Hoje Macau China / ÁsiaCitigroup | Despedidos 3.500 funcionários na China O banco norte-americano Citigroup despediu cerca de 3.500 colaboradores da divisão de tecnologia na China continental, no âmbito de uma estratégia global de redução de custos e reestruturação operacional, informou ontem o jornal Financial Times. Os cortes afectam uma divisão sediada nas cidades de Xangai e Dalian, responsável pela prestação de serviços informáticos a operações do Citigroup em mais de 20 países. Segundo informou o banco, alguns dos postos de trabalho serão relocalizados para outros países, “para ficarem mais próximos dos negócios e produtos que apoiam”, sem, no entanto, revelar números ou destinos concretos. A instituição financeira indicou ainda que o processo deverá estar concluído “no início do quarto trimestre”. “Apesar de ainda haver trabalho a fazer, muitos dos nossos esforços permitiram melhorar a eficiência da nossa forma de operar, da nossa força de trabalho e da presença global em termos de infraestruturas”, afirmou Marc Luet, responsável do Citi para o Japão, norte da Ásia e Austrália, citado pelo Financial Times. O banco, que mantém presença na China continental desde 1902, garantiu que a decisão não terá impacto nas operações bancárias da sua subsidiária chinesa, com sede em Xangai, nem na equipa tecnológica baseada em Cantão, que continua a prestar serviços à China continental e a Hong Kong. Terceiro maior banco dos Estados Unidos em termos de activos, o Citigroup tem procurado resolver desafios operacionais e de rentabilidade persistentes através de uma reestruturação profunda, que incluiu o despedimento de milhares de trabalhadores e uma simplificação da estrutura de gestão. Este corte representa um dos maiores despedimentos registados entre grupos financeiros estrangeiros na China nos últimos anos, e reflecte uma tendência crescente de redução de quadros na área tecnológica.
Hoje Macau China / ÁsiaMar do Japão | Seul resgata quatro norte-coreanos em barco à deriva A Coreia do Sul anunciou ontem ter resgatado quatro norte-coreanos cujo barco estava alegadamente à deriva em águas territoriais no mar do Japão. A Marinha sul-coreana “detectou um pequeno barco de madeira norte-coreano a cerca de 100 quilómetros da costa de Goseong”, na costa leste da Coreia do Sul, disse um porta-voz militar. De acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap, os resgatados tinham aparentemente atravessado a fronteira marítima acidentalmente e pediram para ser devolvidos à Coreia do Norte. Os quatro foram entregues “às autoridades [sul-coreanas] competentes”, disseram os militares, acrescentando que o incidente aconteceu em maio. Os desertores norte-coreanos são normalmente sujeitos a interrogatórios pelos serviços de segurança sul-coreanos. “Se desejarem regressar à Coreia do Norte, garantiremos o repatriamento rápido e seguro por razões humanitárias”, garantiu o Ministério da Unificação da Coreia do Sul. Seul afirmou que ainda aguarda uma resposta de Pyongyang sobre o repatriamento de dois norte-coreanos encontrados em circunstâncias semelhantes há três meses no mar Amarelo, localizado entre a China, a Coreia do Norte e a Coreia do Sul. No discurso de posse, na quarta-feira, o novo Presidente de centro-esquerda da Coreia do Sul, Lee Jae-myung, disse que queria aproximar-se da Coreia do Norte, num discurso que contrasta com a linha dura do antecessor deposto Yoon Suk-yeol.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Nomeado primeiro juiz estrangeiro em um ano O parlamento de Hong Kong aprovou a primeira nomeação de um juiz estrangeiro para o tribunal superior da região semiautónoma chinesa no espaço de um ano, após uma série de demissões. O Conselho Legislativo do território votou na quarta-feira a favor de uma proposta do Governo para nomear William Young para o Tribunal de Última Instância de Hong Kong, para um mandato de três anos, que deverá começar ainda em Junho. O número dois do executivo de Hong Kong, o secretário-chefe Eric Chan Kwok-ki, sublinhou aos deputados que o juiz liderou uma comissão de inquérito ao ataque de Março de 2019 contra duas mesquitas em Christchurch. Em Agosto de 2020, um supremacista branco foi condenado a pena perpétua sem direito a liberdade condicional – a primeira sentença deste tipo na Nova Zelândia – por ter morto 51 muçulmanos. A nomeação de juízes de outras jurisdições que partilham o sistema conhecido como ‘Common Law’ (direito comum) herdado do Reino Unido “contribuiu para a manutenção de um elevado nível de confiança no sistema judicial” de Hong Kong, defendeu Eric Chan. O secretário-chefe disse ainda que a vinda de juízes estrangeiros “demonstra que a Lei Básica [a ‘mini-constituição’ de Hong Kong] garante o exercício independente do poder judicial”. Volta ao mundo Depois de se reformar do Supremo Tribunal da Nova Zelândia, em 2022, William Young, de 73 anos, serviu como juiz nos tribunais superiores das Seychelles, de Samoa e das ilhas Fiji. Em Julho de 2022, o neozelandês foi nomeado para os Tribunais do Centro Financeiro Internacional do Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, mas demitiu-se menos de um mês depois. Na altura, Young deu como razão o risco de “percepções adversas”, após a organização de defesa dos direitos humanos Amnistia Internacional ter acusado o país de nomear juízes estrangeiros para tentar legitimar o regime político. Cinco juízes estrangeiros não permanentes (dois do Reino Unido e três da Austrália) desempenham actualmente funções no tribunal superior de Hong Kong, que conta também com o lusodescendente Roberto Ribeiro. Vários magistrados estrangeiros, incluindo do Reino Unido e do Canadá, abandonaram o Tribunal de Última Instância do território nos últimos 12 meses.
Hoje Macau EventosAlliance Française | Apresentado hoje documentário sobre Maria Callas É hoje que o público pode recordar uma das grandes vozes do nosso tempo, Maria Callas, e também saber mais sobre a sua vida. Isto porque a Alliance Française de Macau acolhe a exibição do documentário “Callas – Paris, 1958”, do realizador francês Tom Volf. A exibição dá-se no contexto do festival French May, em parceria com Hong Kong A Alliance Française de Macau, em colaboração com a Alliance Française de Hong Kong e com o French May Arts Fest, apresenta hoje em Macau o filme documentário “Callas – Paris, 1958”, da autoria de Tom Volf, datado de 2023. A exibição acontece a partir das 19h30 na sala 4 do Cinema do Studio City, integrando-se na secção “French May Cinema Programme” do festival French May. Segundo uma nota de imprensa da organização, “a exibição será precedida de uma apresentação por Michel Reis, melómano, autor e apresentador do programa de música clássica da Rádio Macau, ‘Scherzo’, e por Peter Gordon, que vive em Hong Kong desde 1985 e trabalha com as principais companhias de ópera de Hong Kong e Guangdong”. O filme documenta a estreia de “uma das maiores lendas da ópera, a diva por excelência, sensação mediática e rosto da ópera do século XX, a extremamente rara soprano ‘assoluto'” Maria Callas, em França. Este foi o concerto em que Maria Callas foi acompanhada pela Orchestre de l’Opéra Nationale de Paris e Choeurs, sob a direcção do maestro Georges Sébastian, “um espectáculo que se tornou uma verdadeira lenda”. Tratou-se, segundo a mesma nota, de um espectáculo que integrou uma gala da caridade a favor das obras da “Légion d’Honneur”, tendo sido transmitido em directo pela televisão francesa e pelas televisões de outros países europeus, através da Eurovisão, o que era bastante raro na época. Anunciado pela imprensa como “Le plus grand spectacle du monde” [O maior espectáculo do mundo], “o concerto foi realmente excepcional”. Encomenda de celebração O filme foi encomendado pela Fondation Callas, através do Fundo de Doações Maria Callas, criado pelo próprio Volf, para a celebração do centenário do nascimento da célebre soprano greco-americana, que se assinalou no dia 2 de Dezembro de 2023. A Fundação foi criada em Paris em 2017 pelo mundialmente conhecido maestro Georges Prêtre, que desenvolveu uma relação de trabalho muito próxima com a cantora, que dirigiu por diversas vezes. Este documentário demorou seis anos a ser concluído e dois anos a colorir. Volf foi também autor do documentário aclamado pela crítica “Maria by Callas”, lançado em 2017 em mais de 40 países, e que ganhou prémios em festivais de cinema na Europa e nos EUA. Lançou ainda três livros sobre a cantora: “Maria by Callas”, “Callas Confidential” e “Maria Callas: Memoirs & Letters”. No espectáculo escolhido para este documentário, Maria Callas surgiu “com a sua indumentária de alta costura mais elegante e jóias no valor de mais de um milhão de dólares americanos”, sendo que o repertório escolhido “mostrou Callas no seu auge, tanto em recital como como actriz”. “É de salientar que tinha cantado ‘Violetta’ numa produção de ‘La Traviata’ em Lisboa no início desse ano de 1958, no famoso Teatro Nacional de São Carlos, considerada a sua melhor Violetta das mais de 60 que interpretou”, lê-se ainda. Os comentários do famoso actor e animador Pierre Tchernia, conhecido como “Magic Tchernia”, foram complementados pelos de Pierre Dumayet, durante os intervalos, tanto nos bastidores durante as mudanças de cenário como na plateia, que conduziu inúmeras entrevistas com figuras como Jean Cocteau, Patachou, Brigitte Bardot, Gilbert Bécaud, Zizi Jeanmaire e Roland Petit, além de de Begum Aga Khan, um programa dirigido por Roger Benarmou intitulado “La grande nuit de l’opéra” [A grande noite da ópera] , sob a tutela do Institut national de l’audiovisuel (INA). As filmagens originais do concerto foram restauradas para os modernos ecrãs de grandes dimensões pelo produtor e especialista em colorização e restauro de filmes e imagens de arquivo, Samuel François-Steininger, a partir de bobinas originais de 16 milímetros, que, juntamente com as fitas matriz, foram recentemente descobertas no próprio arquivo de gravações de Callas em Atenas. O documentário exibido sexta-feira foi produzido em francês com legendas em inglês e “mostra a icónica cantora de ópera no auge da sua fama, preservando a sua voz em todas as suas cores e amplitude para a posteridade”. “Na actuação, os elementos visuais são tão importantes como as dimensões vocais na sua arte. Apresentado a cores, resolução 4K e som surround Dolby Atmos, o trabalho meticuloso de Tom Volf proporcionou ao público uma imersão moderna nesta actuação histórica”, lê-se na mesma nota.
Hoje Macau China / ÁsiaEducação | China pede aos EUA para não politizarem intercâmbios A China criticou ontem as novas restrições impostas pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, à entrada de cidadãos estrangeiros, incluindo as que afectam a Universidade de Harvard, e apelou a Washington para que deixe de politizar a cooperação educacional. “A cooperação educacional entre a China e os EUA é mutuamente benéfica. A China sempre se opôs à politização nesta área”, disse ontem o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros Lin Jian, em conferência de imprensa. Lin respondia à ordem assinada por Trump que suspende por seis meses a entrada de novos estudantes internacionais em Harvard, sob acusações de “radicalismo” e “ligações estrangeiras preocupantes” por parte do centro académico. Pequim advertiu que esta medida vai “prejudicar a imagem e a credibilidade internacional” dos EUA e garantiu que vai defender os direitos legítimos dos seus estudantes e académicos no estrangeiro. Harvard, uma das universidades mais prestigiadas do mundo, acolhe actualmente 10.158 estudantes internacionais de 150 países, incluindo 2.126 da China, segundo dados relativos ao ano letivo 2024/2025 publicados no portal do gabinete internacional da instituição. O porta-voz também reagiu à nova proibição de viajar para os Estados Unidos para cidadãos de 12 países, incluindo Irão, Haiti, Guiné Equatorial, Somália e Iémen, e às restrições impostas a cidadãos de outros sete, como Cuba e Venezuela. “Os intercâmbios interpessoais são a base fundamental para promover a compreensão e a cooperação entre os países. Esperamos que todas as partes criem condições propícias para o efeito, em vez de erguerem barreiras”, afirmou Lin.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Pequim oferece recompensas pela captura de piratas informáticos O Gabinete de Segurança Pública da cidade chinesa de Cantão vai oferecer recompensas a quem ajudar a capturar mais de 20 indivíduos ligados a Taiwan acusados de terem realizado ciberataques contra uma empresa tecnológica chinesa. Esta é a primeira vez que as autoridades de segurança pública chinesas tomam esta medida para “combater as forças separatistas de Taiwan”, segundo o jornal oficial Global Times. É também “a primeira acção coordenada de repressão das actividades criminosas organizadas pelo Comando da Força de Informação, Comunicações e Electrónica de Taiwan”, acrescentou. Segundo o Global Times, estes “20 suspeitos da ilha de Taiwan” estiveram envolvidos em ciberataques contra uma empresa tecnológica chinesa local e estão ligados às autoridades do Partido Democrático Progressista (DPP), actualmente no poder em Taiwan. “O ciberataque foi dirigido e executado pelo Comando da Força de Informação, Comunicações e Eletrónica do DPP, que realiza múltiplas actividades ilegais”, declarou o Gabinete de Segurança Pública Municipal de Cantão, que emitiu mandados de busca para os 20 suspeitos. As autoridades chinesas acrescentaram que aqueles que fornecerem pistas válidas e ajudarem na captura dos suspeitos receberão uma recompensa de 10.000 yuan por cada um deles.
Hoje Macau China / ÁsiaAIE | Investimento de 2,9 biliões de euros em 2025 com China a liderar As previsões da Agência Internacional de Energia para 2025 indicam o reforço da liderança chinesa na revolução energética em curso com a aposta nas energias “limpas” em detrimento do investimento em combustíveis fósseis O investimento em energia deverá aumentar para 3,3 biliões de dólares (2,9 biliões de euros) em 2025, com a China a consolidar a sua posição de liderança, segundo um relatório da Agência Internacional de Energia (AIE). A análise, ontem divulgada pela agência, indica que as energias “limpas” deverão atrair duas vezes mais capital do que os combustíveis fósseis. “No meio das incertezas geopolíticas e económicas que ensombram as perspectivas do mundo da energia, vemos a segurança energética emergir como um motor fundamental do crescimento do investimento global este ano”, lê-se no relatório. “Actualmente, a China é, de longe, o maior investidor mundial em energia, gastando duas vezes mais do que a União Europeia – e quase tanto como a UE e os Estados Unidos juntos”, acrescenta a análise, salientando que, em 2015, o país asiático estava apenas à frente dos Estados Unidos neste aspecto. O investimento em energias renováveis e nucleares, armazenamento e combustíveis com baixas emissões, bem como em eficiência energética e eletrificação, deverá atingir um recorde de 2,2 biliões de dólares, segundo a AIE. “As actuais tendências de investimento mostram claramente que se aproxima uma nova era da electricidade”, sublinhou a agência. O investimento neste sector deverá ser cerca de 50 por cento superior ao montante total gasto em petróleo, gás natural e carvão. Há dez anos, o investimento em combustíveis fósseis era 30 por cento superior ao investimento na produção e nas redes de eletricidade, indicou o organismo. O petróleo, o gás natural e o carvão deverão absorver investimentos de 1,1 biliões de dólares, com forte concentração das despesas na exploração de petróleo e gás no Médio Oriente. Sobe e desce A AIE estimou que a queda dos preços e da procura de petróleo deverá conduzir ao primeiro declínio do investimento no sector desde a pandemia de covid-19, em 2020, principalmente devido a uma descida acentuada das despesas com o petróleo de xisto nos Estados Unidos. Em contrapartida, o investimento em novas instalações de gás natural liquefeito (GNL) registará um forte crescimento. “Entre 2026 e 2028, o mercado mundial de GNL deverá registar o maior crescimento de capacidade de sempre”, estimou a AIE. De acordo com a agência, o investimento mundial em energia solar deverá atingir 450 mil milhões de dólares até ao final de 2025, colocando-a em primeiro lugar, enquanto o investimento em energia nuclear deverá atingir cerca de 75 mil milhões de dólares, um aumento de 50 por cento nos últimos cinco anos. No entanto, a AIE receia que o investimento nas redes eléctricas (cabos, postes, etc.), actualmente em 400 mil milhões de dólares por ano, “não acompanhe o ritmo das despesas de produção e electrificação”, o que constitui um “sinal preocupante para a segurança da electricidade”. O investimento em redes teria de aumentar para atingir a paridade com as despesas de produção até ao início da década de 2030, mas “tal é dificultado por procedimentos de licenciamento morosos e por cadeias apertadas de abastecimento de transformadores e cabos”. Por último, o forte crescimento da procura de electricidade está também a beneficiar o carvão, principalmente na China e na Índia. Em 2024, a China lançou a construção de quase 100 gigawatts (GW) de novas centrais eléctricas alimentadas a carvão, elevando as aprovações globais para centrais deste tipo ao nível mais elevado desde 2015, salientou a AIE.
Hoje Macau SociedadeIAM | Mais de 60 produtos com facilidades de exportação Mais de 50 tipos de alimentos de Macau foram abrangidos pelo “Acordo de Cooperação no Controlo de Segurança dos Produtos Alimentares Fabricados em Macau e Exportados para o Interior da China” desde que foi assinado pelo Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) com entidades da China, em 2019. Segundo uma nota do IAM, além desses alimentos, “cerca de 10 tipos de produtos de carne foram recomendados pelo IAM à Administração Geral das Alfândegas da China para serem registados com sucesso” no país, como “produtos de pastelaria tradicionais, produtos de ninhos de andorinha prontos a comer, produtos de carne, entre outros”, ao abrigo do “Memorando sobre a inspecção sanitária e os requisitos veterinários de produtos de carne exportados por Macau para o Interior da China”, assinado em 2023. As entidades chinesas que estabeleceram a cooperação com Macau são a Administração Geral das Alfândegas da China e a Secretaria para a Administração e Justiça, criando “um modelo inovador de supervisão cooperativa”.
Hoje Macau PolíticaEleições | FAOM entrega pedido de candidatura A lista União para o Desenvolvimento, liderada pela Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), entregou na quarta-feira o pedido de reconhecimento da comissão de candidatura, com 500 assinaturas. O mandatário da lista, Kong Ioi Fai, falou das ideias preliminares do grupo para estas eleições. A equipa que concorre é composta por 12 pessoas e procura alcançar os objectivos traçados para as últimas eleições. O mandatário falou ainda da longa experiência do grupo em actos eleitorais e no acompanhamento dos problemas dos residentes, em fases tão distintas como a recessão económica sentida em Macau depois da transição, a epidemia da SARS, em 2003; a crise financeira de 2008 e os anos da covid-19. Kong Io Fai destacou objectivos essenciais como a revitalização da economia, a garantia do bem-estar da população, o desenvolvimento dos jovens, a melhoria da Administração pública e a protecção dos direitos laborais. União dos Interesses Empresariais entregou pedido de reconhecimento A lista União dos Interesses Empresariais de Macau, ligada à Associação Comercial de Macau, entregou ontem o pedido de constituição da comissão de candidatura com o apoio de 103 pessoas colectivas. Esta é uma lista vai participar nas eleições de 14 de Setembro no sufrágio indirecto e que em 2021 elegeu como deputados os empresários Kou Hoi In, José Chui Sai Peng, Ip Sio Kai e Wang Sai Man. A lista participa no sufrágio indirecto pelos sectores industrial, comercial e financeiro e desde 2021 concorreu sempre sem oposição. De acordo com o canal chinês da Rádio Macau, o mandatário da lista, o empresário Ma Iao Lai, apontou que depois do pedido de reconhecimento ser confirmado pela Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa, a lista vai realizar palestras para recolher opiniões e estudar os quatros candidatos.
Hoje Macau PolíticaEmigrantes | Associação TSP lança inquérito sobre eleições legislativas A Associação TSP – Também Somos Portugueses, baseada em Portugal, vai lançar um novo inquérito sobre os problemas registados nas últimas eleições legislativas para a Assembleia da República em Portugal, que serviram para eleger os deputados e o primeiro-ministro. Segundo uma nota da associação, a ideia é perceber “a forma como decorreram as recentes eleições legislativas portuguesas para quem vive no estrangeiro e quais são os problemas de que se queixam os emigrantes”, além de que se pretende chegar a respostas sobre a abstenção. “Para quem votou pretende-se saber se foi fácil votar, as dificuldades que tiveram e porque é que muitos não juntaram uma cópia do documento de identificação, cuja falta fez com que muitos milhares de votos fossem anulados”, lê-se no comunicado enviado às redacções. No inquérito, que está disponibilizado no portal da associação e nas redes sociais da mesma, pretende-se também perceber “as modalidades de voto preferidas pelos portugueses no estrangeiro”, seja “o voto presencial nos consulados, o voto postal ou os métodos que, apesar de ainda não estarem disponíveis em Portugal, são usados noutros países”, ou mesmo “o voto digital e voto por procuração”. O inquérito questiona ainda os principais problemas sentidos pelos portugueses que vivem no estrangeiro, tal como “o acesso aos serviços dos consulados, o ensino da língua portuguesa, o acesso à saúde em Portugal, problemas com os impostos portugueses, a reforma dos emigrantes, o regresso para Portugal, o processo de votação para as eleições portuguesas, ou outros”.
Hoje Macau PolíticaZona A | Aberto concurso público para cinco espaços comerciais O Instituto de Habitação (IH) está a realizar um concurso público para a concessão de cinco espaços comerciais no empreendimento de habitação pública na Zona A dos Novos Aterros, nomeadamente para restaurantes, uma unidade bancária ou uma farmácia, sendo que quatro espaços se situam no Edifício Tong Chong e outro no Edifício Tong Kai, ambos na Avenida do Mar de Espelho, na Zona A dos Novos Aterros. Segundo uma nota do IH, “tendo em conta que a Zona A dos Novos Aterros é uma nova zona comunitária, a fim de atrair os comerciantes, foram estabelecidas medidas preferenciais neste concurso público”, tal como a redução do preço base para as propostas a concurso, a isenção de renda nos primeiros três meses e o fornecimento de equipamentos de ar condicionado ao espaço comercial do supermercado. As candidaturas devem ser apresentadas até às 17h30 horas do dia 20 de Junho de 2025. O supermercado, por exemplo, terá uma área útil de 351,84 metros quadrados, sendo o preço base do concurso de 16 500 patacas. Para esclarecer os interessados, o IH realiza, a 2 de Julho, às 10h, uma sessão pública informativa na Delegação das Ilhas do IH, na Rua de Zhanjiang, n.os 66-68, Edifício do Lago, 1.º andar D, Taipa. O acto público de licitação verbal terá lugar no dia 8 de Julho de 2025, às 10h30 horas, na Delegação das Ilhas do IH. “Os espaços a arrendar são adjudicados aos concorrentes que ofereçam a renda de valor mais elevado”, é explicado.
Hoje Macau China / ÁsiaTarifas | Trump diz que é “extremamente difícil chegar a um acordo” com Xi Jinping O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse ontem que aprecia o homólogo chinês, mas que é “extremamente difícil chegar a um acordo” com Xi Jinping, numa altura em que os dois países travam uma guerra comercial. “Gosto do Presidente XI da China, sempre gostei e sempre gostarei, mas ele é MUITO DIFÍCIL”, afirmou o líder norte-americano, na sua rede social Truth, no dia em que as taxas alfandegárias sobre o aço e o alumínio importados pelos EUA aumentaram para 50 por cento. As declarações de Trump surgem numa altura em que a imprensa norte-americana avança com a possibilidade de os dois líderes abordarem, por telefone, um acordo final que atenue as tensões comerciais. Não ficou claro se Trump falou com Xi, entretanto. O ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, acusou na terça-feira os Estados Unidos de violarem o acordo comercial provisório alcançado em Genebra, no mês passado, ao imporem “medidas negativas”, como as últimas restrições à exportação de semicondutores ou a anulação de vistos de estudantes chineses. Wang fez aquelas afirmações durante um encontro com o novo embaixador dos Estados Unidos na China, David Perdue. “Infelizmente, os EUA introduziram recentemente uma série de medidas negativas com base em fundamentos infundados, prejudicando os direitos e interesses legítimos da China”, afirmou Wang, durante o encontro, em Pequim, de acordo com um comunicado difundido pelo Governo chinês. Wang apelou aos EUA para que “criem as condições necessárias para que as relações [bilaterais] regressem ao caminho certo”. Trump mostrou-se anteriormente confiante de que uma conversa com Xi poderá aliviar as tensões comerciais, embora não seja claro que esse telefonema esteja a ser organizado.
Hoje Macau China / ÁsiaAirbus | China negoceia compra de centenas de aviões A China está a considerar a possibilidade de encomendar centenas de aviões à construtora europeia Airbus no próximo mês, por altura do 50.º aniversário das relações oficiais entre o país e a União Europeia, avançou ontem a Bloomberg. De acordo com a agência de notícias, que cita fontes não identificadas, o negócio poderá incidir sobre cerca de 300 aviões de fuselagem larga e estreita, enquanto outra fonte avança com 500 aparelhos, o que constituiria uma das maiores compras de aviões da história e a maior para a China. Em todo o caso, estas fontes afirmam que as negociações ainda estão em aberto e que o negócio pode não se concretizar ou ser fechado numa data posterior. Até ao momento, nem a Airbus nem as autoridades chinesas responsáveis pelas negociações dos aviões emitiram qualquer confirmação oficial sobre o assunto. A França e a Alemanha, dois dos países que controlam a Airbus, poderão enviar os seus dirigentes, Emmanuel Macron e Friedrich Merz, à cimeira China – UE, que se realiza em Julho, em Pequim. Novas alianças Se o acordo for assinado nessa altura, poderá também ser interpretado como um sinal do Presidente chinês, Xi Jinping, ao seu homólogo norte-americano, Donald Trump, de que pretende estreitar os laços comerciais com a UE, numa altura em que os laços de Pequim com Washington se deterioram devido à guerra comercial entre as duas potências. No entanto, a Bloomberg aponta a principal rival da Airbus, a norte-americana Boeing, como uma das potenciais vencedoras de um hipotético acordo comercial entre Pequim e Washington. No recente pacto comercial com o Reino Unido, um dos pontos mais importantes foi precisamente a venda de aviões. Mas a Boeing está há anos em dificuldades no mercado chinês, face às tensões comerciais e às preocupações com a segurança dos seus aviões, que resultaram numa proibição de quase cinco anos do 737 Max, após dois acidentes com um total de 346 mortos na Etiópia e na Indonésia. Este facto, associado a outras proibições temporárias, como a proibição, durante um mês, entre Abril e Maio, da entrega de aviões da Boeing a empresas chinesas devido à escalada da guerra comercial entre Pequim e Washington, permitiu à Airbus ganhar vantagem na China nos últimos anos. A Boeing não recebe uma grande encomenda da China desde, pelo menos, 2017.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Homem acusado de alegada ameaça de bomba contra concerto A polícia de Hong Kong anunciou ontem ter acusado um homem de 35 anos de quatro crimes de “ameaça de bomba”, contra um concerto e contra a representação do Governo Central chinês na região semiautónoma. Num comunicado, o Departamento de Segurança Nacional da polícia de Hong Kong disse que o suspeito de 35 anos será apresentado no Tribunal de Magistrados de Kwun Tong. Na terça-feira, a polícia tinha anunciado a detenção do homem e de quatro mulheres, entre os 24 e os 38 anos, por “conspiração para cometer actividades terroristas”. De acordo com uma investigação, os cinco suspeitos terão enviado várias mensagens à polícia, através de telefone, correio electrónico e plataformas de mensagens, entre 29 de Abril e 13 de Maio. As mensagens incluíam ameaças de fazer explodir bombas colocadas em vários escritórios do Governo Central chinês em Hong Kong e no Parque Desportivo Kai Tak, referiu a polícia. A última chamada incluía uma ameaça de bomba contra um concerto marcado para 13 de Maio, disse, numa conferência de imprensa, o superintendente do Departamento de Segurança Nacional, Steve Li Kwai-wah. O Parque Desportivo Kai Tak, inaugurado em Março, integra um estádio com lugar para 50 mil espectadores, que recebeu, em 13 de Maio, um concerto dos Mayday, uma banda de Taiwan. De acordo com a imprensa local, Steve Li disse que a polícia realizou buscas ao estádio nesse mesmo dia, mas que não encontrou nada de suspeito e que o concerto decorreu com normalidade. O comunicado indica que os suspeitos terão ainda enviado “mensagens sediciosas que incitavam à independência de Taiwan e de Hong Kong”. Steve Li disse que os cinco suspeitos foram detidos na segunda-feira, na sequência de buscas efectuadas em quatro residências, durante as quais foram apreendidos telemóveis e computadores. As quatro mulheres foram libertadas sob fiança, “enquanto se aguardam novas investigações”, referiu o comunicado.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul | Xi Jinping felicita Lee Jae-myung pela vitória nas presidenciais O Presidente chinês, Xi Jinping, enviou ontem uma mensagem de felicitações ao liberal Lee Jae-myung pela vitória nas eleições presidenciais sul-coreanas e apelou à cooperação para que os dois países mantenham a “boa vizinhança e amizade”. “Nos 33 anos desde o estabelecimento das relações diplomáticas, os dois lados ultrapassaram as diferenças ideológicas e sociais, trabalharam em estreita colaboração, alcançaram êxitos e conseguiram um desenvolvimento estável e saudável das suas relações”, afirmou Xi num telegrama, citado pela agência de notícias oficial chinesa Xinhua. O líder chinês afirmou que atribui “grande importância” aos laços com Seul e disse que o país está disposto a trabalhar com a Coreia do Sul para “promover conjuntamente a parceria estratégica de cooperação” entre as duas nações, apesar de citar “a crescente incerteza na situação internacional e regional”. A China é o maior parceiro comercial da Coreia do Sul, mas, apesar dos fortes laços económicos, as relações bilaterais são marcadas por um constante braço de ferro sobre rivalidades regionais, sensibilidades históricas e interesses estratégicos contraditórios. Pequim criticou Seul por ter estreitado os laços com Washington no âmbito da estratégia de dissuasão contra a Coreia do Norte, enquanto a China se opôs nos últimos anos à imposição de novas sanções da ONU contra Pyongyang. O liberal Lee Jae-myung venceu as eleições presidenciais da Coreia do Sul na terça-feira com 49,4 por cento dos votos, contra 41,1 por cento do rival conservador Kim Moon-soo.
Hoje Macau China / ÁsiaOMC | China exige supervisão de “tarifas unilaterais” O representante do comércio chinês esteve em Paris onde discutiu com a directora-geral da OMC a grave situação internacional O ministro chinês do Comércio, Wang Wentao, instou a Organização Mundial do Comércio (OMC) a reforçar a supervisão das “tarifas unilaterais” e a apresentar propostas políticas “objectivas e neutras”, segundo um comunicado divulgado ontem. De acordo com o Ministério do Comércio chinês, Wang reuniu-se na terça-feira com a directora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala, à margem de uma reunião ministerial da organização em Paris, onde mantiveram uma “discussão aprofundada sobre a grave situação do comércio mundial”. “Em resposta à imposição arbitrária de tarifas por parte de alguns membros, a OMC deve reforçar a supervisão destas tarifas unilaterais e oferecer recomendações políticas objectivas e neutras”, afirmou o ministério, numa referência velada aos Estados Unidos. A mensagem instou ainda os países-membros da OMC a garantir que quaisquer acordos comerciais bilaterais “cumpram as regras” da organização e “evitem prejudicar os interesses de terceiros”. Wang reiterou a posição da China de defender “um sistema comercial multilateral” e afirmou que a OMC tem o seu apoio para desempenhar “um papel mais importante na governação económica global”. O ministro chinês reuniu-se ainda com o Comissário Europeu para o Comércio, Maros Sefcovic, com quem manteve discussões “profundas, francas e abrangentes” sobre “questões urgentes e importantes relacionadas com a cooperação económica e comercial entre a China e a União Europeia”. De acordo com o ministério, Wang apelou a maiores esforços para “preparar a importante agenda entre a China e a UE este ano”, que inclui uma cimeira para celebrar o 50.º aniversário das relações bilaterais. Viagem a Pequim Os presidentes da Comissão Europeia e do Conselho Europeu, Ursula von der Leyen e António Costa, respectivamente, deverão deslocar-se a Pequim na segunda metade de Julho para se reunirem com o líder chinês, Xi Jinping. Von der Leyen afirmou que a UE deve “trabalhar construtivamente com a China para encontrar soluções” ao longo deste ano, e que Bruxelas deve “manter uma relação mais equilibrada com Pequim, num espírito de justiça e reciprocidade”. A UE apelou ainda à China para evitar “uma nova escalada” na guerra comercial desencadeada pelas tarifas anunciadas pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, embora Pequim acredite que Washington não está a cumprir o acordo alcançado pelas duas potências em Genebra. Outras conversas Por seu lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, reuniu-se na terça-feira com o embaixador dos Estados Unidos na China, David Pound, a quem chamou a atenção para a introdução recente de “uma série de medidas negativas baseadas em argumentos infundados, minando os direitos e interesses legítimos da China”. “Opomo-nos firmemente a isso”, sublinhou o chefe da diplomacia chinesa. Entre as medidas referidas estão a suspensão das vendas de programas informáticos para o desenho de semicondutores, novos controlos à exportação de semicondutores vitais para a inteligência artificial e a revogação de vistos para estudantes chineses, uma medida que a China descreveu como discriminatória. Em 12 de Maio, ambas as potências acordaram uma trégua tarifária de três meses, na qual os EUA se comprometeram a reduzir as tarifas de 145 por cento para 30 por cento e a China de 125 por cento para 10 por cento, numa tentativa de abrir caminho a um acordo mais amplo.
Hoje Macau Manchete SociedadeBurlas | Mais de 1.800 detidos em operação asiática alargada Mais de 1.800 pessoas foram detidas numa operação contra redes dedicadas a burlas montadas na Ásia, envolvendo autoridades da RAEM, Hong Kong, Coreia do Sul, Tailândia, Singapura, Malásia e Maldivas. Em Macau, a Polícia Judiciária revelou a detenção de nove suspeitos, que terão desfalcado 84 vítimas em cerca de 4 milhões de patacas Uma operação, que atravessou sete jurisdições na Ásia, resultou na detenção de 1.858 pessoas ligadas a redes de fraudes e burlas. A operação, que envolveu autoridades de Hong Kong, Macau, Coreia do Sul, Tailândia, Singapura, Malásia e Maldivas, interceptou verbas com origem nos esquemas das redes no valor de 150 milhões de dólares de Hong Kong, disse o superintendente-chefe do departamento de crimes comerciais da polícia de Hong Kong, Wong Chun-yue. Em Macau, de acordo com a Polícia Judiciária (PJ), foram detidas nove pessoas, incluindo três que se fizeram passar por funcionários de atendimento ao cliente da Alipay, indicou o Macau Daily Times. O responsável do Centro de Coordenação de Combate às Burlas da PJ, Cheong Um Hong, revelou que o esquema terá começado em Abril com mais de 400 mil chamadas fraudulentas todas a partir de Macau. Localmente, 84 vítimas foram desfalcadas em cerca de 4 milhões de patacas no esquema da burla do Alipay. A operação da PJ culminou com buscas a dois locais, incluindo um quarto de hotel, onde foram encontrados 16 aparelhos que permitem ocultar a origem das chamadas. Mas, no total, a PJ investigou 78 casos que terão resultado em perdas de cerca de 12 milhões de patacas, no congelamento de oito contas bancárias e em 67 mil patacas confiscadas por suspeitas de terem sido angariadas através de crimes. Abrindo o ângulo A operação conjunta envolveu 9.268 casos de fraude, incluindo compras online, burlas telefónicas, burlas de investimento e fraudes de emprego, com um prejuízo total de 225 milhões de dólares, segundo dados avançados pela polícia de Hong Kong, citada pelo Global Times. No total, foram congeladas 32.607 contas bancárias e interceptados cerca de 20 milhões de dólares em fundos fraudulentos. Os detidos têm entre 14 e 81 anos. Em Março, um director financeiro em Singapura foi enganado através de vídeos falsos, por alguém que se fez passar pelo director executivo de uma multinacional. A vítima transferiu 499 mil dólares para Hong Kong, disse a directora assistente do comando antifraude da polícia de Singapura, Aileen Yap, acrescentando que, através da cooperação transfronteiriça, o dinheiro foi recuperado. Um relatório das Nações Unidas de Abril constatou que os grupos transnacionais de crime organizado no leste e sudeste asiático estão a espalhar operações fraudulentas por todo o mundo. De acordo com o relatório emitido pelo Gabinete das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, durante vários anos os grupos proliferaram no sudeste do continente asiático, especialmente nas fronteiras do Camboja, Laos e Myanmar, assim como nas Filipinas, transferindo operações de um local para outro, de forma a escaparem da polícia. Os centros dos esquemas montados em Myanmar, Camboja e Laos são conhecidos por atraírem pessoas para trabalhar, utilizando falsos argumentos. As vítimas de burlas e fraudes ‘online’ incluem também os trabalhadores utilizados nas operações, que enfrentam ameaças, violência e más condições de trabalho. Os funcionários são frequentemente forçados a explorar financeiramente pessoas em todo o mundo, sendo que muitos se encontram presos numa escravidão virtual.
Hoje Macau SociedadeDST | Turismo da RAEM vai a Banguecoque promover a Grande Baía Entre amanhã e domingo, o Governo da RAEM irá realizar uma “promoção de grande escala”, intitulada “Sentir Macau”, na capital da Tailândia, para dar “continuidade à ofensiva promocional nos mercados internacionais do Sudeste Asiático”. Segundo a Direcção dos Serviços de Turismo (DST), a campanha arranca hoje com um seminário preliminar para mostrar novos produtos do “turismo + convenções e exposições” de Macau, que irá contar também com uma bolsa de contactos. Entre sexta-feira e domingo, a campanha irá desenvolver no centro comercial Siam Paragon, iniciativas que vão incluir “ofertas especiais para promover viagens multi-destinos de visitantes internacionais na Grande Baía”. Os descontos incluem viagens em promoção para quem compre bilhetes de avião com um determinado cartão de crédito de um banco tailandês, com descontos em bilhetes de regresso à Tailândia em voos que partam das cidades da Grande Baía. No esforço para promover a Grande Baía, o Governo de Macau irá financiar actuações em palco de “estrelas tailandesas” e a participação de influenciadores digitais. Foram também instalados na zona comercial do centro de Banguecoque, em estações de metro e canais multimédia, um total de 128 ecrãs electrónicos de publicidade. Entre Janeiro e Abril, a Tailândia ocupava o oitavo lugar entre os 10 principais mercados de visitantes e o quinto lugar entre os mercados de visitantes internacionais de Macau.
Hoje Macau Manchete SociedadeLiteratura | Projecto de Macau para a infância chega a Portugal O objectivo da associação Sílaba – Associação Educativa e Literária (Sílaba – AEL) passa por partir de Macau e levar o projecto literário “Dinis Caixapiz” até ao universo dos países de língua portuguesa A responsável pelo projecto literário “Dinis Caixapiz”, nascido em Macau para incentivar a leitura entre os mais pequenos sem esquecer a responsabilidade ambiental, disse ontem à Lusa que a segunda edição tem o mérito de chegar também a Portugal. “Conseguirmos lançar em Lisboa, esse para mim é o grande destaque”, declarou à Lusa Susana Diniz, presidente da Sílaba – Associação Educativa e Literária (Sílaba – AEL), autora da iniciativa. Apesar do ponto de partida deste projecto literário “ser sempre Macau”, porque foi na região chinesa “que foi pensado e criado, com o objectivo de dar uma alternativa de leitura a alunos que aprendem português”, o “Dinis Caixapiz” teve logo desde o início (2024) o objectivo de alcançar o universo dos países de língua portuguesa. Agora, o convite da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), para lançar o projecto, no próximo dia 7 de Junho, na 95.ª Feira do Livro de Lisboa, aproxima a Sílaba – AEL desse propósito. “A ideia é transportar [a iniciativa] para Portugal e depois para as comunidades. Tem de partir de algum lado. Saindo de Lisboa, as portas abrem-se com mais facilidade”, reforçou a presidente da associação. Também a 7 de Junho, a 2.ª edição vai ser lançada em Macau, no Jardim do Consulado-Geral de Portugal, evento integrado nas comemorações de Junho – Mês de Portugal em Macau. Despertar as mentes O “Dinis Caixapiz”, que se propõe a despertar a “curiosidade intelectual e o conhecimento sobre a história e a cultura de Macau e Portugal, através de elementos físicos e conteúdos digitais”, contempla a assinatura trimestral de uma caixa reutilizável com um livro infantil e uma revista produzida pela associação e crianças, de acordo com um comunicado da Sílaba – AEL. Jogos de raciocínio e trava-línguas “para estimular o pensamento crítico”, páginas plantáveis e um áudio-livro, “narrado por vozes conhecidas do mundo literário” são outros conteúdos agregados. “Além disso, a embalagem transforma-se em jogos educativos, com elementos recortáveis, promovendo reutilização e consciência ambiental”, refere ainda o comunicado, indicando dirigir-se a crianças falantes de português ou em aprendizagem, com idades entre os 5 e os 12 anos, a escolas bilingues de Macau e professores de português. Cada edição vai contar com o apoio de um conjunto de curadores responsáveis pela selecção dos livros apresentados, sendo que este ano, a Sílaba-AEL trabalhou com Elisabete Rosa-Machado, da editora independente Poets and Dragons, Helena Alves, gestora no Grupo Leya, e Maria Elisa Vilaça, educadora e artista plástica.
Hoje Macau PolíticaObras públicas | Ron Lam quer mais transparência O deputado Ron Lam interpelou o Governo quanto à necessidade de haver maior transparência na área das obras públicas, num conjunto de questões que serão ainda respondidas pelo Executivo na Assembleia Legislativa. Na sua interpelação oral, Ron Lam U Tou argumentou que, por exemplo, as instalações provisórias de tratamento de águas residuais na Avenida Marginal do Lam Mau e as instalações provisórias de tratamento de águas residuais no Porto Exterior não decorreram conforme a lei do planeamento urbanístico. Isto no sentido em que antes das obras serem executadas não foi pedida uma Planta de Condições Urbanísticas (PCU), nem emitido o aviso público quanto aos projectos. Também não foram recolhidas opiniões públicas segundo indica a legislação. Desta forma, o deputado questiona se podem ser criados critérios unificados para os procedimentos nas obras públicas. Além disso, desde que Macau tem nova jurisdição para a gestão das novas áreas marítimas, há cada vez mais projectos de construção relacionados com esta zona que também não são abrangidos por PCU elaboradas previamente, nem sequer são alvo de consulta pública. Assim sendo, o deputado deseja saber se o Governo pode cumprir o mecanismo de consulta pública previsto na lei do planeamento urbanístico, para que seja respeitado o direito do público conhecer os contornos dos projectos e dar opiniões sobre o seu conteúdo.
Hoje Macau PolíticaTrânsito | Deputados preparam aumento de multas Com a entrada em vigor das alterações à lei do trânsito que estão a ser discutidas na Assembleia Legislativa, várias multas por infracções menores vão ficar mais caras. O cenário foi traçado ontem por Ella Lei, presidente da 1.ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa, que está a discutir as alterações na especialidade. De acordo com a deputada, citada pelo jornal Ou Mun, no caso de um veículo não respeitar a distância de segurança, a multa vai aumentar de 600 patacas para 900 patacas, uma diferença de 300 patacas. Um aumento de 300 patacas vai ser igualmente aplicado às situações em que os condutores utilizam os sinais sonoros sem justificação. Nestas situações, a multa vai passar para 600 patacas, quando actualmente é de 300 patacas. Neste caso, a deputada indica que as alterações à lei vão também clarificar as situações em que em vez de se recorrer aos sinais sonoros, os condutores devem utilizar os sinais luminosos. Ao mesmo tempo, o texto da lei vai passar a indicar que os condutores dos veículos têm de reduzir a velocidade quando circulam nos acessos a locais como postos de combustível, acessos a estacionamentos ou zonas residências. A nova lei irá também definir que quando um veículo circula numa velocidade demasiado lenta, com perturbação do trânsito, a penalização sobe para 600 patacas, quando actualmente é de 300 patacas. Apesar de não haver uma velocidade mínima, Ella Lei afirmou que a polícia vai aplicar este tipo de multas com base nas situações concretas.
Hoje Macau PolíticaAL | Lei Conciliação Familiar pronta para ser votada A 3.ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa (AL) terminou ontem a análise da proposta de lei do Regime de Conciliação para Causas de Família, que deverá ser votada nos próximos dias na especialidade. O diploma proposto pelo Governo visa criar um mecanismo para evitar o recurso aos tribunais em caso de litígios resultantes de divórcios, exercício do poder paternal, prestação de alimentos ou questões ligadas à casa de morada da família. De acordo com a proposta, antes de resolver as questões através dos tribunais, os cidadãos têm de recorrer primeiro a um sistema de pré-mediação integrado no Instituto de Acção Social (IAS). Os mediadores são disponibilizados pelo IAS, que, de acordo com o deputado Vong Hin Fai, presidente da comissão, vai dar formação a cerca de 200 trabalhadores. O Governo está preparado para que a proposta entre em vigor no início do próximo ano, e Vong afirmou que a preparação não vai implicar um aumento do orçamento actual. Segundo o jornal Ou Mun, o também presidente da Associação dos Advogados de Macau indicou que os deputados propuseram ao Governo que os 49 mediadores de Macau reconhecidos para exercer mediação no âmbito da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, muitos dos quais advogados, pudessem desempenhar as funções de mediação neste processo. No entanto, o Governo recusou a proposta porque considerou que esses mediadores estão preparados principalmente para resolver disputas comerciais. As estatísticas apontadas pelo Governo à comissão indicam que todos os anos há cerca de 1.000 casos de disputas familiares a entrar nos tribunais de Macau. Entre estes casos, 200 vão ter de passar pelo processo de pré-mediação.
Hoje Macau EventosXangai | Fundação Serralves apresenta quase um século de Álvaro Siza Vieira A Fundação de Serralves inaugura esta semana, em Xangai, uma grande exposição dedicada ao arquitecto português Álvaro Siza Vieira, com desenhos, maquetes, esculturas e objectos que reflectem várias décadas da obra do prémio Pritzker. Intitulada Álvaro Siza: The Archive, a exposição estará patente entre 6 de Junho e 7 de Setembro no Power Station of Art, o primeiro museu público de arte contemporânea da China continental e sede da Bienal de Xangai. Trata-se de uma adaptação da mostra C.A.S.A., apresentada em Serralves em 2024, e representa a maior exposição alguma vez realizada sobre o trabalho de Álvaro Siza, segundo uma nota difundida pela organização. Com curadoria do arquitecto António Choupina — em colaboração com Siza Vieira e Carlos Castanheira —, a exposição é organizada conjuntamente pelo Museu de Serralves e pelo Power Station of Art, e propõe uma leitura cronológica da obra do arquitecto português ao longo de quase um século, desde os seus desenhos de infância até às diversas tipologias que definem o seu percurso. Ao todo, as peças expostas ocupam quase um quilómetro de extensão expositiva, destacou a organização. “Assente na arte, na geometria e na beleza, esta exposição apresenta um retrato de Siza como um verdadeiro pensador contemporâneo, cuja prática continua a recorrer ao desenho como ferramenta para desvendar os mecanismos internos da arquitetura e do pensamento”, lê-se no comunicado. O arquitecto portuense, de 91 anos, conta com algumas obras importantes na China, desenvolvidas em colaboração com Carlos Castanheira, incluindo o Edifício sobre a Água, em Huai’an (leste), e o Museu de Arte e Educação de Ningbo. A exposição assinala também o 30.º aniversário do acordo de geminação entre as cidades de Xangai e do Porto.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul | Candidato da esquerda vence presidenciais O candidato da oposição Lee Jae-myung (centro-esquerda) é dado como vencedor das eleições presidenciais na Coreia do Sul, com 51,7 por cento dos votos, segundo as projecções divulgadas após o encerramento desta votação com uma única volta. De acordo com as sondagens à boca das urnas, Lee Jae-myung (Partido Democrata) obteve 51,7 por cento dos votos, contra 39,3 por cento do seu principal adversário, o conservador Kim Moon-soo (PPP, direita), informaram as três maiores emissoras de televisão sul-coreanas. Esta votação, cujo resultado ainda precisa de ser confirmado pela Comissão Eleitoral Nacional, deve permitir que a Coreia do Sul recupere um líder e a estabilidade política, após seis meses de crise desencadeada pelo anterior chefe de Estado, Yoon Suk Yeol. No início de Dezembro, Yoon declarou surpreendentemente a lei marcial e enviou o exército para assumir o controlo do parlamento, amplamente dominado pela oposição, a fim de silenciá-lo. Na ocasião, um número suficiente de deputados conseguiu reunir-se para votar uma moção e rapidamente fazer fracassar a iniciativa do então Presidente, que foi classificada como um golpe de força. Seguiram-se seis meses de profundo caos político, entre manifestações maciças, prisão e destituição de Yoon Suk Yeol, sucessão inédita de presidentes interinos e outras reviravoltas, nomeadamente judiciais. Se a sua vitória for homologada, Lee Jae-myung, um antigo operário de 61 anos, terá a difícil tarefa de enfrentar a ameaça representada pelo imprevisível vizinho norte-coreano, ao mesmo tempo que se posiciona entre a China, principal parceiro comercial da Coreia do Sul, e os Estados Unidos, aliado e protector histórico.