Chongqing | Anuladas restrições à compra e venda de casas

A metrópole chinesa de Chongqing, uma das mais populosas do país, anunciou no domingo o fim das últimas restrições à compra de casas, visando contrariar uma prolongada crise no sector imobiliário.

Em comunicado, a Comissão Municipal de Habitação e Desenvolvimento Urbano – Rural da cidade anunciou a abolição da última isenção remanescente, na sequência da eliminação de uma política que exigia que a propriedade fosse detida durante pelo menos dois anos antes de poder ser vendida.

Segundo a imprensa local, isto significa que deixam de existir restrições à venda de casas em Chongqing, que tem quase 32 milhões de habitantes, numa área semelhante à da Áustria, embora inclua muitas zonas rurais divididas em 12 vilas.

No final de 2022, a metrópole, situada no centro da China, começou a flexibilizar as restrições que tinha imposto nos anos anteriores, face a um mercado sobreaquecido. A cidade proibia, por exemplo, as famílias de possuírem mais do que uma casa.

A situação financeira de muitas empresas imobiliárias chinesas agravou-se depois de Pequim ter anunciado, em Agosto de 2020, restrições ao acesso ao financiamento bancário para os promotores que tinham acumulado um elevado nível de dívida, incluindo a Evergrande, com um passivo de quase 330 mil milhões de dólares.

Nos últimos meses, o governo local anunciou várias medidas de apoio, com os bancos estatais a abrirem também linhas de crédito multimilionárias a vários promotores, visando financiar a conclusão de projectos vendidos em planta, uma questão que preocupa Pequim pelas implicações na estabilidade social, dado que o imobiliário é um dos principais veículos de investimento das famílias chinesas.

No entanto, o mercado não está a reagir: as vendas comerciais medidas por área útil caíram 8,5 por cento, em 2023, e 12,9 por cento, em 2024.

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