FRC | Imagens de Timor-Leste expostas até Agosto

Chama-se “Uma Viagem à Terra do Crocodilo no Ano da Serpente” e é a nova exposição de fotografia patente na Fundação Rui Cunha, da autoria de Cristiana Figueiredo. Às imagens juntam-se os textos de Bibi Ain. São 25 fotografias de “pessoas, lugares e coisas”, numa viagem repleta de emoções

 

A Fundação Rui Cunha (FRC) inaugura hoje, a partir das 18h30, uma exposição fotográfica sobre Timor-Leste intitulada “Uma Viagem à Terra do Crocodilo no Ano da Serpente”, com imagens da autoria de Cristiana Figueiredo e textos de Bibi Ain. Esta iniciativa “resulta de uma viagem de descoberta, para uma, e de reencontro, para o outro, no princípio deste ano”.

Com o subtítulo “Pessoas. Lugares. Coisas”, a mostra inclui 25 fotografias que revelam visualmente o que os textos descrevem sobre as emoções impregnadas nos pequenos detalhes da jornada. Segundo os autores, citados por uma nota da FRC, “no início de 2025 embarcámos numa viagem para Timor-Leste”, tendo sido “a descoberta das raízes de casa, o abraço dos entes queridos, o reaparecimento de memórias doces e frágeis”, ou ainda “entrar num livro de História e sentir o acolhimento do desconhecido”.

“A viagem foi uma espreitadela íntima e inspiradora em Timor-Leste, onde perspectivas aparentemente díspares se uniram para criar novas perspectivas, sobre as pessoas e os lugares deste pequeno país maravilhoso», revela o par de viajantes no seu manifesto. Cristiana Figueiredo adianta ainda que “por detrás da lente, testemunhei a transformação de comportamentos tímidos em sorrisos tropicais generosos que revelavam vislumbres íntimos e fugazes”.

Histórias e imagens

A autora diz ter encontrado, nesta viagem, “uma paisagem que se entregava à captura da janela de um carro em movimento numa estrada esburacada, ou de um momento tranquilo com os pés enterrados na areia quente, acariciados pelo som das ondas a bater”. Assim, “partilhar esta experiência inesquecível através das fotografias desta exposição é a minha carta de amor a Timor-Leste”, frisou.

A vida de Cristiana Figueiredo é uma tapeçaria tecida em três continentes, segundo a sua biografia. “Nascida em Angola, passou os seus anos de formação em Portugal. Nas tardes tranquilas depois da escola, folhear as enciclopédias de arte dos pais despertou a sua paixão pelas artes, um fascínio precoce que a inspirou a fazer vários cursos de curta duração em história da arte, desenho e pintura, e a dedicar-se à fotografia, lançando as bases para o seu percurso criativo”, lê-se. Após a conclusão da licenciatura em Sociologia na Universidade do Porto, a vida de Cristiana levou-a até Macau, onde, nos últimos 23 anos, foi empreendedora local no sector alimentar e das bebidas, tendo virado a sua criatividade para o design gráfico, branding e design de interiores. Recentemente, Cristiana tornou-se criadora visual a tempo inteiro, explorando diversos meios, capturando continuamente o mundo que a rodeia e reimaginando-o através das suas lentes, pincéis e computador.

Por todo o lado

Por sua vez, a vida de Bibi Ain é uma tapeçaria tecida entre três países: Timor-Leste, Austrália e China. Nascido em Timor-Leste, passou os seus anos de formação na Austrália. Estudou Arte, História da Arte, Cinema e Televisão, Literatura Inglesa e Italiana, Arquitectura, Gestão de Empresas e, por fim, Gestão Turística. Serviu o seu país como Diplomata nos últimos trinta anos. Bibi Ain, nome artístico, deriva da palavra tétum “bibi” (cabra) e “ain” (pé). “Como um cabrito que salta por todo o lado com entusiasmo em busca de uma nova aventura, a minha família apelidou-me assim para reflectir a minha sede de viajar”, explica na mesma nota. As imagens e textos vão estar expostos até ao dia 2 de Agosto de 2025.

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