Manchete SociedadeIC | Turistas impedidos de fotografar sede no Tap Seac João Santos Filipe - 22 Nov 2024 A situação foi relatada por um residente local que convidou amigos do exterior a virem até Macau. “A sociedade de Macau aparenta estar a progredir, mas na realidade está em retrocesso”, desabafou, quando denunciou a situação no canal chinês da Rádio Macau Um grupo de três turistas, guiado por um residente local, foi impedido por seguranças de fotografar da rua a sede do Instituto Cultural (IC). O caso foi relatado pelo residente num telefonema para o Fórum Macau, programa do canal chinês da Rádio Macau, e citado pelo jornal Cheong Pou, o que levou o Instituto Cultural a pedir desculpas à população. De acordo com o relato apresentado, o residente convidou três amigos do exterior a virem a Macau por altura do Grande Prémio. Durante a estadia, os visitantes tiraram fotografias da cidade, algumas das quais nos Lagos Nam Van e Sai Van, e também na Praça do Tap Seac. Foi neste último local que começaram os problemas. Após montarem um tripé para a máquina fotográfica e “suportes de luz” para aumentar a iluminação das fotografias à frente da sede do IC, o residente e os turistas foram imediatamente abordados pelos seguranças contratados pelo instituto público. Aos turistas foi dito que era ilegal tirar fotografias dos edifícios sem autorização, pelo que tinham de parar. O cidadão explicou também que as luzes utilizadas para iluminar a fotografia tinham uma dimensão reduzida, e que a máquina utilizada é “profissional”, mas bastante comum nos dias que correm. Foi desta forma que o residente recusou a hipótese do entrevistador da TDM, que sugeriu que os turistas podiam ter sido confundidos com uma equipa de filmagem profissional, e que os seguranças poderiam ter entendido que era necessária autorização do Governo para filmar em locais públicos. Como comentário face ao incómodo causado aos amigos, o residente ainda desabafou que “a sociedade de Macau aparenta estar a progredir, mas na realidade está em retrocesso”. O cidadão lamentou igualmente pensar que estava a contribuir para o turismo local ao convidar pessoas de fora a visitar Macau, mas que apenas contribuiu para lhes causar problemas. Pedido de desculpas Após o caso ter sido revelada em directo, o Instituto Cultural reagiu e em declarações à Rádio Macau pediu desculpa. Numa resposta transmitida pela TDM, o IC prometeu “reforçar a capacidade dos guardas de segurança de comunicar educadamente” com a população. O IC pediu ainda “desculpa pelo incómodo causado ao público” afectado pela situação e garantiu que vai assegurar a “capacidade dos seguranças para comunicarem com o público de forma cortês, de modo a que o público possa ter uma melhor experiência de turismo”. No entanto, defendeu a actuação dos guardas no sentido de garantir que os propósitos de filmagens e fotografias à porta do IC são compreendidos, para se poder impedir situações ilegais. O IC complementou também que as situações que exigem autorização de filmagem podem ser consultadas no seu portal online.