudos Norte-Coreanos Gabriela Bernal.
Hoje Macau China / ÁsiaTailândia | PM suspensa apresenta defesa perante tribunal A gravação de uma chamada telefónica entre a primeira-ministra tailandesa e um poderoso político cambojano comprometeu Paetongtarn Shinawatra, acusada de falta de ética grave A primeira-ministra da Tailândia, Paetongtarn Shinawatra, que se encontra suspensa de funções devido à divulgação de um áudio no qual supostamente questionava o Exército, compareceu ontem perante o Tribunal Constitucional para apresentar a sua defesa. Paetongtarn, que ontem completou 39 anos e assumiu o cargo há pouco mais de um ano, compareceu perante o tribunal, no norte de Banguecoque, para apresentar testemunho devido à divulgação de uma gravação de um telefonema em 18 de Junho entre ela e o influente político cambojano Hun Sen, que publicou o áudio na rede social Facebook. Durante a audiência de ontem, estava também previsto o depoimento do secretário-geral do Conselho de Segurança Nacional, Chatchai Bangchuad. No áudio de cerca de 17 minutos, a primeira-ministra referiu-se a Hun Sen como “tio”, em sinal de respeito, e classificou como “opositor” o tenente-general Boonsin Phadklang, que dirige um comando militar tailandês, posicionado na fronteira com o Camboja. Paetongtarn, que admitiu que a voz reproduzida no Facebook é a sua, pediu desculpa publicamente pelo áudio, e explicou que, com o que disse, tentava diminuir a tensão na fronteira entre os dois países, que havia aumentado desde o final de Março, após um breve confronto entre os exércitos, no qual um soldado cambojano morreu. Demissões e suspensões O conteúdo do diálogo levou o segundo partido com maior representação na coligação governamental, o conservador Bhumjaithai, a abandonar o Executivo, e um grupo de senadores a solicitar ao Tribunal Constitucional que analisasse se a governante tinha cometido uma “falta ética grave” ao questionar o comando militar. Em 01 de Julho, os juízes do Tribunal Constitucional decidiram suspender temporariamente a primeira-ministra do exercício de funções enquanto analisavam o caso, que pode resultar na destituição, uma decisão que está prevista para sexta-feira da próxima semana. Após semanas de tensão entre os dois países, em 24 de Julho eclodiu um confronto armado entre os exércitos da Tailândia e do Camboja em vários pontos da fronteira, que durou cinco dias e custou a vida a, pelo menos, 44 pessoas. A audiência de Paetongtarn ocorre um dia antes do seu pai, o ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, comparecer perante outro tribunal em Banguecoque para conhecer a decisão de um caso em que é arguido por suposto crime de lesa-majestade, punível com até 15 anos de prisão.
Hoje Macau China / ÁsiaXi pede unidade no Tibete após Dalai Lama anunciar que vai nomear sucessor O Presidente chinês pediu unidade em Lhasa, capital do Tibete, onde se assinalou o 60.º aniversário da criação desta região autónoma, seis anos após o Dalai Lama exilar-se na Índia, na sequência de uma revolta falhada. A invulgar visita de Xi Jinping ao Tibete é marcada por simbolismo político, ao ocorrer após o 14.º Dalai Lama ter reafirmado que só a Fundação Gaden Phodrang, por ele fundada, tem autoridade para reconhecer a futura reencarnação do líder espiritual. Pequim, por seu lado, insiste que o sucessor do Dalai Lama “deve ser procurado no interior da China e receber a aprovação do Governo central”. Xi exortou na quarta-feira as autoridades da região a construírem um Tibete “unido, próspero, civilizado, harmonioso e belo”, de acordo com a agência de notícias estatal Xinhua. Sem mencionar directamente o Dalai Lama, Xi acrescentou que “a estabilidade deve ser garantida” e “o budismo tibetano deve ser orientado na sua adaptação à sociedade socialista”, sublinhando “a importância de manter a liderança do Partido Comunista Chinês [PCC]” na região. Entretanto, o principal conselheiro político da China, Wang Huning, sublinhou ontem, numa cerimónia comemorativa, com a presença de Xi, que o Tibete entrou no “melhor período de desenvolvimento”. O responsável sublinhou os “importantes projectos e políticas nacionais que transformaram a região”, conduzindo a “uma melhoria dos padrões de vida e a um Tibete socialista vibrante e moderno”. “Isto demonstra plenamente a forte liderança do PCC e as importantes vantagens políticas do nosso sistema socialista”, acrescentou. De visita Xi chegou ao Tibete na quarta-feira, na segunda visita como chefe de Estado, para participar nos eventos comemorativos. Imagens transmitidas hoje pela emissora estatal CCTV mostravam dezenas de pessoas na praça do Palácio de Potala a erguer uma gigante bandeira chinesa, bem como a insígnia do PCC e retratos de Xi. A primeira visita de Xi Jinping ao Tibete como Presidente ocorreu em 2021, por ocasião do 70.º aniversário da chamada “libertação pacífica” de Pequim, quando, após a entrada das tropas comunistas, foi assinado o Acordo dos 17 pontos, selando a incorporação da região na República Popular da China. O aniversário que agora se celebra comemora a criação da região autónoma do Tibete, em 1965. A chegada de Xi coincide com uma visita, esta semana, do ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, a Nova Deli, onde as duas partes se comprometeram a melhorar as relações após os confrontos fronteiriços de 2020.
Hoje Macau China / ÁsiaChina / Paquistão | Reforçados planos sobre criação de corredor económico Os líderes da diplomacia chinesa e paquistanesa encontraram-se no âmbito do “Diálogo Estratégico de Islamabade” para acertarem agulhas sobre a segurança regional e global Os ministros dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, e do Paquistão, Ishaq Dar, discutiram ontem as relações económicas bilaterais e a coordenação de políticas que envolvem o Afeganistão. Tratou-se da sexta ronda dos contactos sob o formato conhecido como “Diálogo Estratégico de Islamabade”, que se concentrou sobretudo no estabelecimento da segunda fase do Corredor Económico China-Paquistão (CPEC, na sigla em inglês). O Ministério dos Negócios Estrangeiros paquistanês anunciou que as duas partes abordaram as relações entre o Paquistão e a República Popular da China e discutiram questões regionais e globais, de acordo com um comunicado divulgado no final do encontro. Uma das questões considerada como essencial para a relação bilateral é a segurança dos investimentos e dos cidadãos de origem chinesa no Paquistão. Para os diplomatas, a segurança é “um desafio” à viabilidade do corredor económico entre os dois países. Nos últimos anos, profissionais e comboios chineses têm sido alvo de ataques por parte de grupos separatistas e combatentes extremistas, como o Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP), que acusa Pequim de explorar os recursos locais. Afegãos na mesa Esta reunião ocorreu um dia depois de os dois ministros dos Negócios Estrangeiros terem realizado uma cimeira trilateral em Cabul, com o regime talibã, durante a qual concordaram em “reforçar os esforços conjuntos contra o terrorismo”. Pequim e Islamabade reafirmaram também o compromisso sobre o alargamento do corredor económico ao Afeganistão. A diplomacia paquistanesa salientou que os dois ministros concordaram que a “amizade entre o Paquistão e a República Popular da China é significativa para a manutenção da paz e da estabilidade” na região. A reunião serviu também para preparar a visita prevista do primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, a Pequim, no final do mês, para participar na cimeira da Organização de Cooperação de Xangai. Paralelamente à cimeira de Xangai, Sharif tem agendadas reuniões bilaterais com os Presidentes chinês, Xi Jinping, e russo, Vladimir Putin.
Hoje Macau EventosGalaxy volta a acolher a segunda edição do festival de curtas-metragens Decorre entre os dias 14 e 21 de Setembro a segunda edição do Festival Internacional de Curtas-Metragens de Macau do Galaxy Entertainment Group, numa organização conjunta entre esta operadora de jogo e o Instituto Cultural (IC). Além da exibição de diversos filmes, realizam-se ainda workshops, uma conferência sobre a indústria do cinema, masterclasses e entrega de prémios para as melhores curtas-metragens. Segundo uma nota do IC, o festival “visa promover a produção cinematográfica e televisiva de Macau, fomentar a diversificação industrial e reforçar o intercâmbio e a cooperação entre os sectores cinematográficos e televisivos locais e internacionais”. O festival inclui cinco secções, nomeadamente “Curtas de Macau”, “Novas Vozes do Horizonte”, “Realizador em Destaque”, “Panorama do Leste Asiático” e “Sessões Especiais”, com exibições em locais como a Cinemateca Paixão e os Cinemas Galaxy. O festival encerra a 20 de Setembro, com uma cerimónia no Auditório Galaxy do Centro Internacional de Convenções Galaxy. Aí serão entregues prémios aos realizadores com os melhores trabalhos. Para a secção “Curtas de Macau” serão entregues o “Prémio de Unidade de Macau” e “Menção Especial do Júri”; para a secção “Novas Vozes do Horizonte” serão atribuídos os prémios de “Melhor Curta-Metragem”, “Menção Especial do Júri”, “Melhor Realizador” e “Prémio da Narrativa Inovadora”. Foi ainda criado o “Prémio Leste Asiático do Amanhã”, a fim de distinguir obras de destaque da Ásia Oriental. Dez obras locais Na secção “Curtas de Macau”, que revela ao público “a paisagem cultural única e a perspectiva inovadora” dos realizadores locais, apresentam-se dez obras cinematográficas, entre as quais “Chuff Chuff Chuff”, de Chao Koi Wang; “Cockroach Family”, de Ho Cheok Pan; “Fox Box”, de Ao Ka Meng; “Girl with Amen”, de Teng Kun Hou; “Granny Pirate 3: Typhoon Again”, de Ho Wai Tong; “Hand Hand”, de Jarvis Xin; “Nuptial Flight”, de Chan Chon Sin; “Purple”, de Ho Kueng Un; “The Performance”, de Keo Lou, e “Waves Under the Sea”, de Chan Si Ieong. Em “Novas Vozes do Horizonte” apresentam-se “mais de 20 produções inovadoras de realizadores emergentes de todo o mundo, incluindo o Interior da China, Ásia Oriental, Sudeste Asiático, Europa e América”. Apresentam-se, assim, “as perspectivas da nova geração de cineastas”, e proporciona-se uma reflexão sobre “a diversidade e a riqueza das narrativas cinematográficas em todo o mundo”. Na secção “Realizador em Destaque”, serão exibidas curtas e longas-metragens de realizadores de renome, “destacando-se as significativas contribuições para as artes cinematográficas nos seus respectivos campos”. Este ano, o realizador em destaque será o japonês Nobuhiro Yamashita, “conhecido pelo seu estilo discreto e narrativa cheia de nuances”. Trata-se, segundo o IC, de um realizador que “capta a sagacidade da juventude e da vida quotidiana, ao mesmo tempo que se aprofunda na psicologia das personagens”, realizando “obras que exploram a sociedade e a cultura japonesas com uma mistura de realismo e humor”. Por sua vez, na secção “Panorama do Leste Asiático” apresentam-se dez filmes “cuidadosamente seleccionados e ricos em características” do continente asiático.