Manchete SociedadeEconomia de Macau cresce 11,5% até Setembro Hoje Macau - 19 Nov 202419 Nov 2024 A expansão da economia no terceiro trimestre sofreu uma desaceleração, mas o mercado do jogo continua a fazer crescer o produto interno bruto do território A economia de Macau cresceu 11,5 por cento até Setembro, em comparação com igual período do ano passado, graças à retoma do jogo, apesar de uma desaceleração no terceiro trimestre, disseram ontem as autoridades. Na primeira metade do ano, em termos anuais, o produto interno bruto (PIB) tinha crescido 15,7 por cento. Entre Janeiro e Setembro, o PIB de Macau atingiu 301 mil milhões de patacas, adiantou ontem a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). A economia de Macau tinha voltado a crescer em 2023, com o PIB a subir 80,5 por cento, graças ao fim da política ‘zero covid’ e a retoma do turismo, invertendo uma contracção de 21,4 por cento em 2022. A China levantou a 6 de Fevereiro de 2023 todas as restrições devido à pandemia de covid-19 nas deslocações para Hong Kong e Macau, permitindo o reinício das excursões organizadas para as duas cidades. Em resultado, o benefício económico das apostas feitas por visitantes em casinos aumentou 28,4 por cento em termos anuais nos primeiros nove meses de 2024, sublinhou a DSEC, em comunicado. Pelo contrário, o benefício económico dos outros serviços turísticos caiu 6,1 por cento. Macau recebeu entre Janeiro e Setembro 25,9 milhões de visitantes, mais 30,1 por cento do que no mesmo período do ano passado, enquanto as receitas do jogo cresceram 31,3 por cento, para 169,4 mil milhões de patacas. A DSEC destacou ainda uma subida no investimento privado, incluindo acréscimos de 31,5 por cento no investimento em equipamento e de 11,6 por cento do investimento em construção, devido à “melhoria constante do ambiente de negócios” em Macau. Mais consumo O consumo privado aumentou 5,8 por cento, “graças à subida das receitas dos residentes, a qual foi impulsionada pela recuperação contínua da economia local e do mercado de trabalho”, referiu a DSEC. Pelo contrário, as despesas do Governo caíram 10,1 por cento, após o fim das medidas de apoio económico, que incluíram dar oito mil patacas a cada residente, montante que podia ser usado para efectuar pagamentos, sobretudo no comércio local. Também o investimento público em construção diminuiu 8,6 por cento, devido à conclusão de parte das obras públicas de grande envergadura, acrescentou o comunicado. A DSEC destacou que a economia de Macau, com cerca de 687 mil habitantes, representou 87,3 por cento do PIB registado na primeira metade de 2019, antes do início da pandemia. No final de Outubro, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu em baixa as previsões para o crescimento da economia de Macau este ano e no próximo, num relatório em que alertou para uma crise mais prolongada no imobiliário chinês. A instituição disse acreditar que o PIB da região vai crescer 10,6 por cento em 2024, abaixo da previsão de 13,9 por cento feita em Maio. O FMI reviu também em baixa, de 9,6 por cento para 7,3 por cento, a previsão para o crescimento da economia de Macau em 2025.