PolíticaCPCPS | Patronato recusa subida do salário mínimo João Santos Filipe - 6 Fev 2025 A Direcção de Serviços para os Assuntos Laborais e os representantes das entidades empregadoras no Conselho Permanente de Concertação Social afastam a hipótese de aumentar o salário mínimo ou de rever os limites das indemnizações por acidentes de trabalho e doenças profissionais durante este ano. A posição foi tomada depois do primeiro encontro deste ano do Conselho Permanente de Concertação Social, que aconteceu na terça-feira, enquanto os representantes da parte laboral prometeram apoiar as decisões do Governo. Legalmente, o valor do salário e os limites das indemnizações por acidentes de trabalho e doenças profissionais devem ser revistos em períodos anuais ou bianuais. Contudo, Wong Chi Hong, director da DSAL, explicou que o termo revisão significa que é feita uma avaliação, que pode concluir que a melhor opção passa por não mexer nos valores em vigor. “Nós vamos rever nos nossos trabalhos, porque tem de haver uma revisão de dois em dois anos. Mas fazer uma revisão não significa que tem de haver um aumento, o que fazemos é uma recolha de dados, elaborar um relatório para depois podermos encaminhar para o Conselho Permanente de Concertação Social”, afirmou Wong Chi Hong, citado pelo Canal Macau. Ano congelado Por sua vez, Vong Kok Seng, dirigente da Associação Comercial de Macau, acredita que a obrigação de revisão do ordenado mínimo e dos limites devem ser alterada. “A situação económica e social está basicamente idêntica. Portanto, questiono se é necessário rever estes montantes anualmente… Da nossa parte, questionamos se no caso de houver uma revisão ou alteração da legislação, se o prazo anual de revisão não deverá ser flexibilizado”, defendeu Vong. Por sua vez, Fong Ka Fai, representante da parte laboral, indicou que durante a reunião foram pedidos aumentos dos dias de licença de maternidade, paternidade e revisão dos limites. Porém, admite que não houve resposta, e que em último caso vão apoiar a escolha do Governo. “Não houve muitas respostas, mas é claro que como trabalhadores vamos apoiar o Governo e fazer os nossos esforços para promover a economia de Macau, porque tivemos a pandemia, e depois da pandemia é necessário um esforço de todos”, atirou.